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Comissão de Segurança Pública prepara debates sobre estrutura da polícia a proteção a vítimas

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ASSESSORIA PARLAMENTAR

INFORMATIVO

15 de OUTUBRO de 2013

SENADO FEDERAL

Comissão de Segurança Pública prepara debates

sobre estrutura da polícia a proteção a vítimas

A Comissão Especial de Segurança Pública realiza reunião de trabalho nesta quarta-feira (16), às 16h, com a finalidade de analisar dois requerimentos de audiência pública, com a participação de especialistas no tema.

O primeiro requerimento, do senador Humberto Costa (PT-PE), inclui o nome do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Marcos Leôncio Souza Ribeiro, entre os convidados para participar de audiência pública que será realizada no dia 30 de outubro e debaterá a estrutura da polícia brasileira.

De autoria do senador Armando Monteiro (PTB-PE), o segundo requerimento solicita que seja feito o convite ao professor doutor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo, Leandro Piquet Carneiro, para participar de audiência pública sobre proteção ao cidadão e à vítima, que ainda terá sua data definida pela comissão.

Presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e tendo como relator o senador Pedro Taques (PDT-MT), a comissão, instalada no dia 2 de outubro, deve propor em 90 dias um novo modelo de segurança pública, partindo das propostas já em tramitação no Senado. Para isso, deve realizar audiências públicas sobre os diversos temas que envolvem a questão. O relator da comissão, senador Pedro Taques (PDT-MT), disse esperar haver vontade política para aprovar as propostas que vierem a ser formuladas pela comissão especial.

- A segurança pública precisa de mais recursos e menos discursos – afirmou o parlamentar. Durante a instalação da comissão especial, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que embora a segurança pública seja atribuição dos estados e municípios, esses entes da Federação estão “estrangulados pelo centralismo fiscal”. Ele disse que, como parlamentar e também como ministro da Justiça, "sempre defendeu a vinculação

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orçamentária", ainda que temporária, para o setor de segurança, bem como a proibição do contingenciamento de verbas a ele destinadas.

Senado vai priorizar leis que melhorem sistema

prisional

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assinou nesta terça-feira (15), no Supremo Tribunal Federal (STF), um termo de compromisso entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário para implementar um conjunto de medidas com o objetivo de promover a melhoria do sistema penitenciário no Brasil.

De acordo com o Ministério da Justiça, a população carcerária hoje gira em torno de 550 mil detentos para apenas 310.687 vagas. Estão previstas ações para modernizar a Justiça, o estímulo para a adoção de medidas cautelares, penas alternativas e ainda a criação de novas vagas nos presídios.

- Foi um prazer muito grande para o Senado Federal assinar esse termo sobretudo porque as medidas otimizam a execução prisional e apontam para a redução do déficit prisional. O Congresso, é claro, vai colaborar no aperfeiçoamento institucional, priorizando as leis e cumprindo o seu papel como já cumpriu em outros pactos já assinados - disse Renan Calheiros.

Já no Senado, Renan Calheiros determinou a tramitação de um projeto de sua autoria que altera os artigos 123 e 124 da Lei de Execução Penal para tornar mais rígidos os critérios que permitem a saída temporária de presos. Pela proposta terá direito ao chamado "saidão" o réu primário e que tenha cumprido 1/6 da pena. Hoje a lei permite que o preso reincidente saia após cumprir 1/4 da pena. Outra mudança é que a saída será concedida apenas uma vez ao ano e por até sete dias. Hoje a lei permite a saída por no máximo sete dias, podendo ser renovada por mais quatro vezes durante o ano.

Livro sobre os 25 anos da Constituição de 1988 é lançado no Senado

A Carta da Democracia 25 anos – Como foi feita a Constituição de 1988 é o título do livro de autoria do professor Júlio Aurélio Vianna Lopes, com prefácio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lançado nesta terça-feira (15), no Senado. A obra relata o trabalho de deputados e senadores na elaboração da Carta Magna de 1988.

Em discurso durante o evento, Renan Calheiros destacou a confiabilidade na narrativa dos fatos, como no primeiro capítulo – Constituição e Transição à Democracia no Brasil - em que Júlio Aurélio conta como se deram as discussões sobre a legitimidade dos senadores eleitos em 1982 em compor a assembleia.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

CCJ aprova mudança em eleição de tribunais de

segunda instância

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta terça-feira (15), a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 187/12, do deputado Wellington Fagundes (PR-MT), que permite a todos os magistrados vitalícios em atividade, de primeira e segunda instâncias, votar em eleições para os órgãos diretivos dos tribunais de segundo grau. Os integrantes dos órgãos diretivos serão eleitos por maioria absoluta e por voto direto e secreto.

Atualmente, os magistrados de primeiro grau não podem votar nesses pleitos.

O relator foi o deputado Lourival Mendes PTdoB-MA, que votou pela admissibilidade da matéria. A proposta ainda terá de ser analisada em comissão especial a ser criada para esse fim antes seguir para o Plenário.

Votação do novo CPC é adiada para a semana que

vem

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciou há pouco que a votação do novo Código de Processo Civil (PL 8046/10, apensado ao PL 6025/05), prevista para amanhã, ficará para a próxima semana. A informação foi dada antes da reunião da Mesa Diretora, que ocorre neste momento.

A pauta de votações desta semana será definida em reunião de líderes partidários, às 14h30, na Presidência da Câmara.

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Mesmo com aumento de 51% na produtividade,

acúmulo de processos no STJ cresce o dobro do

Judiciário

Apesar de aumentar a produtividade em 51%, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) viu seu estoque de processos crescer bem acima do Poder Judiciário nos últimos quatro anos. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados na manhã desta terça-feira (15). Enquanto o estoque no Judiciário em geral aumentou 10,6%, no STJ o estoque cresceu 22% no mesmo período.

O presidente do Tribunal, ministro Felix Fischer, tem afirmado a inviabilidade da manutenção do atual sistema recursal. “O STJ não pode continuar atuando como tribunal de apelação. É preciso impedir a eternização dos processos e reservar à apreciação da instância superior apenas matérias relevantes de direito”, afirmou o presidente em recente reunião com parlamentares.

Produtividade e gastos

Segundo o CNJ, a produtividade dos ministros do STJ aumentou mais de 51% em 2012. Cada ministro julgou em média 10.519 processos. No total, foram mais de 347 mil casos decididos, diante de 316 mil novos processos recebidos. Mesmo assim, o estoque do Tribunal fechou 2012 em quase 300 mil processos pendentes.

Ainda conforme o CNJ, os gastos do Judiciário aumentaram 7,2%. O STJ, por outro lado, gastou 4% menos que no ano anterior. Os gastos com pessoal tiveram redução de 1,6%. Relevância

O STJ defende a aprovação da PEC 209/2012, que introduz um filtro para a admissão de recursos especiais. Pela proposta de emenda à Constituição, será preciso demonstrar a relevância do direito federal supostamente violado para que o recurso suba até Brasília. O método é similar ao existente para o recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2004. Naquele tribunal, a matéria constitucional discutida precisa ter o que se denomina repercussão geral, isto é, uma importância que vá além do interesse das partes. No STF, a medida reduziu em 76% o número de processos recebidos desde 2007.

Ministro Esteves Lima enfatiza a busca de soluções

concretas para os JEFs

“Nada melhor para uma busca de soluções concretas que, depois de um excelente diagnóstico realizado pelo CJF-Ipea acerca dos juizados especiais federais, ao ensejo dos dez anos de sua implantação, seja realizado um evento cuja finalidade diz com apresentar propostas para enfrentar os problemas que foram diagnosticados.” Com estas palavras, o corregedor-geral da

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Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Arnaldo Esteves Lima, abriu nesta terça-feira (15) o workshop “Acesso à Justiça: Dez Anos de Juizados Especiais Federais”.

O evento, que está sendo realizado pelo CEJ/CJF até amanhã (16), no auditório do CJF, tem o objetivo de analisar e discutir os pontos críticos dos JEFs detectados pela pesquisa realizada pelo Ipea, a pedido do CEJ/CJF, e levantar propostas de melhorias e de ações concretas. Para o ministro, o cargo de corregedor-geral, ao contrário do que possa parecer, também prima pela busca de soluções para enfrentar os desafios. “Certamente que as propostas que devem ser apresentadas neste evento ainda serão avaliadas nos setores adequados, testadas e, posteriormente, validadas nos ambientes dos juizados especiais federais”, frisou o corregedor-geral. Neste sentido, ele salientou que a corregedoria-geral estará disponível para um trabalho conjunto com as corregedorias regionais e coordenadorias regionais dos JEFs, para implementação das propostas que surgirão a partir das discussões do workshop.

“Este trabalho, feito em coordenação, com certeza vai atingir a sua finalidade essencial, o que, ao fim, é a meta de todos que integram a Justiça Federal, qual seja, prestar um bom serviço aos jurisdicionados”, disse o ministro.

Essas iniciativas, de acordo com ele, poderão repercutir em todas as esferas da jurisdição federal, até mesmo no órgão julgador de cúpula dos juizados, a Turma Nacional de Uniformização, por ele presidida, e que tem a missão de preservar a uniformidade da interpretação das normas de direito material no âmbito dos JEFs.

O ministro Arnaldo Esteves Lima observa que grande parte da demanda trazida para as instâncias recursais resulta de uma ausência de padronização e de observância às boas práticas. “Quando se fala em padronização, não se refere a uma atitude de podar a criatividade daqueles que operam o sistema, mas de manter um nível mínimo de eficácia e eficiência nos fluxos de trabalho”, salienta o ministro, finalizando: “Não deve ser outro o intento na realização deste workshop.”

CONSELHO NACIONAL DO

MINISTÉRIO PÚBLICO

Conselheiros vão a Recife acompanhar investigação de

assassinato de promotor

Os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Marcelo Ferra, presidente da Comissão de Preservação da Autonomia do MP, e Mario Bonsaglia, corregedor nacional em exercício, chegam hoje, 15/10, a Recife (PE) para conversar com as autoridades locais a respeito das investigações sobre o assassinato do promotor de Justiça do MP/PE Thiago Faria de Godoy. Eles foram indicados pelo presidente do CNMP e procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acompanhar o caso.

O promotor foi morto a tiros nesta segunda-feira, 14/10, enquanto viajava de carro na rodovia estadual PE 330, no Agreste Pernambucano.

Em Recife, conselheiros discutem investigação da morte de

promotor do MP/PE

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Os conselheiros do CNMP Mario Bonsaglia, corregedor nacional em exercício, e Marcelo Ferra, presidente da Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público, participaram nesta terça-feira, 15/10, de reunião com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e com o procurador-geral de Justiça do estado, Aguinaldo Fenelon de Barros, para tratar das investigações sobre o assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, do MP/PE, morto a tiros nessa segunda, 14/10, no Agreste Pernambucano.

Também participaram do encontro o secretário de Defesa Social do estado, Wilson Damásio, e o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, além de membros do Ministério Público de Pernambuco. Os conselheiros viajaram a Recife especialmente para acompanhar o caso e discutiram as principais linhas de investigação e as providências já adotadas pelas autoridades para identificação e prisão dos assassinos e eventuais mandantes.

Segundo Mario Bonsaglia, o crime é uma clara afronta ao estado democrático de direito. "O CNMP está atento às investigações, tendo em vista sua missão constitucional de defesa da independência funcional e da livre atuação dos membros do Ministério Público", afirmou. Já Marcelo Ferra informou que instaurou procedimento na Comissão de Preservação da Autonomia do MP para acompanhar as apurações e providências relacionadas ao caso (Procedimento Interno de Comissão n. 1445/2013-30). "Esperamos uma resposta rápida e eficaz dos órgãos de segurança pública de Pernambuco, com o objetivo de inibir esse tipo de crime", disse ele.

Ainda hoje, os conselheiros participam de reunião com promotores de Justiça do MP/PE com atuação nas comarcas próximas ao local do crime, para ouvi-los sobre as condições de trabalho e os principais problemas enfrentados.

Os conselheiros do CNMP voltam à Brasília nesta quarta-feira, 16/11.

Candidato poderá prestar prova para MP em local distinto

de sua inscrição

O Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu o direito do candidato Marcelo Santos Correa prestar prova subjetiva do 27º Concurso Público para provimento de cargos de Procurador da República na cidade de Porto Alegre – RS, local distinto de onde se inscreveu, Brasília – DF. O conselheiro do CNMP Alexandre Saliba deferiu (veja aqui a decisão) o pedido de alteração do local de realização da prova pelo candidato, que havia sido negado anteriormente pela Secretaria de Concursos do Ministério Público Federal.

Entre os resultados da primeira e segunda fase do concurso para procurador, Marcelo Santos foi empossado como Juiz Federal Substituto da 4ª Região e passou a residir em Porto Alegre. Assim que tomou posse, entrou com pedido para que pudesse realizar a prova na cidade e não mais em Brasília, onde havia se inscrito. O recurso foi negado pela Secretaria de Concursos com a alegação de que o requerimento não respeitava o prazo legal de 20 dias de antecedência em relação a realização da prova.

O resultado da segunda fase, no entanto, foi divulgado apenas 19 dias antes da data de realização da prova, impedindo o cumprimento do prazo regimental para tal pedido pelos candidato. Para além disso, a Secretaria de Concursos havia deferido pedido similar de outro candidato em situação análoga. Alegando observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, o conselheiro Saliba decidiu por garantir ao candidato a possibilidade de realizar a prova em Porto Alegre, local de sua residência e atuação profissional.

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Crime organizado e lavagem de dinheiro serão debatidos em

Mesa Redonda

Acontece na próxima quinta-feira, 17/10, das 9h às 12h, na sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília, o debate “A nova Lei de Organização Criminosa e a Lei de Lavagem de dinheiro”. Mediado pelo conselheiro do CNMP Esdras Dantas, presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo e Jurisprudência, a mesa terá a participação do procurador da República no Distrito Federal José Robalinho Cavalcanti, do advogado criminalista André Callegari e do promotor de Justiça de São Paulo Marcelo Mendroni.

O objetivo é debater o assunto com membros do MP, magistrados, advogados, policiais e estudantes com o intuito de prepará-los melhor para os embates judiciais realizados nos processos a respeito dessas condutas.

O conselheiro considera importante a publicação dessas leis e a discussão dos temas. Para Dantas, “essas normas procuram esclarecer definitivamente os conceitos de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de detalhar os instrumentos de investigação dessas condutas criminosas.”

“Tanto a Lei de Lavagem de Dinheiro como a Lei de Organização Criminosa vieram para definir com mais clareza os meios de provas que poderão ser produzidas e utilizadas nas investigações”, explicou.

Dia do Servidor: prazos processuais são prorrogados

Os processos que tramitam no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) tiveram os prazos prorrogados por causa do feriado do Dia do Servidor, 28/10. A Portaria PRESI nº 328, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 15/10, informa que os prazos que iniciariam ou terminariam nos dias 31/10 e 1º/11 foram automaticamente prorrogados para o dia 4/11. Isso porque as comemorações do feriado do dia 28/11 foram transferidas para o dia 31/10. Nesta data e no dia 1º/11, sexta-feira, não haverá expediente no Conselho.

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Instituições assinam pacto para melhorias no

sistema prisional

Representantes do Judiciário, Legislativo e Executivo assinaram, nesta terça-feira (15/10), um pacto para o desenvolvimento de um conjunto de ações para melhorar o sistema penitenciário. Esse termo de compromisso estabelece as medidas a serem adotadas pelos Três Poderes para solucionar problemas como o déficit de vagas e a falta de estrutura das unidades prisionais, assim como as deficiências relacionadas à assistência jurídica e à saúde prestada aos presos.

O pacto foi assinado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (CNJ) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa; pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros; pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; pelo Procurador-Geral da República e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Rodrigo Janot; pelo presidente do Conselho Nacional de Defensores Públicos, Nilton Leonel; e pela diretora do Departamento de Defesa dos Direitos Humanos da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Deise Benedito. A assinatura do ato ocorreu no gabinete da Presidência do STF, em Brasília/DF. O termo de compromisso prevê o desenvolvimento de ações em três eixos: Modernização e Acessibilidade do Sistema de Justiça, Modernização e Profissionalização da Gestão Penitenciária e Execução Penal e Aperfeiçoamento dos Projetos de Reintegração Social de Presos e Egressos. O presidente do CNJ destacou a importância da conjunção de esforços para sanar os principais problemas do sistema carcerário brasileiro. “Agradeço a todos”, disse o ministro Joaquim Barbosa às autoridades que assinaram o termo de compromisso.

No Brasil, a população carcerária chega atualmente a cerca de 550 mil detentos. No entanto, o sistema prisional dispõe apenas de 310.687 vagas. Para o ministro da Justiça, o pacto vem atender a uma necessidade do Estado brasileiro. “A questão das unidades prisionais é um dos mais graves problemas de segurança pública no Brasil. Existem unidades que não servem para a reinserção do preso; registramos também violações quanto aos direitos humanos. Portanto, realmente temos muito para fazer nessa área”, afirmou Cardozo. De acordo com o ministro, as medidas previstas no pacto foram amplamente debatidas pelos representantes do Judiciário, Legislativo e Executivo.

O presidente do Senado Federal, por sua vez, disse que a principal contribuição do Congresso será no sentido de aperfeiçoar a legislação penal. “Vamos colaborar com o aperfeiçoamento institucional e priorizar as leis”, destacou Calheiros. “Foi um grande prazer assinar esse termo de compromisso, em nome do Senado Federal, sobretudo porque as ações previstas irão otimizar a execução prisional e reduzir o déficit carcerário”, acrescentou.

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Medidas – O pacto firmado pelos Três Poderes prevê uma série de medidas que de fato podem sanar as principais mazelas do sistema carcerário brasileiro. Com relação ao eixo Modernização e Acessibilidade ao Sistema de Justiça, por exemplo, o termo de compromisso prevê a ampliação do atendimento jurídico as pessoas que estão sob custódia. Também integra esse conjunto de metas a realização de um esforço concentrado entre os signatários do acordo para a ampliação de vagas nos presídios masculinos e femininos. O termo de compromisso prevê ainda, com relação a esse eixo, a adoção de uma estratégica para que os magistrados apliquem as medidas cautelares com mais frequência. Prevista na Lei nº 12.403/2011, esse instrumento pode ser utilizado pelo juiz durante as investigações criminais em substituição à prisão preventiva, dependendo da gravidade do crime.

Com relação ao eixo Modernização e Profissionalização da Gestão Penitenciária e Execução Penal, o pacto visa à integração dos bancos de dados e informações sobre o sistema penitenciário dos diferentes poderes e órgãos. Outra meta é investir na capacitação dos agentes penitenciários. O último eixo previsto no pacto, Aperfeiçoamento dos Projetos de Reintegração Social de Presos e Egressos, prevê ações para aperfeiçoar os programas e projetos de reintegração social dos presos e dos egressos do sistema penitenciário e para construir ou ampliar os espaços educacionais das unidades prisionais.

Ministra Eliana Calmon incentiva novos

magistrados a serem críticos e independentes

A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, abriu o VI Curso de Iniciação Funcional para Magistrados encorajando os 114 magistrados participantes a serem “críticos” e a atuarem “com independência”. A qualificação reúne juízes recém-empossados do Tribunal de Justiça da Bahia e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que cumprirão uma extensa agenda de atividades até a próxima sexta-feira (18).

Eliana Calmon esclareceu que não prega a “insubordinação” dos magistrados. “Prego que sejam responsáveis para atuar como verdadeiros agentes políticos e de poder”, afirmou. Para a ministra, “ser magistrado é ser vocacionado”. Ela alertou: “Se vocês se tornaram juízes apenas atrás de benesses e ganhos financeiros, terão grandes dificuldades. Precisamos de juízes dispostos a mudar o Judiciário.”

A ministra afirmou que o objetivo do curso não é ensinar detalhes processuais e legislação, conhecimentos nos quais os juízes já foram testados. “Queremos formar cabeças pensantes, capazes de agir como agentes políticos e tratar das questões de grande importância para a população”, disse. Eliana Calmon acrescentou que os juízes devem ampliar seus horizontes "para além do mundo que começa na comarca e termina no Tribunal de Justiça”. Outro ponto importante salientado pela ministra é a possibilidade, viabilizada pelo curso, de formação de redes de comunicação entre os magistrados. “Sempre juntamos juízes de vários estados para que eles se comuniquem e conheçam outras realidades”, apontou. Eliana Calmon destacou que hoje há um grande poder na comunicação de rede, especialmente para os magistrados alcançarem seus objetivos comuns. “Hoje basta um laptop e o juiz não está mais isolado”, declarou.

Referências

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