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Onde Estiver o seu Tesouro ali Também o seu Coração: mineração, tecnologia e economia em Jó 28

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Academic year: 2021

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Nancy Cardoso Pereira**

Resumo: análise do texto de Jó 28 destacando as relações entre a atividade mineradora na

antiguidade e a busca da Sabedoria na literatura bíblica assumindo a integridade da terra como lugar hermenêutico para o enfrentamento do sofrimento e a injustiça.

Palavras-chave: Jó 28. Mineração. Tecnologia. Sabedoria. Terra.

O

texto de Jó 28 da Bíblia é um texto magnífico! Um poema sobre ferro, ouro, cobre, prata, safira, ônix, cristal, coral, jaspe, rubi e topázio. Sobre a terra e o fundo da terra e todas as formas de buscar, procurar, vasculhar, extrair, refinar: minério e sabedoria.

Entre a terra e o texto tudo é matéria, todo o sistema orgânico e inorgânico que vive em um processo permanente de trocas e um complexo processo de retroali-mentação de nutrientes vitais para a vida se faz texto numa apurada tecnologia de extração e fabricação. A Bíblia é e não é um livro sobre a natureza e seus seres: a pergunta hermenêutica vai deixar ou não o texto mostrar sua mistura de consoantes, gêneros literários, intertextualidade, sistemas sociais e biomas. Nas palavras de Haroldo Reimer (2009):

Para uma hermenêutica ecológica de textos bíblicos há que se fazer um ‘cami-nho mental’ que situe o sujeito interpretante em particular e o ser humano em geral dentro da complexidade maior do universo criado... A perspectiva ecoló-gica deve ter presença assegurada na leitura da Bíblia, buscando sempre uma integração entre o grito dos pobres e os gemidos da criação.

ONDE ESTIVER O SEU TESOURO ALI TAMBÉM O SEU CORAÇÃO: MINERAÇÃO, TECNOLOGIA E ECONOMIA EM JÓ 28*

–––––––––––––––––

* Recebido em: 15.10.2015. Aprovado em: 06.11.2015.

** Pós-doutora em História pela UNICAMP. Doutora em Ciências da Religião pela UMESP. Agente e assessora de formação da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Pastora metodista, teóloga e biblista. E-mail: nancycpt@yahoo.com.br

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Entre as pedras e a Bíblia está a materialidade do poema, suas escolhas datadas e a larga história da interpretação. Interpretar é assim restaurar a dignidade en-tre a coisa e a palavra. A leitura de um texto bíblico não difere da leitura dos clássicos da literatura; o fato de ser “texto sagrado” nem acrescenta nem tira legitimidade da interpretação e seus procedimentos. O que torna a tarefa mais difícil e contemporânea é a frase no pára-choque do caminhão de mudança: “Leia a Bíblia”. Isso e a insistência da leitura da Bíblia nos espaços políticos. O financiamento de campanha de deputados evangélicos por parte de grandes mineradoras no país não deixa de ser intrigante e modifica os modos de leitura.

O deputado Eduardo Cunha conquistou o quarto mandato arrecadando 6,8 mi-lhões de reais. A maior doação ao candidato, no valor de um milhão de reais, partiu da Rima Industrial, um conglomerado atuante em vários setores, como o mineral. Por meio da controlada Mineração Corumbaense Reunida, a Vale, líder do ramo, repassou outros 700 mil reais (BARROCAL, 2014).

Ler o capítulo 28 de Jó hoje não pode desconhecer os debates e enfrentamentos da vida política do país. Por isso eu tomo Jó 28 e penso na BAMIN – Bahia Minera-ção – e toda a lógica neo-desenvolvementista que rodopia terra e território na rapina tecnológica e política de continuar a ser provedora de matéria prima, bruta, commodities reféns do cassino do preço do minério na banca interna-cional. Minha tarefa de interpretação acontece na pausa entre as visitas às comunidades impactadas pela implementação da BAMIN e sua ferrovia e o seu porto. Assim minha leitura é tão ideológica quanto a notícia do apoio da bancada evangélica ao novo Código de Mineração. Esta reflexão não altera o rumo da disputa, mas afia a fé cega faca amolada...

sabe qual é a primeira verdadeira crítica da ideologia? A Bíblia, o Livro de Jó. Deus em pessoa rejeita as leituras ideológicas da dor sugeridas pelos amigos do homem sofredor. E também o discurso final, no qual Deus se dirige a Jó pergun-tando-lhe onde ele estava enquanto se desdobrava a obra da Criação, não tem o valor de requisitória arrogante que geralmente lhe é atribuído. A minha interpre-tação de referência é a de Chesterton, que entrevia nessas palavras uma tentativa de mitigar as penas de Jó. Vê? lhe diz Deus, todo o mundo sofre, no cosmos se esconde um caos que até o Todo-Poderoso custa a governar (ŽIŽEK, 2013). Eu faço exegese pra fazer crítica da religião e do capitalismo como religião... que até o

“Poderoso” custa a governar!

As leituras fundamentalistas retiram o texto de seu lugar quando transformam mate-rialidades em alegorias para isso e aquilo. Mas quando o texto bíblico fala em

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“pedra” é pedra mesmo o que quer dizer. Assim o texto de Jó 28 quer falar de mineração e ciência e tecnologia. Fala também sobre sabedoria e temor de Deus... mas, tomando a materialidade do mundo e os afazeres humanos como lugar vital para dizer de Deus e o conhecimento e as técnicas de lidar com a “pedra”, o mundo. O texto de Jó 28 é importante na crítica do capitalismo extrativista e no aprofundamento de uma espiritualidade e pastoral que se ocu-pam com o que é a mineração e seus impactos hoje. Nem naum! Antes que me digam que o que faço não é exegese nem hermenêutica eu digo:

os intelectuais têm a responsabilidade de voltar seus olhos para o real e incidir sobre ele, são parte do movimento vivo da luta de classes e evitam as confortá-veis armadilhas da neutralidade axiológica ao gosto da sociologia compreensi-va weberiana ou da “objetividade” funcionalista (IASI, 2015).

Mas um poema sobre mineração/sabedoria parece estar fora do foco se consideramos o conjunto do texto do livro de Jó: toda a dor humana e seus significados pos-síveis ou a falta deles são apresentados de modo dramático, como num jogo de espelhos de um teatro antigo, em que os personagens buscam, procuram, vasculham, extraem, refinam a linguagem e todos os nomes e adjetivos do so-frimento humano, mas também conhece, descreve e contempla o mundo natu-ral e suas materialidades com detalhes divertidos e raros. Montanhas, animais e o céu são testemunhas importantes do drama humano e de certo modo estão atrelados à lógica retributiva que alinhava parte dos discursos que se propõem explicar a injustiça, o sofrimento e os acidentes. Acreditamos no lugar herme-nêutico já apresentado por Haroldo Reimer (2009): “A perspectiva ecológica deve ter presença assegurada na leitura da Bíblia, buscando sempre uma inte-gração entre o grito dos pobres e os gemidos da criação.”

O capítulo 28 de Jó prepara a virada drástica do texto: a fala de Deus interrompe os di-álogos dolorosos e inaugura uma reflexão sobre o mundo natural, sobrepondo a maravilha da natureza ao clamor sobre o sofrimento humano.

Há muita consideração sobre esta aparente desconexão entre o debate sobre o sofri-mento e a resposta de “Deus na tempestade”; sem a pretensão de abrir esta discussão aqui, acolho a resposta de Leif Vaage em diálogo com Gustavo Gu-tiérrez:

A diferencia de Gutierrez, no me parece ser “la gratuidad” de Dios la que se revela em su respuesta a Job, sino la vida “desbordante” que Dios há creado y que no cabe finalmente em um concepto retributivo de la justicia (VAAGE, 1995).

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Manter a ideia de gratuidade reforçaria de certo modo a lógica retributiva, afirmando uma divindade intervencionista capaz de anular ela mesma e nela mesma esta lógica, mas sem romper com explicação da causa & efeito. A proposta de to-mar a “vida desbordante” como eixo de compreensão da resposta de “Deus na tormenta” não precisa se deter nas maravilhas da natureza em seus detalhes... mas retomo a proposta de caos que até o Todo-Poderoso custa a governar, como totalidade do metabolismo da vida – do corpo pessoal, social e do mun-do. É esta totalidade “desbordante” de tudo que vive que faz a interrogação no livro de Jó e que, ao meu modo de ver, demanda a superação de toda con-cepção intervencionista de um “Deus/Pessoa”. No fim das contas, a mensagem do livro de Jó é libertadora e assustadora: não! Deus não age nem na história humana e nem na natureza!

Deus então é este fenômeno de linguagem imprescindível que se revela na sofreguidão do debate entre Jó e seus “amigos”. A religião é produção de valor, de signifi-cado... assim como o teatro, a poesia: irremovível!

O divertimento e a distração representam um enorme papel nos ritos da igreja. A igreja age por métodos teatrais sobre a vista, o ouvido e o olfato (o incenso!) e, através deles age sobre a imaginação. No homem (sic!), a necessidade do espetáculo – ver e ouvir qualquer coisa de não habitual e de colorido, qualquer coisa para além do mundo acinzentado do quotidiano – é muito grande, é irre-movível...(TROTSKY, 1923).

O que não funciona nessa crítica é o lugar do cotidiano: se fosse somente no extraor-dinário e na imaginação que o irremovível da religião funcionasse, o locus de produção do valor e do significado se reduziriam ao mundo das idéias e nas expressões ideológicas. É exatamente porque se alimenta do mais ordinário (comida, sexo, saúde...), das questões básicas dos modos de vida – produção, reprodução, distribuição e consumo – que a religião é parte estruturada/estru-turante da totalidade desbordante. Não há um lugar de significado e valor fora da vida mesmo: nem Deus!

A fala de “Deus na tormenta” no livro de Jó é uma expansão do debate. A fala teológica vocaliza a natureza não como “cala boca” ao debate sobre a condição huma-na, mas como expressão articulada do locus de vida. A terra fala, os animais dizem, a metereologia se explica, o mundo conversa. O drama humano não se desloca da totalidade dos seres e o que o livro de Jó insiste é na totalidade, no metabolismo. No trato com textos de religião a compreensão de totalidade não pode ser limitada a uma característica discursiva ou estilo literário do discur-so, mas a tarefa interpretativa é a de propor uma representação conceitual que diga as materialidades que antecedem o texto que faz parte da objetivação da

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totalidade como real concreto. é um espelho social onde se pode conhecer um lugar e seu momento histórico.

A categoria de totalidade significa [...], de um lado, que a realidade objetiva é um todo coerente em que cada elemento está, de uma maneira ou de outra, em relação com cada elemento e, de outro lado, que essas relações formam, na própria realidade objetiva, correlações concretas, conjuntos, unidades, li-gados entre si de maneiras completamente diversas, mas sempre determinadas

(LUKÁCS, 1967, p. 240).

O texto é ponto de conexão interna de um projeto que pode ser conhecido. Estas co-nexões (teológicas, historiográficas, semânticas, etc) podem se dar de modo transversal se colocando como relação de contradição o que possibilita a iden-tificação de pontos de força, conflito e até mesmo de ruptura. A totalidade está atravessada de acidentes, contingências e circunstâncias que movimentam e são movimentadas no conjunto.

Creo que la respuesta de Dios trata de la misma realidad sobre la que la teología latinoamericana de la liberación también ha querido llamar la atención, es de-cir, el poder creativo y desafiante del mundo —tanto humano como no humano— olvidado e ignorado por el presente sistema económico-político de la “injusticia institucionalizada”, un sistema cultural de pensamiento y proceso “legal” que a fin de cuentas, como los “amigos” de Job, solamente busca “racionalizar” el sufrimiento y la muerte prematura de tanto ser. La respuesta de Dios convalida, por un lado, la inocencia de Job, no obstante a la vez lo llama a integrarse de forma más profunda en la vida de toda la creación, cuya lógica y concepto de la justicia no se limitan a promover los intereses y bienestar de apenas unos cuan-tos elemencuan-tos (VAAGE, 1995).

Chego ao poema de Jó 28 perguntando pelas materialidades – do texto e suas coisas. Onde estiver pedra... é pedra mesmo! E água, e comida, e trabalho e fogo. As coisas no texto têm pertença social e simbólica no seu tempo e lugar. Mais do que perguntar pela realidade que produziu o texto, a reflexão pergunta pela realidade produzida pelo texto sabendo que uma convulsão dolorosa e “des-bordante” pede pra não só ser conhecida de ouvir falar... mas de ver!

EIS O TEXTO: JÓ 28

1 Existem minas de prata e locais onde se refina ouro. 2 O ferro é extraído da terra, e do minério se funde o cobre.

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3 O homem dá fim à escuridão e vasculha os recônditos mais remotos em busca de minério, nas mais escuras trevas.

4 Longe das moradias ele cava um poço, em local esquecido pelos pés dos homens; longe de todos, ele se pendura e balança.

5 A terra, daí vem o alimento, é revolvida embaixo como que pelo fogo; 6 das suas rochas saem safiras, e seu pó contém pepitas de ouro.

7 Nenhuma ave de rapina conhece aquele caminho oculto, e os olhos de ne-nhum falcão o viram.

8 Os animais altivos não põem os pés nele, e nenhum leão ronda por ali. 9 As mãos dos homens atacam a dura rocha e transtornam as raízes das montanhas. 10 Fazem túneis através da rocha, e os seus olhos enxergam todos os tesouros

dali.

11 Eles vasculham as nascentes dos rios e trazem à luz coisas ocultas.

12 “Onde, porém, se poderá achar a sabedoria? Onde habita o entendimento? 13 O homem não percebe o valor da sabedoria; ela não se encontra na terra

dos viventes.

14 O abismo diz: ‘Em mim não está’; o mar diz: ‘Não está comigo’.

15 Não pode ser comprada, mesmo com o ouro mais puro, nem se pode pesar o seu preço em prata.

16 Não pode ser comprada nem com o ouro puro de Ofir, nem com o precioso ônix, nem com safiras.

17 O ouro e o cristal não se comparam com ela, e é impossível tê-la em troca de jóias de ouro.

18 O coral e o jaspe nem merecem menção; o preço da sabedoria ultrapassa o dos rubis.

19 O topázio da Etiópia não se compara com ela; não se compra a sabedoria nem com ouro puro!

20 “De onde vem, então, a sabedoria? Onde habita o entendimento? 21 Escondida está dos olhos de toda criatura viva, até das aves dos céus. 22 A Destruição e a Morte dizem: ‘Aos nossos ouvidos só chegou um leve

rumor dela’.

23 Deus conhece o caminho; só ele sabe onde ela habita,

24 pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo dos céus. 25 Quando ele determinou a força do vento e estabeleceu a medida exata para

as águas,

26 quando fez um decreto para a chuva e o caminho para a tempestade trove-jante,

27 ele olhou para a sabedoria e a avaliou; confirmou-a e a pôs à prova.

28 Disse ao homem: ‘No temor do Senhor está a sabedoria,e evitar o mal é ter entendimento’ “.

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SOBRE A MINERAÇÃO NA ANTIGUIDADE E AS ALTERNATIVAS INTERPRE-TATIVAS DO LIVRO DE JÓ 28

O texto de Jó conversa com o que se conhecia sobre mineração na antiguidade médio-oriental. Evidências arqueológicas e históricas apontam para um processo difícil e custoso de obtenção destes materiais.

No início a raridade dos metais era tão grande que só eram forjadas armas. A utensilagem corrente continuava a ser de pedra ou de madeira. Por isso, o cobre, o bronze e o ferro não vieram suplantar brutalmente a pedra. Todo o ferro primitivo seria hoje em dia classificado como ferro forjado. O método de obtê-lo “consistia em abrir um buraco em uma encosta, forrá-lo com pedras, enchê-lo com minério de ferro e madeira ou carvão vegetal e atear fogo ao combustível. Uma vez quei-mado todo o combustível, era encontrada uma massa porosa, pedregosa e brilhan-te entre as cinzas. Essa massa era colhida e batida a marbrilhan-telo, o que tornava o ferro compacto e expulsava as impurezas em uma chuva de fagulhas (BRAGA, 2010). Num trabalho anterior já apresentei uma pesquisa introdutória e bibliografia sobre os

mo-dos de extração e trabalho da mineração na antiguidade médio-oriental (CAR-DOSO PEREIRA, 2009, p. 123). Considerando estas informações já apresenta-das posso me dedicar à formatação do texto no conjunto do livro de Jó.

Este poema do capítulo 28 está inserido entre dois blocos de diálogo e de certo modo ocupa um lugar importante na arquitetura textual (LO, 2003). Se nos capítulos de 3 a 27 temos os dálogos de Jó com seus amigos conselheiros que o interpelam a partir das realidade sociais; no bloco de 29 a 41 temos o monólogo de Deus que interpela Jó a partir da natureza. Assim temos uma alteração drástica de gênero literário e o capítulo 28 fica nesta posição de dobradiça entre uma coisa e outra. A história da interpretação de Jó e em especial do capítulo 28 é longa e sem

consen-so fácil – um estudo consen-sobre as possibilidade pode ser facilmente encontrado NEWSOM confirmando o caráter polifônico do texto tanto no que se refere à autoria como a datação.

O livro de Jó possui duas seções, uma em prosa (cf. Jó 1–2; 42,7-17) e outra em poesia (cf. Jó 3,2– 42,6). A seção em prosa emoldura a poesia, dividindo-se em duas subseções: um prólogo (Jó 1–2) e um epílogo (Jó 42,7-17). Com diferen-tes formas literárias, supõe-se que o livro, em sua origem, não tenha sido uma peça unitária, e que cada parte foi redigida em épocas diferentes (MA-GALLANES, 2013).

Seria possível identificar em textos da antiguidade médio oriental textos/poemas que se aproximariam do levantamento de minérios e técnicas que se encontra em Jó 28.

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Por exemplo, num texto sobre Dario, o Grande, existe uma descrição dos mate-riais do palácio em Susa em que os matemate-riais e os locais de extração são listados como concretização do poderio e sabedoria: 7. (1-5). Um grande deus é

Ahura-mazda, que criou este excelente trabalho que é visto, que criou a felicidade para o homem, que concedeu sabedoria e atividade sobre o rei Dario (BEHISTUN INSCRIPTION). Nesta inscrição são citados: o ouro, o lapis lazuli, a turquesa, a prata, o ébano, o marfim e as pedras com suas regiões de origem e com referên-cia ao trabalho técnico necessário para se conseguir estes materiais.

3h. (35-40.) The gold was brought from Sardis and from Bactria, which here was wrought. The precious stone lapis lazuli and carnelian which was wrought here, this was brought from Sogdiana. The precious stone turquois, this was brought from Chorasmia, which was wrought here.

3i. (40-5.) The silver and the ebony were brought from Egypt. The ornamentation with which the wall was adorned, that from Ionia was brought. The ivory which was wrought here, was brought from Ethiopia and from Sind and from Arachosia. 3j. (45-9.) The stone columns which were here wrought, a village named Abira-du, in Elam -- from there were brought. The stone-cutters who wrought the stone, those were Ionians and Sardians.

3k. (49-55.) The goldsmiths who wrought the gold, those were Medes and Egyp-tians. The men who wrought the wood, those were Sardians and EgypEgyp-tians. The men who wrought the baked brick, those were Babylonians. The men who ador-ned the wall, those were Medes and Egyptians.

4. (55-8.) Darius the King says: At Susa a very excellent (work) was ordered, a very excellent (work) was (brought to completion). Me may Ahuramazda protect, and Hystaspes my father, and my country.

A aproximação de textos como este podem ajudar a identificar a relação importante na anti-guidade médio oriental entre lugar/território/recursos minerais/técnicas colocan-do o capítulo 28 de Jó em relação com os debates mais amplos. A lógica da justiça dos deuses no acesso dos reis aos recursos minerais reforça o lugar estratégico de Jó 28: o debate sobre o sofrimento e a injustiça precisa ser feito considerando as relações sociais de poder que disciplinam e estruturam o acesso à natureza. PODEMOS ORGANIZAR O TEXTO DE JÓ 28 EM 3 PARTES: TERRA, TRABALHO

E VALOR

vv 1 a 11- os minérios na natureza e os modos de mineração vv 12 a 19 – dos modos de valoração da mineração

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A TERRA

O texto não desgruda a mineração da questão da terra: o ferro é extraído da terra e é a mesma terra de onde se tira o alimento. Esta compreensão integrada é im-portante para a compreensão de todo o texto. A terra é o lugar de vida e de alimento e vai ser revirada e vasculhada como um fogo que vem debaixo pela mineração. As mãos dos homens atacam a dura rocha e transtornam as raízes

das montanhas: a terra é uma unidade viva e as montanhas têm raízes. Tudo está integrado e em diálogo por estas raízes subterrâneas. O sistema também está integrado pelas nascentes dos rios que são vasculhadas pela mineração. Vasculha. Revolve. Transtorna. A ação de mineração parece estar longe, no fundo, em separado, longe das moradias e dos passos dos animais… mas o tex-to identifica e nomeia um comprometimentex-to de tex-todo o sistema. O ferro, o ouro, a prata e o cobre estão em relação e ligados por estas raízes das montanhas e as nervuras dos poços profundos que se comunicam com a terra que dá o pão e as nascentes das águas e que é caminho dos animais. É importante perceber que a atividade da agricultura é um ativo da terra – ela dá alimento (v.5) – enquanto que na mineração a terra é revolvida (v.6) (MAGALLANES, 2001).

O TRABALHO

O texto elenca diversas técnicas e modos de trabalho associados à mineração: refinar, extrair, fundir, vasculhar, cavar, revolver. Todas estas atividades são apresen-tadas como tecnologia que dão fim à escuridão, isto é que trazem à luz coisas novas, novos modos de operar com a natureza e de conseguir organizar a vida. Claramente o texto associa as técnicas de mineração à ciência e a um mundo de atividades de risco, que desafiam as formas corriqueiras de operação e por isso mesmo atingem, e chegam até um nível mais profundo de conhecimento do lugar e da fonte. Entre as formas de trabalho também se deve contar com as tarefas de contar, avaliar, pesar... e todo o trabalho associado à comerciali-zação da atividade mineradora. O texto reconhece tudo isso como sabedoria, como conhecimento acumulado e aponta que não é de fácil acesso para to-dos... mas é repertório de alguns na lida com o mundo e suas coisas.

DO VALOR

A partir do versículo 12 o texto de Jó 28 faz a provocação: “Onde, porém, se poderá

achar a sabedoria? Onde habita o entendimento?”. O texto quer saber o que garante a compreensão e a racionalidade deste sistema considerando que tudo está vinculado no sistema terra-água. As técnicas apontadas de refinar, extrair,

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fundir, cavar, fazer túneis, enxergar no escuro, trazer à luz não garantem esta sabedoria sobre a totalidade do sistema envolvido na ação mineradora. O gran-de problema está na questão do valor (v.12). Quem e ongran-de está na terra dos viventes o que define o valor dos minérios? A partir do v. 15 o texto pergunta pelo sistema de compra, pelas operações que garantem valor aos minérios porque são estas operações de valor que fazem funcionar toda a empresa de mineração. O texto vai apontar para as ações de comprar, pesar, refinar,

tro-car, lapidar pedras preciosas. Os dois verbos importantes vão ser comparar e

comprar que revelam as trocas econômicas complexas na definição do valor

do que é produzido na mineração. A menção a Ofir e Etiópia revela um circui-to de mineração e de comercialização apontando que a questão do valor não é somente uma questão vertical – de vasculhar os profundos da terra – mas também horizontal, de controle territorial; o mecanismo de comparação e de-finição de valor se relaciona diretamente ao poder de dede-finição de quanto vale cada pedra e seu poder de compra e de status. E a pergunta volta: “De onde vem, então, a sabedoria. Onde habita o entendimento?” (v.20).

DAS TOTALIDADES OU DA SABEDORIA

O texto então revela sua preocupação: a lógica ou a racionalidade das operações de mi-neração e de definição de valor estão escondidas dos olhos de toda a criatura

viva (v.21). Destruição e Morte (v.22) são apenas um rastro, um rumor dessas operações e do que elas significam. Enquanto toda a criatura viva não conhece nem percebe o alcance da intervenção mineradora, a Morte e a Destruição já ouviram falar, têm notícia do que se passa. Esta contradição revela o perigo e a ameaça que rondam todo o processo de extração e de produção do valor. É esta lógica que sustenta a mineração como atividade econômica que é confrontada pela sabedoria do caminho que só Deus conhece (v.23). Se o sistema minera-dor pretende a totalidade vertical – da extração – e da totalidade horizontal – da produção do valor – esta pretensão é negada e confrontada pelo debate sobre a sabedoria. Nenhuma atividade econômica ou modo de produção de valor pode pretender conhecer as totalidades do profundo da terra e controlar o que há debaixo dos céus (v.24). Em Deus o texto de Jó faz habitar o conhecimento dos caminhos e do habitat da sabedoria do mundo e seus seres (v.25). O mundo tem sua lógica de força de vento, de medida exata de águas, existem regras e caminhos para os fluxos de chuvas e tempestades (v.26). Este sistema de vida é a sabedoria e o valor está em manter a vida. Esta sabedoria de vida vai ser ava-liada, confirmada e colocada à prova em dois critérios: no temor de Deus – que nenhum sistema econômico ou formas tecnológicas podem pretender substi-tuir – e no evitar do mal – impedir que sistemas e ações comprometam a vida.

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A SABEDORIA: DE VOLTA PRA TERRA

O texto de Jó 28 utiliza diversos termos para se referir ao território: já no versículo 1 vai se referir à fonte môtsa e lugar maqôm aonde se encontram os minérios mas é também aonde se encontra a sabedoria é perguntado no v. 12 como uma referência geográfica: aonde? aonde se encontra? aonde habita? ממממ

Esta extensividade entre o lugar e a sabedoria se dá na mediação da natureza como lu-gar de procura, mas também de realização do entendimento. A personificação da Sabedoria como um princípio criador já foi apresentada de modo evidente em especial na literatura sapiencial da bíblia hebraica. Mas no livro de Jó este princípio feminino é co-extensivo à natureza e à sabedoria. Não é que sim-plesmente a narrativa utiliza do imaginário do mundo natural para se referir à sabedoria, mas no mundo natural mesmo está a Sabedoria como realização de entendimento e de significados de um território, terra e povo. Ela não se encontra na terra dos viventes... porque a Sabedoria é a terra dos viventes! A Sabedoria – como já se disse – compartilha com Deus sua habitação, seu lugar e

sua fonte... pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo

dos céus. Esta totalidade de “confins e debaixo” expressa a compreensão do “chão” onde tudo vive: aí está a Sabedoria, a vida mesmo que habita tudo que vive. O que o texto denuncia é a pretensão de reduzir as aproximações de conhecimento, administrativas e tecnológicas – fruto de relações poder his-tóricas – à Sabedoria. Não são! O verso 23 vai dizer que só Deus conhece o

lugar – מממממממממ

Jó não vai utilizar o termo “mãe terra” mas vais depender das compreensões antigo médio-orientais sobre o tema. Já em Jó 1, 21 àrom yatsthi mibbeten ìmmi `arom àshubh shammah “nu eu vim do ventre e voltarei para lá nu”; não se refere aqui ao ventre da mãe stricto senso, mas ao ventre do “chão”, da terra – mãe terra. O Sirácida também fala do ciclo da vida começando no ventre da mãe e terminando ou se completando na volta à “mãe de tudo”. (Sir 40,1). A Sabedoria está na terra.

Nesta perspectiva cria-se uma articulação significativa entre a questão do sofrimento e a justiça divina do livro de Jó com a questão da mineração e da Sabedoria do capítulo 28: tanto a justiça como a sabedoria estão vinculadas à questão da terra. Somente quando entendidas “no rés-do-chão” é que a Sabedoria pode responder ao desafio do sofrimento e da injustiça.

No livro de Jó a Sabedoria escondida que se expressa na injustiça no mundo vai ser fi-nalmente explicitada no capítulo 28: as tecnologias que servem ao poderio dos Impérios, de modo exemplar a mineração e os mecanismos de definição do va-lor, são modos de ocultamento da justiça porque se apropriam da natureza de modo violento e restrito, e legitimam as formas de sofrimento e desigualdade.

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A Sabedoria é assim mais do que o andar corretamente sobre a terra: a Sabedoria está na terra, em conhecer as raízes das montanhas (v.9) as nascentes dos rios (v.11) a terra, (de onde) vem o alimento (v.5). O modelo de extração de miné-rios estabelece uma sabedoria/tecnologia que refina, extrai, funde, vasculha, cava, revolve a terra longe dos olhos de todos e para uso de elites sendo visível somente para a Destruição e Morte (v.22).

A integridade da natureza e a integridade da vida do pobre são os critérios para o conhe-cimento da Sabedoria. O capítulo 28 – mesmo reconhecendo as dificuldades da estrutura literária e a diversidade de autoria e datação – funciona de modo exemplar no conjunto teológico do livro de Jó: um protesto contra o acesso ex-clusivo das elites aos recursos da terra na forma da mineração para a produção de riqueza e luxo em detrimento dos modos de vida na terra: alimento, água, moradia, montanhas, animais... tudo embaixo da terra e tudo em cima do céu! CONCLUSÃO

Existem muitos detalhes neste texto e aqui apontamos algumas possibilidades para estudos futuros:

O debate sobre a mineração na antiguidade não é o mesmo que fazemos hoje, mas acredito que o texto de Jó coloca questões importantes que precisam ser en-frentadas de modo articulado:

1 o impacto da atividade mineradora no conjunto do sistema de vida, em es-pecial nos sistemas de produção de alimentos e das nascentes de água; sem esse olhar de conjunto para as raízes submersas de tudo que vive deixamos que a Destruição e a Morte rondem todo o mundo habitado. A alternativa não pode ser uma negação ingênua da empresa mineradora, mas a exi-gência de articular as atividades mineradoras com as demais mediações produtivas e reprodutivas mas principalmente com as formas de ocupação e vivência no território. Nas palavras de Gallazzi (2015, p. 90):

toda atividade humana – inclusive a mineração - só adquire sentido e valor quando feita no “temor de Iahweh” e à luz do “temor de Iahweh” deve ser ava-liada. Esta deve ser a pré-ocupação da teologia.

2 A mineração é também parte de um intricado circuito de produção de valor, não só das “pedras”, mas também das tecnologias e produtos derivados. Este sistema de produção de valor também vasculha e transtorna outros proces-sos econômicos de produção da vida e coloca em risco nossa capacidade coletiva de conhecer e zelar pelo bem viver. Tem sido principalmente sobre

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as terras indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais que as em-presas mineradoras avançam. Neste sentido, os modos de vida tradicionais ainda hoje podem animar processos de busca de Sabedoria:

Nós somos contra apenas o desenvolvimento que vocês, brancos, querem empur-rar para cima de nós....para nós desenvolvimento é ter nossa terra com saúde, permitindo que nossos filhos vivam de forma saudável num lugar cheio de vida... vocês não aprenderam com o que está acontecendo no mundo? Vocês ainda não aprenderam que esse tipo de desenvolvimento pode matar todos nós? (David Yanomami Porantim, maio, 2014, apud HECK, 2015, p. 30).

3 Tudo está conectado! Nos últimos anos a reflexão sobre o capitalismo glo-balizado desterritoralizado quis se impor a partir da imagem de espaços de fluxos, do capital sem pertença territorial e imaterial. O avanço do ca-pitalismo no campo e na agricultura, nas florestas e territórios tradicionais explicita o caráter enganoso desta perspectiva! A base do capital é a extra-ção – de mais valia, de mais gozar – e depende da exaustão e alienaextra-ção de trabalhadores/as e de territórios concretos para se manter.

Al contrario, el intento de plantear el tema de las operaciones del capital apunta justamente a analizar la manera en que estas operaciones se enraízan en los territorios. En este sentido, el concepto de extracción nos permite nombrar la dimensión global del capitalismo contemporáneo y, al mismo tiempo, analizar las implicaciones extremadamente heterogéneas que estas operaciones tienen en los distintos territorios (MEZZADRA, 2013).

4 Deus está em tudo não como intervenção na história e na natureza, mas no desvelamento das formas de produção de valor e de mundos; a refle-xão sobre a Sabedoria “no chão”, da integridade da terra tem um impacto importante para a teologia na América Latina: as tecnologias teológicas de extração de conhecimento não podem substituir a vida mesmo, o que não significa um espontaneísmo ou basismo teológico, mas uma retomada/ reinvenção e radicalização metodológica da teologia da libertação como fidelidade ao Deus dos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra (CPT, 2010), Deus conosco!

Então, não seria melhor deixar estes caminhos apenas como caminhos do hu-mano e deixar Deus em paz com seu misterioso caminho? Não seria melhor que o Mistério de muitos nomes, a força que tudo atravessa e sustenta fosse apenas MISTÉRIO? (GEBARA, 2006)

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“onde estiver o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração.” (Mateus 6,21)

WHEREVER YOUR TREASURE IS THERE YOUR HEART WILL ALSO BE: MINING, TECHNOLOGY AND ECONOMY IN JOB 28

Abstract: the analysis of Job 28 highlights the relation between mining activities in the

antiquity with the search for Wisdom in the Biblical literature, assuming the integrity of the land as a hermeneutical place for the struggle against suffering and injustice.

Keywords: Job 28. Mining. Technology. Wisdom. Land.

Referências

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