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Análise do segundo trimestre/2015

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Boletim de Conjuntura Econômica Boletim n.62, janeiro, 2016.

Neio Lucio Peres Gualda

Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e coordenador da equipe de Preços do projeto de extensão

“Conjuntura econômica brasileira

divulgação de análises”. ngualda@uem.br

Alessandro Alves da Silva alessandro.as_@hotmail.com Júlia Vicente da Guarda** juliavguarda@gmail.com Juliana Martines Furlan juliana.furlan96@gmail.com Rafael Justino Lopes da Silva rafajustinoo@gmail.com

Acadêmicos do curso de ciências econôm cas da Universidade Estadual de Maringá UEM e participantes da equipe de

econômica do projeto Conjuntura Econôm ca Brasileira: Divulgação de Análises. ** Bolsista de Extensão pelo Programa de apoio a Inclusão Social da Fundação Ara cária

Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Correspondência/Contato Av. Colombo, 5.790 – Bloco: C-34 – Sala 11

Jd. Universitário - Maringá - Paraná - Brasil

CEP 87020-900

Boletim de Conjuntura Econômica janeiro, 2016.

Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e coordenador da equipe do projeto de extensão

“Conjuntura econômica brasileira

do curso de ciências econômi-cas da Universidade Estadual de Maringá – UEM e participantes da equipe de atividade Conjuntura Econômi-ca Brasileira: Divulgação de Análises. ** Bolsista de Extensão pelo Programa de

da Fundação

Arau-Análise do segundo trimestre

RESUMO

Nessa edição do boletim de análise de conjuntura econômica será analisado o co portamento da inflação brasileira a partir da variação dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor amplo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es

(IBGE). Será analisada a variação dos preços nos período compreendido entre os meses de abril a junho, que corresponde ao

trimestre do ano de 2015. Além do compo tamento global do índice, serão analisados os preços administrados, bem como as ações políticas econômicas implementadas, com vista a preservar o regime de metas de infl ção.

Universidade Estadual de Maringá

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trimestre/2015

Nessa edição do boletim de análise de conjuntura econômica será analisado o com-portamento da inflação brasileira a partir da variação dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor amplo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Será analisada a variação dos preços nos período compreendido entre os meses de ril a junho, que corresponde ao segundo trimestre do ano de 2015. Além do compor-tamento global do índice, serão analisados os preços administrados, bem como as ações políticas econômicas implementadas, com vista a preservar o regime de metas de

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infla-IPCA Abril

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,71% e ficou abaixo da taxa de 1,32% registrada no mês de março. Apesar da desaceleração, o acumulado em 12 meses ultrapassou o teto da meta, registrando 8,17%.

Tabela 4.1 - IPCA - Abril/2015 -

Variação de Preços - Grupos de Despesas

GRUPOS IPCA Alimentação e Bebidas 0,97 Habitação 0,93 Artigos de Residência 0,66 Vestuário 0,91 Transporte 0,11

Saúde e Cuidados Pessoais 1,32

Despesas Pessoais 0,51 Educação 0,21 Comunicação 0,31 Geral/Mês 0,71 Acumulado no ano 4,56 Acumulado 12 meses 8,17

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Em relação a essa desaceleração po-de-se dizer que o grupo de Habitação foi o principal responsável, pois registrou variação de 0,93% em abril ante5,29% em março. Também apresentaram desaceleração os grupos: Alimentação e Bebidas (de 1,17% para 0,97%), Transportes (de 0,46% para 0,11%) e Educação (de 0,75% para 0,21%). Os demais grupos apresentaram variações positivas.

Desagregando em itens, cabe desta-car os que mais contribuíram para a variação do índice. O item Passagem Aérea acelerou de -15,45% em março para 10,21% em abril,

porém, em contra partida, a Energia Elétrica desacelerou de 22,08% para 1,31%. Outro item que merece destaque são os Produtos Farmacêuticos que aceleraram de 0,12% para 3,27%.

No acumulado no ano, os principais i-tens que pressionaram o IPCA foram Energia Elétrica, que registou variação de 38,12%, Gasolina (9,06%) e Ônibus Urbano (11,91%). Maio

O IPCA do mês de maio apresentou variação de 0,74% e acelerou se comparado ao mês de abril. O acumulado em 12 meses apresentou variação positiva, passando de 8,17% para 8,47%, onde já ultrapassa o teto da meta.

Em maio, três grupos apresentaram aceleração: Alimentação e Bebidas (de 0,97% em abril para 1,37% em maio), Habitação (de 0,93% para 1,22%) eDespesas Pessoais (de 0,51% para 0,74%). Os demais grupos apre-sentaram variações positivas, com exceção do grupo Transporte, porém desaceleraram se comparados ao mês anterior.

Tabela 4.2 - IPCA - Maio/2015 - Variação de Preços - Grupos de Despesas

GRUPOS IPCA Alimentação e Bebidas 1,37 Habitação 1,22 Artigos de Residência 0,36 Vestuário 0,61 Transporte -0,29

Saúde e Cuidados Pessoais 1,10

Despesas Pessoais 0,74 Educação 0,06 Comunicação 0,17 Geral/Mês 0,74 Acumulado no ano 5,34 Acumulado 12 meses 8,47

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Desagregando em itens, cabe desta-car os que mais contribuíram para a variação do índice. O item Jogos de Azar acelerou de 0,00% em abril para 12,76% em maio. Outro item que merece destaque é aEnergia Elétri-caque acelerou de 1,31% para 2,77%.

No acumulado no ano, os principais i-tens que pressionaram o IPCA foram Energia Elétrica, que registou variação de 41,94%, Gasolina (9,31%) e Ônibus Urbano (12,25%).

Junho

No mês de junho, o IPCA registrou 0,79%, valor superior ao do mês anterior. O acumulado em 12 meses atingiu o patamar de 8,89%.

Tabela 4.3 - IPCA - Junho/2014 - Variação de Preços - Grupos de Despesas

GRUPOS IPCA Alimentação e Bebidas 0,63 Habitação 0,86 Artigos de Residência 0,72 Vestuário 0,58 Transporte 0,70

Saúde e Cuidados Pessoais 0,91

Despesas Pessoais 1,63 Educação 0,20 Comunicação 0,34 Geral/Mês 0,79 Acumulado no ano 6,17 Acumulado 12 meses 8,89

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Comparado com o desempenho dos preços no mês maio, cinco grupos apresenta-ram aceleração: Artigos de Residência (de 0,36% para 0,72%), Transportes(de -0,29% para 0,70%), Despesas Pessoais (de 0,74% para 1,63%), Educação (de 0,06% para 0,20%), e Comunicação (de 0,17% para

0,34%). Os demais itens apresentaram varia-ções positivas, porém desaceleraram em re-lação ao mês anterior.

Desagregando em itens, cabe desta-car os que mais contribuíram para a variação do índice. O item Jogos de Azar acelerou de 12,76% em maiopara 30,80% em junho, o item Passagem Aérea acelerou de -23,37% para 29,19%. Outro item que merece desta-que é a Taxa de Água e Esgoto desta-que acelerou de 1,23% para 4,95%.

No acumulado no ano, os principais i-tens que pressionaram o IPCA foram Energia Elétrica, que registou variação de 42,03%, Gasolina (9,24%) e Ônibus Urbano (12,69%). PREÇOS MONITORADOS

Para acompanharmos o comportamento da inflação é importante analisar a variação dos preços administrados, que nada mais são do que os preços que são insensíveis às con-dições de oferta e de demanda, uma vez que são estabelecidos por contrato ou pela ação reguladora do Estado.

Os preços administrados estão dividi-dos nos seguintes grupos: os que são regula-dos em nível federal – pelo próprio governo federal ou por agências reguladoras federais; e os que são determinados por governos es-taduais ou municipais.

No primeiro grupo estão incluídos os preços de serviços telefônicos, derivados de petróleo (gasolina e gás de cozinha), eletrici-dade e planos de saúde, que representam forte contribuição à variação global do índice. Os preços controlados por governos subnacionais incluem a taxa de água e esgo-to, o IPVA, e a maioria das tarifas de transpor-te público, como ônibus municipais e serviços

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ferroviários. Os preços dos produtos deriva-dos de petróleo foram desregulamentaderiva-dos em 2002, mas ainda estão incluídos no grupo de preços administrados porque são estabeleci-dos pela Petrobrás, que possui um “quase-monopólio” sobre a produção doméstica e a distribuição no atacado.

Abril

No mês de abril ainda ocorreram reajus-tes dos preços administrados em decorrência da correção de sua defasagem, e sua eleva-ção se torna uma constantes já que os preços estavam todos represados.

O IPCA mostrou que os preços subi-ram, em média, menos do que em março, levando-se em conta, principalmente, a ener-gia elétrica. Este item, de grande importância no orçamento das famílias, teve variação de 1,31% em abril, mais moderada em compara-ção ao expressivo aumento de 22,08% apro-priado no mês anterior, quando refletiu a revi-são das tarifas em todas as regiões pesqui-sadas, ocorrendo aumentos extras a partir do dia 02 de março, fora do reajuste anual, além da alta de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente.

Com os aumentos ocorridos, o con-sumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 59,93% mais caras.

Maio

Com alta de 2,77%, a energia elétrica voltou a figurar como a maior contribuição individual, responsável por 0,11 ponto percen-tual (p.p.) do índice do mês de maio. A

ener-gia constitui-se num dos principais itens na despesa das famílias, com participação de 3,89% na estrutura de pesos do IPCA. Em maio, em algumas regiões pesquisadas, o aumento nas contas ultrapassou 10%

Com a alta de maio e dos meses ante-riores, o consumidor passou a pagar, neste ano, 41,94% a mais, em média, pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 58,47% mais caras.

Junho

Durante o mês de junho o grupo despe-sas pessoais apresentou sensível elevação principalmente devido ao item “jogos de a-zar”que, com variação de 30,80%, exerceu o principal impacto individual no índice do mês, 0,12 ponto percentual (p.p). Considerando os meses de maio e de junho, o aumento foi de 47,50%, reflexo dos reajustes nos valores das apostas, vigentes a partir de 18 de maio. As tarifas de ônibus urbanos sofreram um aumento de 0,40% e a taxa de água e esgoto (4,95%), foi o terceiro item de maior impacto no IPCA de junho (0,07 p.p.), refletindo rea-justes ocorridos nas seguintes localidades: São Paulo (reajuste de 15,64%), Salvador (9,98%), Belo Horizonte (15,03%), Curitiba (5,64%), Rio de Janeiro (4,05%) e Recife (3,51%).

Os preços administrados durante o mês de junho foram extremamente relevantes para a elevação do IPCA e dois deles estão pre-sentes nos itens de maiores impactos

indivi-duais do mês: jogos de

a-zar (30,80%), passagens aéreas (29,19%) e taxa de água e esgoto (4,95%), somam 0,29

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p.p. e foram responsáveis por cerca de um terço do IPCA de junho.

REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO (RMI) O Regime de Metas de Inflação (RMI) foi implementado no Brasil em 1999, tendo como base a política econômica de manter o nível de preços estável, convergindo para o centro da meta estipulada pelo Conselho Mo-netário Nacional (CMN), de 4,5% atualmente, através da manipulação da taxa básica de juros (Selic), realizada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).

Segundo Trimestre de 2015

O COPOM se reuniu duas vezes du-rante o segundo trimestre de 2015, sendo a primeira (190º) em 28 e 29 de Abril e a se-gunda (191º) em 2 e 3 de Junho.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 1,32% em Março, 0,10 p.p. acima da inflação registrada no mês ante-rior. Com este índice, a inflação acumulada em 12 meses foi de 8,13%, contra 6,15% no mesmo período de 2014.

A reunião teve como principal objetivo discutir o comportamento dos preços na eco-nomia brasileira, a fim de avaliar a necessida-de necessida-de ajustes na Política Monetária, em espe-cial, na taxa Selic.

A avaliação do COPOM, conforme re-gistro na ata da 190ª reunião, aponta que a persistência da inflação está ligada ao reali-nhamento dos preços administrados em rela-ção aos livres, assim como dos preços do-mésticos em relação aos internacionais.

Levando-se em conta o cenário eco-nômico como um todo, a inflação esperada pelo mercado, avaliada pelo Relatório Focus

do Banco Central, passou de 7,47% para 8,25% em 2015 e, de 5,5% para 5,6% em 2016, resultados acima da meta de 4,5% es-tabelecida pelo CMN. Já para o COPOM a taxa ficou estabilizada no mesmo patamar da reunião anterior.

Dado que a inflação deprime os inves-timentos, corrói o poder de compra das famí-lias, minimiza o crescimento econômico, au-menta o desemprego e dificulta a geração de renda, o COPOM reitera a necessidade de uma política fiscal coerente, a fim de ampliar a transmissão da política monetária nos pre-ços. Além desses fatos, aumentos de salários divergentes dos incrementos de produtividade vêm gerando pressões inflacionárias.

Devido a tendência de alta no nível de preços apontada pelo COPOM, definiu-se, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., atingindo 13,25% a.a., sem viés, tendo por objetivo a convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%, ao fim de 2016. O COPOM avalia que esse cenário de conver-gência tem se fortalecido.

Na reunião seguinte, registrada na ata 191, o COPOM apontou os mesmos motivos apresentados na reunião anterior para justifi-car a pressão inflacionária persistente, em especial o realinhamento dos preços adminis-trados. O IPCA, no acumulado em doze me-ses atingiu 8,17% em Abril (era 6,28% no mesmo período de 2014), sendo a variação no mês de Abril de 0,71%, 0,61p.p. abaixo da registrada no mês anterior.

As expectativas dos agentes, coleta-das pelo Relatório Focus do Banco Central foi de 8,25 para 8,39% em 2015, e registrou uma melhora na expectativa para 2016, indo de

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5,6% para 5,5%, porém ainda acima do cen-tro da meta, de 4,5%. Para o COPOM, a pro-jeção de inflação para 2015 também se ele-vou, ficando acima do centro da meta, e se manteve fixa para 2016.

Dado este cenário, o COPOM decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50

p.p., para 13,75%, sem viés, com o objetivo de assegurar que o centro da meta (4,5%) seja atingido ao final de 2016, alegando que esse cenário de convergência com a meta está se fortalecendo.

Referências

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