Sumário
Sumário
Prefácio Prefácio . . . .. . . .. . . .. . . 99 Introdução Introdução . . . .. . . .. . . .. . . 1111 1. A tradição 1. A tradição. . . .. . . .. . . .. . . 1717 2. A linguagem 2. A linguagem. . . .. . . .. . . .. . . 2828 3.3. A Grande A Grande Árvore da Árvore da AtzilútAtzilút. . . .. . . .. . . 3636
4.
4. A oA obra da bra da CriaçãoCriação. . . .. . . .. . . .. . 4949
5.
5. Adão Adão natural: o natural: o corpocorpo. . . .. . . .. . . 5858
6.
6. O O Adão naAdão natural: a tural: a psiquepsique . . . .. . . .. . . 6868
7.
7. Os Os escravos escravos no no EgitoEgito . . . .. . . .. . . 8080
8. A Terra Prometida
8. A Terra Prometida . . . .. . . .. . . .. . 8686
9.
9. Jacó Jacó e e EsaúEsaú . . . .. . . .. . . .. . . 9292
10. O Tzadík 10. O Tzadík . . . .. . . .. . . .. . . 9999 11. A Cabala 11. A Cabala . . . .. . . .. . . .. . . 106106 12. Conhecimento objetivo 12. Conhecimento objetivo . . . .. . . .. . . 116116 13. Grupos 13. Grupos . . . .. . . .. . . .. . . 126126 14.
14. A estruturA estrutura dos a dos gruposgrupos. . . .. . . .. . . 131131
15.
15. A dinâmica A dinâmica dos gdos gruposrupos. . . .. . . .. . . 139139
16. O encontro
16. O encontro . . . .. . . 147147
17.
17. A A saída saída do do EgitoEgito. . . .. . . .. . . .. . . . 155155
18. Preparação
18. Preparação. . . .. . . .. . . .. . . 164164
19.
19. O O Método Método LiteralLiteral. . . .. . . .. . . .. 169169
20.
20. O O Método Método AlegóricoAlegórico. . . .. . . 179179
21.
21. O O Método Método MetafísicoMetafísico . . . .. . . .. . . 188188
22. A vontade
22. A vontade. . . .. . . 198198
23.
23. Estados Estados maiores maiores e e menoresmenores . . . .. . . .. . . 213213
24.
24. Neshamáh: Neshamáh: a a almaalma. . . .. . . .. . . .. 216216
25.
25. Kavanáh Kavanáh – – a a intençãointenção. . . .. . . .. . . 231231
26. Preparação
26. Preparação. . . .. . . .. . . .. . . 238238
27.
27. O O Método Método da da AçãoAção. . . .. . . .. . . .. 246246
28.
28. O O Método Método da da DevoçãoDevoção. . . .. . . .. . . 256256
29.
29. O O Método Método da da ContemplaçãoContemplação . . . .. . . .. . . 266266
30. A ascensão
30. A ascensão. . . .. . . .. . . .. . . 275275
Glossário
T
Todo mundo odo mundo busca alguma busca alguma coisa. Alguns procuram seguran-coisa. Alguns procuram seguran-ça; outros, prazer ou poder
ça; outros, prazer ou poder. Há ainda os . Há ainda os que buscam sonhos, ouque buscam sonhos, ou algo que nem sabem muito bem o que é. Há aqueles, porém, que algo que nem sabem muito bem o que é. Há aqueles, porém, que sabem o que procuram, mas não podem encontrá
sabem o que procuram, mas não podem encontrá-lo no mundo-lo no mundo natural. Para esses foram deixadas muitas pistas pelos que natural. Para esses foram deixadas muitas pistas pelos que vie-ram antes. As pistas estão em toda parte, mas só aqueles com ram antes. As pistas estão em toda parte, mas só aqueles com olhos para enxergar e ouvidos para escutar poderão percebê
olhos para enxergar e ouvidos para escutar poderão percebê-las.-las. Quando o sentido desses sinais é levado a sério, a Providência Quando o sentido desses sinais é levado a sério, a Providência abre uma porta para fora do natural e para dentro do
abre uma porta para fora do natural e para dentro do sobrenatu- sobrenatu-ral, revelando uma escada que vai do
ral, revelando uma escada que vai do efêmero ao Eterno. Quemefêmero ao Eterno. Quem ousa subir por ela ingressa no Caminho da Cabala.
ousa subir por ela ingressa no Caminho da Cabala.
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Prefácio
Prefácio
Figura 1 – A BUSCA Figura 1 – A BUSCA
Nesta imagem de inspiração alquimista um indivíduo segue as pegadas da Verdade. Nesta imagem de inspiração alquimista um indivíduo segue as pegadas da Verdade. Ele carrega uma lanterna porque está no escuro e veste um casaco bem grosso para Ele carrega uma lanterna porque está no escuro e veste um casaco bem grosso para proteger
proteger-se contra possíveis golpes. Carrega também um cajado, o símbolo do Co--se contra possíveis golpes. Carrega também um cajado, o símbolo do Co-nhecimento, para ajudá
nhecimento, para ajudá-lo no caminho, e ainda um par de grossos óculos, a �m de-lo no caminho, e ainda um par de grossos óculos, a �m de enxergar o melhor possível. Esses pré
enxergar o melhor possível. Esses pré-requisitos têm como função ajudá-requisitos têm como função ajudá-lo a encon--lo a encon-trar o ensinamento esotérico, que transformará uma imagem obscura
trar o ensinamento esotérico, que transformará uma imagem obscura do universo emdo universo em uma visão iluminada da realidade. No entanto, antes que isso aconteça, ele terá de uma visão iluminada da realidade. No entanto, antes que isso aconteça, ele terá de identi�car as pegadas do Ensinamento. (Gravura em madeira, séc. XVII)
Introdução
Introdução
Toda tradição mística tem como objetivo a união com o Ser Toda tradição mística tem como objetivo a união com o Ser Supremo. Esse estado de plena realização é alcançado por meio Supremo. Esse estado de plena realização é alcançado por meio do equilíbrio e da elevação da consciência pelos vários degraus do equilíbrio e da elevação da consciência pelos vários degraus da Existência, até chegar à própria Fonte. Apesar de ser um da Existência, até chegar à própria Fonte. Apesar de ser um di-reito inato de qualquer pessoa, isso é raro, pois são poucos os reito inato de qualquer pessoa, isso é raro, pois são poucos os que conseguem apreender as leis que regem o universo e o que conseguem apreender as leis que regem o universo e o de-senvolvimento humano.
senvolvimento humano.
As tradições espirituais têm como tarefa formular essas leis As tradições espirituais têm como tarefa formular essas leis ee mostrar como se deve aplicá
mostrar como se deve aplicá-las. Embora seja verdade que as-las. Embora seja verdade que as abordagens são diferentes, dependendo da época e dos abordagens são diferentes, dependendo da época e dos costu-mes, a lei segundo a qual
mes, a lei segundo a qual os opostos se completam, por exemplo,os opostos se completam, por exemplo, é geralmente reconhecida no relacionamento entre a teoria e a é geralmente reconhecida no relacionamento entre a teoria e a prática. Na tradição mística de Israel, esses aspectos passivo e prática. Na tradição mística de Israel, esses aspectos passivo e ativo da T
ativo da Torá, ou Ensinamento, são orá, ou Ensinamento, são chamados de Cabala especu-chamados de Cabala especu-lativa e prática. Seu estudo proporciona o treinamento lativa e prática. Seu estudo proporciona o treinamento necessá-rio para a experiência direta. “Cabala” signi�ca “receber”, o que rio para a experiência direta. “Cabala” signi�ca “receber”, o que só se torna possível quando as duas disciplinas se unem no ser só se torna possível quando as duas disciplinas se unem no ser humano. Esse acontecimento espiritual expressa, em linguagem humano. Esse acontecimento espiritual expressa, em linguagem humana, a Lei das Tríades, que traz o Universo para a existência humana, a Lei das Tríades, que traz o Universo para a existência e depois o devolve ao seu
e depois o devolve ao seu estado original.estado original.
A partir do Um até o surgimento dos opostos e suas relações A partir do Um até o surgimento dos opostos e suas relações há um passo do in�nito até o mundo �nito. Ali se encontram o há um passo do in�nito até o mundo �nito. Ali se encontram o início e o �m
consciên-Figura 2 – O
Figura 2 – O ENSINAMENTOENSINAMENTO
Esta gravura descreve o esquema metafísico básico da Cabala. No alto estão as Esta gravura descreve o esquema metafísico básico da Cabala. No alto estão as iniciais das palavras hebraicas
iniciais das palavras hebraicas Êin Sóf Êin Sóf , que signi�cam “Sem Fim”, título que os, que signi�cam “Sem Fim”, título que os cabalistas medievais deram ao Absoluto. Em seguida está a Coroa, o ponto da cabalistas medievais deram ao Absoluto. Em seguida está a Coroa, o ponto da manifestação da Existência. Em cada um de
manifestação da Existência. Em cada um de seus lados, os pilares da Misericórdiaseus lados, os pilares da Misericórdia e da Severidade, que equivalem aos princípios chineses do
e da Severidade, que equivalem aos princípios chineses do yin yin e do e do yang yang. As. As DezDez Se�rót
Se�rót, ou Números, representam as diferentes funções ou níveis, enquanto a co-, ou Números, representam as diferentes funções ou níveis, enquanto a co-luna central é a da
luna central é a da Graça, ou Equilíbrio. As 22 VGraça, ou Equilíbrio. As 22 Vias conectam asias conectam as Se�rótSe�rót e criam as e criam as tríades que processam
O C A M I N H O D A C A B A L A
O C A M I N H O D A C A B A L A
cia convergem e divergem em um complexo que se estende do cia convergem e divergem em um complexo que se estende do Tudo ao Nada. As leis objetivas que governam o universo são Tudo ao Nada. As leis objetivas que governam o universo são descritas pelo diagrama principal da Cabala, chamado “Árvore descritas pelo diagrama principal da Cabala, chamado “Árvore da Vida”. Esse modelo análogo do Abs
da Vida”. Esse modelo análogo do Absoluto, do Mundo oluto, do Mundo e do Ho-e do Ho-mem é a chave mestra da Cabala especulativa e prática. Ao mem é a chave mestra da Cabala especulativa e prática. Ao vi- venciar
venciar a Árvore, a Árvore, o o cabalista cabalista integra integra a a sua sua realidade, realidade, o o que que lhelhe permite elevar
permite elevar-se em segurança e �ncar um alicerce-se em segurança e �ncar um alicerce nos maisnos mais altos níveis da Existência. Ao alcançar verdadeiramente esses altos níveis da Existência. Ao alcançar verdadeiramente esses níveis superiores, ele pode ser contemplado com conhecimentos níveis superiores, ele pode ser contemplado com conhecimentos e percepções sobre assuntos inacessíveis neste mundo, ou e percepções sobre assuntos inacessíveis neste mundo, ou tornar
tornar-se o canal pelo qual o -se o canal pelo qual o �uxo da Graça desce do alto. Se isso�uxo da Graça desce do alto. Se isso acontece, ele conclui objetivos
acontece, ele conclui objetivos como como Adão encarnado, entra Adão encarnado, entra emem harmonia com a vontade de seu Criador em todas as Terras, harmonia com a vontade de seu Criador em todas as Terras, Édens e Céus. Nesse estado,
Édens e Céus. Nesse estado, ele pode vir a ele pode vir a elevarelevar-se na Carrua--se na Carrua-gem de sua Alma até o Tro
gem de sua Alma até o Trono do Espírito, no do Espírito, sobre o qual se sobre o qual se assentaassenta o Adão Eterno, o Homem Divino, a última instância de o Adão Eterno, o Homem Divino, a última instância de realiza-ção antes da
Figura 3 – TRADUÇÃO Figura 3 – TRADUÇÃO
Aqui, os elementos metafísicos são dispostos de acordo com sua tradução literal e Aqui, os elementos metafísicos são dispostos de acordo com sua tradução literal e suas características gerais. Estes são apenas alguns aspectos do potencial de um suas características gerais. Estes são apenas alguns aspectos do potencial de um sistema que governa o todo da Existência. Há várias versões diferentes, mas sua sistema que governa o todo da Existência. Há várias versões diferentes, mas sua essência é sempre a mesma. Por exemplo,
essência é sempre a mesma. Por exemplo, GuevuráhGuevuráh, que signi�ca “Poder”, é por, que signi�ca “Poder”, é por vezes chamada
vezes chamada dedePáhadPáhad,, “ “ TTemor”, emor”, ouou DinDin, “Justiça”. Estes são aspectos de, “Justiça”. Estes são aspectos deGuevu- Guevu-ráh
ráh aplicados em circunstâncias em que seja necessário limitar excessos. Cada aplicados em circunstâncias em que seja necessário limitar excessos. Cada se�ráh
se�ráh tem diversas facetas. Existem também sete níveis que descem da colunatem diversas facetas. Existem também sete níveis que descem da coluna central da Árvore. Estes são os diagramas da Consciência.
central da Árvore. Estes são os diagramas da Consciência. MALCHÚT MALCHÚT Reino Reino Manifestação Manifestação Lado da Misericórdia, Lado da Misericórdia, do Dinamismo, do Masculino do Dinamismo, do Masculino BINÁH BINÁH Entendimento
Entendimento Intelecto Intelecto DivinoDivino SabedoriaSabedoriaHOCHMÁH HOCHMÁH
Padrões
Padrões DÁAT DÁAT IniciativasIniciativas
Conhecimento Conhecimento Consciência Consciência Emoção Divina Emoção Divina GUEVURÁH GUEVURÁH Julgamento Julgamento HÉSSED HÉSSED Misericórdia Misericórdia Contração
Contração TIF’ÉRET TIF’ÉRET BelezaBeleza ExpansãoExpansão
Essência Essência Ação Divina Ação Divina HÓD HÓD Vibração Vibração NÉTZAH NÉTZAH Repetição Repetição Frequência
Frequência YESSÓD YESSÓD CiclosCiclos
Fundação Fundação Imagem Imagem KÉTER KÉTER (Coroa, (Coroa, origem) origem) Lado da Severidade da Lado da Severidade da Estrutura, do Feminino Estrutura, do Feminino
Figura 4 – O CONHECIMENTO Figura 4 – O CONHECIMENTO
De acordo com o mito, quando Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, o Sagrado De acordo com o mito, quando Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, o Sagrado apiedou
apiedou-se deles e enviou o arcanjo Raziel para lhes dar um livro pelo qual eles-se deles e enviou o arcanjo Raziel para lhes dar um livro pelo qual eles poderiam voltar ao Paraíso e até entrar no Céu. Conhecido como Livro de Raziel, poderiam voltar ao Paraíso e até entrar no Céu. Conhecido como Livro de Raziel, o Anjo dos Segredos, ele foi transmitido de geração a geração e por diversas vezes o Anjo dos Segredos, ele foi transmitido de geração a geração e por diversas vezes quase se perdeu. A Arca de Noé é o símbolo desse livro e de sua preservação em quase se perdeu. A Arca de Noé é o símbolo desse livro e de sua preservação em tempos de calamidade, por causa do abuso, pela humanidade, do livre
tempos de calamidade, por causa do abuso, pela humanidade, do livre-arbítrio.-arbítrio. Esse conhecimento recebeu muitos nomes e tem se mantido em segredo a �m de Esse conhecimento recebeu muitos nomes e tem se mantido em segredo a �m de evitar o uso incorreto. Atualmente o conhecemos na tradição judaica como evitar o uso incorreto. Atualmente o conhecemos na tradição judaica como Caba-la. (Gravura em
1. A Tradição
1. A Tradição
Em toda religião há sempre duas faces, a visível e a oculta. Em toda religião há sempre duas faces, a visível e a oculta. OO manifesto pode ser visto em edifícios, clérigos, rituais e manifesto pode ser visto em edifícios, clérigos, rituais e escritu-ras. Estes desempenham a tarefa de in�uenciar o
ras. Estes desempenham a tarefa de in�uenciar o mundo, levan-mundo, levan-do a ele a percep
do a ele a percepção de uma Força Superior, de um código moralção de uma Força Superior, de um código moral e ético naquilo que, para as
e ético naquilo que, para as grandes massas, constitui uma exis-grandes massas, constitui uma exis-tência aguerrida. Obviamente, em certos momentos a pregação tência aguerrida. Obviamente, em certos momentos a pregação se deixa in�uenciar pelas tendências do mundo e sua autoridade se deixa in�uenciar pelas tendências do mundo e sua autoridade é corrompida, oprimindo tanto a alma quanto o corpo. Contudo, é corrompida, oprimindo tanto a alma quanto o corpo. Contudo, esses fenômenos estão sujeitos à lei da justiça cósmica, e o mal esses fenômenos estão sujeitos à lei da justiça cósmica, e o mal acaba destruindo a
acaba destruindo a si próprio. Tsi próprio. Toda religião passou oda religião passou períodos des-períodos des-se tipo, que indicam uma fades-se
se tipo, que indicam uma fase �nal de decadência antes que u�nal de decadência antes que umm novo impulso leve essa tradição a um
novo impulso leve essa tradição a um patamar mais elevado.patamar mais elevado. O novo impulso deriva sempre da face oculta da religião. O novo impulso deriva sempre da face oculta da religião. Muitas vezes centrada em um único homem ou grupo, a luz Muitas vezes centrada em um único homem ou grupo, a luz que um dia iluminou o Ensinamento retorna para satisfazer às que um dia iluminou o Ensinamento retorna para satisfazer às necessidades de uma geração que não suporta mais o modo necessidades de uma geração que não suporta mais o modo como seus pais interpretam a Tradição. Esse processo precisa como seus pais interpretam a Tradição. Esse processo precisa ser contínuo para preservar uma religião. Quando ele n
ser contínuo para preservar uma religião. Quando ele não ocor-ão ocor-re, o sentido interior logo se transforma em mera forma que, re, o sentido interior logo se transforma em mera forma que, por sua vez, gera costumes vazios capazes de aprisionar o por sua vez, gera costumes vazios capazes de aprisionar o igno-rante e afugentar o
rante e afugentar o inteligente. inteligente. A ironia e o A ironia e o aspecto providencialaspecto providencial dessas situações é o fato de que os rebeldes frequentemente dessas situações é o fato de que os rebeldes frequentemente
Z ’ E V B E N S H I M O N H A L E V IZ ’ E V B E N S H I M O N H A L E V I
buscam – e encontram – os princípios originais da fé bem buscam – e encontram – os princípios originais da fé bem lon-ge da instituição
ge da instituição convencional e conservadora da própria reli-convencional e conservadora da própria reli-gião. De fato, muitas vezes, ao estudar as fontes de outra t
gião. De fato, muitas vezes, ao estudar as fontes de outra tradi- radi-ção, eles reconhecem os mesmos preceitos e objetivos, por ção, eles reconhecem os mesmos preceitos e objetivos, por vezes
vezes em em termos termos estranestranhamenthamente e mais mais familifamiliares ares do do que que a a ver- ver-são aguada ou ressequida que lhes foi ensinada na infância. são aguada ou ressequida que lhes foi ensinada na infância. Isso acontece porque todas as tradições se congregam.
Isso acontece porque todas as tradições se congregam.
Essa fonte é a face oculta da Tradição, que volta e meia se Essa fonte é a face oculta da Tradição, que volta e meia se manifesta quando os responsáveis pela vida espiritual da manifesta quando os responsáveis pela vida espiritual da huma-nidade reformulam o Ensinamento para determinada geração. nidade reformulam o Ensinamento para determinada geração. Essa nova redação da natureza do homem e de seu Essa nova redação da natureza do homem e de seu relaciona-mento com o mundo e com Deus pode adotar diversas formas, mento com o mundo e com Deus pode adotar diversas formas, mas sua essência nunca muda. O Ensinamento é completo e mas sua essência nunca muda. O Ensinamento é completo e perfeito, embora use diferentes trajes.
perfeito, embora use diferentes trajes.
A face oculta da religião existe para preservar a Tradição, A face oculta da religião existe para preservar a Tradição, mas não mediante códigos rígidos. Assim, enquanto o mas não mediante códigos rígidos. Assim, enquanto o Ensina-mento é colocado por escrito ou revelado por meio de u
mento é colocado por escrito ou revelado por meio de uma fes-ma fes-tividade, obra de arte ou narrativa, s
tividade, obra de arte ou narrativa, sua essência pode ser comu-ua essência pode ser comu-nicada apenas oralmente, nas su
nicada apenas oralmente, nas sutis trocas que ocorrem entre ostis trocas que ocorrem entre os mais velhos e os mais moços. Isso
mais velhos e os mais moços. Isso impede distorções, à medidaimpede distorções, à medida que a linguagem do passado torna
que a linguagem do passado torna-se opaca com o tempo. Cada-se opaca com o tempo. Cada geração é ensinada em seu idioma, de modo que, enquanto os geração é ensinada em seu idioma, de modo que, enquanto os termos mudam, o sentido preciso permanece o mesmo na termos mudam, o sentido preciso permanece o mesmo na lin-guagem atual. Esse é o motivo pelo qual muitas escrituras guagem atual. Esse é o motivo pelo qual muitas escrituras an-tigas tornam
tigas tornam-se ininteligíveis; podemos sentir sua profunda-se ininteligíveis; podemos sentir sua profunda verdad
verdade, e, mas mas não não consegconseguimos uimos entenentender der sua sua lingulinguagem agem ouou seus símbolos porque foram escritos para os �lhos daquela seus símbolos porque foram escritos para os �lhos daquela época. Isso, porém, não as invalida. Algumas, como a Bíblia, época. Isso, porém, não as invalida. Algumas, como a Bíblia, são tão simples e objetivas que o Ensinamento se expressa ao são tão simples e objetivas que o Ensinamento se expressa ao longo de milênios. Suas histórias
longo de milênios. Suas histórias são básicas, sem grande com-são básicas, sem grande com-plexidade. Por exemplo, podemos ver
plexidade. Por exemplo, podemos ver, na na, na narrativa da saírrativa da saída dosda dos �lhos de Israel do Egito rumo à Terra Prometida, o esforço da �lhos de Israel do Egito rumo à Terra Prometida, o esforço da
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alma para libertar
alma para libertar-se das amarras do corpo e suas di�culdades-se das amarras do corpo e suas di�culdades antes de entrar na terra do leite e do
antes de entrar na terra do leite e do mel. Essas escrituras dife-mel. Essas escrituras dife-renciam-se dos muitos compêndios e manuais religiosos. Cada renciam-se dos muitos compêndios e manuais religiosos. Cada religião tem suas escrituras, qu
religião tem suas escrituras, que formam a base da tradição eme formam a base da tradição em relação ao mundo
relação ao mundo a seu redora seu redor. Nenhuma das gran. Nenhuma das grandes tradiçõesdes tradições existiria sem elas.
existiria sem elas.
A Tradição Interior é uma linha contínua. A Cabala, diz-se, A Tradição Interior é uma linha contínua. A Cabala, diz-se, surgiu com os anjos, os quais foram instruídos por Deus. A surgiu com os anjos, os quais foram instruídos por Deus. A Hu-manidade recebeu suas informações do Arcângelo Metatrón, o manidade recebeu suas informações do Arcângelo Metatrón, o qual, conforme as narrativas apocalípticas, trans�gurou
qual, conforme as narrativas apocalípticas, trans�gurou-se em-se em Enoque, o homem que caminhou com Deus e não experimentou Enoque, o homem que caminhou com Deus e não experimentou a morte (Gênesis 5:24). Metatrón, segundo a narrativa, a morte (Gênesis 5:24). Metatrón, segundo a narrativa, manifestou- manifestou--se ao longo da história na forma de vários grandes mestres, -se ao longo da história na forma de vários grandes mestres, po-dendo um deles ter sido Melquisedeque, o rei sem pai nem mãe dendo um deles ter sido Melquisedeque, o rei sem pai nem mãe que iniciou Abraão no Conhecimento (Gênesis 14:18
que iniciou Abraão no Conhecimento (Gênesis 14:18-20).-20). Abraão, por sua vez, ensinou a seu �lho Isaque, que passou o Abraão, por sua vez, ensinou a seu �lho Isaque, que passou o Ensinamento a Jacó. Quando Jacó se tornou Israel, pai dos doze Ensinamento a Jacó. Quando Jacó se tornou Israel, pai dos doze tipos humanos formadores da Humanidade, somente Levi tipos humanos formadores da Humanidade, somente Levi revelou--se capaz de transmitir o Ensinamento. Moisés, um levita, levou a -se capaz de transmitir o Ensinamento. Moisés, um levita, levou a linha adiante, repassando
linha adiante, repassando-a a -a a Josué e aos Anciãos de Israel. Davi,Josué e aos Anciãos de Israel. Davi, o primeiro verdadeiro rei de Israel, estava
o primeiro verdadeiro rei de Israel, estava conectado diretamenteconectado diretamente à Tradição, como podemos ver em sua bênção a Salomão, que à Tradição, como podemos ver em sua bênção a Salomão, que indica seu uso dos atributos de Deus (I
indica seu uso dos atributos de Deus (I Crônicas 29:11). SalomãoCrônicas 29:11). Salomão tinha a chave, mas perdeu
tinha a chave, mas perdeu-a quando derivou para os ritos de ou--a quando derivou para os ritos de ou-tros deuses. Isso provocou o �m do reino e, tempos depois, a tros deuses. Isso provocou o �m do reino e, tempos depois, a destruição do Templo, em cuja arquitetura estava simbolizada e destruição do Templo, em cuja arquitetura estava simbolizada e incorporada a Tradição. Desaparecendo sua manifestação incorporada a Tradição. Desaparecendo sua manifestação exter-na, o Ensinamento �cou clandestino no grande Cativeiro na na, o Ensinamento �cou clandestino no grande Cativeiro na Ba-bilônia, mas retornou com a Grande Assembleia de Esdras. Dali bilônia, mas retornou com a Grande Assembleia de Esdras. Dali em diante, estabeleceu-se paralelamente ao judaísmo ortodoxo, em diante, estabeleceu-se paralelamente ao judaísmo ortodoxo, mas sempre secretamente, de modo que, enquanto os eruditos mas sempre secretamente, de modo que, enquanto os eruditos estudavam a Bíblia e seus comentários (que se transformaram no estudavam a Bíblia e seus comentários (que se transformaram no
Figura 5 – A INICIAÇÃO Figura 5 – A INICIAÇÃO
Aqui Abraão recebe o pão e o vinho da teoria e da prática esotéricas das mãos de Aqui Abraão recebe o pão e o vinho da teoria e da prática esotéricas das mãos de Melquisedeque, na futura Jerusalém. Melquisedeque é a manifestação de Enoque, Melquisedeque, na futura Jerusalém. Melquisedeque é a manifestação de Enoque, o primeiro ser humano totalmente evoluído, capaz de atravessar o
o primeiro ser humano totalmente evoluído, capaz de atravessar o tempo e o espaço.tempo e o espaço. Desse momento em diante, Abrão se chamará Abraão, “O pai de muitos povos”, Desse momento em diante, Abrão se chamará Abraão, “O pai de muitos povos”, vá-rias doutrinas da alma. Ele transmitiu o conhecimento a seus descendentes. Ao rias doutrinas da alma. Ele transmitiu o conhecimento a seus descendentes. Ao longo do tempo, o conhecimento passou para os sacerdotes, os juízes e os profetas. longo do tempo, o conhecimento passou para os sacerdotes, os juízes e os profetas. Mais tarde, a Tradição foi levada adiante pelos rabinos e, na Idade Média, pelos Mais tarde, a Tradição foi levada adiante pelos rabinos e, na Idade Média, pelos místicos judeus. Isso permanece assim até hoje. (Esmalte, Idade Média)
