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Antena para redução de interferências em telecomunicações

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Academic year: 2021

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Universidade de Aveiro Departamento deEletr´onica, Telecomunica¸c˜oes e Inform´atica 2018

Pedro Alberto

Jardim Mostardinha

Antena para Redu¸

ao de Interferˆ

encias em

Telecomunica¸

oes

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Universidade de Aveiro Departamento deEletr´onica, Telecomunica¸c˜oes e Inform´atica 2018

Pedro Alberto

Jardim Mostardinha

Antena para Redu¸

ao de Interferˆ

encias em

Telecomunica¸

oes

Disserta¸c˜ao apresentada `a Universidade de Aveiro para cumprimento dos re-quisitos necess´arios `a obten¸c˜ao do grau de Mestre em Engenharia Eletr´onica e Telecomunica¸c˜oes, realizada sob a orienta¸c˜ao cient´ıfica do Professor Dou-tor Ant´onio Jos´e Nunes Navarro Rodrigues, Professor Auxiliar do Departa-mento de Eletr´onica, Telecomunica¸c˜oes e Inform´atica da Universidade de Aveiro, sob co-orienta¸c˜ao cient´ıfica do Professor Doutor Jo˜ao Nuno Pimen-tel da Silva Matos, Professor Associado do Departamento de Eletr´onica, Telecomunica¸c˜oes e Inform´atica da Universidade de Aveiro. A realiza¸c˜ao da disserta¸c˜ao teve importante colabora¸c˜ao do Doutor Tiago Miguel Valente Varum, Investigador no Instituto de Telecomunica¸c˜oes.

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o j´uri / the jury

Presidente / President Professora Doutora Susana de Jesus Mota

Professora Auxiliar, Universidade de Aveiro

Vogais / Examiners comittee Professor Doutor Jo˜ao Nuno Pimentel da Silva Matos

Professor Associado, Universidade de Aveiro (coorientador)

Professor Doutor Cust´odio Jos´e de Oliveira Peixeiro

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”Wireless is the largest information, communication, and technology platform in history.” — Peggy Johnson (Microsoft’s Executive Vice President of Business Development)

”Just because something doesn’t do what you planned it to do doesn’t mean it’s useless.” — Thomas Edison

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agradecimentos Em primeiro lugar quero deixar um especial agradecimento `a minha fam´ılia, mais propriamente aos meus pais, irm˜a e cunhado pelo apoio prestado, paciˆencia e disponibilidade ao longo deste percurso acad´emico, sem esta entreajuda e coopera¸c˜ao deles n˜ao teria conclu´ıdo esta fase da minha vida. Aos meus amigos que estiveram comigo e me foram acompanhando ao longo deste trajeto, pelo tempo despendido e todo o apoio fornecido.

A todos os professores, pelo ensino e aprendizagem.

Aos meus orientadores, pela orienta¸c˜ao prestada nesta minha primeira abosdagem `a investiga¸c˜ao acad´emica e todo o tempo por eles fornecido, ajudando-me sempre que necess´ario.

Ao Instituto de Telecomunica¸c˜oes da Universidade de Aveiro e a toda a equipa t´ecnica, que se mostrou sempre dispon´ıvel para me ajudar. E a todos os que de alguma forma me ajudaram neste percurso e agora para a sua conclus˜ao, o meu grande agradecimento.

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palavras-Chave Antenas microstrip, Agregado de antenas, Aumento largura de banda

resumo Pelas suas caracter´ısticas, a utiliza¸c˜ao de antenas microstrip tem aumentado significativamente, nomeadamente, em sistemas de comunica¸c˜oes sem fios. A sua simplicidade aliada ao baixo custo permitem desenvolver antenas simples ou agregados com elevada qualidade e eficiˆencia.

Outro ponto de interesse, ´e a sua adaptabilidade ao desenvolvimento de smart antennas cujo diagrama de radia¸c˜ao possa ser controlado eletroni-camente, com m´aximos e m´ınimos de ganhos em dire¸c˜oes espec´ıficas. No caso duma antena recetora, permite captar o m´aximo de sinal na dire¸c˜ao da fonte emissora e reduzir sinais interferentes vindo de outros ˆangulos. No ˆambito desta Disserta¸c˜ao, desenvolveu-se uma antena que pretende ser um elemento b´asico de uma smart antenna, destinada `a rece¸c˜ao de sinal TDT (Televis˜ao Digital Terrestre).

Este elemento b´asico ´e um agregado linear de trˆes patches, alimentados em s´erie, suportados no substrato corrente FR4 que por quest˜oes de eficiˆencia e largura de banda est´a suspenso em rela¸c˜ao ao plano de massa, configurando o diel´etrico como misto (FR4+ar).

Uma vantagem da antena projetada est´a na sua sintonia para a frequˆencia de rece¸c˜ao, rejeitando canais adjacentes e evitando a satura¸c˜ao dos ampli-ficadores.

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keywords Microstrip antennas, Antenna array, Increase of the bandwidth

abstract Due to its characteristics, the use of microstrip antennas has increased significantly, particularly, in wireless communication systems. Its simplicity combined with the low cost allows to develop simple antennas or arrays with high quality and efficiency.

Another point of great interest is its adaptability to the development of smart antennas whose radiation pattern can be controlled electronically, with maximums and minimums of gains in specific directions. In the case of a receiving antenna, it is possible to capture the maximum signal in the direction of the source and reduce interfering signals from other angles. In the scope of this Dissertation, an antenna was developed that intends to be a basic element of a smart antenna, designed to the reception of signal DTT (Digital Terrestrial Television).

This basic element is a linear array of three serially fed patches supported on the common FR4 substrate which, due to efficiency and bandwidth, is suspended in relation to the ground plane, by setting the dielectric as mixed (FR4 + air).

An advantage of the proposed antenna is its bandwidth centered at the reception frequency, rejecting adjacent signals and thus avoiding amplifiers saturation.

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Conte´

udo

Conte´udo i

Lista de Figuras iii

Lista de Tabelas vii

Acr´onimos ix

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Enquadramento, Motiva¸c˜ao e Objetivos . . . 1

1.2 Estrutura da Disserta¸c˜ao . . . 2

1.3 Considera¸c˜oes e Contribui¸c˜oes Gerais . . . 2

2 Antenas 3 2.1 Introdu¸c˜ao . . . 3

2.2 Parˆametros Fundamentais das Antenas . . . 4

2.2.1 Diagrama de Radia¸c˜ao . . . 4

2.2.2 Directividade . . . 6

2.2.3 Ganho . . . 6

2.2.4 Eficiˆencia . . . 7

2.2.5 Impedˆancia de entrada e Resistˆencia de Radia¸c˜ao . . . 7

2.2.6 Coeficiente de Reflex˜ao, Return Loss e VSWR . . . 8

2.2.7 Area efetiva . . . .´ 8

2.2.8 Largura de banda . . . 9

2.2.9 Polariza¸c˜ao . . . 9

2.3 Antenas patch microstrip . . . 10

2.3.1 Introdu¸c˜ao . . . 10

2.3.2 Substrato . . . 11

2.3.3 M´etodos de Alimenta¸c˜ao . . . 12

Alimenta¸c˜ao por fenda . . . 12

Alimenta¸c˜ao por cabo coaxial . . . 13

Alimenta¸c˜ao por linha de transmiss˜ao . . . 13

2.3.4 M´etodos de An´alise . . . 14

M´etodo da linha de transmiss˜ao . . . 15

2.4 Agregados de Antenas . . . 18

2.4.1 Agregado Linear e Uniforme . . . 18

(16)

C´alculo dos M´aximos do Agregado . . . 22

Agregado Transversal . . . 22

Agregado Longitudinal . . . 23

N´ıvel do primeiro lobo secund´ario . . . 24

Largura de feixe a meia potˆencia . . . 24

Largura de feixe entre os primeiros nulos . . . 25

Directividade . . . 26

2.4.2 Agregado Planar e Uniforme . . . 26

3 Desenvolvimento da Antena 29 3.1 Parˆametros Iniciais . . . 29

Frequˆencia de Opera¸c˜ao / Largura de Banda . . . 29

Substrato . . . 30

Adapta¸c˜ao de Impedˆancia / Diagrama de Radia¸c˜ao . . . 30

Polariza¸c˜ao . . . 30

3.2 C´alculo da constante diel´etrica efetiva (ref f) e tangente de perdas (tan δ) para o FR-4 . . . 30

3.2.1 Procedimento Pr´atico . . . 32

3.3 Projeto de uma patch simples . . . 35

3.4 Projeto de um agregado de antenas . . . 38

3.5 Aumento da Largura de banda . . . 41

3.5.1 M´etodo Te´orico para c´alculo da constante diel´etrica equivalente (eq) . 42 3.5.2 M´etodo Pr´atico para c´alculo da constante diel´etrica equivalente (eq) . 43 3.6 Projeto de um agregado linear de antenas com o substrato suspenso . . . 46

3.6.1 Projeto/Design e Simula¸c˜ao . . . 46

3.6.2 Constru¸c˜ao/Implementa¸c˜ao e Resultados Pr´aticos . . . 49

3.6.3 Ajuste para a Frequˆencia de Opera¸c˜ao (754MHz) . . . 51

3.6.4 Discuss˜ao dos Resultados . . . 56

4 Conclus˜oes e Trabalho Futuro 59 4.1 Conclus˜oes . . . 59

4.2 Trabalho Futuro . . . 60

A C´odigo MATLAB 61 A.1 C´alculo parˆametros patch simples . . . 61

A.2 Representa¸c˜ao do Fator de Agregado . . . 62

A.3 Diagramas de radia¸c˜ao . . . 63

Referˆencias 65

(17)

Lista de Figuras

1.1 Recep¸c˜ao de Multi-interferˆencias. . . 1

2.1 Opera¸c˜ao simplificada de transmiss˜ao e rece¸c˜ao com antenas. . . 3

2.2 Tipos de Antenas. . . 4

2.3 Principais diagramas de radia¸c˜ao. . . 5

2.4 Sistema de Coordenadas para Medi¸c˜ao de uma Antena. . . 5

2.5 Diagrama Radia¸c˜ao. . . 5

2.6 Distribui¸c˜ao de potˆencias numa antena. . . 7

2.7 Area efetiva. . . .´ 9

2.8 Polariza¸c˜ao Linear (esquerda); Circular (centro); El´ıptica (direita). . . 10

2.9 Polariza¸c˜ao circular direta (esquerda);Polariza¸c˜ao Circular retr´ograda (direita). 10 2.10 Antena microstrip. . . 11

2.11 Antena microstrip com alimenta¸c˜ao por fenda. . . 13

2.12 Antena microstrip alimentada por conector SMA. . . 13

2.13 Antena microstrip com alimenta¸c˜ao por Linha de Transmiss˜ao simples. . . 14

2.14 Alimenta¸c˜ao por Linha de Transmiss˜ao: a) com transformador lambda/4. b) com reentrˆancia. . . 14

2.15 Antena microstrip retangular - fendas radiantes. . . 15

2.16 Linhas de campo numa antena microstrip. . . 15

2.17 Geometria original de uma antena microstrip vs Geometria homog´enea, com r substitu´ıdo por ref f. . . 16

2.18 Comprimento f´ısico e efetivo de uma antena microstrip. . . 17

2.19 Transformador λ/4. . . 17

2.20 Agregado Linear e Uniforme de N elementos separados por d e com uma dife-ren¸ca de fase α. . . 19

2.21 Fator de agregado para v´arios valore de N. . . 21

2.22 Exemplo de um agregado transversal com 6 elementos isotr´opicos orientados ao longo do eixo Oz e espa¸cados de λ /4. . . 23

2.23 Exemplo de um agregado longitudinal com 6 elementos isotr´opicos orientados ao longo do eixo Oz e espa¸cados de λ /4. . . 24

2.24 Agregado Planar e Uniforme. . . 26

2.25 Interpreta¸c˜ao de um Agregado Planar. . . 27

3.1 Linhas de campo eletromagn´etico. . . 31

3.2 Linhas microstrip: a) de 10 cm de comprimento (λ4). b) 20 cm de comprimento (λ2). . . 33

(18)

3.3 Medi¸c˜ao da fase S21 para linha de: a) 10 cm. b) 20 cm. . . 33

3.4 Alimenta¸c˜ao da antena por linha de transmiss˜ao. . . 36

3.5 C´alculo dos parˆametros: a) WT e LT. b) W50 e L50. . . 36

3.6 Representa¸c˜ao gr´afica de |S11|dB da patch simples otimizada. . . 37

3.7 Representa¸c˜ao polar do diagrama de radia¸c˜ao da antena single patch otimizada: a) No plano E (φ = 0◦). b) No plano H (φ = 90◦). . . 38

3.8 Representa¸c˜ao 3D do diagrama de radia¸c˜ao da antena single patch otimizada. 38 3.9 Alimenta¸c˜ao s´erie de um array de elementos (representado em [2], Figura 2, ©, 2008 IEEE.). . . 39

3.10 Agregado linear horizontal de 3 elementos. . . 39

3.11 Diagrama de Radia¸c˜ao 3D para agregado de 3 elementos. . . 40

3.12 Agregado Planar 3x3. . . 40

3.13 |S11| para o agregado linear de 3 elementos. . . 41

3.14 Diminui¸c˜ao de r com a coloca¸c˜ao de ar. . . 41

3.15 Linha de 50W para c´alculo do eq: a) Vista de cima. b) Vista de lado. . . 44

3.16 Fase S21 da linha de 50W com FR-4. . . 44

3.17 Linha de 50W com FR-4+AR. . . 44

3.18 |S11| para a linha de 50W, com substrato misto composto por: a) 1,6mm FR-4 + 1mm Ar. b) 1,6mm FR-4 + 5mm Ar. . . 45

3.19 Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. . . 46

3.20 |S11| do Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. . . . 47

3.21 Diagrama de radia¸c˜ao polar para agregado linear: a) Plano φ = 0◦. b) Plano φ = 90◦. . . 47

3.22 Agregado linear - Diagrama de radia¸c˜ao cartesiano no plano: a) φ = 0◦. b) φ = 90◦. . . 48

3.23 Diagrama de radia¸c˜ao 3D para agregado linear com o substrato suspenso 5mm. 48 3.24 Eficiˆencia do Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. 49 3.25 Layout Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. . . . 49

3.26 |S11| para o Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. . 50

3.27 Carta de Smith para o Agregado linear de 3 elementos com o substrato suspenso 5mm. . . 50

3.28 Pe¸cas impressas em 3D com 5mm de altura. . . 51

3.29 |S11| para Agregado linear com a coloca¸c˜ao de pe¸cas entre o substrato e o plano de massa de 5mm de altura. . . 51

3.30 |S11| simulado para Agregado linear com shift de 10MHz na frequˆencia de interesse (754MHz). . . 52

3.31 Fita condutora de cobre. . . 53

3.32 Coloca¸c˜ao de fita condutora para aumentar largura da patch. . . 53

3.33 Parafuso com porca: a) Parafuso original. b) Parafuso com a cabe¸ca limada. 54 3.34 |S11| pr´atico para Agregado linear com shift de 10MHz na frequˆencia de inte-resse (754MHz). . . 54

3.35 Carta de Smith para Agregado linear com shift de 10MHz na frequˆencia de interesse (754MHz). . . 55

3.36 Medi¸c˜ao do parˆametro S21 da antena na cˆamara anec´oica: a) vis˜ao frontal. b) vis˜ao lateral. . . 55

3.37 Agregado linear 3 elementos - φ = 90◦. . . 56

3.38 Agregado linear 3 elementos - φ = 0◦. . . 56 iv

(19)

3.39 Agregado linear - |S11|: a) simulado. b) medido. . . 57

3.40 Agregado linear - Diagrama de radia¸c˜ao simulado vs medido, no plano φ = 90◦. 57 3.41 Agregado linear - Diagrama de radia¸c˜ao simulado vs medido, no plano φ = 0◦. 58

(20)
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Lista de Tabelas

2.1 Directividade para os diferentes tipos de agregados. . . 26

3.1 Fase S21 das linhas de 10cm e 20 cm. . . 33

3.2 Amplitude de S21 das linhas com comprimentos de 10cm e 20 cm. . . 34

3.3 Parˆametros da patch simples. . . 35

3.4 Dimens˜oes ap´os a otimiza¸c˜ao da antena single patch. . . 37

3.5 Evolu¸c˜ao do ganho do agregado linear com o n´umero de elementos. . . 40

3.6 Parˆametros resultantes da simula¸c˜ao de diferentes espessuras do diel´etrico. . . 45

3.7 Parˆametros do Agregado linear, com substrato misto (1,6mm FR4+ 5,0mm Ar). 46 3.8 Parˆametros ideais para perfeita adapta¸c˜ao `as frequˆencias indicadas. . . 52

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(23)

Acr´

onimos

IEEE Institute of Eletrical and Eletronics Engineers

3D Three Dimensional

2D Three Dimensional

GSM Global System for Mobile Communications DVB-T Digital Video Broadcasting - Terrestrial

CST Computer Simulation Technology

MWS Microwave Studio

VHF Very High Frequency

UHF Ultra High Frequency

MIMO Multiple Input Multiple Output

HPBW Half Power Beam Width

LFMP Largura de Feixe a Meia Potˆencia

FPBW First Null Beam Width

LFEN Largura de Feixe Entre Nulos VSWR Voltage Standing Wave Ratio

VNA Vector Network Analyzer

TDT Televis˜ao Digital Terrestre

TV Televis˜ao

EM Eletromagnetic

TEM Transverse Electromagnetic

SMA SubMiniature version A

SIRESP Sistema Integrado de Redes de Emergˆencia e Seguran¸ca de Portugal

MATLAB MATrix LABoratory

(24)
(25)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

1.1

Enquadramento, Motiva¸

ao e Objetivos

´

E bem conhecido que as redes sem fios sofrem de um n´ıvel de interferˆencia que condiciona claramente o desempenho da rede em termos de d´ebito m´aximo. A interferˆencia surge, por exemplo, da reutiliza¸c˜ao de frequˆencias em redes m´oveis (GSM, 3G, 4G, SIRESP, etc) ou da utiliza¸c˜ao da mesma frequˆencia em redes de frequˆencia ´unica como a da televis˜ao digital terrestre (DVB-T). O desenvolvimento de uma antena para redu¸c˜ao de interferˆencias ´e o principal t´opico de investiga¸c˜ao nesta tese de mestrado. A solu¸c˜ao passa pela simula¸c˜ao e projeto de antenas mais diretivas usando agregados com a largura de banda necess´aria. Posteriormente, num trabalho futuro, atrav´es do processamento de sinal utilizar esta mesma antena para redu¸c˜ao de interferˆencias em telecomunica¸c˜oes. A Figura 1.1 ilustra a origem das interferˆencias a partir de v´arios emissores na mesma frequˆencia. Essas interferˆencias podem tamb´em surgir a partir do efeito de Doppler, causado pela movimenta¸c˜ao das ´arvores, dos carros, etc, causando a refra¸c˜ao e reflex˜ao dos sinais emitidos. Pretende-se, nesta disserta¸c˜ao, que o recetor seja capaz de receber o sinal do emissor mais pr´oximo, reduzindo as interferˆencias existentes e com boa adapta¸c˜ao `a frequˆencia em estudo.

Figura 1.1: Rece¸c˜ao de Multi-interferˆencias.

Um sistema de Televis˜ao Digital Terrestre ´e definido como uma plataforma capaz de transmitir e receber sinais de ´audio e v´ıdeo, bem como dados, utilizando o sinal de radiodifus˜ao nas faixas de frequˆencia de VHF/UHF. Neste trabalho ´e apresentada a an´alise e confe¸c˜ao de

(26)

uma antena microstrip, que trabalha na frequˆencia de UHF (754MHz), representativa de um sinal emissor TDT em Portugal. A antena, foi simulada no software CST MICROWAVE STUDIO®, posteriormente constru´ıda e testada.

1.2

Estrutura da Disserta¸

ao

Esta disserta¸c˜ao ser´a dividida em v´arios cap´ıtulos. Cada um dos mesmos est´a organizado em sub-cap´ıtulos, onde se encontram aprofundados e especificados os temas abordados.

O Cap´ıtulo 1 apresenta uma breve introdu¸c˜ao ao tema, subdividido no enquadramento do projeto com algumas especifica¸c˜oes de trabalho, apresentando os objetivos pretendidos, considera¸c˜oes e contribui¸c˜oes gerais.

O Cap´ıtulo 2 cont´em no¸c˜oes b´asicas e parˆametros fundamentais das antenas, tamb´em com a apresenta¸c˜ao do estudo de agregados planares.

O Cap´ıtulo 3 ´e baseado no projeto e elabora¸c˜ao da antena, com a discuss˜ao do v´arios resultados interm´edios e finais obtidos.

O Cap´ıtulo 4 finaliza a disserta¸c˜ao com as conclus˜oes do trabalho e indica¸c˜oes para algum trabalho futuro.

1.3

Considera¸

oes e Contribui¸

oes Gerais

O objetivo principal ´e a produ¸c˜ao de uma antena que pretende ser um componente de uma smart antenna, destinada `a rece¸c˜ao de sinal TDT, e atrav´es de processamento de sinal adaptativo fazer um controlo do diagrama de radia¸c˜ao, com os seus m´aximos e m´ınimos em dire¸c˜oes espec´ıficas. Isto iria permitir a redu¸c˜ao das interferˆencias existentes.

Esta disserta¸c˜ao ir´a apenas incidir sobre a simula¸c˜ao e constru¸c˜ao da antena (componente smart antenna), constitu´ıda por um agregado linear de trˆes patches, pretendendo mostrar um novo conceito de antena para a banda V de TV usando a tecnologia patch. Trata-se ent˜ao de uma antena que tem as seguintes caracter´ısticas inovadoras:

- Possui uma largura de banda ideal para o canal a sintonizar, obtida atrav´es de um substrato misto constitu´ıdo por dois diel´etricos;

- O valor do coeficiente de reflex˜ao no centro da banda para o agregado vertical de 3 patches ´e de aproximadamente -21dB;

- Evita a inclus˜ao de filtro para rejeitar outros canais e o LTE;

- Proje¸c˜ao de um agregado planar onde cada agregado vertical constitui uma entrada para rece¸c˜ao;

- Permite realizar beamforming com os nulos e m´aximos em dire¸c˜oes espec´ıficas;

- Permite cancelar as interferˆencias de outros ˆangulos tamb´em atrav´es de t´ecnicas de processamento de sinal adaptativo.

Finalmente esta antena desenvolvida vai ser usada numa nova disserta¸c˜ao onde algumas t´ecnicas de processamento de sinal ir˜ao ser investigadas.

(27)

Cap´ıtulo 2

Antenas

2.1

Introdu¸

ao

As antenas exercem um papel extremamente importante no que se refere `as comunica¸c˜oes sem fios, principalmente nas telecomunica¸c˜oes. Se formos `a origem da palavra, ”tele”provem do grego que significa ”distˆancia”. E as antenas vieram trazer esta solu¸c˜ao para a transmiss˜ao de sinais r´adio em grandes distˆancias. Uma das express˜oes mais utilizadas para definir antena encontra-se na norma IEEE Defini¸c˜oes Padronizadas de Termos para antenas, e afirma que uma antena ´e ”uma parte de um sistema de transmiss˜ao ou rece¸c˜ao que est´a vocacionada para radiar ou receber ondas eletromagn´eticas”[1].

Dependendo do sistema em que a antena estiver inserida, esta funciona como inter-medi´ario entre o ar e o guia de onda, podendo ser o primeiro componente no sistema de comunica¸c˜ao e neste caso consideramos como antena recetora, pois capta a energia das ondas eletromagn´eticas do espa¸co livre e converte-a em energia el´etrica, ou podendo ser o ´ultimo componente e por isso neste caso a antena define-se como transmissora, recebendo a energia el´etrica de um sinal, emitindo em energia eletromagn´etica em todas as dire¸c˜oes do espa¸co.

A Figura 2.1, representa os sistemas de transmiss˜ao e rece¸c˜ao descritos acima.

(28)

Existem diversos tipos de antenas em que cada uma apresenta uma determinada finali-dade, pois a escolha do tipo de antena que deve ser usada num sistema de telecomunica¸c˜oes depende de v´arios fatores, como a frequˆencia de opera¸c˜ao, a directividade e o espa¸co dis-pon´ıvel. Existem diversos tipos de antenas pelo que podem ser divididas em antenas fila-mentares (ex: monopolo existente nos autom´oveis), antenas de abertura (ex: parab´olica) e antenas microstrip. A Figura 2.2 exp˜oe uma divis˜ao generalizada dos v´arios tipos de antenas existentes.

Figura 2.2: Tipos de Antenas.

2.2

Parˆ

ametros Fundamentais das Antenas

Esta sec¸c˜ao introduz os principais parˆametros para o estudo das antenas, assim como apresenta uma defini¸c˜ao dos mesmos. O objetivo ser´a atrav´es destes parˆametros conseguir caracterizar o desempenho sobre v´arios aspetos das antenas.

2.2.1 Diagrama de Radia¸c˜ao

O diagrama de radia¸c˜ao ´e definido em [1], como ”a distribui¸c˜ao espacial de uma quanti-dade que caracteriza o campo eletromagn´etico gerado por uma antena. A distribui¸c˜ao pode ser expressa atrav´es de uma fun¸c˜ao matem´atica ou de uma representa¸c˜ao gr´afica. As quan-tidades mais usadas para caracterizar a radia¸c˜ao de uma antena s˜ao proporcionais ou iguais `

a densidade de fluxo de potˆencia, intensidade de radia¸c˜ao, directividade, fase, polariza¸c˜ao e intensidade de campo”. Por outras palavras, entendemos que a potˆencia recebida ou radiada ´e fun¸c˜ao da distˆancia e da posi¸c˜ao angular relativamente `a antena. O diagrama de potˆencias correspondente `a posi¸c˜ao angular ´e chamado de diagrama de radia¸c˜ao.

Na generalidade, existem trˆes tipos de diagramas de radia¸c˜ao, Figura 2.3:

ˆ Isotr´opico, caracterizado pelo facto da antena ter uma radia¸c˜ao igual em todas as dire¸c˜oes;

ˆ Omnidirecional, representado por um plano onde a radia¸c˜ao ´e constante e m´axima. Este tipo de diagrama ´e designado como um tipo especial de diagrama direcional.

ˆ Directivo, tem a propriedade de radiar ou receber ondas eletromagn´eticas mais eficien-temente em algumas dire¸c˜oes que em outras. Normalmente qualificado com um lobo principal.

(29)

Figura 2.3: Principais diagramas de radia¸c˜ao.

Para caracterizar a forma de radia¸c˜ao de uma antena, existem dois planos principais, um deles ´e o plano horizontal tamb´em designado plano azimutal (θ = 90◦; 0 ≤ φ ≤ 360◦), j´a o segundo ´e o plano vertical ou plano eleva¸c˜ao (φ = constante; 0 ≤ θ ≤ 180◦). A Figura 2.4 representa graficamente estes planos.

Figura 2.4: Sistema de Coordenadas para Medi¸c˜ao de uma Antena.

Normalmente os planos azimutal e eleva¸c˜ao s˜ao representados em gr´aficos com coordena-das esf´ericas. Isso permite visualizar facilmente como a antena irradia em todas as dire¸c˜oes, como se a antena estivesse ”direcionada”ou j´a montada. No entanto, podemos tamb´em apre-sentar ambos os planos em coordenadas cartesianas, dando uma perce¸c˜ao mais pormenorizada das v´arias partes do diagrama de radia¸c˜ao. Essas partes s˜ao classificadas como l´obulos (ou lobos). Ou seja, podemos afirmar que um l´obulo de radia¸c˜ao ´e uma parte do diagrama de radia¸c˜ao delimitado por regi˜oes de relativa baixa intensidade de radia¸c˜ao. Um l´obulo pode ser designado de principal, secund´ario, lateral e posterior. Estas designa¸c˜oes s˜ao atribu´ıdas consoante a parte em que os l´obulos est˜ao inseridos no diagrama de radia¸c˜ao [4].

A Figura 2.5, fornece uma vis˜ao dos diversos l´obulos nas v´arias regi˜oes do diagrama de radia¸c˜ao.

(30)

Na Figura 2.5 est´a tamb´em representada outra caracter´ıstica do diagrama de radia¸c˜ao que ´e a largura de feixe ou largura do l´obulo principal. Num diagrama de radia¸c˜ao, existem v´arias larguras de feixe, no entanto as mais utilizadas s˜ao a largura de feixe de meia potˆencia (LFMP, ou mais conhecido pela sua sigla inglesa HPBW - Half power beam width) e a largura de feixe entre os primeiros nulos (LFEN, mais conhecido por FNBW - First null beam width). A largura de feixe a meia potˆencia, ou tamb´em denominada largura de feixe a -3dB, ´e o ˆangulo entre as dire¸c˜oes para as quais a intensidade de radia¸c˜ao ´e metade da intensidade m´axima, enquanto que a largura de feixe entre os primeiros nulos ´e a largura entre as dire¸c˜oes para as quais ocorrem os primeiros nulos do diagrama de radia¸c˜ao.

2.2.2 Directividade

Neste ponto surge a necessidade de quantificar quanto ´e que uma antena radia numa dada dire¸c˜ao. Para isso define-se directividade duma antena, numa dada dire¸c˜ao, como a raz˜ao entre a intensidade de radia¸c˜ao U (θ, φ) que a antena produz nessa dire¸c˜ao e aquela que seria produzida por uma antena isotr´opica radiando a mesma potˆencia, U0. Matematicamente a

express˜ao pode ser escrita como,

D(θ, φ) = U (θ, φ) U0

= 4πU Prad

(2.1) Quando se faz referˆencia simplesmente `a directividade (D) da antena admite-se que se trata da directividade segundo a dire¸c˜ao de m´axima potˆencia. Isto ´e:

Dmax=

4πUmax

Prad

(2.2) A directividade ´e adimensional e pode ser expressa por um n´umero real positivo (≥ 1). Contudo ´e mais comum exprimi-la em unidades logar´ıtmicas ou seja em dB recorrendo `a rela¸c˜ao DdB = 10 log(D), visto tratar-se duma rela¸c˜ao entre potˆencias.

2.2.3 Ganho

Pela defini¸c˜ao dada em [1], o ganho de uma antena ´e ”a raz˜ao entre a intensidade de radia¸c˜ao, em uma dada dire¸c˜ao, e a intensidade de radia¸c˜ao que seria obtida se a potˆencia aceite pela antena fosse radiada isotropicamente.”

Sabe-se que a directividade descreve essencialmente o modo como a antena radia a energia, no entanto em geral a energia radiada ´e menor do que a energia que lhe ´e fornecida pois a antena tem perdas. O que ´e de facto mais importante ´e saber como a energia que ´e fornecida `a antena ´e radiada. Com isto surge um novo parˆametro capaz de caracterizar o desempenho de uma antena em termos do modo como radia a energia que recebe, este parˆametro designa-se por ganho.

Como j´a referido acima, U (θ, φ) representa a intensidade de radia¸c˜ao e U0 representa a

intensidade de radia¸c˜ao produzida pela antena isotr´opica. Para a medi¸c˜ao do ganho esta antena isotr´opica n˜ao tem perdas, pelo que Prad = Pin. Designando o ganho segundo a

dire¸c˜ao (θ, φ) por G(θ, φ), pode-se escrever matematicamente que, G(θ, φ) = U (θ, φ) U0 = 4πU Pin (2.3) 6

(31)

Semelhantemente `a directividade, quando se faz referˆencia ao ganho (G) da antena admite-se que admite-se trata do ganho admite-segundo a dire¸c˜ao m´axima. Isto leva `a express˜ao,

Gmax =

4πUmax

Pin

(2.4) Tal como a directividade o ganho ´e adimensional e pode ser expresso por um n´umero real positivo. Contudo ´e mais comum exprimi-lo em unidades logar´ıtmicas ou seja em dB recorrendo `a rela¸c˜ao GdB = 10 log(G), visto tratar-se duma rela¸c˜ao entre potˆencias.

Partindo da an´alise dos conceitos de directividade e ganho definidos acima, percebe-se que ambos est˜ao intrinsecamente ligados, pois a directividade mede as propriedades diretivas da antena, e o ganho al´em de ter em conta as propriedades diretivas tamb´em tem em considera¸c˜ao a eficiˆencia de radia¸c˜ao.

2.2.4 Eficiˆencia

As perdas ocorridas numa antena podem estar relacionadas com o condutor e diel´etrico tamb´em resultantes de reflex˜oes causadas por desadapta¸c˜ao de impedˆancia entre a linha de transmiss˜ao e a antena. O parˆametro que contabiliza as perdas ocorridas numa antena ´e a eficiˆencia de radia¸c˜ao. Este relaciona a potˆencia fornecida com a potˆencia radiada pela antena [4].

A Figura 2.6 representa na globalidade uma antena que ´e alimentada por uma potˆencia Pin e radia uma potˆencia Prad≤ Pin.

Figura 2.6: Distribui¸c˜ao de potˆencias numa antena. Seja a eficiˆencia de uma antena, η, temos que,

G(θ, φ) = ηD(θ, φ) (2.5)

η = Prad Pin

0 ≤ η ≤ 1 (2.6)

2.2.5 Impedˆancia de entrada e Resistˆencia de Radia¸c˜ao

A impedˆancia de entrada de uma antena, normalmente representada por Za, ´e definida

em [5] como ”a impedˆancia apresentada pela antena em seus terminais ou a raz˜ao entre a tens˜ao e a corrente num par de terminais, ou a raz˜ao entre os componentes de campos el´etrico e magn´etico em um ponto”. Por outras palavras, uma antena em transmiss˜ao representa para a linha que a alimenta, uma carga com uma dada impedˆancia, e esta impedˆancia designa-se

(32)

por impedˆancia de entrada da antena. Para o caso de uma antena em emiss˜ao, a impedˆancia de entrada ´e composta por uma parte real e uma parte imagin´aria, sendo representada ana-liticamente pela seguinte express˜ao,

Za=

Vin

Iin

= Ra+ jXa (2.7)

A parte real desta impedˆancia, Rapode ser modelada pela soma de dois elementos , uma

resistˆencia Rr respons´avel pela radia¸c˜ao da antena, e uma resistˆencia Rp representativa da

dissipa¸c˜ao nos condutores e diel´etricos. Isto pode ser expresso como,

Ra= Rr+ Rp (2.8)

2.2.6 Coeficiente de Reflex˜ao, Return Loss e VSWR

Quando estamos a projetar uma antena, um importante fator a ter em conta ´e a adapta¸c˜ao da antena para a frequˆencia de opera¸c˜ao. Os parˆametros que quantificam essa adapta¸c˜ao s˜ao o coeficiente de reflex˜ao, perdas de retorno e do coeficiente de tens˜ao de onda estacion´aria (VSWR). Ambos estes parˆametros est˜ao ligados entre si, e segundo [5], pode-se representar cada um pelas equa¸c˜oes abaixo indicadas.

ˆ Coeficiente de Reflex˜ao (n´umero complexo):

Γ = Za− Z0 Za+ Z0

(2.9)

ˆ Perdas de Retorno (expresso em dB):

LRT = −20Log10(|Γ|) (2.10)

ˆ VSWR (valor entre 1 e infinito):

V SW R = 1 + |Γ|

1 − |Γ| (2.11)

Os valores normalmente aceit´aveis para o projeto de uma antena s˜ao para LRT > 10dB e

V SW R < 2.

2.2.7 Area efetiva´

Para certas ondas eletromagn´eticas provenientes de um emissor que incidem num dado recetor, est´a sempre associada uma densidade de potˆencia, Si. A antena recetora por sua vez

entrega uma potˆencia Pr ao terminal recetor porque tem a capacidade de extrair energia das

ondas eletromagn´eticas. Considerando que a antena est´a adaptada `a polariza¸c˜ao das ondas incidentes, define-se ´area efetiva da antena Ae como a ´area que colocada no mesmo local,

captaria a mesma potˆencia Pr. Esta abordagem te´orica pode ser observada na Figura 2.7.

(33)

Figura 2.7: ´Area efetiva.

A express˜ao matem´atica ´e dada por, Ae=

Pr

S (2.12)

2.2.8 Largura de banda

´

E a gama de frequˆencias, em torno de uma frequˆencia central, para a qual as caracter´ısticas da antena se mantˆem com uma varia¸c˜ao aceit´avel relativamente aos valores obtidos para a frequˆencia central.

Pode-se ent˜ao referir que tais caracter´ısticas s˜ao a largura de feixe, o ganho, a eficiˆencia, a polariza¸c˜ao, a impedˆancia de entrada entre outros. As especifica¸c˜oes s˜ao estabelecidas para cada caso, de modo a atender as necessidades da aplica¸c˜ao.

Focalizando nesta disserta¸c˜ao, prop˜oem-se como objetivo obter uma largura de banda de 8MHz centrada em 754MHz. Para isto, ir-se-`a garantir que a desadapta¸c˜ao de impedˆancias de |S11| ≤ −10dB.

2.2.9 Polariza¸c˜ao

Um propriedade extremamente importante de toda a onda eletromagn´etica ´e a sua pola-riza¸c˜ao que descreve a dire¸c˜ao do vetor de campo el´etrico ao longo do tempo [4].

Numa comunica¸c˜ao entre duas antenas temos sempre como principal objetivo a obten¸c˜ao de m´axima transferˆencia de energia, e para isto acontecer ´e necess´ario que a antena emissora possua a mesma polariza¸c˜ao da antena recetora. Para o caso de as antenas estarem com polariza¸c˜oes diferentes haver´a perda parcial do sinal e em caso extremo das antenas estarem com polariza¸c˜oes ortogonais a perda do sinal ser´a total. A este fen´omeno designa-se por desadapta¸c˜ao de polariza¸c˜ao.

Com isto podemos definir que a polariza¸c˜ao de uma antena numa dada dire¸c˜ao ´e a po-lariza¸c˜ao da onda eletromagn´etica que ela produz nessa dire¸c˜ao quando radia. Quando a dire¸c˜ao n˜ao ´e especificada a polariza¸c˜ao ´e referida `a dire¸c˜ao de m´axima directividade.

Na maioria dos casos, as antenas emissora e recetora est˜ao grandemente distanciadas pelo que a onda eletromagn´etica que chega `a rece¸c˜ao pode-se considerar como plana. A polariza¸c˜ao duma onda plana ´e descrita pela figura geom´etrica que a extremidade do vetor de campo el´etrico tra¸ca, num certo ponto do espa¸co ao longo do tempo e na dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao. A esta figura geom´etrica designa-se por curva de polariza¸c˜ao.

A polariza¸c˜ao de uma onda eletromagn´etica pode-se classificar relativamente `a figura geom´etrica obtida no plano perpendicular `a dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao da onda em trˆes grupos, polariza¸c˜ao linear, circular ou el´ıptica, como ilustra a Figura 2.8.

(34)

Se a varia¸c˜ao for harm´onica, em grande parte dos casos a curva de polariza¸c˜ao toma a forma de uma elipse, denominando-se polariza¸c˜ao el´ıptica. Partindo disto, existem dois casos particulares degenerativos da curva de polariza¸c˜ao el´ıptica.

O primeiro denomina-se por polariza¸c˜ao circular e ocorre se o vetor de campo el´etrico mantiver a sua amplitude constante no tempo, assim a elipse degenera numa circunferˆencia. J´a o segundo acontece se o vetor do campo el´etrico mantiver a sua orienta¸c˜ao espacial constante no tempo, isto ´e, se estiver sempre orientado ao longo de uma mesma reta. Perante isto, a elipse degenera num segmento de reta. A este tipo de polariza¸c˜ao designa-se por polariza¸c˜ao linear.

Figura 2.8: Polariza¸c˜ao Linear (esquerda); Circular (centro); El´ıptica (direita). Outro parˆametro de elevada importˆancia para o estudo da polariza¸c˜ao ´e o sentido da polariza¸c˜ao (rota¸c˜ao). Isto divide a polariza¸c˜ao (circular/el´ıptica) em direto ou retr´ogrado. Por conven¸c˜ao, quando o sentido do vetor de campo el´etrico ´e igual ao sentido de rota¸c˜ao dos ponteiros do rel´ogio, a polariza¸c˜ao ´e denominada por polariza¸c˜ao retr´ogrado, por outro lado se o sentido de rota¸c˜ao do vetor de campo el´etrico ´e o oposto ao de rota¸c˜ao dos ponteiros do rel´ogio a polariza¸c˜ao ´e direto.

Na Figura 2.9, temos o exemplo ilustrativo de ambos os sentidos de polariza¸c˜ao para o caso de a polariza¸c˜ao ser circular.

Figura 2.9: Polariza¸c˜ao circular direta (esquerda);Polariza¸c˜ao Circular retr´ograda (direita).

2.3

Antenas patch microstrip

2.3.1 Introdu¸c˜ao

O tipo de antena microstrip remonta para a data de 1953, nos USA com Deschamps a propor o uso de linhas de alimenta¸c˜ao microstrip para alimentar um agregado de antenas impressas [6]. Este termo representa outra designa¸c˜ao para antenas microstrip, devido ao facto de a antena ser impressa usando t´ecnicas microstrip numa placa (PCB).

(35)

Apesar deste trabalho inicial de Deschamps, s´o a partir da d´ecada de 70 ´e que come¸cam a surgir publica¸c˜oes descrevendo antenas microstrip onde uma das suas aplica¸c˜oes seria no uso de antenas de baixo perfil embutidas em foguetes e misseis, mostrando que este tipo de antenas seriam capazes de resolver diversos problemas e que estariam no in´ıcio de uma nova tecnologia de antenas [7] [8].

Este tipo de antena ´e amplamente utilizado nos dias de hoje, principalmente nas comu-nica¸c˜oes m´oveis (ex: telem´oveis). Isto deve-se ao facto de cada vez mais existir a necessidade de reduzir o tamanho das antenas, tamb´em como o seu peso e por outro lado manter o bom desempenho. A grande vantagem desta configura¸c˜ao ´e a sua f´acil integra¸c˜ao em cir-cuitos impressos e versatilidade no ajuste da frequˆencia de ressonˆancia da antena, alterando simplesmente o comprimento do patch. Essa versatilidade torna-se bastante ´util quando se projeta uma antena num simulador apropriado sendo poss´ıvel parametrizar a antena que se deseja.

A geometria de uma antena microstrip aparece ilustrada na Figura 2.10.

Figura 2.10: Antena microstrip.

A sua constitui¸c˜ao ´e formada pela camada de substrato diel´etrico coberto por um material condutor em ambos os lados pelo que um dos lados funciona como plano de massa enquanto que o lado oposto ´e usualmente referido como patch e ´e o elemento radiante. Mais detalhes sobre cada parte da sua constitui¸c˜ao ser˜ao dados nos pr´oximos sub-cap´ıtulos.

´

E importante neste ponto referir que este tipo de antenas trazem tamb´em algumas des-vantagens tais como o seu baixo ganho bem como a sua restrita largura de banda. Por isso, foram realizadas tarefas nesta disserta¸c˜ao de forma a combater este tipo de caracter´ısticas, tais como a necessidade de aumentar a largura de banda dispon´ıvel e elevar o ganho para valores satisfat´orios.

2.3.2 Substrato

Para a constru¸c˜ao da antena microstrip, a escolha do substrato tem de ser tomada em conta visto que fatores como a espessura do diel´etrico, a sua constante diel´etrica e tangente de perdas ir˜ao influenciar a eficiˆencia e largura de banda. Dependendo do tipo de substrato,

(36)

a estrutura pode ter caracter´ısticas predominantemente de radia¸c˜ao ou de transmiss˜ao. O diel´etrico tem a capacidade de influenciar a frequˆencia de opera¸c˜ao neste tipo de antenas. Um substrato espesso, al´em de diminuir a frequˆencia de opera¸c˜ao, aumenta a potˆencia de radia¸c˜ao, reduz as perdas por condu¸c˜ao e melhora a largura de banda. Do mesmo modo a permitividade relativa desempenha um papel importante, pois um aumento na espessura do substrato tem um efeito semelhante com a diminui¸c˜ao do valor da sua permitividade relativa, como veremos na express˜ao 2.13.

Neste tipo de antenas impressas, os substratos mais desej´aveis para o bom desempenho da antena s˜ao substratos espessos, cuja constante diel´etrica ´e baixa visto necessitarem que a estrutura seja radiante. Ao contr´ario dos circuitos de micro-ondas, que necessitam de substratos finos com constantes diel´etricas mais altas, pois tˆem como objetivo a redu¸c˜ao da radia¸c˜ao por acoplamento.

Para esta disserta¸c˜ao foram propostos v´arios substratos para utiliza¸c˜ao, no entanto o escolhido foi o FR4, visto a sua rela¸c˜ao qualidade/pre¸co ser bastante boa e os seus valores de constante diel´etrica e tangente de perdas estarem dentro dos valores aceit´aveis.

2.3.3 M´etodos de Alimenta¸c˜ao

Existem diversas configura¸c˜oes que podem ser usadas para alimentar antenas microstrip. Dentro destas configura¸c˜oes distinguem-se a alimenta¸c˜ao por fenda, atrav´es de um cabo coa-xial e por fim utilizando uma linha de transmiss˜ao. A sele¸c˜ao das v´arias formas de alimenta¸c˜ao depende de muitos fatores, dos quais o mais importante ´e a adapta¸c˜ao de impedˆancia que est´a relacionado diretamente com a eficiˆencia de transferˆencia de potˆencia, entre o elemento radiante e o elemento alimentador. Outro aspeto ´e que a forma de alimenta¸c˜ao influencia o di-agrama de radia¸c˜ao da antena, podendo desconfigurar o l´obulo principal de radia¸c˜ao gerando l´obulos secund´arios, afetando consequentemente a sua directividade.

Alimenta¸c˜ao por fenda

Esse tipo de alimenta¸c˜ao, vis´ıvel na Figura 2.11, ´e composto por dois materiais diel´etricos (substratos), onde h´a um condutor alocado entre os materiais isolantes. Nas extremidades pla-nas exterpla-nas de cada diel´etrico, h´a planos condutores ou planos de terra. Assim, o m´etodo de alimenta¸c˜ao ´e do tipo microstrip, onde a energia ´e acoplada eletromagneticamente atrav´es das aberturas feitas no plano de terra superior da microstrip. Tipicamente, o material diel´etrico que est´a acima da microstrip possui uma constante diel´etrica maior e espessura menor em rela¸c˜ao ao substrato abaixo da microstrip. No entanto este tipo de alimenta¸c˜ao apresenta uma desvantagem pela sua complexidade de fabrico bem como a necessidade de uma alinhamento perfeito entre a fenda, a linha e o elemento radiante.

(37)

Figura 2.11: Antena microstrip com alimenta¸c˜ao por fenda.

Alimenta¸c˜ao por cabo coaxial

Outro m´etodo poss´ıvel de alimentar uma antena microstrip ´e feito atrav´es de um cabo coaxial, ilustrado na Figura 2.12, em que o elemento atravessa o substrato ligando ao elemento radiante (patch) num ponto que permita a adapta¸c˜ao do cabo `a antena. Esta forma de alimentar a antena permite uma grande capacidade de controlo da sua adapta¸c˜ao ´e uma das principais vantagens deste modo de alimenta¸c˜ao.

Figura 2.12: Antena microstrip alimentada por conector SMA.

Alimenta¸c˜ao por linha de transmiss˜ao

Este defini-se como o m´etodo mais simples para alimentar uma antena, pois resume-se em conectar uma linha de transmiss˜ao `a extremidade do elemento radiador (patch), com ambos os elementos localizados no mesmo substrato. A principal vantagem da alimenta¸c˜ao por linha de transmiss˜ao ´e a possibilidade de fabrica¸c˜ao da estrutura de alimenta¸c˜ao e da antena ao mesmo tempo. Por outro lado, uma das suas principais limita¸c˜oes ocorre quando se procura obter uma antena com dimens˜oes reduzidas, utilizando esta t´ecnica de alimenta¸c˜ao, a superf´ıcie da antena aumenta devido `as dimens˜oes da linha de alimenta¸c˜ao, porque esta fica como uma extens˜ao da estrutura radiante. Tamb´em devido `a alta impedˆancia na extremidade do elemento radiante por vezes ´e necess´ario implementar certo tipo de m´etodos de modo a facilitar o processo. Estes m´etodos mais comuns s˜ao a utiliza¸c˜ao de um transformador λ/4 ou a introdu¸c˜ao de uma reentrˆancia no elemento radiante obtendo outros valores para a impedˆancia de entrada, e consequentemente uma imediata adapta¸c˜ao `a linha de transmiss˜ao. Este m´etodo usualmente designa-se por ”inset feed”.

As Figuras 2.13 e 2.14, mostram este tipo de alimenta¸c˜ao com os v´arios m´etodos imple-mentados.

(38)

Figura 2.13: Antena microstrip com alimenta¸c˜ao por Linha de Transmiss˜ao simples.

(a) (b)

Figura 2.14: Alimenta¸c˜ao por Linha de Transmiss˜ao: a) com transformador lambda/4. b) com reentrˆancia.

2.3.4 M´etodos de An´alise

Surge agora a necessidade de aprofundar o estudo das antenas microstrip e para isso sur-gem modelos anal´ıticos capazes de fornecer um melhor entendimento dos princ´ıpios de funcio-namento do modelo que queremos obter. Isto permite determinar as vantagens e as limita¸c˜oes da estrutura da antena e futuramente reduzir o n´umero de ensaios no processo de desenho de uma nova antena. Esta an´alise n˜ao ´e propriamente simples e direta, devido `a presen¸ca de diel´etricos n˜ao homog´eneos, condi¸c˜oes fronteiras n˜ao homog´eneas, tipos de alimenta¸c˜ao diferentes e toda a estrutura da antena microstrip poder tomar diversas configura¸c˜oes.

Para isso existem m´etodos de an´alise que se dividem em dois grandes grupos:

1. Modelos baseados em m´etodos num´ericos para resolver as equa¸c˜oes de Maxwell aplicadas `

a estrutura;

2. Modelos baseados em estruturas f´ısicas j´a conhecidas aos quais est´a associada uma complexidade moderada.

No primeiro modelo utiliza-se o recurso `as equa¸c˜oes de Maxwell, no entanto a aplica¸c˜ao deste m´etodo exige uma grande capacidade de c´alculo, que obrigatoriamente surge a neces-sidade de recorrer a meios computacionais. Por outro lado, os resultados obtidos por estes m´etodos s˜ao muito pr´oximos da realidade. Surgem exemplos como:

ˆ M´etodo dos momentos (MoM)

ˆ M´etodo das diferen¸cas finitas (FDTD) 14

(39)

ˆ M´etodo dos elementos finitos (FEM)

O segundo modelo, ´e bastante mais simples n˜ao tendo a exigˆencia matem´atica como no primeiro modelo no entanto os resultados obtido n˜ao s˜ao t˜ao exatos. Exemplos destes modelos s˜ao:

ˆ M´etodo da cavidade

ˆ M´etodo da linha de transmiss˜ao

Nesta disserta¸c˜ao optou-se pelo uso do m´etodo da linha de transmiss˜ao para calcular os parˆametros relativos `as antenas microstrip em estudo.

M´etodo da linha de transmiss˜ao

Este m´etodo foi a primeira t´ecnica a ser implementada para analisar uma antena microstrip retangular por Munson em 1974. [9]

Como descrito acima, este m´etodo ´e bastante mais simples mas com pouca precis˜ao nos resultado. No entanto, apresenta um rigor suficiente para estimar a impedˆancia de entrada e a frequˆencia de trabalho da antena em fun¸c˜ao dos seus parˆametros f´ısicos (W, L, h), constante diel´etrica e a posi¸c˜ao do ponto de alimenta¸c˜ao.

Este m´etodo ´e apenas aplic´avel em estruturas retangulares modelando a antena microstrip vis´ıvel na Figura 2.15, num conjunto de fendas estreitas e radiantes, paralelas de comprimento W e largura h, separadas de uma linha de transmiss˜ao de comprimento L e impedˆancia caracter´ıstica Z0.

Figura 2.15: Antena microstrip retangular - fendas radiantes.

Como as dimens˜oes da patch de uma antena microstrip s˜ao finitas ao longo do comprimento e largura existem linhas de campo de fuga fora da parte radiante como ´e vis´ıvel na Figura 2.16. Parˆametros da antena como o comprimento (L), largura (W), altura (h), constante diel´etrica (r) e frequˆencia de ressonˆancia (fr), tanto como a rela¸c˜ao entre si ir˜ao influenciar

as mesmas linhas de campo, fazendo com que o tamanho el´etrico da estrutura da antena seja superior ao seu tamanho f´ısico. Este fen´omeno vai introduzir parˆametros novos como a constante diel´etrica efetiva (ref f), largura efetiva (Wef f) e comprimento efetivo (Lef f).

(40)

Figura 2.17: Geometria original de uma antena microstrip (esquerda). Geometria homog´enea, com r substitu´ıdo por ref f (direita).

O parˆametro ref f, pode ser entendido ilustrativamente pela Figura 2.17. E surge devido

ao facto de a parte refletora da antena microstrip com as suas dimens˜oes originais estar acima do plano de massa e incorporado num diel´etrico n˜ao homog´eneo e isso leva a que existam linhas de campo percorrendo os dois meios. Pela defini¸c˜ao, ref f, ´e a constante diel´etrica do material

diel´etrico uniforme de modo que a estrutura da antena inserida no meio homog´eneo tem caracter´ısticas el´etricas idˆenticas, particularmente propaga¸c˜ao constante, como a estrutura real num meio homog´eneo de constante diel´etrica equivalente.

Para valores de frequˆencia relativamente baixos (at´e 10GHz), o valor de ref f ´e

aproxi-madamente constante e dado pela equa¸c˜ao 2.13 [4]. Como o diel´etrico por cima do elemento radiante ´e o ar, os valores de ref f encontram-se dentro dos seguintes limites, 1 < ref f < r.

Por isso, quanto maior for o valor da constante diel´etrica relativamente `a unidade, (r  1),

mais pr´oximo deste vai ser o valor de ref f.

ref f = r+ 1 2 + r− 1 2 1 p1 + 12d/W (2.13)

Devido ao efeito da linhas de campo de fuga referidas anteriormente, o comprimento real da antena ser´a maior (∆L), expresso pela equa¸c˜ao 2.14 [4], e ilustrado na Figura 2.18. Portanto para o c´alculo do comprimento f´ısico (L), ter-se-`a em conta este efeito com o parˆametro do comprimento efetivo (Lef f).

A equa¸c˜ao para o c´alculo de L ´e ent˜ao dada pela express˜ao 2.15 [4].

∆L = 0, 412h (ref f+ 0, 3) (W/h + 0, 264) / [(ref f− 0, 258) (W/h + 0, 8)] (2.14) L = 1 2fr √ ref f √ 0µ0 − 2∆L (2.15) 16

(41)

Figura 2.18: Comprimento f´ısico e efetivo de uma antena microstrip.

Para obter uma boa eficiˆencia na antena ´e comum usar como largura (W), dado em [4] e expresso da seguinte forma,

W = 1 2fr √ 0µ0 p 2/(r+ 1) (2.16)

Para o modo de funcionamento T M010 (Transverse Magnetic, modo caracterizado pelo

facto de que o vetor magn´etico (H) ser sempre perpendicular `a dire¸c˜ao de propaga¸c˜ao e o ´ındice 010 indica o modo com a frequˆencia mais baixa, ou modo dominante), ´e feito o c´alculo da frequˆencia de ressonˆancia, fr [4], dada por,

fr = 1 2Lef f√ref f √ 0µ0 = 1 2(L + 2∆L)√ref f √ 0µ0 (2.17)

A impedˆancia de entrada da antena microstrip, Za [10], pode ser aproximada por,

Za≈ 90 2r r− 1 ( L W) 2(Ω) (2.18)

Caso a impedˆancia seja demasiado elevada e seja necess´ario reduzir o seu valor ´e aplicado um transformador λ/4. Para isso utiliza-se a seguinte f´ormula para o c´alculo da impedˆancia do transformador, onde ZL´e a carga para a qual queremos adaptar o circuito.

Za=

p

ZL× Z0 (2.19)

Figura 2.19: Transformador λ/4.

(42)

Z0 =        60 √ ref fln 8d W + W 4d , for W/d ≤ 1 120π √ ref f[W/d+1,393+0,667ln(W/d+1,444)], for W/d ≥ 1 (2.20)

Onde W ´e o valor da largura da patch. Partindo desta f´ormula, caso seja aplicado o transformador λ/4, o valor da largura da patch (W) ´e igual `a largura do transformador (WT).

Para estimar qual o valor de largura de banda para VSWR < 2, [5] ∆f f0 = 16 3√2 r− 1 2 r Lh λW ≈ 3, 77 r− 1 2 r Lh λW (2.21)

Podendo concluir que a largura de banda (∆f ) ´e proporcional `a espessura do substrato (h) e inversamente proporcional `a constante diel´etrica.

2.4

Agregados de Antenas

Uma simples antena microstrip, tem a desvantagem de ter uma directividade baixa bem como o seu ganho ≈ 7dBi. Para se efetuarem comunica¸c˜oes de longo alcance ´e necess´ario obter um elevado valor de directividade e ganho. Com isto, para uma simples antena de elevado ganho significa que o seu tamanho necessitava de ser muito grande o que pode-se tornar um problema na pr´atica. Em contrapartida por vezes tamb´em necessita-se de ter um controlo no diagrama de radia¸c˜ao da antena, por exemplo para prop´ositos de beamforming ou na redu¸c˜ao de interferˆencias. Neste tipo de aplica¸c˜oes, uma simples antena n˜ao cumpre os requisitos suficientemente satisfat´orios, concretamente ao n´ıvel do ganho e um diagrama de radia¸c˜ao mais diretivo. Para resolver esta quest˜ao surge o uso de conjunto de antenas simples e normalmente idˆenticas, agrupadas e alimentadas de forma a dirigir a energia para o local pretendido e, deste modo, produzir nessa dire¸c˜ao a densidade de potˆencia desejada. Um conjunto de antenas com este fim designa-se por agregado de antenas e o seu campo el´etrico total ´e determinado pela soma vetorial dos campos radiados pelos diversos elementos. Compreendendo que para se obter um diagrama de radia¸c˜ao mais diretivo, ´e necess´ario que os campos dos v´arios elementos interfiram de forma construtiva na dire¸c˜ao de m´axima radia¸c˜ao. Os agregados tornam-se assim numa solu¸c˜ao bastante ´util e vers´atil, pois dependendo do objetivo que se pretende, consegue-se ter o controlo de v´arias vari´aveis como o tipo de antena (FE - fator de elemento), da disposi¸c˜ao dos v´arios elementos no espa¸co bem como da amplitude e fase de alimenta¸c˜ao de cada antena (FA - fator de agregado). Atrav´es destes parˆametros obt´em-se o diagrama de radia¸c˜ao necess´ario ao projeto, isto remete `a dire¸c˜ao do lobo principal e ao n´umero, dire¸c˜ao e amplitude dos lobos secund´arios [11].

2.4.1 Agregado Linear e Uniforme

Um agregado linear e uniforme ´e composto por um conjunto de elementos idˆenticos em que todos s˜ao excitados com correntes de mesma amplitude e desfasagem progressiva [4].

Na Figura 2.20, est´a representado um agregado linear e uniforme de N elementos, dispostos ao longo do eixo zz, separados por uma distˆancia d e com uma diferen¸ca de fase de α.

(43)

Figura 2.20: Agregado Linear e Uniforme de N elementos separados por d e com uma diferen¸ca de fase α.

Para o c´alculo do fator de agregado cada elemento do agregado ser´a considerado como fonte isotr´opica. Posteriormente, o campo total pode ser obtido atrav´es da multiplica¸c˜ao do fator de agregado das fontes isotr´opicas pelo campo de um ´unico elemento que se pretende usar.

Considere-se que se tem uma fonte isotr´opica, com campo E excitado por uma corrente I: E = Ie

−jβr

4πr , I = Ie

(2.22)

Pelo que o agregado ´e linear e uniforme temos que,

I1 = Iejφ1; I2 = Iejφ2; ... IN−1= IejφN −1; IN= IejφN;

com,

(φ2− φ1) = (φ3− φ2) = ... = (φN − φN −1) = α

substituindo em 2.22 , para cada elemento o campo ´e: E1= Iejφ1 e−jβr1 4πr1 ; E2 = Iejφ2 e−jβr2 4πr2 ; EN = IejφN e−jβrN 4πrN ; (2.23)

Atrav´es de uma simplifica¸c˜ao, as fases podem ser apresentadas da seguinte forma:

φ2 = φ1+ α

φ3 = φ2+ α = φ1+ 2α

φN = φN −1+ α = φ1+ (N − 1)α

Admitindo que o campo se situa numa zona distante de radia¸c˜ao, com r  d, onde os raios s˜ao paralelos, tem-se uma fase,

(44)

θ ≈ θ1≈ θ1 ≈ ... ≈ θn

Em termos de amplitude,

r2 = r1− d cos θ

r3 = r2− d cos θ = r1− 2d cos θ

rN = rN −1− d cos θ = r1− (N − 1)d cos θ

De uma mesma forma temos que,

r1≈ r2 ≈ ... ≈ rn

O campo total produzido pelo agregado ´e igual `a soma dos campos gerados pelos v´arios elementos, isto ´e, ET = N X n=1 En (2.24)

substituindo por cada campo de cada elemento, o campo total ´e dado por:

ET = Iejφ1

e−jβr1

4πr1

| {z }

FE - Fator de Elemento

[1 + ej(βdcosθ+α)+ ... + ej(n−1)(βdcosθ+α)+ ... + ej(N +1)(βdcosθ+α)]

| {z }

FA - Fator de Agregado

(2.25) Atrav´es desta express˜ao pode-se concluir que a equa¸c˜ao do campo total ´e formada pelas duas componentes, o fator de elemento que ´e o diagrama de radia¸c˜ao de uma qualquer antena, e pelo fator de agregado que ´e a fun¸c˜ao do n´umero de elementos N, distanciados por d e com desfasamento α, resultando no princ´ıpio da multiplica¸c˜ao (dos diagramas), permitindo obter o diagrama de radia¸c˜ao do agregado.

O fator de agregado pode ser escrito de uma maneira mais compacta,

F A =

N

X

n=1

ej(n−1)Ψ , Ψ = βdcosθ + α (2.26) esta express˜ao por tratar-se de uma progress˜ao geom´etrica de N termos pode ser simpli-ficada e normalizada obtendo a seguinte express˜ao,

|F A|n= sin(N

Ψ 2)

N sin(Ψ2) , Ψ = βdcosθ + α (2.27) Caso o ponto de referˆencia seja o ponto m´edio f´ısico do conjunto (regi˜ao do lobo principal) sendo os valores de Ψ baixos, o fator ´e ainda simplificado e aproximado em,

|F A|n= sin(N

Ψ 2)

2 , Ψ = βdcosθ + α (2.28)

(45)

Figura 2.21: Fator de agregado para v´arios valore de N.

Como pode-se confirmar o fator agregado al´em de variar com a distˆancia e o desfasamento entre elementos tamb´em varia com a quantidade de elementos utilizados, como se observa na Figura 2.21. Pelo que as varia¸c˜oes vis´ıveis leva a tirar v´arias conclus˜oes:

1. Quanto maior for o n´umero de elementos menor ser´a a abertura do lobo principal. 2. Um aumento do n´umero de elementos leva a um aumento do n´umero de lobos

se-cund´arios.

3. O n´ıvel relativo dos lobos secund´arios diminui com o aumentos do n´umero de elementos. Na continua¸c˜ao deste estudo, o Apˆendice A.2 apresenta um c´odigo desenvolvido em MA-TLAB, com a representa¸c˜ao do Fator de agregado e implica¸c˜ao no diagrama de radia¸c˜ao. C´alculo dos Nulos do Agregado

Os nulos do fator de agregado aparecem quando o numerador da fun¸c˜ao |F A|n´e zero, mas

o determinante 6= 0, portanto temos que,

sin(NΨ 2) = 0 ⇔ N Ψ 2Z = ±nπ ⇔ Ψ = ± 2nπ N n = 1, 2, ... e n 6= N, 2N, 3N, ... (2.29) A dire¸c˜ao para qual ocorrem os nulos ´e,

βd cos θn+ α = ± 2nπ N ⇔ θn= ± cos −1[λ(±2nπN − α) 2πd ] n = 1, 2, ... e n 6= N, 2N, 3N, .. (2.30)

(46)

Para um agregado transversal, os ˆangulos que correspondem `as dire¸c˜oes dos nulos s˜ao: θn= ± cos−1(

N d) n = 1, 2, ... e n 6= N, 2N, 3N, .. (2.31) J´a para um agregado longitudinal, podemos ter o feixe orientado em diferentes dire¸c˜oes, em que θ = 0◦ ou θ = 180◦. Os ˆangulos que correspondem `as dire¸c˜oes dos nulos para cada situa¸c˜ao s˜ao:

ˆ Feixe orientado na dire¸c˜ao θ = 0◦ (α = -β d), substituindo em 2.30

θn= ± cos−1(−

N d + 1) n = 1, 2, ... e n 6= N, 2N, 3N, .. (2.32) ˆ Feixe orientado na dire¸c˜ao θ = 180◦ (α = +β d), substituindo em 2.30

C´alculo dos M´aximos do Agregado

Na express˜ao 2.28, o parˆametro ”n”n˜ao pode tomar valores de N, 2N,..., porque nestas condi¸c˜oes o denominador tamb´em ´e zero, o que leva a uma indetermina¸c˜ao. Para resolu¸c˜ao desta indetermina¸c˜ao conclui-se que neste caso se obt´em o m´aximo do fator de agregado. Assim temos que, os valores para o qual o fator de agregado apresenta o valor m´aximo, ocorrem quando,

Ψ

2 = ±mπ ⇔ Ψ = ±2mπ m = 0, 1, 2, ... (2.33) isto permite que a dire¸c˜ao do m´aximo seja,

βd cos θmax+ α = ±2mπ ⇔ θmax = ± cos−1[

λ(±2mπ − α)

2πd ] m = 0, 1, 2 (2.34) Com isto, pode-se concluir que a dire¸c˜ao dos m´aximos do agregado depende do espa¸camento entre elementos e da sua diferen¸ca de fase, mas n˜ao depende do n´umero de elementos no en-tanto o n´umero de elementos do agregado vai ditar o m´aximo do fator de agregado.

Agregado Transversal

Neste ponto percebe-se que a dire¸c˜ao de m´aximo varia com a diferen¸ca de fase entre os elementos representada por α, e atrav´es desta vari´avel ´e poss´ıvel controlar o ˆangulo para o qual se deseja que um agregado incida a sua dire¸c˜ao de m´axima radia¸c˜ao. Isto leva que a fase obede¸ca `a seguinte rela¸c˜ao em 2.35, onde pretender-se-`a obter um m´aximo para um ˆangulo θx.

βd cos θmax+ α = ±2mπ ⇔ α = −βd cos θx± 2mπ ⇔ α = −βd cos θx m = 0, 1, 2 (2.35)

(47)

Um agregado transversal ´e aquele cujo m´aximo de radia¸c˜ao ´e perpendicular `a orienta¸c˜ao do agregado, ou seja θ = 90◦. Utilizando a condi¸c˜ao feita anteriormente 2.35, pode-se afirmar que,

α = −βd cos 90◦ = 0 (2.36)

Isto leva `a conclus˜ao de que se os elementos de um agregado estiverem em fase (α = 0), a dire¸c˜ao m´axima do agregado ser´a sempre transversal `a orienta¸c˜ao do agregado.

Uma nota importante dada em [4] para agregados transversais, ´e que para evitar que surjam outros m´aximos al´em do m´aximo principal ´e necess´ario que a escolha do maior espa¸camento entre os elementos do agregado seja menor que o comprimento de onda (dmax<

λ).

Na Figura 2.22 temos um exemplo deste tipo de agregado.

Figura 2.22: Exemplo de um agregado transversal com 6 elementos isotr´opicos orientados ao longo do eixo Oz e espa¸cados de λ /4.

Agregado Longitudinal

Um agregado longitudinal ´e um agregado cujo m´aximo de radia¸c˜ao ´e normal `a orienta¸c˜ao do agregado. Neste caso, surgem duas possibilidades de orientar o feixe, para θ = 0◦ ou θ = 180◦.

α = −βd cos 0◦= −βd α = −βd cos 180◦ = +βd (2.37) Com isto pode-se afirmar que para se obter um m´aximo de radia¸c˜ao num agregado lon-gitudinal a diferen¸ca de fase entre os diversos elementos tem de ser igual ao espa¸camento el´etrico entre estes. Uma diferen¸ca de fase negativa leva a um m´aximo para θ = 0 e uma diferen¸ca de fase positiva origina um m´aximo para θ = 180◦.

A mesma nota importante dada para os agregados transversais, tamb´em ´e dada para os agregados longitudinais, no entanto nestes ´ultimos, para n˜ao existirem outros m´aximos al´em do m´aximo principal ´e necess´ario que o espa¸camento m´aximo entre elementos deve ser menor que meio comprimento de onda (dmax< λ/2). Na Figura 2.23, pode-se observar um exemplo

(48)

Figura 2.23: Exemplo de um agregado longitudinal com 6 elementos isotr´opicos orientados ao longo do eixo Oz e espa¸cados de λ /4.

N´ıvel do primeiro lobo secund´ario

A ocorrˆencia do primeiro lobo secund´ario do fator de agregado acontece aproximadamente para, NΨ 2 ≈ ± 3 2π ⇔ Ψ 2 ≈ ± 3 2 π N

ou seja, partindo da express˜ao de |F A|npode-se obter o n´ıvel do primeiro lobo secund´ario.

|F A|n= sin(NΨ2) N sin(Ψ2) = sin(±3π2 ) N sin(2N3π) = 1 N sin(2N3π) (2.38)

Largura de feixe a meia potˆencia

O conceito de largura de feixe a meia potˆencia foi inicialmente introduzido nesta tese nas caracter´ısticas do diagrama de radia¸c˜ao de uma antena. Neste ponto iremos perceber mais concretamente o significado deste conceito. Esta ´e uma da caracter´ıstica importante do fator de agregado onde a sigla que a traduz ´e LFMP, no entanto no meio liter´ario acaba por ser mais conhecida pela sua sigla inglesa HPBW (half power beam width).

A LFMP ´e definida pela diferen¸ca entre os ˆangulos para os quais a densidade de potˆencia radiada ´e metade da densidade de potˆencia radiada segundo a dire¸c˜ao de m´aximo. Em termos de campo el´etrico, metade da potˆencia corresponde a um campo com um valor √1

2 do valor

m´aximo.

Como o campo el´etrico ´e expresso pelo fator de agregado (FA), pode-se a partir da ex-press˜ao 2.28 obter aproximadamente a dire¸c˜ao de m´aximo. Assim, considerando um N elevado esta equa¸c˜ao vale √1

2 para N Ψ

2 ≈ ±1, 391, portanto temos que os ˆangulos para as quais ocorrem

as dire¸c˜oes de meia potˆencia (θh) s˜ao dados por:

Ψ = ±2, 782

N (2.39)

(49)

Pelo que a dire¸c˜ao do m´aximo ´e dada pela equa¸c˜ao 2.40, donde se obtˆem os ˆangulos θh

que correspondem `as dire¸c˜oes de meia potˆencia. βd cos θh+ α = ± 2, 782 N ⇔ θh= cos −1[(±2, 782 N − α) λ 2πd] (2.40)

Sendo a fun¸c˜ao sim´etrica em torno do seu m´aximo, a LFMP Θh corresponde a:

Θh = 2||θm| − |θh|| (2.41)

Para o caso de um agregado transversal, α = 0 e θm= 90◦ tem-se que,

θh = cos−1(±

2, 782λ

2πdN ) (2.42)

Θh= 2|90◦− |θh|| (2.43)

Para o caso de um agregado longitudinal, com α = +βd e θm= 180◦ tem-se que,

θh = ± cos−1(1 − 2, 782λ 2πdN ) α=+βd θm=0◦ (2.44) Sendo a LFMP Θh dada em graus por,

Θh = 2|θh| α=+βd θm=0◦ (2.45)

Largura de feixe entre os primeiros nulos

A Largura de feixe entre os primeiros nulos (LFEN) tamb´em abordada j´a anteriormente e mais conhecida por FNBW (first null beam width) ´e definida pela diferen¸ca entre os ˆangulos pelos quais s˜ao escolhidos pelas dire¸c˜oes dos primeiros nulos do diagrama de radia¸c˜ao.

Atrav´es da express˜ao 2.30, calculamos a dire¸c˜ao dos nulos e pela 2.31 calculamos o ˆangulo para a essa mesma dire¸c˜ao.

θn= ± cos−1(

N d) n = 0, 1, 2, ... e n 6= N, 2N, 3N, ..

Tendo isto sabe-se ent˜ao que para um agregado transversal, α = 0 e θm = 90◦, a largura

de feixe entre os primeiros nulos (FNBW) ´e dada por:

Θh = 2||90◦− |θn|| (2.46)

J´a para um agregado longitudinal, com α = +βd e θm= 180◦, tem-se que,

Θh = 2|θn| α=+βd θm=0◦ (2.47)

(50)

Directividade

A directividade de uma antena foi um conceito j´a abordado anteriormente. Neste ponto incidir-se-`a sobre o c´alculo da directividade para agregados lineares e uniformes.

Com base em [4] e [5], a Tabela 2.1 aproxima a f´ormula do c´alculo da directividade para agregados transversais e longitudinais.

Tabela 2.1: Directividade para os diferentes tipos de agregados.

Agregado Directividade

Transversal ≈ 2N dλ , d < λ

Longitudinal ≈ 4N dλ , d < λ2(1 −2N1 )

2.4.2 Agregado Planar e Uniforme

No estudo de agregados at´e aqui foi sempre assumido de que a orienta¸c˜ao do agregado era feita apenas segundo um determinado eixo. No entanto a distribui¸c˜ao pode ser feita num plano ou mesmo no espa¸co. Este facto leva a um aumento do grau de complexidade matem´atica. Por esta raz˜ao o foco ser´a a representa¸c˜ao do agregado planar. Um agregado planar e uniforme ´e um conjunto de elementos iguais colocados igualmente espa¸cados e ali-mentados com desfasamento idˆentico nas dire¸c˜oes dos eixos que definem o plano. A Figura 2.24 representa este tipo de agregado.

Figura 2.24: Agregado Planar e Uniforme.

(51)

Figura 2.25: Interpreta¸c˜ao de um Agregado Planar.

Observando a Figura 2.25, o F AT ´e dado por FEx(F A)x, isto ´e, os elementos do agregado

NxxNy disp˜oem-se agora no plano xy. Posto isto, pode-se considerar como um agregado linear

de Nx elementos alinhados segundo o eixo xx, em que o fator de elemento ´e um agregado de

Ny elementos alinhados segundo o eixo yy.

Ent˜ao, para o agregado orientado segundo o eixo Ox o fator de agregado ´e Fxe dado por,

|F A|x = sin(Nx Ψx 2 ) sin(Ψx 2 ) , Ψx= βdxsin θ cos φ + αx (2.48)

Do mesmo modo, e pela interpreta¸c˜ao da Figura 2.25, o fator de elemento ´e um agregado linear e uniforme segundo o eixo Oy e dado por,

|F A|y =

sin(NyΨ2y)

sin(Ψy

2 )

, Ψy = βdysin θ sin φ + αy (2.49)

Pelo que o fator de agregado total do agregado planar ´e dado por:

F AT(θ, φ) = sin(NyΨ2y) sin(Ψy 2 ) sin(NxΨ2x) sin(Ψx 2 )

, Ψy = βdysin θ sin φ + αy e Ψx = βdxsin θ cos φ + αx

(52)
(53)

Cap´ıtulo 3

Desenvolvimento da Antena

Ap´os a fundamenta¸c˜ao te´orica das antenas tanto para um elemento isolado, como dispostos num agregado linear e tamb´em num agregado planar, torna-se necess´ario realizar o projeto e a simula¸c˜ao da antena considerada. Este cap´ıtulo tem assim como prop´osito apresentar todo o desenvolvimento feito em torno da antena, e os procedimentos necess´arios para cumprir os requisitos propostos no projeto.

O estudo inicia-se na Sec¸c˜ao 3.2 com o c´alculo da constante diel´etrica e tangente de perdas para o substrato FR-4 escolhido para o projeto da antena.

Posteriormente, ser˜ao calculados e definidos os parˆametros na Sec¸c˜ao 3.1, para dimensionar a antena apenas com um elemento radiante. Estudo esse, a ser desenvolvido na Sec¸c˜ao 3.3 que envolve a an´alise do comportamento da antena com a varia¸c˜ao das suas dimens˜oes para conseguir uma melhor adapta¸c˜ao `a frequˆencia de trabalho. O programa utilizado para simula¸c˜ao e otimiza¸c˜ao da antena foi o CST MWS.

Todo o desenho e an´alise da patch simples ir´a ser utilizada como elemento do agregado linear e planar projetados na Sec¸c˜ao 3.4. O objetivo ´e desenvolver um agregado com uma determinada configura¸c˜ao geom´etrica que possibilite formar um diagrama de radia¸c˜ao de acordo com o pretendido.

3.1

Parˆ

ametros Iniciais

Nesta sec¸c˜ao procede-se ent˜ao `a escolha dos v´arios parˆametros necess´arios para o segui-mento do projeto da antena.

Frequˆencia de Opera¸c˜ao / Largura de Banda

O projeto ´e incidido considerando uma antena recetora para um sinal televisivo terrestre. No territ´orio continental os emissores TDT situam-se no canal 56, pelo que a frequˆencia de opera¸c˜ao atual ´e de 754MHz na banda de UHF.

O canal emissor TDT, possui uma largura de banda de 8MHz. Como a antena recetora ser´a projetada para uma frequˆencia de ressonˆancia de 754MHz, a sua largura de banda dever´a ser igual a 8MHz, correspondendo ao intervalo [750 ; 758]MHZ, ou seja, ≈ 1,1%.

Imagem

Figura 2.1: Opera¸ c˜ ao simplificada de transmiss˜ ao e rece¸ c˜ ao com antenas [3].
Figura 2.10: Antena microstrip.
Figura 2.14: Alimenta¸ c˜ ao por Linha de Transmiss˜ ao: a) com transformador lambda/4
Figura 2.20: Agregado Linear e Uniforme de N elementos separados por d e com uma diferen¸ ca de fase α.
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Referências

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