TINTVERSIDADE DE
EVORA
ESCOLA DECIENCIAS SOCIAIS
Departamento
de
Gestão
AuoIrOnIA
E
CONTROLO INTERNO
NO EXÉRCITO
Reunrónro DE EsrÁGro sout orltElaTtçÃo DA DouroRÀ MÀRIA
oo
RosÁRlo o.e, CorucerçÀo MrRÀ ÍrE CAR\/ALH()FRANCISCO JOSE
MERCA PEREIRA
ÉvoraUNIVERSIDADE
DE
EVORA
ESCOLA
DECIENCIAS SOCIAIS
Departamento de Gestão
AUDITORIA
E
CONTROLO INTERNO
NO EXÉRCITO
Relnrónro
pe EsrÁcto soe trntErvTaçÃo DA DoUToRÀ MÀRUIoo
RoSÁnlo o,a.CorucelçÂo Mtna pe CeRvanno
RSl
2
lY'
'
{8
TRANCISCO JOSE
MERCA PEREIRA
Évora2009
AGRADECIMENTOS
A
execução deste trabalho, no qualincluo
o
estágio que lhe serviu de base, não teria sido possível sema
colaboraçãoo
incentivo
e
o
apoio
de
algumas pessoasa
quem
quero publicamente expressar o meu sincero agradecimento.Ao
Exmo.
Tenente General JoãoNuno Vaz
Antunes, Comandanteda
Instrução eDoutrina do Exército ao Chefe do Estado
Maior
doCID,
CoronelAntónio
Emídio da Silva Salgueiro e ao Chefe do Centro de Finanças, Coronel Camilo João Dias Pedro pela possibilidade queme
deramde
frequentar este mestradoe
de realizaro
estágio na instituição.a
a Aos auditores do Centro de Finanças, Tenente Coronel
Rui
Miguel Azevedo Grosso eao Major
JoséManuel
Pinto
Cano
pela
aberturacom
que
me
aceitarame
pela disponibilidade e conhecimentos transmitidos.À
minha orientadora DoutoraMaria do
Rosário da ConceiçãoMira
de Carvalho por toda a colaboração prestada ao longo deste trabalho.E, por último,
à
minha
família
especialmenteà
Antónia minha
esposa, colega ecompanheira de todos os momentos sem ela dificilmente este trabalho teria chegado ao
fim.
r)
RESUMO
O Sector Público em Portugal atravessa um momento de viragem. O antigo modelo de gestão, burocrático e autoritário vai, aos poucos, dando lugar a um novo modelo assente no princípio dos três
"E(s)"l,
economia, eficiência, eficácia, ao qual se podejuntar
a sustentabilidade e o respeito pelo ambiente, procura tornar os serviços públicos amigos dos cidadãos e das boas práticas. Esta metamorfose exige contudo, uma acção concertada não só ao nível das práticas mas também das mentalidades num trabalho conjunto de governantes gestores e auditores.E
hoje indiscutívela
importância quea
auditoria interna temno
seio das organizações. O sectorpúblico
começa agoraa
dar
os primeiros passos nesta área procurando através da auditoria, não só evitar fraudes e detectar erros mas também apoiar a gestão através de uma actuação directae
eftcaz sobre o que está a acontecer, garantindo que os recursos que são detodos, estão a ser gastos de forma adequada.
No Exército
já
existe uma cultura de auditoria na sua vertente tradicional, ou seja, verificaçãodo
passado,efeito
persuasor, verificaçãoda
legalidade detecçãode
errose
fraudes.A
instituição só pode ganhar se nesta iárea for pioneira alargando
o
âmbito, da sua intervençãoao nível da verificação da eficácia e da eficiência melhorando e criando uma cultura de rigor e
boas práticas na sua gestão.
Palavras Chave: Sector Público, Auditoria Interna, Controlo Interno
I
Vectores chaves para o aumento da produtividade e da riqueza suporte do chamado Value for Money (VFM)IV
INTERNAL AUDIT
AND CONTROL
IN
THE
ARMY
ABSTRACT
The
public
sectorin
Portugalis
at a turning point. Theold
management, bureaucratic and authoritarian model is gradually giving way to a new model based on the principle of the three"E (s)"',
economy, efficiency, effectiveness and,to
which we
canjoin
sustainability andenvironmental respect.
It
aims
at
making
the public
servicefriendly
for
citizens
andpromoting better practices. This metamorphosis, however, requires a harmonized action not only at the practice level but also in the attitudes
within
ajoint
effortof
goveming managers and auditors.It
is nowadays.indisputable the importance that internal audit haswithin
organizations. The public sector is beginning to take thefirst
stepsin
this area, seekingin
the audit not only to prevent fraud and detect errors but alsoto
support the management by working directly andeffectively on what is happening, ensuring that the resources belong
to
everyone, and are all being spent properly.In the Army there is already an audit culture in its traditional area, i.e., verification of the past, persuasive effect, verification
of
the legality, detecting errors and fraud. The institution canonly
win
if
it
is pioneer in this area by expanding the scopeof
its intervention at the levelof
verihcation, effectiveness and effrciency,
improving
and creatinga
cultureof
rigour
and better practices in its management.Keywords: Public Sector, Internal Audit, Internal Control.
2
TNDICE
GERAL
lNDrcE DE
QUADROS...
...VIIIPARTE
A-ENQUADRAMENTOTEÓRCO..
...6CAPITULO I . AUDITORIA INT 6 BREvE EvoluçÃo Hrsrómcn 8 TIPos DE AUDIToRIAS FAsEsDo PRoCESSO DE AUDIToRIA MÉro»os r TÉcxrcas or AITDIToRTA
1.1.1
Metodos.1.1.2
Técnicos ... 142.
AUDITORIAINTERNA... FTNALTDADE (OBJECrrvos) PRrNctpros ORTENTADoREs DA AuDrroRr INTERNA - ORcANISMoS REspoxsÁvns. AumronH Inrnnxe no SECToR PúBLrco ... 2. 3. 4. l0 t2 l3 t4 16 18 l9 20 33 35 36 37 4t 4t 47 4E 48 49 49 1.1 1.2 1.3 1.4 2.1 2.2 233.
AUDITORIA SOCIEDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL DO AUDITOR...2I 3.2.1 3.2.2 i.2.3 ...22 23 ...24CAPITULOI-OCONTROLOINTERNO...
...272.
CONTROLOTNTERNO...
...293.
CONTROLO INTERNO NO SECTORPÚBLTCO
...33Erros e Fraudes ... O Rhco em Auditoria... Etica em Auditoria... A hspncÇÃoGERAL DE FrNANÇAs (IGF) . DrRECÇÃo Goner- oo Onçlurrvro @GO) IxsnrcçÕrs
Grnls
SrcroRJArs... IuponrÂNcrA E OB.rECTrvos ... PnrxcÍrros GERArs... Ava,rnçÃo no CoNrRoLo INTERNo CAPITULOIII
AADMINISTRAÇÃO DO ESTADOt.
oRcANrzAÇÃo ADMrNrsrRATrvA DO SECTOR PÚBLTCO1.1
DEScENTRALTZAÇÃo PoLÍTrcA EA-DMrNrsrRATrvA...
...431.2
MoDALTDADES DE AuroNoMrAFtr{ANCEIRA...
...43CoNTROLO TNTERNO DA ADMTNTSTRAÇÃO FTNANCETRA DO
ESTADO
...45A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE
CONTROLO...
...46 ORGAOS DE CONTROLO DO ESTADO...3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 4.1 4.2 43 4.4
VI
CÀPITULO tV AUDITORIA NO EXÉRCITO PORTUGUÊS ...
1.
CARACTERTZ^Ç^ODATNSTTTUTÇÃO...AuroNoMr A»mlNrsrnarrvA E R.EGTME Fnatcnrno
PROCESSoS INTERNOS...
CoNTRoLo INTERNO...
AAUnnonUINTERNA
2.
PLANEAMENTO DA AUDITORIA2.1
TRABALHoSPnrpAR,ctónlos2.2
PI,ANo GLOBAL DE AUDITORIAEXECUÇÃO DO TRÂBALHO DE CAMPO
3.1
ÁnolnnsDrspomBrlrDArlns(Caxe,nlxcos)...l.l
1.2l3
1.4 51 51 52 54 55 56 60 60 62 63 65 67 67 69 7t 3.3.2
VENDAS, PnnsrlçÃo ns SonvrÇos n Conrasa RECEBERINDICE
DE QUADROS
Quadro
I
-
Exemplos de tipos de controlos preventivos edetectivos...
...37 Quadro 2 - Fluxograma representativo do circuito de reabastecimento de combustíve1...39 Quadro 3 - Exemplo de programa de auditoria na área caixa... 66INDICE
DE
FIGURAS
Figural-OCOSOL..
Figura2-OCOSOil..
Figura 3 - Configuração do Sector Público...
3l
32 42 Figura 4 - Configuração dos níveis de Controlo Interno ...46 Figura 5
-
Cadeia de Comando do Exército ... 5 1Figura 6
-
Órgãos Responsáveis pela administração dos recursos financeiros numa UEO...54SIGLAS
AICPA
-
AmericanInstitute
ofCertified
Publics Accountants AP-
Administração
PúblicaCEME
-
Chefe do EstadoMaior
do Exército CF-
Centro de FinançasCID
- Comando da Instrução eDoutrina
Cmd Log
-
Comando da LogísticaCmdt
- ComandanteCOSO
-
Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission CPC-
Conselho de Prevenção da CorrupçãoCPOG
-
Curso de Promoção aOÍicial
General CRP-
Constituição da República PortuguesaDf
in-
Direcção de FinançasDGO
-
Direcção Geral do OrçamentoDMT
-
Direcção deMaterial
e Transportes EPR-
Enterprise
Resource PlanningIESM
-
Instituto
de Estudos SuperioresMilitares
IFAC
-International
Federation of AccountantsIGCP
-
Instituto
de Gestão da Tesouraria e doCrédito
PúblicoIGF
-
Inspecção Geral das FinançasIGFSS -
Instituto
de Gestão Financeira da Segurança SocialIIA
-
Institute
ofInternal Auditors
INTOSAI
-
International
Organization of SupremeAudit
Institutions
IOSCO-
International Organnation
of Securities CommissionsMIA-
ModeloIndividual
de AbonosNAGA
-
Normas deAuditoria
Geralmente Aceites NEP-
Norma de Execução PermanenteNPM
-
New Public ManagementOCAD
-
Órgão de Comando Administração e Direcção OE-
0rçamento
de EstadoOROC
-
Ordem dos Revisores OÍiciais de Contas PEV-
Plano de Emprego de VerbasPLC
-
Pedido d Libertação deCrédito
POCP - Plano
Oficial
de Contabilidade PúblicaRAFE
-
Reforma da Administração Financeira do Estado ROC - RevisorOficial
de ContasSAS
-
Statement onAuditing
Standard SCI-
Sistema deControlo Interno
SEE-
Sector Empresarial do Estado SIG-
Sistema Integrado de Gestão SPA-
Sector PúblicoAdministrativo
UE-
União Europeialntrodução
INTRODUÇÃO
O
sector público, apontado muitas vezes como um entrave ao desenvolvimento, encontra-se num momento de viragem, a implementação de novos modelos de gestão, as preocupações em controlar e emutilizar
os recursos, que são de todos, de acordo com critérios de economia,eficiência
e
eftcárcia,constituem
uma nova
abordagem capaz
de
transformar
umaadminishação autoritária
e
burocrática
numa
administraçãomoderna
que
contribua activamente para o desenvolvimento e a competitividade do País.Vista normalmente com alguma desconfiança, a prática de auditoria no sector público,
insere-se nesta nova cultura e vai aos poucos conquistando um espaço fundamental contribuindo não
só para
a
transparênciado
processode
prestaçãode
contas mas essencialmente para amelhoria da gestão no seu todo, constituindo-se como um acréscimo de fiabilidade ao novo modelo de gestão.
Apesar de recente, os domínios desta disciplina têm-se alargado, sendo hoje comum falar-se
em
auditoria
de
gestãoou
operacional,de
sistemasde
informação, contabilística ou financeira, f,tscal, ambiental, etc., um sem número de designações que identificam uma prática cada vez mais generalizada e, cuja finalidade é contribuir para a melhoria dos procedimentos nas organizações, na observância das leis e regulamentos.A
auditoria interna realizada por membros qualificados da própria organização, visa não sódetectar falhas
e
incorrecções mas também efectuar recomendações, apontar soluções que contribuam para um melhor desempenho organizacional.O
Exército,como
organizaçáo inseridano
sectorpúblico do
Estado, acompanha de perto todas estas transformações, ciente de queo
seu desempenho enquanto garante da soberanianacional, começa
no
controlo
e
na
gestão eflrcientee
efrcazdos meios que
a
Nação disponibiliza e que, da sua correcta utilizaçáo dependem não sóo
sucesso das missões mas tambémo
bom nome de uma Instituição secular que, ao longo dos tempos, sempre procurou paúilhar e divulgar soluções e boas práticas.No Exército sempre existiu uma cultura de rigor e controlo, apráúica de auditoria é antiga, no entanto
os
procedimentosutilizados
tal
como
nos
outros
organismospúblicos,
focam sobretudoo
controlo
da
legalidadedas
operações. Recentementee
de
acordocom
asIntrodução
recomendações do Tribunal de Contas existe
já
alguma preocupação no sentido de alargar o seu âmbito, visando constituir-se como um verdadeiro apoio à gestão.Num momento particularmente
dificil,
em termos económicos, em que o mundo vive uma dassuas mais gfaves crises, com
o
papel de supervisorese
auditores colocado em causa, estatemática não poderia estar mais actual. Este, pode
pois,
sero
momento certo para que aauditoria
e
os
auditores,no
sectorpúblico,
recebamo
incremento necessárioe a
atenção devida para um papel mais activo e uma participação independente, mas efectiva, na gestão corrente das instituições.O
presentetrabalho
representa,no
âmbito das
motivações pessoais,o
interesse pelo conhecimentoem
gerale
por
esta matériaem
particular,com
efeito, remontaao
ensino secundário e, ao então Curso Complementar de Contabilidade e Administração, a ligação a esta área, mais tarde, profissionalmente, enquantoOficial
dos Quadros Técnicos do Exército, foram as funções na área financeira e no futuro, eventualmente, poderá a auditoriaconfigurar-se como um sector de novas responsabilidades.
É
hoje,
de
domínio comum
que
o
conhecimentoé
um
flrlão
inesgotável, onde, independentemente,da
área
é
sempre
possível
encontrar
motivos
de
interesse, deenriquecimento pessoal
e
profissional.Num
mundo cada
vez mais
globalizadoé
no conhecimentoe
na
competência associadaque
residiráa
diferença entreo
sucessoe
oinsucesso,
entre
o
desenvolvimentoou
a
estagnação,quer
a
nível
individual
quer colectivamente enquanto Nação.A
buscade
competências, aprofundandoo
conhecimento, através da prática,na
área daauditoria
no
sector público representa também uma apostanum
mercado comum
enoÍTnepotencial
de
crescimento.Na
auditoria
do
SectorPúblico
muito
estápor
fazer,
o
que representa uma oportunidadede
realização através, não só dos beneficios que desse facto resultam, mas acima de tudo, pelo contributo que pode ser dado para o desenvolvimento das instituições.A
estrutura deste trabalho assentana
seguinte metodologia: levantamento bibliográfico incidindo especialmente na auditoria interna no sector público e na prática por si associada decontrolo interno à qual se adicionou a aprendizagem levada à prática com a realizaçáo de um estágio, no âmbito da auditoria interna do Exército. Após esta fase pretende-se retirar ilações
Introdução
e
conclusões que permitam efectuar propostas que possam contribuir paraa
melhoria dos processos de auditoria interna no Exército.Resumidamente a estrutura deste relatório divide-se em duas partes distintas: enquadramento teórico da matéria relacionada com
o
estágio, coma
abordagem a prolongar-sepor
quatro capítulos,e um
capítuloÍinal
englobandoo
relatodo
estrígio efectuado as conclusões epropostas.
A primeira parte inicia-se com as questões relacionadas com a auditoria em termos gerais e da
auditoria interna
em
particular. Conceitos, princípios orientadores, evolução, importância, métodose
técnicasutilizados
fazem parteda
abordagem efectuada.A
situaçãono
sectorpúblico
e a
responsabilidadesocial
do
auditor
constituemtambém pontos
abordados conferindo por último a questão do risco e da ética aspectos sempre actuais nesta área.No
capítulo
seguinte efectuar-se-áuma
breve incursãoàs
questõesdo
controlo
interno analisando os seus princípios, objectivose
a
avaliação que deve ser efectuada.O
terceiro capítulo abordaa
organização administrativa do sector público a importância do sistema decontrolo interno
e
dos órgãosde
controlodo
Estado.Finaliza
a
parte teórica,no
quarto capítulo, com a caracterização da instituição Exército Português.Na segunda parte relata-se o trabalho efectuado no estágio conferindo atenção à organização
da
instituiçãoe à
forma
como
a
auditoria se
encontra instituída,como
é
efectuado o planeamentoe
são realizadosos
trabalhosde
campo,os
métodose
técnicas utilizadas. Procurou-se ainda relacionara
teoriae
as novas tendênciascom
a
realidadee a
prática encontrada, retirando elementos que permitissem efectuar propostas tendentes à melhoria daspráticas implementadas.
Parte
A
- Enquadramento teóricoPARTE
A
Capítulo
I
- Auditoria InternaCAPÍTULO
I
AUDITORIA INTERNA
Capítulo
I
- Auditoria IntemaPARTE A
_
ENQUADRAMENTO TEORICO
CAPITULO I
-
AUDITORTA
INTERNA
1.
Auditoria
Nunca como neste momento conturbado da humanidade, em que se
vive
uma das maiores crises económicas de que há memória,a
função auditoria, vista como uma das formas decontrolo nas organizações,
é
aclamada na medida em que, nas suas diferentes formas, pode, sem dúvida, contribuir para evitar muitos dos excessos que foram cometidos nas organizações em geral e nas instituições financeiras em particular.Consequência do seu nípido crescimento e implantação o conceito e a prática de auditoria tem evoluído
ao
longo dos anos, com especial ênfase nas ultimas décadas,fruto ente
outros factores, das significativas alterações verificadas na gestão das empresas e organizações e na economia dos países ao nível mundial.Ao
procurarmosdefinir
auditoria abarcamos com o conceito a actividade exercida por todos os auditorese
por
todos ostipos
de auditoria. Actualmente, serábom referir, a
auditoria especializou-se e, desta forma, é possível encontrar um sem número de modalidades desde asflrnanceiras às operacionais de gestão, de resultados etc.
Desta
forma
e, parao
seu melhor entendimento, vejamos as definições apresentadas por alguns dos organismos nacionaise
internacionais, com responsabilidade nesta área. Assim para a IFAC3citada no Manual do Tribunal de Contas (1999,Pag.30)
a"Auditoria
é
uma verificaçãoou
examefeito por
um auditor dos documentos de prestaçdo de contas com o objectivo de ohabilitar a
expressar uma opinião sobre os referidos documentos de modo a dar aos mesmos a maior credibilidade".Para a INTOSAI4, segundo a mesma fonte, cuja definição está mais voltada para as finanças públicas "Auditoria é o exame das operações, actividades e sistemas de determinada entidade,
3
lnternational Federation of Accountants
a
Capítulo
I
- Auditoria Interna com vistao
verificar
se são execulados ou funcionam em conformidade com determinados objectivos, orçamentos, regras e normas".Numa primeira
apreciação estas duas definições parecem diferentes, nomeadamente pelofacto
de
estarem direccionadaspara
aspectos específicosdos dois
sectores,no
entanto, comportam em si aspectos comuns a partir das quais o Manual do Tribunal de Contas (1999, Pag.23)
construiua
sua definição"
Auditoria
é
um
exameou
verificaçdode
uma dada matéria, tendente a analisar a conformidade do mesma com determinadas regras, normas ou objectivos, conduzidapor
urna pessooidónea
tecnicamentepreparada, realizado
com observônciade
certosprincípios,
métodose
técnicas geralmente aceites,com
visla
a possibilitar ao auditorforrnar umo opinião e emitir um parecer sobre a matéria analisada".Parece-nos esta última uma definição bastante completa ao
incluir
todos, ou quase todos os vectores caracterizadores da função, com efeito, auditoria é essencialmente um exame, com regrase
noÍrnasvisando
atingir
um
determinadoobjectivo.
Dependendoda
auditoria,utilizando
determinados métodose
técnicas, tendo como finalidade possibilitar ao auditor formar a sua opinião e emitir um parecer com uma determinada margem de erro.O erro em auditoria, cuja abordagem será efectuada noutro ponto deste relatório, é algo a ter sempre em conta, a existência de expectativas não satisfeitas "expectation
gap"
é um risco sempre presente.A
auditoria só por si, face à complexidade das áreas de actuação, não pode garantira
l00Yo a credibilidade da informação, não pode garantir o desempenho dos gestoresdentro
da
legalidade. Existe,e
sempre existiná uma margemde
erro,a
qual
só pode ser atenuada com recurso ao planeamentoe à
utilização dos métodose
técnicas correctos por parte da auditoria e à utilizaçío de mecanismos de controlo interno por parte da organização. Sobre auditoria, pode-se ainda afirmar que existem diferenças substanciais, enfre a pnática deauditoria
no
sectorprivado
e
no
sectorpúblico. Com
efeito,
assim acontece, existem diferençassignificativas
entre
a
gestão,os
princípios
e
os
objectivos duma
empresa comparativamente a um organismo público. Esta imposição faz com que também os métodose técnicas utilizados pela auditoria sejam adaptados às diferentes realidades.
Esta ideia é reforçada por Marques e Almeida (2004, Pag.84) ao referir que:
'7s
entidadesptiblicas
e as empresas privadas laboram segundo diferentes objectivos, utilizam diferentes técnicas,o
que em matéria deauditoria
exigeo
desenvolvimento e adequaçõo de métodos apropriados pora as instituições públicas,para
ir
oo encontro da,s suas necessidades".Capítulo
I
- Auditoria InternaNo actual contexto, com a tendência de aproximação dos modelos de gestão das empresas ao
sector público, emerge a Nova Gestão Pública
§ew
Public Management§PM)],
onde outras exigências se colocam às organizações.A
transparênciaa
eficiênciae a
eficácia com que devem ser geridos os dinheiros públicos exige, logicamente, uma nova postura por parte da auditoria e uma ráryida adaptação na criação dos mecanismos necessários à sua verificação.A
preocupação coma
legalidade não basta,a
auditoria tem que redimensionaro
seu espaço confirmando de forma clara a sua utilidade na defesa do bem comum.1.1
Breve Evolução
Histórica
Embora existam indícios de práticas
de
auditoria datadasde
3000AC,
em boa verdade, estamos perante uma actividade recente que nas últimas décadas tem sofrido uma evolução considerável assumindo cadavez mais novos e diferentes graus de especialização.Segundo
Morais e Martins
(2007, Pag.87)
existem indícios de que se praticovam certasformas
deauditoria
interna nas antigas civilizações,altura
em que, em algumas herdades privadas e nos estados feudaisjó
existia uma pessoa que tinhapor
missão inspeccionar osrendimentos das contas de funcionários e agentes.
Nessa época, os registos contabilísticos do governo eram aprovados em audiência pública, e
as contas lidas e ouvidas em
voz
alta, facto apontadopor
alguns autores paÍa a origem do signiÍicado da palavra Auditor a qual provém do vocábulo "antdire" e que significa ouvir.A
data concretado início
da actividade é,no
entanto, desconhecida sendo que no períodoanterior
à
RevoluçãoIndustrial
a
sua
principal
área
de
actuaçãoeram
as
contas da Administração Pública e a sua principal preocupação a detecção de fraudes na utilização dosfundos públicos. Nesta
épocanão existia
indústria
e, a
que
existia,
tiúa
sobretudo características familiarespelo
quenão havia
necessidadede
verificaçãoou
auditoria decontas.
No
entanto,e
não obstante as referências apontadas,a
auditoria, enquanto actividade decontrolo Económico-Financeiro, surgiu na Europa com a Revolução lndustrial,
ou
seja, em pleno séculoXIX.
Vai ser a partir daqui que a actividadegaúa
importância e se desenvolve. Como é do coúecimento geral, após a Revolução Industrial operam-se profundas alteraçõesao
nível
sócio
-
económico,as
empresas crescemem
dimensãoe
complexidade, anecessidade de controlar as fraudes leva as mesmas a criar sistemas de controlo interno e, em simultâneo,
o
aumento das transacções tornou inviável a sua verificação na totalidade peloso
a
Capítulo
I
- Auditoria lntema auditores. Os objectivos da auditoria deslocam-se, neste período, da detecção de fraudes efocam-se
nos
relatórios financeiros.na
verificaçãoda
sua veracidade garantindoque
osmesmos pudessem ser instrumentos de tomada de decisão.
Durante este período
algumas
datas
merecem
relevo
pelo
seu contributo para
o desenvolvimento da função:l3l4
-
Criação do cargo de Auditor do Tesouro da Inglaterra.1559
-
Sistematizou-se e estabeleceu-se a Auditoria dos pagamentos a servidores públicos pela rainha Elizabeth I.1880
-
Foi
criada
a
Associaçãodos
Contadores Públicos Certificados(Institute
of
Chartered Accountants in England and Wales) em lnglaterra.
a 1887
-
É fundado o American Institute of Certified Public Accountants (AICPA)1894
-
Nasce o Instituto Holandês de Contadores Públicosl9l8
-
É publicado na América o primeiro documento formal com princípios geralmente aceites e standards aplicados à auditoria, "Approved Methodsfor
Preparationof
Balanced-Sheet Statements".
a 1934
-
Estabeleceu-se nos Estados Unidos a Security and Exchange Commission (SEC)l94l
-
Publica-se o primeiro grande compêndio sobre auditoria"
InternalAuditing"
do autorVictor
ZBrinke,
é fundado o Institute of Intemal Auditors(llA).
Para esta evolução não
foi
alheio o desenvolvimento e a evolução da contabilidade bem comoo
desenvolvimento económico dos países,o
qual
gerou novase
complexas práticas nasactividades produtivas e comerciais. Na actualidade, o mundo e a auditoria vivem momentos de alguma perturbação. O Século
XXI
surge sobre os desígnios da globalização, sob os efeitosda
evolução tecnológica,da
internacionalizaçíodas
empresase
da
complexidade das organizações. Os recentes escândalos financeiros levam ao nepensar do papel da auditoria e no seu contributo parao
desenvolvimento sustentado das empresas e organizações deste novo século. 9 :l :l o oCapítulo
I
- Auditoria InternaAinda
será um pouco cedo para dizer se estamos perante um novo paradigma, no entanto, écerto que a auditoria vai ocupar um novo espaço, parece evidente que nada será como dantes e
que
a
auditoria se prepara para assumir novos objectivos intervindo de formaa
garantir acredibilização e flrscalização como no apoio à gestão.
1.2
Tipos
de
Auditorias
Definida
genericamente, auditoria, analisadaa
sua evolução histórica verifiquemos, ainda como a mesma pode ser delimitada, tendo como referência o Manual de Auditoria do Tribunal de Contas (1999,Pag.24 -26) relativamente à actuação dos auditores.Quanto às entidades alvo, pode desde logo ser classificada em pública e privada.
Quanto ao objectivo
prosseguido, podem ser classificadas emauditorias de
contas, da situaçãoÍinanceira, de
legalidadee
regularidade e auditorias de
gestão. Estas últimas podem ter como objectivos a análise da legalidade, da economia, da eficiência e da eficácia. Segundo o grau de dependência dasauditorias
relativamente ao órgão auditado:Auditoria
Externa:
efectuadapor
profissionais externos não subordinadosà
entidade, normalmente acontecem ocasionalmente;Auditoria
Interna:
realizadas por profissionais da própria instituição, são quase sempre permanentes.Quanto à amplitude, ou seja, quanto ao universo a auditar:
Gerais: quando têm
por
fim
uma visão global da entidade auditada, a qual, sendo uma auditoria financeira, obriga a examinar todas as parcelas contabilísticas mas não exige um exame completo e integral de cada uma delas;Parciais:
Quando têmpor fim
examinarum ou
vários sectores, áreas, actividades ou temas, podendo ser orientadas, horizontais, de projectos ou programas e de sistemas. No que respeita à periodicidade:Permanentes: quando se realizam
por
diversas vezes ao longo do exercício, de forma regular ou irregular; o a o a aa
o
Capítulo
I
- Auditoria IntemaOcasionais
ou
únicas
as que se
realizam quando
ocoffe
qualquer
acontecimento imprevisto ou é necessário dar solução ou resposta a alguma questiÍo especial;De
fim
de exercício, as que têm por objectivo averiguar da sinceridade dos documentosde prestação de contas.
Por
último,
eno que
respeitaà
exaustão dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor, as auditorias podem classificar-se como:Integrais:
consistemno
exame de todas as operações efectuadasno
período, podendo ocoÍrer quer numa auditoria geral quer numa parcial.Por
sondagens: consistem em comprovara
exactidão deum
número seleccionado desituações, lançamentos, registos, etc., e
inferir
as conclusões parao
conjunto objecto da análise.Normalmente, uma missão
de
auditoriapode
ser enquadrávelem vários
destes critérios classificativos dependendo do objectivo a atingir.lndependentemente do
tipo,
ao auditoré
exigida sólida formação técnica, independência eresponsabilidade, características profissionais que a INTOSAI, nas suas norÍnas, realça como fundamentais.
Em
Portugalo
Tribunal
de
Contasno
seu manual(1999,
Pag.97)
nos"princípios orientadores" confirma esta exigência ao referir que o auditor deve exercer a sua actividade com independência, competência e diligência.
A
actividade é regulada em Portugal pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC)s, e exercida por empresas ou profissionais independentes seus associados. Em termos públicos compete ao Tribunal de Contas a realizaçáo de auditorias externas de acordo com as nornas técnicas vigentes.Ao
nível
interno, alguns organismos possuem departamentos ou pessoas responsáveis por efectuar missões de auditoria como acontece no Exército.5
De acordo com o seu estatuto Decreto -Lei n"487/99, de 16 de Novembro, republicado pelo Decreto-Lei no 224108, de 20 de Novembro
a
o
Capítulo
I
- Auditoria lnterna1.3
Fasesdo
Processo de
Auditoria
Uma
auditoriadeve ser objecto
de um
planeamento cuidado, meticulosoem
todos
os ponnenores, de forma a salvaguardar o mais possível a ocorrência de imprevistos. O trabalho do auditor para além de complexo é em regra solitário e exigente, na medida em que obriga não só a um coúecimento fundamentado da legislação mas também dos processos existentes na entidade objecto da auditoria.Morais e Martins (2007, Pag. 135) consideram que a equipa de auditoria deverá compreender e avaliar os controlos internos existentes (que minimizam os riscos) em cada área a auditar, com o objectivo de avaliar o gop existente e assegurar uma razoável confiança nos mesmos, podendo determinar o alcance, limitando os procedimentos de Auditoria Interna
Para Silva (2000, Pag. 40) o trabalho do auditor pode ser dividido em quatro faces: Observação
o a
a Revisão
a Relatórios
Seguimento ou Follow
-up
Para este autor na fase da Observação,
o
auditor busca essencialmente informações que lhe permitam o conhecimento necessário sobre o management, ou seja a actividade da entidade aauditar quais os seus pontos fortes e pontos fracos, quais as ameaças e oportunidades. Na fase da revisão efectua-se
um
exame detalhado às actividades desenvolvidas de acordo com osobjectivos
a
atingir
e
os
padrões estipulados.Com
o
relatório relatam-se as opiniões doauditor
e
efectuam-se normalmente recomendaçõesque
devemser
seguidasna
fase
do seguimento ou.fo llow -up.No Manual de Auditoria do Tribunal de Contas (1999, Pag.65) independentemente do tipo de
auditoria
e
dos objectivos que se pretendematingir,
faz-se referência somentea
três fases numa missão de auditoria:a Planeamento
Capítulo
I
- Auditoria Intemaa Ávaliaçdo e elaboraçdo do relatório
Genericamente, no Manual de Auditoria do Tribunal de Contas, (1999, Pag. 66-68) estas fi€s fases encontram-se bem delimitadas
e
o
seu alcanceé
perfeitamente perceptível.Com
o planeamento pretende-seobter
um
conhecimentotão
pormenorizado quanto possível da entidade e dos seus sistemas de controlo, é ainda nesta fase que deve ser elaborado o plano global da auditoria e efectuada a suacalendaizaçio.
Na fase da execução, efectua-se a avaliação concreta dos controlos instituídos e executa-se o
trabalho delineado na fase de planeamento, da avaliação
do
controlo efectuada resultará o grau de aprofundamento dos trabalhos bem como otipo
de testes aplicar. Na última fase, oauditor apresenta as suas conclusões e elabora
o
respectivo relatório com as recomendações que entender necessárias justificando essas mesmas decisões.1.4
Métodos
eTécnicas
de
Auditoria
A
auditoria, conformejá
referido, consiste num exame através do qual se procura verificar eanalisar
a
validade
e
veracidadede
qualquer
informação.Este
trabalho
exige
muita organrzaçáoe
disciplinapor
partedo
auditor,o
qual
recoÍTea
determinados métodos etécnicas que o auxiliem nesta tarefa.
No
Manual de Auditoria
do
Tribunal de
Contas(1999,
Pag.27) estesdois
conceitos encontram-se assim definidos:Métodos são os processos racionais orientados de acordo com normas específicas que hdo-de conduzir b auditor no direcçdo do resultodo desejado.
As
técnicas são os meios ou instrumentos que oauditor
utiliza na realizaçdo do seu trabalho e que lhe possibilitamformar uma opiniõo.Métodos
e
técnicas constituem
os
chamados procedimentosde
auditoria
os
quais conjuntamente com determinados princípios (que servem de base à orientação e avaliação daqualidade
da
auditoria),formam
um
conjuntode
nornas que
conferem credibilidade aotrabalho dos auditores.
a
a
Capítulo [ - Auditoria Interna
1.4.1
MétodosRelativamente aos métodos no Manual de Auditoria do Tribunal de Contas (1999 Pag. 28) são
referidos três no âmbito da auditoria financeira:
Testes directos às contas e operações o qual consiste na verificação, a partir dos montantes que
figuram
nas contasfinais
e
de
síntese, dos diversos documentosde
suporte (contas correntes, guias de receita, documentos de despesa. etc.).Análise do
sistema decontrolo interno
consiste em examinar o modo comoo
sistema decontrolo interno funciona para verificar a sua adequabilidade e funcionamento na detecção de
erros ou irregularidades significativos que possam ter ocorrido. Utilização em simultâneo dos'dois métodos anteriores.
A
aplicação prática do primeiro método apresenta, ainda de acordo com o Manual do Tribunal de Contas, limitações, nomeadamente não permite colher informações sobreo
mérito dos valores constantes das contas, revela ineficácia relativamente às contas de carácter repetitivo ou às que forem restritas a um reduzido número de operações e oneroso sempre que o número dee
complexidade das operações envolvidas implique um número elevado das mesmas de forma a possibilitar a formação de um juizo.Resulta
desta
análise
que
na
generalidadedos
casos
se
opte
pela
utilização
em complementaridade dos dois métodos, com efeito a abordagem utilizada no segundo método não elimina a utilização do primeiro, somentelimita
o número de verificações específicas aefectuar consoante
o
maiorou
menor grau de fiabilidade dos circuitos implantadose
em vigor, decorrente do sistema de controlo interno instituído.1.4.2
TécnicasNa
generalidade das auditorias, os procedimentos utilizados (Métodose
Técnicas) não seaplicam a todos os factos patrimoniais mas apenas a alguns deles. Estes procedimentos que
auxiliam
o
auditor na formação de uma opinião e que variam consoante otipo
de trabalho arealizar, podem classificar-se em: procedimentos gerais (com aplicação em várias fases da execução do exame) e procedimentos específicos (apenas com aplicação em certas áreas e
tipos
de auditoria). Os primeiros, segundoo
Manual deAuditoria do
Tribunal de Contas (1999, Pag. 30), compreendem as seguintes técnicas de verificação:Capítulo
I
- Auditoria Internao
Inspecção é a verificação fisica de determinados bens do activo (existências, imobilizado corpóreo,etc.)
e
dos documentosde
suportede
diversas operações (vendas, compras, recebimentos, pagamentos, etc.);o
Observação é o acompanhamento na prática das funções cometidas às várias pessoas;o
Entrevista
é a
procura de informaçãoou
de esclarecimentos pontuaisjunto
de pessoasconhecedoras de situações de interesse para o auditor;
.
ConÍirmação
é o procedimento que consiste na obtenção de provas que se podem apurar na entidade que se está a auditar (facturas, guias, extractos bancários, etc.) ou fora dela através de certidões ou de circularizações destinadas à confirmação de saldos de contas eoutras informações;
o
Análise
é a
revisão dos registos contabilísticose
saldos das contascom
o
fim
de
severiÍicar a credibilidade que merece a informação constante das demonstrações financeiras;
o
Cálculo
é a verificação da exactidão aritmética dos documentos e registos contabilísticos correspondentes, bem como a verificação de cálculos autónomos.De um modo geral, e de acordo com
o
Manual deAuditoria
do Tribunal de Contas (1999, Pag. 3l -33) em auditoria realizam-se quatro grandes tipos de testes:De procedimentol
a De conformidade;
De substanciação ou substantivos; e
a Analíticos.
Os testes de procedimento consistem em seleccionar uma operação de cada tipo e acompaúar
o seu percurso ao longo de todo o sistema de processamento e controlo, pretende-se com os
mesmos
confirmar
o
entendimentoefectuado através
das notas
descritivas
ou
dos fluxogramas, devem ser aplicados a todas as operações relevantes em relação aos objectivos específicosdo
controlo
interno previamente definidos, devem tambémser
descritos em documentos que indiquem as operações abrangidas.As
incorrecções reveladas pelos testes devem produzir alterações na descrição do sistema.a
a
Capítulo
I
- Auditoria Interna Consideram-se testes de conformidade os que se destinam a confirmar se os procedimentos eas medidas
de
controlo interno são adequadose
se funcionam normalmenteao
longo do exercício. Se na sequência do levantamento do sistema de controlo interno se concluir que esteé
forte,
dever-se-á orientar os trabalhos paraa
realizaçáo de testes de conformidade, reduzindo os testes de substanciação e concentrando-os nas áreas onde os riscos de ocorrência de erros não são suficientemente prevenidos pelo sistema de controlo interno.No
desenvolvimento dos testesde
conformidade utilizar-se-ão três modalidades distintas:Exame
de documentos, previamente seleccionados, para confirmar seo
procedimentofoi
adequadamenteaplicado
ao
longo
de todo
o
período.
O
reprocessamentode
certas transacções, com vista a confirmar que têm evidência de terem sido objecto de verificação econtrolo e,
por último,
a
Observaçãodirecta
da técnica de controloem
funcionamento, completada com entrevistas apropriadas aos executantes.Consideram-se testes substantivos
os
que procuram confirmaro
adequado processamento contabilístico, nas suas verif,rcações, o auditor selecciona, a partir dos negistos contabilísticos,um
conjunto
de
operações representativodo
montantetotal
contabilizado, consultando posteriormente o documento de suporte.Os testes analíticos consistem na análise e ponderação de dados e informações variadas, de
natureza
ou
incidência económico-financeira,incluindo
rácios, tendênciase
variações em relação ao(s) ano(s) anterior(es)e
ao(s) orçamento(s), comvista
a
identificar assuntos ou saldos anormais que requeiram especial atençãoou
investigação, comparativamente com os saldos e variações que se apresentem razoíveis oujustificáveis.2.
Auditoria
Interna
Auditoria interna pode ser considerada um dos muitos ramos em que o conceito original se
foi
subdividindo ao longo dos tempos e, de alguma forma, adaptando às novas necessidades nas
empresas em paúicular e nas organizações em geral. Com efeito, à medida que as sociedades
foram evoluindo novas
e
complexas formas organizacionais foram surgindo assim como anecessidade de novas formas de as gerir e controlar.
A
auditoria interna surge nesta perspectivade
evoluçãocom
a
necessidadede dotar
asorganizações
não só de
uma
forma de
conffolo mas
tambémde
alguém tecnicamente preparado que apoiasse a gestão nas suas decisões e na obtenção dos seus objectivos.Capítulo
I
- Auditoria InternaNa perspectiva do
IIA
-
The Institute of Internal Auditors, citado em Pinheiro (2008, Pag.25)A
auditoria Interna
é
uma actividade
independente,de
avaliação objectiva
e
deconsultadoria, destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações de uma organização. Assiste
a
organizaçãona
consecuçãodos
seus objectivos, atravésde
uma
abordagem sistemáticae
disciplinada,na
avaliação
da
eficácia
dos processosde
gestãode
risco, controlo e governação.Para
o
sector público, de acordocom Silva
(2000, Pag. 10), Poder-se-ádefinir
Auditoria Estatal como a actividade independente e objectiva, desenvolvida pelo auditor e destinada a acrescentarvalor
melhorqndo o,ç resultadose
os processos operativosda
organização. Coracteriza-sepela
execução de exames estruturados de políticas, programas orçamentais, actividades, projectos, funções e tarefas das organizações do Estado com ofim
de medir einformar quer sobre
a
utilização económica e eJiciente dos recursos empregues bem assim comoforam atingidos os objectivos prosseguidos, quer sobre o conformidade legal.Destas deflrnições destaca-se a expressão acrescentar valor, com efeito a auditoria interna deve representar algo mais do que reportar o passado e a verificação da conformidade legal, deve,
acima
de tudo, implicar
um
compromisso presentee
futuro.
ParaSilva
(2000, Pag.l0)
qualquer actividade, desenvolvida numa organizaçõo, deve
ter
um contributopara o
volor acrescentado da sociedade, ou seja para a criação de riqueza.Destacaria ainda um outro aspecto importante que é o facto do auditor poder contribuir para a
melhoria dos processos operativos da organização e que, de alguma forma, rompe com a visão tradicional de auditoria virada para os aspectos da detecção de erros e fraudes Silva (2000, Pag 10) refere a necessidade da auditoria produzir resultados para a gestão atrm,és do efeito
de sinergia entre aforma comofaz o serviços e a naturezo dos mesmos.
É pois inquestionável que a auditoria pode contribuir de forma significativapara a melhoria dos processos operativos e para a criação de valor numa organizaçáo. De acordo com Morais e Martins (2007, Pag. 14) a
auditorio
interna fornece análises, recomendações sugestões einformoções, relativas às actividades, unidades, divisões ou processos auditados. O auditor
interno
deverevelar
asfraquezas, determinar
as
causas,avaliar as
consequências eencontror uma solução de modo q convencer os responsáveis a tomar as medidas correctivas adequadas.
Capítulo
I
- Auditoria lnternaPara
que
a
sua acção seja efectiva, torna-seno
entanto, fundamentalque
a
actividadedispoúa,
no
seio da organização, deum
enquadramento adequado, quea
sua acção estejadefinida
em
documentoformal,
estabelecendo claramente objectivos, responsabilidades eautoridade, permitindo assim ao departamento
ou
gabinete de auditoria, conformeo
caso, cumprir a sua missão com a transparência e a independência que é exigida à função.2.1
Finalidade (Objectivos)
Embora recente a auditoria interna desempenha
já
um papel importante nas organizações asua utilização no sector público ainda não é generalizada mas prevê-se que a breve prazo
tal
aconteça.
Dos seus objectivos faz parte sem dúvida contribuir para a melhoria da gestão da organização de que depende. Para Morais e Martins (2007,Pa9123) o
principal
objectivo da actividode deouditoria interna é incentivar o cumprimento dos objectivos do entidade.
Para estes autores existem ainda um conjunto de objectivos considerados secundários que é
necessário cumprir para atingir o objectivo principal, nomeadamente:
Avaliar
o
controlo internoda
entidode, querna
vertentefinanceiro
quer operacional, como
objectivode
assegurar afiabilidade da
informaçdofinanceira,
a
eficácia
eeficiêncio dos recursos e o cumprimento das normas e regylomentos;
a
o o
a
Analisar os activos da entidade considerando possh,el a sua incorrecta utilizoção;
Analisar
afiabilidade
do
sistemade
informaçdoda
entidode, determinara
coruecta obtenção da informação utilizada nas operações;Considerar
o
cumprimento,por
parte
da
estrutura organizacional,
das
políticasemanadas da Direcção;
Analisar a rocionalização dos critérios organizacionais, valorizando a possibilidade de melhor utilização e efectuando as recomendoções oportunas.
Para
Silva
(2000,
Pag.3l)
são
essencialmentetrês as
finalidadesda
auditoria
estatal(prevenção; correcção e
a
reforma).
Para este autor prevenir erros, omissões e abusos naAdministração Pública
é
uma das grandes finalidadesda
auditoria, depoiso
trabalho doCapítulo
t
- Auditoria Intema auditor deverá sempre conter as recomendaçõesjulgadas necessárias às correcções dos abusos detectados, o último objectivo prende-se com a ideia de que reformar, implica mudança e de que é sempre possível fazer melhor.Melhorar
a
qualidade da gestão deve pois, sem dúvida, serum
dos objectivos da auditoria interna, esta acção, contudo, só sortiráo
efeito
esperado se as correcçõese
as propostas efectuadas pelos auditores forem aceites e implementadas pelo que também será importante o acompanhamento da sua implementação e a monitorizaçáo dos resultados obtidos.2.2
Princípios Orientadores
da
Auditoria
Interna
- Organismos
Responsáveis
O trabalho de qualquer auditor deve sempre ser orientado por princípios éticos, princípios que resultam de um conjunto de normas emanadas pelos Organismos Nacionais e lnternacionais constituindo desta
forma, de
acordocom Morais
e
Martins
(2007,Pag. 49), um
activo intangíve I reconhe cidopor
terceiros.São estes organismos que, baseados
nos
seus códigosde
ética, difundem as normas deauditoria, as quais resultaram não só do desenvolvimento económico ao nível mundial mas também da necessidade de dispor de normas de actuação uniformes com aplicação e aceitação geral, Normas de Auditoria Geralmente Aceites (NAGA).
Estas Normas de Auditoria Geralmente Aceites constituem um conjunto de regras que devem ser observadas
na
execuçãode
qualquer trabalhode
auditoria.O
primeiro
organismo aadoptar um código de ética
foi
o
AICP6. As primeiras normas tiveram origem nos EstadosUnidos,
em
1929 após a crise da bolsa de NovaYork.
Actualmente, para além do referidoAICP,
existem outros
organismos internacionaisque
emitem
norrnas
de
auditoria, nomeadamente: IFAC7, INTOSAIs, [lAe e UEl0. Portugal encontra-se representado através da OROCTI no IFAC e na INTOSAI pelo Tribunal de Contas.6
American Institute of Certified Publics Accountants
7
lntemational Federation of Accounts
8
lnternational Organization of Supreme Audit Institutions
e
tnstitute of lnternal Auditors
lo
União Europeia rr
Ordem dos Rwisores Oficiais de Contas
Capítulo
I
- Auditoria lnterna Para a prática profissional da Auditoria Interna, as nonnas internacionais são emanadas peloIIA,
cujas norrnastem
aplicação mundial cabendo aos organismos dos paísesfiliados,
no nosso país ao lPAIl2" efectuar a tradução para os seus membros ao nível local.2.3
Auditoria
lnterna
no Sector
Público
Tradicionalmente
o
controlono
sector público cabe ao tribunal de contas,no
entanto, esta evidência parece tendera
alterar-se com os profissionais de auditoriaa
serem chamados aintervir também nesta área.
As reformas introduzidas ao nível do sector público, na linha daquilo que vinha acontecendo na generalidade dos países desenvolvidos, visando sobretudo,
a
introdução de melhorias aonível dos serviços prestados pela administração pública, procurando introduzir critérios com
base
na
eficácia
e
na
eficiência
na
gestão desses organismos, consubstanciou uma aproximação dos modelos de gestão públicos aos modelos de gestão privada.A
introdução do modelo baseado na New Public Managemenl, conforme ficoucoúecida
estatendência, aliado aos sucessivos escândalos contabilísticos, a desconfiança gerada originaram
um
significativo
e
crescente interessepor
esta
actividade,
abrindo
as
portas
aodesenvolvimento e afirmação daprártica de auditoria, possibilitando um crescente interesse e
um papel mais activo não só como garante da legalidade mas e, principalmente, na própria gestão.
O sector público não fica pois, imune a esta "revolução" e procura também, de alguma forma,
adaptar-se
a
estanova
realidade.As
dificuldadessão muitas,
as
diferençasentre
um organismo públicoe
uma empresa são significativas, aonível
dos objectivos, das práticas contabilísticas, da própria gestão com a não existência de concorrência e de um mercado, etc.No entanto, as dificuldades que são reais e conhecidas não podem servir de desculpa para não avançar
com um
processo generalizado de realizaçãode
auditoriase,
tendo em conta ascaracterísticas dos organismos, não se dotarem os mesmos de auditores que possam através dos seus coúecimentos e no cumprimentos das melhores práticas, auxiliar a gestão. Cadavez
mais
a
auditoria, paraalém dos
aspectos financeiros,visa
também aspectosde
gestiio, ambientais, de utilidade social, entre outros. (Manual deAuditoria do
Tribunal de contas (1999, Pag.30)).r?
Capítulo
I
- Auditoria Intema3.
Auditoria
Sociedade
e
Responsabilidade Social
do
Auditor
3.1
Auditoria
eSociedade
Emitir
um
parecer sobre as contase
resultados, dar-lhe credibilidadeno plano
interno eexterno,
contribuir
para a boa imagem da empresa ou organização, constituem sem dúvida alguns dos objectivos mais relevantes da auditoria. Esta ideia de segurança revela-se contudo, um dos conceitos que divide auditores e sociedade e consubstanciam aquilo a que se entendeu chamar de diferenças de expectativas.Para Barata (2005. Pag. 70) a auditoria, tal como está desenhada, assume a característico de bem público
pqra a
sociedade, interessando, assimreflectir
sobre sea
auditorio
está emcondições de proporcionar os serviços que a soctedade reclama e
aforma
como a sociedade quer que estes se realizem.Com efeito, a sociedade e principalmente os utilizadores directos da informação consideram que a auditoria deveria cobrir determinados aspectos e apresentar resultados que garantam não só a saúde financeira como as suas perspectivas futuras. Os auditores têm um entendimento diferente
da
funçãoe
consideramser
de todo
impossível garantirtal
pressuposto. Esta diferença de expectativas advêmda
impossibilidade dea
auditoriacobrir
todas as áreas etodos as transacções.
Em
simultâneo existe ainda algum desconhecimento acerca do trabalho do auditor. Entre opúblico em geral existe
a
convicção de queo
auditor ao efectuar uma auditoria examina everifica todas as transacções efectuadas na empresa ou organização
o
que na prática não severifica. O auditor em regra fundamenta e apresenta a sua opinião com base em técnicas de amostragem, com desenvolvimento adequado a cada caso.
Esta realidade
faz com que
o
auditor nos
seus relatórios não possaconcluir com
total segurança que o trabalho sobre o qual incidiu a sua análise está isento de erros, omissões oufraude.
Sendo verdade, contudo,esta limitação
não pode
servir para,
de uma
forma generalizada,justificar
situações de falta de rigor ou falta de profissionalismo, o auditor tem uma responsabilidade um código de ética e de conduta que deverá seguir escrupulosamente. Numa breve análise histórica verifrca-se que a questão da detecção de fraudes e erros pelos auditores, enquantoobjectivo
primário da
auditoria,
têm
ao
longo
da
história
sofridoCapítulo
I
- Auditoria Internaalterações e entendimentos nem sempre coincidentes entre auditores, gestores e a sociedade
em
geral.
Na
actualidadeé
notória
a
pressão existentepara que exista uma
maior responsabilizaçáo dos auditores na detecção de erros e fraudes.A
comprovar
esta
ideia
a
existência
de
normativo
específico
e o
seu
constante aperfeiçoamento. De acordo com aNorma Internacional
deAuditoria
n" 240-
"Fraudes
eErros"citada em Almeida (2005, Pag. 156)
o
auditor ao planear uma auditoria deve ter ematenção
o
risco
de
distorções materialmente relevantesnas
demonstrações financeiras resultantede
errose
fraudes. Refere aindaque
apesarda
adequada preparaçãode
uma auditoria, existem sempre riscos de distorções materialmente relevantes não serem detectadas. Estudos recentes, nomeadamente oRelatório Cadbury
e olivro
verde da U.E. referidos porAlmeida
(2005,Pag.
157-158) alinhamno
sentidode
queo
auditor deve planearo
seutrabalho de forma a conseguir uma expectativa ruzoável na detecção de erros e fraudes mas a
responsabilidade
primordial
na
sua prevenção competeà
administraçãoda
empresa ou organização.De acordo com Barata (2005, Pag 293)
a
localização de erros e fraudes é uma resultante enão um
fim
do
exameàs
contasda
empresa, devendo acentuar-seno
entantoo
carócter ltersuasivoda auditoria
o
quenão
impede ontesreforça
d
necessidadede
implementar emanter um adequado sistema de controlo interno.
Refere ainda este autor que
os
auditores de uma maneira geral não são contratados para descobrir erros ou fraudes nem a sua acção garante que estes não aconteçam o que não obsta aque não devam estar atentos
à
sua ocorrênciae
em caso afirmativo, organizem programas especiaispara
averiguar
a
sua
extensão, montantee
repercussõesnas
demonstrações financeiras.3.2
Auditoria
eResponsabilidade do
Auditor
3.2.1
Erros
e FraudesGrosso modo a distinção entre o eÍro e a fraude reside na intencionalidade do acto
O
Manual deAuditoria do Tribunal de
Contas (1999, Pag. 72) define comoetro
afolta
profissional cometidapor
distracção, negligêncio ou ignorôncia de determinados princípios,normas
ou
regros
contabilísticasou
administrativqs,que
se
traduza
em
incorrecçãoCapítulo
I
- Auditoria Interna aritmética ou de regtsto das operações e que afecte a regpilaridade ou perfeição técnico do contabilidqde e divide os eÍros em dois grandes tipos: incorrecções de carácter aritmético e osque resultam de deficiente aplicação das normas e princípios contabilísticos.
Para
o
mesmo Manual, estamos peranteuma
irregularidade, quando existe uma violação intencional ou não de uma lei, norma ou princípio contabilístico ou administrativo aplicável, podendo qualificar-se como fraudes quando em face dos elementos objectivos e subjectivos pertinentes, estejam reunidos os requisitos jurídicos aplicáveis.De igual
modo
a
ISA
24013 distingue fraudede erro
e
descrevedois
tipos de
fraude considerados relevantes parao
auditor: distorções resultantesde
apropriação indevida de activos e distorções resultantes de relato hnanceiro fraudulento. Esta norma exige ainda que oauditor mantenha uma atitude de cepticismo profissional no sentido de reconhecer que uma distorção material devida a fraude é sempre possível de existir.
Desta forma, com maior ou menor ênfase, um trabalho de auditoria de alguma forma está
ligado à detecção de erros
e
irregularidades independentemente de, conformejá
referido, ofoco principal de um auditor não ser a detecção de fraudes, erros ou irregularidades.
A
suaimportância
e
detecção devemcontudo fazer
partedas
preocupaçõesdos
auditores na preparação no planeamento e programa de auditoria.3.2.2
O Risco emAuditoria
O
risco em auditoria
é
representadopela probabilidade de
existiremeros,
omissões e,eventualmente, fraudes nas contos da empresa não identificados pelos ouditores no decorrer
do
seutrabalho
e cuja
relevôncia materialInssa
influenciar
a
opinido dos
utentes das demonstrações finonceiros nas suos decisões e os efeitos danosos delas resultantes. Barata (1999, Pag.90)No
âmbito do risco, convêm ainda referir que o mesmo está estritamente relacionado com aextensão, custo e qualidade da auditoria, Barata (1999,Pa9.96) e que risco e amostragem são
indi ssoc i ávei s, Monteiro e Ponte s (2002, P ag.7 2).
Não
será
dificil
compreenderque
sendo
humanamenteimpossível
e
materialmente dispendiosa a verificação de todos os movimentos contabilísticos e de todas as transacções13
Norma lntemacional de Auditoria 240, Aresponsabilidade do auditor ao considerar a fraude numa auditoria de demonstrações Íinanceiras