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HUMANÍSTICA - PERGUNTAS & RESPOSTAS

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QUESTÕES_HUMANÍSTICA QUESTÕES_HUMANÍSTICA

NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E

NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA – MAGISTRATURA.FORMAÇÃO HUMANÍSTICA – MAGISTRATURA. I) SOCIOLOGIA DO DIREITO

I) SOCIOLOGIA DO DIREITO

1. Introdução à sociologia da administração judiciária. Aspectos gerenciais da atividade 1. Introdução à sociologia da administração judiciária. Aspectos gerenciais da atividade  judiciária (administração e economia). Gestão. Gestão de pessoas.

 judiciária (administração e economia). Gestão. Gestão de pessoas.

2. Relações sociais e relações jurídicas. Controle social e o Direito. Transformações 2. Relações sociais e relações jurídicas. Controle social e o Direito. Transformações sociais e Direito.

sociais e Direito.

3. Direito, Comunicação Social e opinião pública. 3. Direito, Comunicação Social e opinião pública. 4. Conflitos sociais e

4. Conflitos sociais e mecanismos de resolução. Sistemas não-judiciais de composição demecanismos de resolução. Sistemas não-judiciais de composição de litígios.

litígios.

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1-1- DisDiscocorra sobre a rra sobre a sosociociologlogia ia da admida adminisnistratração judição judiciáciária e ria e gesgestão de tão de pespessoasoas s e,e, outrossim, acerca da relação entre administração e economia –

outrossim, acerca da relação entre administração e economia – RESPOSTA:

RESPOSTA:

Vive-se uma era de grandes transformações sociais, onde o Estado e dentro dele o Vive-se uma era de grandes transformações sociais, onde o Estado e dentro dele o Judiciário é chamado a assumir seu papel de forma profissional. Hoje a função do juiz não Judiciário é chamado a assumir seu papel de forma profissional. Hoje a função do juiz não ma

mais is sse e reresusumme e a a jujulglgarar, , vvisisto to quque e a a adadmimininiststraraçãção o da da ununididadade e jujuririsdsdicicioionanal l éé interdependente à atividade judicante, já que envolve a necessidade de gerir um grande interdependente à atividade judicante, já que envolve a necessidade de gerir um grande número de processos, escassos recursos materiais e tecnológicos, além da

número de processos, escassos recursos materiais e tecnológicos, além da deficiência dedeficiência de pessoas. A administração judiciária é um conjunto de tarefas que procuram garantir a pessoas. A administração judiciária é um conjunto de tarefas que procuram garantir a afetação eficaz de todos os recursos disponibilizados pelo PJ, com o escopo de se afetação eficaz de todos os recursos disponibilizados pelo PJ, com o escopo de se alcançar a entrega de uma prestação jurisdicional eficiente e, neste mister, a ação do juiz alcançar a entrega de uma prestação jurisdicional eficiente e, neste mister, a ação do juiz como gestor engloba atividades afetas ao planejamento, organização, direção e controle como gestor engloba atividades afetas ao planejamento, organização, direção e controle dos serviços administrativos, administração do tempo, delegação de funções, avaliação dos serviços administrativos, administração do tempo, delegação de funções, avaliação de serviços e gestão de pessoas (pois é a ação humana que operacionaliza o processo). de serviços e gestão de pessoas (pois é a ação humana que operacionaliza o processo). Compete ao juiz agregar, recompensar, monitorar e manter pessoas, ou seja, incentivar e Compete ao juiz agregar, recompensar, monitorar e manter pessoas, ou seja, incentivar e propiciar condições para o desenvolvimento de um trabalho em equipe. Este tema se propiciar condições para o desenvolvimento de um trabalho em equipe. Este tema se conecta com a avaliação de desempenho do servidor e à necessidade de se estabelecer  conecta com a avaliação de desempenho do servidor e à necessidade de se estabelecer  um sistema de comunicação favorecedor de uma clima organizacional favorável. Isto um sistema de comunicação favorecedor de uma clima organizacional favorável. Isto implica investir na valorização do servidor, fomentar e valorizar práticas inovadoras, implica investir na valorização do servidor, fomentar e valorizar práticas inovadoras,

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realizar atividades que desenvolvam o comprometimento com a solução de desafios, realizar atividades que desenvolvam o comprometimento com a solução de desafios, at

atuauar r cocom m babase se em em mmetetaas, s, bbususccar ar ssininccroroninia a ccom om o o eescscririvãvãoo. . A A ssococioiolologgia ia ddaa administração judiciária se dedica ao estudo do acesso à justiça, do sistema judiciário administração judiciária se dedica ao estudo do acesso à justiça, do sistema judiciário como instituição profissional e política e dos mecanismos de resolução de conflitos, a como instituição profissional e política e dos mecanismos de resolução de conflitos, a par

partir tir do do estestududo o das das concondiçdições ões insinstittituciucionaonais, is, orgorganianizazaciocionainais s e e proprocedcedimeimentantais is dodo aparelho judiciário, buscando soluções que gerem o aumento da credibilidade judiciária, a aparelho judiciário, buscando soluções que gerem o aumento da credibilidade judiciária, a eficiência e a razoável duração do

eficiência e a razoável duração do processo.processo.  ______________

 ________________________________________________________________________________________________________ ________ 

2- Considerando a conexão entre as Relações sociais e relações jurídicas, discorra, 2- Considerando a conexão entre as Relações sociais e relações jurídicas, discorra, fundamentadamente, sobre a relação entre o controle social e o Direito e as implicações fundamentadamente, sobre a relação entre o controle social e o Direito e as implicações das transformações sociais no Direito (Máximo: 20 linhas).

das transformações sociais no Direito (Máximo: 20 linhas). (Sociologia do direito).(Sociologia do direito). RESPOSTA:

RESPOSTA:

O sistema jurídico é fundamental para a convivência e para o estabelecimento de certa O sistema jurídico é fundamental para a convivência e para o estabelecimento de certa ord

ordem em socsocial ial nas nas socsociediedadeades s humhumanaanas, s, susua a imimporportântância cia estestá á conconsagsagradrada a na na antantigaiga expressão ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há direito). Nesse contexto, o Direito expressão ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há direito). Nesse contexto, o Direito co

consnstititutui i um um fefenônômemeno no sosocicial al fufundndamamenentatal l e e obobjejeto to de de esestutudo do de de umuma a didiscscipiplinlinaa específica, a Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica, que tem como seu foco central específica, a Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica, que tem como seu foco central as interações sociais que ocorrem no âmbito jurídico e as relações destas com a as interações sociais que ocorrem no âmbito jurídico e as relações destas com a sociedade mais geral.

sociedade mais geral.

Relação jurídica é um vínculo entre pessoas que confere direitos e gera obrigações entre Relação jurídica é um vínculo entre pessoas que confere direitos e gera obrigações entre as partes envolvidas. Toda relação jurídica é social, mas nem toda relação social constitui as partes envolvidas. Toda relação jurídica é social, mas nem toda relação social constitui um

uma a rerelalaçãção o jujurídrídicica. a. As As rerelalaçõções es sosociciaiais s quque e inintetereressssam am ao ao didirereito ito sãsão o aqaqueuelalass relevantes para o atendimento de seus fins – a ordem, a paz, a segurança e a justiça. relevantes para o atendimento de seus fins – a ordem, a paz, a segurança e a justiça. Então o Direito se ocupa do fato social relevante criando para ele uma regra abstrata. A Então o Direito se ocupa do fato social relevante criando para ele uma regra abstrata. A sociologia jurídica, por seu turno, cuida da influência dos fatores sociais na formulação do sociologia jurídica, por seu turno, cuida da influência dos fatores sociais na formulação do direito e, ao

direito e, ao mesmo tempo, da repercussão do Direito na vida social.mesmo tempo, da repercussão do Direito na vida social.

A vida em sociedade é resultado de um processo de adaptação do indivíduo ao grupo A vida em sociedade é resultado de um processo de adaptação do indivíduo ao grupo social (socialização) e para que cada um desenvolva sentimentos e se comporte dentro social (socialização) e para que cada um desenvolva sentimentos e se comporte dentro de dados padrões estabelecidos pela sociedade (grupo dominante), é que esta sendo de dados padrões estabelecidos pela sociedade (grupo dominante), é que esta sendo moldado pela sociedade. Entretanto, nem sempre os padrões sociais surtem os efeitos moldado pela sociedade. Entretanto, nem sempre os padrões sociais surtem os efeitos desejados, diante disso são criadas normas coatoras – controle social – para combater  desejados, diante disso são criadas normas coatoras – controle social – para combater 

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realizar atividades que desenvolvam o comprometimento com a solução de desafios, realizar atividades que desenvolvam o comprometimento com a solução de desafios, at

atuauar r cocom m babase se em em mmetetaas, s, bbususccar ar ssininccroroninia a ccom om o o eescscririvãvãoo. . A A ssococioiolologgia ia ddaa administração judiciária se dedica ao estudo do acesso à justiça, do sistema judiciário administração judiciária se dedica ao estudo do acesso à justiça, do sistema judiciário como instituição profissional e política e dos mecanismos de resolução de conflitos, a como instituição profissional e política e dos mecanismos de resolução de conflitos, a par

partir tir do do estestududo o das das concondiçdições ões insinstittituciucionaonais, is, orgorganianizazaciocionainais s e e proprocedcedimeimentantais is dodo aparelho judiciário, buscando soluções que gerem o aumento da credibilidade judiciária, a aparelho judiciário, buscando soluções que gerem o aumento da credibilidade judiciária, a eficiência e a razoável duração do

eficiência e a razoável duração do processo.processo.  ______________

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2- Considerando a conexão entre as Relações sociais e relações jurídicas, discorra, 2- Considerando a conexão entre as Relações sociais e relações jurídicas, discorra, fundamentadamente, sobre a relação entre o controle social e o Direito e as implicações fundamentadamente, sobre a relação entre o controle social e o Direito e as implicações das transformações sociais no Direito (Máximo: 20 linhas).

das transformações sociais no Direito (Máximo: 20 linhas). (Sociologia do direito).(Sociologia do direito). RESPOSTA:

RESPOSTA:

O sistema jurídico é fundamental para a convivência e para o estabelecimento de certa O sistema jurídico é fundamental para a convivência e para o estabelecimento de certa ord

ordem em socsocial ial nas nas socsociediedadeades s humhumanaanas, s, susua a imimporportântância cia estestá á conconsagsagradrada a na na antantigaiga expressão ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há direito). Nesse contexto, o Direito expressão ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há direito). Nesse contexto, o Direito co

consnstititutui i um um fefenônômemeno no sosocicial al fufundndamamenentatal l e e obobjejeto to de de esestutudo do de de umuma a didiscscipiplinlinaa específica, a Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica, que tem como seu foco central específica, a Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica, que tem como seu foco central as interações sociais que ocorrem no âmbito jurídico e as relações destas com a as interações sociais que ocorrem no âmbito jurídico e as relações destas com a sociedade mais geral.

sociedade mais geral.

Relação jurídica é um vínculo entre pessoas que confere direitos e gera obrigações entre Relação jurídica é um vínculo entre pessoas que confere direitos e gera obrigações entre as partes envolvidas. Toda relação jurídica é social, mas nem toda relação social constitui as partes envolvidas. Toda relação jurídica é social, mas nem toda relação social constitui um

uma a rerelalaçãção o jujurídrídicica. a. As As rerelalaçõções es sosociciaiais s quque e inintetereressssam am ao ao didirereito ito sãsão o aqaqueuelalass relevantes para o atendimento de seus fins – a ordem, a paz, a segurança e a justiça. relevantes para o atendimento de seus fins – a ordem, a paz, a segurança e a justiça. Então o Direito se ocupa do fato social relevante criando para ele uma regra abstrata. A Então o Direito se ocupa do fato social relevante criando para ele uma regra abstrata. A sociologia jurídica, por seu turno, cuida da influência dos fatores sociais na formulação do sociologia jurídica, por seu turno, cuida da influência dos fatores sociais na formulação do direito e, ao

direito e, ao mesmo tempo, da repercussão do Direito na vida social.mesmo tempo, da repercussão do Direito na vida social.

A vida em sociedade é resultado de um processo de adaptação do indivíduo ao grupo A vida em sociedade é resultado de um processo de adaptação do indivíduo ao grupo social (socialização) e para que cada um desenvolva sentimentos e se comporte dentro social (socialização) e para que cada um desenvolva sentimentos e se comporte dentro de dados padrões estabelecidos pela sociedade (grupo dominante), é que esta sendo de dados padrões estabelecidos pela sociedade (grupo dominante), é que esta sendo moldado pela sociedade. Entretanto, nem sempre os padrões sociais surtem os efeitos moldado pela sociedade. Entretanto, nem sempre os padrões sociais surtem os efeitos desejados, diante disso são criadas normas coatoras – controle social – para combater  desejados, diante disso são criadas normas coatoras – controle social – para combater 

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tais situações. O controle social é todo fato que influencia a conduta humana. O direito, tais situações. O controle social é todo fato que influencia a conduta humana. O direito, neste sentido, é uma forma especial de controle social. O controle social é um conjunto de neste sentido, é uma forma especial de controle social. O controle social é um conjunto de dispositivos sociais, usos, costumes, leis, instituições (Ex. família, escola, religião, justiça, dispositivos sociais, usos, costumes, leis, instituições (Ex. família, escola, religião, justiça, Estado) e sanções que objetivam a interação social dos indivíduos, o estabelecimento da Estado) e sanções que objetivam a interação social dos indivíduos, o estabelecimento da ordem, a preservação da estrutura social, alicerçado nos valores e expresso na vontade ordem, a preservação da estrutura social, alicerçado nos valores e expresso na vontade dos líderes, da classe dominante ou do consenso social. O controle, neste sentido, pode dos líderes, da classe dominante ou do consenso social. O controle, neste sentido, pode ser informal ou formal (este último através das leis).

ser informal ou formal (este último através das leis).  ______________

 ________________________________________________________________________________________________________ ________  3- Discorra sobre a

3- Discorra sobre a relação entre Direito, comunicação social e opinião pública.relação entre Direito, comunicação social e opinião pública. RESPOSTA:

RESPOSTA:

O direito opera a partir de impulsos da sociedade e a ela devolve resultados por meio do O direito opera a partir de impulsos da sociedade e a ela devolve resultados por meio do controle social. Isso faz com que o Direito seja marcado por uma relação importante com controle social. Isso faz com que o Direito seja marcado por uma relação importante com a opinião pública. Opinião pública não se reduz à soma das opiniões individuais e a opinião pública. Opinião pública não se reduz à soma das opiniões individuais e tampouco com o consenso ou com a unanimidade sobre dado

tampouco com o consenso ou com a unanimidade sobre dado tema. Opinião pública é umtema. Opinião pública é um posicionamento favorável ou desfavorável a respeito de uma idéia, de um fato, um posicionamento favorável ou desfavorável a respeito de uma idéia, de um fato, um pro

produtduto, o, etcetc., ., quque e se se mamanifenifesta sta enqenquanuanto to vonvontadtade e colcoletivetiva a atratravéavés s da da libliberderdade ade dede expressão do pensamento, de associação e sobretudo de liberdade de imprensa. A expressão do pensamento, de associação e sobretudo de liberdade de imprensa. A opinião pública da modernidade, conquanto seja um valor sociológico a ser considerado, opinião pública da modernidade, conquanto seja um valor sociológico a ser considerado, não deve servir de baliza

não deve servir de baliza para a atuação do PJ, para a atuação do PJ, porque a população em geral desconheceporque a população em geral desconhece os assuntos sobre os quais opina, notadamente em matéria de direito. Neste sentido, a os assuntos sobre os quais opina, notadamente em matéria de direito. Neste sentido, a soc

socioliologogia ia do do dirdireiteito o é, é, exexataatamementente, , a a ciêciêncincia a que que invinvestestigaiga, , atratravéavés s de de mémétodtodos os ee técnicas de pesquisa empírica, o fenômeno social jurídico em correlação com a realidade técnicas de pesquisa empírica, o fenômeno social jurídico em correlação com a realidade social.

social.

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4 - Discorra sobre os conflitos sociais, os mecanismos de resolução e os sistemas 4 - Discorra sobre os conflitos sociais, os mecanismos de resolução e os sistemas não- judiciais de composição de litígios (Máximo: 20 linhas)

 judiciais de composição de litígios (Máximo: 20 linhas) (Sociologia do direito).(Sociologia do direito). RESPOSTA:

RESPOSTA: OBS.

OBS. MECAN

MECANISMOS ISMOS DE DE RESORESOLUÇÃOLUÇÃO: : autotuautotutela, tela, autocautocompoomposição sição (renú(renúncia, ncia, aceitaceitação ação ee transação) e heterocomposição (arbitragem, mediação, conciliação e

transação) e heterocomposição (arbitragem, mediação, conciliação e jurisdição).jurisdição). ##

Sistemas não judiciais de composição de litígios: arbitragem, mediação. Sistemas não judiciais de composição de litígios: arbitragem, mediação.

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Desde que o homem passou a viver em sociedade, os conflitos de interesse começaram a surgir. O homem sempre procurou maneiras de resolvê-los, com a criação e o aperfeiçoamento dos meios de pacificação dos conflitos, até atingirmos a etapa judicial com todas as garantias constitucionais, que encontramos hoje.

Num primeiro momento tínhamos a Lei do Talião, que a resolução do conflito se baseava na vingança na proporção do dano. Era chamada de autotutela ou autodefesa. Hoje só admitida em situações excepcionais, desde que previstas em lei.

Esse modelo foi gradativamente sendo substituído pela autocomposição, que ao invés de fazer uso da vingança individual ou coletiva contra o seu ofensor, a vítima era ressarcida por meio de indenização estabelecida por um árbitro, contratado pelas partes, sem qualquer vínculo com o Estado. Nesse momento que o Estado começa a intervir, obrigando a adoção da arbitragem pela partes, quando ela não resolve pacificamente o conflito e assegurando a execução da sentença.

O estabelecimento do juiz estatal se deu no Império Romano, quando surge a figura do Magistrado responsável pela solução do conflito em nome do Estado, que encontramos até hoje, de maneira mais evoluída. A intervenção judicial se materializa na sentença dotada de poder coercitivo.

Ordinariamente tem surgindo novas técnicas para resolução dos conflitos, também chamado de terceira onda do movimento universal de acesso a justiça. Tem como objetivos a diminuição de processos nos tribunais, reduzir os custos da demora judicial, incrementar a participação da comunidade na resolução dos conflitos, facilitar o acesso a  justiça e fornecer a sociedade uma forma mais efetiva de resolução dos conflitos. Busca a

substituição da justiça contenciosa, por aquela denominada coexistencial, baseada em formas conciliatórias.

São mecanismos de resolução do conflito:

AUTOTUTELA – só admitida em casos excepcionais, se autorizados por lei. O sujeito unilateralmente impõe sua vontade. (p. ex. desforço imediato em matéria possessória e legítima defesa no direito penal).

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AUTOCOMPOSIÇÃO – é resolução do conflito por vontade da parte, sem a intervenção de um terceiro. São três modalidades: renúncia; aceitação e transação. Ocorre a renúncia quando o titular do direito despoja dele em favor de outrem. A aceitação, também chamada de submissão ou resignação, ocorre quando uma das partes reconhece o direito da outra, passando a conduzir-se de acordo com esse direito. E, por fim, a transação consiste em concessões recíprocas a fim de acabar com o litígio.

HETEROCOMPOSIÇÃO: caracteriza quando o conflito é solucionado por intervenção de um agente estranho ao conflito. Temos como modalidade a arbitragem, a mediação, a conciliação e a jurisdição.

A ARBITRAGEM é uma técnica para solução de controvérsias, por meio da interação de uma ou mais pessoas, que recebem seus poderes por convenções privada, decidindo com base nessas convenções, sem intervenção do Estado, sendo a decisão destinada a assumir eficácia extrajudicial. Está regulada na Lei 9.307/96.

A MEDIAÇÃO é um meio extrajudicial de resolução de conflito, no qual um terceiro é chamado para encaminhar as parte a chegarem numa solução ou acordo, para isso elas são conduzidas para chegarem ao acordo, sem que haja interferência real do mediador, demonstrando que a resolução da controvérsia é sempre das partes. Propõe mudanças culturais na forma de enfrentar e resolver os conflitos, fazendo com que as partes percebam suas diferenças e cheguem a um acordo. Não está positivado em nosso ordenamento, mas nada impede sua adoção.

A arbitragem e a mediação são sistemas não judiciais de resolução do conflito. Agora temos os judiciais:

A JURISDIÇÃO consiste no poder-dever do Estado em aplicar o direito ao caso concreto trazido até ele. O resultado se dá através da sentença, em que o juiz aplicou a lei à lide existente entre as partes.

Por fim, a CONCILIAÇÃO é um método em que as partes chegam a um acordo, após terem sido conduzido por um terceiro, que é o juiz, portanto sempre se realizará na esfera

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 judicial. A conciliação se difere da transação e da mediação sob 3 aspectos: no plano subjetivo, a diferenciação se apresenta na interveniência de um terceiro que é sempre o   juiz. Do ponto de vista formal a conciliação se dá quando já existente um processo  judicial, podendo a partir de então extingui-lo parcialmente ou totalmente. E por fim, quanto ao conteúdo a diferença está que na conciliação judicial pode abarcar matérias não transacionáveis na esfera privada.

 ________________________________________________________________________  II) PSICOLOGIA JUDICIÁRIA

1. Psicologia e Comunicação: relacionamento interpessoal, relacionamento do magistrado com a sociedade e a mídia.

2. Problemas atuais da psicologia com reflexos no direito: assédio moral e assédio sexual. 3. Teoria do conflito e os mecanismos autocompositivos. Técnicas de negociação e mediação. Procedimentos, posturas, condutas e mecanismos aptos a obter a solução conciliada dos conflitos.

4. O processo psicológico e a obtenção da verdade judicial. O comportamento de partes e testemunhas. Conselho Nacional de Justiça

 ________________________________________________________________________  1- Considerando a psicologia judiciária e a ética na magistratura, como deve ser o relacionamento do magistrado com a sociedade e a mídia? Fundamente (Máximo: 20 linhas) (Psicologia judiciária).

RESPOSTA:

O embasamento teórico está nos artigo dos 12, 13 e 14 do Código de ética e 36, III da LOMAN (É dever do magistrado abster-se de emitir opinião sobre processo pendente de  julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos, sentenças ou acórdãos, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos, doutrinária ou no exercício do magistério). A situação entre o judiciário e a mídia é delicada.

Além do relacionamento com as partes e seus procuradores, modernamente a exposição do magistrado na mídia, tanto escrita quanto televisiva, impõe ao magistrado o desenvolvimento de especiais dotes para o relacionamento com a imprensa, justamente para evitar deturpação na veiculação de suas decisões ou entendimentos. Atribui a Mark

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Twain o dito irônico de que "a função do jornalista é separar o joio do trigo... e publicar o  joio". Quantas vezes, ao dar entrevista ou responder a questionamentos, o magistrado não verifica que o publicado não condiz com o que disse. E, na verdade, o problema está simplesmente na falta de formação jurídica do jornalista, que não chega a compreender a questão e desenvolve a matéria com a visão que ficou do problema (saindo pérolas do tipo "o parecer do juiz" e a "sentença do procurador").

A par da necessidade de que, nos cursos de jornalismo haja uma disciplina de noções básicas de direito, para que a cobertura do Poder Judiciário seja a mais fiel possível, por  outro, os magistrados devem saber como se relacionar com os jornalistas, adotando algumas normas de conduta que merecem ser estudadas e praticadas, como, por  exemplo:

De preferência, só falar nos autos, ou seja, evitar tratar de questões que estão sob seu exame, até para evitar eventual argüição de suspeição;

Ao falar efetivamente sobre questões jurídicas em geral, ressaltar para o jornalista a importância dos termos usados, para evitar mal-entendidos;

Dar preferência a entrevista escrita do que falada, para que os termos jurídicos sejam preservados pelo articulista;

Lançar mão das assessorias de imprensa dos órgãos jurisdicionais para o relacionamento com a imprensa.

É certo que hoje, mais do que nunca, o magistrado está sob o foco da mídia, que não apenas lhe exige a transparência de conduta, mas o submete aos seus falsos encantos, naquilo que se convencionou denominar de "síndrome do holofote", caracterizada pela compulsão no falar e fazer, com vistas a figurar na mídia, quer impressa, quer  principalmente televisiva.

O fenômeno, mormente após a criação da TV Justiça e a transmissão das sessões de tribunais ao vivo ou após gravação, reacendeu a latente fogueira das vaidades, naquilo que o ex-ministro Rubens Ricúpero assim expressou: "o excesso de exposição à mídia exacerbou a vaidade".

O exemplo da TV Justiça é, a nosso ver, emblemático. Esse novo veículo da mídia tem seus aspectos positivos e negativos. O aspecto positivo é que o cidadão sabe exatamente

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como está funcionando o Judiciário. As questões judiciais acabam sendo trocadas em miúdos para serem compreendidas pelo leigo, que passa a saber como funciona a Justiça e o acesso direto da mídia ao julgamento e à opinião dos magistrados, tornando as decisões mais transparentes.

Por outro lado, não se pode olvidar que se está trabalhando com a natureza humana, que é falível e tem seus defeitos, entre eles a vaidade e a fraqueza. Com a transmissão de um   julgamento direto pela televisão, pode se dar o seguinte problema: a imprensa já

condenou o acusado e aquele que votar absolvendo o réu condenado pela mídia acaba sendo condenado junto. E o magistrado fica no dilema: votar de acordo com a consciência e entrar junto com o acusado no banco dos réus ou acabar cedendo para preservar a própria imagem. De outro lado, cedendo à vaidade diante das câmeras, pode o magistrado procurar mais aparecer do que efetivamente se preocupar com que seja feita a justiça.

É o que se vê, por exemplo, na TV Senado e TV Câmara, depois que passaram a televisionar as sessões do Congresso Nacional: viraram palanque. Nesse caso, é natural. Antes se mandava o pronunciamento feito na tribuna do Congresso Nacional para um ou para outro impresso, mas agora, com o palanque eletrônico, acaba-se pedindo a palavra para figurar na mídia, em cadeia nacional. É muito mais marketing pessoal do que a defesa de idéias. Isso se entende no político, que vai sofrer de novo o crivo das urnas. O mesmo não acontece com o juiz. Ele entrou por concurso e tem assegurada a vitaliciedade. Assim, qualquer desvirtuamento na conduta do magistrado diante das câmeras pode denotar outras intenções, dentre as quais inclusive o intuito político.

Daí que todas essas questões atinentes ao relacionamento com a mídia devam ser  aprofundadas, de tal modo que o magistrado recém-ingresso possa ser vacinado contra os "vírus" que podem infectar sua atuação imparcial.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/rev_80/artigos/IvesGandra_rev80.htm#4.7  _______________________________________________________________ 

2- Disserte, resumidamente, sobre os problemas atuais da psicologia com reflexos no direito: assédio moral e assédio sexual (Máximo: 20 linhas) (Psicologia judiciária).

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RESPOSTA:

Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, assédio significa “insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém”.

O assédio moral tem sido concebido como uma forma de "terror psicológico" praticado pela empresa ou mesmo pelos colegas.

No campo psicológico, pode-se definir assédio moral como "qualquer conduta imprópria que se manifeste especialmente através de comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos capazes de causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, de colocar seu emprego em perigo ou de degradar o clima de trabalho", ou ainda como "prática persistente de danos, ofensas, intimidações ou insultos, abusos de poder ou sanções disciplinares injustas que induz naquele a quem se destina sentimentos de raiva, ameaça, humilhação, vulnerabilidade que minam a confiança em si mesmo".

Alguns indivíduos não podem existir senão pelo rebaixamento de outros; é necessário arrasar o outro para que o agressor tenha uma boa auto-estima, para demonstrar poder, pois ele é ávido de admiração e aprovação, manipulando os demais para atingir esses resultados. A perversidade não provém de um problema psiquiátrico, mas de uma racionalidade fria combinada a uma incapacidade de considerar os outros como seres humanos.

Geralmente, o assédio moral começa pelo abuso de um poder (qualquer que seja a sua base de sustentação), segue por um abuso narcísico no qual o outro perde a auto-estima e pode chegar, às vezes, ao abuso sexual. O que pode começar como uma leve mentira, uma flagrante falta de respeito, torna-se uma fria manipulação por parte do indivíduo perverso, que tende a reproduzir o seu comportamento destruidor em todas as circunstâncias de sua vida: local de trabalho, com o cônjuge, com os filhos, etc.

O assédio moral é um verdadeiro atentado contra a dignidade psíquica, pois se caracteriza por condutas abusivas, de natureza psicológica, na grande maioria dos casos de forma repetitiva e prolongada.

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Esta forma de terrorismo, que infelizmente ainda não está tipificada, mas que já é passível de reparação cível e até com conseqüências administrativas, expõe o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade psíquica.

O assédio sexual, a seu turno, consiste na abordagem repetida de uma pessoa a outra, com a pretensão de obter favores sexuais, mediante imposição de vontade. O assédio sexual ofende a honra, a imagem, a dignidade e a intimidade da pessoa. É crime tipificado no artigo 216-A do Código Penal.

Segundo Rogério Greco (Código Penal Comentado, p. 927), são elementos essenciais à configuração do fato-crime: a) a conduta de constranger alguém; b) com a finalidade de obter vantagem ou favorecimento sexual; c) devendo o agente prevalecer-se de sua condição de superior hierárquico ou de ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.

Pode-se dizer que o problema da psicologia com reflexo no direito, especificamente em relação aos assédios moral e sexual, é a real constatação sobre determinado ato caracterizar ou não uma das referidas formas de assédio. Muitas vezes o intérprete deve se valer de dados outros para tentar se aproximar da real intenção do agente, como, por  exemplo, a cultura do local dos acontecimentos.

É incontestável que paquera, cantada e assédio sexual são coisas distintas. Porém, a linha que as separa é muito tênue, e depende, como afirmado, da análise de outras circunstâncias.

O que diferencia o assédio sexual das condutas de aproximação de índole afetiva é a ausência de reciprocidade, sendo ato que causa constrangimento à vítima, que se sente ameaçada, agredida, lesada, perturbada, ofendida.

Nesse sentido, afirma-se que “a ofensa deve ser grave, ofensiva, desrespeitosa, chula e com poder de intimidar; de causar mal-estar anormal e de colocar a vítima em situação vexatória e diminuída ou desmoralizada perante terceiros, enfim, agredida em sua imagem e ferida moralmente”.

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A paquera ou a cantada não geram na “vítima” qualquer medo ou angústia de demissão, prejuízo na carreira, perseguição, etc. Isso porque aquele que é paquerado ou que recebe uma cantada pode até não se sentir confortável ou lisonjeado com a situação, mas o fato não lhe causa perturbações maiores.

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3- Acerca da teoria do conflito e os mecanismos heterocompositivos, discorra sobre as técnicas de negociação e mediação, enfatizando: Procedimentos, posturas, condutas e mecanismos aptos a obter a solução conciliada dos conflitos (Máximo: 20 linhas) (Psicologia judiciária).

RESPOSTA: OBS:

CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO

Conciliador 

Induz as partes a comporem a solução, propondo sugestões para o acordo e indicando mútuas concessões, com o objetivo de colocar fim ao conflito.

O conciliador tem atuação pró-ativa. Conciliação é forma de autocomposição. Da conciliação pode resultar:

Reconhecimento do pedido, concessões recíprocas, desistência da ação e renúncia à pretensão.

A conciliação é um mecanismo consensual de resolução do conflito.

A ferramenta da mediação é a negociação; cujos passos são:

(1) conscientização das vantagens da negociação; (2) ação: concentrar-se no objetivo, criar uma atmosfera favorável ao diálogo, o que inclui a preparação, a negociação propriamente dita e o fechamento; (3) conclusão.

Mediador 

As partes devem ser autoras de suas decisões. O mediador é escolhido de comum acordo pelas partes, servindo de canal de comunicação entre os litigantes. O mediador não decide, não sugere soluções, ele trabalha para que os envolvidos as encontrem. A mediação é voluntária, confidencial, imparcial e o mediador não possui atuação pró-ativa.

A mediação é um mecanismo consensual de resolução do conflito.

A ferramenta da mediação é a negociação, cujos passos são:

(1) conscientização das vantagens da negociação; (2) ação: concentrar-se no objetivo, criar uma atmosfera favorável ao diálogo, o que inclui a preparação, a negociação propriamente dita e o fechamento; (3) conclusão.

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#

Mecanismos heterocompositivos: arbitragem, mediação, conciliação, jurisdição. Mecanismos conflituais de resolução de conflitos:

Arbitragem, julgamento. #

Mecanismos consensuais de resolução de conflitos: Negociação, conciliação e mediação.

Nessas novas formulações negociadas, que se dá por mecanismos autocompositivos, há uma combinação de vasto arsenal de meios psicológicos, indutivos e persuasivos e novas formulações jurídicas utilizando a criatividade e a combinação de métodos não adversais. Alguns princípios devem ser observados: não negociar sobre posições; separar as pessoas dos problemas; fixar interesses (e não posições) e imaginar posições para ganho mútuo. Tais métodos se caracterizam pela negociação, mediação, composição e arbitragem (este último é na verdade um meio compositivo, diferente dos demais). Trataremos aqui das técnicas de negociação e mediação.

1) NEGOCIAÇÃO: é a primeira e mais eficiente forma de autocomposição, onde as partes (ou seus representantes) com posições divergentes propõem, contrapõem e argumentam para obtenção de um acordo que recebe o assentimento dos envolvidos. Não há um terceiro que auxilia ou ajuda na composição do conflito, mas as próprias partes chegam a um acordo final.

Formas de conduzir o processo de negociação: a) Movimentos que levam a um acordo: caracterizam-se por uma atitude positiva, por propostas concretas e concessões, assinalando o início da negociação e aproximação das partes; b) Movimentos que modificam o nível de aspiração: todos os atos de persuasão e de dissuasão compõem este nível de movimentos, e, também, o mero fornecimento de informações; c) Movimentos de esclarecimentos: são aqueles que trazem dados, descrições e explicações, sem que o objetivo seja propriamente de persuadir.

Diretrizes para uma negociação de sucesso: ser claro quanto às necessidades, prioridades e objetivos; pensar a respeito das necessidades e desejos da outra parte;

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separar as pessoas do problema; ver o processo de negociação como um procedimento de consulta e resolução de problemas entre as partes; concentrar-se nos interesses e não nas posições; discutir as percepções de cada um; colocar os seus argumentos e as suas posições de forma a sugerir benefícios para a outra parte; fixar nas questões e resoluções dos problemas; ser flexível; disciplinar-se para resolver as questões essenciais à preparação eficaz da negociação; manter o controle; reconhecer o nível de autoridade e reconhecer táticas hostis se e quando elas forem utilizadas pela outra parte.

2) MEDIAÇÃO: é uma forma de autocomposição assistida, na qual os próprios envolvidos irão compor o litígio, mas com a presença de um terceiro imparcial (o mediador), que não deve influenciar, emitir juízo de valor ou persuadir as pessoas ao acordo. Durante o processo de mediação, existe a preocupação de (re) criar vínculos, estabelecer um diálogo e transformar e prevenir novos conflitos.

Características: autonomia da vontade, não adversariedade, presença do terceiro interventor neutro e imparcial; não competitividade e consensualidade na resolução do conflito, flexibilidade e informalidade do processo.

Procedimentos e técnicas de mediação: sendo a mediação uma técnica autocompositiva para resolução de conflitos, o mediador deve adotar determinados procedimentos que conduzam, de maneira sutil e sem interferência de juízos de valores, a um acordo que atenda às pretensões e expectativas das partes. A maioria dos mediadores trabalha seguindo uma abordagem específica que, de acordo com os ensinamentos de Leonard Riskin, pode ocorrer de 4 formas:

1. Abordagem avaliadora – restrita: o mediador ajuda as partes a perceber os pontos fracos e fortes de suas posições e quais os eventuais efeitos a procedimentos extrajudiciais ou judiciais, caso a mediação não seja alcançada.

2. Abordagem facilitadora – restrita: educar as partes sobre os pontos fortes e fracos de suas pretensões e suas prováveis conseqüências de uma mediação mal sucedida.

3. Abordagem avaliadora – ampla: entender as circunstâncias e interesses secundários das partes e outros indivíduos e, então, usar o seu conhecimento para

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buscar o resultado que atenda aos interesses delas, estimulando a aceitação mútua das propostas das partes

4. Abordagem facilitadora – ampla: ajudar as partes a definir a matéria sujeita à mediação nos termos dos seus interesses subjacentes, e, baseado nisso, ajudá-las a desenvolver e escolher suas próprias soluções (auxiliando na avaliação das propostas).  ________________________________________________________________________ 

4- Considerando o processo psicológico, explique como deve ser a conduta do magistrado na condução do comportamento de partes e testemunhas, visando à obtenção da verdade judicial (Máximo: 20 linhas). (Psicologia judiciária).

RESPOSTA:

A verdade judicial se origina da construção de uma versão que sempre irá se aproximar  da realidade, mas poderá ou não alcançá-la. É preciso entender que alguns tipos de produção probatória, como o depoimento das partes e das testemunhas, sempre virão aos autos com uma carga mais ou menos subjetiva de informações. Para obtenção da verdade judicial, o juiz necessita primeiramente verificar hipoteticamente que aquelas versões que lhe são apresentadas poderiam ter ocorrido de forma diferente da versão trazida pela forma de produção probatória.

Desta feita, em razão da inviabilidade de se chegar à "verdade real", na verdade judicial admite-se um juízo de probabilidade (verossimilhança). Em excerto doutrinário oportuno: "A descoberta da verdade é indispensável ao processo, uma vez que é tida como o objetivo deste, onde o juiz descobrindo a verdade sobre os fatos, aplica a norma apropriada. No entanto, nem sempre na interpretação e aplicação do direito, irá o juiz atingir verdades evidentes. Assim, deve o jurista conviver com a controvérsia, que o leva ao terreno do verossímil, do provável, de uma aproximação maior ou menor da verdade. No processo a verdade não constitui um fim em si mesma, contudo, insta buscá-la enquanto condição para que se dê qualidade à justiça ofertada pelo Estado” (MARINONI; ARENHART, 2000, v.5, p. 30).

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Por fim, o sistema legislativo da "verdade formal" permite ao juiz relativizar os valores probatórios apresentados pelos depoimentos pessoais e pelas versões de testemunhas, a fim de deduzir uma conclusão que seria mais próxima da realidade. Com efeito, o método de colheita desse tipo de prova (testemunha, depoimento) seria reservar mentalmente uma versão diferente daquela que está a ser produzida, considerando o comportamento do depoente (postura, segurança no depoimento, uso da linguagem).

Obs.: A psicologia busca a verdade sobre os seres humanos. O compromisso dela é enfrentar o mal-estar, os distúrbios da emoção, os desequilíbrios cognitivos e os transtornos da personalidade.

 _____________________________________________________________  III) ÉTICA E ESTATUTO JURÍDICO DA MAGISTRATURA NACIONAL

1. Regime jurídico da magistratura nacional: carreiras, ingresso, promoções, remoções. 2. Direitos e deveres funcionais da magistratura.

3. Código de Ética da Magistratura Nacional.

4. Sistemas de controle interno do Poder Judiciário:

Corregedorias, Ouvidorias, Conselhos Superiores e Conselho Nacional de Justiça 5. Responsabilidade administrativa, civil e criminal dos magistrados.

6. Administração judicial. Planejamento estratégico. Modernização da gestão.

 ________________________________________________________________________  1- QUESTÃO 8- RODADA DE QUESTÕES - Acerca do Regime jurídico da magistratura nacional, discorra sobre a carreira, com ênfase no ingresso, promoções e remoções. (Ética e Estatuto jurídico da Magistratura)

RESPOSTA:

A expressão regime jurídico designa o conjunto de normas que incidem sobre determinado aspecto da personalidade física ou jurídica, nos diversos papéis sociais de atuação, compreendendo desde as normas de origem constitucional até as disposições normativas infraconstitucionais, até mesmo privadas, que regulam determinada situação de pessoa ou de grupos sociais.

A referência ao regime jurídico da magistratura compreende, assim, o status de magistrado, decorrente de todas as normas que, direta ou indiretamente, indicam sobre a

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regulação da conduta ou decorram da situação jurídica do ocupante do cargo da magistratura.

As fontes normativas do regime jurídico da magistratura vão estar nas normas decorrentes da Constituição Federal, no Estatuto da Magistratura, nos atos normativos, todos de nível administrativo, baixado pelo Conselho Nacional de Justiça, no exercício das funções atribuídas pela Carta Magna.

(1) Ingresso na carreira

Quem ingressar na carreira, ingressa como juiz substituto, através de concurso público de provas e títulos, no qual é obrigatória a participação de um representante da Ordem dos Advogados em todas as fases do concurso.

Exige-se do bacharel em direito três anos, no mínimo, de atividade jurídica contados a partir da colação de grau. O art. 59 da Resolução 75 do CNJ, que revogou a Resolução 11 do CNJ, explicita quais são essas atividades que permite prestar o concurso para a magistratura.

Art. 59. Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 1º, alínea "i": I - aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito;

II - o efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em 5 (cinco) atos privativos de advogado (Lei nº 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) em causas ou questões distintas;

III - o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico;

IV - o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (dezesseis) horas mensais e durante 1 (um) ano;

V - o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios.

§ 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em Direito.

§ 2º A comprovação do tempo de atividade jurídica relativamente a cargos, empregos ou funções não privativos de bacharel em Direito será realizada mediante certidão circunstanciada, expedida pelo órgão competente, indicando as respectivas atribuições e a prática reiterada de atos que exijam a utilização preponderante de conhecimento

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  ju

  jurídrídicoico, , cabcabendendo o à à ComComississão ão de de ConConcurcurso, so, em em decdecisãisão o funfundamdamententadaada, , anaanalisalisar r aa validade do

validade do documento.documento.

A nomeação dá-se de acordo com a classificação e o

A nomeação dá-se de acordo com a classificação e o número de vagas.número de vagas.

O juiz titular residirá (porque o domicílio já é onde exerce o cargo) na comarca, esta O juiz titular residirá (porque o domicílio já é onde exerce o cargo) na comarca, esta obrigação não se estende ao substituto. O tribunal pode autorizar expressamente que ele obrigação não se estende ao substituto. O tribunal pode autorizar expressamente que ele não more na comarca.

não more na comarca. (2) A

(2) A promoção é a elevação de grau, promoção é a elevação de grau, categoria ou posto, superiores aos categoria ou posto, superiores aos desempenhadesempenhadosdos anteriormente. É feita por merecimento e antiguidade, alternadamente. É imprescindível anteriormente. É feita por merecimento e antiguidade, alternadamente. É imprescindível qu

que e o o jujuiz iz mamaninifefestste e exexprpresessasamementnte e o o inintetereresssse e na na prpromomoçoçãoão, , em em rarazãzão o da da susuaa inamovibilidade. O mesmo se diz quanto à remoção para outra

inamovibilidade. O mesmo se diz quanto à remoção para outra circunscrição.circunscrição.

Destaca-se que o juiz substituto não é nomeado para uma comarca, mas para uma Destaca-se que o juiz substituto não é nomeado para uma comarca, mas para uma circunscrição que abrange várias comarcas.

circunscrição que abrange várias comarcas.

A alternatividade dos critérios de promoção (merecimento e antiguidade) diz respeito à A alternatividade dos critérios de promoção (merecimento e antiguidade) diz respeito à vaga e não ao magistrado.

vaga e não ao magistrado.

Antiguidade é firmada pelo tempo de atividade do magistrado em determinada entrância. Antiguidade é firmada pelo tempo de atividade do magistrado em determinada entrância. Contudo, a antiguidade dos substitutos é firmada pela idade, já que tomaram posse no Contudo, a antiguidade dos substitutos é firmada pela idade, já que tomaram posse no mesmo dia, havendo empate, decide-se pelo encargo de família (quem é casado, quem mesmo dia, havendo empate, decide-se pelo encargo de família (quem é casado, quem tem mais filhos).

tem mais filhos).

O merecimento do substituto é a

O merecimento do substituto é a classificação no concurso, bem como o seu desempenhoclassificação no concurso, bem como o seu desempenho no dia a dia.

no dia a dia. Aqu

Aquele ele que que figfiguraurar r na na listlista a por por memerecrecimeimento nto por por trêtrês s vezvezes es conconsecsecutiutivas vas ou ou cincincoco al

alteternrnadadas as tetem m cocomo mo didirereito ito a a prpromomoçoção ão (é (é obobrigrigatatórória ia popor r exexprpresessa sa didispspososiçiçãoão constitucional).

constitucional).

Para que se tenha direito à promoção por merecimento, é necessário que esteja há pelo Para que se tenha direito à promoção por merecimento, é necessário que esteja há pelo menos dois anos na entrância ou como substituto e figure pelo menos na primeira 1/5 menos dois anos na entrância ou como substituto e figure pelo menos na primeira 1/5 pa

partrte e da da liliststa. a. EsEsse se úlúltimtimo o rereququisisitito o é é disdispepensnsávável el cacaso so nãnão o figfigurure e nenenhnhum um ououtrtroo interessado na vaga.

interessado na vaga.

Não há possibilidade de pular entrâncias. Não há possibilidade de pular entrâncias. O

O memerecrecimimentento o do do juijuiz z é é afeaferidrido o por por critcritériérios os obobjetijetivos vos de de afeaferiçrição ão (qu(quantantidaidade de dede se

sentntenençça, a, dedesspapacchoho), ), ssububjejetitivvos os (p(preresstetezza a cocom m a a prprofofisisssãão) o) e e frfreeqüqüênênccia ia ee aproveitamento em cursos oficiais.

aproveitamento em cursos oficiais.

A antiguidade é apenas um que vai e o mais antigo dentre aqueles inscritos para a A antiguidade é apenas um que vai e o mais antigo dentre aqueles inscritos para a promoção. Esta só pode ser vetada pelo voto fundamentado de pelo menos 2/3 do pleno promoção. Esta só pode ser vetada pelo voto fundamentado de pelo menos 2/3 do pleno ou do órgão especial do Tribunal

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Uma das hipóteses que autoriza o veto da promoção por antiguidade é a retenção Uma das hipóteses que autoriza o veto da promoção por antiguidade é a retenção injustificada de autos sem o devido despacho ou decisão.

injustificada de autos sem o devido despacho ou decisão.

A remoção é a movimentação do magistrado dentro da mesma entrância, assumindo A remoção é a movimentação do magistrado dentro da mesma entrância, assumindo comarca ou posto de lotação diverso. Pode se dar ex ofício, em caráter sancionatório, comarca ou posto de lotação diverso. Pode se dar ex ofício, em caráter sancionatório, para o que se exige, em face

para o que se exige, em face da prerrogativa da inamovibilidade, a existência de processoda prerrogativa da inamovibilidade, a existência de processo disciplinar em que se conceda oportunidade da mais ampla defesa, bem como decisão disciplinar em que se conceda oportunidade da mais ampla defesa, bem como decisão motivada do órgão julgador, por maioria absoluta do Tribunal ou Órgão Especial, ou do motivada do órgão julgador, por maioria absoluta do Tribunal ou Órgão Especial, ou do CNJ.

CNJ.

(3) A remoção pode se dar, ainda, a pedido, pela vontade do titular do cargo, aí se (3) A remoção pode se dar, ainda, a pedido, pela vontade do titular do cargo, aí se com

comprepreendendendendo o a a remremoçãoção o por por perpermutmuta. a. ConContudtudo, o, refreferierida da remremoçoção, ão, parpara a que que nãonão represente fraude aos critérios remoção e promoção por merecimento e antiguidade, só é represente fraude aos critérios remoção e promoção por merecimento e antiguidade, só é permitida àqueles magistrados com similar colocação na lista de antiguidade e que não permitida àqueles magistrados com similar colocação na lista de antiguidade e que não estejam próximos a qualquer causa

estejam próximos a qualquer causa de afastamento compulsório.de afastamento compulsório.

A remoção, após a EC 45, passou a se dar também pela antiguidade, assim, todas as A remoção, após a EC 45, passou a se dar também pela antiguidade, assim, todas as vagas postas à disposição para promoção devem antes ser submetidas a concurso de vagas postas à disposição para promoção devem antes ser submetidas a concurso de remoção pelos critérios de antiguidade e merecimento.

remoção pelos critérios de antiguidade e merecimento. (4) - Subsídios –

(4) - Subsídios –

Vencimentos ou remuneração pagos pelo Estado. Tem como teto o subsídio do ministro Vencimentos ou remuneração pagos pelo Estado. Tem como teto o subsídio do ministro do STF.

do STF.

A diferença entre os magistrados de um mesmo tribunal não pode ser superior a 10% e A diferença entre os magistrados de um mesmo tribunal não pode ser superior a 10% e nem inferior a 5%.

nem inferior a 5%. (5) - Aposentadoria – (5) - Aposentadoria –

Compulsória aos 70 anos. A voluntária exige

Compulsória aos 70 anos. A voluntária exige 10 anos, no mínimo, de 10 anos, no mínimo, de serviço público e, aoserviço público e, ao menos, 5 no cargo onde se requer a aposentadoria. E ainda, se for homem, pelo menos menos, 5 no cargo onde se requer a aposentadoria. E ainda, se for homem, pelo menos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição ou 65 anos de idade com qualquer tempo de 60 anos de idade e 35 anos de contribuição ou 65 anos de idade com qualquer tempo de contribuição, sendo a aposentaria neste caso proporcional. Sendo mulher pelo menos 55 contribuição, sendo a aposentaria neste caso proporcional. Sendo mulher pelo menos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição ou 60 anos de idade com qualquer tempo de anos de idade e 30 anos de contribuição ou 60 anos de idade com qualquer tempo de contribuição, sendo a aposentaria neste caso proporcional.

contribuição, sendo a aposentaria neste caso proporcional. - Há três

- Há três sanções previstas para o magistrado:sanções previstas para o magistrado:

- remoção compulsória (ex.: Juiz que se excedia na bebida e toda vez se envolvia em - remoção compulsória (ex.: Juiz que se excedia na bebida e toda vez se envolvia em brigas.)

brigas.)

- disponibilidade (ex.: Juiz que se excedeu na bebida, na véspera de eleição, impedindo - disponibilidade (ex.: Juiz que se excedeu na bebida, na véspera de eleição, impedindo que esta ocorresse, dentre outros atos),

que esta ocorresse, dentre outros atos), ganhando proporcional ao seu tempo de serviçoganhando proporcional ao seu tempo de serviço - aposentadoria proporcional ao seu tempo de serviço

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Todas essas penalidades são decorrentes de alguma falta cometida pelo juiz, que não Todas essas penalidades são decorrentes de alguma falta cometida pelo juiz, que não constitua crime, apurada em processo administrativo onde seja garantida ampla defesa. constitua crime, apurada em processo administrativo onde seja garantida ampla defesa. Deve a decisão ser fundamentada e por maioria absoluta (metade + 1) dos membros do Deve a decisão ser fundamentada e por maioria absoluta (metade + 1) dos membros do pleno ou do órgão especial.

pleno ou do órgão especial. Obs.: a remoção e a

Obs.: a remoção e a disponibilidade podem não ser sanções, como por exemplo, remoçãodisponibilidade podem não ser sanções, como por exemplo, remoção a pedido (ou permuta) e

a pedido (ou permuta) e a disponibilidade pela extinção do cargo (comarca extinta).a disponibilidade pela extinção do cargo (comarca extinta). (6) - Os

(6) - Os julgamentos são públicos e todas as decisões devem ser fundamentadasjulgamentos são públicos e todas as decisões devem ser fundamentadas Nã

Não o exexisistetem m mmaiais s sesessssõeões s sesecrcretetas as seseja ja papara ra jujulglgamamenentoto, , seseja ja papara ra dedecicisõsõeses administrativa. Contudo, é possível a decretação do sigilo em decisão fundamentada, administrativa. Contudo, é possível a decretação do sigilo em decisão fundamentada, desde que este não prejudique o interesse público

desde que este não prejudique o interesse público à informaçãoà informação

As decisões devem ser sempre por maioria absoluta e fundamentadas. As decisões devem ser sempre por maioria absoluta e fundamentadas. (7)- Órgão Especial

(7)- Órgão Especial

Todo tribunal que tiver mais de 25 integrantes pode criar o seu órgão especial com, no Todo tribunal que tiver mais de 25 integrantes pode criar o seu órgão especial com, no mínimo, onze e, no máximo, vinte e

mínimo, onze e, no máximo, vinte e cinco membros.cinco membros.

No momento em que se cria esse órgão, este passa a ter competência jurisdicional para No momento em que se cria esse órgão, este passa a ter competência jurisdicional para  julgamentos judiciais ou administrativos.

 julgamentos judiciais ou administrativos.

Por expressa disposição constitucional, a composição é metade pelos desembargadores Por expressa disposição constitucional, a composição é metade pelos desembargadores mais antigos e a outra metade é eleita pelos pares, os quais terão um mandato de dois mais antigos e a outra metade é eleita pelos pares, os quais terão um mandato de dois anos, podendo ser reconduzido por uma única vez.

anos, podendo ser reconduzido por uma única vez. (8) - Atividade jurisdicional é ininterrupta

(8) - Atividade jurisdicional é ininterrupta

Nos tribunais superiores, não podem os ministros saírem de férias durante o ano, sob Nos tribunais superiores, não podem os ministros saírem de férias durante o ano, sob pena de não haver julgamento, então há um acordo de cavalheiros de que eles sairão de pena de não haver julgamento, então há um acordo de cavalheiros de que eles sairão de fé

fériarias s em em jajaneneiro iro e e jujulholho, , rarazãzão o pepela la ququal al acacababa a tetendndo o féfériarias s cocoletletivivasas, , fificacandndo o oo presidente de plantão para decidir causas urgentes.

presidente de plantão para decidir causas urgentes.

A Constituição permitiu apenas o chamado recesso forense que vai do dia 20 de A Constituição permitiu apenas o chamado recesso forense que vai do dia 20 de dezembro a 6 de janeiro. Como não há lei federal determinando a suspensão dos prazos dezembro a 6 de janeiro. Como não há lei federal determinando a suspensão dos prazos em

em cacaso so de de rerececesssso, o, há há umuma a rerecocomemendndaçação ão papara ra quque e nãnão o se se pupublbliqique ue nanada da emem determinado período a fim de que não

determinado período a fim de que não se prejudique os cumprimentos dos prazos.se prejudique os cumprimentos dos prazos. No período de recesso, finais

No período de recesso, finais de semana e feriados é imprescindível que haja plantão.de semana e feriados é imprescindível que haja plantão. (9)- Números de juízes na

(9)- Números de juízes na unidade jurisdicionalunidade jurisdicional Deve haver um número de juízes suficientes para a

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(10) - Distribuição processual

A Constituição determina que os processos devam ser distribuídos imediatamente. (11) - Quinto Constitucional

A Constituição estabelece que nos TJ's, TRF's e TRT's um quinto de seus integrantes é composto equitativamente por membros do ministério público e advogados (OAB). Esses órgãos por procedimento próprio escolhem lista sêxtupla, devendo o membro do Ministério Público ter pelo menos 10 anos de atividade e o advogado, além dos 10 anos, notável saber jurídico e reputação ilibada (como o membro do ministério público está na ativa, presume-se que ele o tem). Referida lista é encaminhada ao Tribunal, reduzindo este a uma lista tríplice, a qual é encaminhada ao chefe do executivo que vai nomear um deles no prazo de 20 dias.

Se o número de vagas for ímpar, a última vaga será alternativamente preenchida por um membro do MP e por um advogado.

A Corte Especial do Tribunal também deverá respeitar o quinto constitucional.

No STJ o preenchimento das vagas será de 1/3 por cada representante das carreiras (Magistratura, MP e advogado).

Os advogados que passam a integrar os Tribunais, no momento da sua posse, adquirem as garantias constitucionais dos membros da magistratura.

(12) - Garantias Constitucionais:

São garantias para o exercício pleno da magistratura, para que o juiz seja imparcial, aja livremente.

1) Vitaliciedade

Somente perde o cargo por decisão judicial transitada em julgado (matéria criminal).

O juiz só é vitalício após dois anos de efetivo exercício e depende de deliberação do Tribunal. Para não vitalícia, o Tribunal deve garantir a ampla defesa e o contraditório. 2) Inamovibilidade

O juiz é inamovível à exceção do interesse público. 3) Irredutibilidade de vencimentos

(13) - Vedações Constitucionais:

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1) Exercício pelo juiz, ainda que em disponibilidade, de outro cargo ou função, salvo uma de magistério.

O exercício da magistratura, contudo, deve ser compatível com o horário do exercício da magistratura.

2) Receber a qualquer título ou pretexto custas ou participação em processo.

Diante dessa vedação, não é possível que se institua verba para aquele juiz que julgue mais causas, por exemplo.

3) Dedicar-se à atividade político-partidária

4) O recebimento a qualquer título ou pretexto auxílio ou contribuição de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

5) O exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena).

- Compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais, do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público nos crimes comuns.

- Juizados Especiais:

Seu objetivo primordial é a conciliação. O procedimento é sumaríssimo.

Juiz togado é aquele que passou no concurso da magistratura, é o juiz de carreira. Juiz leigo é aquele que vai exercer a função de juiz, contudo não é juiz de carreira.

Obs.: Compete originariamente ao STF julgar as ações de interesse da carreira dos magistrados (art. 102, I, n, CF/88).

Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN)

É vedado ao magistrado o exercício de função de direção administrativa ou técnica de estabelecimento de ensino. A única exceção diz respeito à Escola da Magistratura.

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1) Ser ouvido como testemunha em local, dia e horário previamente ajustados com autoridade de juiz de instância igual ou inferior;

2) Não ser preso, senão por ordem escrita do Tribunal ou Órgão Especial competente para o julgamento do juiz. Em sendo preso em flagrante por crime inafiançável, a autoridade deve comunicar em 24 horas e apresentá-lo ao Presidente do Tribunal.

3) Prisão especial ou sala especial do Estado Maior, quando sujeito a prisão antes do  julgamento final. Quando preso por sentença final, transitada em julgado, não tem mais o  juiz a esse benefício.

4) Não estar sujeito à notificação ou intimação para comparecimento, salvo se expedida por autoridade judicial.

5) Portar arma para defesa pessoal.

6) Se no curso da investigação deparar-se com a possível participação do juiz em um crime, os autos devem ser remetidos ao Tribunal ou Órgão Especial competente a fim de que prossiga na investigação.

(14) - Deveres do magistrado:

1) Cumprir e fazer cumprir com independência, serenidade e exatidão as disposições legais e os atos de ofício.

2) Não exceder, injustificadamente, os prazos para sentenciar e despachar, sob pena, inclusive, de não ser promovido.

3) Determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais.

4) Tratar com urbanidade as partes, os membros do MP, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da justiça.

5) Atender aos que procurarem a qualquer momento quando se tratar de providência que reclame e possibilite solução de pronto. Inclusive, o magistrado tem a obrigação de receber o advogado sem restrição de horário.

6) Residir na comarca, dever este que apenas se aplica ao juiz titular.

7) Comparecer pontualmente à hora de início do expediente ou a sessão e não se ausentar injustificadamente.

8) Exercer assiduamente fiscalização sobre os subordinados (atividade correcional). Pela lei, o juiz deve fazer correição na vara uma vez por ano.

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(15) - Vedações:

1) Exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou como cotista.

2) Exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação de qualquer natureza ou finalidade, salvo associação de classe e sem remuneração.

3) Manifestação por qualquer meio de comunicação opinião sobre processo pendente de  julgamento seu ou de outrem ou juízo depreciativo sobre despacho, votos ou sentenças

de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos, em obras técnicas ou no exercício do magistério.

(16) - Penalidades:

Nenhuma sanção pode ser aplicada no processo presidido pelo juiz, para que ele possa inclusive se defender ou recorrer. Além disso, se fosse permitido, seria uma sanção de caráter perpétuo, visto que ficaria no processo, por exemplo, uma pena de censura.

1) Advertência – somente aplicada a juiz de primeira instância 2) Censura – somente aplicada a juiz de primeira instância 3) Remoção compulsória

4) Disponibilidade 5) Aposentadoria

(17) - Responsabilidade Civil do Magistrado

Responde o magistrado por dolo ou fraude, conforme disposto no CPC. Além disso, responde por culpa, conforme disposto no art. 37 da CF/88 que traz a responsabilidade por culpa do agente público.

 _______________________________________________________________ 

2- Em que medida se aplica o princípio da eficiência ao Poder Judiciário, em suas diversas funções?

RESPOSTA:

Antes de mais nada, vale lembrar a noção geral de que são os princípios normas basilares de todo o ordenamento jurídico, ou seja, estruturam o mesmo de tal

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forma que devem orientar não apenas as normas a eles diretamente ligadas, mas também toda e qualquer interpretação legal (stricto ou lato sensu) a ser realizada.

No dizer de Humberto Ávila (Teoria dos Princípios, da definição à aplicação dos princípios  jurídicos, 7ª edição, Malheiros, São Paulo: 2007), ao tratar do conflito normativo entre regras e princípios, a antinomia entre as regras configura verdadeiro conflito, a ser  solucionado com a declaração de invalidade de uma das regras ou com a criação de uma exceção, enquanto que os princípios devem ser ponderados, com a necessária atribuição de peso a cada um, de forma que, em cada situação concreta, um prevalecerá em detrimento do outro, sem que isso implique na invalidação daquele.

Para finalizar a introdução ao tema, frise-se apenas o ensinamento de Robert Alexy, também abordado pelo autor citado ut supra, ao afirmar que os princípios jurídicos consistem tão-somente em uma espécie de norma jurídica por meio da qual são estabelecidos deveres de otimização, aplicáveis em vários graus, segundo as possibilidades normativas e fáticas.

Traçados esses comentários, válidos por ser o princípio da eficiência, afinal, um princípio, com o que todo e qualquer estudo a seu respeito deve partir dessa premissa, passa-se à sua análise pormenorizada.

Trata-se de um princípio expresso na Constituição Federal, no art. 37, caput, a este adicionado através da emenda constitucional nº 19/98 e também conhecido na doutrina italiana como princípio da boa administração (nesse sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 25ª edição, Malheiros, São Paulo: 2008) e que pode ser concebido como um desdobramento do princípio da legalidade, vez que jamais uma suposta busca por eficiência poderia justificar a postergação daquele que é o dever  administrativo por excelência, nas palavras desse mesmo autor.

É interessante observar que a CF/88 é, dentre outras características, programática. Ora, se, no dever de Alexy, os princípios jurídicos são uma espécie normativa por meio da qual são estabelecidos deveres de otimização, é perfeitamente compreensível que a Constituição tenha dele tratado, ou melhor, corrigido a omissão a ele atinente, quando de sua promulgação, por intermédio da EC 19/98 (o que, aliás, não permitiria concluir-se pela ausência do princípio da eficiência, decorrente de todo o sistema jurídico), apenas para

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