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JUIZ FEDERAL JOSÉ ANTONIO

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TNU - 200870510004958. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL.

PREVIDENCIÁRIO. CONTRARIEDADE À JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO

STJ. DEMONSTRAÇÃO. AUXÍLIO SUPLEMENTAR POR ACIDENTE DO

TRABALHO. CONCESSÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 6.367/1976. MAJORAÇÃO NOS

TERMOS DA LEI 8.213/91 E ALTERAÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.

PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. APLICAÇÃO. ENTENDIMENTO

PACIFICADO NO STF. IMPROVIMENTO.

Processo PEDILEF 200870510004958 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL Relator(a) JUIZ FEDERAL JOSÉ ANTONIO SAVARIS Sigla do órgão TNU Data da Decisão

02/12/2010 Fonte/Data da Publicação DOU 11/03/2011 Decisão A Turma, por unanimidade, conheceu do Pedido de Uniformização e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Ementa PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. PREVIDENCIÁRIO.

CONTRARIEDADE À JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STJ. DEMONSTRAÇÃO. AUXÍLIO SUPLEMENTAR POR ACIDENTE DO TRABALHO. CONCESSÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 6.367/1976. MAJORAÇÃO NOS TERMOS DA LEI 8.213/91 E ALTERAÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. APLICAÇÃO. ENTENDIMENTO

PACIFICADO NO STF. IMPROVIMENTO. 1. Cabe Pedido de Uniformização quando demonstrado que o acórdão recorrido contraria jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça. 2. O STJ orienta que “o art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.032/95, tem aplicação imediatamente, atingindo todos os segurados que estiverem na mesma situação seja referente aos benefícios pendentes de concessão ou aos já concedidos” (STJ, REsp 1.096.244, 3ª Seção, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJ 08.05.2009). 3. Deve prevalecer o entendimento exposto pelo acórdão recorrido, segundo o qual a concessão ou a majoração de benefícios previdenciários deve obedecer ao princípio tempus regit actum, orientando-se pela lei vigente ao tempo em que cumpridos os requisitos legais para a concessão do benefício. 4. Decisão amparada pela firme orientação do STF no sentido de que “os benefícios previdenciários devem

regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão.” (v.g.: STF, RE 597.389, Pleno, unanimidade, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 21.08.2009). 5. Pedido de Uniformização conhecido e improvido. Objeto do Processo Auxílio-doença acidentário - Benefícios em Espécie - Direito Previdenciário Inteiro Teor RELATÓRIO Trata-se de Pedido de Uniformização interposto por BENEDITO

HONORIO DE ANDRADE (fls. 41/52) contra acórdão da 1ª Turma Recursal do Paraná (fl. 37) que confirmou a sentença de improcedência do pedido de majoração do percentual do auxílio

suplementar por acidente do trabalho. A sentença, mantida por seus próprios fundamentos,

entendeu que: “A questão nos autos diz respeito à aplicação ou não, de modo retroativo, do art. 86 da Lei 8.213/91, de acordo com a redação imposta pelas Leis 9.032/95 e Lei 9.528/97 aos benefícios concedidos em momento anterior a estas. O Supremo Tribunal Federal já enfrentou o tema nos REs 416827 e 415454 – caso análogo a este (pensão por morte), uma vez que se tratava da aplicação da lei previdenciária mais benéfica a situações jurídicas constituídas no

passado – e decidiu que a aplicação retroativa da lei mais benéfica viola o ato jurídico perfeito (art. 5º, XXXVI e 195, § 5º da Constituição Federal). Portanto, a regra geral em direito previdenciário, quanto à aplicação da lei no tempo, é a do ‘tempus regit actum’, isto é, aplica-se a lei vigente à época da formação do direito. Logo, como a lei somente retroage

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quando expressamente o prevê – e mesmo assim quando não ofende a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito –, não é possível aplicar as leis referidas ao benefício percebido pela parte autora.” (fls. 24/25) Intimado do acórdão em 24.08.2009 (fl. 08, evento 34), o autor-recorrente interpôs o presente Pedido de Uniformização no dia 03.09.2009 (fl. 08, evento 37). Argumentou, em essência, que a decisão recorrida contraria a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual “o art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.032/95, tem aplicação imediatamente, atingindo todos os segurados que

estiverem na mesma situação seja referente aos benefícios pendentes de concessão ou aos já concedidos”. Para demonstrar a alegada contrariedade, suscitou como paradigma quatro precedentes do STJ (REsp 1.096.244, AgREsp 920.095, REsp 932.597 e AgREsp 1.088.109), transcrevendo as respectivas ementas. O réu-recorrido não apresentou contrarrazões (fl. 07, evento 40). O pedido foi admitido na Turma Recursal de origem (fls. 53/57). Vieram os autos conclusos. É o relatório. VOTO Inicialmente, incumbe reconhecer que o Pedido de Uniformização foi interposto tempestivamente dentro do prazo de 10 (dez) dias. A 1ª Turma Recursal do Paraná entende que o autor-recorrente não faz jus à majoração do percentual do auxílio suplementar por acidente do trabalho – de 20% do salário-de-contribuição para 50% do salário-de-benefício – porque a concessão do benefício ocorreu antes da vigência do artigo 86 da Lei 8.213/1991 e suas alterações. O Superior Tribunal de Justiça, porém, orienta de forma diversa, conforme se verifica nos seguintes precedentes suscitados como paradigma: “RECURSO ESPECIAL

REPETITIVO. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-SUPLEMENTAR TRANSFORMADO EM AUXÍLIO-ACIDENTE. LEI Nº 8.213/91. MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL. LEI Nº 9.032/95.

INCIDÊNCIA IMEDIATA. PRECEDENTES. ENTENDIMENTO DO STF QUANTO À PENSÃO POR MORTE. INAPLICABILIDADE. EFEITO VINCULANTE. NÃO OCORRÊNCIA. RECURSO

ESPECIAL PROVIDO. 1. O auxílio-suplementar, previsto na Lei nº 6.367/76, tinha percentual fixado no importe de 20% do salário-de-contribuição do segurado. Com o advento da Lei nº 8.213/91, na redação original, passou à denominação de auxílio-acidente, e teve alteração no percentual de concessão para 30%, 40% e 60%, ainda a incidir sobre o salário-de-contribuição do segurado, atribuído cada percentual conforme o grau de incapacidade laborativa do segurado. 2. Com o advento da Lei nº 9.032/95, esse percentual, além de ser unificado em 50% (cinqüenta por cento), independente do grau de seqüelas deixadas pelo acidente de trabalho, teve sua base de cálculo alterada para que passasse a incidir sobre o salário-de-benefício. 3. A Terceira Seção desta Corte de Justiça consolidou seu entendimento no sentido de que o art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.032/95, tem aplicação imediatamente, atingindo todos os segurados que estiverem na mesma situação seja referente aos benefícios pendentes de concessão ou aos já concedidos, pois a questão encerra uma relação jurídica continuativa, sujeita a pedido de revisão quando modificado o estado de fato, passível de atingir efeitos futuros de atos constituídos no passado (retroatividade mínima das normas), sem que isso implique em ofensa ao ato jurídico perfeito e ao direito

adquirido. 4. O fato de o Supremo Tribunal Federal ter posicionamento diverso do Superior Tribunal de Justiça não impede que essa Corte de Justiça adote orientação interpretativa que entender mais correta à norma infraconstitucional, embora contrária ao Pretório Excelso, na medida em as

decisões proferidas em sede de agravo regimental não têm efeito vinculante aos demais órgãos do judiciário. Precedentes. 5. A distinção da natureza entre os benefícios de pensão por morte e auxílio-acidente impede a aplicação do precedente firmado pelo Supremo Tribunal Federal, em relação aos benefícios de pensão por morte. Enquanto na pensão por morte o segurado pára de contribuir para a previdência, a partir do seu recebimento, no auxílio-acidente o segurado

permanece contribuindo, razão pela qual os princípios da solidariedade e da preexistência de custeio não ficam violados. Precedente. 6. A aplicação da majoração do auxílio-acidente apenas aos benefícios concedidos após a instituição da Lei nº 9.032/95, consubstancia tratamento diferente a segurados na mesma situação. Veja-se que um segurado, que teve seu benefício concedido anteriormente à majoração instituída pela Lei nº 9.032/95, receberá o valor no percentual de 30%, enquanto outro segurado, que teve seu benefício concedido após a edição da referida norma, em semelhante situação fática, receberá o mesmo benefício no percentual de 50%. 7. Recurso especial provido para conceder ao recorrente o direito à majoração do percentual de

auxílio-acidente de 50% (cinqüenta por cento) do salário-de-benefício a partir da vigência da Lei nº 9.032/95, respeitado o prazo prescricional do art. 103, da Lei nº 8.213/91, que atinge as parcelas anteriores ao qüinqüênio que precedeu a propositura da ação.” (STJ, REsp 1.096.244, 3ª

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Seção, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJ 08.05.2009, grifos nossos) “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE.

PERCENTUAL. LEI NOVA MAIS BENÉFICA. APLICAÇÃO. I – Em matéria de benefício acidentário, a lei nova mais benéfica ao segurado se aplica de imediato, inclusive sobre os casos pendentes, mas não abrange período anterior ao início de sua vigência (precedentes deste e. STJ). II – In casu, o autor aufere auxílio-suplementar, no valor de 20% (vinte por cento) do

salário-de-contribuição, obtido na vigência da Lei nº 6.367/76, tendo direito a partir da edição da Lei nº 9.032/95 de ter esse benefício recalculado, já com a denominação de auxílio-acidente, no

importe de 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício. Agravo regimental

desprovido.” (STJ, AgREsp 1.088.109, 5ª Turma, Rel. Min. Felix Fischer, DJ 06.04.2009) “PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO SUPLEMENTAR.

SUBSTITUIÇÃO PELO AUXÍLIO-ACIDENTE INSTITUÍDO PELA LEI 8.213/91. LEI 9.032/95. MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL. INCIDÊNCIA IMEDIATA. PRECEDENTES. ENTENDIMENTO DO STF QUANTO À PENSÃO POR MORTE. INAPLICABILIDADE. BENEFÍCIOS DE NATUREZAS DIVERSAS. RECURSO PROVIDO. 1. A Terceira Seção desta Corte de Justiça consolidou seu entendimento no sentido de que o art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.032/95, que majorou percentual do auxílio-acidente, deve ser aplicado a todos os benefícios previdenciários, independentemente da legislação em vigor à época de sua concessão. Isso não implica

retroatividade da lei, mas tão-somente sua aplicação imediata, em respeito à manutenção da isonomia entre os benefícios. 2. O benefício acidentário e a pensão por morte têm naturezas diversas, requerendo, portanto, tratamento diferenciado. 3. A pensão por morte é uma prestação remuneratória, concedida ao dependente do segurado, quando de seu falecimento, aposentado ou não. 4. A indenização acidentária, diversamente, é uma prestação indenizatória. Não se trata de retribuição ao trabalho prestado pelo segurado, mas, em razão do sistema securitário da

Previdência, de uma compensação econômica pela redução de sua capacidade de trabalho em decorrência de infortúnio trabalhista. 5. Ressalta-se que o número de segurados beneficiados com a indenização acidentária é bem inferior ao número dos beneficiários que percebem a pensão por morte, razão pela qual é menor o impacto orçamentário causado pela majoração do percentual. 6. Recurso especial provido.” (STJ, REsp 932.597, 5ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ 10.03.2008, grifos no original) “PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. LIMITES NORMATIVOS. APRECIAÇÃO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL.

INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. AUXÍLIO-ACIDENTE. MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO SOB A ÉGIDE DA LEGISLAÇÃO PRETÉRITA. INCIDÊNCIA DA LEI NOVA MAIS BENÉFICA. APLICAÇÃO IMEDIATA. NÃO APLICAÇÃO DO NOVO ENTENDIMENTO DO STF ALUSIVO À PENSÃO POR MORTE. TERCEIRA SEÇÃO. POSICIONAMENTO

CONSOLIDADO. AGRAVO DESPROVIDO. (omissis) II – Encontrava-se pacificado o entendimento nesta Corte, no sentido de que a lei acidentária, quando mais benéfica, retroagia apenas para alcançar situações pendentes, descabendo a sua aplicação ao benefício já concedido, sob a égide da lei anterior. Todavia, a jurisprudência da Eg. Terceira Seção deste Tribunal evoluiu para uniformizar as situações, ou seja, em se tratando de benefício acidentário, a legislação moderna, mais benéfica ao segurado, tem aplicação imediata. Abrange, inclusive, os casos já concedidos ou pendentes de concessão. III – A explicação deriva da natureza das normas acidentárias. Por conta do seu caráter protetivo, incidem, de imediato, aos benefícios pendentes, ainda que o sinistro tenha ocorrido na vigência de lei anterior. Esta orientação, entretanto, não traduz retroatividade dos efeitos, antes da edição do diploma. Assim sendo, o percentual de 50%, previsto na Lei 9.032/95, só passa a valer a partir da sua vigência. IV – O Supremo Tribunal Federal, recentemente, decidiu que às cotas do benefício pensão por morte não se pode aplicar a lei mais benéfica a benefício já concedido, em razão do ato jurídico perfeito e à ofensa a fonte de custeio da seguridade social prevista no artigo 195, § 5º da Constituição Federal. No tocante ao tema majoração do percentual do benefício auxílio-acidente nada restou decidido, mesmo porque são institutos com requisitos e classes de beneficiários diversos. Desta forma, é de se aplicar o entendimento consolidado pela Eg. Terceira Seção deste Tribunal. V – Agravo interno desprovido.” (STJ, AgREsp 920.095, 5ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJ 29.06.2007, grifos nossos) O presente Pedido de Uniformização merece ser conhecido, uma vez identificado o

dissenso quanto à interpretação da questão de direito alusiva à possibilidade de revisão do percentual do auxílio suplementar por acidente do trabalho concedido antes da vigência do artigo

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86 da Lei 8.213/1991 e suas alterações. Quanto ao mérito, entendo que deve prevalecer o posicionamento da 1ª Turma Recursal do Paraná que, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, considera que a concessão ou majoração de benefícios previdenciários deve obedecer ao princípio tempus regit actum. Confira-se: “Com relação à matéria de aplicação da lei previdenciária no tempo, é válido mencionar alguns julgados deste Tribunal que consagram a aplicação do princípio tempus regit actum nas relações previdenciárias. Em tais precedentes, esta Corte discutia exatamente qual deveria ser o momento de referência para a concessão da

aposentadoria, nos termos da Súmula nº 359/STF. Eis a ementa de alguns desses casos: ‘EMENTA: Aposentadoria previdenciária. Direito adquirido. Súmula 359. - Esta Primeira Turma (assim, nos RREE 243.415, 266.927, 231.167 e 258.298) firmou o entendimento que assim é resumido na ementa do acórdão do primeiro desses recursos: Aposentadoria: proventos: direito adquirido aos proventos conforme à lei regente ao tempo da reunião dos requisitos da inatividade, ainda quando só requerida após a lei menos favorável (Súmula 359, revista): aplicabilidade a fortiori à aposentadoria previdenciária. - Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso

extraordinário conhecido e provido nos termos do voto do relator’ - (RE nº 258.570/RS, Rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 19.4.2002). ‘EMENTA: - CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA: PROVENTOS: DIREITO ADQUIRIDO. I. –

Proventos de aposentadoria: direito aos proventos na forma da lei vigente ao tempo da reunião dos requisitos da inatividade, mesmo se requerida após a lei menos favorável. Súmula 359-STF:

desnecessidade do requerimento. Aplicabilidade à aposentadoria previdenciária. Precedentes do STF. II. – Agravo não provido’ – (Agravo Regimental no RE nº 269.407/RS, Rel. Min. Carlos Veloso, 2ª Turma, unânime, DJ 2.8.2002). ‘EMENTA: Recurso

extraordinário. Agravo regimental. 2. Aposentadoria. Direito adquirido quando preenchidos todos os requisitos. Súmula 359/STF. 3. Requerimento administrativo. Desnecessidade. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento, tão-somente, para afastar a retroação da data de início da aposentadoria’ – (Agravo Regimental no RE nº 310.159/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, unânime, DJ 6.8.2004). ‘EMENTA: APOSENTADORIA – REGÊNCIA. A aposentadoria é regida pelas normas constitucionais e legais em vigor na data em que implementadas as condições pelo servidor - Verbete nº 359 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. APOSENTADORIA EM CARGO CIVIL – MILITAR REFORMADO. A Constituição Federal de 1967 bem como a de 1988, na redação primitiva, anterior à Emenda Constitucional nº 20/98, não obstaculizam o retorno do militar reformado ao serviço público e posterior aposentadoria no cargo civil, acumulando as vantagens respectivas’ - (MS nº 24.958/DF, Pleno, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1º.4.2005) Assim, afigura-se evidente que, ao reconhecer a

configuração de direito adquirido na espécie, o acórdão recorrido violou frontalmente a

Constituição, fazendo má aplicação dessa garantia, conforme consolidado diversas vezes por esta Corte.” (STF, RE 415.454, Pleno, maioria, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 26.10.2007)

“Esta Corte firmou o entendimento segundo o qual os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão. Entendeu incidente a regra tempus regit actum, a indicar o estatuto de regência ordinariamente aplicável em matéria de instituição e/ou majoração de benefício de caráter previdenciário. Nesse sentido, o RE 416.827, Pleno, DJ 26.10.2007 e o RE 415.454, Pleno, DJ 26.10.2007, ambos de minha relatoria, (omissis) A decisão prevê a incidência da lei nova aos benefícios já concedidos, para a revisão dos próprios parâmetros da concessão, viola os arts. 5º, XXXVI, e 195, § 5º, da Constituição Federal. Nesse sentido, o RE 470.432, Rel. Cezar Peluzo, Pleno, DJ 23.3.2007, cuja ementa assim dispõe: EMENTA: Previdência Social. Benefício previdenciário. Pensão por morte. Aposentadoria por invalidez. Aposentadoria especial. Renda mensal. Valor. Majoração. Aplicação dos arts. 44, 57, § 1º, e 75 da Lei nº 8.213/91, com as alterações da Lei nº 9.032/95, a benefício concedido ou cujos requisitos foram implementados anteriormente ao início de sua vigência. Inadmissibilidade. Violação aos arts. 5º, XXXVI, e 195, § 5º, da CF. Recurso extraordinário provido. Precedentes do Plenário. Os arts. 44, 57, § 1º, e 75 da Lei federal nº 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.032/95, não se aplicam aos benefícios cujos requisitos de concessão se tenham aperfeiçoado antes do início de sua vigência. No mesmo sentido, RE 470.279, Pleno, de minha relatoria, DJ 23.3.2007; RE 444.282, Pleno, Rel. Cezar Peluso, DJ 30.3.2007; RE 457.869, Pleno, Rel. Cezar Peluso, DJ 30.3.2007 e RE 509.208, Pleno, Rel. Cezar Peluso, DJ 13.4.2007. E ainda, o RE-AgR-ED 472.183, 1ª T, Rel. Cezar Peluso, DJe

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1º.2.2008; AI-AgR 669.679, 1ª T, Rel. Cármen Lúcia, DJe 1º.2.2008; RE-AgR 461.904, 2ª T, Rel. Celso de Mello, DJe 29.8.2008 e AI-AgR 625.446, 2ª T, Rel. Celso de Mello, DJe 19.9.2008. (omissis) Assim, a presente questão de ordem visa a reafirmar a jurisprudência pacificada neste Tribunal no sentido de serem os benefícios previdenciários regulados pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão, o que afasta a aplicação das

disposições da Lei nº 9.032, de 1995, aos benefícios concedidos anteriormente à sua entrada em vigor. Proponho que se assente, para os efeitos da repercussão geral, a aplicabilidade da presente decisão aos demais benefícios que, com a pensão por morte, tiveram modificação no coeficiente de cálculo, por efeito da entrada em vigor da Lei nº 9.032, de 1995.” (STF, RE 597.389, Pleno, unanimidade, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 21.08.2009) Com todas as vênias ao entendimento externado pelo STJ, não vislumbro ser possível a restrição da inteligência da decisão do STF sobre o tema para apenas as hipóteses de pensão por morte. Ante o exposto, voto por CONHECER DO PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO e NEGAR-LHE PROVIMENTO.

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