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O Ensino de Jesus e a Educação de Jovens e Adultos

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Academic year: 2021

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O Ensino de Jesus e a Educação de

Jovens e Adultos

Rev. Sérgio Roberto Pinheiro Gomes

A importância da palavra de Deus na educação de seu povo

A Bíblia é o livro que Deus deu para o ensino e educação de seu povo. Quando Deus libertou Israel da escravidão do Egito fez uma promessa e disse a Moisés: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel”(Ex. 19 5,6). Logo após esse acontecimento o Senhor Deus deu as leis e estatutos que dirigiriam os destinos da nação. Moisés escreveu o Pentateuco que se tornou a constituição da nova nação e, ao mesmo tempo, o livro de ensino de toda a sociedade. Deus continuou ensinando o seu povo através dos juizes e dos profetas.

Deus sempre revelou sua Palavra a homens adultos para ensinar outros homens adultos. Esdras, sacerdote em Israel, nos dias do governador Neemias, conforme registrado: “Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês. E leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei. Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. Esdras bendisse ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra. E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar. Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”.(Ne 8.2-8). Quando o apóstolo Paulo orientou o jovem pastor Timóteo a continuar o ministério evangélico ele disse: “E o que de

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minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Tm 2.2). e prosseguiu ainda: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 3.14-17). A Bíblia é, portanto, o livro fundamental para o ensino e a educação de jovens e adultos.

Jesus é chamado de mestre 45 vezes nos Evangelhos, e nunca foi designado como pregador. Ele mesmo se apresentava como mestre: “Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou” (Jo 13.13). Aprendamos com Jesus e tiremos lições para nossas vidas e ministério do ensino em três aspectos fundamentais e diferenciais de Mestre por excelência:

1. Em seu aspecto encarnacional

A encarnação de Jesus Cristo tem dois aspectos importantes com relação ao seu desempenho como mestre: O primeiro aspecto reside no fato de ele ser Deus e possuir as perfeitas qualidades de Deus. Ele foi o único ser perfeito neste mundo. Tal fato dava-lhe uma autoridade incomparável e que o diferenciava dos escribas e rabinos de seu tempo. Bruce Barton disse: “ Este mestre era diferente. Não citava ninguém, e apresentava sua própria palavra como suficiente”. O Evangelista Marco registrou que ele “designou doze para estarem com ele” (Mc 3.14) e serem seus discípulos e pescadores de homens e continuadores de seu discipulado “...ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele tinha ensinado” (cf. Mt 28.20)

Talvez você possa dizer que jamais conseguirá aprender tal aspecto, mas jamais poderá esquecer o que a Palavra registrou: “...a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). E, de novo, “...Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século” (Mt 28.20). Lembre-se que no momento em que Pedro e João foram argüidos pelo coxo da porta formosa eles disseram: “olha pra nós. Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso de dou: em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!” (At.3.6).

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O outro aspecto da encarnação de Jesus é o conhecimento da natureza humana. Essa é uma qualificação importantíssima, uma vez que para aplicar a Bíblia à vida do aluno, há a necessidade de conhecê-lo muito bem, pois as Escrituras foram dadas para ensinar, corrigir, disciplinar e educar na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito” (2 Tm 3.17). O professor precisa compreender a vida humana e seus problemas para aplicar o remédio escriturístico.

Jesus conhecia o ser, o sentir e o pensar humanos. Ele não só percebia os defeitos e dificuldades, mas tinha a serenidade para não discriminar e prover o suprimentos destes.

Jesus, literalmente, ao assumir a natureza humana se tornou o seu legítimo representante. Ele não se tornou pecador para redimir os pecadores mas, na condição de advogado e justo, pode justificar a muitos (I João 2.1). Ele não se tornou adúltero para entender e perdoar a mulher pega em flagrante adultério. A substituição, ou o colocar-se no lugar de outro, só é possível com a prática do amor. O apóstolo Paulo nos ensina em I Coríntios 13:1 que o homem pode ter e fazer todas as coisas, mas se não tiver amor nada se aproveita. Muitos missionários vão ao campo e ao quererem impor sua cultura a outros povos têm um choque cultural e uma grande frustração que inviabiliza seus ministérios. O professor precisa conhecer a realidade de seus alunos, sua cosmovisão e, sobretudo colocar-se no mesmo patamar para ser ouvido e entendido por seus alunos, em outras palavras: O professor precisa ter didática.

“O vocábulo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo διδάςκω (didásko) cuja formação lingüística - note-se a presença do grupo σκ (sk) dos verbos incoativos - indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir. ...Na atualidade a perspectiva fundamental da didática é assumir a multifuncionalidade do processo de ensino-aprendizagem e articular suas três dimensões: técnica, humana e política no centro configurador de sua temática.

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...A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.”

(...São falácias flácidas para levar bovinos aos braços de Morfeu)

(....Conversa para boi dormir)

O professor que se encarna na realidade de seu aluno tem mais autoridade para ensinar. Suas ilustrações são mais fáceis de serem assimiladas e eficientes ao processo de aprendizagem.

"A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho. (...) Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas estimular o aluno a buscá-lo. Poderíamos até dizer que ensina melhor quem menos ensina" (John Milton Gregory)

2. Em seu aspecto vivencial

O processo de ensino de Jesus variava de acordo com a situação. Seu ensino era pautado nas experiências da vida. Junto ao poço de Jacó ele tem um encontro com uma mulher samaritana e a ensina sobre a água viva (seu Espírito) que jorraria para a vida eterna. (Jo 4.5-15).

Jesus vivia o que ensinava, era diferente dos farizeus que ensinavam, mas não praticavam (Mateus 7:29- porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Marcos 1:22- Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. João 4:34- Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.

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Quando o professor aborda assuntos da vida das pessoas ele estabelece uma ponte com a mente do aluno e as palavras devem estar associadas à ação.

“Jesus nunca se esqueceu dos problemas de seus ouvintes e sempre buscou resolvê-los, para fazer deles discípulos felizes e unificados. Seu ensino é essencial e inteiramente ocasional... tirado de emergências do dia e da hora, do contato com o povo, de conversas e incidentes. A ênfase dada por Cristo era sobre a própria vida e não sobre coisas materiais. Sem contar o Ensino do Monte, a maior parte dos seus ensinos registrados era para ajudar indivíduos a resolverem problemas específicos que os desafiavam. Ele não empregou termos gerais como religioso, espiritual, ético e consciente, mas acoroçoou virtudes particulares. Até parece que ele disse as bem-aventuranças por ver diante de si pessoas que estavam lutando com problemas referentes ao orgulho, à impureza, à tristeza e a outros mais.”

“A diferença entre o professor experimentado e o mestre novato aparece logo nos cinco primeiros minutos duma meia hora de lição. O novato olha primeiro para a lição, ao passo que o mestre experimentado olha primeiramente para os alunos"

Jesus não era escravo do esquema de suas aulas. Ele ensinava com a dinâmica da própria vida.

Referências

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