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Você é suspeito de ter cometido uma infração penal

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Academic year: 2021

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Você é suspeito de ter cometido

uma infração penal

Você foi detido como suspeito e levado por um serviço de

investigação como a polícia. Ou então recebeu uma convocação

para ser interrogado. Quais são os seus direitos e o que acontece

depois de ter sido interrogado?

Você é suspeito de ter cometido um acto ilícito. Esta brochura informativa explica-lhe quais são os seus direito e deveres, bem como o curso do processo. Por isso, leia bem esta brochura informativa.

Tem perguntas?

Se a seguir ainda tiver perguntas, poderá fazê-las ao seu advogado, à polícia, à Polícia Real Militar ou a outro serviço de investigação com o qual tenha contacto. Nesta brochura informativa, o termo ‘polícia’ também poderá dizer respeito a outro serviço de investigação.

Para mais informações poderá consultar www.juridischloket.nl ou telefonar para 0900 – 8020 (€ 0,25 por minuto).

Se não falar ou compreender

suficientemente bem a língua holandesa

Se não falar ou compreender suficientemente bem a língua holandesa, tem direito a um intérprete. Isto é gratuito. Por exemplo, se for interrogado pela polícia ou se falar com o seu advogado. Se o intérprete estiver presente no interrogatório ou na conversa com o seu advogado, ele não poderá contar a ninguém o que foi dito. Você também tem direito à tradução de certos ofícios, como por exemplo o mandato de detenção e a citação.

A sua situação

• Você foi detido pela polícia e imediatamente levado para a esquadra da polícia. Leia o texto nos pontos A) e C).

• A polícia convocou-o a comparecer na esquadra da polícia para ser interrogado. Leia o texto nos pontos B) e C).

A). Você foi detido pela polícia e

levado para a esquadra

Se foi detido pela polícia como suspeito de um acto ilícito, será interrogado relativamente a isso. Isto significa que a polícia lhe poderá fazer perguntas.

Os seus direitos:

• Você tem o direito de saber de que acto ilícito é que é suspeito. • Não precisa de responder às perguntas (direito de permanecer em

silêncio).

• Tem o direito de falar com um advogado antes do (primeiro) interrogatório.

• Tem direito à assistência de um advogado durante o interro-gatório. Mais à frente poderá ler mais acerca deste assunto. • Avise a polícia sempre que não compreender alguma coisa. Avise

também se se sentir doente, se quiser falar com um médico ou se precisar de cuidados médicos ou medicamentos urgentemente. • Se o juiz de instrução (adjunto) decidir que você vai ter de

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familiar ou companheiro de casa seu seja informado acerca da sua detenção. Às vezes o juiz de instrução (adjunto) pode decidir que isto por enquanto ainda não é possível. Nesse caso, ele informá-lo-á acerca disto.

• Você não tem a nacionalidade holandesa? Então poderá pedir que o consulado ou a embaixada do seu país seja informado acerca do facto de que foi detido.

• Em primeira instância poderá ficar detido no máximo durante 6 horas. Caso se trate de um facto para o qual é permitida a aplicação de prisão preventiva, poderá ficar detido na esquadra durante no máximo 87 horas (3 dias e 15 horas). Se a seguir a isto ainda for preciso mantê-lo detido mais tempo para a investiga-ção, o juiz terá de tomar essa decisão. Pergunte ao seu advogado ou ao juiz o que é que poderá fazer se não estiver de acordo com a sua detenção ou com a decisão de o manter detido durante mais tempo.

• Você tem o direito de consultar os ofícios existentes. Em alguns casos, o procurador pode determinar que isto não é permitido. Nesse caso, ele informá-lo-á.

Consultar um advogado

Antes do interrogatório ser-lhe-á perguntado se deseja falar com um advogado e se quer que o advogado também esteja presente durante o interrogatório. Caso queira um advogado, as seguintes situações são possíveis:

• Se for suspeito de ter cometido um crime muito grave – por exemplo situações em que tenha havido lesões corporais graves, vítimas mortais ou casos sexuais graves – então ser-lhe-á designado sempre um advogado antes de começar o interro-gatório. Isto é gratuito.

• Se for suspeito de ter cometido um crime grave – crimes para os quais também poderá ser detido antes do seu processo (por exemplo assalto) – então poderá escolher se quer falar com um advogado antes do interrogatório. Nesse caso, o órgão de investigação fará com que seja chamado um advogado. Isto é gratuito.

• Se for suspeito de ter cometido um acto ilícito menos grave – por exemplo urinar em local impróprio – então poderá escolher se quer falar com um advogado. Contudo, nesse caso terá de ser você a abordar um advogado e a pagar os custos da respetiva conversa.

Se a polícia, a fim de contratar os serviços de um advogado, comunicar os seus dados pessoais ao Conselho de Apoio Jurídico (Raad voor Rechtsbijstand), estes dados serão processados nos registos administrativos do Conselho.

Se não tiver ficado esclarecido qual situação se aplica ao seu caso, pergunte:

• Se no seu caso será chamado um advogado automaticamente ou se você tem a escolha;

• Se você tem de pagar os custos da conversa com o advogado.

Pense bem sobre a sua situação. Se escolher um advogado, não significa que seja culpado. Se em primeira instância optou por não falar com um advogado, mais tarde poderá revogar a sua própria decisão. Nesse caso você, mesmo assim, terá a oportunidade de falar com um advogado.

O que é que um advogado pode fazer por si?

Um advogado apenas defende os seus interesses. Antes de você ser interrogado, um advogado pode fazer o seguinte por si:

• Dar um esclarecimento sobre a infração penal de que está a ser acusado

• Dar-lhe conselho jurídico

• Explicar-lhe como decorre um interrogatório policial

• Explicar-lhe quais são os seus direitos e deveres durante o interrogatório • Entrar em contacto com a sua família ou o seu empregador para

os informar acerca da sua situação (caso queira)

A polícia não irá auscultar quando você fala com o seu advogado. Tudo o que você contar ao seu advogado é confidencial. O advogado não pode falar com outras pessoas sobre aquilo que você lhe contou, sem a sua prévia autorização. Nem mesmo com a polícia ou com o procurador.

Quando for chamado um advogado, este vem-lhe visitar dentro de 2 horas na esquadra, na medida do possível. Terá no máximo 30 minutos para falar com o advogado. Se conhecer um advogado com quem queira falar, diga isto à polícia. Se quiser falar com um advogado pagando as suas próprias despesas, terá a oportunidade de entrar em contacto por telefone com o seu advogado. O seu advogado pode dar-lhe conselho por telefone ou combinar consigo que irá ter a conversa consigo na esquadra. Neste último caso, espera-se no máximo 2 horas pela vinda do advogado, antes de se iniciar o interrogatório.

A seguir começa o interrogatório. O advogado também poderá estar presente. Se à partida você indicou que não queria o apoio de um advogado durante o interrogatório, mais tarde ainda poderá revogar a sua própria decisão.

O que é que um advogado pode fazer por si durante o interrogatório?

• O advogado sentar-se-á ao seu lado na sala de interrogatório sempre que possível

• Antes de começar e depois de terminar o interrogatório, o advogado pode fazer observações e perguntas ao oficial que efetua o interrogatório

• Tanto você como o seu advogado podem pedir pelo menos uma vez durante o interrogatório que este seja interrompido para poderem deliberar.

• Caso não compreenda alguma pergunta ou observação, se durante o interrogatório você for pressionado ilicitamente, ou se por motivos de saúde não estiver em condições de ser interro-gado durante mais tempo, o advointerro-gado poderá comunicar isto à pessoa que efetua o interrogatório.

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• Depois de terminado o interrogatório, o advogado pode consultar o relatório do interrogatório (chamado auto), e indicar se este contém alguma imprecisão.

B). Você foi convocado pela polícia

para ser interrogado na

esquadra da polícia

Você foi convocado pela polícia a fim de ser interrogado, uma vez que é suspeito de um acto ilícito. Isto significa que a polícia lhe pode fazer perguntas. Você terá de se identificar, portanto leve consigo um documento de identificação válido, como um passapor-te ou carta de condução. Do inpassapor-terrogatório será elaborado um relatório (auto) pela polícia.

Os seus direitos:

• Você tem o direito de saber de que acto ilícito é que é suspeito. • Você não precisa de responder às perguntas (direito de

permane-cer em silêncio).

• Você tem o direito de falar com o seu advogado em confidenciali-dade antes do interrogatório.

• Você tem direito à presença de um advogado durante o interro-gatório, para que este o assista.

• Informe a polícia se – antes, durante ou a seguir ao interrogatório – não tiver compreendido alguma coisa.

• Você tem o direito de consultar os ofícios existentes. Em alguns casos, o procurador pode determinar que isto não é permitido. Nesse caso, ele informá-lo-á.

Consultar um advogado

A polícia convocou-o para ser interrogado. Neste momento, antes de ser interrogado, já poderá entrar em contacto com um advogado. Este poderá prestar-lhe informações e conselho jurídico. O advogado também pode estar presente durante o interrogatório. Se você contratar os serviço de um advogado, os respetivos custos serão por sua própria conta.

O que é que um advogado pode fazer por si?

Um advogado apenas defende os seus interesses. Antes de você ser interrogado, um advogado pode fazer o seguinte por si:

• Dar um esclarecimento sobre a infração penal de que está a ser acusado

• Dar-lhe conselho jurídico

• Explicar-lhe como decorre um interrogatório policial • Explicar-lhe quais são os seus direitos e deveres

• Entrar em contacto com a sua família ou o seu empregador para os informar acerca da sua situação (caso queira).

Tudo o que você contar ao seu advogado é confidencial. O advogado não pode falar com outras pessoas sobre aquilo que você lhe contou, sem a sua prévia autorização. Nem mesmo com a polícia ou com o procurador.

O que é que um advogado pode fazer por si durante o interrogatório?

• O advogado sentar-se-á ao seu lado na sala de interrogatório sempre que possível

• Antes de começar e depois de terminar o interrogatório, o advogado pode fazer observações e perguntas ao oficial que efetua o interrogatório

• Tanto você como o seu advogado podem pedir pelo menos uma vez durante o interrogatório que este seja interrompido para poderem deliberar

• Caso não compreenda alguma pergunta ou observação, se durante o interrogatório você for pressionado ilicitamente, ou se por motivos de saúde não estiver em condições de ser interro-gado durante mais tempo, o advointerro-gado poderá comunicar isto à pessoa que efetua o interrogatório.

• Depois de terminado o interrogatório, o advogado pode consultar o relatório do interrogatório (chamado auto), e indicar se este contém alguma imprecisão.

C). O que acontece depois de ter

sido interrogado?

Depois de efetuados todos os interrogatórios e todos os atos instrutórios, a polícia apresenta o caso ao procurador. Este toma uma decisão sobre o caso, com base no processo na sua totalidade. Este contém o seu interrogatório, bem como outras informações. Por exemplo uma participação da vítima, depoimentos de testemunhas e conselhos dos serviços de reabilitação e/ou da Organização de Apoio à Vítima (Slachtofferhulp). Os serviços de reabilitação dão conselhos sobre o processamento final do caso, com base no processo penal (auto) e/ou na informação constante do processo de reabilitação, caso este exista. Os serviços de reabilitação também poderão querer conversar consigo se o considerarem necessário.

Se o inquérito tiver sido concluído e o procurador considerar que não há provas a indicar que você tenha cometido o acto ilícito, o caso será arquivado. Isto significa que a acusação terminou. Relativamente a isto irá receber uma carta do Ministério Público. Se o procurador considerar que ficou determinado que você é culpado, ele irá concluir o seu processo cuidadosamente o quanto antes. Para isto, ele terá em conta: a sua situação pessoal, se você já foi condenado anteriormente relativamente a um crime, a gravidade do acto ilícito, o conselho dos serviços de reabilitação relativamente ao risco de reincidência e os interesses da vítima.

O seu processo poderá ser concluído de diferentes maneiras:

Arquivamento do processo: O seu processo poderá ser arquivado

(condicionalmente). Nesse caso você não será acusado. Contudo, a decisão de arquivamento do processo poderá estar vinculada a determinadas condições que você terá de cumprir. Por exemplo uma proibição de contacto com a vítima e/ou um supervisionamen-to pelos serviços de reabilitação, com condições especiais. Se não cumprir estas condições ou se cometer novamente um acto ilícito, poderá mesmo assim ser citado relativamente a este processo. Nesse caso terá de comparecer perante o juiz na mesma.

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| Decisão sancionatória: Se o procurador considerar que você é

culpado, ele poderá decretar uma decisão sancionatória. Uma decisão sancionatória poderá ser por exemplo uma multa pecu-niária ou uma pena de prestação de trabalho. Uma decisão sancionatória também poderá implicar uma proibição de condução (pelo que já não poderá conduzir viaturas) e/ou uma medida comportamental (por exemplo uma proibição de estabelecer contacto com alguém ou um contacto compulsório com os serviços de reabilitação).

Quer livrar-se do seu processo imediatamente? Nesse caso poderá pagar a multa pecuniária diretamente na esquadra da polícia. Isto apenas é possível se antes conseguiu deliberar com um advogado sobre o assunto. Se você pagar de uma só vez, o processo estará terminado definitivamente. Isto significa que já não poderá contestar a decisão sancionatória (oposição contra a decisão sancionatória). Se o procurador decretar uma proibição de

condução ou uma pena de prestação de trabalho, você primeiro será ouvido relativamente a isto. Antes desta audiência, poderá deliberar com um advogado. Este também pode estar presente na audiência. Se você quiser que o advogado esteja presente na audiência, esta poderá – caso seja necessário – ser marcada para outra hora. Se você não quiser consultar um advogado, normalmente a audiência poderá ser realizada imediatamente. Para a audiência também se poderá recorrer a uma ligação por vídeo.

Transação: O procurador também lhe pode sugerir uma transação.

Isto significa que serão estipuladas determinadas condições. Se você as cumprir, evitará que a acusação continue. As condições mais importantes são: o pagamento de um montante de dinheiro, uma indemnização para a vítima ou a renúncia de objetos apreendidos. Se não cumprir atempadamente ou de todo estas condições transacionais, terá de comparecer perante o juiz. Uma proposta transacional também poderá ser cumprida imediatamente, por exemplo se você não tiver domicílio ou residência fixa conhecida nos Países Baixos.

Juiz: O seu caso também poderá ser apresentado ao juiz. Nesse caso

receberá uma citação. Aqui consta de qual acto ilícito é que é suspeito, bem como a data, a hora e o lugar onde o seu processo penal será tratado.

Registo criminal ou não?

Se você aceitar uma decisão sancionatória ou uma proposta transacional do procurador, será feita uma anotação deste facto na documentação judiciária (registo criminal) – tal como no caso de uma condenação pelo juiz. Isto poderá significar que não lhe será emitida a declaração de boa conduta (VOG), que você poderá precisar para um emprego ou estágio novo. Poderá pedir informa-ções acerca disto junto a um advogado. Peça também à polícia uma brochura separada que contém uma explicação das consequências. Para mais informações, consulte: www.justis.nl/producten/vog.

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| Colofão

Esta brochura informativa é uma edição do Ministério de Segurança e Justiça e do Ministério Público

Postbus 20301 | 2500 EH Den Haag Março de 2016 | 91417 (Portugees)

Referências

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