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SCS Kinkas: Nova cultivar de macieira resistente à Sarna (Venturia inaequalis) e à Mancha da Gala (Colletotrichum gloeosporioides).

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(1) Eng. agr., M.Sc., Epagri/Estação Experimental de São Joaquim. C.P 81, 88600-000 São Joaquim, SC, fone: (49) 3233-0324, e-mail: boneti@epagri.sc.gov.br

(2) Eng. agr. M.Sc., Epagri/Estação Experimental de São Joaquim, e-mail:pereira@epagri.sc.gov.br (3) Eng. agr. M.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador. C.P. 591, 89500-000 Caçador, SC, fone:

(49) 662-12-11, e-mail: denardi@epagri.sc.gov.br

(4) Eng. agr. M.Sc., Epagri/Estação Experimental de São Joaquim, e-mail: eduardon@epagri.sc.gov.br (5) Eng. agr. M.Sc., Epagri/Estação Experimental de São Joaquim, e-mail: brighenti@epagri.sc.gov.br

SCS 416 - Kinkas: Nova cultivar de macieira resistente à Sarna (Venturia inaequalis) e à Mancha da Gala (Colletotrichum gloeosporioides).

José Itamar da Silva Boneti1, Adilson José Pereira2, Frederico Denardi3, Eduardo da Costa Nunes4, Emilio Brighenti4 &YoshinoriKatsurayama.

Resumo

A nova cultivar SCS 416 – Kinkas é originaria do cruzamento entre a cv. Fuji e a seleção PWR37T133 de origem americana e possuidora do gene Vf oriundo de Malus

floribunda. O cruzamento foi efetuado na Epagri – Estação Experimental de Caçador

em 1982, e as inoculações com V. inaequalis e C. gloeosporioides e posterior seleção do material resistente foram realizadas na Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. Esta nova cultivar apresenta fruto de formato globoso e epiderme de cor vermelho-carmim, levemente estriada com fundo esverdeado. É de ciclo tardio, com plena floração ocorrendo no final de setembro juntamente com a cv. Catarina. A maturação ocorre no final de março, cerca de 10 dias após a cv. Fuji. O sabor é doce, porém bem equilibrado em relação à acidez. As plantas são produtivas e resistentes à sarna e à mancha da gala. No campo não se tem observado incidência de podridão amarga e mancha foliar de marssonina. É tolerante ao oídio, porém suscetível à fuligem e à sujeira de mosca. A incidência de bitter pit é similar à observada na cv. Fuji. Por ser uma cultivar com alto requerimento de frio, é indicada para plantio em regiões que apresentem pelo menos 700 horas de frio < 7,2ºC.

Termos para indexação: Nova cultivar de macieira – Kinkas – resistente à Sarna

(Venturia inaequalis) e a Mancha da Gala (Colletotrichum gloeosporioides).

SCS 416 - Kinkas: The new apple cultivar resistant to apple scab (Venturia inaequalis) and Glomerella leaf spot (Colletotrichum spp.).

Abstract –

The new variety SCS 416 – Kinkas was originated of the crossing among the cv. Fuji and the selection PWR37T133. This selection has the gene Vf originated from

Malus floribunda. The crossing was made in Epagri –Caçador Experimental Station in

1982 and the inoculations with Venturia inaequalis and Colletotrichum gloeosporioides and subsequent selection of the resistant material were carried out in Epagri – São Joaquim Experimental Station. The new selection presents a globose fruit and epidermis red-carmim, slightly grooved with greenish bottom. It is of late cycle variety, with full bloom in the end of September together with the variety Catarina. The ripe time happens in the end of March, about 10 days after the variety Fuji. The flavor is sweet,

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however with good balance of sugar:acidity. The plants are productive and resistant to the Apple Scab and the Glomerella Leaf Spot. In the field it has not been observing incidence of Bitter Rot and Marssonina Blotch. It is tolerant to the Powdery Mildew and susceptible to the Sooty Blotch and Flyspeck. The incidence of Biter Pit is similar to the observed in the Fuji variety. The new variety Kinkas is indicated for planting in regions that present at least 700 hours of temperature < 7,2ºC.

Index Terms: New apple cultivar resistant to Apple scab (Venturia inaequalis) and

Gala Leaf Spot (Colletotrichum gloeosporioides).

Introdução

O cultivo da macieira é uma atividade econômica de grande importância para as regiões mais altas e frias do Estado de Santa Catarina. No Planalto Serrano Catarinense esta atividade envolve o trabalho de cerca de 1.800 pequenos fruticultores e no Estado mais de 2.300 (Epagri, GRV, 2007). Na safra 2007/08 o Estado produziu 463.759 t em uma área plantada de 19.165 ha, o que corresponde a 51,5% da produção nacional de maçãs.

Apesar de o clima ser favorável à produção de maçãs, observa-se durante a primavera e o verão um alto regime pluviométrico, acima de 1.600 mm anuais (Katsurayama et al., 2001), que é um dos responsáveis pela ocorrência de doenças fúngicas. Algumas doenças de primavera como a sarna (Venturia inaequalis) , e doença de verão como a mancha da gala (Colletotrichum sp), se não controladas adequadamente, podem comprometer em até 100% a produção (Boneti et al. 1999). O controle destas doenças, mesmo no sistema de Produção Integrada de Maçãs (PIM), é realizado com um grande número de aplicações de fungicidas, o que pode colocar em risco o homem e o meio ambiente (Boneti et al., 2006.; Valdebenito-Sanhueza et al., 2006).

Além dos fungicidas, estas doenças podem ser controladas por meio do uso de cultivares resistentes. O uso de materiais resistentes vem ganhando cada vez mais importância com o surgimento de um maior número de adeptos ao consumo de alimentos orgânicos e de alto valor biológico (Swezey et al., 2000; Ormond, 2002). A Epagri, por meio das Estações Experimentais de São Joaquim e de Caçador, vem trabalhando há bastante tempo num programa de melhoramento genético de macieira visando à obtenção de cultivares bem adaptadas as nossas condições climáticas, produtivas, com frutos vermelhos e resistentes às doenças (Denardi & Camilo, 1997). Deste programa foram lançadas várias cultivares resistentes à sarna e/ou a mancha da gala como: Fred Hough (Denardi & Camilo, 1994), Catarina (Boneti et al., 1996), Joaquina (Pereira et al., 2003), Daiane (Denardi & Camilo, 1998).

O objetivo do presente trabalho é apresentar uma nova cultivar, denominada de SCS 416 - Kinkas, resistente à sarna e à mancha da gala, de boa aparência (Figura 1), produtiva, exigente em frio e de ciclo tardio. Esta poderá ser utilizada juntamente com

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as cultivares Catarina e Joaquina para o cultivo orgânico de maçã, bem como para a produção no sistema convencional visando à redução no número de tratamentos fitossanitários e uso de fungicidas, redução de mão-de-obra, uso de máquinas e em conseqüência redução do custo de produção e menor impacto ambiental da atividade.

Origem

Os trabalhos que originaram a cultivar Kinkas foram iniciados na Epagri – Estação Experimental de Caçador em 1982, com o cruzamento: Fuji x PWR37T133. As sementes oriundas deste cruzamento foram enviadas para a Epagri – Estação Experimental de São Joaquim onde foram semeadas e, quando os seedlings apresentavam pelo menos duas folhas abertas, inoculadas com uma suspensão de conídios (1 x 105 conídios/mL) oriundos de vários isolados de V. inaequalis coletados em todas as regiões produtoras de maçã do Sul do Brasil. Foram inoculadas cerca de 2.000 seedlings dos quais foram selecionados 374 considerados resistentes (ausência de lesões esporuladas de sarna). Os seedlings foram, então, enxertados em porta-enxerto M.26 e levados a campo para avaliação das características agronômicas. Foram pré-selecionadas cinco plantas sendo que uma delas originou a cultivar Catarina (Boneti et al., 1996) e uma outra, então denominada F43P23, que originou a cultivar Kinkas, conforme genealogia apresentada na Figura .

Resistência às doenças e distúrbios fisiológicos

As folhas da cv. Kinkas, cerca de oito dias após a inoculação com conídios de V.

inaequalis, apresentaram pequenas pontuações deprimidas (reação de hipersensibilidade

com colapso das células infectadas – Figura 2) típicas da classe 2 de resistência (Hough et al., 1970) conferida pelo gene Vf oriundo de Malus floribunda (Williams & Kuc, 1969), um dos ancestrais desta cultivar e presente na seleção PWR37P133. Por outro lado, a mesma planta quando inoculada com conídios de Colletotrichum

gloeosporioides (isolado SJ.197) na concentração de 1 x 106 conídios/mL não apresentou nenhum sintoma da doença (Figura 3). Esta reação de resistência é a mesma encontrada na cv. Fuji, uma das ancestrais da cv. Kinkas, cuja herança evidenciou ser governada por um único gene (monogênico) recessivo (Katsurayama et al., 2001a; Katsurayama et al., 2001b). Mais tarde Dantas et al., (2003; 2005) levantaram a possibilidade do envolvimento de três genes, um dominante e dois recessivos, segregando de modo independente.

Apesar do teor de Ca nos frutos da cv. Kinkas ser maior do que nas cultivares Catarina, Joaquina e Fuji Mishima é possível, em alguns anos, ocorrer bitter pit (Tabela 2). Portanto, recomenda-se efetuar a calagem do solo, adubação de correção e de manutenção, bem como pulverização foliar de cálcio durante a primavera e o verão conforme recomendado para as cultivares Gala e Fuji (Epagri, 2006). Esta cultivar poderá eventualmente apresentar, durante o armazenamento em câmara com atmosfera comum, o aparecimento de escaldadura. Porém, este distúrbio ocorre somente quando a colheita é efetuada antes dos frutos atingirem a completa maturação. Logo, a colheita no ponto ideal é fator determinante para que este distúrbio não apareça (ver maturação).

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Entretanto, em anos com primavera seca ou em plantas com excesso de vigor pode ocorre biter pit na mesma intensidade que ocorre na cv. Fuji. Por isso, recomenda-se uma boa correção do solo e aplicação de Ca durante a primavera e o verão de modo similar ao efetuado nas cvs. Fuji e Gala.

Caracterização da cultivar Planta

A planta apresenta um hábito de crescimento semi-vigoroso, boa formação de ramos com ângulo de inserção semi-aberto e de coloração marrom escura, média presença de lenticelas (Figura 4). As folhas são numerosas, tamanho médio, margem serrilhada, de coloração verde acinzentada e forte pubescência na face adaxial. A planta possui boa brotação e formação de órgãos frutíferos com alto potencial produtivo (Tabela 3). Os frutos possuem pedúnculos longos e são muito resistentes a queda..

Brotação

A brotação ocorre a partir da segunda quinzena de agosto, juntamente com a cv. Catarina e cerca de uma semana antes do que a cv. Fuji (Tabela 1). Por ser uma cultivar de alto requerimento de frio, é indicada para regiões com pelo menos 700 horas de frio (temperaturas < a 7,2ºC).

Floração

O início de floração ocorre em meados de setembro juntamente com a cv. Catarina e cerca de uma semana antes da cv. Fuji. A plena floração ocorre por volta de 25/09 juntamente com a cv. Catarina, e cerca de 10 dias antes da cv. Fuji (Tabela 1). Apesar da plena floração da cv. Kinkas ocorrer antes da cv. Fuji, observa-se uma boa polinização quando as duas cultivares estão plantadas juntas e possibilita uma boa frutificação efetiva.

Maturação

A cv. Kinkas é de ciclo tardio e a maturação ocorre cerca de uma semana após a cv. Fuji e é um pouco mais tardia do que a cv. Catarina (Tabela 1).

Características dos frutos

O fruto apresenta um formato globoso com a epiderme de cor vermelho-carmim levemente estriada e fundo esverdeado (Figura 4). A cor da polpa varia de amarela esverdeada até creme quando o fruto está bem maduro. Os frutos, de tamanho grande (195,0 a 270,0 g), apresentam boa firmeza de polpa (14,2 lb/pol2), doce (15,8% de açúcares) e 0,37% de ácido málico, após 5 meses de conservação em câmara frigorífica, conferindo-lhe um sabor bem equilibrado (Tabela 2). A cutícula é grossa como a da cv. Catarina e os frutos podem ser conservados por um longo período em câmara frigorífica e apresentam uma grande longevidade em prateleira. O teor de Ca nos frutos é superior ao das cvs. Catarina e Fuji (Tabela 4).

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Apresenta um grande potencial para cultivo no sistema orgânico, principalmente em regiões que apresentam no mínimo 700 horas de frio, característica do Planalto Sul Catarinense pois é bem adaptada e resistente às principais doenças da macieira, permanecendo com as folhas verdes por um longo período mesmo sem pulverização de fungicidas. Pode ser também plantada no sistema convencional onde seriam realizadas apenas as pulverizações de manutenção visando o controle de doenças secundárias tais como a mancha de phylosticta, fuligem e sujeira de mosca. Neste caso a economia com gastos em fungicidas pode ser significativa. Os frutos são suscetíveis ao ataque da mosca da frutas e demais pragas.

Disponibilidade de material

Os materiais serão distribuídos para viveiristas credenciados (ou conveniados?) pela Epagri para multiplicação do material básico e posterior comercialização das mudas.

Literatura citada

BONETI, J. I. da S.. RIBEIRO, P. A.; DENARDI, F.; CAMILO, A. P.; BRIGHENTI, E. 7 PEREIRA, A. EPAGRI-402. Catarina – Nova cultivar de macieira resistente à sarna. Agropecuária catarinense 9:51-54. 1996

BONETI, J.IS.; KATSURAYAMA, Y.; RIBEIRO, L.G. Manual de identificação de doenças e pragas da macieira.Florianópolis:Epagri, 1999. 149p.

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DANTAS, A.C.M.; VIEIRA, E.A.; NODARI, R.O.; KATSURAYAMA, Y.; BONETI, J.I.S. Classificação e estudo da herança de resistência de Colletotrichum gloeosporioides, agente causador da Mancha foliar em macieira. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA, 51, 2005, Águas de Lindóia, SP. Anais... Águas de Lindóia, SP, 2005.

DENARDI, F. & CAMILO, A.P. Fred Hough – Nova cultivar de macieira imune a sarna. Ver. Bras. Frut., Cruz das Almas, v.16, n.1, p1-6, 1994.

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DENARDI, F. & CAMILO, A.P. Novas cultivares de macieira: proposta de nova composição de pomares com polinização polinizadoreas/produtoras; Agrop. catarinense, v.10, n.2, p.25-30, jun.1997.

DENARDI, F. & CAMILO, A.P. Daiane: Nova cultivar de macieira para colheita em março. Agrop. catarinense, v.11, n.3, p.6-8, set.1998.

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HOUGH, L.F.; WILLIAMS, E.B.; DAYTON, D.F.; SHAY, J.R.; BAILEY, C.H.; MOWRY, J.B.; JANICK, J.; EMERSON, F.H. Progress and problems in breeding apples for scab resistance. In: ANGERS FRUIT BRDG. SYMPOSIUM, 1970. Proceedings...,1970. p.217-230.

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SWEZEY, S.L.; CRUZ, S.; VOSSEN, P.; CAPRILE, J.; BENTLEY, W. Organic apple production manual. University of California. Oakland, California, 2000, 72p.

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VALDEBENITO-SANHUEZA, R.M.; BECKER, W.F.; BOENTI, J.I.S.; KATSURAYAMA, Y.; CZERMAINSKI, A.B.C. In: VALDEBENITO-SANHUEZA, RM.; PROTAS, J.F.; FREIRE, J de M (Eds.) Manejo da macieira no sistema de produção integrada de frutas. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2006.p.51-59.

WILLIAMS, E.B. & KUC, J. Resistance in Malus to Venturia inaequalis. Annu. Rev. Phytopath. 7:223-246.1969

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Tabela 1. Características agronômicas, fenologia e reação às doenças das cvs. Kinkas, Catarina, Joaquina e Fuji.

Indicativo Cultivares

Kinkas Catarina Joaquina Fuji

Características do fruto

Formato Globoso

Globoso-cônico

Achatado-globoso

Globoso

Cor da epiderme Carmim com

leve estrias Vermelho- estriada Vermelho-estriada Vermelho-estriado

Cor de fundo Verde Amarela Amarela Verde

Pedúnculo Longo Médio Curto Curto

Cor da polpa Esverdeada

Amarelo-creme

Amarelo-creme

Esverdeada Incidência de russeting Muito baixa Muito

Baixa

Baixa Muito baixa

Incidência de Bitter pit Baixa Alta Nula? Baixa

Resistência à queda na pré-colheita

Ausente ou muito baixa

Muito baixa Baixa Baixa

Características da planta

Porte da copa

Semi-vigoroso

Vigoroso Semi-vigoroso

Vigoroso

Hábito vegetativo Aberto Aberto

Semi-aberto Aberto Dados fenológicos Início de brotação 18/08 20/08 10/08 25/08 Início de floração 14/09 17/09 05/09 20/09 Plena floração 25/09 28/09 15/09 05/10 Fim da floração 30/09 05/10 20/09 10/10 Início de maturação 25/03 20/03 16/02 15/03 Final de maturação 10/04 05/04 28/02 30/03 Reação às principais doenças

Sarna Resistente Resistente Resistente Suscetível

Mancha da Gala Resistente Resistente Suscetível Resistente

Oídio Tolerante Tolerante Suscetível Tolerante

Podridão Amarga Tolerante Suscetível Tolerante Suscetível Podridão Branca Tolerante Suscetível Tolerante Suscetível Mancha de Marssonina Tolerante Suscetível Suscetível Suscetível Fuligem e Sujeira de mosca Suscetível Suscetível Suscetível Suscetível

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Tabela 2. Características fisico-químicas dos frutos das cvs. Kinkas, Catarina, Pink Lady e Fuji enxertadas sobre o porta-enxerto Marubakaido. São Joaquim, SC. Ciclo: 2002/03.

Cultivar Avaliação PM (g)1/ Redução do

PM (%) Teor de açúcar (SST -%) Firmeza da polpa (Lb/pol2) Teste Iodo-Amido2/ Ácido Málico (%) Kinkas Colheita3/ 249,25/ - 13,7 14,9 3,9 0,45 2,5 MAC4/ - 1,5 14,3 16,4 5,0 0,37 5,0 MAC - 2,4 15,8 14,2 5,0 0,37 Catarina Colheita3/ 244,2 - 15,7 17,7 3,8 0,40

Pink Lady Colheita3/ 211,8 - 14,2 15,5 4,9 0,70

Fuji Colheita3/ 256,6 - 14,6 14,5 5,0 0,34

1/

PM= peso médio dos frutos (g) por ocasião da colheita (06/05/2003). 2/

Teste Iodo-Amido: 1 a 5. 3/

Data da colheita dos frutos: 06/05/2003. 4/

MAC= Meses após a colheita em câmara frigorífica. 5/

Médias oriundas da avaliação de 10 frutos

Tabela 3. Produtividade da cv. Kinkas, enxertadas sobre o porta-enxerto Marubakaido/M.9 em comparação com a cultivar Catarina. São Joaquim, SC. Ciclos: 2006/07, 2007/08 e 2008/09.

Cultivar1/ 4º ano (2007) 5º ano (2008) 6º ano (2009) kg/Planta t/ha kg/planta t/ha kg/planta t/ha

Kinkas 17,62/ 29,3 34,0 56,6 15,7 26,2

Catarina 10,8 17,9 32,1 53,4 18,4 30,6

1/

Espaçamento: 4 x 1,5 m (1.666 plantas/ha) 2/

Média oriunda de três plantas.

Tabela 4. Concentração de nutrientes na polpa de frutos das cvs. Kinkas, Catarina, Joaquina, Fuji Mishima e Kiku-8. São Joaquim, SC. Ciclo: 2007/08.

Cultivar N (mg/kg) P (mg/kg) K (mg/kg) Ca (mg/kg) Mg (mg/kg)

N/Ca K/Ca K+Mg/Ca

Kinkas 348 125 1263 45 61 8 28 29

Catarina 412 141 1412 29 62 14 49 51

Joaquina 360 105 957 38 53 9 25 27

Fuji Mishima 324 155 1054 38 51 9 28 29

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Figura 3. Figura 4.

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Referências

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