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Algumas verificações: A mensagem publicitária

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Academic year: 2021

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Algumas verificações:

A mensagem publicitária

Fonte: https://bit.ly/2Vh1eYa

Teoria e Técnica da Publicidade 1 Prof. Dr. Eneus Trindade Barreto Filho

(2)

UMBERTO ECO

Na obra “A estrutura ausente” (1968), desenvolve uma

metodologia de análise da publicidade sob influência da

teoria da informação e não

diretamente vinculada à corrente francesa.

Conceitualmente, Umberto Eco é

um crítico do estruturalismo

francês de Saussure, Hjelmslev e Barthes. Entretanto, é possível se reconhecer certa inspiração no modelo “fundador”

(barthesiano) de análise da

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Seguindo os conceitos da linguística de Saussure, foi o primeiro autor a propor

uma análise estrutural da

imagem publicitária em seu

artigo “Retórica da

imagem” (1970) onde

analisa a publicidade dos produtos da marca Panzani .

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Análise

Macarrão Panzani

Na conhecida análise de Barthes

não há dúvida de que esta

imagem, entretecida de soluções retóricas,

(tropos e lugares ou argumentos) presta-se a várias decodificações se o texto não interviesse com funções puramente referenciais para especificar que se trata de "macarronada à italiana".

O texto realiza sua função de “ancoragem” colocando em ação vários artifícios retóricos.

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Eco sustenta que a imagem ou signo icônico é suscetível de ser decomposta em unidades menores para sua análise. Seu método se baseia no duplo registro, o

verbal e o icônico (visual) e faz uso dos conceitos de

denotação e conotação

Para buscar o que denominou de registro visual, ele

propõe criar um sistema de códigos visuais, utilizando um modelo de distinção triádica do signo — o de Peirce.

Eco divide a imagem publicitária em cinco níveis — os

três primeiros tratam especificamente da imagem e os outros dois sobre a argumentação.

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✓ A técnica publicitária, nos seus melhores exemplos, parece baseada no pressuposto informacional de que um anúncio mais atrairá a atenção do espectador quanto mais violar as normas comunicacionais adquiridas (e subverter, destarte, um sistema de expectativas retóricas).

✓ Existe, é fato, um tipo de excelente comunicação publicitária que se baseia na proposta de arquétipos do gosto que preenche exatamente as mais previsíveis expectativas.

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✓ Mas também é ponto pacífico que um publicitário responsável (e dotado de ambições estéticas) sempre tentará realizar o seu apelo através de soluções originais e que se imponham pela originalidade.

✓ Ao fazer isso, o publicitário evocará no receptor uma reação consciente que, marcada pelo reconhecimento de genialidade, reverberará sobre o produto criando vínculos de ordem emocional.

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No discurso publicitário, imbricam-se diversas funções – que nunca trabalham isoladas – como:

- Emotiva: Cria uma narrativa que busca criar envolvimento com o produto.

(Emoção pra valer; Fazendo sua vida mais doce; Faz do leite uma alegria; )

- Referencial: Descrição das características do produto.

(Vale por um bifinho; É gostoso e faz bem; Tão bonitinho)

- Fática: Destaca o canal e não necessariamente a mensagem. Testa o canal.

(Desculpe a Poeira; Ei, você ai!; Das Auto; O que a gente pode fazer por você hoje Santander?; Oi!)

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No discurso publicitário, imbricam-se diversas funções – que nunca trabalham isoladas – como:

- Metalinguística: Uma propaganda falando sobre propaganda.

(Só Swift prepara o salsicha; Panco agradece; É gripe? Benegripe; Faz um 21; Quem pede um pede Bis)

- Estética: Apelos “racionalizados”.

(Não tem comparação; Deu duro, tome um Dreher; Legítimas só Havaianas; Todo mundo usa)

- Imperativa: Apelo de “ordens”

(Viaje bem. Viaje Vasp; Abuse, use C&A; Desperte o tigre em você; Abra a boca é Royal; Viva o lado Coca-cola da vida).

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✓ Juntamente com essa funções, o componente estético é, sem sombra de dúvida, o mais importante.

✓ O valor estético da imagem retórica torna persuasiva a comunicação, quando mais não seja porque a torna

memorizável.

✓ Muitas vezes, os tropos (imagens) estão desancorados da argumentação, tendo como função atrair a atenção para a comunicação que, a seguir, procede argumentando com outros meios.

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✓ Os códigos visuais funcionam num duplo registro:

a) Verbal: Tem a função precípua de ancorar a mensagem, pois a comunicação visual frequentemente se mostra ambígua e conceptualizável de modos diversos.

b) Visual: Apresenta cinco níveis de codificação:

1- Nível Icônico: convenções coletivas que conduzem sentido a um ícone.

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2- Nível Iconográfico: Dois tipos de codificação:

- Histórica: uso da iconografia clássica que remete a significados convencionados.

- Publicitária: uso de iconogramas convencionados para criação de significados conotativos.

3- Nível Tropológico: Uso dos equivalentes visuais dos tropos verbais.

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✓ Depois do advento da comunicação visual publicitária, houve o nascimento de um gênero de tropos específicos. Exemplos:

- Participação mágica por aproximação: transferência de

significados por utilização de um produto.

- Dupla metonímia com funções de identificação: Associar

um produto a uma origem através de movimento de identificação (leite em pó tem como mascote uma vaca).

- Antonomásia: Um caso isolado assume valor de exemplo,

de argumento de autoridade.

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4- Nível tópico: Compreende tanto o setor das chamadas

premissas como o dos lugares argumentativos.

5- Nível Entimemático: Comporta a articulação de

argumentações visuais.

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✓ A leitura de uma mensagem paira sobre três grandes passos:

- Registro Visual: Leitura dos aspectos referenciais visuais

do anúncio.

- Denotações: Sentidos “literais” contidos no anúncio.

- Conotações: Sentidos “figurados; subjetivos” contidos no anúncio.

- Registro Verbal: Leitura dos aspectos referenciais textuais

do anúncio (funções que fundamentam os textos).

- Relações entre os dois registros: como eles se articulam

para criar um determinado sentido (verifica se existe conflito ou harmonia entre as soluções empregadas).

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Análise

Sabonete Camay

A) Registro visual Denotações Conotações B) Registro verbal

C) Relações entre os dois registros

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✓ Ao analisar as relações entre os registros, pode-se deparar com os seguintes casos:

a) Redundância retórica e redundância ideológica: A ideia do anúncio é explícita e os signos empregados dialogam coerentemente entre si e com a ideia a partir de seus aspectos denotativos.

b) Informação retórica e redundância ideológica: A ideia do anúncio é implícita e percebida após a leitura dos signos empregados a partir de seus aspectos conotativos.

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c) Redundância retórica e informação ideológica: Os signos empregados dialogam coerentemente a partir de seus aspectos denotativos, auxiliando parcialmente a proposição de um questionamento de premissas vigentes.

d) Informação retórica e informação ideológica: Os signos empregados, a partir de seus aspectos conotativos, contribuem para a proposição de um questionamento de premissas vigentes (Ex: propaganda política).

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✓ Se um anúncio implica uma grande quantidade de articulações lógicas mas é compreendido num relance, isso significa que os argumentos e premissas que comunica já estavam assim codificados e sob a mesma forma que ai assumiram.

✓ Isso em parte ocorre porque a comunicação publicitária fala uma linguagem já anteriormente falada, e por isso se torna compreensível.

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Campanha Neste Natal, agradeça com Coca-Cola

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Campanha Coca-Cola Brasil – Por Todos

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Campanha Fátima Bernardes - Seara

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Campanha Agradecimento Heróis os Anônimos - Seara

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Campanha Havaianas Instagram

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Campanha Havaianas Dia das Mães

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Bibliografia

ECO, U. Algumas Verificações: a mensagem publicitária. A estrutura ausente. São Paulo: Perspectiva, 1973.

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