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A Teoria do Estado e a Eficiência da Administração Pública

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A Teoria do Estado e a Eficiência

da Administração Pública

Prof. Doutor Jacob Massuanganhe

PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Coordenador de Programas, CPPPGL- UAN

UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO

Programa de Mestrado e Pós-Graduação

(2)

2

Administração

“Administrar” é, em geral, tomar decisões e efectuar operações com vista à satisfação de determinadas necessidades. É pois uma actividade que se concretiza na junção de meios humanos, materiais e financeiros no seio de uma organização.

Qualquer organização necessita de administração.

Mas nem todas as administrações se regem pelos mesmo princípios e regras.

Administração Pública vs Administração Privada

(3)

O Que é a Administração?

A

Administração

(do latim:

administratione

) é o conjunto de

atividades voltadas a direção de uma organização utilizando-se

de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de

forma eficaz, com responsabilidade social e ambiental.

Lacombe

entende que a essência do trabalho do administrador

é obter resultados por meio das pessoas que ele coordena. A

partir desse raciocínio, temos o papel do "Gestor

Administrativo" que, com sua capacidade de gestão com as

pessoas, consegue obter os resultados esperados.

Drucker

diz que administrar é manter as organizações coesas,

fazendo-as funcionar. Este autor coloca mais ênfase nas

(4)

Funções Administrativas

As principais funções administrativas são:

Fixar objectivos (planear)

Analisar: conhecer os problemas.

Solucionar problemas

Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e

tecnológicos e as pessoas).

Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)

Negociar

Tomar as decisões.

Mensurar e avaliar (controlar).

Fayol

foi o primeiro a definir as funções básicas do

(5)

Teoria Geral da Administração

A TGA começou com a

ênfase nas tarefas

, com a

administração científica

de Taylor. A seguir, a preocupação

básica passou para a

ênfase na estrutura

com a

teoria

clássica

de Fayol e com a

teoria burocrática

de Weber,

seguindo-se mais tarde a

teoria estruturalista

.

A reacção humanística surgiu com a

ênfase nas pessoas

, por

meio da

teoria comportamental

e pela

teoria do

desenvolvimento organizacional

. A

ênfase no ambiente

surgiu com a

teoria da contingência

. A

teoria dos sistemas

,

posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada

uma dessas cinco variáveis -

tarefas, estrutura, pessoas,

ambiente e tecnologia

- provocou a seu tempo uma diferente

teoria administrativa, marcando um gradativo passo no

(6)

6

Noções Básicas sobre

Administração Pública

Segundo Freitas do Amaral a Administração Pública é

O sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado,

bem como das demais pessoas colectivas públicas,

que asseguram em nome da colectividade a satisfação

regular e continua das necessidades colectivas de

(7)

7

A Administração Central e Administração Local do Estado

Nem todos os órgãos e serviços do Estado têm competência

extensível a todo o território, existem também órgãos e serviços cuja

competência está limitada a determinadas áreas circunscritas.

Existe administração local do Estado e existe administração local que

não é da competência do Estado (a administração autárquica e a

administração regional).

Os governadores e administradores são órgãos locais do Estado,

representam o Governo no seu territorio. Os presidentes das

Câmaras são órgãos locais dos municípios, representam as

populações dessa área circunscrita.

(8)

8

Administração directa do Estado e Administração indirecta do

Estado

A administração do Estado visa o alcance da satisfação das

necessidades colectivas. Quando essa actividade é realizada por

serviços integrados na pessoa colectiva Estado, estamos perante a

administração directa do Estado (ministérios, secretarias, etc).

Quando a actividade exercida para atingir os fins do Estado é

realizada por pessoas colectivas públicas, distintas do Estado,

estamos perante a administração indirecta do Estado.

(9)

9

A função administrativa é Assumida pelo Estado sob duas

formas:

Directa

através de órgãos e serviços sob a dependência

do Governo. Serviços sem autonomia / serviços com

autonomia (escolas/universidades);

Indirecta (devolução de poderes)

através da criação de

entidades com personalidade jurídica. Não pertencem ao

Estado mas prosseguem fins atribuídos ao Estado. O

Estado tem poderes de intervenção. São: institutos,

empresas públicas, associações públicas.

(10)
(11)

Teorias Administrativas Principais Enfoques

Administração Científica Racionalização (divisão) do trabalho no nível operacional

Teoria Clássica Organização formal; Fixação de funções

Teoria da Burocracia Organização burocrática; Racionalidade organizacional

Teoria Estruturalista Organização formal e informal;Análise intra- e inter-organizacional

Teoria das Relações Humanas Organização informal; Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo

Teoria Comportamental Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais e individuais

Teoria do Desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto

Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem de sistema aberto;

(12)

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Especificidades da Administração Pública

A actividade administrativa pública é um instrumento do poder político com constrangimentos especiais que não afectam a administração privada:

objectivos definidos pelo poder político e que não podem ser modificados pela Administração;

restrições financeiras, decorrentes do financiamento público e leis orçamentais;

limitações legais quanto à gestão dos recursos humanos e financeiros e quanto à contratação de bens e serviços.

A sobrevivência das organizações públicas, ao contrário das organizações privadas, não depende do mercado, mas antes da vontade do poder político

(13)

13

Especificidades da Administração Pública (Cont.)

A administração pública pauta-se pelo respeito de princípios jurídicos especialmente consagrados e que regem a sua actuação.

(14)

.

.

Principios

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

A gestão pública para ser excelente tem que ser

legal, impessoal, moral, pública e eficiente

.

(15)

.

Princípio da Legalidade

Princípio de legalidade reza que "

ninguém será obrigado a

fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de

lei

". Neste sentido, conceitua que a legalidade, como

princípio de administração, significa que o administrador

público está, em toda sua actividade funcional, sujeito aos

mandamentos da lei e exigências do bem comum, e deles

não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato

inválido e de responsabilidade disciplinar, civil e criminal,

de acordo com cada caso.

A legalidade, como princípio de administração, significa

que o administrador público está, em toda sua actividade

funcional, sujeito aos mandamentos da lei e exigências do

bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob

pena de praticar ato inválido e de responsabilidade

(16)

.

Todos os usuários ou destinatários da acção de uma

organização pública são preferenciais,

Todos são iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”

Esta

estabelece que a Administração Pública não deva conter

a marca pessoal do administrador, ou seja, os actos

públicos não são praticados pelo servidor e sim pela

Administração a que ele pertence.

Não deve imperar na Administração Pública a vigência do

ditado popular de privilégio ou mesmo favoritismo. No

sector público, o tratamento diferenciado é discriminatório,

ilegal e antidemocrático. A Administração Pública não

pode desviar-se dos fins almejados pela lei para favorecer

ou prejudicar qualquer pessoa ou grupo. A pessoa do gestor

não se confunde com o exercício do cargo.

(17)

.

.

Princípio da Moralidade

A institucionalização do Estado Democrático de Direito,

ao prever a expressa admissão do princípio da

moralidade, reacende as discussões acerca do tema ético

e moral na acção pública. Pautar a acção pública por um

código moral. Não se trata de ética, no sentido de

princípios individuais, de foro íntimo, mas de princípios

morais de aceitação pública.

A moralidade pode ser compreendida através do provérbio

- nem tudo que é lícito é honesto.

A administração, por

isso, deve ser orientada pelos princípios do Direito e da

Moral, para que ao legal se ajunte o honesto e

(18)

.

Ser transparente, dar publicidade aos dados e fatos.

Esta é uma forma eficaz de indução do controle social.

Todos têm direito de acesso às informações disponíveis

na administração pública, ou a ela entregues.

Se a gestão é pública, natural é que públicos sejam todos

os seus actos tornados em faceta de dominio comum.

Apublicidade é o princípio instrumental dos demais.

Através dele qualquer cidadão pode verificar se os

(19)

.

Este princípio tem o poder de informar a Administração

Pública, visando aperfeiçoar os serviços e as actividades

prestados, buscando a optimização dos resultados e

atender o interesse público com maiores índices de

adequação, eficácia, racionalidade e satisfação do

interesse comum.

Fazer o que precisa ser feito com o máximo de qualidade,

ao menor custo possível. Não se trata de redução de custo

a qualquer custo, mas de obter a melhor relação entre a

qualidade do serviço e a qualidade do gasto.

Significa a busca de qualidade e produtividade, de

resultado, nas decisões e condutas da Administração.

(20)

HERMENÊUTICA E

CIBERNETICA NOS

ACTOS

(21)

O Conceito

Hermenêutica é um ramo da filosofia que se debate com

a compreensão humana e a

interpretação

de textos

escritos. A palavra deriva do nome do deus grego

Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos

atribuíam a origem da linguagem e da escrita e

considerado o patrono da comunicação e do

entendimento humano.

Origem do Termo:

O termo "hermenêutica" provém do

verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar",

"anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último,

"traduzir". Significa que alguma coisa é "

tornada

compreensível" ou "levada à compreensão

".

(22)

22

Compreesnã o

Interpretaçã o

Ciencia deductiva (Objectiva)

Ciencia Inductiva (Subjectiva)

MaTERIAL

IMATERIAL Ciência dedutiva

(Objectiva)

Ciência Indutiva (Subjectiva)

MATERIAL

CONHECIMENTO

SABEDORIA

(23)

Métodos de interpretação

A hermenêutica serve exactamente para justificar e dar

metodologia de como proceder com a interpretação

subjectiva e objectiva. Para tal, recorre a vários modelos

que tem vindo a ser desenvolvidos para este fim.

Metodo Historico

: Foi Gadamer quem colocou o problema com

grande clareza

: Se as ciências históricas são compreensivas, ou

interpretativas, como conceber através de seus enunciados, uma

validade

? “não somente a história não chegou ao fim

- nós mesmos,

enquanto compreendemos a história, nos encontramos nela como

membros condicionados e finitos de uma cadeia que continua a

avançar. do a ser desenvolvidos para este fim.

(24)

A hermenêutica

Método Psicológico: Schleiermacher expandiu a tarefa hermenêutica ao colocar ao lado da interpretação gramatical a interpretação psicológica

(psíquica comportamental). A partir de agora, o que deve ser compreendido

não é somente a literalidade das palavras e seu sentido objectivo, mas

também a individualidade de quem fala ou do autor. Dilthey caracteriza suas

intenções ao afirmar: “A riqueza da nossa experiência permite-nos imaginar, por uma espécie de transposição, uma experiência análoga exterior a nós e compreendê-la...”

Método Sociológico de aprendizagem: Vale ressaltar a interpretação sociológica - Que é a interpretação na visão do homem moderno, ou seja, aquela decorrente do aprimoramento das ciências sociais, de modo que a regra pode ser compreendida nos contextos de sua aplicação, quais sejam o das relações sociais, de modo que terá um elemento necessário a mais para

considerar quando da apreciação dos casos concretos ante a norma.

(25)

Teorias de Aprendizagem

considera-se que o homem não pode

ser considerado um ser passivo. Ele

organiza suas experiências e procura

lhes dar significado. É um processo

dinâmico, centrado nos processos

Enfatiza a importância dos processos

mentais do processo de aprendizagem,

na forma com se percepciona,

selecciona, organiza e atribui

(26)

A hermenêutica

Método do Direito: No caso do Direito, trata-se de técnica específica que visa a compreender a aplicabilidade de um texto legal. Em palavras mais simples: quando uma lei entra em vigor, assim como toda e qualquer

literatura, se requer uma compreensão de seu conteúdo. Se não houvesse regras específicas para tal interpretação (e é disso que trata a hermenêutica jurídica), cada qual poderia (quer juízes, quer advogados) entender a lei da maneira que melhor lhe conviesse. Logo, a Hermenêutica traz para o mundo jurídico uma maior segurança no que diz respeito à aplicação da lei, e, ao mesmo tempo, assegura ao legislador uma antevisão de como será aplicado o texto legal, antes mesmo que entre em vigor.

Metodo Logico: Dilthey se apropria da teoria hermenêutica enquanto

caminho para constituição de uma “Crítica da Razão (Logica – Se A=B e B=C, então A=C)”. A palavra proferida ou escrita, que relata o evento,

implica em uma distância em relação ao evento: uma perda entre o originário da expressão na impressão.

(27)

A hermenêutica

Metodo Holistico: E ainda, a Holística- Tradado no estudo da doutrina Cibernetica- A cibernética surgiu como uma ciência interdisciplinar

destinada a estabelecer relações entre várias ciências e permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos pelas demais ciências, centrando o objecto de investigação os fenómenos Que individualmente a ciência não tenha explorado ou desenvolvido princípios, tentando explicar o vazio encontrado no domínio da integração das varias ciências do

conhecimento.

• Quem fala de Cibernética, deve se lembrar em primeira instancia da palavra sinergias (interligações, sistemas), que abarcaria o texto a luz de um mundo transdiciplinar (filosofia, história, sociologia...) interligado e abrangente.

Inclusive, dando margem a desconsiderar certo texto em detrimento de uma justiça maior no caso concreto e não representada na norma entendida

exclusivamente e desligada dos outros elementos da realidade que lhe dão sentido.

(28)

28

A expressão textual pode ter diferentes interpretações (A≠B)

Pensamento originário traduzido na escrita, porém fica o teor subjectivo na fonte inspiradora do texto

Pensamento

Interpretativo traduzido na compreensão, porém a interpretação depende da objectividade, que exclui a subjectividade da fonte primária

A B

(29)

Técnica de Interpretar:

Para tal a interpretação pode recorrer a Interpretação

Gramatical ou Filológica, Interpretação Lógica,

interpretação Sistemática, Interpretação Histórica,

Interpretação Teleológica, Interpretação Sociológica,

interpretação económica, jurídica, antropológica.

Há consenso entre a generalidade dos autores de que

a interpretação, a despeito da pluralidade de elementos

que devem ser tomados em consideração, é una.

Nenhum método deve ser absolutizado

: os diferentes

meios empregados ajudam-se uns aos outros,

combinando-se e controlando-se reciprocamente.

(30)
(31)

AS REGRAS DE ARGUMENTAÇÃO

• É importante relembrar o contexto histórico das teorias hermenêuticas, ora apresentadas. No século XIX, procura-se construir a Hermenêutica como uma Ciência da Interpretação, nos moldes das demais Ciências que utilizam parâmetros para a objetividade; e, com isso, desvaloriza-se a retórica.

Admitir-se que há uma única solução para o caso concreto exige a adoção de um critério de correção formal e/ou substancial. AAULIS ARNIO explica que existem, a grosso modo, duas teorias que procuram explicar a noção de única resposta correta. Segundo a versão mais forte (a qual pressupõe um sistema jurídico fechado), representada pelas doutrinas extremas do direito natural racionalista e pela dogmática jurídica conceitual), há de existir

sempre uma única resposta correta para cada caso em particular dentro do ordenamento jurídico, cabe ao intérprete achá-la.

31

A racionalidade dos discursos jurídicos é dada por sua própria discutibilidade, pois todas as suas premissas e conclusões podem

(32)

32

AS REGRAS DE ARGUMENTAÇÃO

FENOMENO INFORMAÇÃO CODIFICAÇÃO

OBSERVAÇÃO PROCESSAMENTO PRATICA

(33)

Com recurso a Hermenêutica Administrativa

Discuta o principio de legalidade previsto na

Doutrina da Administração Pública.

33

…Nada é eficiente por princípio, mas por consequência, e não será razoável imaginar que a Administração, simplesmente por

(34)

REFORMA DA

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

(35)

O que significa Reforma da Administração

Pública?

Mudanças estruturais e /ou do processo em áreas tais

como o designio organizacional, descentralização, gestão

do pessoal, finanças públicas, gestão de resultados,

reformas reguladoras, acesso à informação e interacção

com a sociedade civil e o sector público.

As reformas da Administração Pública podem ser

apontadas sobre uma questão / sector particular tais

como Estatuto de Serviço Civil, por exemplo.

(36)

O último obejctivo da Reforma

da Administração Pública é de

melhorar a vida de todos os

cidadãos, em particular o

pobre e o vulnerável.

(37)

IMPACTO DA TECNOLOGIA

(38)

Reforma da Administração Pública

Desempenha um papel importante

na oferta dos serviços básicos as

populações (Estradas, Escolas e

Hospitais).

É um dos veículos principais

através do qual a relação entre o

estado e a sociedade civil e o sector

privado é realizado.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

O apoio à Reforma da Administração Pública é um meio para o

melhoramento da governação e alcance dos obejctivos de

(39)

REDESENHO DO APARELHO DO ESTADO ACTIVIDADES EXCLUSIVAS DO ESTADO ACTIVIDADES NÃO-EXCLUSIVAS

PRESSUPÕEM O EXERCÍCIO DE PODER DO ESTADO DE REGULAMENTAR, FISCALIZAR E FOMENTAR

Arrecadação Tributária Segurança Pública Controle Ambiental,

etc

SÃO DE INTERESSE PÚBLICO, MAS PODEM SER DELEGADAS OU PRODUZIDAS POR TERCEIROS COM O APOIO E SUPERVISÃO DO ESTADO

Educação Saúde Meio Ambiente

Desenvolvimento em C & T, etc Agências Executivas Organizações Sociais Agências Reguladoras Mandato de Directores e Independência do Governo Contrato de Gestão/Parceria Privatização

(40)

Causas do Mau Funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

Fraco Desempenho

Liderança

Falta de capacidade

Falta de recursos

O tamanho do Estado

Papel do governo

(41)

Consequências do mau funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Redução do crescimento economico

Desencorajamento no investimento estrangeiro direito

Violação dos direitos humanos

Fraca confiança no governo

Vulnerabilidade acrescida à corrupção

Decrescimo e diversão nas receitas governamentais

Regulamentos ineficientes do governo

(42)

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

Objectivos de uma Reforma da

Administração Pública:

Um serviço público moderno

e democrático dever-se-

á ser….

Eficiente

Responsivo

Transparente

(43)

Tendências na Reforma da Administração Pública

No mundo, as administrações públicas tendem a seguir os

seguintes elementos:

1.

Globalização

2.

Descentralização

3.

Parcerias públicas-privadas

4.

Governo -E

5.

Abordagem baseada em direitos ao desenvolvimento

6.

Transparência, responsabilidade e Anti-Corrupção

(44)

Áreas da Reforma da Administração Pública

Governação

Serviço Civil

Instituições e Processos

Gestão Financeira

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

Caracteristica cruzada: Capacitação

(45)

Actores da Reforma da Administração Pública

A Reforma da Administração Pública exige sinergia entre actores políticos e não políticos.

A Reforma da Administração Pública dever-se-á ser conduzida

domesticamente, e a vários níveis (nacional, provincial, local)

A Reforma da Administração Pública é conduzida por agentes de mudança dentro da:

 Instituições governamentais

 Sector Privado

 Sociedade Civil

(46)

Exemplos de Indicadores da Reforma da

Administração Pública a Nível Local

•Grau de implementação do nível local das iniciativas de reforma da

administração pública lançada e centralmente designada.

•Existência de uma visão clara e planos estratégicos/operacionais nas

instituições do governo local.

•Gestão excelente dos recursos financeiros

•Público formal de contratos, propositos, orçamento e contas pelas

administrações municipais e provinciais.

•Auditoria independente regular dos projectos e contas públicas

•Padrões publicados de entrega do desempenho

•Grau de profissionalização do pessoal e críterios de selecção

•Grau de confidência entre cidadãos a instituições públicas locais

(47)
(48)

A retórica da Eficiencia Administração Pública: foco na instutição

A retórica da "

eficiencia da Administração Pública

", hoje muito

disseminada no debate público, pretende, senão de forma

aberta, pelo menos de forma dissimulada,

modernizar a

abordagem secular do modelo jurídico-administrativo

que

orienta o sector público.

Esta retorica, pode ser entendeda como forma de subterfugio

politico face a tendencia crescente da "ingovernabilidade" e

"ineficiência" do sector público. Neste contraponto entre

"modelos administrativos" costuma-se proceder a uma

dicotomização demasiado simplista e discussista, para confundir

os momentos, entre o "

velho" e o "novo

". Em linguagem mais

simplista, esta abordgam não tem sustentaculo que nos parece

convencente sobre os resultados pretendidos.

(49)

A falácia da profissionalização administrativa: foco no individuo

Na profissionalização administrativa há que incutir no servidor

valores morais, éticos e deontológicos

inerentes ao bem servir,

munindo-o certamente de condições que garantam a

satisfação, motivação e ambiente organizacional favorável, pelo

que se torna imperioso o investimento no capital humano, e

uma reorientação dos processos de selecção e admissão dos

servidores e gestores públicos.

Não baste se ser soldado para ser comandante

Habilidades

humanas

, comportamentais e técnicas que devem ser

integradas na faceta para se ser um bom comandante. Nasce

assim, o papel fundamental da liderança na motivação e

orientação dos servidores públicos para objectivos comuns,

tendo como referencia a necessidade de melhor servir o

publico.

(50)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

A reforma pressupõe que com a

simplificação dos

procedimentos

, a modernização e a desburocratização, há um

efeito na melhoria da qualidade do serviço público. A reforma

não tem em conta factores subjectivos como motivacionais,

comportamentais, atitudes, habilidades e consciência de

Estado por parte do servidor público, factor indispensável para

a melhoria da oferta de serviços básicos e da qualidade do

serviço público.

Factores de

moralidade e responsabilização

dos agentes

públicos não mereceram destaque devido, e como tal a

reforma na sua amplitude ignorou aspectos gerenciais do

sector publico, desde a e liderança organizacional,

planeamento estratégico e operacional, controlo e avaliação

de desempenho.

(51)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

No cenário de adaptação burocrática, o que parece estar

em relevo é a manutenção do que é essencial no modelo

tradicional de organização centrado na noção de serviço

público. Porém, ocorrem tentativas para nele introduzir

mecanismos de eficiência organizacional no âmbito da

redução das despesas.

A lógica burocrática continua a prevalecer, mas a ela são

agregados elementos da lógica

managerialista relativos

a

gestão dos recursos humanos, em particular: a redução

de efectivos, mobilidade no trabalho, modalidades de

contratualização individual, acompanhado da

precarização dos vínculos à organização.

(52)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

Por outro lado, a este cenário continuam a estar

associadas narrativas dominantes que realçam a

importância dos valores éticos, deontológicos e cultura

de Estado que afectam a função pública, como por

exemplo

o tipo de atendimento

nas repartições públicas.

Em suma, a profissionalização administrativa do sector

publico implica em grande medida uma actuação virada

para a melhoramento do

desempenho individual

, onde

o centro da atenção é o homem.

(53)

A Falácia reforma administrativa e o papel da Pesquisa

Criticas inerentes a inflexibilidade e excessiva

concentração nos processos, regras e procedimentos

fizeram com que o resultado destes programas não fosse

o mais desejado na medida em que foi excluindo desta

abordagem o

Homem como servidor público

, e o centro

da actividade do Estado.

A retórica da reforma da administração pública, embora

tivesse dar um passo significativo da nova consciência do

papel e acção do Estado na procura de atender as

necessidades do cidadão, a sua abordagem é

meramente

tecnicista e redondamente administrativa

.

(54)

A Falácia reforma administrativa e o papel da Pesquisa

Houve uma excessiva orientação em facetas tecnocratas,

de reforço institucional e de modernização dos serviços

públicos (

hardware

) e sem ter a devida atenção o fazedor

da mudança e pilar do processo transformativo - Homem

(o

software

) para operar e fazer com que as mudanças e

as transformações tenham resultados desejados.

Não se teve em conta factores motivacionais,

comportamentais, atitudes, habilidades e consciência de

Estado que o servidor público devia ter como premissa

para melhor orientação e actuação.

(55)

Cibernética e a Teoria

dos Sistemas:

(56)

A Cibernética

A cibernética foi criada por Nobert Wiener entre os

anos de 1943 e 1947, justamente quando Von Neuman

e Morgenstern (1947) criavam a

Teoria dos Jogos

e

Shannon e Weaver (1949) criavam a

Teoria

Matemática da Informação.

Nessa mesma época, Von

Bertalanffy (1947) já definia a

Teoria Geral dos

Sistemas.

A palavra cibernética, do grego

kybernytiky

,

significa a arte de governar. A cibernética foi definida

pelo Wiener de Norbert do matemático dentro

1947

como a ciência de uma comunicação e do controle no

animal e na máquina.

(57)

Definição de cibernética, é a ciência da comunicação e

do controle, seja no animal, seja máquina, que permite

que conhecimentos e descobertas de uma ciência

possam ter condições de aplicação a outras ciências,

isto é, oferece sistema de organização e de

processamento de informações e controles que

auxiliam as outras ciências.

O campo de estudo da cibernética são os sistemas.

Os

sistemas seriam os elementos que estão

dinamicamente relacionados entre si, formando uma

actividade para atingir o mesmo objectivo (conjunto).

(58)

A cibernética é a ciência da comunicação e do controle. A

comunicação é que torna os sistemas integrados e

coerentes e o controle é que regula o seu

comportamento. A cibernética compreende os processos

físicos, fisiológico, psicológico etc. de transformação da

informação.

A comunicação é que torna os sistemas integrados e

coerentes e o controle é que regula o seu

comportamento. A Cibernética compreende os processo

e sistemas de transformação da informação e sua

concretização em processos físicos, fisiológicos,

psicológicos etc. de transformação da informação.

(59)

A cibernética Organizational é distinta da cibernética da gerência. A

cibernética Organizational (OC) estuda o projeto organizational, e o

regulamento e o self-regulation das organizações de um perspective

da teoria dos sistemas que faça exame também da dimensão social

na consideração.

A cibernética da gestão é a aplicação concreta de natural

cybernetic

leis a todos os tipos de

organizações

e

instituições

criado por seres

humanos, e ao

interações

dentro deles e entre eles. É uma teoria

baseada em leis naturais.

O campo de estudo da cibernética, esta

associado a um conjunto de elementos dinamicamente

relacionados que formam uma actividade para atigir um

determinado fim, operando sobre um conjunto complexo.

(60)

Teoria Geral dos Sistemas

A

Teoria Geral de Sistemas

(T.G.S.) surgiu através dos

trabalhos do biólogo alemão

Ludwig von Bertalanffy

. A

Teoria Geral de Sistemas não busca solucionar

problemas ou tentar soluções práticas, mas sim

produzir teorias e formulações conceituais que possam

criar condições de aplicações na realidade empírica

(autoregulação

A correlação cria auto-soluções).

Ela critica a visão que se tem do mundo dividido em

diferentes áreas do conhecimento, que classifica como

arbitrárias, com fronteiras solidamente definidas e

espaços vazios entre elas.

(61)

Expansionismo

: É o principio que sustenta que todo o

fenómeno é parte de um fenómeno maior. É orientado

para uma

analise global e com a totalidade

, o tipo de

visão voltada para o todo que denominamos como

abordagem sistémica.

A Teoria Geral dos Sistemas afirma que as

propriedades dos sistemas não podem ser descritas

significativamente em termos de seus elementos

separados. A compreensão dos sistemas somente

ocorre quando estudamos os sistemas globalmente,

envolvendo todas as

interdependências de suas

partes

.

(62)

62

C

B

A

Teoria Geral dos Sistemas

Objectivo:

Maximizar os

processos de

desenvolvimento

atraves de uma gestão

de processos

integrados de acção

(63)

Modelo de Administração Pública Matricial

Modelo de gestão governamental voltado para

resultados de desenvolvimento que se baseia na

definição das

redes de governação

constituída

pelos links/nós entre programas (desdobrados de

um projeto de desenvolvimento) e a

arquitetura

(64)

Gestão pública contemporânea: uma era de reformas

Fundamenta-se das relações sobre:

Estruturas Governementais

Programas e Projectos

Responsabilidade social

Como tornar governos mais capazes de formular e

alcançar resultados de desenvolvimento?

Como promover a formulação e a implementação

efectivas?

(65)

Princípios do Governo Matricial

Orientação para resultados: alinhar a arquitetura

governamental (organizações e recursos) com os

resultados dos programas

Pragmatismo: vincular e otimizar as partes da

arquitetura governamental (organizações e seus

recursos) que contribuem para o alcance dos

resultados de programas prioritários

Selectividade: focar na carteira restrita de programas

prioritários com alta agregação de valor aos objectivos

de desenvolvimento

Contratualização: incentivar a adesão e o

(66)

Restabelecendo os elos perdidos da gestão por resultados

Elo 1

consistência estratégica (Metas de

desenvolvimento X carteira de programas)

Elo 2

convergência das agendas (carteira de

programas X arquitetura governamental)

Elo 3: programas, organizações e orçamento

Elo 4: programas, organizações e pessoas

Elo 5: programas, organizações e sistemas de

informações

(67)

V ISÃO D O D ESE N V O L V IMEN T O Programa 1 Programa 2 Programa 3 Programa 4 Programa n

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

Programas e arquitectura Sistémica

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Metas P

Promover o alinhamento e a Convergência

dos actores do Desenvolvimento

(68)

Definindo as redes: os nós (horizontais) dos programas e

os nós (verticais) das organizações

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

REDE DE NÓS NA HORIZONTAL NÓS NA VERTICAL V ISÃO D O D ESE N V O L V IMEN T O

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

(69)

Conceitos:

Acção Critica: Vai ser a actividade em que nenhum outro actor esta

interessado em investir, no entanto é uma actividade determinante

para assegurar a cadeia (o surgimentos de outras actividades).

Parceiro Estratégico: Vai ser o agente privado, semipúblico ou social

que tem na sua visão os mesmos ideias com o Governo, pelo que o

seu contributo é determinante (A sua quota no mercado é

determinante)

Sistema Aberto: Tem a ver com a lógica de parceria, no entanto cada

um dos agentes que formam a parceria tem a sua funcionalidade.

Podemos citar o exemplo de uma Cooperação bilateral em que cada

um dos Estados é soberano).

Sistema fechado: Tem a ver com agregação de um objectivo e acção

comum em prol de um único resultado. Partilha-se a visão para

materializar o mesmo fim. Pode.-se referir o exemplo da SADC

(Integração regional)

(70)

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

Metas S Metas S Metas S Metas S Metas S

Metas P Metas P Metas P Metas P Metas P Convergência de agendas

Implica em promover o direcionamento estratégico dos actores visando o alcance dos

objetivos COMUNS

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

V ISÃO D O D ESE N V O L V IMEN T O

Redes Estratégicas

50.000 10.000 5.000 30.000 3.000 20.000 40.000

600.000 Habitantes

)

(+40.000)

(71)

Programa 1

Programa 2

Programa 3

Programa 4

Programa n

Metas S Metas S Metas S Metas S Metas S

Metas P Metas P Metas P Metas P Metas P Planeamento Estratégico Diagnóstico Institucional A linhament o das r edes

Contrato de Parceria

C ontrat os de G est ão

Governo Actor A Actor B Actor C Actor N

V ISÃ O D O D E SE N V OL V IMENT O RESULTADOS

(72)

Um controle matricial

Controle sistêmico (polos de desenvolvimento)

: contribuição

ou desempenho de cada organização para consecução de

programas transversais (um ou um conjunto deles no âmbito de

uma determinada política) acaba contribuindo para o bem comum

Controle integrado correlacionando:

O uso dos meios (a partir

de um modelo) e os resultados, podem concorrer para um modelo

de hierarquia ( Actor A faz 1;Actor b faz 2

Nasce uma cadeia,

que cria o

efeito de aglomeração

(Concentração de

organizações orientados para o mesmo fim (

Toyota não produz tudo

que o carro precisa: pneus, vidros….no entanto usa as empresas parceiras

)

Controle em rede:

O controlo e desempenho de uma

organização tem efeitos colaterais

economias de escala.

Obdece a um modelo de centro-periferia. Nasce um

efeiito de

(73)

Implicções de Política:

Actor Estratégico: Determinante para

estabelecimento de e parcerias estratégicas com o

Governo

Acção Critica: Prioridade do Governo de modo a

estabelecer a cadeia (Efeito do Investimento) em

outras frentes da vida económica e social.

Eficiência será determinada pelo efeito de contenção

de custos mantendo a qualidade dos serviços

Circuito de partilha de custos

(74)

Implicções de Política:

Elimina-se o efeito de desenvolvimento exógeno, em

que somos obrigados a seguir uma linha de

orientação pelos nossos parceiros internacionais

(Soberania do Estado).

O efeito de interligação cria cadeia que pode se

traduzir na forma auto-regulada (Parceria estratégica

Globalização e Integração regional).

Em suma:

O Estado não precisa fazer tudo, mas sim investir

naquelas acções que garantem o efeito multiplicador,

ou seja com maior impacto para a sociedade,

(75)

1. Com recurso a Teoria dos Sistemas, como

assegurar a eficiência da administração

Pública, no quadro da sua missão de

satisfação das necessidades colectivas.

2. Discuta a teoria da Cibernetica no quadro da

globalização e Integração regional. Que

implicações de Políticas.

75

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