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Problema Método analítico. Escrevem-se as equações: Solução de líquidos misciveis. Mistura de líquidos imisciveis

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Academic year: 2021

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Problema 2.2.13

A)

Temperatura de ebulição duma mistura de líquidos imisciveis ou de início de ebulição duma solução de líquidos misciveis (a temperatura de ebulição duma solução varia ao longo da destilação (aumenta))

O cálculo da temperatura de ebulição duma mistura (ou de início de ebulição duma solução) é um cálculo muito comum, muito importante mas sempre complexo. Existem dois métodos para se calcular a temperatura de uma mistura ou solução: método analítico e método gráfico.

No parágrafo acima, quando se referi a destilação de soluções estava a referir-me a destilações descontínuas (as mais comuns), mas também existem destilações em contínuo nas quais a temperatura de ebulição se mantem constante.

Numa destilação em contínuo está sempre a entrar a solução a destilar, assim atinge-se um estado estacionário em que os caudais e composições de saída do vapor e do líquido são constantes no tempo, logo a temperatura de destilação também se mantem constante no tempo.

A destilação em contínuo de soluções não é muito usada pois na indústria pois aí prefere-se usar colunas de destilação que têm um funcionamento diferente e permitem separações muito mais eficientes.

Método analítico

Escrevem-se as equações:

Solução de líquidos misciveis P = ∑ Xi ×Pvi (T) Mistura de líquidos imisciveis P = ∑ Pvi (T)

(2)

Substitui-se dos Pvi por polinómios em função da temperatura e resolve-se de modo a ter-se uma pressão igual a P.

Trata-se de um método muito trabalhoso, raramente utilizado.

Método gráfico

Arbritam-se duas temperaturas T1 e T2, calculam-se as pressões a essas temperaturas, P1 e P2. Por fim obtem-se a temperatura de ebulição por interpolação. Antigamente esta interpolação era feita graficamente e daí vem o nome de método gráfico.

Assim vou começar por calcular as temperaturas de ebulição dos compostos puros à pressão de P = -100 + 760 = 660 mmHg. Estas temperaturas de ebulição ajudar-me-ão a seleccionar as temperaturas a arbritar, T1 e T2.

Temperatura de ebulição da água

Recorrendo às Tabelas de PEQ para o MEQ, página I.2, obtenho uma temperatura de ebulição da água a 660 mmHg de 96,1ºC (mais rigorosamente Pv a 96,1ºC = 660,03 mmHg).

Temperatura de ebulição do óleo Temos que recorrer à equação

(

)

T

2258

232

,

8

660

log

=

Obtem-se T = 417,19 K = 144,04 ºC

No caso de misturas de líquidos imísciveis a Teb é sempre inferior à do líquido que tiver menos Teb, neste caso a da àgua. Assim vou arbritar T1 = 90ºC e T2 = 95ºC.

Pressão a 90ºC – P1

Pv da água a 90ºC = 525,76 mmHg (página I.2 das Tabelas de PEQ para o MEQ) Pv do óleo a 90ºC

( )

2

,

0142

15

,

273

90

2258

232

,

8

log

=

+

=

Pv

Pv = 103,32 mmHg P1 = Pvágua + Pvóleo = 525,76 + 103,32 = 629,08 mmHg

(3)

Pressão a 95ºC – P2

Pv da água a 95ºC = 633,90 mmHg (página I.2 das Tabelas de PEQ para o MEQ) Pv do óleo a 95ºC

( )

2

,

0986

15

,

273

95

2258

232

,

8

log

=

+

=

Pv

Pv = 125,50 mmHg P2 = Pvágua + Pvóleo = 633,90 + 125,50 = 759,40 mmHg

Agora completa-se o cálculo com uma interpolação:

P (mmHg) ln P T (º) 1/T (K-1)

629,08 6,4442 90 2,7537 × 10-3

660 6,4922 2,7442 × 10-3 → Teb = 91,25 ºC

759,40 6,6325 95 2,7163 × 10-3

B) Composição dos vapores formados

Para efectuarmos este cálculo temos que recorrer aos Pv à Teb calculada, 91,25ºC

Pv da água a 91,25ºC = 552,26 mmHg (página I.2 das Tabelas de PEQ para o MEQ) Pv do óleo a 91,25ºC

( )

2

,

02355

15

,

273

25

,

91

2258

232

,

8

log

=

+

=

Pv

Pv = 108,52 mmHg Sabemos que:

=

Pv

i

P

P

Pv

Y

i

=

i Vem:

(4)

83577

,

0

52

,

108

26

,

552

26

,

552

=

+

=

água

Y

16423

,

0

52

,

108

26

,

552

52

,

108

=

+

=

óleo

Y

Nota 552,26 + 108,52 = 660,78 mmHg em vez dos 660 mmHg pretendidos. Esta discrepância deve-se ao factos de todos os valores de Pv empregues serem aproximados, tanto a equação de Antoine do enunciado, como os das Tabelas de PEQ.

C) Razão mássica das dases resultantes da destilação a temperatura constante

Para se perceber esta alínea convem analisar o esquema deste problema:

No instante inicial – tempo = 0, temos:

Destilador: óleo 500 g 500 / 120 = 4,1667 moles Água 2500 g 2500 / 18 = 138,8889 moles Composição molar

0

,

97087

1667

,

4

8889

,

138

8889

,

138

=

+

=

agua

X

02913

,

0

1667

,

4

8889

,

138

1667

,

4

=

+

=

óleo

X

Condensador – vazio

No instante final – tempo = tempo final, temos:

O óleo tem no vapor uma composição (0,16423) superior à inicial (0,02913), assim vai destilar completamente e vai ficar água no resíduo:

(5)

Condensador óleo --- água 0,16423 --- 0,83577 4,1667 moles --- 21,2044 moles 500 g --- 381,68 g Evaporador Óleo = 0 g Água = 2500 – 381,68 = 2118,32 g

O que é pedido no enunciado é a razão entre as massas finais no destilador e no evaporador:

4 , 2 68 , 381 500 32 , 2118 r condensado no massa destilador no massa = + = = Razão

Nota: Neste destilador, se continuarmos a aquecê-lo, a destilação só pára quando se destilar completamente a água e o óleo.

Mas no enunciado, alínea c) refere-se a temperatura constante. Ora a temperatua só se mantem constante enquanto houver óleo e água no destilador.

Após todo óleo ter sido destilado, ficamos só com água, e a temperatura de ebulição deixa de ser constante. Esta temperatura sobe para a temperatura de destilação da água pura : 96,1 ºC.

Referências

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