• Nenhum resultado encontrado

Relatórios de estágios supervisionados I e II

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatórios de estágios supervisionados I e II"

Copied!
195
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA ESTRANGEIRA LICENCIATURA EM LETRAS ALEMÃO

Agustina Etchichury y Escartin

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I e II: Observações, tutorias, aulas propostas e ministradas

Florianópolis 2017

(2)
(3)

Agustina Etchichury y Escartin

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I e II: Observações, tutorias, aulas propostas e ministradas

Relatório apresentado como requi-sito final para aprovação na disci-plina MEN7049: Estágio Supervi-sionado II – Alemão, ministrada pelo professor Gabriel Sanches Teixeira e supervisionada pela pro-fessora Rosilei Girardello no se-gundo semestre de 2017, no Centro de Comunicação e Expressão – CCE da UFSC e na E.E.B. Prof. Joaquim Santiago.

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Universidade Federal de Santa Catarina, por ter sido minha casa durante esses cinco anos e ter sido palco dos melho-res momentos da minha vida;

Aos professores do curso de Letras-Alemão, especialmente ao Professor Markus Weininger por ter me dado a oportunidade de lecionar e colocar em prática o que eu aprendi durante o curso, por ter sido um professor atencioso, descontraído e incrivelmente inteligente;

À Professora Ina Emmel, por ter sempre mostrado preocupação e dedicação aos seus alunos, por ter me inspirado tantas vezes com suas aulas, por ter me ensinado tudo que eu sei de gramática e por me mos-trar exatamente que tipo de professora eu gostaria de me tornar;

À Professora Maria Aparecida Barbosa por ser uma mulher in-crível e uma professora extraordinária, de um conhecimento e de uma humanidade que eu nunca tinha visto;

À professora Meta Zipser por ter me mostrado como a bodade de um professor pode nos inspirar e também por ter me feito apaixonar pela tradução;

À professora Rosvitha Blume por ter sido tantas vezes tão paci-ente e tão atenciosa com os problemas referpaci-entes ao curso, pelas ótimas aulas que tornaram essa graduação um tanto mais leve e pelo vasto co-nhecimento sobre tradução que conseguiu me transmitir;

Ao Professor Gabriel Teixeira, por ter me guiado durante essa longa jornada de estágio e por tantas vezes sanar minhas dúvidas, por ter tido paciência e pelas caronas de volta de São José;

A todos os outros professores e professoras, com quem tive menos contato, por estarem presentes e me ajudarem na minha vida aca-dêmica;

À E.E.B. Professor Joaquim Santiago e à Professora Superviso-ra Rosilei GiSuperviso-rardello por terem me recebido e permitir que eu fizesse parte dessa jornada tão incrível e complicada que vocês traçam diaria-mente;

Aos alunos e às alunas do sexto ano verspertino que me torna-ram, de fato, professora: vocês são incríveis, extremamente talentosos e espero que o alemão lhes faça tão bem quanto me fez;

À minha família, por ter me apoiado como eu nunca achei que poderia ser feito, por todas as vezes que me deram forças para continuar, que me inspiraram e que me fizeram o ser humano que eu sou. Bibiana, Mariano, Paula, Mary e Elder, vocês são o motivo do meu sucesso;

(6)
(7)

Ao Diogo, meu melhor amigo, que tornou possível de tantas maneiras que esse trabalho fosse realizado: por ter me apoiado durante tanto tempo, por ter me dado ferramentas, emocionais e materiais, para continuar estudando e por ter me dado forças e ser parte importante da pessoa que eu sou;

À Nina, colega de curso, colega de trabalho, amiga e inspiração constante, pelas substituições, pelos conselhos e pelos ponto de vista tão carregados de bondade e de Mitgefühl: sem você, não teria sido possí-vel;

Aos meus colegas de estágio – Elaine, Jéssica, Candice e Gus-tavo – pelas trocas de experiência que podiam ter constituído uma disci-plina a parte: o que eu aprendi com vocês foi imensurável!

(8)
(9)

LISTA DE FIGURAS:

Figura 1: Suche noch sechs Wörter ... 25

Figura 2: Was passt zusammen? ... 25

Figura 3: Was gehört zusammen? Verbinde. ... 38

Figura 4: Was passt? Mach Kreuzchen. ... 52

(10)
(11)

LISTA DE MATERIAL DE APOIO PROPOSTO

Material de Apoio Proposto 1: Mein Familienstammbaum ... 67

Material de Apoio Proposto 2: Familienstammbaum ... 68

Material de Apoio Proposto 3: Terminação dos pronomes possessivos 73 Material de Apoio Proposto 4: Familienmitglieder ... 74

Material de Apoio Proposto 5: Zahlen ... 84

Material de Apoio Proposto 6: Zahlenkreuzworträtsel ... 88

Material de Apoio Proposto 7: Was kann man zu Hause machen? ... 93

Material de Apoio Proposto 8: Sätze ... 94

Material de Apoio Proposto 9: Graus de parentesco ... 102

(12)
(13)

LISTA DE MATERIAL DE APOIO APLICADO

Material de Apoio Aplicado 1: Fotos da família ... 108

Material de Apoio Aplicado 2: Árvore genealógica ... 109

Material de Apoio Aplicado 3: Os membros da família ... 120

Material de Apoio Aplicado 4: Possessivpronomen ... 120

Material de Apoio Aplicado 5: Verbos ... 121

Material de Apoio Aplicado 6: Caça-palavras ... 121

Material de Apoio Aplicado 7: Familien heute ... 131

Material de Apoio Aplicado 8: Wer ist das? ... 132

Material de Apoio Aplicado 9: Spanien Karte ... 142

Material de Apoio Aplicado 10: Argentinien Karte ... 143

Material de Apoio Aplicado 11: Fragebogen ... 144

Material de Apoio Aplicado 12: Caça-palavras (Kreuzworträtsel) ... 151

Material de Apoio Aplicado 13: Verbinde die Punkte ... 160

Material de Apoio Aplicado 14: -zehn oder –zig? ... 162

Material de Apoio Aplicado 15: Wechselspiel ... 163

Material de Apoio Aplicado 16: Ditado ... 165

Material de Apoio Aplicado 17: Welche Zahlen findest du? Markiere165 Material de Apoio Aplicado 18: Schreib die Sätze an die richtige Stelle. ... 176

Material de Apoio Aplicado 19: Hörverständnis ... 177

Material de Apoio Aplicado 20: Familienquiz ... 186

Material de Apoio Aplicado 21: Ordene a frase ... 187

Material de Apoio Aplicado 22: Was passt zusammen? ... 187

(14)
(15)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: verbos no infinitivo. ... 29

Quadro 2: prática dos verbos. ... 29

Quadro 3: frases da prova. ... 32

Quadro 4: frases para reescrever referente à prova ... 33

Quadro 5: as horas ... 35

Quadro 6: verbos com conjugação até a terceira pessoa do singular .... 44

Quadro 7: frases a serem completadas ... 44

Quadro 8: conjugar os verbos completando as frases ... 45

Quadro 9: descobrir qual verbo usar nas frases ... 46

Quadro 10: organizar os elementos da frase... 48

Quadro 12: verbos conjugados na primeira pessoa do singular ... 50

Quadro 12: prática de verbos na primeira pessoa ... 53

(16)
(17)

LISTA DE ABREVIATURAS

E.E.B. - Escola de Educação Básica MA - Material Aplicado

MAP - Material de Apoio Proposto PF - Professora em Formação PO = Professor Orientador PS - Professora Supervisora

(18)
(19)

SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 21

1.1 O perfil dos alunos ... 22

1.2 O perfil da escola ... 22

1.3 O perfil da Professora ... 23

2 AULAS OBSERVADAS ... 24

2.1 Observação da aula do 6º ano matutino em 27 de abril de 2016 . 24 2.2 Observação da aula do sexto ano vespertino em 27 de abril de 2016 28 2.3 Observação da aula do 7 º ano matutino em 27 de abril de 2017 31 2.4 Observação da aula do 8º ano vespertino em 27 de abril de 2017 ... 34

2.5 Observação da aula do 9º ano matutino em 27 de abril de 2017 . 37 3 TUTORIA ... 41

3.1 Tutoria 1: 16 de maio de 2017 ... 43

3.2 Tutoria 2: 18 de maio de 2017 ... 45

3.3 Tutoria 3: 25 de maio de 2017 ... 47

3.4 Tutoria 4: 30 de Maio de 2017 ... 49

3.5 Tutoria 5: Data: 1° de Maio de 2017 ... 50

3.6 Tutoria 6: 6 de Junho 2017... 51

3.7 Tutoria 7: 8 de Junho de 2017 ... 54

3.8 Tutoria 8: 13 de Junho de 2017 ... 56

3.9 Tutoria 9: 20 e 22 de Junho de 2017 ... 57

3.10 Análise segundo o livro Was ist guter Unterricht? ... 57

4. PLANOS DE AULA PROPOSTOS ... 61

4.1 Plano de aula proposto referente à aula 1 ... 64

(20)

4.3 Plano de aula referente à aula 4 ... 75

4.4 Plano de aula proposto referente à aula 5 e 6 ... 79

4.5 Plano de aula proposto referente à aula 7 ... 85

4.6 Plano de aula referente às aulas 8 e 9 ... 89

4.7 Plano de aula proposto referente à aula 10 ... 95

4.8 Plano de aula proposto referente às aulas 11 e 12 ... 98

5. PLANOS DE AULA APLICADOS ... 104

5.1 Plano de aula aplicado referente à aula 1 ... 105

5.2 Plano de aula aplicado referente às aulas 2 e 3 ... 113

5.3 Plano de aula aplicado referente à aula 4 ... 125

5.4 Plano de aula aplicado referente às aulas 5 e 6 ... 135

5.5 Plano de aula referente à aula 7 ... 148

5.6 Plano de aula referente às aulas 8 e 9 ... 154

5.7 Plano de aula aplicado referente à 10 ... 170

5.8 Plano de aula aplicado referente às aulas 11 e 12 ... 181

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 191

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 193

(21)

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As observações de aula como prática componente das discpli-nas de Estágio Supervisionado I e II ocorreram na Escola de Educa-ção Básica Professor Joaquim Santiago, situada em Santana, São José - SC. Essa prática é extremamente benéfica e, por vezes, muito inexplorada no contexto de formação docente, pois permite que pos-samos, por meio da observação, expandir nosso repertório de expli-cações, atividades e métodos entre outros. É uma prática pouco ex-plorada porque depende que uma escola se sujeite a estar aberta pa-ra o público, papa-ra diversas pessoas sendo inseridas dentro de suas salas de aulas com o intuito de ver, observar, relatar, entender e também, em alguns casos, criticar.

As observações são métodos de pesquisa nos quais professores e professoras em formação podem desenvolver e finalmente enten-der vários aspectos das aulas teóricas ministradas durante o período acadêmico que não constituia as observações de aula. Também du-rante as observações, podem começar a compreender as diversas maneiras de abordar problemas que são bastante comuns em sala de aula, como desentendimentos entre discentes, problemas na com-preensão de atividades, ou até mesmo os diversos problemas pesso-ais que os alunos e alunas, como seres humanos que já têm uma carga cultural, trazem de casa e os afeta diretamente na sua produti-vidade em sala de aula. É apenas por meio da observação que po-dem também entender a postura do profissional que se encontra à frente da sala de aula e também entender porque determinadas esco-lhas são tomadas. Observar professores e professoras é uma parte importante dessa prática, pois permite também perceber os métodos que cada um com seus anos de experiência desenvolveu, o que per-mite um enriquecimento pessoal daquele que observa.

As observações de aula tiveram início no dia vinte e sete de a-bril de dois mil e dezessete, na E.E.B. Prof. Joaquim Santiago. De-pois das observações, houve o peíodo da tutoria, e no segundo se-mestre, as aulas aplicadas supervisionadas pelo Professor Orienta-dor (PO) Gabriel Teixeira e pela Professora Supervisora (PS) Rosi-lei Girardello.

(22)

1.1 O perfil da escola

A EEB Joaquim Santiago se localiza no bairro Colônia Santana, em São José, situado na grande Florianópolis, em uma área rural. A escola conta com uma estrutura bastante completa, tendo salas de aula bem equipadas com carteiras de boa qualidade, as quais os alunos e alunas da escola têm a responsabilidade de manter limpas e não podem rabiscar, ares-condicionados, quadros brancos, material didático de boa qualidade, quadra de esportes, sala de professores e professoras, diversas salas de aula, um pático e uma biblioteca. Além disso, a escola promove várias atividades extracurriculares como competições esportivas entre discen-tes e concursos de desenho, em que os melhores ficam expostos para ob-servação.

Os alunos têm a possibilidade de escolher entre qual língua estrangeira querem aprender, sendo essas inglês e alemão. São três aulas de alemão semanais e a disponibilidade das aulas é tanto para o período matutino como para o vespertino. Os alunos e as alunas que optam pelas aulas de alemão têm aula na sala de aula de alemão, onde ocorrem ape-nas aulas dessa língua. A sala de aula de alemão é bem completa, conta com um computador, ar-condicionado e material didático para toda a turma. O material didático usado pela PS é o Planet (KOPP; BÜTTNER, 2009)

1.2 O perfil dos alunos

O público discente da EEB Joaquim Santiago é bastante diver-sificado, sendo composto quase que exclusivamente por moradores do bairro Santana; mas a escola também tem alunos de outras regiões da grande Florianópolis.

A turma em que efetuei o estágio foi o sexto ano vespertino do en-sino fundamental, uma turma formada por quatro alunas e três alunos, sendo três deles repetentes, variando de uma faixa etária de onze a de-zesseis anos. A grande maioria da turma era aplicada e interativa, parti-cipavam das aulas e se empolgavam com alguns assuntos, faziam per-guntas e todos os exercícios propostos tanto por mim como pela PS.

Porém a escola se encontra numa área de vulnerabilidade social e alguns problemas desse âmbito tiveram reflexo durante as aulas, tanto nas observadas quando nas ministradas. A presença dos pais de alunos e

(23)

alunas nas questões escolares, como entrega de boletim e prontidão quando chamados para discussão de problemas entre discentes, é míni-ma, quando não inexistente. Dessa formíni-ma, a Professora tem que buscar sempre maneiras de manter a turma interessada, o que pela faixa etária, é uma função bastante díficil.

Por causa desses problemas e de outros que envolvem a interação básica entre os seres humanos, mas também os problemas sociais ressal-tados pelo estado da vulnerabilidade social e econômica de alguns dos alunos, tive que buscar diversar maneiras de alcançar o conteúdo até meus alunos e fazer com que se interessassem e vissem algum objetivo naquilo que estavam aprendendo.

1.3 O perfil da Professora

Todas as turmas que foram observadas e também a turma em que a tutoria foi realizada tiveram suas aulas ministradas pela PS Rosilei Girardello, responsável pelas aulas de alemão das turmas do 6º ao 9º a-nos do ensino fundamental, na sala de aula de alemão, que fica situada perto da biblioteca da escola. A PS leciona alemão há cinco anos na es-cola e acompanha diversas turmas durante o tempo que cursam o ensino fundamental.

O material didático usado pela professora é o Planet A1.1 e A1.2 Kursbuch e Planet Arbeitsbuch A1.1 A1.2, apesar de que na maio-ria das situações que eu pude observar, a PS usa de matemaio-rial didático de-senvolvido pela mesma, como frases e atividades em que os alunos têm que completar lacunas.

A relação professor-aluno que pude observar é muito positiva em todas as turmas, a PS se esforça para entender as dificuldades dos alunos e das alunas ao mesmo tempo em que não têm inibição em fazer perguntas, o que gera um ambiente muito propício à aprendizagem. A-lém disso, a PS utiliza uma linguagem bastante acessível à turma, expli-cando a matéria com uma metalinguagem bastante simples, como por exemplo a separação dos verbos separáveis (Trennbare Verben), que são conhecidos como „verbos canetinha“, o que facilita o entedimento dos alunos e das alunas.

A PS me auxiliou muito durante o período de observação, de tu-toria e de docência, dando sempre conselhos e suporte em relação às minhas dúvidas, além de sempre fazer criticas construtivas e proposi-ções relevantes para o melhoramento das minhas aulas, o que me pro-porcionou a confiança necessária para um bom desempenho no estágio.

(24)

2 AULAS OBSERVADAS

Os relatos das aulas foram construídos a partir de um modelo, permitindo assim ao leitor uma visão mais direcionada dos pontos posi-tivos e negaposi-tivos das observações. Nos comentários feitos para cada aula observada, responderei às perguntas: 1) O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas? 2) O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar à professora? Quais pergun-tas você gostaria de fazer à professora ou à turma? 3) Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente? (Varian-tes, críticas, sugestões e etc). Essas perguntas foram tiradas do livro Un-terrichtsbeobachtung und Lehrerverhalten (ZIBELL, 2002), (Anexo 1). O livro foi trabalhado em sala de aula durante o primeiro se-mestre de dois mil e dezessete junto ao PO Gabriel Teixeira, quando fo-ram levantadas diversas questões sobre como a observação de aula é be-néfica e também em alguns casos negativa no contexto de sala de aula. Foi trabalhada a influência que uma pessoa estrangeira à turma pode ter sobre a mesma e também como isso pode influenciar o desempenho da turma. O livro e os capítulos trabalhados em sala de aula nos deram fer-ramentas suficientes para fazer uma observação direcionada e saber dis-tinguir quais aspectos seriam relevantes de serem relatados neste relató-rio. A partir do formulário de observações retirado do livro e das discus-sões em sala de aula, foram construídos os relatos das aulas observadas na escola, visando a responder às perguntas e a esclarecer o que foi vi-venciado nesse período.

2.1 Observação da aula do 6º ano matutino em 27 de abril de 2017

A aula do 6º ano foi a primeira aula do dia e iniciou-se de forma tranquila e agradável. A PS cumprimentou alunos e alunas fora da sala de aula e após cumprimentar cada um, permitiu que entrassem na salae ficassem de pé perto das suas respectivas cadeiras. Depois, a PS entre-gou-lhes um ursinho de pelúcia, dizendo Guten Tag, wie geht es dir? (Bom dia, como você está?) a um determinado aluno. O mesmo respon-deu: Mir geht es super, Danke! Und dir? (Eu estou ótimo, obrigado! E você?), ao qual a PS respondeu: Mir geht es auch super, Danke! (Eu também estou ótima, obrigada!). O aluno então tinha que pegar o ursi-nho e entregá-lo a outro aluno ou aluna, repetindo a pergunta, até que todos tivessem participado. Após o cumprimento matinal, a professora

(25)

seguiu a aula e apresentou-me à turma como Professora em Formação (PF), dizendo meu nome, meu curso e exatamente qual minha função na escola: observar aulas e futuramente ministrar aulas. A PS também per-mitiu à turma que me fizessem perguntas, como quantos anos eu tinha e de onde eu vinha.

Em seguida a esse momento inicial de apresentação, a PS con-feriu se todos os alunos e alunas tinham trazido o material referente às aulas de alemão e disse que descontaria ponto de quem não havia trazido o exercício. Iniciou então o exercício referente à aula, pedindo que a-brissem o livro Planet (Figura1) e respondessem à pergunta: Was trinken Sie? (O que o Senhor bebe?). Logo após dirigir a pergunta aos alunos, disse-lhes que as opções para respostas eram: Milch, Kaffee, Cola e Li-monade (leite, café, Coca-cola e refrigerante) e que tinham que acha as palavras no caça palavras.

Figura 1: Suche noch sechs Wörter

Depois que tinham terminado de responder à atividade anterior, a PS orientou a turma a realizar outro exercício, em que tinham que re-lacionar uma coluna à outra (Figura 2) e quando tinham terminado a PS pediu que escrevessem todas as perguntas do livro no caderno e que as respondessem com suas próprias respostas.

(26)

Após o fim das atividades, a PS pediu que alunos e alunas fi-zessem uma fila ao lado da sua mesa para que pudesse corrigir os exer-cícios individualmente e dar o visto. Todos fizeram o que foi pedido e, durante a realização da atividade, alunos e alunas respeitaram a PS, permanecendo em silêncio. Logo em seguida ao visto, a PS entregou uma folha que continha uma tabela e diversas colunas. Em cada coluna, os alunos e as alunas deviam escrever um verbo, que tinha sido previa-mente escrito no quadro pela PS, e conjugá-lo até a 3ª pessoa do singu-lar. Essa folha servia como material de apoio dos alunos e eles tinham que trazê-la em todas as aulas, visto que ela seria preenchida até o fim do semestre.

Ao fim da aula, a PS escreveu a tarefa de casa no quadro, pe-dindo aos alunos que consultassem a tabela para completar as frases:

1. Du trinkst Saft. Ich… Saft (Você bebe suco. Eu...suco); 2. Ich heiße

Fer-nando. Du … (Eu me chamo FerFer-nando. Você...); 3. Ich finde MC Lan gut! Du... MC Lan… (Eu acho MC Lan legal! Você… MC Lan…).

Quadro 1: complete a frase

Esse exercício seria corrigido na aula seguinte e os alunos pre-cisavam fazer a tarefa em casa. A aula se encerrou quando o sinal tocou e todos saíram da sala despendindo-se da PS e de mim com “Auf Wie-dersehen!” (Até mais).

Comentários

1. O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas?

A aula observada foi composta por diversas rotinas e elaborada de forma clara e bem estruturada, dando uma sequência clara até mesmo para mim, que estava observando a aula pela primeira vez. As rotinas observadas eram relativas ao comportamento da turma dentro e fora da sala de aula, em todo âmbito que tivesse relação com a língua alemã. Essas rotinas, recém introduzidas aos alunos do 6º ano e, portanto, ainda novas e bastante estrangeiras, são de grande importância, porque ensi-nam de forma pouco consciente aos alunos e às alunas a transmitir in-formações em determinados momentos. Isso significava que alunos e alunas, por exemplo, não precisavam saber que “Darf ich Wasser trin-ken gehen?” significava «tenho permissão para ir beber água?, mas sim que esse era o comando que deviam utilizar quando queriam sair da aula

(27)

e beber água.

Em relação à disposição da sala de aula, também pude notar e posteriormente confirmar com a PS, que a distribuição das carteiras tem como objetivo o melhor rendimento dos alunos. Dessa forma, os alunos passam a aula olhando não somente uns aos outros e também não so-mente à PS. Essa distribuição parece agradar aos alunos, pelo compor-tamento demonstrado pelos mesmos e também à PS, visto que potencia-liza o aprendizado. Também por ser uma disposição diferente da que os alunos estão acostumados, acaba fascinando-os por ser algo divertido e novo.

Quando se trata dos exercícios dados em sala de aula, como os já citados no relato da aula e também na Figura 1, é interessante destacar a metodologia usada pela PS. A turma do 6º ano é extremamente agitada e heterogênea, tornando normalmente a função da PS um pouco mais di-fícil do que já é. Porém existem várias formas de lidar com esse portamento numa sala de aula e a que a PS usou foi extremamente com-patível com a turma: após pedir que alunos e alunas elaborassem respos-tas pessoais para as pergunrespos-tas já passadas, ela pediu que lessem suas respostas em voz alta, cada um lendo assim sua resposta e tendo que permanecer em silêncio enquanto colegas liam.

Todos esses fatores acima citados são pontos da aula cuja im-portância foi enorme para que a aula sucedesse como ela se deu. São as maneiras de lidar com a sala e encontrar uma brecha dentro da intensi-dade e bagunça que é ser adolescente para ensinar alemão. Esses tam-bém são aspectos que eu além de seguir durante meu estágio, possivel-mente aplicarei enquanto estiver exercendo da profissão docente.

2. O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar ao professor?

Em relação aos tópicos que não ficaram claros durante a aula, houve alguns que eu gostaria de destacar. Ao entrar pela primeira vez na sala de aula, pude notar como as carteiras estavam distribuídas, todas voltadas para a mesa da professora. Essa forma me chamou a atenção, porque pelo que eu tinha conhecido da escola, não era como as carteiras estavam distribuídas. No entanto, após observar a aula e conversar com a PS, pude perceber que era uma maneira de fazer com que os alunos e as alunas focassem na PS. É uma estratégia que rendeu resultados posi-tivos, já que a aula foi bastante produtiva. No entanto, gostaria de per-guntar à PS se em algum momento ela já tinha pensado em reorganizar as carteiras para que os alunos estivessem dispostos em fileiras e volta-dos ao quadro, não a ela. Ainda no assunto distribuição de carteiras,

(28)

gos-taria de perguntar à PS como ela organizava os trabalhos em duplas, vis-to que os alunos já passavam a maioria da aula do lado uns dos outros e que quase todos os trabalhos acabavam sendo trabalhos em dupla. Por fim, gostaria de perguntar se as carteiras dispostas como estavam atrapa-lhavam de alguma forma a locomoção dos alunos dentro da sala de aula. Aos alunos do 6° matinal gostaria de perguntar quais motiva-ções os levaram a escolher alemão como língua estrangeira na escola. Essa é uma alternativa que eles tinham a partir do 6° ano e eu gostaria de saber as razões por trás dessa escolha. A comunidade onde estão in-seridos tem determinada influência da cultura alemã e acredito que al-gumas dessas crianças tenham tido contato com a língua em casa. Dessa forma, gostaria de averiguar o quanto esse possível contato em casa in-fluenciou os alunos na hora de escolher. Também gostaria de perguntar que futuro ou aplicação eles viam para a língua, porque considerava uma possibilidade bastante interessante que lhes fosse dito o quanto o apren-dizado de uma língua é importante e válido para seu futuro.

3.Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente?

Por fim, respondendo à última questão do questionário em rela-ção à aula observada, houve pouquíssimas situações em que eu teria fei-to algo diferente, pois o comportamenfei-to e mefei-todologia da PS foram ex-celentes nos pontos mais críticos da aula. Dito isso, acredito que a única variante que eu teria proposto aconteceria no momento da correção das atividades passadas, já citadas no relato de aula. A PS pediu que alunos e alunas lessem em voz alta as suas respostas e, apesar de ter ocorrido tudo certo, houve um momento em que a turma se dispersou, o que é to-talmente normal para sua faixa etária. No entanto, eu teria proposto que alunos e alunas se sentassem em duplas, que mesmo escolhessem, visto que, por se conhecerem melhor e já saberem com quem têm afinidade, têm capacidade para fazer um bom julgamento e escolher uma boa dupla para si. Caso houvesse algum problema ou alguém sem dupla, então eu interviria. Após a formação das duplas, pediria à turma que lesse suas respostas aos seus companheiros em voz alta, efetuando eles mesmos suas correções, sem a necessidade de interferência. Acredito que essa se-ria uma oportunidade para que alunos e alunas socializassem entre si. 2.2 Observação da aula do sexto ano vespertino em 27 de abril de 2016

(29)

bas-tante diferente da aula do 6º ano matutino. A PS iniciou a aula cumpri-mentando os alunos e as alunas do lado de fora da sala, pedindo que formassem uma fila indiana ao lado da porta da sala e entrassem um por um, após cumprimentá-la. Quando entraram na sala de aula, ficaram de pé ao lado de suas respectivas carteiras, aguardando a PS realizar a chamada. Logo após seus nomes serem chamados, permaneceram de pé, até que a PS entregasse o Bärchen (Ursinho), perguntando-lhes como estavam. Após o primeiro aluno ter respondido à pergunta Wie geht es dir? (Como você está?), ele se direcionou a outro aluno e repetiu a per-gunta, até que todos tinham participado da dinâmica. Apenas depois dis-so tiveram permissão para sentar-se.

A PS iniciou então o processo de correção da tabela, exercício passado na aula anterior à observada. A tabela era constituída por diver-sas divisões, em que alunos e alunas precisavam copiar os verbos escri-tos pela PS no quadro e conjugá-los até a terceira pessoa do singular. Os verbos escritos pela PS no quadro foram:

heißen, finden, trinken e machen (chamar-se, achar, beber e fazer)

Quadro 1: verbos no infinitivo.

Após todos os alunos e alunas terem escrito os verbos na tabela dada pela PS, a mesma pediu que repetissem todos os verbos em voz al-ta, o que foi feito de forma clara e organizada. A PS deu o comando em alemão para que repetissem, Wiederholen Sie, bitte! (Repitam, por fa-vor!) e em sequência explicou para que o verbo wiederholen significava repetir.

Após a correção dos exercícios, alunos e alunas perguntaram à PS se podiam fazer uma peça de teatro em alemão, já que tinham vonta-de vonta-de se apresentar para as classes menos avançadas da escola. Os alu-nos propuseram diversas ideias e a PS incentivou-os a continuar bus-cando, de forma que não perdessem o interesse na ideia. Logo após a discussão da ideia do teatro, a PS escreveu frases para que completas-sem como tarefa de casa:

1. Du trinkst Saft.Ich… ((1.Você bebe suco. Eu…) 2. Ich heiße Claudia. Du … (2. Eu me chamo Claudia. Você se chama…) 3. Ich finde MC Lan gut. Du… (3. Eu acho MC Lan bom. Você…) 4. Ich mache Sport. Du… (4. Eu

faço esporte. Du…) 5. Du spielst Fußball. Ich… (5. Você joga futebol. Eu…)

6. Ich höre Musik. Du… (6. Eu escuto música. Você…)

(30)

Após terminar de copiar a tarefa de casa do quadro, a turma ar-rumarou seus materiais escolares e se despediram da PS e de mim, pe-dindo que eu os escolhesse como turma.

Comentários

Apesar de o mesmo conteúdo ter sido trabalhado com os dois sextos anos, houve um aproveitamento visivelmente maior do tempo da aula no período da tarde, visto que a turma era menos inquieta e muito mais focada. A turma é extremamente simpática e o clima da aula foi le-ve e propício à aprendizagem, visto que os alunos e as alunas são curio-sos e fazem várias perguntas.

1.O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas?

A turma era composta por oito alunos e alunas, sendo três deles repetentes. Esse era um fator que afetava de certa forma como a turma se relacionava entre si. Para além disso, nessa sala existia uma divisão clara, até mesmo no momento da escolha dos lugares: de um lado da sa-la, sentavam-se aqueles que estavam repetindo o ano e, do outro, aqueles que estavam fazendo a matéria pela primeira vez. O fato de alguns alu-nos estarem repetindo a série pode ser um fator que influencie suas au-toestimas e, consequentemente, seu desempenho em sala de aula. Isto era o que acontecia nessa turma: um dos alunos se via com certa inferio-ridade em relação aos outros e pedia constantemente para ser deixado de fora das atividades. Então a PS adotou um comportamento de bastante suporte e apoio moral a esse aluno de uma forma tão natural que foi ado-tada também pelos outros alunos: pedindo constantemente que ele parti-cipasse das atividades e também tratando-o da mesma forma que tratava todos os outros, não permitindo de forma alguma que ele se desvalori-zasse ou ficasse fora das atividades propostas por ela. Esse era um com-portamento que se fazia necessário na sala e é um que eu gostaria de se-guir enquanto der aula. Também é um exemplo do que pode ser feito quando essas situações surgem na sala de aula e quão importante é o pa-pel do professor na construção da autoestima do aluno.

2. O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar ao professor?

À PS gostaria apenas de perguntar em qual momento e por quais razões ela tiraria o material de apoio que alunos e alunas usavam

(31)

durante as aulas. Num momento inicial, era obviamente importante que tivessem as tabelas e pudessem sempre consultar o caderno, pois isso gerava uma segurança aos alunos e às alunas e permitia que soubessem se virar na língua. No entanto, se esse hábito fosse continuado, existia a chance de que não aprendessem, já que não precisavam aprender por-que, sempre que precisassem encontrar uma informação, sabiam exata-mente em qual parte do caderno ou da tabela ela estava, criando assim uma confortabilidade em excesso que poderia em algum momento atra-palhar o processo de aprendizagem.

3. Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente?

Nessa turma uma modalidade de trabalho que poderia funcionar muito bem era o trabalho em dupla, visto que a turma era bastante unida e trabalham bem entre si, sendo amigos dentro e fora da sala de aula. Ao invés de passar tarefa de casa, eu incentivaria que trabalhassem a conju-gação de verbos na primeira e segunda pessoas uns com os outros, não trabalhando apenas com uma pessoa, mas sim priorizando a rotatividade de duplas, cada aluno direcionando uma afirmação a uma determinada pessoa.

Para complementar a atividade, eu escreveria respostas alterna-tivas no quadro e, aproveitando-me da situação, também a utilizaria para introduzir vocabulário. Por exemplo, na afirmação Ich finde MC Lan gut, eu escreveria no quadro outras opções como sertanejo, funk, rock e etc. Seria uma forma de incentivar o trabalho em duplas e também os a-lunos e alunas a se conhecerem melhor.

2.3 Observação da aula do 7 º ano matutino em 27 de abril de 2017 A aula iniciou-se de forma agradável e, da mesma maneira que com as outras turmas, a PS esperou a turma do lado de fora da sala de aula e cumprimentou um por um, até que todos tivessem entrado. A PS perguntou a todos como estavam e, depois de responder, todos retribuí-ram a pergunta. Logo no início da aula, a PS apresentou-me aos alunos como estagiária e os informou que eu estaria na turma por um dia para escolher em qual classe eu gostaria de fazer meu estágio. Ela permitiu que a turma me fizesse diversas perguntas, como quantos anos eu tinha e até se eu era casada. Respondi a todas elas em português.

Logo em seguida, a PS entregou o ursinho de pelúcia aos alunos e pediu que ao invés de perguntar uns aos outros como estavam, que perguntassem como se chamavam. Ela começou a rotina entregando o

(32)

ursinho a um aluno e dizendo: Ich heiße Rosi, und du? Wie heißt du? (Eu me chamo Rosi e você? Como você se chama?). Quando alguém demonstrava dificuldade, a PS pedia que perguntasse aos colegas como se dizia, ao invés de recorrer direto à ajuda da PS. Após essa rotina ini-cial, a PS realizou a chamada e pediu aos alunos e às alunas que se sen-tassem. Depois de sentados, a PS entregou a prova que haviam realizado na aula anterior, dando-lhes tempo para que fizessem possíveis pergun-tas sobre o resultado da prova.

A PS escreveu, então, no quadro, algumas frases retiradas da prova que ela recém devolvera para efetuar a correção junto aos alunos e às alunas daquelas frases com as quais a maioria tinha tido problemas. Ela escreveu todas as frases no quadro, sendo essas:

a) Ich möchte viel schlafen (Eu gostaria de dormir muito); b) Möchtest du

heute Fußball spielen? (Você gostaria de jogar futebol hoje?); c) Mein Bru-der möchte Gitarre spielen. (Meu irmão gostaria de tocar violão); d) Eva möchte Mathematik lernen. (Eva gostaria de aprender Matemática); e) Clau-dio möchte Musik jetzt hören. (ClauClau-dio gostaria de escutar música agora); f) Möchtest du Basket ball spielen?(Você gostaria de jogar Basketball?)

Quadro 3: frases da prova.

Quando terminou de escrever as frases no quadro, a PS expli-cou à turma como se conjugava o verbo mögen (gostar) no Konjuntiv II, um ponto que vários alunos e alunas haviam errado na prova e aprovei-tou para explicar também a posição do verbo na frase. Ela explicou que quando uma frase continha dois verbos, o primeiro tinha que estar con-jugado na segunda posição e o segundo no fim da frase no tempo e mo-do verbal correspondentes. Explicou também que quanmo-do a frase era uma pergunta e não começava com wie, was, wo (como, o que e onde, que foram as únicas que aprenderam), o primeiro verbo viria sempre na primeira posição e o segundo verbo continuaria no fim da frase no infi-nitivo. A PS também explicou aos alunos que todos os elementos da fra-se que eles quifra-sesfra-sem adicionar tinham que estar entre um verbo e o ou-tro, não podendo nada estar depois do segundo verbo.

Em seguida à correção das frases, a PS escreveu no quadro ou-tras frases e explicou à turma que essa seria a oportunidade para aqueles que tiraram nota baixa de recuperar sua nota, podendo entregar tais fra-ses até o fim da aula. A PS escreveu as seguintes frafra-ses no quadro:

(33)

gostariam de); b) Bela - was - machen – möchte – heute - ? (Bela - o que - de fazer - gostaria de – hoje?); c) machen – Sport – ich - möchte (de fazer – ex-porte – eu - gostaria de); d) telefonieren – möchte – er - ? (de telefonar - gos-taria – ele - ?)

Quadro 4: frases para reescrever referente à prova

A PS esperou que os alunos e alunas copiassem as frases e deu-lhes tempo para que as desembaralhassem, reescrevendo assim as frases de forma correta e lhe entregassem. Todos conseguiram terminar a tem-po o exercício e entregar à PS. O sinal bateu, então, e arrumaram o ma-terial e seguiram para a próxima aula.

1. O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas?

A PS deu oportunidade aos alunos para que fizessem uma ativi-dade complementar para melhorar sua nota, valorizando dessa forma o aprendizado dos alunos e das alunas e não apenas a necessidade de te-rem uma boa nota em uma prova. A PS não apenas deu a atividade complementar para a turma, mas também explicou novamente a matéria, tirando os exemplos da prova mesmo. Essa explicação foi positiva para os alunos e alunas porque muitos entenderam o conteúdo de forma mais clara depois de terem se equivocado na prova.

A PS também teve um comportamento muito positivo em rela-ção aos repetentes nessa sala, visto que tinham o hábito, muitas vezes esse sendo influenciado pelos próprios colegas, de se menosprezar e a-char que não eram bons o suficiente ou bons como os outros. Por esse motivo, não se sentiam seguros com seu próprio desempenho e muito menos para produzir frases, não conseguindo se comunicar em alemão, ou falar as pequenas rotinas da sala de aula em alemão. A PS fez um trabalho excelente no quesito construção da autoestima dos alunos e a-lunas repetentes e volto a frisar a importância da mesma quando se trata de uma língua estrangeira.

2. O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar ao professor?

Em relação a essa turma, eu gostaria de perguntar à PS como ela lidava com os conflitos que surgiam na sala de aula. Um conflito não era necessariamente uma briga ou discussão entre os alunos, mas sim os comentários desnecessários que surgiam de forma despretensiosa e mui-tas vezes até inocente entre alunos e alunas. Percebia-se claramente,

(34)

pe-lo tom que os mesmos eram ditos, que não provinham de maldade ou de más intenções, mas da mesma maneira, esses comentários tinham reper-cussões bastante negativas no comportamento e acredito eu que até no desempenho dos alunos e alunas. Gostaria de saber também o que pode-ria ser feito para amenizar tais comentários, já que nessa idade é uma opção pouco viável mostrar quais consequências podem vir de tais co-mentários, apesar de eu achar a opção mais sensata.

3. Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente?

No momento em que a PS passou os exercícios para recupera-ção da nota da prova, eu teria feito exatamente a mesma coisa em rela-ção às questões dadas. Já no momento da resolurela-ção, eu teria pedido aos alunos que levassem as atividades para casa e, além de realizar as mmas, trazendo-as prontas para a aula seguinte, pediria também que es-crevessem novamente as atividades que erraram na prova, fazendo em casa uma legenda para seus erros. Isso constitui em descrever o que raram e, com a ajuda da correção da PS, que pudessem justificar seu er-ro. Esse seria um exercício bastante positivo pois permitiria que os alu-nos e as alunas percebessem realmente o que havia de errado e refletis-sem sobre isso.

2.4 Observação da aula do 8º ano vespertino em 27 de abril de 2017 A aula observada foi a última do dia e a turma era constituída por quatro alunos e alunas apenas e, mesmo sendo pequena, ela era bem entrosada e organizada. A aula iniciou-se com a PS esperando a turma do lado de fora da sala de aula, fazendo um cumprimento especial com cada aluno e aluna antes de sua entrada na sala. Após a entrada de todos e a realização da chamada, a PS entregou o ursinho de pelúcia pergun-tando-lhes como estavam, mas dessa vez ela pediu que eu fosse incluída na dinâmica. Logo após esse momento introdutório, a PS explicou aos alunos a razão dela não ter comparecido à última aula, sendo essa a saú-de da sua filha, que estava doente. Apresentou-me então aos alunos co-mo estagiária, dizendo meu nome, minha idade e o curso em que eu es-tudava, abrindo posteriormente para perguntas. Essa turma não me fez tantas perguntas como as outras, mas foram de toda forma simpáticos e abertos com minha presença. A PS permitiu então que os alunos intera-gissem um pouco uns com os outros, até que se acalmassem e iniciou então a atividade.

(35)

A atividade que precisavam completar era continuação de uma atividade que havia sido iniciada na aula anterior: eles precisa-vam ouvir um áudio do livro Planet (KOPP; BÜTTNER, 2009)

, que era sobre preços de determinados objetos, e tinham que preencher em uma folha o preço dos objetos mencionados. Algumas alternativas já haviam sido preenchidas na aula anterior e as outras foram preenchidas nesse dia. O áudio tocou e os alunos ouviram diversos preços de objetos, como por exemplo: CD 4€ (CD 4€,), Computer 170€ (computador 170€), Buch 19,90€ (livro 19,90€), Telefon 24€ (telefone 24€) e Heft €0,90 cent (caderno 0,90 centavos de euro). Os alunos e as alunas escu-taram o áudio três vezes e só encerraram a atividade quando todos ti-nham terminado de completar as lacunas do livro com os preços dos ob-jetos mencionados no áudio.

Depois do término dessa atividade, iniciou-se o assunto horá-rios. Essa era sua primeira interação com o assunto, portanto a PS expli-cou claramente como se formavam as horas de maneira informal no a-lemão. Ela disse à turma que assim como no português, as horas infor-mais no alemão usavam o quinze minutos para alguma hora e também o conceito de meia hora. Introduziu aos alunos as preposições vor e nach, além de explicar os advérbios halb (meia hora para alguma hora, nesse contexto) e viertel (um quarto de alguma coisa). Depois de introduzir essas partículas para dizer as horas, a PS fez uma revisão dos números com a turma, de forma que revisaram todos os números de zero a trinta e, a partir daí, todas as dezenas, até o cem.

Após essa prática com os alunos e as alunas, ela seguiu a aula escrevendo horários no quadro para que soubessem como indicar as ho-ras em alemão. As hoho-ras dadas foram:

18h00 –sechs Uhr (Seis horas), 16h30 - halb fünf (quatro e meia), 3h15 - vi-ertel nach drei (três e quinze), 9h45 - vivi-ertel vor zehn (quinze pras dez), 12h00 - zwölf Uhr (doze horas), 13h20 - dreizehn Uhr zwanzig (uma hora e

vinte minutos). Quadro 5: as horas

A PS pediu ajuda à turma para resolver o exercício no quadro e todos foram extremamente cooperativos.

1. O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas?

Dessa aula gostaria de destacar o quão positivo foi o uso de ma-teriais de apoio alternativos e como isso incentivou os alunos. A

(36)

possibi-lidade de fazer uma atividade diferente é algo que inspira os alunos e lunas e é nosso dever como professores e professoras buscar sempre a-quilo que motiva os/as estudantes. O fato de ser uma língua estrangeira nos abre um leque imenso de possibilidades de atividades criativas e lú-dicas. Foi possível perceber, pela postura dos alunos e das alunas e pelo feedback dado posteriormente à PS, que realmente tinham gostado de a-tividades em que tinham que explorar em específico alguma das outras habilidades que constituem o aprendizado de LE e não apenas uma a-bordagem geral das quatro, como geralmente acontecia. Gostaria de uti-lizar vários recursos de áudio com essa turma, porque eram exercícios bem recepcionados e, quando bem explorados, podiam ser uma ferra-menta valiosa tanto para a professora quanto para a turma, que teria a possibilidade de ouvir um sotaque diferente de língua alemã e não ficar focada apenas na maneira que a PS ou a PF fala.

2. O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar ao professor?

Nessa turma me surgiu a dúvida de como a PS fazia para incluir materiais didáticos alternativos durante as aulas. Além da duração das aulas ser curta e só poder usar materiais que demandem mais tempo a-penas quando as aulas são duplas, O uso ainda ficava restrito à algumas aulas, mas era um fator muito positivo, pois tirava a turma do modelo de aula tradicional, que apesar de produtivo, devia ser destinado para algu-mas aulas também, podendo tornar-se entediante e cansativo para os a-lunos e alunas. Gostaria, então, de perguntar à PS como ela faria para incluir atividades mais lúdicas na aula, sem que fossem muito comple-xas e demorassem muito mais de uma ou duas aulas, visto que a ativida-de tem que ter começo, meio e fim e quando se prolonga ativida-demais se torna cansativa. Gostaria de saber também se usar outros métodos como trazer o celular ou notebook para a sala de aula eram aceitáveis e/ou encoraja-dos.

3. Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente?

Durante a aula e mais especificamente durante a aplicação do exercício de áudio, houve um ponto que eu teria feito a atividade de forma diferente. Eu teria pedido à turma que anotasse apenas os valores ditos pelo áudio e buscassem em objetos da sala diversos utensílios que pudessem ter o valor que ouviram no áudio. Essa seria uma forma bas-tante interativa e divertida de introduzir um vocabulário novo aos alunos e às alunas e aproveitar a interação entre os mesmos e o ambiente para

(37)

estimular a curiosidade. Finalmente, pediria que fizessem uma lista das palavras novas aprendidas na aula e apontaria para os objetos na sala e pediria que dissessem o nome em alemão.

2.5 Observação da aula do 9º ano matutino em 27 de abril de 2017 A PS iniciou a aula cumprimentando os alunos e as alunas em alemão com Guten Morgen! (Bom dia!) e entregando-lhes o ursinho de pelúcia enquanto lhes perguntava como estavam. Essa turma era com-posta por apenas quatro alunos e alunas, dos quais três estavam presen-tes. A PS seguiu a aula apresentando-me para a turma, dizendo que eu era estagiária vinda da UFSC e que escolheria uma turma de todas as observadas para estagiar. Logo em seguida, a turma tentou me conven-cer a estagiar com eles, para que pudesse acompanhá-los durante o tem-po em que permanecesse na escola.

Após as informações iniciais da aula, a PS prosseguiu com a correção da atividade dada na aula anterior. A atividade que passaram a fazer (Figura 2) consistia em vários relógios desenhados na página, sem ponteiro e uma gama de horários em números escritos ao lado dos mes-mos. O objetivo da atividade era que alunos e alunas colocassem o pon-teiro no lugar certo do relógio e posteriormente escrevessem as horas por extenso. Logo após terminar essa atividade, começou o que seria re-almente o assunto da aula: a aplicação dos verbos separáveis no contex-to de rotina da turma. Agora, além dos verbos separáveis, juncontex-tos às ati-vidades típicas de rotinas, os alunos tinham que introduzir horas às fra-ses. Os alunos tinham que formar frases como Ich packe meine Schulschen ein (Eu arrumo minhas coisas da escola), porém acrescentando a-gora as horas, como em Ich packe um 7 Uhr meine Schulsachen ein (Eu arrumo minhas coisas da escola às 7 horas). Os alunos e as alunas ti-nham diversas atividades no livro, como escovar os dentes, trocar de roupa, tomar café da manhã, levantar-se da cama, acordar e etc e tinham que formar frases de acordo com a sua rotina e seus horários. Nesse momento da aula, a PS pediu que eu ajudasse os alunos, visto que era uma atividade bastante complexa e uma das alunas havia perdido a ex-plicação das aulas anteriores referente aos verbos separáveis e também às horas. Dessa forma, tive que explicar à aluna como se indicavam as horas em alemão, quais preposições eram usadas mais normalmente para designar a hora e também como funcionavam os verbos separáveis.

(38)

Figura 3: Was gehört zusammen? Verbinde.

A PS aproveitou-se da explicação das frases com diversos ad-vérbios para explicar aos alunos como as estruturas das frases são flexí-veis e como não há a necessidade de que elas se mantenham sempre no mesmo lugar, exceto os verbos e o sujeito. A PS pegou o exemplo da frase – Ich packe um 7 Uhr meine Schulsachen ein (Eu arrumo às 7h as minhas coisas da escola) e a transformou em Um 7 Uhr packe ich meine Schulsachen ein (Às 7h eu arrumo as minhas coisas da escola) e Meine Schulsachen packe ich um 7 Uhr ein (Minhas coisas da escola eu arru-mo às 7h). Os alunos e alunas então entenderam que, o alemão permite mais flexibilidade em relação à posição dos elementos da frase.

A PS passou olhando os cadernos individualmente e vendo se os alunos tinham alguma dúvida referente ao exercício dado. Os alunos, no entanto, tiveram um ótimo desempenho e conseguiram construir di-versas frases com diversos aspectos da sua rotina, variando quais ele-mentos eles escolhiam dar foco e colocavam na primeira posição.

Comentários

Essa foi uma das turmas mais interessantes de observar a aula, pois, devido ao fato de a turma ser pequena, houve um foco maior nas dificuldades de cada um e também foi possível explorar o que cada um já tinha de conhecimento e aplicar isso nos exercícios. Achei interessan-te também poder ajudar uma aluna e fazer parinteressan-te realmeninteressan-te dos processos da sala de aula e não apenas observar. Nessa turma foi possível sentir um fato já citado na introdução deste texto que se refere aos aspectos sociais e econômicos da escola e como isso influencia diretamente no desempenho dos alunos: a aluna a quem eu ajudei justificou suas faltas à PS alegando que precisava ficar em casa para cuidar das irmãs e também

(39)

para passar roupa para o namorado, que saía cedo para trabalhar e não podia ficar sem a roupa passada. Essa infelizmente é a realidade de mui-tas meninas, não só na escola pública, e dificulta e atrasa todos os seus processos de aprendizagem.

1. O que você considerou tão bom da aula vista que futuramente aplicará em suas aulas?

Acredito que nossa maior dificuldade como docentes seja saber adaptar o conteúdo a quem é dado. Tanto que a primeira pergunta que se faz quando se vai dar uma aula é a quem essa aula será dada, porque é sobre esses padrões que os ajustes devem ser feitos. Dessa aula posso destacar a sabedoria e perspicácia da PS Rosi em dar o conteúdo de uma forma tão simples e clara que tirou toda a necessidade de uma explica-ção baseada puramente na gramática. Gostaria de futuramente aprender métodos de explicar a língua de uma maneira que, independentemente de quem seja meu público, sendo ele formado só por acadêmicos ou a-cadêmicas, ou só por adolescentes, possa entender da mesma forma e com a mesma claridade aquilo que eu explico. A explicação dos verbos separáveis do alemão sem a necessidade de explicar quais prefixos são aqueles que separam e também sem explicar que o radical do verbo + a conjugação ficam na segunda posição conjugado, gerou extremo fascí-nio da minha parte, pois apenas com a expressão “verbos canetinha” a PS alcançou seu objetivo e os alunos e alunas entenderam que esses verbo e prefixo simplesmente não devem ficar juntos. A explicação da PS foi baseada em pegar uma caneta de quadro e dizer aos alunos que quando aquele verbo é o verbo principal da frase, ele deve ser separado. Para demonstrar a separação do verbo, a PF tirava a tampa da caneta e a coloca na parte traseira, representando o fim da frase. Foi uma experiên-cia valiosa que certamente me causou reflexão sobre a maneira que eu dou aula.

2. O que não ficou claro da aula que você gostaria de perguntar ao professor?

À PS eu gostaria de perguntar quanto da aula e dos conflitos da aula ela absorve e leva para casa. Outra missão que os professores e pro-fessoras têm, em relação aos alunos e às alunas, é garantir que pelo me-nos em sua sala de aula tenham um ambiente favorável ao aprendizado. Porém é inviável que possamos controlar todos os aspectos da vida dis-cente e, em alguns casos, nem todos terão a oportunidade de se dedicar à matéria como deveriam, nem de ter uma vida que os permita estudar no momento que chegam em casa. Esses fatores são de extrema relevância

(40)

na sala de aula, pois da mesma forma que nós trabalhamos o conteúdo com todos os alunos e alunas e nos atentamos individualmente às difi-culdades deles, nenhum é uma tela branca e os níveis de facilidade e di-ficuldade pessoais variam muito. Gostaria de saber como é possível ge-rar um equilíbrio dentro da sala de aula, para que, pelo menos naquele momento, todos tenham oportunidades iguais.

3. Em quais aspectos ou situações da aula observada você teria feito algo diferente?

Talvez por ingenuidade ou muito mais provavelmente por falta de experiência, eu teria apresentado o conteúdo de uma forma diferente. Teria usado termos linguísticos e explicado à turma que o verbo se con-juga de acordo com a pessoa a quem a frase se refere e teria explicado também quais eram as prefixos separáveis, para que aprendessem a dife-renciar os verbos separáveis quando os vissem. Teria também investido muito tempo explicando que algumas posições de elementos nas frases não são fixas no alemão e que os alunos podem colocá-los em outros lu-gares da frase, sem afetar o seu sentido, mudando muitas vezes apenas o foco. Não teria sido uma aula de sucesso, penso eu agora, sendo prova-velmente desgastante para mim e para os alunos, para quem as informa-ções recém trabalhadas não teriam qualquer utilidade, porque não facili-tavam de forma alguma que eu alcançasse o objetivo que tinha me pro-posto com eles: que soubessem usar verbos separáveis. Tomei essa aula como um imenso aprendizado que me causou reflexão sobre as aulas que dou e para quem as dou.

(41)

3 TUTORIA

Realizei o estágio de tutoria na turma do sexto ano do ensino fundamental da escola Prof. Joaquim Santiago, no período referente ao primeiro semestre de 2017, sob supervisão da mesma professora Rosilei Girandello. A escolha da turma se deu por diversos fatores, sendo os mais relevantes certamente a turma em si: mostrou-se mais proativa e com maior afinidade comigo e também pela compatibilidade de horários que eu tinha disponível para realizar o estágio. Foi conversado com o professor orientador que eu faria as tutorias e posteriormente realizaria o estágio de docência na turma do sexto ano, algo que não é comum ou indicado no estágio, visto que como o estágio pode vir a ser uma experi-ência negativa tanto para o estagiário quanto para a turma, isso faria com que a turma do sexto ano, que estava tendo um primeiro contato com a língua alemã, pudesse eventualmente ter uma certa decepção e se sentisse desincentivada a continuar aprendendo a língua.

Os encontros com essa turma ocorreram todas as terças e quin-tas-feiras, sendo às terças da 13h até as 13h45 e às quintas das 13h38 até as 14h54. Nas terças-feiras, a aula tinha duração de 45 minutos, porém nas quintas-feiras a aula tinha duração de 38 minutos cada, sendo aula dupla, somando um total de 76 minutos.

As tutorias são compostas pelo relato da aula, sendo esse deta-lhado e comportando os principais acontecimentos da aula e também por uma análise baseada nos critérios abordados no livro Was ist guter Un-terricht? (MEYER, 2014) (O que é uma boa aula?), que o autor descre-ve como componentes fundamentais de uma boa aula. O livro traz dez componentes, sendo esses: a clara estruturação da aula; maior tempo de aprendizado efetivo; um clima que propicie o aprendizado na sala de au-la; clareza de conteúdo; comunicação que faça sentido para os alunos; diversidade metodológica; incentivo individual; o exercitar de uma for-ma diferente; expectativas claras em relação ao desempenho esperado dos alunos; ambiente escolar bempreparado para recebê-los.

O primeiro aspecto se refere à clara estrutura da aula. É neces-sário que a mesma siga uma determinada ordem, para que tanto discen-tes quanto docendiscen-tes possam se organizar nas etapas da aula. Que a aula tenha um começo, um meio e um fim é importante para que o processo de aprendizagem siga essa mesma linha. O segundo aspecto é maior tempo de aprendizado efetivo. O objetivo é otimizar o tempo de apren-dizado que discentes têm em sala de aula, de forma que seja o mais pro-veitoso possível. Isso implica ter atividades e explicações diversas para que alunos e alunas possam sempre ter várias opções de aprendizado. O

(42)

terceiro aspecto se refere ao clima que propicia o aprendizado na sala de aula. Esse é um dos pontos de maior importância quando se trata de uma boa aula, já que ela determina se alunos e alunas se sentem ou não con-fortáveis em cometer erros durante a aula. Quando existe um clima em que isso acontece, existe ao mesmo tempo um incentivo subentendido presente na sala de aula. Esse clima é composto principalmente pelos discentes se ajudando entre si. Docentes também têm uma função im-portante na criação desse clima, pois são eles quem dão início ao mes-mo, pedindo aos alunos e às alunas que interajam entre si. É de extrema importância que o clima seja criado e também incentivado e mantido o máximo possível. O quarto ponto consiste na clareza do conteúdo. É preciso que a turma saiba o que está sendo trabalhado para que possa vi-sualizar sua progressão dentro do conteúdo. A clareza do conteúdo pode ser passada de algumas formas, dizendo, por exemplo, como se chamava o assunto gramatical que a turma estava vendo. Essa é uma boa maneira de mostrar a alunos e alunas que de alguma forma progrediram no seu conhecimento da língua. Essa progressão lhes dá confiança para que possam continuar errando e aprendendo. O quinto ponto trata da comu-nicação que faça sentido para alunos e alunas. Esse ponto se refere prin-cipalmente à linguagem usada por docentes em sala de aula. Ela tem que ser condizente com a faixa etária e o nível de conhecimento da turma, para que o conteúdo possa de fato ser compreendido. A metalinguagem é útil em alguns casos, porém quando se trata de ensino fundamental, o mais indicado é o ensino pelo uso, pois a metalinguagem é algo que po-de nem mesmo na língua materna estar dominada ainda.

O sexto aspecto da formação de uma boa aula é de extrema im-portância para classes heterogêneas, sendo ele a diversidade metodoló-gica que deve existir na sala de aula. Isso quer dizer apenas que dentro das aulas deve existir mais de uma metodologia e mais de uma aborda-gem, porque existem várias metodologias a serem exploradas e vários tipos de alunos com diversas habilidades e modos diferentes de apren-der. Essa variedade metodológica também impede que a aula seja sem-pre de apenas uma maneira, beneficiando dessa forma apenas aqueles que aprendem com uma abordagem tradicional, por exemplo. O sétimo ponto fala bastante sobre o incentivo individual que deve acontecer em determinados momentos durante a aula. Esse aspecto é de extrema im-portância para abarcar as necessidades especiais de cada aluno e cada aluna. Os mesmos têm formas diferentes de aprender e quando a turma é pequena, torna-se viável entender e suprir de alguma forma as necessi-dades individuais que as diversas formas de aprendizagem pedem. Isso não se refere apenas a atividades distintas, planejadas para cada

(43)

estudan-te, mas sim na exploração das quatro habilidades (leitura, fala, audição e escrita) e em exercícios que favoreçam as mesmas. Essa relação também pode ser feita junto ao oitavo ponto do texto, que diz respeito à impor-tância do exercitar de forma diferente. As diversas distribuições possí-veis da turma dentro da sala de aula devem ser condizentes com o tipo de atividade que está sendo trabalhada e também com cada momento da aula. O exercitar de forma diferente é o que se refere a criar desafios pa-ra alunos e alunas papa-ra que saiam da zona de conforto que uma aula tpa-ra- tra-dicional propicia. O desafio dentro da língua estrangeira é importante porque ao mesmo tempo que força estudantes a esforçarem-se, também mantém o interesse do mesmo em relação à língua.

O próximo ponto é importante tanto para discentes quanto para docentes. Trata-se de ter expectativas claras do desempenho esperado de alunos e alunas na sala de aula. Isso significa que docentes têm que sa-ber o que a turma tm que ser capaz de desempenhar ao fim de uma ex-plicação ou de uma atividade e, principalmente, que os próprios alunos e alunas saibam também o que é esperado deles. Quando esse ponto não é claro na sala de aula, pode-se facilmente gerar uma frustração estundatil por achar que deviam estar fazendo mais do que fazem. É função do professor deixar claro as expectativas para que os alunos e as alunas também possam se organizar e saber o que precisam produzir ou enten-der.

O último aspecto é um tanto quanto mais geral em relação aos outros, já que ele trata de ter um ambiente escolar bem preparado para que alunos e alunas possam aprender. Isso significa que o meio também exerce influência sobre o processo de aprendizagem e deve ter tanto fo-co quanto todos os outros aspectos apresentados. Que a turma tenha uma boa sala de aula, com o material didático necessário para que aprendam e que a escola apresente boas condições de ensino são fatores de extre-ma importância para o bom desempenho estudantil.

É a partir desses pontos que será feita uma análise das tutorias, buscando entender quais desses aspectos ficaram evidenciados na sala de aula e quão importantes foram para que a aula tenha tido um bom de-senvolvimento.

3.1 Tutoria 1: 16 de maio de 2017

A PS iniciou a aula cumprimentando os alunos e as alunas na entrada da porta da sala de aula de alemão, dizendo que podiam entrar na sala. Ficaram em pé ao lado de suas respectivas carteiras, aguardando que a PS lhes entregasse o ursinho e perguntasse Wie geht es dir?

(44)

(Co-mo você está?). Depois de todos terem recebido e repassado o ursinho a um colega, aguardaram a chamada ser feita para poder sentar-se.

Logo no começo da aula, um aluno perguntou como se diz “eu acho” em alemão e a PS respondeu que em alemão se diz Ich denke ou Ich glaube. Depois de responder à pergunta, a PS seguiu a aula expli-cando à turma como se diz “eu me chamo” em alemão, completando em seguida com o seu exemplo: Ich heiße Rosi. Wie heißt du? (Eu me cha-mo Rosi. Cocha-mo você se chama?). Ela continuou ensinando alguns ou-tros verbos que a turma já tinha ouvido algumas vezes, como Du trinkst (você bebe), Du hörst (você escuta, ouve), Du machst (você faz) e Du spielst (você joga). À medida que a PS ia dizendo os verbos, os alunos e as alunas tinham que repetir os mesmos, em voz alta e individualmente. Quando um alguém tinha dificuldade na hora da repetição, a PS pedia aos demais que o ajudassem e lhe dissessem como se diz “jogar” em a-lemão, por exemplo.

Após esse momento introdutório da aula, a PS pediu à turma que pegassem a tabela que ela lhes havia dado aulas anteriores e acres-centassem dois verbos a essa lista: o mögen (gostar de), conjugado no futuro do pretérito e o sein (ser). Ao lado dos verbos escritos no quadro, a PS colocou também a sua tradução, para que escrevessem na sua tabe-la. A PS sempre escreveu no quadro apenas a conjugação até a terceira pessoa no singular, sendo essas:

Ich möchte, Du möchtest, er/sie/es möchte (Eu gostaria de, você gostaria de,

ele/ela gostaria de) e Ich bin, du bist, er/sie/es ist (Eu sou, você é, ele/ela é) Quadro 6: verbos com conjugação até a terceira pessoa do singular

Após passar os verbos, a PS pediu que repetissem os verbos e suas conjugações em voz alta e em uníssono.

Para concluir a aula, a PS passou uma atividade no quadro para que os alunos e as alunas pudessem exercitar o conteúdo aprendido. A atividade era composta por duas frases e algumas das possíveis respos-tas para as mesmas. As frases eram:

Wie alt bist Du? (Quantos anos você tem?) Ich bin __ Jahre alt. (Eu tenho __ anos) Bist du 13 Jahre alt? (Você tem 13 anos?) Nein, ich bin 11 Jahre alt. (Não, eu tenho 11 anos) Ja, ich bin 13 Jahre alt. (Sim, eu tenho 13 anos.)

(45)

Os alunos e as alunas copiaram as perguntas e as responderam no seu caderno posteriormente. A PS passou nas carteiras intercalando as duas perguntas que estavam no quadro e pedindo que a respondes-sem. Após terem respondido a todas as perguntas, a PS liberou a turma para que guardassem o material e seguissem para a próxima aula.

3.2 Tutoria 2: 18 de maio de 2017

A aula iniciou com a PS esperando novamente a turma fora da sala de aula, pedindo que se organizassem em fila indiana e esperassem que a PS cumprimentasse cada um na porta da sala. Ao entrar, a PS me pediu que eu começasse a participar das rotinas da sala de aula a partir daquele momento, para que eu me integrasse mais à turma. A PS infor-mou aos alunos e às alunas então que naquela aula haveria um pequeno teste e que deviam escrever o cabeçalho no caderno e completar as ques-tões com os verbos conjugados. As frases eram:

a)Ich ____ Luan Santana toll (finden) [Eu ___ Luan Santana legal (acho)],

b) Ich ___ Gabriela (sein) [Eu ___ Gabriela (ser)], c) Ich ___ Eis (möchten) [ Eu ___ sorvete (gostaria de)], d) Ich ___ gern Kaffee (trinken) [Eu gosto de ____ café (beber)], e) Ich ____ dreizehn Jahre alt (sein) [Eu ____ treze anos (tenho)]

Quadro 8: conjugar os verbos completando as frases

Inicialmente, as frases dadas foram essas, a PS esperou que a turma terminasse de copiar todas as frases para explicar então o que sig-nificava o gern. A PS explicou que gern é um advérbio e que é colocado na frase para dizer que se gosta de fazer algo, dando assim o exemplo de Ich trinke Cola gern (Eu gosto de tomar Coca-Cola).

Após essa etapa inicial da aula, a PS passou ao segundo exercí-cio que os alunos e as alunas tinham que resolver naquela aula, que con-sistia em algumas frases sem os verbos e os alunos teriam que completá-las usando a tabela de verbos que construíram junto à PS. As frases pas-sadas no quadro foram:

a) ______ du Orange? (você_____ de laranja?) b) _______ du Sport super? (Você ____ esporte legal?) c) _____ du gern Milch? (Você gosta de _____ leite?),

d) _____du Paula? (Você ____ Paula?)

Referências

Documentos relacionados

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

devidamente assinadas, não sendo aceito, em hipótese alguma, inscrições após o Congresso Técnico; b) os atestados médicos dos alunos participantes; c) uma lista geral

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

minimizar os impactos sobre a segurança e saúde do trabalhador, nas atividades em terrenos acidentados.. a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente comprovadas

Art. 6º – A jornada de trabalho de 40 horas semanais e oito horas diárias deverá ser cumprida no intervalo das 6h às 23h, sendo seu início e seu término estabelecidos