• Nenhum resultado encontrado

Design editorial de livro de receitas para pessoas com intolerância a glúten

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Design editorial de livro de receitas para pessoas com intolerância a glúten"

Copied!
86
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA - SEDE CENTRAL

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN EM GRÁFICO

WALINE PIPER

Design Editorial de Livro de Receitas para pessoas com intolerância ao glúten

(2)

WALINE PIPER

Design Editorial de Livro de Receitas para pessoas com intolerância ao glúten

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial – DADIN – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo.

Orientadora: Profa. Dra. Eunice Liu

CURITIBA 2017

(3)

TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 033

DESIGN EDITORIAL DE LIVRO DE RECEITAS PARA PESSOAS COM INTOLERÂNCIA A GLÚTEN

por

Waline Piper – 1362666

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 27 de novembro de 2017 como requisito parcial para a obtenção do título de TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO, do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A aluna foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: Profa. Dominique Leite Adam (MSc.) Avaliadora

DADIN – UTFPR

Profa. Waleska Chagas Sieczkowski Pacheco (MSc.) Convidada

DADIN – UTFPR

Profa. Eunice Liu (Dra.)

Orientadora

DADIN – UTFPR

Prof. André de Souza Lucca (Dr.) Professor Responsável pelo TCC DADIN – UTFPR

(4)

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar esse livro à minha família que sempre foi a base de tudo. Aos meus amigos do intercâmbio que foram a minha família quando eu precisei. A minha professora orientadora que me ajudou a executar esse projeto. E principalmente a todos os professores e colegas de classe que preencheram seis anos da minha vida.

(5)

RESUMO

PIPER, Waline. Design editorial de livro de receitas para pessoas com intolerância a glúten. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, da Universidade Federal do Paraná.

Este trabalho apresenta a fundamentação teórica e metodologia escolhida para a criação do livro “Não contém glúten, mas é gostoso”, com o propósito de levar receitas sem a presença do glúten a esse grupo de pessoas que não pode ou escolheu não ingerir mais essa proteína. Utiliza-se, para o projeto, os princípios do design editorial com o objetivo de diagramar o livro e levar a informação ao leitor da forma mais inteligível possível. Estima-se que 1% da população mundial apresenta intolerância ao glúten, e a dieta livre de glúten, por toda a vida, constitui o único tratamento disponível até o momento. Abordou-se todas as principais áreas na concepção do livro de receitas, como: fotografia, ilustração, diagramação para a geração de alternativas de peças gráficos.

Palavras chave: Intolerância a glúten. Sem glúten. Livro de Receitas. Design Editorial. Design Gráfico.

(6)

ABSTRACT

PIPER, Waline. Design editorial de livro de receitas para pessoas com intolerância a glúten. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, da Universidade Federal do Paraná.

This work presents the theoretical basis and methodology chosen for the development of the book "It does not contain gluten, but it is delicious", with the purpose of taking recipes without gluten to the group of people who cannot or did choose not to ingest this protein. For the project, the principles of editorial design are used to design and delivering the information to the reader in the most intelligible possible way. It is estimated that 1% of the world population is gluten intolerant, and the gluten-free long life diet is the only treatment available until today. It was approached all the main areas in the design of the cookbook, such as: photography, illustration, diagramming for the generation of alternative graphic products.

Key words: Gluten intolerance. Without gluten. Cookbook. Editorial design. Graphic design.

(7)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 –Tabela de utilização da folha para impressão 66x96 cm. FIGURA 2 – Tipos de margens.

FIGURA 3 – Livro medieval com grades simétricas e texto justificado. FIGURA 4 – Papiro Egípcio.

FIGURA 5 – Exemplo de caso bem-sucedido de redução de tipografia. FIGURA 6 – Imagem publicada em rede social por Priscilla Pruetter. FIGURA 7 – Abertura do livro Cozinheiro Nacional.

FIGURA 8 – Capa e contracapa livro de receitas Panelinha. FIGURA 9 – Receitas livro Panelinha.

FIGURA 10 – Receitas livro Panelinha 2.

FIGURA 11 – Abertura de capítulo do livro Panelinha. FIGURA 12 – Capa e contracapa livro de receitas Recife. FIGURA 13 – Folha de rosto livro Recife.

FIGURA 14 – Receitas livro Recife.

FIGURA 15 – Capa e contracapa livro de receitas Aperitivos. FIGURA 16 – Receitas livro Aperitivos.

FIGURA 17 – Capa e contracapa livro de receitas Cocina Peruana. FIGURA 18 – Folha de rosto livro de receitas Cocina Peruana. FIGURA 19 – Abertura de capítulo Cocina Peruana.

FIGURA 20 – Receitas Cocina Peruana.

FIGURA 21 – Capa e contracapa livro Cozinheiro Nacional.

FIGURA 22 – Descrição de utensílios e receitas do livro Cozinheiro Nacional. FIGURA 23 – Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Curitiba 1. FIGURA 24 – Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Curitiba 2. FIGURA 25 – Sessão de livros de gastronomia Livrarias Cultura.

FIGURA 26 – Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Cultura. FIGURA 27 – Formato escolhido para o livro.

FIGURA 28 – Gráfico aproveitamento de papel.

FIGURA 29 – Primeira sessão de fotos realizada para o livro. FIGURA 30 – Segunda sessão de fotos realizada para o livro.

(8)

FIGURA 33 – Bastidores fotografia.

FIGURA 34 – Teste de tipografia para títulos. FIGURA 35 – Teste de tipografia para textos.

FIGURA 36 – Tipografias utilizadas durante a geração de alternativas. FIGURA 37 – Novo levantamento de tipografia.

FIGURA 38 –Tipografias escolhidas para o livro. FIGURA 39 – Testes em fase inicia de diagramação. FIGURA 40 – Geração de alternativas para Dicas. FIGURA 41 – Versão final Dicas.

FIGURA 42 – Geração de alternativas Sumário. FIGURA 43 – Versão final Sumário

FIGURA 44 – Geração de alternativas Abertura de Capítulo 1. FIGURA 45 – Geração de alternativas Abertura de Capítulo 2. FIGURA 46 – Versão final Abertura de Capítulo.

FIGURA 47 – Geração de alternativas Receitas. FIGURA 48 – Grid para receitas.

FIGURA 49 – Alternativa para receita. FIGURA 50 – Versão final receitas. FIGURA 51 – Opção de capa. FIGURA 52 – Opção de capa 2. FIGURA 53 – Opção de capa 3. FIGURA 54 – Versão final capa. FIGURA 55 – Ilustrações.

FIGURA 56 – Opção de paleta de cor 1. FIGURA 57 – Combinação de cores. FIGURA 58 – Paleta de cor escolhida.

(9)

LISTA DE TABELAS

(10)

LISTA DE SIGLAS

ADG - Associação dos Designers Gráficos

FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil SNEL – Sindicato Nacional dos Editores de Livros

(11)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 10 1.1 OBJETIVO GERAL... 10 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 10 1.3 JUSTIFICATIVA ... 10 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 11 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 13 2.1 DESIGN EDITORIAL ... 13 2.1.1 Formato ... 13

2.1.2 Diagramação, grid e layout ... 16

2.1.4 Tipografia e legibilidade ... 19 2.2 FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA ... 21 2.3 ILUSTRAÇÃO ... 24 2.4 INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN ... 25 2.4.1 Conceito ... 25 2.4.2 Causas e consequências ... 25 3 PESQUISA DE CAMPO ... 27 3.1 ANÁLISE DE SIMILARES ... 28

3.1.1 Panelinha: Receitas que funcionam - Rita Lobo ... 28

3.1.2 Recife, Guia prático, histórico e sentimental da cozinha de Tradição - Bruno Albertim ... 32

3.1.3 Aperitivos - La fonte ... 37

3.1.4 Cocina Peruana - Wust Ediciones ... 39

3.1.5 Cozinheiro Nacional – Livraria e Editora Garnier... 42

3.1.6 Quadro Síntese ... 44

3.2 ANÁLISE MERCADOLÓGICA ... 47

3.2.1 Livrarias Curitiba - Rua XV ... 47

3.2.1 Livrarias Cultura - Shopping Curitiba ... 49

4 PROJETO GRÁFICO ... 51 4.1 BRIEFING ... 51 4.2 DEFINIÇÕES ... 52 4.3 LEVANTAMENTO DE RECEITAS ... 52 4.4 FORMATO ... 53 4.5 FOTOGRAFIA ... 54 4.6 TIPOGRAFIA E LEGIBILIDADE ... 59

(12)

4.7.1 Dicas ... 62 4.7.2 Sumário ... 64 4.7.3 Abertura de capítulos ... 66 4.7.4 Receitas ... 68 4.8 CAPA... 73 4.9 ILUSTRAÇÃO ... 76 4.10 CORES ... 77 4.11 PRODUÇÃO GRÁFICA ... 78 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 80 REFERÊNCIAS ... 82

(13)

1. INTRODUÇÃO

Com o crescente número de pessoas que possuem intolerância a certos alimentos ou que até mesmo preferem não os consumir por estilo de vida, viu-se a necessidade de criar receitas que substituam os ingredientes que causam essa intolerância ou alergia por outros. A dieta restritiva escolhida para o livro de receitas é direcionada a pessoas que possuem intolerância ao glúten.

Logo, por se tratar de um assunto que muitos desconhecem ou conhecem sem profundidade, e após uma breve pesquisa mercadológica que foi realizada para esse trabalho, que se encontra nas próximas páginas, foi possível ver que há uma quantidade muito pequena de livros dedicados ao tema, sendo assim trata-se de uma área que pode ser muito explorada pelo campo do Design Editorial.

1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é criar e desenvolver o projeto editorial de um livro de receitas direcionado a pessoas com dieta restritiva ao glúten.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Definir receitas possíveis para serem colocadas no livro; ● Preparar as receitas mantendo registro fotográfico delas;

● Tratar imagens e criar uma sequência harmônica para colocá-las no livro; ● Utilizar recursos gráficos e de design para desenvolver o projeto gráfico.

1.3 JUSTIFICATIVA

A ideia principal é trabalhar com o livro físico, no entanto, é de conhecimento comum que a tecnologia tem diminuído a publicação de suportes impressos que antes eram mais utilizados, um deles é o livro. Em uma pesquisa realizada pela SNEL (2016), revelou-se que 37% das editoras já brasileiras já

(14)

Porém, a razão pela qual foi escolhido trabalhar com o livro físico, é porque este pode ser tratado como objeto de desejo, direcionado ao público que ainda consome livros físicos de receitas. Sem contar que sua durabilidade é significativa quando é lhe dado o devido cuidado, podendo ser algo que irá passar de geração a geração.

Criar um livro de receitas, colocará em prática os ensinamentos aprendidos no decorrer do curso na área de design editorial e também de fotografia uma vez que todas as imagens utilizadas serão tiradas durante e após o preparo da receita aumentando assim a comunicabilidade do livro, uma vez que um livro com fotos traz uma riqueza maior de detalhes ao leitor.

Outra grande motivação é a empatia por pessoas que sofrem esse tipo de intolerância já que a maior parte delas se contentam em comer sempre os mesmos alimentos por falta de opções ou conhecimento.

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O procedimento metodológico baseia-se na ideia de seguir etapas de um processo que deu certo e repeti-lo para a criação de algo novo. Porém Fuentes cita “Cada designer terá que buscar sua própria metodologia para estabelecer a natureza de um design [...]” (FUENTES, 2006, p.30). Baseado no que Fuentes cita, o processo será realizado em quatro partes sem seguir uma metodologia específica e sim buscando a sua própria de acordo com as necessidades da criação do livro. As quatro partes serão:

PROBLEMA

REFERENCIAL TEÓRICO

PESQUISA DE CAMPO

PROJETO GRÁFICO

PRODUÇÃO

VALIDAÇÃO

IMPLEMENTAÇÃO

A primeira etapa é identificar o problema, que neste trabalho é a falta de livros de receitas sem glúten. Logos após é criado referencial teórico onde são abordadas as diversas temáticas de acordo com diversos autores e seus estudos e opiniões, nessa etapa será criada a fundamentação das partes que regem o projeto. Já a pesquisa de campo é voltada tanto para trazer referências através da análise de similares e estatísticas através pesquisas mercadológicas.

(15)

O projeto gráfico é quando tudo o que foi pesquisado e analisado colocado em prática criando o arquivo que será enviado para a produção. Após esse estágio ele passa pela validação de profissionais que ressaltam defeitos e qualidades a fim de quando o projeto for implementado esteja na sua melhor forma.

(16)

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DESIGN EDITORIAL

O Design Editorial é uma área do Design Gráfico relacionada à edição de livros, periódicos (jornais, revistas semanais), quadrinhos e similares. Ambrose e Harris (2009) definem o livro como “um meio de organizar várias informações em uma embalagem. Seja compilando títulos relacionados, aplicando uma ordem sequencial ou combinando informações aleatórias, os livros tornam-se a soma das suas partes” (AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul, 2009, p.11).

Um livro de receitas nada mais é que a compilação de receitas direcionadas à um público alvo podendo ou não ser acompanhada de fotografias e imagens ilustrativas. Segundo Haslam (2007), toda a linguagem escolhida pelo designer causa impacto ao leitor seja ela verbal ou não verbal. Ele também cita que o designer “busca reposicionar emocionalmente o leitor por meio da cor, marcação e simbolismo. O leitor capta a posição emocional que permeia o design, enquanto absorve o conteúdo” (HASLAM, 2007, p. 26)

Esse processo de entrega de informação não é meramente acidental e sim resultado de um pensamento analítico, como ressalta Haslam (2007) em seu livro O livro e o Designer II: como criar e produzir livros. Esse pensamento analítico é resultado de uma busca para encontrar um padrão para classificar os vários elementos, podendo assim agrupá-los, ordená-los e entregar ao leitor o conteúdo em uma sequência ou hierarquia. “Quando um texto passa por essa forma de análise, o designer reforça visualmente a estrutura editorial através do sequenciamento e da hierarquização. (HASLAM, 2007, p.25)

Para isso acontecer é necessário que todas as partes do livro que serão somadas venham a encaixar harmoniosamente. É necessário criar cada parte pensando como um todo e não apenas como peças em separado.

2.1.1 Formato

A definição encontrada no Glossário de termos e verbetes utilizados em design gráfico define o formato como: “altura e largura (indicados geralmente por suas medidas em centímetros) ” (ADG, 2012, p. 49). Um termo de significado tão simples,

(17)

mas que carrega grande responsabilidade, pois no projeto gráfico editorial é fundamental que a escolha do formato seja realizada levando em consideração o destino final do livro. O formato do mesmo servirá de base para o desenvolvimento das etapas do projeto.

Ambrose e Harris (2009) acreditam que o formato em geral acaba sendo ignorado por dois motivos, sua natureza utilitária e a grande quantidade de formatos padrões, o que faz a importância do formato quase passar despercebida por alguns designers. Sendo que o formato é o ponto em que oferece o contato físico com o usuário afetando a maneira de receber a informação. Para o formato dos livros ressaltam “O formato serve para diferentes funções, desde ser confortável para segurar na mão até apropriado para apoiar em um leitoril.

Considerações a respeito do formato do livro incluem a natureza e a quantidade de informações apresentadas, o tempo de vida esperado do produto e, naturalmente, o público alvo e o custo. Isso afeta as escolhas como o tipo de papel, tamanho, e acabamento de impressão. Por exemplo, elementos gráficos coloridos precisam de papéis sofisticados para reproduzir uma boa imagem; já para assegurar uma vida longa, serão necessários material de alta qualidade, encadernação resistente e capa dura.

(AMBROSE, HARRIS, 2009 p.11)

Haslam (2007) destaca que designers tendem a se render a convicções pessoais para tomarem decisões sobre proporção e formato. Logo a melhor maneira de escolher um formato para o livro é conhecer as diversas abordagens que existem em relação a ele, como formatos padrões, aproveitamento de papel entre outros.

Os formatos padrões assim como o aproveitamento de papel, vieram como uma forma de repensar o desperdício. Dougherty (2011) aborda em seu livro O Design Gráfico Sustentável que durante um projeto “Uma forma de medir a ecoeficiência da impressão é comparar o tamanho do desperdício com o tamanho de material impresso utilizável. (DOUGHERTY, 2011, p.94)” Por isso diversas gráficas já disponibilizam tabelas como a figura 1 ou ferramentas de cálculo da área imprimível.

(18)

Figura 1 - Tabela de utilização da folha para impressão 66x96 cm. Fonte: Roberto Marchesoni, 2010.

Como é possível ver na figura 1, há diversos formatos padrões dentro do aproveitamento de papel. Essa tabela está se referindo no caso ao papel com 66 centímetros de altura e 96 centímetros de largura um dos papeis mais utilizados para a produção em grande escala, pelo processo offset.

Ainda sobre o aproveitamento de papel, Dougherty (2011) fala:

“Projetar uma folha de impressão é uma maneira fácil dos os designers gráficos obterem o máximo de uma tiragem [assim como perguntar ao seu fornecedor gráfico sobre a viabilidade técnica e econômica do que você está pensando em fazer. Isso nos permite antever os problemas e usar a criatividade antes que seja tarde. Isso também força os designers a entender o processo de produção que é essencial se esperamos tornar esse processo eficiente”

(DOUGHERTY, 2011, p.95)

Logo o formato escolhido para o livro que será projetado deve levar em consideração, além do seu aspecto físico final, também a consciência de um design que aproveita o máximo da área de impressão de um papel.

(19)

2.1.2 Diagramação, grid e layout

A diagramação e layout de um livro são basicamente como a informação é apresentada ao leitor. Haslam (2007) compara “O formato do livro define as proporções externas das páginas; a grade determina suas divisões internas; o layout estabelece a posição a ser ocupada pelos elementos” (HASLAM, 2007, p.42). O processo de diagramação define devidamente o lugar que todos os elementos que compõem o material devem ocupar.

É através da diagramação por exemplo que se pode criar a hierarquização de informação, em que aquilo que é importante ou deve ser visto primeiro é representado com mais destaque, enquanto aquilo que deve receber menos atenção é apresentado com menos ênfase, como já falado anteriormente que é o que Haslam (2009) chama de pensamento analítico. Fuentes fala que:

“O layout deve causar impacto, ser convincente e detalhado à perfeição, mas não prometer mais do que a produção industrial poderá realizar. Deve permitir a sua manipulação por pessoas não acostumadas a ele e especialmente deve explicar-se por si

só” (FUENTES, 2006, p. 56).

Um layout pode apresentar inúmeros elementos diferentes, como texto, imagens, ilustrações, tabelas, entre outros. Para um livro de receitas devido aos livros já existentes seguirem em sua maioria um padrão de hierarquia e organização há uma certa expectativa do que deve ser encontrado no layout, como será possível de ver na análise de semelhantes. Elementos como: título em destaque, uma lista de ingredientes e o modo de preparo, que pode vir ou não divido em passos são alguns dos exemplos do que podem ser esperados de um livro de receitas. Logo é possível prever espera como o conteúdo do livro estará disposto.

O Layout e Diagramação serão dois itens essenciais no livro que será desenvolvido pois eles serão responsáveis de criar junto aos outros elementos a identidade visual desse livro, levando ao leitor a informação de maneira fácil e com boa leiturabilidade.

(20)

construção de diagramas. Pode ser aplicado em relação à construção de um desenho como também em relação a uma diagramação”. (ADG, 2012, p.55)

Haslam (2007) por outro lado usa a palavra “grade” para o mesmo termo, que por sua vez seria uma tradução literal da língua inglesa para a portuguesa. Ele diz que uso de grades na diagramação partem da premissa que tal coerência visual causada pelo seu uso permite que o leitor se concentre no conteúdo e consiga navegar pelo objeto sem grandes dificuldades.

Existem inúmeros sistemas de grades, por exemplo os mais básicos que apenas ditam os elementos como margens, disposição da mancha gráfica e uso de colunas. Enquanto algumas mais complexas determinam a linha base que servirá de assentamento para as palavras, o formato das imagens, posição dos títulos, números de páginas, notas de rodapé, entre outros. Na figura 2, é possível ver as linhas que formam a grade determinando assim onde ficará a mancha gráfica e o conteúdo. A primeira página aberta apresenta margens simétricas, então a margem superior (a) assim como a margem inferior (a) apresentam a mesma medida por isso levam a mesma letra para descrever, assim como as margens esquerda e direita (b). A segunda página aberta por sua vez tem em cada margem tem um valor diferente para (a) (b) (c) e (d) sendo considerada assimétrica.

Figura 2: Tipos de margens.

Fonte: O livro e o design II. HASLAM, Andrew. 2007.

Haslam (2007) aborda os diferentes tipos de grades e explica cada uma delas, como por exemplo as grades simétricas (figura 3) ou assimétricas:

(21)

reforçam a simetria natural do livro. A página esquerda do manuscrito era uma imagem espelhada da página direita. As páginas assimétricas, como o próprio nome indica, não possuem linha de simetria em relação a área do texto.

(HASLAM, 2007, p.42)

Figura 3: Livro medieval com grades simétricas e texto justificado. Fonte: O livro e o design II. HASLAM, Andrew. 2007.

Porém não há nenhuma regra que exija a obrigatoriedade do grid em um livro. Muitos livros são criados sem grid e isso pode ser até mesmo um diferencial. Dependendo da proposta do livro, não fazer o uso do grid faz total sentido. Haslam (2007) fala por exemplo de livros ilustrados, que uma vez com o tamanho e formato do livro é decidido as ilustrações são criadas dentro desses parâmetros. Por isso é sempre bom levantar a finalidade do livro antes de definir o grid.

O livro que será projetado deve apresentar uma boa leiturabilidade, uma vez que as informações devem ser encontradas de maneira rápida caso o usuário esteja preparando uma das receitas. Sua mancha gráfica e layout além de agradável aos olhos deve ser um elemento de destaque.

(22)

2.1.4 Tipografia e legibilidade

A tipografia de um livro deve ser escolhida com cuidado levando em consideração a sua legibilidade. Além de ser coerente com o projeto ela deve ser de fácil leitura e reprodução. Mas tipografia não possui apenas a função de conter a informação, ela também é um elemento ativo do layout. Seu uso pode causar muito mais impacto quando pensando como discurso tipográfico. Fuentes (2005), fala sobre a tipografia e suas funções:

“A tipografia cumpre funções claramente diferenciadoras entre os diversos componentes textuais. Ela não trata igualmente um título e um texto, e neles marca a diferença e estabelece jogos visuais, estáticos e informativos. Tipo tamanho, cor, opções dentro de uma família, o uso de maiúscula e minúscula, entreletra, entrelinha, sangria, etc. são variáveis que marcam as ênfases que as modulações correspondentes ao valor semântico e de composição das palavras.”

(FUENTES, 2007 p.72)

No entanto a legibilidade, depende de uma série de fatores como a própria tipografia, o seu tamanho e alinhamento. Haslam (2007) sobre tipografias diz “É importante que o leitor se sinta seguro em qualquer que seja o sistema de disposição usado, uma vez que esse arranjo é o que permite que ele avance suavemente na leitura do texto. ” (HASLAM, 2007, p.71).

Um dos elementos que influenciam na legibilidade segundo Haslam (2007) é a profundidade da coluna, a profundidade linear ou o número de linhas. O número de linha assim como a sua largura influencia na experiência do leitor, colunas longas de texto contínuo devem adicionar o entrelinhamento, pois ajuda a tornar a leitura mais agradável assim como o comprimento da linha.

Outro elemento que também influencia na legibilidade é o alinhamento pois ele define a facilidade com que o leitor irá encontrar a próxima linha. Os tipos de alinhamento mais conhecidos são: Alinhado à esquerda, alinhado à direita, centralizado e justificado. Entre eles Haslam (2007) traz destaque ao alinhamento justificado, por se tratar da principal abordagem em livros desde 1455 e deriva-se das antigas colunas encontradas nos papiros egípcios. Na figura 4 é possível ver que o

(23)

texto está dividido em duas colunas e o texto está distribuído o mais uniforme possível, além de usar cores diferenciadas para os textos.

Figura 4: Papiro Egípcio. Fonte: O Etnobotâncio, 2014.

No livro Formato, Ambrose e Harris (2009) trazem um exemplo de problemas com a tipografia e formato que foi bem solucionado (imagem 5).

(24)

Figura 5: Exemplo de caso bem-sucedido de redução de tipografia. Fonte: Formato. AMBROSE, HARRIS. 2009.

Os livros apresentados no case foram criados dentro dos formatos de 7 e 12 polegadas, tamanhos de discos de vinil, uma vez que o livro trazia tem como seu tema assuntos para DJ’s. Para manter a coerência e do projeto gráfico em ambos os livros eles trabalharam com redução de 71% do formato grande para o formato menor, mantendo assim as mesmas características de layout e diagramação para os dois livros.

As tipografias escolhidas para o livro que será desenvolvido além de levar a informação também serão elementos ativos do design, trazendo assim, atitude e personalidade ao livro.

2.2 FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA

(25)

e também no design. Fuentes (2007) relaciona a fotografia com o design gráfico dizendo que “a fotografia traz ao projeto de design a possibilidade de comunicar a informação de forma detalhada” (FUENTES, 2007, p.85) uma classificação parecida foi dada também por Barthes (1984) que afirma que:

“Como a fotografia é contingência pura e só pode ser isso (é sempre alguma coisa apresentada) – Ao contrário do texto que, pela ação repentina de uma única palavra, pode fazer uma frase passar da descrição à reflexão – ela fornece o próprio material do saber.”

(BARTHES, 1984, p.49)

A fotografia gastronômica tem em sua função, trazer muito mais do que informação, ela também precisa aguçar os sentidos de quem está vendo-a. Em sua dissertação, Jacob (2006) diz que quando um indivíduo está observando uma imagem de um prato “Dependendo da qualidade da foto, esse prato pode ter até cheiro, de tão apetitoso” (JACOB, 2006, p. 28)

Um livro pode vir ou não acompanhado de fotografias, como ainda vamos ver nesse trabalho, por exemplo, os livros mais antigos vinham acompanhados de ilustrações. Mas aos poucos a fotografia foi ganhando espaço e se tornou um item quase essencial em livros culinários.

Um exemplo de como a fotografia pode impactar o leitor, é o caso da Maestrina Priscilla Prueter que em sua página no facebook em abril de 2017 compartilhou uma sua foto comparando a fotografia do livro de receitas com o prato preparado por ela mesma. Priscila não é cozinheira profissional nem fotógrafa, mas foi influenciada a realizar a receita usando um recipiente similar ao utilizado da foto e também a mesma disposição dos alimentos como é possível observar na figura 6:

(26)

Figura 6: Imagem publicada em rede social por Priscilla Prueter. Fonte: Facebook. PRUETER, Priscilla. 2017

Criar uma foto gastronômica nem sempre é fácil. A fotografia profissional gastronômica sempre foi vista como um desafio pelos fotógrafos em geral pois ela espera incitar os sentidos da pessoa que está apreciando. Hick e Schultz (1994) definem que a fotografia pode ser abordada de duas maneiras: Fotografias impecáveis “fazer com que os alimentos pareçam sobrenaturalmente perfeitos” e fotografias irregulares “tipo de prato que parece que pode ser feito por elas”.

Jacob também fala dos truques utilizados para alcançar essas fotos perfeitas:

“Para fotografar um prato são empregados truques para que ele fique perfeito esteticamente, como, por exemplo, gesso em cremes brancos do tipo chantili. Eles ficam duros em cima de um bolo, para que a sua foto seja uma imagem de sonho, impossível de reproduzir. Há ainda outras possibilidades para deixar a comida perfeita, como jogos de luzes e retoques digitais – e que tornam quase impossível sua transformação, de símbolo da perfeição tecnológica na mídia papel em realidade tridimensional e palpável.”

(JACOB, 2006, p.29)

As imagens capturadas para o livro não utilizarão truques e sim se manterão o mais fiel possível a realidade apresentada pelo aspecto do prato final. Sendo o tipo de foto que não busca por perfeição e sim por simplicidade.

(27)

2.3 ILUSTRAÇÃO

Nos livros de receitas, as ilustrações, antes da chegada da fotografia, eram o melhor meio de exemplificar como uma receita deveria ser preparada e qual o aspecto dela quando finalizada. É possível ver na figura 7, como exemplo, o livro Cozinheiro Nacional que foi publicado no Rio de Janeiro entre os anos de 1860 e 1870, como a ilustração agregava valor ao livro. Nele é possível encontrar ilustrações até mesmo de utensílios domésticos.

Figura 7: Abertura do livro Cozinheiro Nacional.

Fonte: Cozinheiro Nacional. Rio de Janeiro. Entre 1860 e 1870.

Fuentes cita (2006) que uma das características da ilustração é a visão pessoal do autor, em que a ilustração pode partir dele mesmo ou pode ser feita por um ilustrador, mas sempre apresentando a visão pessoal ou a interpretação, complementando um determinado texto ou publicação.

Uma das características da ilustração é sua versatilidade, uma vez que pode ser criada com diversas técnicas e diversos materiais como: lápis, carvão, aquarela, giz de cera, entre outros materiais. No entanto a ilustração nem sempre é necessária, uma vez que muitos autores preferem o uso da imaginação ao invés de influenciar o leitor. Fuentes (2006) ainda ressalta que a ilustração em si não se trata de design

(28)

inserida em um contexto gráfico acompanhada de outros elementos. Se o autor está recorrendo a imagens é importante que as mesmas estejam cumprindo as diretrizes da comunicação e deve-se levar em conta os outros elementos gráficos. “Portanto, deve haver uma relação harmônica entre a ilustração e o projeto de design que há contém” (FUENTES, 2006, p.84).

A ilustração no livro a ser desenvolvido terá como principal função a decoração, ou seja, será um elemento de suporte sem responsabilidade informacional.

2.4 INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN

2.4.1 Conceito

A palavra intolerância tem diversos significados, mas quando se fala de intolerância ao glúten essa palavra significa ‘incapacidade de digerir’. O glúten por sua vez se trata de uma proteína encontrada no trigo, centeio, aveia, cevada e no subproduto da cevada que é o malte. Apesar de ser considerada uma doença nova, segundo o Guia Orientador Para Celíacos (2010) há relatos da doença que datam o ano 200 da era cristã. Também descreve a primeira pesquisa realizada que resultou no diagnóstico da doença:

“Por volta de 1950, um pediatra holandês chamado Willem-Karel Dicke relacionou a Doença Celíaca com a ingestão do glúten, observando que durante a Segunda Guerra Mundial, quando o pão esteve escasso na Europa, os casos de DC diminuíram. Três anos depois ele conseguiu comprovar sua teoria, deixando claro o papel do glúten no surgimento da doença.”

(FENACELBRA, 2010, p.9)

2.4.2 Causas e consequências

Já em 2013 o Conselho Nacional de Saúde estimava que 1% da população mundial apresentava intolerância ao glúten, já no Brasil, estimava-se que dois milhões

(29)

de brasileiros viviam com esse tipo de intolerância. Para esse grupo de pessoas, coisas comuns como comer pão francês da padaria ou até mesmo usar hidratante corporal pode comprometer a saúde a ponto de precisar ser internado no hospital. Essa intolerância se manifesta ainda na infância, porém grande parte dos intolerantes só descobrem na vida adulta.

A dieta livre de glúten, por toda a vida, constitui o único tratamento disponível até o momento. Segundo a FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (2010) “Esta intolerância é para a vida toda e acontece, principalmente porque o glúten danifica o intestino delgado e com isso prejudica a absorção dos nutrientes dos alimentos. ” O que pode desencadear outras doenças por causa da falta de nutrientes necessários.

No Guia Orientador para Celíacos, livro digital disponibilizado pela FENACELBRA (2010), é possível encontrar os sintomas da doença que podem ser apresentar de forma clássica com diarreias crônicas, dor de barriga, inchaço, desnutrição, atraso no crescimento entre outros. Ou de forma atípica:

“Osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário (manchas no dente), dor nas juntas ou inflamação nas juntas (artrite), intestino preso, ciclo menstrual irregular,

esterilidade, abortos de repetição, problemas

neurológicos como ataxia (anda como se fosse uma pessoa bêbada); epilepsia, que pode estar associada com calcificação no cérebro; neuropatia periférica, doença muscular, problemas psiquiátricos, como depressão e esquizofrenia, autismo, aftas (úlceras na boca que se repetem frequentemente).

(FENACELBRA, 2010, p.9)

Quando uma pessoa é diagnosticada com esse tipo de intolerância é necessária uma mudança radical nos hábitos alimentares. Ainda mais porque grande parte dos estabelecimentos que servem comida não estão preparados para receber pessoas com esse tipo de restrição. Porém para alimentos industrializados a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige a inscrição “contém glúten” ou “não contém glúten” segundo a Lei Federal 10.674/2003.

(30)

restritivas, mas por se tratarem de uma minoria os preços ainda são altos se comparados com os que servem alimentos normais. A escassez de lugares vendendo tais refeições também implica que a pessoa precise preparar seus alimentos com mais frequência do que os comprar prontos.

(31)

Para um melhor entendimento dos materiais editoriais já disponíveis no mercado tanto para intolerantes ao glúten como para o público geral a pesquisa de campo ajuda a entender o espaço que os livros de receita ocupam e como eles são projetados. Esses dados serão obtidos a partir da análise de similares e análise mercadológica.

3.1 ANÁLISE DE SIMILARES

A análise de similares tem como objetivo comparar livros de receitas já existentes destacando seus pontos positivos e negativos. Assim é possível executar um projeto sem cometer os mesmos erros cometidos pelos anteriores.

Para essa análise foram observados cinco livros de receitas com públicos alvos distintos, uma vez que em nesse número já seria possível identificar diferentes tipos de linguagem. Neles foram analisados aspectos simbólicos e plásticos referente ao projeto gráfico como: formato, material, impressão, acabamento, diagramação, elementos gráficos, fotografia entre outros.

3.1.1 Panelinha: Receitas que funcionam - Rita Lobo

O primeiro livro a ser analisado é o Panelinha: Receitas que funcionam da autora Rita Lobo (2012). Ele é voltado à um público que busca receitas práticas para serem utilizadas no dia a dia. Publicado em 2012 pela Editora Senac São Paulo pode ser considerado um livro oponente se destacando entre os demais por causa de seu tamanho, uma vez que o seu formato é 31x23,8 centímetros com encadernação de capa dura e também pode ser considerado pesado, sendo difícil de segurar com uma mão só. Sua autora tem grande reconhecimento nacional, nos anos 2000 criou o “Panelinha” primeiro blog de receitas testadas e com fotografias. Já publicou outros livros e também tem seu programa de televisão chamado “Cozinha Prática com Rita Lobo”.

Com exatamente 400 páginas impressas em couchê brilhante 4x4 cores em impressão offeset, o livro traz diversas receitas divididas em quatro categorias. Além

(32)

alimentos, Rita aparece preparando receitas em algumas delas. As categorias são divididas por cores que estão presente na borda das páginas.

Figura 8: Capa e contracapa livro de receitas Panelinha. Fonte: Da autora, 2017.

O tom amarelo forte predomina tanto na capa como na contracapa como mostra a Figura 8, são utilizados pelo menos três tipos de tipografias diferentes para descrever cada uma das informações. A tipografia utilizada para escrever o nome da autora é manuscrita (a), enquanto a tipografia utilizada para escrever o título do livro é serifada e parece desgastada (b). A ilustração de um garfo é o elemento de destaque (c), na cor verde com bolinhas brancas. Outras ilustrações menores de alimentos em tom turquesa cercam o garfo, enquanto ilustrações quase no mesmo tom da capa ocupam o resto do espaço.

A contracapa traz 5 imagens intercaladas com a resenha do livro (d). Duas das imagens trazem Rita mostrando o processo de preparação. Enquanto as outras três imagens trazem receitas já finalizadas. Ainda como elemento de ilustração há um rolo de abrir massa com a sobreposição de listras.

(33)

Não há um padrão específico na apresentação das receitas algumas são acompanhadas de fotos (e) e outras não, o grid (f) varia de receita para receita, as vezes em uma coluna, às vezes em duas, dispostas de forma variada. Quanto a escrita, para os títulos (g) é utilizada a mesma tipografia manuscrita que foi usada para escrever o nome da autora na capa, para as descrições é utilizada uma fonte sem serifa (h) (ver imagens 9 e 10).

Figura 9: Receitas livro Panelinha. Fonte: Da autora, 2017.

As fotografias variam tanto de tamanho, estando apresentadas em tamanho grande (ocupando toda a página), médias, pequenas e também no estilo colagem (várias fotos em uma mesma página). Quanto o estilo das fotografias, ela é apresentada em close, ângulos próximos e em ângulo aberto mostrando o prato inteiro com tom descontraído. As cores das fotografias são mais frias.

(34)

Figura 10: Receitas livro Panelinha 2. Fonte: Da autora, 2017.

A abertura dos capítulos é apresentada com a cor que será usada na borda das páginas daquele mesmo capítulo, já a tipografia é a mesma utilizada para os títulos. As receitas, no entanto, são apresentadas com um layout bem limpo, deixando grandes áreas de respiro em branco. A paleta de cores é bem variada, em sua predominância em tons claros e fortes (ver imagem 11).

(35)

Figura 11: Abertura de capítulo livro Panelinha. Fonte: Da autora, 2017.

É possível concluir que esse livro tem um projeto gráfico de fácil navegação. Os títulos podem ser encontrados facilmente assim como as receitas. As fotografias com tom descontraído influenciam o leitor a pensar que ele mesmo pode executar aquela receita. A variada e alegre paleta de cores faz com que a ideia de cozinhar seja associada a algo divertido. O layout deixando os grandes espaços em branco, faz com que o livro seja menos otimizado o que resulta em um grande número de páginas, porém proporcionando respiro para elas. O tamanho e peso do livro podem ser levados em consideração, uma vez que você precisa de um espaço considerável para armazená-lo e também das duas mãos livres para transportá-lo quando aberto.

3.1.2 Recife, Guia prático, histórico e sentimental da cozinha de Tradição - Bruno Albertim

(36)

apenas um livro de receitas uma vez que tem caráter informativo trazendo um pouco da história de Recife1 e dicas de onde comer na cidade. Seu formato é 14x21,1

centímetros com encadernação em brochura e capa semirrígida em papel due design 300gr. Tem como público alvo pessoas que estão na cidade e apreciam os sabores oferecidos.

O livro contém 162 páginas impressas em papel off-set 90gr. O objetivo é apresentado através de um prefácio, seguido por um sumário para onde descreve a organização do livro. Começa com uma apresentação histórica de Recife* assim como os alimentos mais consumidos e depois parte para as receitas. Antecipando com um breve relato porque aquela receita foi escolhida para ser colocada no livro.

Figura 12: Capa e contracapa livro de receitas Recife. Fonte: Da autora, 2017.

A capa apresenta um fundo de azulejos (a) em cerâmica no tom de azul e amarelo como é possível observar na Figura 10, algo muito comum de ser encontrada

(37)

em Recife, podendo até ser considerado uma característica muito lembrada da cidade. Em cima desse padrão de azulejos há um prato com suas bordas ilustradas em tom azul, como o do fundo, dentro desse prato (b) está o título do livro com uma ilustração de uma silhueta de Recife. O nome está escrito em uma tipografia (c) não serifada enquanto o título está com uma tipografia caligráfica.

Na contracapa tem a imagem de uma receita, com a frase “O sabor do Recife te quer”. Esta que ocupa quase totalmente a página, deixando apenas um espaço na parte inferior para a aplicação das logos patrocinadoras (d). Por se tratar de um livro para fins comerciais também está presente o código de barras (e).

A folha de rosto (figura 13) novamente uma traz uma imagem de azulejos:

Figura 13: Folha de rosto livro Recife. Fonte: Da autora, 2017.

(38)

preto e algumas vezes em marrom ou vermelho e para a tipografia do texto (i) é utilizada uma fonte sem serifa.

As fotografias são apresentadas em diversas maneiras como é possível observar na Figura 14, às vezes ocupando as duas páginas, às vezes uma ou através colagem de várias fotos ocupando uma mesma página. Além das fotografias de alimentos, também há outras de Recife e dos lugares de onde algumas das receitas originaram. Em sua grande maioria as fotografias apresentam tons quentes e quando há o uso de colagem, bordas pretas são utilizadas para delimitar a imagens (figura 14).

(39)

Figura 14: Receitas livro Recife. Fonte: Da autora, 2017.

Pode-se concluir que o livro apresenta um caráter simples, uma vez que tenta transmitir o espírito da cidade de recife. Na parte de apresentação do livro quase não há margem o que pode dificultar a leitura da mesma. Já as fotografias em colagem e

(40)

principalmente pela sua riqueza de informações.

3.1.3 Aperitivos - La fonte

O livro Aperitivos publicado pela editora La Fonte pertence à uma série intitulada “100% Prazer” (2009). O seu público principal são pessoas interessadas aperitivos, que são pequenas porções de alimentos preparados para serem consumidos antes da refeição principal ou entreter convidados enquanto a refeição principal não é servida. Seu formato é de 18,5x19 em encadernação tipo brochura e capa semirrígida em papel tipo tríplex.

Figura 15: Capa e contracapa livro de receitas Aperitivos. Fonte: Da autora, 2017.

Com 96 páginas impressas no couchê brilhante o livro traz receitas separadas em 7 categorias. Sua capa como é possível observar na Figura 15 traz 4 (a) imagens de receitas que serão abordadas no livro, as quatro imagens têm o mesmo tamanho e destaque. Temos o título (b) em cor marrom com aplicação de verniz localizado e tipografia sem serifa. A logo da editora (c) está em conjunto com o nome da série (d). Na contracapa há novamente o título (b) do livro e a série (d) ao qual ele pertence, seguido de uma pequena foto no formato circular (e) e a descrição do conteúdo do livro (f). Ainda na parte inferior há a logo da editora, o site e também o código de barras (g).

(41)

Figura 16: Receitas livro Aperitivos. Fonte: Da autora, 2017.

As categorias das receitas são divididas por cores e a apresentação das receitas são iguais para todas, a única diferença são as fotografias que podem ocupar a página inteira ou apenas aparecer na mesma página da receita. As receitas são sempre apresentadas da mesma maneira, com colunas, sendo que na primeira há um pequeno retângulo (h) da cor da categoria informando a quantidade que a receita rende o tempo de preparo como é possível observar na Figura 16. Logo abaixo desse retângulo na mesma coluna, com o texto centralizado fica a lista de ingredientes (i). Na segunda coluna o título em destaque é seguido pelo modo de preparo (j) que por sua vez é dividido por etapas devidamente sinalizadas com indicadores circulares.

(42)

apresentação das receitas é reproduzido em todas elas. Toda a tipografia do livro é sem serifa, apesar de se tratar de diferentes fontes para cada coluna. As fotografias são apresentadas de duas maneiras, com fundo branco (k) e em composição (l). Pela qualidade é possível ver que todas elas foram produzidas em estúdio.

Pode-se concluir que o livro foi diagramado com excelência, o formato foi bem aproveitado, portanto não há excesso de informação nem de espaços em branco. As fotografias parecem apetitosas, porém não é o tipo de receita que você acredita que pode reproduzir com facilidade. A disposição dos elementos faz com que o layout funcione muito bem, sendo um livro de fácil navegação.

3.1.4 Cocina Peruana - Wust Ediciones

O quarto livro a ser analisado tem como título “Cocina Peruana: Nuestro sabor para el mundo” (2010). É um livro escrito em espanhol e publicado pela Wust Ediciones. Tem como principal objetivo propagar a cozinha peruana para o resto do mundo e o público alvo são pessoas interessadas em receitas peruanas.

O livro tem o formato 25,5x22,5 centímetros, com encadernação em capa dura e uma luva reproduzindo a capa em couchê finalizado com laminação fosca. Em sua folha de rosto traz a imagem do milho preto, alimento comum no Peru, mas desconhecido por outros países, aplicado em papel texturizado. O conteúdo do livro é dividido em: apresentação da cozinha peruana, os principais produtos e as receitas que por sua vez também estão divididas em categorias de acordo com o estágio da refeição ao qual ela pertence.

(43)

Figura 17: Capa e contracapa livro de receitas Cocina Peruana. Fonte: Da autora, 2017.

O livro tem 131 páginas impressas em couchê. Sua capa traz a fotografia de um prato em um fundo claro como é possível observar na Figura 17. O título é escrito em letra serifada na cor vermelha, com todas as letras em caixa alta. O subtítulo usa a mesma tipografia todo em caixa baixa e na cor verde. A contracapa nada mais é que a versão espelhada da capa com a escrita em inglês.

Figura 18: Folha de rosto livro Cocina Peruana. Fonte: Da autora, 2017.

(44)

Para os ingredientes também são usadas duas colunas, porém intercaladas com imagens. As receitas possuem o título na parte superior da página (a), acompanhado de um ícone, seguido por um primeiro parágrafo explicando o que é o prato em espanhol (b) e inglês (c) e na parte inferior duas colunas uma para os ingredientes (d) e outra para a preparação (e).

Figura 19: Receitas livro Cocina Peruana. Fonte: Da autora, 2017.

Cada receita é acompanhada da fotografia do prato final como é possível observar na Figura 20, ela ocupa uma página inteira do lado esquerdo (f) enquanto a receita se encontra do lado direito. Além da fotografia principal, há uma redução da mesma apresentada na borda da página (g). Cada categoria tem uma cor específica e essa cor é utilizada para diferenciar o texto em inglês do espanhol.

(45)

Figura 20: receitas livro Cocina Peruana. Fonte: Da autora, 2017.

As fotografias são preparadas em estúdio e utilizam elementos de composição diferentes entre elas. Com exceção de algumas que trazem uma composição impecável, a maioria delas parecem fáceis e apetitosas. A tipografia do livro, tanto para títulos quanto para conteúdo são todas sem serifa.

Em conclusão trata-se de um livro que em parte foi bem executado, a fotografia e uso de cores é absolutamente lindo, porém o grid e disposição de elementos deixa muito a desejar pois traz uma sensação de bagunça que não combina com a linguagem do livro. Algumas fotografias em miniatura são inseridas no meio do texto ou de tamanhos que não valorizam a fotografia. Um dos maiores pontos positivos é que se trata de um livro bilíngue, o que faz com que seu público alvo seja bem maior.

(46)

layout e composição, uma vez o que livro será analisado a partir de uma versão digitalizada pela Brasiliana Digital, dificulta prover informações do seu aspecto físico. Esse livro já foi citado neste trabalho por suas ilustrações e será analisado para exemplificar a abordagem dos livros de colunaria que hoje são considerados clássicos.

O livro que foi lançado entre 1860 e 1870, apresenta uma capa simples com apenas o título (a) com uma espécie de borda quadrada e o nome da Livraria Garnier no Rio de Janeiro (b) responsável pela publicação do livro. O aspecto da capa é bem simples, usando um tom de marrom chapado e a escrita em preto. Na contra capa há apenas logo (c) da Editora Livraria Garnier. Seu público alvo são pessoas interessadas na cozinha brasileira e europeia.

Figura 21: Capa e contracapa livro Cozinheiro Nacional. Fonte: Da autora, 2017.

O livro começa com um prólogo, logo após temos dicas básicas de utensílios que vem acompanhadas de ilustrações (d) provavelmente executadas com nanquim. As ilustrações são de uso recorrente em todo o livro, com principal objetivo de demonstrar o modo de execução de alguma receita. A tipografia escolhida é serifada e o texto é justificado (e) com exceção de certos momentos onde ele sofre

(47)

intervenções de ilustrações (f). A linguagem é robusta e as receitas são descrita de maneiras rápidas em poucas linhas (g). Não há no livro o que estamos acostumados a ver, ingredientes detalhando suas quantias de um lado e modo de preparo do outro.

Figura 22: Descrição de utensílios e receitas do livro Cozinheiro Nacional. Fonte: Da autora, 2017.

Ou contrário dos outros livros o sumário encontra-se no final do livro e todas as receitas são inumeradas. Para a abertura do capítulo primeiro aborda-se o tema do capítulo para depois dar início as receitas.

Há muitos indícios que fazem o livro ser identificado como antigo, o fato de não haver imagens, ser um livro totalmente preto e branco, o acabamento rústico, entre outros fatores fazem com que o livro seja reconhecido como feito antes da era dos computadores. No entanto é um livro que apresenta uma diagramação simples, porém impecável, com ilustrações muito bem executadas e trata-se de um livro fácil de navegar. Apesar de ser antigo têm grande valor agregado pelas quantidades de receitas abordadas e que podem ser executadas até hoje.

(48)

levantamento de dados das principais características de cada livro. Livro Panelinha : Receitas que funciona m Recife, Guia prático, histórico e sentimenta l da cozinha de Tradição Aperitivos Cocina Peruana Cozinheir o Nacional Ano 2012 2008 2009 2010 1860-1870 Número de páginas 400 163 96 132 498 Formato 31x23,8 14x21,1 18,5x19 25,5x22,5 -

Capa Dura Flexível Flexível Dura

Impressão 4x4 em couchê 4x4 em Off-set 90gr 4x4 em couchê 4x4 em couchê 1x1

Público Alvo Pessoas que buscam receitas práticas. Viajantes que amaram a comida e cultura de Recife ou querem sugestões. Interessados em aperitivos. Interesse em comidas típicas do Peru pessoas com interesse na cozinha brasileira e europeia. Tipografia Tipografia s caligráfica s e serifadas para a capa e títulos, e moderna para o corpo do texto. Tipografias caligráficas para títulos e modernas para corpo do texto. Apenas tipografias modernas e sem serifa apresentada s no modo regular e em negrito. Tipografia s clássicas serifadas para títulos e não serifada e moderna para conteúdo. Uma única tipografia Diagramaçã o Número e posição de colunas dispostas de maneiras diferentes Número e posição de colunas variam de página para página. Duas colunas: uma menor para ingredientes e informações Número e posição de colunas varia das primeiras páginas Uma Coluna justificada.

(49)

em cada página e outra para modo de preparo. informativ a para as páginas de receitas. Fotografia Utilizada de forma diversa é possível encontrar fotos que ocupam páginas inteiras, colagens e fotos recortadas em meio a escrita, seus ângulos variam muito também. Apresentad a de diversas maneiras é possível encontrar imagens que ocupam páginas inteiras, múltiplas em uma mesma página, além de alimentos também a fotos da cidades, todas com ângulos diferentes. Todas as fotos são apresentada s ocupando uma página inteira com um ângulo frontal e próximo do prato fotografado. Apesar de haver variações todas as fotos ocupam uma página inteira e são duplicadas em um pequeno quadrado na página ao lado de tamanho menor. Em sua grande parte utilizam o ângulo frontal. Não há fotografia nesse livro. Divisórias Definem a cor que será usada no capítulo, ocupando duas páginas são inteiras da mesma cor e todas trazem uma frase. Não há divisórias. Não há divisórias. Há uma construçã o geométric a de formas e imagens junto com o nome do capítulo e as receitas que você pode encontrar. Não há divisórias.

Tabela 1 – Quadro síntese: analise de similares. Fonte: Da Autora, 2017.

(50)

valem a pena ser utilizados novamente. A análise também promove referencias para diferentes áreas do livro, seja tipografia, seja fotografia ou acabamentos. Com essas informações é possível extrair o melhor de cada livro e reproduzir.

3.2 ANÁLISE MERCADOLÓGICA

A análise mercadológica foi realizada apenas no âmbito físico, pensando que o público alvo que adquire esse tipo de livro teria como princípio ir até uma livraria e analisar o livro antes de comprá-lo, tal experiência torna-se mais restritiva no âmbito de compras digitais. Para isso acontecer foram visitadas duas livrarias na cidade de Curitiba. O principal objetivo dessa análise mercadológica é ressaltar a quantidade de livros disponíveis para pessoas com intolerância ao glúten em comparação com os livros disponíveis para o público geral, reforçando a necessidade de novos livros para o mercado.

3.2.1 Livrarias Curitiba - Rua XV

A Livrarias Curitiba localizada na rua XV no centro de Curitiba, faz parte de uma rede que possui 21 lojas espalhadas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A loja específica onde foi realizada a pesquisa pode ser considerada de grande porte. Possui um amplo e diversificado acervo, incluindo livros de gastronomia.

Com o intuito de encontrar produtos similares verificou-se que entre aproximadamente 300 livros de culinária apenas 4 traziam receitas sem glúten sendo eles publicados entre os anos 2014 e 2016:

(51)

Figura 23 - Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Curitiba 1. Fonte: Da Autora, 2017.

Dois dos livros não traziam apenas de receitas sem glúten, como é possível ler na capa do livro da esquerda na Figura 23, trata-se de um diário escrito por Alana Rox (2016) em que ela compartilha receitas veganas como principal foco, porém que também não apresentam glúten. Já no livro da direita, além das receitas serem sem glúten, também são vegetarianas e de baixo carboidrato.

(52)

Figura 24 - Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Curitiba 2. Fonte: Da Autora, 2017.

Já os outros dois, Sabor sem glúten e Culinária de todas as cores: 200 Receitas de comidinhas sem glúten como é possível observar na Figura 24, trazem receitas exclusivamente sem glúten e nenhuma outra restrição. O livro Culinária de todas as cores faz parte de uma série de livros que trazem 200 receitas com vários temas diferenciados.

Os livros não possuem um lugar específico nem estavam agrupados, cada um estava disposto em um lugar diferente, dividindo espaço com livros de culinária, mas também, sobre vinhos, cervejas e bebidas no geral.

3.2.1 Livrarias Cultura - Shopping Curitiba

A Livraria Cultura, localizada no Shopping Curitiba no centro da cidade foi o segundo local onde foi realizada pesquisa. Diferente da Livraria Curitiba, a sessão de livros de gastronomia é ambientada tendo uma cozinha completa como decoração, com fogão, pia e micro-ondas, ver Figura 25.

(53)

Figura 25 - Sessão de livros de gastronomia Livrarias Cultura. Fonte: Da Autora, 2017.

Apesar da organização da Livraria Cultura ser melhor que a da Curitiba, não havia uma sessão específica para dietas restritivas também e os livros estavam espalhados. No entanto os livros de culinária estão dispostos em seções diferentes dos livros de bebidas por exemplo, ver Figura 26.

Figura 26 - Livros de receitas sem glúten encontrados na Livrarias Cultura. Fonte: Da Autora, 2017.

Dentre os livros encontrados na cultura, apenas um deles difere dos encontrados na Curitiba. O livro se chama Cozinhando em Família, escrito pela Natália Werutsky, direcionado a iniciantes na cozinha, publicado em setembro de 2016. Reforçando a falta de opções para os compradores de livros sem glúten.

(54)

4 PROJETO GRÁFICO

4.1 BRIEFING

Com finalidade de criar o projeto gráfico, algumas diretrizes precisavam ser estabelecidas para que o objetivo do livro pudesse ser cumprido. Essas considerações são de extrema importância para o projeto uma vez que podem ser consideradas a base dele. Entre as diretrizes estão as seguintes:

a) Projeto gráfico para um livro com receitas livres de glúten.

b) O projeto não faz parte de nenhuma coleção de livros, trata-se de um volume único que contém receitas variadas.

c) Seu público alvo são pessoas que não podem ingerir glúten por questões de saúde, mas também por aquelas que buscam um novo estilo de vida excluindo o glúten do seu cardápio. Uma vez que no dia a dia é difícil encontrar alimentos prontos e é necessário preparar previamente para sempre ter um lanchinho no bolso.

d) O perfil do público são pessoas que já saíram da primeira idade e são capazes de preparar uma refeição sozinho, não há distinção de sexo ou idade, sua faixa etária incluiria de adolescentes a idosos.

e) Todas as receitas inseridas no livro têm que ser testadas, preparadas e fotografadas.

f) O livro deve ser mais atrativo, apresentando um bom projeto gráfico que os disponíveis no comércio, podendo assim no futuro destacar-se mais que os outros através do design.

Utilizando, repertório, análise de similares e conceitos do design abordados na fundamentação, foi possível criar um projeto gráfico que tinha em sua composição todos os itens citados acima. Sempre levando em consideração qual linguagem combina mais para abordar temas gastronômicos e como o design possibilita isso. O projeto começou através da experimentação com as diferentes áreas do livro, e aos poucos foi sendo modelado, porém sempre com diversas coisas acontecendo em paralelo. Trabalhar em áreas diferentes ao mesmo tempo, possibilitou que a cada momento fosse possível questionar a qualidade em separado e também e conjunto.

(55)

4.2 DEFINIÇÕES

No início do projeto tudo era apenas um conjunto de ideias, uma das primeiras definições foram o número de receitas a serem trabalhadas, que no caso seriam 15, um número possível de trabalhar dentro do cronograma estipulado, uma vez que todas as receitas deveriam estar acompanhadas de foto e trabalhar com um número maior talvez impossibilitasse de seguir o prazo.

Essas receitas seriam trabalhadas em cinco temas que não estavam definidos e dentro deles teriam 3 pratos: 1 aperitivo, 1 prato principal e 1 sobremesa, por exemplo, “Noite Italiana”, e dentro desse tema as três receitas seriam inspiradas na Itália. Porém, pensando na experiência do usuário, seria melhor apresentá-las apenas dentro de três categorias (aperitivos, prato principal, sobremesa) e não em temas fechados estimulando assim mais combinações das receitas entre si.

Além das receitas divididas nas categorias entrada, prato principal e sobremesa o livro também traz uma seção de dicas para o dia a dia.

A decisão de trabalhar com fotos de autoria própria e não usar banco de imagens, veio da necessidade de passar veracidade no livro. E principalmente oferecer fotos de pratos que os leitores acreditassem serem capazes de reproduzir. Após essas definições foi possível trabalhar com maior profundidade as áreas citadas a seguir nas próximas páginas.

A escolha do nome do livro se deu a partir da frase obrigatória em todos os rótulos de embalagens “Não Contém Glúten”. No entanto, como o livro apresenta uma proposta diferenciada dos outros disponíveis no mercado, que trazem receitas de baixa caloria, veganas ou sem carboidrato, esse traz receitas de dia a dia e saborosas, para pessoas que não podem consumir glúten, mas não querem abrir mão do prazer de consumir comidas gostosas. Por isso foi adicionada a frase, “mas é gostoso”, ficando assim o nome completo: “Não contém glúten mas é gostoso”.

(56)

(2010). O livro trata-se de um guia, como o próprio nome já diz, para celíacos. Ele traz todas as informações da doença, como surge, causas e consequências, e também qual deve ser o posicionamento de uma pessoa que sofre de intolerância ao glúten. Outra parte das informações foram obtidas através do convívio com pessoas que sofrem da doença e como elas lidam com ela.

As receitas foram escolhidas a partir de alimentos consumidos no dia a dia e que poderiam ter seus ingredientes substituídos por ingredientes sem glúten, então essas receitas foram listadas, o ingrediente que continha glúten excluído e através de experimentações culinárias de teste e acerto ou relatos de outras receitas, usando ingredientes sem glúten, foi criada uma nova receita.

Uma das escolhas do livro foi escrever as receitas em primeira pessoa, explicando assim com riqueza de detalhes como prepará-la. E também trazer uma dica junto a cada uma delas.

4.4 FORMATO

O formato escolhido foi o de 20 centímetros de altura por 44 centímetros de largura, para a página aberta. Para a página fechada, ficou 20 centímetros de altura para 22 de largura. Um formato médio o que possibilita a sua produção em pequena e grande escala com facilidade.

Figura 27 - Formato escolhido para o livro. Fonte: Da Autora, 2017.

O formato foi escolhido por três fatores, facilidade de manipulação (mesmo a página aberta sendo de um formato grande, foi possível fazer testes de impressão em gráficas digitais), análise de similares (durante a análise, verificou-se que o livro Aperitivos tinha o formato que mais chamou atenção, editado para poucas receitas,

(57)

seu formato além de valorizar as fotografias também fez um bom uso do espaço disponível) e o aproveitamento de papel (levando em consideração a página aberta, sangria e cruz de corte, seria possível imprimir 6 páginas em cada folha de papel 66x96). Como é possível de observar na figura 28, onde a parte impressa está representada por amarelo e a sangria e cruz de corte por vermelho. A folha 96x66 está usada quase em sua totalidade.

Figura 28 - Aproveitamento de papel. Fonte: Da Autora, 2017.

4.5 FOTOGRAFIA

Uma das principais diretrizes do projeto era que, todas as fotos disponíveis no livro seriam de autoria própria, ou seja, não seriam fotos de terceiros nem retiradas de bancos de imagem. Porém a falta de experiência com a câmera e nunca ter trabalhado com fotos gastronômicas, fez o projeto todo ser mais trabalhoso que o esperado. As fotos demoraram o triplo do tempo que estavam programadas no cronograma.

(58)

uma luz auxiliar. Foram tiradas aproximadamente 250 fotos, entre elas várias tentativas de fundos diferentes e até mesmo composição com outros elementos, como xícara, pires e pedaços isolados do bolo. Apesar do resultado das fotos ter sido bom, a partir desse primeiro teste foi possível retratar uma série de itens que poderiam ser melhorados. O bolo, por se tratar de uma peça inteira grande e achatada, não dava muitas opções de ângulos e variedade de fotos, e o seu preparo havia sido realizado em um multiprocessador deixando a mandioca uniforme e pouco convidativa. Como é possível ver na figura 29, vários ângulos foram testados. As últimas três fotos já apresentavam tratamento para uma melhor visualização do resultado.

Figura 29 - Primeira sessão de fotos realizada para o livro. Fonte: Da Autora, 2017.

Porém nenhuma delas estava boa o suficiente para ser utilizada no livro e a partir das pontuações dessa sessão foi possível criar um uma nova sessão da mesma receita com um novo conceito. Pensado na unidade do livro, as fotos foram refeitas apenas com a composição do próprio alimento, sem adicionais, pois seria difícil criar um cenário novo para cada receita. O bolo ao invés de ser apenas uma unidade

(59)

grande foi reduzido à várias pequenas unidades usando formas menores, para trazer mais dinâmica para as fotografias. Ao invés da mesa, foi usado um balcão de cor branca e um papel de cor rosa para o fundo. Os resultados foram melhores que os anteriores, no entanto a iluminação continuou sendo um dos maiores problemas.

Figura 30 - Segunda sessão de fotos realizada para o livro. Fonte: Da Autora, 2017.

A partir da segunda sessão e de mais pesquisas sobre fotografias gastronômicas, viu-se a necessidade de usar um tripé para a produção das fotos, uma vez que traz mais nitidez. Com a ajuda do tripé foi possível explorar mais os ângulos, e após assistir inúmeros vídeos onde a câmera era utilizada com o ângulo superior à pessoa que estava preparando, verificou-se que tal vista permite uma maior riqueza de detalhes. Sendo assim, ficou pré-estabelecido que para a linguagem fotográfica do livro seriam imagens fotografadas com o ângulo superior e também que as fotos deveriam ser tiradas apenas com luz natural. O fundo que pode ser encontrado em todas as fotos trata-se de uma tampa de caixa de madeira compensada.

Referências

Documentos relacionados

Covarrubias (2011) afirma que a prática da agricultura em espaços urbanos e periur- banos ociosos, utilizando manejo de base agroecológica e baixo aporte de insumos, pode atuar

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no

[r]

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Reconhecimento de face utilizando banco de imagens monocromáticas e coloridas através dos métodos da análise do componente principal (PCA) e da Rede Neural Artificial (RNA)

Se você tiver, no mínimo, três anos de vinculação ao Plano, terá direito ao Benefício Proporcional Diferido (BPD), que consiste em manter o saldo de Conta de

[r]

Com o objetivo de avaliar a evolução das características de qualidade de carne durante a maturação, amostras do músculo longissimus dorsi de bovinos Nelore (N) (n=22) e Red Norte