As medidas adotadas pelo governo estadual – restringindo o funcionamento de empresas e reduzindo os horários do comércio – no com-bate à Covid-19 foram duramente criticadas, no dia de ontem, pleo presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), Ricardo André Duarte Santos. Ele ressaltou que, diante da decisão, a categoria
se encontra apreensiva. “O Ministério Público, não sabe o que é ser empresário, é uma coisa que causa muita revolta, porque é muito bom mandar fechar e no final do mês receber seu dinheirinho no bolso. Era bom que, quando mandassem fechar tudo, os integrantes do MP também ficassem sem receber salários”, dispa-rou o empresário. Página 8
FECOMÉRCIO: EMPRESAS NÃO
PODEM PAGAR A CONTA DAS
MEDIDAS DE RENAN FILHO
CRISE
Em nota publicada, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas, Gilton Lima, destaca que a entidade a qual representa “vê com preocupação a onda cres-cente de casos de Covid-19, na capital e no interior, e reconhece a importância das medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia. Contudo, não dá para negar o forte impacto econô-mico causado por restrições mais severas, tais como o
fecha-mento dos estabelecifecha-mentos comerciais, limitações acentuadas de capacidade e proibição de atividades culturais, de lazer e de entretenimento”. Ele ressalta que o momento é crítico, mas cobra uma contrapartida. “A Fecomércio defende que as empresas não arquem sozinhas com os prejuízos, por isso, a entidade estuda viabilizar pleitos tributários e fiscais junto ao governo”, concluiu. Página 5
Mesmo colocando a necessidade de medidas de combate à Covid-19,
em nota presidente da entidade pede ajuda ao governo estadual
Página 12 Páginas 10 e 11 Assessoria Congresso em Foco
STF mantém
julgamento
da suspeição
de Moro
Quadrinhos
apresenta
língua indígena
de sinais
Página 4Nova etapa
da vacinação
em Maceió
inicia hoje
V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R
Empresas podem
pedir aumento
de carência para
pagar Pronampe
O Ministério da Economia infor-mou ontem que os bancos pode-rão estender o prazo de carência de pagamento do Programa Nacional de Apoio às Microem-presas e EmMicroem-presas de Pequeno Porte (Pronampe) de oito para 11 meses. A mudança no texto do regulamento foi aprovada pela assembleia de cotistas do Fundo de Garantia de Operações (FGO). As empresas que desejarem prorrogar a carência da linha do Pronampe devem procurar as instituições financeiras com as quais firmaram os contratos de crédito. A mudança no prazo da carência não necessita de aprovação no Congresso, porque o trecho foi vetado na lei que ins-titui o programa e reajustado no regulamento do FGO. Página 7
Presidente da ABIH: “Era bom que
ao fechar tudo, membros do MP
ficassem sem salários”
ARTIGO |
Dom Walmor Oliveira de Azevedo*
OPINIÃO
Jorge Luiz Diretor-Executivo Luis Vilar Editor-Geral Para anunciar (82) 98812-4111 CNPJ 33.009.776/0001-21 EndereçoRua Engenheiro Mario de Gusmão, número 988, sala 136, Edif. Record Offices, Bairro Ponta Verde - Maceió/ Alagoas – CEP: 57.035-000
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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
EXPEDIENTE
Diálogo, nome do amor
* É Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Mas é preciso sublinhar a dimensão educativa inscrita em todo proces-so dialogal para alargar horizontes de compreensão: além de simples altercação de pontos de vista seme-lhantes, dialogar é processo amoroso, construtivo e edificante, capaz de levar ao que é sagrado e urgente – aproximar-se e se deixar iluminar pela luz da verdade, que liberta. Esse processo amoroso encontra obstácu-los, pois há visões de mundo estrei-tas, com valores comprometidos, verdadeiras ameaças à competência humana e espiritual para a formula-ção de entendimentos livres de pre-conceitos. O exercício do diálogo não pode ser entendido como simples entrincheiramento no “quartel de pontos de vista”. Trata-se de prática que remete à essencialidade do amor.
A incompetência dialogal, emol-durada pelas escolhas defensivas e medrosas, particularmente diante da pluralidade, está enjaulando a socie-dade em mediocrisocie-dades que se ma-nifestam a partir de agressividades, irracionalidades e ódios. Dialogar é se exercitar na arte da escuta, na
contramão dos desvarios cor-rentes na contemporaneidade, revelados nos acirramentos das
violências e discriminações. A incompetência para dialogar se
revela também nos medíocres que querem um protagonismo a todo custo, reivindicando um
reconhecimento que jamais virá sem a abertura para o diálogo
construtivo, que pressupõe confrontos educativos, com
resultados incidentes para a vida social.
A capacidade para dialogar não pode ser perdida, uma competência indispensável
para se alcançar avanços na humanidade. Para além de
ba-te-papo ou descomprometida troca de opiniões, dialogar é
atitude de caridade e tarefa educativa, na escola, na famí-lia e em todos os ambientes. Investir no diálogo é fundamental para avançar na edificação da ami-zade social, a ser sempre promovida pelos cristãos ao sabor do Evange-lho de Jesus Cristo. Trata-se ainda de caminho que inspira intuições criativas, para dar mais vigor à arte, profecia à fé, encantamento pelo outro, reverência ao meio ambiente, inspirações para arquitetar uma nova ambiência sociopolítica e econômica. O diálogo, para além de bate-boca – coisa de fundamentalistas e de gabinetes de polarizações – é inves-timento exigente e envolvente, para fortalecer instituições, recuperar a poesia deixada de lado, incrementar a arte, fecundar a mística da fé, res-gatar a civilidade e inspirar intuições capazes de solucionar graves proble-mas da atualidade. Neste caminho quaresmal, o Papa Francisco lembra que Jesus não dialoga com o diabo. Não se deixa envolver porque o diá-logo é experiência de amor. A partir do que é singular da fé cristã, todos busquem o diálogo – caminho que leva a um mundo aberto, compro-misso de amor que é alicerce para a amizade social.
Diálogo é, incontestavel-mente, um nome do amor – amor de Deus, mistério insondável e inesgotável. Ao mesmo tempo, o diálogo constitui caminho singular para se cultivar a maior com-petência humana: a capaci-dade para amar. Sem diálogo, toda discussão pode levar a enrijecimentos insuperáveis, a defesas conceituais que, mes-mo com exatidão e fidelidade a valores, não promovem con-versão ou mudanças urgentes para este terceiro milênio. Dia-logar é gesto de amor, que se desdobra em cuidados, respeito e reverência incondicional ao outro. Trata-se da única pos-sibilidade de se administrar as diferenças, tornando-as riqueza humanística para a conquista de um tecido civilizatório caracte-rizado pela amizade social, pela tolerância e por inegociável compre-ensão da dignidade humana – cada pessoa é filho e filha de Deus.
O convite para o diálogo deve-ria ser aceito por todas as pessoas, instituições e segmentos sociais. Ao acolher este convite, são evitados os prejuízos amargos dos negacionis-mos e obscurantisnegacionis-mos – alicerces das polarizações, agressividades e reações intempestivas. Essas perdas causam um vazio existencial em seus promotores, envergonha-os diante da opinião pública. Por isso, a direção a ser seguida é a do diá-logo que capacita para o amor. Um exercício que requer lucidez moral e equilíbrio emocional para evitar que confrontos tornem-se “pé de guerra”. As altercações devem desenhar um horizonte de entendimentos para levar soluções aos problemas con-temporâneos.
Há os que apresentam a seguinte questão: com quem se deve dialogar? A resposta aponta para significativo desafio existencial, pois o diálogo entre os que partilham os mesmos princípios é mais fácil e confortável.
OPINIÃO
Diferentemente do que se imagina, considerar a conservação ambiental como uma perda para a economia brasileira é um pensamento obsoleto. A fim de refletir sobre essa imagem errônea, há algumas causas e consequências relacionando meio ambiente e economia que podem ser revertidas com boas iniciativas. No entanto, é preciso ter consciência da necessidade de promover essa mudança de paradigma.
Um dos mais graves problemas é a inca-pacidade de administrar resíduos que, se feito de maneira incorreta, causam poluição do solo e das águas. O gerenciamento de resíduos com base na Economia Circular possibilita o reaproveitamento de materiais que seriam descartados, gerando economia ou até mesmo um novo ativo a ser comercia-lizado.
Outro exemplo, mais ligado a uma realida-de brasileira: a redução realida-de áreas preservadas do Cerrado afeta na regularidade das chuvas, o que traz como consequência uma crise
Desenvolvimento e
conservação ambiental
ARTIGO |
Leo Cesar Melo*
* É CEO da Allonda, empresa de engenharia com atuação em soluções sustentáveis
EM ALTA
EM BAIXA
A crítica do
presi-dente da ABIH/AL,
Ricardo André Duarte
dos Santos, é
perti-nente e corajosa. De
fato, ele toca em um
ponto que precisa ser mostrado: o poder
público, de uma forma geral, tem discutido
e imposto medidas restritivas no combate à
Covid-19 sem um diálogo com o setor
pro-dutivo. Toda a culpa está caindo nas costas
de empresários e, com isso, o aumento de
falências e do desemprego. Com isso, novas
tragédias se avizinham, pessoas acabam
adoecendo por conta de outros problemas. A
pandemia é grave e medidas são necessárias.
Porém, o que não pode é o poder público agir
de forma unilateral, impondo um lockdown
sobre o qual não há qualquer comprovação
científica de resultado. São os mesmos
agen-tes públicos que fizeram “vista grossa”
quan-do houve toquan-do tipo de aglomeração durante
o período eleitoral. A voz de Ricardo André
Duarte dos Santos é um desabafo.
A ausência de
diá-logo do governador
Renan Filho com o
setor produtivo tem
gerado apreensão por
parte do empresariado
alagoano que não sabe quais serão as
próxi-mas medidas a serem adotadas pelo
Executi-vo estadual. Nos bastidores, o medo é de que
mais medidas restritivas sejam adotadas de
maneira gradativa e rápida, até chegar ao
lo-ckdown. Algumas entidades, como a Abrasel,
começam a pressionar o Executivo de alguma
forma, pois até mesmo as ações adotadas
agora padecem de critérios lógicos, como –
por exemplo – o fechamento dos restaurantes
depois das 20h, que é quando há o
faturamen-to desses espaços. Muifaturamen-tos pequenos
estabele-cimentos que adotam protocolo de segurança
e não causam aglomeração, por conta de sua
própria natureza, acabaram tendo que pagar
o pato.
CENA
URBANA
Os idosos estão
aten-dendo o chamamento
das autoridades de
saú-de e buscando os locais
de vacinação. O
resulta-do é que a partir de hoje
uma nova faixa etária
entra na imunização,
os idosos com 77 anos. A
vacinação acontece nos
es-tacionamentos do Maceió
Shopping e do Shopping
Pátio, no Papódromo e no
drive-thru do
estaciona-mento de Jaraguá. Os
profissionais de saúde
es-tão sendo vacinados em
seus locais de trabalho.
Asc
om SMS
hídrica. Dessa forma, a produção de energia hidrelétrica, uma das mais utilizadas no Bra-sil, cai e os preços aumentam. Se a energia está mais cara, acontece um efeito dominó em todos os preços, impactando na inflação e diminuindo a movimentação da economia. E não é apenas no mercado interno que negligenciar o meio ambiente causa proble-mas. A despreocupação ambiental também afeta a negociação entre o Brasil e outros países, pois muitos condicionam a compra de insumos brasileiros ao cumprimento de compromissos ambientais. O enfraque-cimento dessas políticas pode acarretar redução das exportações, uma consequência amarga para o PIB.
Estes são apenas alguns exemplos da importância de conciliar os interesses econômicos aos ambientais, de maneira a preservar e enfrentar a crise ambiental e a econômica. Contudo, muitos outros setores também são afetados e causam avassalador impacto na economia.
A
vacinação segue até sábado, das 10h às 16h, nos quatro pontos fixos disponibilizados pela Prefei-tura; no estacionamento do Jaraguá, onde a vacinação está ocorrendo em modelo drive--thru, nas áreas externas dos shoppings Maceió (Mangabei-ras) e Pátio (Benedito Bentes), além do Papódromo (Vergel do Lago). Os usuários devem levar um documento com foto e CPF.No anúncio, o gestor falou sobre a esperança que a chegada da vacina tem desper-tado na população em tempos de pandemia da Covid-19. Serão ofertadas 2.727 doses de imunizantes.
“Doses de esperança! Amanhã, vamos começar a aplicar a vacina contra o Coro-navírus em idosos com idade a partir de 77 anos ou mais. Esta-mos correndo contra o tempo para imunizar o máximo de pessoas e preservar a saúde dos maceioenses. Contem com meu esforço nessa luta, é prio-ridade”, declarou o prefeito.
O secretário de Saúde da capital, Pedro Madeiro,
também comemorou mais um passo dado por Maceió em busca de imunizar, e proteger, o máximo de pessoas que esti-ver ao alcance de Maceió.
“Tem sido um traba-lho árduo e diário para que nossa capital, liderada pelo prefeito JHC, alcance o maior número de pessoas, entre idosos e profissionais de saúde, trazendo um pouco de alívio em tempos tão difíceis. O anúncio da vacinação para essa nova faixa etária, com a vacina-ção para os idosos com 78 ou mais em andamento desde a última segunda-feira, 8, é uma
mostra de como estamos todos empenhados em salvar vidas”, declarou Pedro Madeiro.
PRIMEIRO DIA
O primeiro dia de vacina-ção para os idosos com 78 anos de idade ou mais foi marcado por índices positivos de imuni-zação. O público estimado para essa faixa etária é de 2.727 e, desse total, já foram aplicadas 1.121 doses na segunda-feira passada, o que representa 41,11% do público total. A faixa etária anterior, idosos com 79 anos ou mais, alcançou um percentual de 80,27%, com a
aplicação de 14.386 doses. A imunização dos idosos continua ocorrendo nos quatro pontos fixos da capital: o Papó-dromo (Vergel do Lago), Maceió Shopping (Mangabei-ras), Pátio Shopping (Benedito Bentes) e no drive-thru do Jaraguá. É preciso lembrar que a vacinação nos quatro pontos é destinada exclusivamente para os idosos. Os trabalhadores de saúde estão sendo vacinados em seus locais de trabalho.
A aplicação da segunda dose para os idosos vacinados na etapa que ocorreu entre 9 e 13 de fevereiro continua sendo feita nesses locais. A SMS reforça que a segunda dose só será aplicada em quem se vacinou com a Coronavac, que deve ser administrada no período de 21 a 28 dias após o recebimento da primeira dose.
Até o momento, 14.765 pessoas que fazem parte dos grupos prioritários – profis-sionais de saúde, idosos com 79-83 anos ou mais, idosos em instituições de longa perma-nência e pessoas institucionali-zadas – já receberam a segunda dose em Maceió.
MACEIÓ
Maceió começa hoje a imunização dos
idosos a partir de 77 anos contra Covid
Maceió inicia hoje
mais uma etapa da
vacinação para idosos
na capital: os com
77 anos ou mais. O
anúncio foi feito no
começo da tarde de
ontem pelo prefeito
João Henrique
Caldas em suas redes
sociais.
VACINAÇÃO |
Anúncio foi feito ontem pelo prefeito João Henrique Caldas em postagens nas suas redes sociais
Redação
D
escentralizar os servi-ços de saúde para o atendimento de casos de urgência do povo alagoano tem sido um desafio para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Por muitos anos, a população contou apenas com o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, para buscar esse tipo de atendimento.Para mudar essa realidade e desafogar os atendimentos no maior hospital público de Alagoas, o Governo do Estado,
por meio da Sesau, já entre-gou duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no ano passado, uma localizada no bairro Jacintinho e outra no Tabuleiro do Martins.
Agora, outras duas UPAs estão autorizadas pelo governo estadual, com as construções de duas novas unidades, sendo a primeira no bairro Jaraguá e a segunda no Cidade Univer-sitária. As duas unidades são do tipo III e, cada uma das unidades, estão orçadas em R$ 6,2 milhões, que serão custea-das com recursos próprios do Governo de Alagoas.
As UPAs Jacintinho e Tabu-leiro do Martins, que estão em pleno funcionamento, são consideradas unidades impor-tantes no processo de desafogar os atendimentos de urgência no Hospital Geral do Estado (HGE). Quando somadas às UPAs Jaraguá e Cidade Univer-sitária, após as suas respectivas entregas, as unidades tendem a aumentar, de forma substancial, o apoio ao HGE. A avaliação é do gerente do hospital, Paulo Teixeira.
“A população pode procu-rar as UPAs em casos clínicos e traumas mais simples, deixando
as situações mais graves e complexas para o HGE. Isso trará um ganho extraordiná-rio para os pacientes que serão melhor atendidos e terão suas queixas resolvidas com maior celeridade”, destacou o gerente da unidade hospitalar.
Nos dois primeiros meses de 2021, o Hospital Geral do Estado atendeu 15.984 pacien-tes que necessitaram de assis-tência à saúde. Desse total, 10.763 casos foram de pessoas que deram entrada por causas clínicas.
“Ou seja, em mais de 10 mil casos que foram recebidos
no Hospital Geral do Estado, a população poderia ter procu-rado as UPAs. Claro que o HGE atende por ser porta aberta, mas, é importante esse reforço de que, nos casos mais simples, de traumas menores, os profissio-nais das UPAs estão preparados para atender, cuidar e realizar os devidos procedimentos”, consi-dera Paulo Teixeira.
Para o secretário de Estado da Saúde, Alexandres Ayres, as duas novas UPAs irão fortalecer, ainda mais, a Rede de Urgência e Emergência de Alagoas, garan-tindo um melhor atendimento à população.
UPAs qualificam serviços e garantem apoio ao HGE nos atendimentos
Imunização avança na capital e chega aos idosos de 77 anos ou mais
A
partir da próxima sexta-feira, as Centrais Já! localizadas nos shoppings da capital e interior do estado passarão a funcionar de acordo com o novo horário estabelecido pelo Governo de Alagoas para esses centros comerciais, das 11h às 17h. A mudança no expedientevisa auxiliar na contenção da disseminação do coronavírus no estado e fortalecer a prote-ção à saúde dos colaboradores e dos usuários das unidades.
De acordo com a Superin-tendência de Atendimento ao Cidadão (SAC), que é vincu-lada à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e
Patri-mônio (Seplag), as Centrais do Maceió Shopping, do Shop-ping Pátio Maceió, do Parque Shopping, do Shopping Farol e do Arapiraca Garden Shop-ping terão o funcionamento alterado pela medida. Nas demais unidades, o expe-diente segue com horário normal para os alagoanos.
A SAC reforça que, em todas as Centrais Já!, o aten-dimento ao público só está acontecendo mediante agen-damento prévio, que deve ser realizado no site agendamento. seplag.al.gov.br. Além disso, ao comparecer na unidade escolhida, é obrigatório seguir os protocolos estabelecidos
pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), como uso obri-gatório de máscara, higieniza-ção das mãos e manutenhigieniza-ção do distanciamento social.
Em caso de dúvidas, os cidadãos podem entrar em contato pelo telefone (82) 98876-7341 ou pelo insta-gram @seplagalagoas.
N
a primeira onda, quando foram adota-das mediadota-das mais restritivas de combate à Covid-19 em Alagoas, foram mais de três mil empresas extintas e, conforme infor-mações da Federação do Comércio de Bens, Servi-ços e Turismos do Estado de Alagoas, foram quase 30 mil empregos perdidos. Desses, 5.571 no segmento de Comér-cio e Serviços, apenas em Maceió. O temor é de que a situação se repita caso haja ainda mais restrições a serem adotadas por Renan Filho.“A Fecomércio vê com preocupação a onda cres-cente de casos de Covid-19, na capital e no interior, e reconhece a importância das medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia. Contudo, não dá para negar o forte impacto econômico causado por restrições mais severas, tais como o fecha-mento dos estabelecifecha-mentos comerciais, limitações acen-tuadas de capacidade e proi-bição de atividades culturais, de lazer e de entretenimento”, colocou o presidente da Fede-ração, Gilton Lima, em nota encaminhada à imprensa.
ABRASEL
No início dessa semana, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
(Abra-sel/AL) solicitou que o governo pense formas de compensar as perdas econô-micas sofridas pelo setor. Eles solicitam estudos para isen-ção de impostos enquanto houver a paralisação. No dia de ontem, representantes da Abrasel já anunciaram que muitos bares e restaurantes simplesmente vão paralisar as suas atividades, mesmo tendo a permissão de aber-tura durante a semana. É que nos fins de semana, quando são obrigados a fecharem, é quando possuem justamente o maior faturamento.
Entre os que fecharão as portas durante o decreto está o Maikai, que anun-ciou que não funcionará nos próximos 10 dias. O Tanque Cheio também deve adotar as mesmas medidas, em função dos horários estabelecidos. Os
empresários buscam diálogo com o governo para que se permita o funcionamento durante os fins de semana.
De acordo com a Feco-mércio, a medida vai atingir – na área do Estado que se encontra na fase vermelha – mais de três mil empresas “Nas três maiores economias do Estado, a considerar os valores do Produto Interno Bruto (PIB), em Maceió, com 7.375 estabelecimentos, Arapiraca, com 987, e Mare-chal Deodoro, com 536, o segmento só pode abrir em dia útil, das 6h às 20h, com 50% da capacidade, e preci-sará fechar as portas nos horários que registram maior faturamento”, frisou Gilton Lima.
Ele ainda complementa: “De acordo com o cruzamento de dados disponibilizados
pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pelo IBGE, o fatura-mento médio diário do setor de Comércio e Serviços é de R$ 59 milhões. Diante desse contexto, medidas restritivas de funcionamento, principal-mente em horários de maior movimentação, implicam em queda significativa de receita”
“Em meio à crise sanitá-ria, que já se perdura por um ano, muitos estabelecimentos que retornaram ao funciona-mento, após mais de 100 dias de paralisação das ativida-des, ainda sentem os reflexos econômicos, fato que deve ser agravado com o novo decreto. Um dos segmentos mais afetados é o setor de eventos, que, com as novas medidas, fica sem receita, embora as despesas não sejam anuladas. Com o fechamento de bares e restaurantes aos fins de semana e nas noites de dias úteis, outro segmento que também sofre forte impacto é o do Turismo, entre hotéis, pousadas, similares e Comér-cio local”, conclui o presi-dente da Fecomércio.
E l e r e s s a l t a q u e o momento é crítico, mas cobra uma contrapartida. “A Feco-mércio defende que as empre-sas não arquem sozinhas com os prejuízos, por isso, a enti-dade estuda viabilizar pleitos tributários e fiscais junto ao governo”, concluiu.
ALAGOAS
Tributos e encargos estão levando empresas à falência na pandemia
Fecomércio: empresas não podem arcar
sozinhas com medidas de Renan Filho
PANDEMIA |
De acordo com Federação, somente em um semestre, Alagoas perdeu quase 30 mil empregos
As medidas
restritivas adotadas
pelo governador
Renan Filho (MDB),
que retrocedeu
no processo de
reabertura econômica
em Alagoas, colocando
o Sertão e o Agreste
na fase vermelha e
as demais regiões
na laranja, segue
preocupando os
empresários locais,
em função das
perdas econômicas.
De acordo com os
representantes do
setor produtivo, sem
um auxílio por parte
do governo estadual,
as ações adotadas
pelo Executivo
emedebista devem
causar mais falências
e desempregos em
Alagoas.
Redação
“E
u me dirijo ao governo chinês neste momento de grande angústia para nós brasileiros, para que nossos parceiros chineses tenham um olhar amigo, humano, solidário e nos ajudem a superar a pandemia, ofere-cendo os insumos, as vaci-nas, todo o apoio” de que o Brasil precisa “neste grave momento”, disse o deputado.Lira defendeu ainda a vacinação em massa contra a covid-19 como forma de superar a pandemia, bem como o acesso a todos os imunizantes disponíveis contra a doença. “Se nós não vacinarmos em massa a população brasileira, não sairemos dessa situação grave da pandemia. É impor-tante que tenhamos acesso a todas as vacinas produzidas no mundo”, afirmou. “Em nome da Câmara, eu reafirmo este apelo, e que nós
encon-tremos bilateralmente uma solução mais rápida para dar essa resposta ao povo brasi-leiro”, destacou.
Na carta, Lira lembra que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e defende o diálogo para reforçar os laços entre os dois países e minimizar possíveis atritos diplomáticos.
Segundo Lira, os inte-resses das duas nações não podem ser afetados pelas “circunstâncias, pelas
ideolo-gias, pelos individualismos”. Mas apenas e tão somente pelo interesse nacional e pelo bem-estar dos dois povos, enfatizou.
“Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros – brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola. É com compreensão, diálogo e respeito, solidariedade mútua, que iremos reforçar cada vez mais nossos laços”, afirmou Lira.
ESTREITAMENTO DE RELAÇÕES
Por meio de uma rede social, o embaixador Yang Wa n m i n g d i s s e q u e a conversa com Lira foi uma enorme “alegria”.
“ T ro c á mo s op i n i õ e s sobre o intercâmbio entre os poderes legislativos, estrei-tamento das relações sino--brasileiras, sobretudo a parceria no combate à pande-mia e cooperações pragmáti-cas”, escreveu.
BRASIL/MUNDO
Arthur Lira pede ajuda da China para
acelerar combate à covid-19 no Brasil
POLÍTICA |
Presidente da Câmara dos Deputados quer um “olhar humano e solidário” de nações parceiras
O presidente
da Câmara dos
Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), pediu
ao embaixador da
China no Brasil, Yang
Wanming, ajuda
ao governo chinês
para superação da
pandemia de covid-19.
Após reunião com
Yang Wanming, por
videoconferência,
ontem, Lira divulgou
uma carta em que
reafirma a parceria
entre Brasil e China
e pede que o país
asiático ofereça
insumos e vacinas
contra a covid-19.
Relator diz que manterá texto da PEC Emergencial aprovado no Senado
O
deputado Daniel Frei-tas (PSL-SC), rela-tor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 186, de 2019, a PEC Emer-gencial, disse ontem que vai manter o texto aprovado no Senado, na quinta-feira da semana passada. Ele, todavia, ainda não apresentou o rela-tório.“Vamos levar ao plená-rio da Câmara, o texto exata-mente como veio do Senado. Se algum de putado ou bancada quiser alterar, será
no plenário, se for de vontade da maioria”, afirmou Freitas a jornalistas.
A previsão era que a proposta fosse debatida durante o dia de ontem, com a aprovação da admissibilidade, mas ela foi adiada para hoje. Já a votação, em dois turnos, deve ocorrer amanhã. Por se tratar de uma PEC, são neces-sários, ao menos, 308 votos para aprovação.
O presidente Jair Bolso-naro admitiu publicamente que queria retirar do relatório trechos que atingem profissio-nais da segurança pública.
A PEC Emergencial abre
espaço para o pagamento do novo auxílio emergencial, com R$ 44 bilhões. “Não podemos atrasar a entrega do auxílio emergencial. A camada mais carente da população precisa que este dinheiro chegue na ponta”, disse o relator da proposta.
A declaração de Freitas ocorreu depois de reunião entre ele, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o chefe do Executivo nacional, com o intuito de evitar desidratação da PEC Emergencial.
Freitas havia se reunido com o ministro da Econo-mia, Paulo Guedes, e, ao fim,
sinalizou que não mudaria o texto. Contudo, ao longo do fim de semana e após pedido
de Bolsonaro, surgiu a possibi-lidade de alterar a redação – o que foi descartado ontem.
Luciano Nascimento
Agência Brasil
Marcelo Montanini
Metrópoles.com
Daniel Freitas destaca a urgência na aprovação da PEC do auxílio
© Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Em entrevista à Bandeirantes, presidente disse que a tendên-cia é a reativação do auxílio federal em breve
O
bitcoin voltou a valo-rizar ontem com alta que chegou a 10% nas últimas 24 horas na máxima do dia. Segundo dados da rede, o novo movimento foi causado por grandes investidores, já que o número de ordens de compra com valor superior a 100 mil dólares atingiu um novo recorde.Dados do serviço de análise de blockchain Mate-rial Indicators mostram que as transações de bitcoin com volume entre 100 mil e 1 milhão de dólares aumentou significativamente nos últi-mos dias, impulsionando a alta no preço, que chegou a 54.700
dólares, o valor mais alto das últimas duas semanas.
Segundo o responsável pela divulgação dos dados, o movimento indica que as “baleias”, como são chama-dos os grandes investidores, decidiram comprar bitcoin durante a queda recente, quando a criptomoeda foi levada para mínimas perto de 44 mil dólares.
O analista, que se identi-fica como “Material Scientist” no Twitter, havia afirmado, no último domingo, que “não via um movimento de alta saudável” quando a cripto-moeda começou a se recupe-rar, sugerindo que os grandes investidores poderiam derru-bar o preço do ativo outra vez caso optassem por realizar
pequenos lucros, como fize-ram na alta anterior.
No entanto, nesta terça, notou que, “apes ar das ‘baleias’ norte-americanas não terem mudado de postura, mesmo diante da aprovação do pacote econômido de 1,9 trilhão de dólares no Senado dos EUA, os grandes inves-tidores chineses decidiram comprar”, impulsionando a alta nos preços — segundo ele, a queda de preços nas ações de tecnologia do país asiático motivaram investimentos em bitcoin.
A China, apes ar das restrições às negociações de bitcoin e criptoativos, já era apontada como responsável pelos movimentos de alta mais recentes do mercado.
PRÓXIMAS PARADAS DO BITCOIN
De acordo com analistas, o preço de 52 mil dólares era uma resistência impor-tante para o bitcoin, já supe-rada nesta madrugada. Com base no livro de ofertas da Binance, maior exchange de criptoativos do mundo por volume negociado, apontam as faixas de preço de 58 mil e 59.500 dólares como as próxi-mas resistência para a cripto-moeda.
O analista de pseudônimo “filbfilb”, que é frequente-mente apontado como um dos principais especialistas em análises técnicas de crip-toativos, divulgou gráfico nas redes sociais citando o preço de 70 mil dólares como a
próxima marca para o bitcoin. “O destino nos espera”, publi-cou, no Twitter, com a faixa de preço de 70 mil dólares descrita como “destino” na imagem.
Além dos grandes investi-dores, o mercado de criptoati-vos também foi impulsionado pelas notícias recentes que demonstram interesse cada vez maior dos investidores institucionais no setor. Na segunda-feira passada, gran-des empresas da China e da Europa anunciaram compras milionárias de bitcoin e ether.
No momento, o bitcoin é negociado a cerca de 54.500 dólares no mercado intercio-nal, relativamente próximo do preço mais alto de todos os tempos, de 58.400 dólares.
D
e acordo com a pasta, a ata da reunião foi publicada ontem e, na sequência, foi enviado um comunicado oficial aos bancos.As empresas que deseja-rem prorrogar a carência da linha do Pronampe devem procurar as instituições finan-ceiras com as quais firmaram os contratos de crédito.
Segundo a opasta da E c o n o m i a , a m u d a n ç a no prazo da carência não necessita de aprovação no Congresso, porque o trecho foi vetado na lei que institui o programa e reajustado no regulamento do FGO.
O PROGRAMA
O Pronampe foi criado em maio do ano passado pelo governo federal para auxiliar
financeiramente os peque-nos negócios e, ao mesmo tempo, manter empregos durante a pandemia de covid-19. As empresas beneficiadas assumiram o compromisso de preservar o número de funcionários e puderam utili-zar os recursos para finan-ciar a atividade empresarial, como investimentos e capital de giro para despesas
opera-cionais.
De acordo com o Ministé-rio da Economia, o programa disponibilizou mais de R$ 37 bilhões em financiamentos para quase 520 mil micro e pequenos empreendedores.
“ O r i g i n a l m e n t e , o Pronampe permitiu que o empreendedor tomasse até 30% do seu faturamento anual em empréstimos com
as seguintes condições: prazo de pagamento de 36 meses, carência de até oito meses e taxa de juros de, no máximo, Selic + 1,25%. As instituições financeiras que aderiram ao Programa puderam requerer a garantia do Fundo Garantidor de Operação (FGO), regido pela Lei nº 12.087/2009, em até 100% do valor da opera-ção”, informou a pasta.
ECONOMIA
Empresas podem pedir aumento
de carência para pagar o Pronampe
APOIO |
Ministério da Economia informou que os bancos podem estender o prazo de oito para 11 meses
O Ministério da
Economia informou
ontem que os bancos
poderão estender
o prazo de carência
de pagamento
do Programa
Nacional de Apoio
às Microempresas e
Empresas de Pequeno
Porte (Pronampe) de
oito para 11 meses.
A mudança no texto
do regulamento
foi aprovada pela
assembleia de
cotistas do Fundo
de Garantia de
Operações (FGO),
realizada na
segunda-feira
passada.
Andreia Verdélio Agência BrasilElasticidade do prazo vai ser uma grande ajuda aos empre-sários que não recuperaram os prejuízos da pandemia
Bitcoin vai a US$ 70 mil após recorde de compras por grandes investidores
Gabriel Rubinsteinn
Exame.com
GERAL
“Era bom que quando mandassem fechar
tudo, os promotores ficassem sem salários”
COVID-19 |
Presidente da ABIH Alagoas critica as novas medidas adotadas pelo governo do Estado de Alagoas
AL: após sete altas seguidas, setor de serviços recua 8,5% em janeiro
A
pós sete mesesconse-cutivos de altas, o ano de 2021 começou com um recuo de 8,5% no setor de serviços em Alagoas, de acordo com informações da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE).
O resultado contrasta com os avanços de 6% e 6,7% vistos nos meses de dezembro e novembro, respectivamente. Na comparação entre janeiro de 2021 e o mesmo mês do ano
anterior, a queda do setor em Alagoas foi de 11,3%. Nos últi-mos 12 meses, o recuo verifi-cado no volume de serviços foi de 16,9%.
No Brasil, o setor de servi-ços cresceu 0,6% em janeiro, após ficar estável em dezem-bro. É o oitavo resultado não negativo consecutivo do setor, que acumula ganho de 19,6% no período. O volume de servi-ços ainda está 13,8% abaixo do recorde histórico, registrado em novembro de 2014, e 3% abaixo de fevereiro de 2020, quando as
medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19 não haviam sido adotadas.
O setor de transportes foi o que mais impactou o índice na passagem de dezembro para janeiro, com avanço de 3,1%. Com esse resultado, o setor acumula ganho de 29,6% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, mas ainda está 2,7% abaixo do patamar de fevereiro. “Ainda que o crescimento desse setor tenha sido ligeiramente menor que o dos serviços
profissio-nais e administrativos (3,4%), o impacto dele foi maior no resultado geral. Todos os segmentos dentro do setor de transportes mostraram cres-cimento e esse espalhamento ajuda a explicar o resultado”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, analisando o panorama nacional.
Divulgada mensalmente, a PMS trabalha em todo o país com uma amostra de mais de 12 mil empresas de serviços que possuam 20 ou mais pessoas ocupadas, além disso, a receita
precisa ser proveniente princi-palmente da atividade de pres-tação de serviços. A amostra contempla empresas cuja ativi-dade principal está compreen-dida nos cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econô-micas (CNAE 2.0): Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, admi-nistrativos e complementares; Transportes, serviços auxilia-res dos transportes e correio; Outros serviços.
R
icardo André frisou que os empresários do setor estão com medo de ter que voltar a fechar os estabe-lecimentos, como ocorreu na primeira onda do coronavírus. A crítica também recaiu sobre os membros do Ministério Público, que estão emitindo recomendações aos governos.“O Ministério Público, não sabe o que é ser empresário, é uma coisa que causa muita revolta, porque é muito bom mandar fechar e no final do mês receber seu dinheirinho no bolso. Era bom que, quando mandassem fechar tudo, os integrantes do MP também ficassem sem receber salá-rios”, disparou o empresário.
O presidente da ABIH/AL destacou que os empresários têm empregados, estruturas a serem mantidas e admi-nistradas, custos, contratos, impostos, tributos e uma série de fatores que, caso haja um retrocesso, a cadeia do turismo como um todo vai ser afetada e não vai aguentar.
É preciso que sejam esta-belecidos protocolos para cada setor, com sua especificidade. A hotelaria está mantendo todas as medidas sanitárias
essenciais. No entanto, as restrições de horários impos-tas aos bares e restaurantes e principalmente o fechamento aos finais de semana tem gerado baixas no setor. “Já estão ocorrendo alguns cance-lamentos e transferências, e nós precisamos dessa receita para hoje”, explicou o presi-dente.
A p e s a r d o g ove r n o estadual não sinalizar com nenhuma proposta de isen-ção de taxas ou tributos, o empresário pontuou que hoje o Governo Federal prorrogou por três meses o pagamento de empréstimos feitos pelo setor, “o que ao menos dá um respiro
para a classe”, argumentou. Caso o estado entre na Fase Vermelha vai ser impossível funcionar porque a redução vai atingir a malha aérea, o turismo regional, bares, restau-rantes e voltaremos a enfren-tar todos os problemas do ano passado, explicou Ricardo André, pedindo que o governo estadual e municipal avaliem a situação e não voltem a fechar tudo.
O empresário foi enfático ao defender que é preciso focar na informação para a popu-lação, que é a maior culpada pelos números agravantes da Covid-19.
“Temos a obrigação de
evitar aglomerações e essas festas clandestinas que estão levando o vírus pra dentro das casas e a população mais jovem para os leitos de UTI. Quem frequenta esses lugares é um irresponsável. Ninguém é obrigado a ir para uma festa”, acrescentou.
Recentemente, antes do decreto, aconteceu uma festa grandiosa aqui em Alagoas, com cerca de mil pessoas, quando o permitido ainda eram 300 pessoas onde a “nata alagoana” estava presente, então “vamos parar de culpar o Jacintinho ou o Tabuleiro, a culpa é de todos”, desabafou.
Outro ponto questionado pelo empresário foi a escassez no transporte público. Várias imagens e relatos diários apon-tam que, apesar das determi-nações dos decretos em vigor, a aglomeração dentro dos cole-tivos é constante, a qualquer hora dia.
“Não adianta criar protoco-los, usar máscara e tudo mais, se a pessoa vai ter que entrar em um ônibus lotado para se locomover. É preciso entender o que é essencial para adotar as medidas apropriadas”, concluiu Ricardo André.
As medidas adotadas
pelo governo estadual
– restringindo o
funcionamento
de empresas e
reduzindo os horários
do comércio – no
combate à Covid-19
foram duramente
criticadas ontem
pleo presidente da
Associação Brasileira
de Indústria de Hotéis
de Alagoas (ABIH/AL),
Ricardo André Duarte
Santos.
Ele ressaltou que,
diante da decisão
do governador
Renan Filho (MDB), a
categoria se encontra
apreensiva.
Redação(Com informações do CadaMinuto)
Ricardo André destaca as baixas que o setor de hotelaria tem sofrido
“P
rimeiramente, eu acompanhei os dois jogos do Campe-onato Carioca, as duas vitó-rias do Flamengo, à distância, logicamente. Aproveitei cinco dias para descansar, visitar meu pai. Eu achei que, por bem, deveria voltar um pouco mais cedo para tentar já reor-ganizar a parte de pré-tempo-rada, treinamentos, desenhar novos treinamentos para que a gente faça uma pré-temporada adequada, porque nós temos jogos importantes, decisivos, como a Supercopa do Brasil, no dia 11 de abril e depois tem a estreia na Libertadores da América”.Mesmo preocupado com as partidas decisivas da Super-copa do Brasil e a estreia na Libertadores, Rogério Ceni quer auxiliar a equipe que está disputando o Campeonato
Carioca.
“Voltei para poder acom-panhar também um pouco dos treinamentos, tentar ajus-tar algumas coisas nos treina-mentos com alguns garotos que muitos eu já conheço, que trabalham comigo. Outros ainda estão na categoria de base, o que serve também como observação. Então eu já vou participar dessa semana
inteira de treinamentos, olhar treinamentos, acompanhar o treinamento que o Mauri-cio [MauriMauri-cio Souza, técnico do Sub-20] vem fazendo e poder, como hoje, já discutir alguma situação de jogo. Mas o principal é preparar a pré--temporada que reinicia na próxima segunda-feira, às 9h da manhã”.
Antes da reapresentação do
elenco principal do Flamengo na próxima segunda-feira, o Rubro-Negro entra em campo no próximo domingo, às 18h (horário de Brasília), no Maracanã, no clássico contra o Fluminense, pela terceira rodada da Taça Guanabara. O Rubro-Negro é o vice-líder, com seis pontos marcados em dois jogos, ficando atrás da Portuguesa pelo saldo de gols.
FUTEBOL |
Mesmo no descanso após o Campeonato Brasileiro, técnico do alvinegro acompanhou o Estadual
ESPORTES
Marcelo Cortes/FlamengoEnquanto a maior
parte do elenco
principal do
Flamengo só se
reapresenta na
próxima
segunda-feira, o técnico
Rogério Ceni
antecipou seu
retorno às atividades
e já acompanha
o time no Ninho
do Urubu. Depois
da última rodada
do Campeonato
Brasileiro, o
treinador aproveitou
o período de
descanso, mas não
deixou de trabalhar,
uma vez que o
Rubro-Negro tem confrontos
decisivos logo no
início da temporada
de 2021.
Ceni antecipa retorno ao trabalho no
Fla mirando pré-temporada de 2021
Maurício Costa
Rádio Nacional
Rogério Ceni: “Voltei para poder acompanhar também um pouco dos treinamentos, tentar ajustar algumas coisas”
A
Federação Internacio-nal de Ginástica (FIG, na sigla em francês) anunciou ontem o cancela-mento da etapa de Tóquio da Copa do Mundo de individual geral de ginástica artística, que estava marcada para o próximo dia 4 de maio e serviria como evento-teste para os Jogos Olím-picos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pande-mia do novo coronavírus.“Por esta razão, decidimos cancelar a etapa da Copa do Mundo no Japão, especialmente devido às restrições de viagens e às medidas adotadas pelas auto-ridades japonesas para limitar a taxa de infecção pelo novo coro-navírus no país”, informou a FIG em um comunicado oficial.
O cancelamento da etapa japonesa da Copa do Mundo afeta o processo de qualifica-ção da ginástica artística para os Jogos Olímpicos. Origi-nalmente, o circuito previa quatro etapas. Somente a de Milwaukee, nos Estados Unidos, ocorreu antes da pandemia. O agravamento da crise da covid-19 na Europa em 2020 forçou o cancelamento das duas etapas seguintes - de Stuttgart, na Alemanha, e de Birmingham, na Inglaterra. A de Tóquio seria usada para dar vagas à Olimpíada.
Antes das mudanças, o sistema de classificação olím-pica da ginástica artística exigia a participação de pelo menos três das quatro etapas
da Copa do Mundo. A forma que A FIG encontrou para definir os classificados até o momento foi reorganizar as vagas entre os países com as melhores classificações por
equipes no Mundial de 2019. Ainda existem 16 vagas masculinas e 14 femininas. O time brasileiro já está classifi-cado com a equipe completa no naipe masculino e, no feminino,
apenas Flávia Saraiva está com a vaga. Mas existe a possibilidade de classificar mais mulheres no Campeonato Pan-Americano, que será disputado no Brasil, em junho.
Teste de Tóquio-2020, etapa da Copa do Mundo de ginástica é cancelada
Evento que serviria como preliminar dos Jogos de Tóquio não vai acontecer, aumentando a incerteza das Olimpíadas
CULTURA
História em quadrinhos
retrata língua indígena de sinais
EDUCAÇÃO |
HQ está na língua indígena de sinais da etnia terena e em Libras
S
egundo a universidade, a obra, produzida por Ivan de Souza, em trabalho de conclusão do curso de licen-ciatura em Letras Libras, tem o propósito de fortalecer o reco-nhecimento e a preservação das línguas de sinais indígenas e é apresentada em formato plurilíngue, sinalizada também na Língua Brasileira de Sinais (Libras).A UFPR lembra que comu-nicação por meio da língua materna é importante pois ajuda a manter viva a cultura, a identidade e a história dos povos indígenas.
Nas aldeias da etnia terena, localizadas principalmente no estado de Mato Grosso do Sul, a língua oral terena é ampla-mente utilizada. Os surdos dessa etnia também se comu-nicam com sinais diferentes dos pertencentes ao sistema linguístico utilizado pelos surdos no Brasil (Libras).
Após diversas pesquisas, especialistas concluíram que esses sinais constituem um sistema autônomo, chamado língua terena de sinais.
CULTURA INDÍGENA O trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Letras Libras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve início em 2017, quando o estu-dante pesquisava a história dos surdos no Paraná, na iniciação científica.
De acordo com a univer-sidade, todo o processo teve acompanhamento de pesquisa-doras que já desenvolviam ativi-dades com os terena surdos, usuários da língua terena de sinais. A comunidade indígena também teve participação ativa no desenvolvimento e depois, na validação da obra junto ao seu povo.
Para a indígena Maíza Anto-nio, professora de educação infantil continuar pesquisando
Uma história em
quadrinhos (HQ)
retrata, de forma
pioneira, a língua
indígena de sinais
utilizada pelos
surdos da etnia
terena, anunciou
nesta semana a
Universidade Federal
do Paraná (UFPR).
Agência Brasil*Com informações da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
© HQ Língua Indígena de Sinais
o tema é importante para que os próprios integrantes das aldeias entendam melhor os sinais utilizados por parte de seu povo.
Indígena da etnia terena, ela trabalha com a língua materna na escola da comunidade. “Nossos alunos têm optado por estudar na cidade, por não estarmos preparados para recebê-los em nossa escola. Essa história em quadrinhos servirá como material didá-tico para trabalharmos com os alunos surdos e como incen-tivo para que nós, professores, busquemos novas ferramentas de ensino nessa área”, disse, em entrevista ao site da UFPR.
SINALÁRIO
Souza e os especialistas que o auxiliaram no projeto também desenvolveram um “sinalário”, isto é, um regis-tro em Libras dos principais conceitos apresentados na narrativa visual e um glossário plurilíngue abrangendo pala-vras utilizadas no dia a dia da comunidade. “Levantamos os vocabulários que mais se repe-tiam e organizamos em uma planilha. Depois buscamos localizar os sinais já existentes
em sites e aplicativos. Filma-mos os sinais e disponibilizare-mos esse material no YouTube, com o objetivo de expandir o conhecimento sobre as línguas sinalizadas e de minimizar a barreira linguística”, explica.
De acordo com o autor, o trabalho tem relevância para os indígenas da comunidade terena e de outras etnias e para a sociedade em geral.
“Esse é mais um material disponível para os terena ensinarem sua história de forma acessível a ouvintes e surdos. É importante também para mostrar à sociedade como existem povos, culturas, identidades e línguas diferen-tes no país. E que essa diver-sidade precisa ser respeitada, preservada e valorizada”.
O jovem escritor tem espe-rança de que o trabalho possa despertar a sensibilidade para com os povos indígenas e para as demais línguas de sinais presentes no Brasil. Outro objetivo do autor é que, com o reconhecimento dessas línguas autônomas de sinais, torne-se possível que surdos indígenas
tenham, de fato, o direito de serem ensinados em sua língua materna garantido, assim como apregoado na Constituição Federal. Ele pretende distribuir a HQ em escolas indígenas.
Segundo a UFPR, além de possibilitar a disseminação e a preservação da língua terena de sinais, a história tem o propó-sito de evidenciar a cultura e a história desse povo. O estu-dante cita uma das pesquisa-doras que trabalhou com ele nesse projeto para definir o que pensa sobre o tema. “Cada língua reflete um modo de ver o mundo, um modo diferente de pensar. Se perdemos uma língua, perdemos possibilida-des, perdemos a capacidade de criar, imaginar, pensar de um modo novo e talvez até mais adequado para uma dada situ-ação”, indica Priscilla Alyne Sumaio Soares em sua tese de doutorado intitulada Língua Terena de Sinais. “Só podemos preservar aquilo que é regis-trado e esse é um dos nossos objetivos, preservar uma pequena parte da história do povo terena por meio da HQ”, afirma Souza.
CULTURA
A HISTÓRIA
A obra Sol: a pajé surda ou Séno Mókere Káxe Koixómuneti, em língua terena, conta a história de uma mulher indígena surda anciã chamada Káxe que exerce a função religiosa de pajé (Koixómuneti) em sua comunidade. Ao ser procurada para auxiliar em um parto e após pedir a benção dos ancestrais para o recém--nascido, o futuro do povo terena é revelado e transmi-tido a ela em sinais. “A história mostra um pouco da rica cultura desse povo, as situações, consequências e resis-tência após o contato com o povo branco”, revela Souza.
Inspirada na história real do povo terena, a narrativa apresenta a comunidade em uma época em que ela ainda vivia nas Antilhas e era designada pelo nome Aruák.
A pajé Káxe, procurada por uma mulher em trabalho de parto, ajuda no nascimento do pequeno Ilhakuokovo.
TRAJETÓRIA DOS TERENA A partir daí, a obra ilustra um pouco da trajetória desses indíge-nas e da sua instalação em territó-rio brasileiro. Buscando caminhos que levasse aos Andes, em meados do século XVI, os espanhóis estabe-leceram relações com os terena, à época chamados de Guaná, na região do Chaco paraguaio. A chegada dos
brancos acarretou muitas mudanças nas vidas dos indígenas, que procu-raram, durante certo período, locais onde pudessem exercer seu modo de vida sem a influência da colonização. Assim esse povo chegou ao Brasil, no século XVIII, e se insta-lou na região do Mato Grosso do Sul. Mesmo em outras terras, os conflitos trazidos pela colonização ainda eram um problema. A Guerra do
Para-guai envolveu os terena, que foram forçados a participar para garantir seus territórios e, no conflito, perde-ram muitos membros de sua comu-nidade. Após a guerra, questões territoriais continuaram causando embates. Nesse período, os terena se viram obrigados a trabalhar nas fazendas da região, situação que ocasionou a servidão dos indígenas.
Segundo a UFPR, com infor-mações da Comissão Pró-índio de São Paulo, algumas famílias dessa população indígena se mantiveram às margens das fazendas, ocupando pequenos núcleos familiares irre-dutíveis à colonização. Foram essas ocupações que, regularizadas no início de século XX, formaram as Reservas Indígenas de Cachoeirinha e Taunay/ Ipegue.
A orientadora do trabalho e coor-denadora do projeto de pesquisa institucional HQs Sinalizadas, Kelly Priscilla Lóddo Cezar, destaca que trabalhar com diferentes línguas envolve conhecimentos históri-cos com e sem registros escritos.” É necessária uma grande entrega à pesquisa e o Ivan fez isso com louvor. Além de encantar o povo terena com a HQ, os pesquisadores participantes e colaboradores se encantaram com seu empenho e sua autonomia inve-jável, permeados de humildade”.
As ilustrações da HQ foram feitas por Julia Alessandra Ponnick, que é acadêmica do curso de Design Gráfico da UFPR, autora, ilustradora e roteirista de histórias em quadri-nhos. A defesa do TCC de Souza está agendada para o final de março, com o lançamento oficial da história.
HQS SINALIZADAS
O projeto da UFPR HQs Sinaliza-das trabalha com temas transversais dos artefatos da cultura surda – histó-ria, língua, cultura, saúde. O objetivo é criar, aplicar e analisar histórias em quadrinhos sinalizadas como uso de sequências didáticas bilíngues para o ensino de surdos. Além da elabora-ção de materiais bilíngues capazes de auxiliar na aprendizagem, a proposta permite aprofundar os estudos linguísticos como prática social.
Todas as HQs produzidas pelo grupo apresentam vídeos sina-lizados, desenhos, ilustrações e escrita do português. “Essas lingua-gens podem ser utilizadas, espe-cialmente, quando a proposta destina-se a contemplar os temas transversais como ética, orienta-ção sexual, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho e consumo, congregando professores e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento”, sugere Kelly.
Divulgação/UFPR
A
s aulas da rede esta-dual de Alagoas come-çam hoje em formato remoto para as 310 unidades de ensino espalhadas em todo o estado.A medida, estabelecida por meio da portaria 3019/2021, publicada em 26 de fevereiro no Diário Oficial do Estado (DOE), prima pela segurança da comunidade escolar em face ao aumento de contágios da Covid-19, como também pela garantia dos direitos de aprendizagem dos estudantes alagoanos.
O cronograma da rede estadual não foi afetado pelo decreto anunciado pelo
governador Renan Filho, no domingo passado, onde o estado de Alagoas alterou fases do Plano de Distanciamento Social Controlado.
Na rede particular, as aulas permanecem no formato híbrido, enquanto as redes municipais também optaram por adotar um sistema remoto.
“As escolas privadas conti-nuarão funcionando de forma híbrida, enquanto as estadu-ais e municipestadu-ais permanecem no sistema remoto, como já vem acontecendo desde o ano passado. No entanto, será um sistema remoto com ganhos, visto que a experiência de 2020 nos permitirá melhorar esse modelo”, explicou o secretário de Estado da Educação, Fábio Guedes, após reunião virtual
com prefeitos e secretários municipais de Educação.
Guedes disse ainda que, se uma rede municipal enten-der que é possível retornar às aulas em um formato híbrido, a autonomia da gestão muni-cipal será respeitada, mas, que, atualmente, a opção pelo modelo remoto é a mais segura. “Estamos em um momento de elevado risco e só quando Alagoas sair das fases laranja e vermelha é que teremos um ambiente favorável para voltar-mos em um sistema híbrido”, pontuou o secretário.
Na rede estadual, o avanço para o formato híbrido e presencial só se concretizará quando o cenário da Covid-19 em Alagoas for favorável, tendo como base as avaliações
das autoridades sanitárias. As aulas da rede estadual acontecerão por meio de laboratórios de aprendizagem - onde os professores traba-lham de forma interdisciplinar, integrando várias disciplinas e roteiros de estudos -, com instruções para o trabalho quinzenal dos estudantes, para as turmas do 1º ano do ensino fundamental até a 2ª série do ensino médio. Já as turmas da 3ª série do ensino médio parti-ciparão do Foca no Enem, onde terão apoio para se prepararem para a edição 2021 do exame de acesso ao Ensino Superior.
Vale ressaltar que, no ensino remoto, as atividades não precisam ser necessaria-mente on-line: no ano passado, as escolas forneceram material
impresso para os estudantes que não tinham acesso à inter-net. Também foram adotadas diversas estratégias de busca ativa para alcançar alunos que moravam em áreas de difícil acesso ou que haviam evadido da escola.
Enquanto as atividades acontecem no formato remoto, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), também tramita com dois processos: um de descentralização de recursos, que permitirá às escolas comprarem insumos, como álcool gel e tapetes sanitizantes e adequarem sua estrutura para o atendimento no sistema híbrido; e outro de apoio tecnológico para estu-dantes e professores.
Agência Câmara
Em AL, prioridade é recuperar conteúdo e segurança da comunidade escolar
O
habeas corpus em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede a suspeição de Moro foi pautado pelo ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma, para ser julgado na sessão da tarde de ontem. A inclusão na pauta ocorreu um dia depois de Fachin ter anulado as conde-nações do ex-presidente Lula na Lava Jato.Fachin argumentou que a defesa apresentou novos e robustos elementos, “com fatos graves”, que precisa-riam de mais tempo para ser analisados. Outro argumento foi o de que, conforme o regi-mento interno do Supremo, ele teria, como relator, a prerrogativa de considerar o habeas corpus prejudicado, o que impediria o julgamento.
“Com o devido respeito ao colegiado, entendo que esses dois motivos me levam a fazer a este colegiado a
indi-cação de adiamento”, argu-mentou.
Votaram contra o adia-mento os ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
No habeas corpus em julgamento, a defesa de Lula
levanta diversos argumen-tos para tentar demonstrar a parcialidade de Moro, como divulgação de grampos tele-fônicos, autorização para condução coercitiva, entre outros.
Recentemente, por deci-são de Lewandowski, os
advogados do ex-presidente tiveram acesso a diálogos entre o ex-juiz e procurado-res da Lava Jato em Curitiba, obtidos pela Polícia Federal (PF), na Operação Spoofing. O material tem sido utili-zado pelos defensores para engrossar a argumentação.
ÚLTIMAS
Segunda Turma mantém julgamento
da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro
STF |
Relator da Lava Jato, o ministro Edson Fachin, tem pedido de adiamento derrotado por seus pares no colegiado
A Segunda Turma do
Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu
manter o julgamento
sobre a suspeição
do ex-juiz Sergio
Moro para julgar os
casos relacionados à
Operação Lava Jato.
Por maioria de votos,
o colegiado rejeitou
a questão de ordem
apresentada pelo
relator, ministro Edson
Fachin, para adiar o
julgamento.
Agência Brasil
André Richter
Agência Brasil
Supremo Tribunal Federal levou em consideração novos elementos para a decisão de ontem