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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS CONFERÊNCIA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

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Academic year: 2021

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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

CONFERÊNCIA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

Grupo de Trabalho 4: Fortalecendo a educação e o envolvimento da sociedade civil com relação ao vírus HIV, malária e tuberculose.

O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)1 tem um papel

importante no apoio a evoluções na área da saúde, ajudando os países a lidar com os problemas sociais, culturais e econômicos da HIV e saúde, em parceria com o sistema das Nações Unidas e outras organizações. Isso é feito por meio do trabalho no fortalecimento da governança, instituições e capacidade de gestão e melhorando a coordenação e a eficácia da ajuda. O PNUD também contribui através de seu papel de

coordenação para reunir vários parceiros e recursos em níveis nacional e local.2

O PNUD continua a desempenhar um papel crucial para ajudar os países a deter e reverter a epidemia de HIV, bem como para abordar os determinantes sociais, culturais e econômicos da saúde. Ao fazê-lo, o PNUD também se torna mais relevante e eficaz como um ator global de desenvolvimento.

Existem três áreas de ação fundamentais na presente estratégia corporativa, bem como áreas de prestação de serviços mais específicos:

1. Melhorar os resultados de saúde e da HIV através da integração, de gênero e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

1 Programa das nações unidas para o desenvolvimento. Disponível em < http://www.pnud.org.br/>.

Acessoem 26/08/2013.

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2. Melhorar os resultados de saúde por meio da atenção à governança, direitos humanos e grupos vulneráveis.

3. Melhorar os resultados de saúde através do apoio a implementação do Fundo

Global e desenvolvimento da capacidade3

Estas abordagens tanto reforçam e se sobrepõem em uma estratégia que se destina a expandir o foco e aproveitar o mandato do PNUD. Ao mesmo tempo, há bastante diferença entre as estratégias centrais e áreas de prestação de serviços e cada escritório do PNUD deve ser capaz de encontrar um ponto de entrada que se adapte às próprias circunstâncias de cada país.

Diferentes escritórios do PNUD estarão envolvidos de diversas formas para enfrentar as dimensões de desenvolvimento da saúde.

Dentre as funções do PNUD uma das mais importantes é alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). Os ODMs nasceram em 2000, na Conferência do Milênio, tendo como prazo de 15 anos para o cumprimento das metas, com fim, portanto, em 2015.

O sexto objetivo é “Combater a AIDS, Malária e outras doenças”, sendo que até 2015 os países tenham conseguido deter a AIDS, até 2010 a universalização do tratamento e até 2015 deter a propagação das demais doenças. Neste guia de estudos abordaremos o sexto objetivo. Agora que o ano de 2015 se aproxima será é possível alcançar os resultados esperados? Ainda há epidemias de AIDS em todo o continente africano e em outros locais do mundo. Como garantir que as metas serão cumpridas?

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HISTÓRICO DO PROBLEMA

Para alcançar a meta do sexto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, o PNUD recorre a educação da sociedade civil para evitar o avanço das doenças e iniciar um processo de retração do contágio.

Em 2009, a proporção do vírus do HIV entre pessoas de 15 a 49 anos na África ficou em 4,7%, em média; variando de 0,1% a 25,9%. De 2001 a 2009 o número foi caindo e até se estabilizou em 29 países. Contudo aumentou em 12 países. No que se refere à AIDS houve um aumento da cobertura do tratamento antirretroviral em 37%,

sendo Botsuana e Ruanda com mais de 30% cada. 4

4TopicView:MDG Goal 6: Combat HIV/AIDS, TB, malaria and other diseases. Disponível em

<http://www.aho.afro.who.int/profiles_information/index.php/TopicView:MDG_Goal_6:_Combat_HIV/ AIDS,_TB,_malaria_and_other_diseases?lang=pt> Acesso em 05/09/2013.

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Em relação à tuberculose, várias intervenções vem sendo realizadas como a implementação do Tratamento Observado de Curta Duração (DOTS), confirmando cedo a presença da doença para o tratamento, e ainda a prevenção e tratamento para a tuberculose resistente. Em 2009, 10 países conseguiram atingir a meta de 70% de detecção dos casos de tuberculose, e 15 países chegaram a 85% de êxito no tratamento e 4 países atingiram as duas metas. Porém a quantidade de doentes aumentou de 45%, em

2008, para 53% em 2009. 6

5 Idem 6 Idem

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7

Em relação a este objetivo o Brasil se encontra bem na frente de outras nações, sendo o primeiro país menos desenvolvido a adequar o acesso universal e de graça (através do Sistema Único de Saúde) . Cerca de 180 mil pessoas são tratadas gratuitamente com antirretrovirais. De acordo com os dados da UNAIDS 0,5% da população brasileira possui AIDS, ou seja cerca de 620 mil pessoas.

O número de novas infecções vem caindo ao longo dos anos e o número de pessoas que convivem mais anos com a doença aumenta, graças ao desenvolvimento de medicamentos que aumentam a expectativa de vida dos infectados. Porém, é estimado

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que somente 28% de pessoas infectadas recebem o tratamento. A

malária vitima mais de um milhão de pessoas por ano e dois milhões a tuberculose. 8

O mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, lançado em 2013, aponta que 820.000 homens e mulheres foram infectados com o vírus HIV em países de baixa ou média renda sendo que, deste

número, mais de 60% são mulheres9. Complementando esse dados, o relatório indica

que a dificuldade dessas jovens mulheres terem acesso a informações, recursos ou serviços para um sexo mais seguro são uma das causas para esses números alarmantes em certas regiões do globo.

A importância dos programas educacionaispara informar sobre as doenças só pode ser medida pelo número de casos que foram pervinidos. Ainda de acordo com o relatório, em 2011 cerca de 320.000 crianças com menos de 15 anos deixaram de ser

8 Sexto objetivo do milênio. Disponível em <

http://www.voluntariosonline.org.br/noticia/651-Sexto-Objetivo-do-Milenio--Combater-o-HIV-Aids--a-malaria-e-outras-doencas> Acesso em 05/09/2013.

9Goal 6 In: The Millennium DevelopmentGoalsReport 2013. Disponível em:

<http://www.undp.org/content/dam/undp/library/MDG/english/mdg-report-2013-english.pdf> Acesso em 11/09/13.

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infectadas com o vírus do HIV em comparação com 200110 e 1.1

milhões de mortes por malária foram evitadas desde o ano 200011.

Analisado o caso da África Subsaariana, o relatório de 2013 aponta que 1 em cada 20 adultos vive com o vírus HIV, ou seja, 69% da população mundial que contraiu o vírus vive nessa região; assim, em uma pesquisa conduzida em 2011 para escalarecer as razões pela qual o vírus tem se espalhado extensivamente, o resultado apontou que 50% dos entrevistados disseram que utilizaram camisinha nas últimas vezes que tiveram relações sexuais com parceiros não-regulares e isso representa um aumento de 9% em

relação a mesma pergunta em 2002.12

O PNUD conclui que a campanha de conscientisação do uso de preservativos é uma da maiores ferramentas para promover relações sexuais seguras e conter o avanço da doença; assim, apesar dos número terem um crescimento tímido na última década, estão muito abaixo de níveis satisfatórios para alcançarem as metas estabelecidas pelo Objetivo. Nos últimos cinco anos, por meio de parcerias globais e programas nacionais houve uma expansão nas ações para diminuir o impacto da AIDS nas casas, comunidades e com as crianças – principalmente as que ficaram órfãs por causa da doença -, levando a um resultado positivo no número de crianças de 10 a 14 anos

matriculadas em escolas.13

Ainda pensando na África Subsaariana, as medidas implementadas pelo PNUD em prevenção da doença recaem no entendimento do meio de trasmissão e que recursos utilizar pra se proteger. O uso de redes tratadas com reprelente de mosquito são a maneira mais eficáz de ser proteger, por isso, estima-se que 90% da população que já

10idem 11idem 12idem 13idem

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tem acesso ao material, já o utiliza; em termos de porcentágem, atualmente cerca de 1/3 das crianças com menos de 5 anos dormem sob essas redes na

região, entretanto, esses número ficam abaixo da meta de cobertura.14

Se trantando de uma doença curável, o PNUD trabalha com a educação populacional dos sintomas da doença, buscando auxiliar na detecção cada vez mais rápida da doença, resultando numa queda no número de mortes. Paralelamente, o programa e os governos tem que lidar com a resistência ao medicamentos e com a resistência dos mosquitos aos inseticidas.

A tuberculose, em comparação com as outras doenças, ainda tem altos índices de diagnóstico positivo e um dos mais baixos índices de retração – 2,2% de queda entre 2010 e 2011; o relatório estima que em 2011 cerca de 8.7 milhões de pessoas contratiram a doença, e que destas, 1.4 milhões morreram em decorrencia da

turberculose.15 Em contrapartida, o tratamento vem sendo um dos mais bem sucedidos

do programa; em dados concretos, por três anos seguidos cerca de 85% dos casos

diagnosticado foram tratados corretamente em escala global.16

Como explicado anteriormente, o investimento no protocolo DOTS é uma das maiores expectativas para a retração dos casos de morte da doença.

DIPLOMACIA NAS NEGOCIAÇÕES

A Organização de Saúde Panamericana (PAHO, da sigla em Inglês) adotou na

sua 45a Sessão do Conselho Diretor que os metas do Objetivo de Desenvolvimento do

Milênio seriam usadas como referência para o atendimento de saúde de todos os países da América, fazendo isso por iniciativa pública e com parcerias com a Organização

14idem 15idem 16idem

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Mundial da Saúde e com o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – ambas organizações do Sistema ONU17.

Além do tratamento mencionado, a PAHO que lida com 27 países da América Latina e Caribe, reporta os avanços no controle das doenças. A Oraganização, em dados recentes, aponta que é um dos grandes problemas enfrentados em regiões mais pobres é a falta de conhecimento dos jovens em identificação dos sintomas, métodos de prevenção e formas de contágio da HIV; pensando especificamente na Tuberculose, apesar de 21 dos 27 países indicarem transmissão ativa da doença, Peru, Haiti e Bolívia são os países em que a incidência é maior, assim, levando o trabalho a ser focado na

reversão da condição social e pobreza dessas regiões.18

Na região europeia, estima-se que a Tuberculose cria 49 casos e mata 7 pessoas todas as horas; por um projeto regional da Organização Mundial da Saúde – o Stop TB Strategy -, o monitoramento e suporte aos locais de maior incidência, além de estabelecer protocolos de tratamento, prevenção e cuidados disseminando essas informações em diversas esferas da sociedade civil – privada, pública e entidades

não-governamentais.19

Doenças transmissiveis por vetores como a malária tem uma menor ocorrencia na região, por isso, o processo de educação e prevenção ocorre seguindo os padrões

intercnacionais estabelecidos com a OMS20; entretanto, o trabalho com a HIV/AIDS é

muito mais intenso.

17PAHO andthe MDG. Disponível em: <http://www1.paho.org/english/mdg/cpo_pahoymdgs.asp>

Acesso em 12/09/13

18Regional Situation Analysis.Disponívelem:

<http://www1.paho.org/english/mdg/cpo_meta6.asp>Acessoem 12/09/13

19Tuberculosis in the European Region.Disponívelem:

<http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/tuberculosis>Acessoem 12/09/13

20Malariaandother vector-borne andparasiticdiseases. Disponível em:

<http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/vector-borne-and-parasitic-diseases> Acesso em 12/09/13

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Estima-se que 1.6 milhões de crianças e adultos com o vírus HIV encontram-se na região europeia, por isso, os governos e agências tentam solucionar problemas como a identificação da doença – muitas pessoas convivem com o vírus até que os sintomas estejam em estado muito avançado -, pouco acesso ao

tratamento e a contração paralela de doenças como a malária e tuberculose21.

Na região Asiática e Africana, as comunidades e cidades afstadas de centros urbanos, em regiões mais pobres dos países, dificultam o acesso aos programas, entretanto, inciativas buscam levar medicamentos, testes e recursos preservativos para

auxiliar no tratamento e prevenção das doenças22.

Essas dificuldades em parte explicam porque essas regiões tem a maior incidência e porcentagem dos casos registrados em todas as doenças, como citado anteriormente. Outros fatores que influênciam é a diversidade cultural, grande distância entre grupos populacionais, falta de cooperação regional e outras questões político-financeiras.

Por fim, apesar de uma redução em escala global dos índices, apresentado um progresso positivo na meta de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milêncio, os número reais ainda são muito altos, as ações precisam ser expandiadas exponensialmente e a meta ainda está longe de ser alcançada.

21HIV/AIDS. Disponívelem:

<http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/hivaids>Acessoem 12/09/13

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BIBLIOGRAFIA

Tuberculosis in the European Region.Disponívelem:

<http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/tuberculosis>Acessoem 12/09/13

Malariaandother vector-borne andparasiticdiseases. Disponível em:

<http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/vector-borne-and-parasitic-diseases> Acesso em 12/09/13

HIV/AIDS. Disponívelem: <http://www.euro.who.int/en/what-we-do/health-topics/communicable-diseases/hivaids>Acessoem 12/09/13

Strategic Priority. Disponívelem: <http://www.wpro.who.int/hiv/strategy/en/>Acessoem 12/09/13

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PAHO andthe MDG. Disponível em:

<http://www1.paho.org/english/mdg/cpo_pahoymdgs.asp> Acesso em 12/09/13 Regional Situation Analysis.Disponívelem:

<http://www1.paho.org/english/mdg/cpo_meta6.asp>Acessoem 12/09/13 Goal 6 In: The Millennium DevelopmentGoalsReport 2013. Disponível em: <http://www.undp.org/content/dam/undp/library/MDG/english/mdg-report-2013-english.pdf> Acesso em 11/09/13.

Sexto objetivo do milênio. Disponível em

<

http://www.voluntariosonline.org.br/noticia/651-Sexto-Objetivo-do-Milenio--Combater-o-HIV-Aids--a-malaria-e-outras-doencas> Acesso em 05/09/2013.

TopicView:MDG Goal 6: Combat HIV/AIDS, TB, malaria and other diseases. Disponível em

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05/09/2013.

Programa das nações unidas para o desenvolvimento. Disponível em < http://www.pnud.org.br/>. Acessoem 26/08/2013.

Referências

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