Geometria Analítica
Cleide Martins
DMat - UFPE - 2019.1
externo ou vetorial.
Considere uma sequência (→u ,→v ,→w)LI. Sabemos que esses vetores determinam um paralelepípedo. Como podemos calcular seu volume?
→ u → v → w
paralelepípedo. Como podemos calcular seu volume? → u → v → w O volume de um paralelepípedo é o
produto da área da base pela altura. Podemos considerar que o paralelogramo denido por →u e →v é a base. Sua área é, como vimos na aula anterior, k→u ∧→vk.
Considere uma sequência (→u ,→v ,→w)LI. Sabemos que esses vetores determinam um paralelepípedo. Como podemos calcular seu volume?
→ u → v → w h O volume de um paralelepípedo é o produto da área da base pela altura. Podemos considerar que o paralelogramo denido por →u e →v é a base. Sua área é, como vimos na aula anterior, k→u ∧→vk. A altura é a distância da extremidade de→w ao plano da base. A altura é perpendicular ao plano da base.
paralelepípedo. Como podemos calcular seu volume? → u ∧→v → u → v → w h O volume de um paralelepípedo é o produto da área da base pela altura. Podemos considerar que o paralelogramo denido por →u e →v é a base. Sua área é, como vimos na aula anterior, k→u ∧→vk. A altura é a distância da extremidade de→w ao plano da base. A altura é perpendicular ao plano da base. Logo, a altura é paralela a→u ∧→v.
Considere uma sequência (→u ,→v ,→w)LI. Sabemos que esses vetores determinam um paralelepípedo. Como podemos calcular seu volume?
→ u ∧→v → u → v → w h Proj→→w u ∧→v O volume de um paralelepípedo é o produto da área da base pela altura. Podemos considerar que o paralelogramo denido por →u e →v é a base. Sua área é, como vimos na aula anterior, k→u ∧→vk. A altura é a distância da extremidade de→w ao plano da base. A altura é perpendicular ao plano da base. Logo, a altura é paralela a→u ∧→v. A altura é o
comprimento da projeção ortogonal de →w sobre→u ∧→v
da projeção ortogonal de →wsobre →u ∧→v. h =k Proj→w→
u ∧→v k=
|→w .→u ∧→v | k→u ∧→vk Portanto, o volume do paralelepípedo é
V =k→u ∧→vk .| → w .→u ∧→v | k→u ∧→vk =| → w .→u ∧→v |
O Produto Misto
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
[→u ,→v ,→w] =→u ∧→v .→w = →w .→u ∧→v
Se temos as coordenadas desses vetores em uma base ortonormal positiva β = (~i,~j, ~k), ou seja, →u = (a1, b1, c1),→v = (a2, b2, c2) e →w= (a3, b3, c3)
O Produto Misto
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
[→u ,→v ,→w] =→u ∧→v .→w = →w .→u ∧→v
Se temos as coordenadas desses vetores em uma base ortonormal positiva β = (~i,~j, ~k), ou seja, →u = (a1, b1, c1),→v = (a2, b2, c2) e →w= (a3, b3, c3), então → u ∧→v = ~i ~j ~k a1 b1 c1 a2 b2 c2 = b1 c1 b2 c2 ~i − a1 c1 a2 c2 ~j + a1 b1 a2 b2 ~ k
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
[→u ,→v ,→w] =→u ∧→v .→w = →w .→u ∧→v
Se temos as coordenadas desses vetores em uma base ortonormal positiva β = (~i,~j, ~k), ou seja, →u = (a1, b1, c1), → v = (a2, b2, c2) e → w= (a3, b3, c3), então → u ∧→v = ~i ~j ~k a1 b1 c1 a2 b2 c2 = b1 c1 b2 c2 ~i − a1 c1 a2 c2 ~j + a1 b1 a2 b2 ~ k → u ∧→v = (b1c2− c1b2)~i− (a1c2− c1a2)~j + (a1b2− a2b1)~k
O Produto Misto
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
[→u ,→v ,→w] =→u ∧→v .→w = →w .→u ∧→v
Se temos as coordenadas desses vetores em uma base ortonormal positiva β = (~i,~j, ~k), ou seja, →u = (a1, b1, c1), → v = (a2, b2, c2) e → w= (a3, b3, c3), então → u ∧→v = ~i ~j ~k a1 b1 c1 a2 b2 c2 = b1 c1 b2 c2 ~i − a1 c1 a2 c2 ~j + a1 b1 a2 b2 ~ k → u ∧→v = (b1c2− c1b2)~i− (a1c2− c1a2)~j + (a1b2− a2b1)~k → u ∧→v .→w= (b1c2− c1b2, c1a2− a1c2, a1b2− a2b1).(a3, b3, c3)
Denimos o produto misto dos vetores →u ,→v e →wpor
[→u ,→v ,→w] =→u ∧→v .→w = →w .→u ∧→v
Se temos as coordenadas desses vetores em uma base ortonormal positiva β = (~i,~j, ~k), ou seja, →u = (a1, b1, c1), → v = (a2, b2, c2) e → w= (a3, b3, c3), então → u ∧→v = ~i ~j ~k a1 b1 c1 a2 b2 c2 = b1 c1 b2 c2 ~i − a1 c1 a2 c2 ~j + a1 b1 a2 b2 ~ k → u ∧→v = (b1c2− c1b2)~i− (a1c2− c1a2)~j + (a1b2− a2b1)~k → u ∧→v .→w= (b1c2− c1b2, c1a2− a1c2, a1b2− a2b1).(a3, b3, c3) → u ∧→v .→w= (b1c2− c1b2)a3− (a1c2− c1a2)b3+ (a1b2− a2b1)c3
O Produto Misto em coordenadas
Se, em alguma base ortonormal positiva→u = (a1, b1, c1),→v = (a2, b2, c2)e →w= (a3, b3, c3) então
[→u ,→v ,→w] = a3 b3 c3 a1 b1 c1 a2 b2 c2
Se, em alguma base ortonormal positiva→u = (a1, b1, c1),→v = (a2, b2, c2)e →w= (a3, b3, c3) então [→u ,→v ,→w] = a3 b3 c3 a1 b1 c1 a2 b2 c2
Podemos associar as linhas dessa matriz com a ordem em que os vetores aparecem no produto misto. Trocando a primeira linha com a terceira:
[→u ,→v ,→w] =− a2 b2 c2 a1 b1 c1 a3 b3 c3
O Produto Misto em coordenadas
Se, em alguma base ortonormal positiva→u = (a1, b1, c1),→v = (a2, b2, c2)e →w= (a3, b3, c3) então
[→u ,→v ,→w] = a3 b3 c3 a1 b1 c1 a2 b2 c2
Podemos associar as linhas dessa matriz com a ordem em que os vetores aparecem no produto misto. Trocando a primeira linha com a terceira:
[→u ,→v ,→w] =− a2 b2 c2 a1 b1 c1 a3 b3 c3 Trocando novamente, agora a primeira com a segunda:
[→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3 =→u ∧→v .→w
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto → u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto:
[→u ,→v ,→w] = [→w,→u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] [→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ]
[au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w]
[→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [→w,→u ,→v ] = [→v ,→w,→u ]
[au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w]
[→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w
[→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ]
[au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w]
[→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w
[→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ]
[→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w
[→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ]
[au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w]
[→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w
[→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ]
[au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w]
Propriedades do Produto Misto
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto
→ u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w [→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ] [au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w] [→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w] [→u ,→v , aw→1 +bw→2] = a[ → u ,→v ,w→1] + b[ → u ,→v ,→w2]
Usaremos sempre esse último determinante para calcular o produto misto → u ∧→v .→w= [→u ,→v ,→w] = a1 b1 c1 a2 b2 c2 a3 b3 c3
Usando as propriedades do determinante, temos as seguintes propriedades do produto misto: [→u ,→v ,→w] = [w,→ →u ,→v ] = [→v ,→w,→u ] ou →u ∧→v .→w =→u .→v ∧→w [→v ,→u ,→w] = [→u ,→w,→v ] = [→w,→v ,→u ] [au→1+bu→2,→v ,→w] = a[u→1,→v ,→w] + b[u→2,→v ,→w] [→u , av→1 +bv→2,→w] = a[→u ,v→1,→w] + b[→u ,v→2,→w] [→u ,→v , aw→1 +bw→2] = a[ → u ,→v ,w→1] + b[ → u ,→v ,→w2]
Outra aplicação do produto misto
Concluímos, então que dados 3 vetores→u ,→v e →w com coordenadas em uma base ortonormal
→ u = (u1, u2, u3),→v = (v1, v2, v3) e→w= (w1, w2, w3). Se D é o determinante da matriz D = u1 u2 u3 v1 v2 v3 w1 w2 w3
então D = 0 ⇒ (→u ,→v ,→w)é LD e D 6= 0 ⇒ (→u ,→v ,→w)é LI e o volume do paralelepípedo denido por esses vetores é o valor absoluto de D.
Agora, três vetores LI também determinam um tetraedro. Como calcular o volume desse tetraedro?
Volume do tetraedro
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
→ u → v → w
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
→ u → v → w
Volume do tetraedro
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
→ u → v → w
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
Volume do tetraedro
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
Volume do tetraedro
Considere o tetraedro denido por três vetores LI. Compare o tetraedro denido por esses três vetores com o paralelepípedo denido por esses mesmos vetores
No paralelepípedo cabem 6 tetraedros com mesmo volume. Portanto, o volume do tetraedro é 1
Denição
Dado um ponto A e um vetor→v, a soma A+→v é o ponto B tal que
→
AB=→v Em outras palavras
Soma de ponto com vetor
DeniçãoDado um ponto A e um vetor→v, a soma A+→v é o ponto B tal que
→ AB=→v Em outras palavras A+→v = B ⇐⇒AB=→ →v → v b A
Denição
Dado um ponto A e um vetor→v, a soma A+→v é o ponto B tal que
→ AB=→v Em outras palavras A+→v = B ⇐⇒AB=→ →v → v b A → v
Soma de ponto com vetor
DeniçãoDado um ponto A e um vetor→v, a soma A+→v é o ponto B tal que
→ AB=→v Em outras palavras A+→v = B ⇐⇒AB=→ →v → v b A b B → v
Em alguma base ortonormal são dados os vetores→u = (1, 1, 3),→v = (3,−1, 1) e →w= (2, 2, 1) 1 Calcule o volume do paralelepípedo denido por→u ,→v e →w
2 Calcule o volume do tetraedro denido por →u ,→v e →w
3 Calcule o volume do tetraedro denido por →v −→u ,→v −→u +→w e →w−→u
4 Em uma mesma gura, represente geometricamente o paralelepípedo e os dois tetraedros cujos volumes foram calculados