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Os mitos da Ciência e da Tecnologia (1)

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Academic year: 2021

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(1)

...Os mitos da Ciência e da

Tecnologia...

(2)

• Conforme Amílcar Herrera (2000), uma das

maneiras mais efetivas de terminar com uma

discussão consiste em dizer que algo está

cientificamente provado. Segundo ele, isso

deixa o adversário desarmado. Destaca que,

em épocas passadas, obtinha-se o mesmo

resultado com a afirmativa de que estava

respaldado na bíblia.

(3)

Tecnocracia...

• Forma de governo que tem as suas raízes na ciência.

• É de fato, mais uma tecnologia do que uma ideia política.

• Foi desenvolvida por cientistas, por coordenadores, e por outros especialistas que procuram compreender o papel da tecnologia na nossa sociedade.

• Com o avanço da tecnologia científica não é mais preciso suor nem esforço por parte dos homens: as máquinas fazem tudo em seu lugar. Transformamos os nossos métodos de produção de um modelo agrário num tecnológico, assim devemos também mudar o nosso método de distribuição de um modelo agrário para um tecnológico. • A tecnocracia permitiu um melhor desenvolvimento social, elevando a 

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Se for assim...seremos assim?

(6)

Cientificismo

• Doutrina filosófica que considera definitivos os

conhecimentos científicos.

• Filosofia que nega a importância dos

problemas que estão fora do alcance da

investigação científica.

(7)

• Para Luján et al. (1996), o cientificismo, sustentáculo da tecnocracia, é lastreado na crença da possibilidade de neutralizar/eliminar o sujeito do processo científico-tecnológico.

• O expert (especialista/técnico) poderia solucionar os problemas sociais de um modo eficiente e ideologicamente neutro.

• Para cada problema existe uma solução ótima. Portanto, deve-se eliminar os conflitos ideológicos ou de interesse.

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• O cientificismo, na compreensão de Chassot

(1994), pode ser sintetizado por dois

"axiomas", quais sejam: a superioridade teórica

e prática da ciência para qualquer situação.

Sob o ponto de vista teórico, seria um

conhecimento superior a todos os demais.

No campo prático, seria a melhor forma de

conhecimento para resolver problemas

(11)

• No entender de Pacey (1990), a perspectiva tecnocrática refere-se a uma visão de mundo que praticamente não deixa espaço para a democracia nas decisões que afetam a

tecnologia, considerando que essa está presa a uma visão de progresso, de resolução de problemas que exclui

ambiguidades. A intolerância frente a ambiguidades inviabiliza o debate sobre o futuro: só há uma forma de avançar e o

especialista, melhor do que ninguém, pode comandar o processo. A participação pública na escolha entre

enfrentamentos possíveis a uma determinada situação,

introduz, segundo a perspectiva tecnocrática, um elemento de incerteza, inaceitável nessa visão.

(12)

• A tendência da tecnocracia é transferir a

‘especialistas’, técnicos ou cientistas, problemas

que são de todos os cidadãos. (...) Escolhas

políticas são transformadas em questões a

serem decididas por comitês de especialistas.

Não digo que os tecnocratas sejam maus, nem

que tomem sempre decisões erradas. Digo que

é mau o sistema que lhes dá esse poder”

(13)

Por que inventaram isso? Para o bem da

sociedade?

(14)

Neutralidade da ciência e da tecnologia.

• A ciência e a tecnologia estão longe de ser politicamente neutras e as novas descobertas não correspondem necessariamente a progressos para a sociedade.

• Segundo o professor Fernando Tula Molina, da Universidade de Quilmes, na Argentina. Para ele, embora façam parte do senso comum, as noções de neutralidade científica e determinismo tecnológico representam obstáculo para uma ciência democrática, capaz de melhorar a sociedade.

(15)

Cena do filme Splice a nova espécie” o desejo de um cientista cria um monstro”

(16)
(17)

Se existe uma solução?

•Por que nem

todos tem acesso?

•Por quê?

(18)

SALVACIONISTA

• Na concepção tradicional/linear de progresso

CT, em algum momento do presente ou do futuro,

resolverão os problemas hoje existentes,

conduzindo a humanidade ao bem-estar social.

Duas ideias estão associadas a isso:

CT necessariamente conduzem ao progresso e

Ciência e Tecnologia são sempre criadas para

solucionar problemas da humanidade, de modo a

tornar a vida mais fácil.

(19)

• Contudo, o desenvolvimento científico-tecnológico não pode ser considerado um processo neutro que deixa intactas as estruturas sociais sobre as quais

atua.

• Nem a Ciência e nem a Tecnologia são alavancas para a mudança que afetam sempre, no melhor sentido, aquilo que transformam. O progresso científico e tecnológico não coincide

necessariamente com o progresso social e moral (Sachs, 1996).

(20)

• Imagem de Jogos Vorazes, “uns tem tudo o que a ciência e a tecnologia podem oferecer, outros tem que caçar para sobreviver”

(21)

• Gana (1995) destaca que a situação social e

econômica dos países latino-americanos não é

produto da acaso. Obedece a uma série de

fatores (econômicos, históricos, culturais,

políticos, entre outros), internos ao país e externos

em suas relações com o resto do mundo.

• Argumenta que, em nenhum caso, esta situação

será eliminada ou atenuada exclusivamente

(22)

• Por exemplo, para reduzir/acabar com a

carência alimentar, com a fome, efetivamente, é

necessário produzir alimentos em quantidade

suficiente. Nesse aspecto, a CT podem

contribuir significativamente, aproveitando,

inclusive, os avanços da biologia molecular.

• Contudo, a CT não possuem nenhum

mecanismo intrínseco que garanta a

distribuição dos alimentos produzidos

(23)

• "Chegamos a pensar, em muitas situações,

que a única solução para os problemas está

na ciência. Esquecemos - ou nos fazem

esquecer - que nem todos os problemas são

de caráter científico-tecnológico. Em suma,

precisamos trabalhar o fato de que mais

ciência, mais técnica, não significa,

necessariamente, vida melhor para todos"

(Ayarzagüena et al. apud Bazzo, 1998:168).

(24)

DETERMINISMO TECNOLÓGICO

• Segundo Gómez (1997), há duas teses

definidoras do determinismo tecnológico:

• a) a mudança tecnológica é a causa da mudança

social, considerando-se que a tecnologia define

os limites do que uma sociedade pode fazer.

Assim, a inovação tecnológica aparece como o

fator principal da mudança social;

• b) A tecnologia é autônoma e independente

das influências sociais.

(25)

• Imagem do filme Eu robô...onde robôs foram

criados para suprir a carência dos seres

(26)

• Determinismo Tecnológico é atualmente a teoria mais popular sobre a relação entre tecnologia e sociedade. Ela tenta explicar fenômenos sociais e históricos de acordo com um fator principal, que no caso é a tecnologia. O conceito de “determinismo tecnológico” foi criado pelo sociólogo

americano Thorstein Veblen (1857-1929) e cultivado e aperfeiçoado por Robert Ezra Park, da Universidade de Chicago. Em 1940, Park declarou que os dispositivos

tecnológicos estavam modificando a estrutura e as funções da sociedade, noção que serviu de ponto de partida para uma corrente teórica em todos os aspectos inovadora.

(27)

• De acordo com os deterministas tecnológicos, (como Marshall McLuhan, Harold Innis, Neil Postman, Jacques Ellul, Sigfried Giedion, Leslie White, Lynn White Jr. E Alvin Toffler), as

tecnologias (particularmente as da comunicação ou mídias) sãoconsideradas como a causa principal das mudanças na sociedade, “e são vistas como a condição fundamental de

sustentação do padrão da organização social. Os deterministas tecnológicos interpretam a tecnologia como a base da sociedade no passado, presente e até mesmo no futuro. Novas tecnologias transformam a sociedade em todos os níveis, inclusive

institucional, social e individualmente. Os fatores humanos e sociais são vistos como secundários” (Chandler, Daniel, 2000).

(28)

A Síndrome de Frankenstein

• O homem cria uma máquina para um

propósito particular e limitado. Mas assim que

a máquina é construída, nós descobrimos,

sempre para nossa surpresa – que ela tem

ideias próprias; que ela é capaz não só de

mudar nossos hábitos mas... de mudar nossos

hábitos mentais” (Postman, Neil, 1983).

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