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RoteiroALUNOSATENCAO3.3

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Academic year: 2021

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Atenção Visual (3.3) 1. Questão Central

Onde está o foco da atenção visual? Somente na fóvea?

Estudos mostram que a amplitude da atenção visual é mais ampla do que a fóvea. Na fóvea concentra-se a maior acuidade visual.

O ponto de fixação (fóvea) recebe maior parte dos recursos de processamento visual. As demais partes do campo visual são

atenuadas.

Teoria da Atenção Visual 2. Teoria do Refletor

 A atenção visual é como um Refletor que focaliza vários pontos do campo visual.

 A amplitude do foco da atenção (foco do refletor) pode variar.

 Quanto maior é o ângulo visual menor é a qualidade do processamento de qualquer parte do campo.

3. Resumindo: como a Atenção seleciona?

Informações/pistas endógenas (top-down processing) Informações/pistas exógenas (botton-up processing) 4. Quais são as pistas?

 Similaridade alvo-distrator  Tamanho da apresentação  Características sensoriais da fala  Intensidade do som

 Localização da fonte sonora  Habituação – adaptação sensorial  Similaridade

 Tamanho : a atenção tende a ser capturada em função do tamanho. Esta variável é explorada pelos jornais quando escrevem as manchetes.  Novidade : estímulos raros ou inesperados tendem capturar a atenção.  Incongruência : objetos que não são congruentes, que não fazem sentido no

contexto, tendem a capturar a atenção. “Não se preocupe, eu já levei o jacaré para passear.”

 Emoção : estímulos com associações emocionais fortes atraem a atenção. papel sangue chapéu mãe estupro disco

 Relevância pessoal : os indivíduos tendem a prestar atenção à estímulos que são importantes para eles.

 Ansiedade : tanto a ansiedade traço quanto a ansiedade situacional podem influenciar a atenção.

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atenção, mas a excitação pode, à vezes, aumentá-la.

 Natureza da tarefa : tarefas novas, complexas ou difíceis exigem mais atenção. Tarefas difíceis dificultam a atenção dividida.

5. Atenção em Sala de Aula

 Inclua variedade em tópicos e estilos de apresentação. Evite a repetição e o tédio que podem reduzir a atenção.

 Minimize os distratores. Favoreça a concentração. Promova um ambiente silencioso.

 Monitore a atenção dos alunos. Verifique se o comportamento revela atenção à tarefa. Onde está a direção do olhar?

 Faça perguntas freqüentemente. Este procedimento é excelente para manter a atenção dos alunos.

 Acomode os alunos que têm dificuldade de prestar atenção próximos ao professor ou nas primeiras carteiras.

 Escolha materiais didáticos que não tenham um número excessivo de figuras ou outros distratores.

6. Deficiências da Atenção

 Negligência Espacial (Omissão Visual Unilateral)

 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H)

Condição que envolve a atenção, a hiperatividade e o comportamento impulsivo. A desordem afeta: habilidades acadêmicas, comportamento e auto-estima.

Negligência Espacial (Omissão Visual Unilateral) 7. Déficit na Atenção Visual

Lesões no lobo parietal produzem dificuldades em transferir a atenção de um dos lados do campo visual. Se a lesão é no lado direito verifica-se dificuldade de transferir para o lado esquerdo (e vice-versa).

Pacientes com lesão no hemisfério direito não têm dificuldade de prestar atenção a objetos isolados no campo visual esquerdo; entretanto, quando um objeto concorrente aparece no campo direito, o paciente não consegue perceber o objeto em seu campo visual esquerdo.

8. Negligência Espacial  Lesões no HD

 Ausência de comprometimento sensorial

 Inclui negligência na seleção: espacial e temporal  Fenômeno: visão, audição, tato, olfato, imagística visual

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Possível dirigir a atenção para campo negligenciado? - usar informação sensorial saliente (botton-up) - usar instruções específicas (top-down)

9. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H)

 Condição que envolve a atenção, a hiperatividade e o comportamento

impulsivo. A desordem afeta:habilidades acadêmicas, comportamento e auto-estima.

 Os sintomas podem aparecer em pessoas não diagnosticadas com TDA/H. A diferença está na persistência e intensidade. É possível observar TDA sem H (o termo ADD não é mais utilizado).

 É um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais freqüente e severo do que aquele observado em crianças da mesma idade e similar desenvolvimento;

 Surgimento dos sintomas nos primeiros anos de vida;

 Inquietação motora e períodos reduzidos de atenção;

 Generalização de sintomas em diversas situações e/ou ambientes; e

 Discrepância entre nível de desenvolvimento cognitivo e problemas de autocontrole (as crianças se mostram mais imaturas do que geralmente são).

 Prevalência

 10% (varia de 1,7% a 17%) – Depende dos critérios adotados e metodologia.

 3% a 5% em crianças em idade escolar nos Estados Unidos

 Preponderância da incidência no sexo masculino é discutível (meninos são mais encaminhados para as clínicas?); proporção varia de 4:1 a 9:1

 Pais e a própria criança tendem a subestimar a prevalência do TDAH; professores tendem a superestimar (estimam entre 15% a 20%; no Brasil: 15,2%).

 Manifestação dos sintomas de Desatenção

 Falta de atenção aos detalhes (não copia frase completa, não acentua palavras corretamente, faz subtração ao invés de adição, trabalho escolar confuso e desorganizado).

 Hábitos de trabalho desorganizados (material espalhado, perda de materiais, a mochila está desorganizada).

 Evitam atividades que envolvam atenção (leitura, brincadeiras com jogos de tabuleiro, parece estar em outro lugar, mudanças freqüentes de tarefas, não termina o trabalho escolar).

 Evitam atividades que exigem esforço mental constante, concentração (distraem-se facilmente com barulhos e ruídos, tendem a esquecer coisas nas atividades diárias, esquecem de levar o lanche, de levar o material para a escola).

 Nas situações sociais, a desatenção é marcada por freqüentes mudanças de assunto, desatenção sobre op que os outros dizem, desatenção sobre regras em jogos ou atividades.

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 Manifestação dos sintomas de Hiperatividade

 Atividades corporal excessiva e desorganizada, geralmente sem um objetivo concreto (diferencial da superatividade na criança normal)

 Dificuldades em nível de motricidade grossa (dificuldade de coordenação visuo-manual, movimentos involuntários dos dedos que interferem na realização das tarefas).

 Inquietação (remexer-se na cadeira, não permanecer sentado quando deveria, correr ou subir excessivamente nas coisas quando inapropriado, dificuldade em brincar ou ficar em silêncio, falar em excesso).

 Na adolescência e na fase adulta, os sintomas assumem a forma da sensação de inquietação e dificuldade para envolver-se em atividades tranqüilas, sedentárias e rotineiras.

 Manifestação dos sintomas de Impulsividade ou Falta de Controle

 Tendência à satisfação imediata dos desejos e pouca tolerância à frustração.

 Impaciência, dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente antes que as perguntas sejam finalizadas.

 Dificuldade para aguardas em filas, intrusão nos assuntos dos outros,

comentários inoportunos, interferências em assuntos alheios, pegar objetos que não lhe pertencem, derrubar objetos com facilidade, não tem medo do perigo.

 Comportamentos aparecem em diversos contextos.

 Oscilação nas atitudes (um dia está bem e em outro tem dificuldades com a mesma tarefa).

 Sintomas pioram em situações que exigem atenção ou esforço mental constante.

 TDAH e Desenvolvimento da Atenção

Vega (1988) propõe que o desenvolvimento normal da atenção envolve: - até os 2 anos, a atenção é controlada e dirigida pelas configurações dos

estímulos, inexiste controle voluntário pela criança;

- 2 a 5 anos aparece o controle voluntário. A criança consegue concentrar seletivamente em alguns aspectos do ambiente, mas a atenção ainda é dominada por características centrais e salientes do estímulo;

- aos 6 anos controle da atenção passa a ser interno. A criança

desenvolve estratégias para atender seletivamente aos estímulos considerados relevantes;

Hipótese: crianças com TDAH apresentam a atenção controlada por aspectos externos; não desenvolveram estratégias de controle interno, que ajudariam a atender seletivamente.

 Etiologia

Hereditariedade: parece contribuir substancialmente. Estudos com gêmeos: 70%; prevalência entre parentes das crianças é de 2 a 10 vezes maior do que a população em geral; alta incidência de patologias associadas ao TDAH é vista em suas famílias. O desenvolvimento do TDAH parece envolver uma interação

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entre a carga genética e fatores ambientais.

Substâncias ingeridas na gravidez: álcool e nicotina podem alterar partes do cérebro do bebê. Mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de desatenção e hiperatividade (importante: (a) a relação é correlacional, e (b) estudos evidenciam alterações no desenvolvimento cerebral).

Sofrimento fetal: alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto, tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação não é clara.

 Etiologia (cont.):

Exposição ao chumbo: algumas evidências sugerem que altos níveis de chumbo podem associar-se a maior risco de TDAH. Esta relação parece mais importante quando o chumbo irrita o cérebro.

Problemas familiares: alto grau de discórdia conjugal , baixa instrução da mãe, família com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico, famílias com nível sócio-econômico mais baixo poderiam causar TDAH. Estudos recentes refutaram esta hipótese. As dificuldades familiares podem funcionar como fatores desencadeantes mas não causais.

Mitos: alimentação (corantes, conservantes, açúcar, deficiência vitamínica); problemas hormonais (hormônio da tireóide); iluminação ambiental.

CONCLUSÃO

TDAH parece ser o resultado de uma interação complexa de variáveis

etiologicamente diferentes, tendo a carga genética um peso importante (quanto maior esta, menos fatores ambientais serão necessários para o

desencadeamento do TDAH).

 Diagnóstico

 Importante: verificar a persistência e intensidade da desatenção, impulsividade e hiperatividade.

 Critério Diagnóstico, segundo o DSM-IV (1994), ou 1 ou 2:  Se seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção, persistirem por, pelo

menos, seis meses, em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.

o Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras.

o Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.

o Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra. o Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres

escolares, tarefas escolares ou deveres profissionais.

o Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades. o Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que

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exijam esforço mental constante.

o Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades. o É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa.

o Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias.

 Se seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistirem por, pelo menos, 6 meses em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.

o Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.

o Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.

o Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação).

o Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer.

o Está freqüentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”.

o Freqüentemente fala em demasia. o Impulsividade

o Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas.

o Com freqüência tem dificuldade para aguardar a sua vez. o Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros Em razão do conjunto de indicadores, pode-se configurar o TDAH em:

→ TDAH do Tipo Combinado

→ TDA do Tipo predominantemente Desatento → TDA do Tipo predominantemente

Hiperativo-Impulsivo

TDA/H: Escala de Auto-Avaliação para Adultos (≤18 anos) SNAP-IV: Escala de Auto-Avaliação para Crianças e Adolescentes

Referências

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