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Modelo inovação-multicritério para escolha de ações de estímulo ao patenteamento nas universidades: proposta e caso de uso

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE DOUTORADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

FERNANDA DE CARVALHO PEREIRA

MODELO INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO PARA ESCOLHA DE AÇÕES DE ESTÍMULO AO PATENTEAMENTO NAS UNIVERSIDADES: PROPOSTA E CASO DE USO

NITERÓI 2018

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FERNANDA DE CARVALHO PEREIRA

MODELO INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO PARA ESCOLHA DE AÇÕES DE ESTÍMULO AO PATENTEAMENTO NAS UNIVERSIDADES: PROPOSTA E CASO

DE USO

Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor em Engenharia de Produção.

Área de Concentração: Sistemas, Apoio à Decisão e Logística

Orientador:

Prof. Dr. Helder Gomes Costa Co-orientador:

Prof. Dr. Valdecy Pereira

Niterói, RJ 2018

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FERNANDA DE CARVALHO PEREIRA

MODELO INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO PARA ESCOLHA DE AÇÕES DE ESTÍMULO AO PATENTEAMENTO NAS UNIVERSIDADES: PROPOSTA E CASO

DE USO

Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor em Engenharia de Produção.

Aprovada em 04 de Junho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________ Professor Orientador: Helder Gomes Costa, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________ Professor Co-orientador: Valdecy Pereira, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________ Professora Raquel Lourenço do Carvalhal Monteiro, D. Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________ Professor Marcos Costa Roboredo, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________ Professora Cristina Gomes de Souza, D.Sc.

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ ____________________________________________

Leonardo Antônio Monteiro Pessôa, D. Sc.

Centro de Análises de Sistemas Navais - Casnav - Marinha do Brasil Niterói

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AGRADECIMENTOS

A Deus,

Aos meus pais pelos valores de persistência, dedicação e perseverança que foram decisivos para a elaboração desse trabalho,

À Universidade Federal Fluminense que há dez anos faz parte da minha trajetória, através da graduação em Ciências Econômicas, especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, mestrado em Engenharia de Produção, e, atualmente, com o doutorado em Engenharia de Produção,

Aos professores Helder Gomes Costa e Valdecy Pereira pelo apoio e orientação em todas as etapas de desenvolvimento da Tese,

Ao Cefet-RJ pelo excelente ensino e apoio de todos os professores que também foram fundamentais para a minha formação inicial como Engenheira de Produção,

À professora Cristina Gomes de Souza que foi uma das principais responsáveis pelo meu interesse no estudo das patentes nas Universidades e me orientou durante três anos de Iniciação Científica e Projeto Final no curso de Engenharia de Produção no Cefet-RJ,

Aos professores do curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFF, de quem eu tive o privilégio de ser aluna durante o Mestrado e Doutorado, em especial o Professor José Manoel Carvalho de Mello por ter me orientado durante o Mestrado e fornecido contatos importantes para aplicação do instrumento de pesquisa desse trabalho,

Aos participantes da coleta de dados e respondentes dos instrumentos de pesquisa pela disponibilidade e interesse oferecidos ao longo da pesquisa,

Aos membros da banca que aceitaram ler e me auxiliar a melhorar esse trabalho em prol de avanços na fronteira do conhecimento.

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RESUMO

Motivação/Problema - Um dos papéis a ser desempenhado pela Universidade, além da produção do conhecimento, é a contribuição para a inovação tecnológica, que em alguns casos se manifesta pelo seu depósito de patentes. A identificação do perfil das patentes depositadas e concedidas com a participação de Universidades brasileiras, através de estudo no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) motivou a construção de um modelo que auxilie os gestores dos Escritórios de Transferência de Tecnologia das Universidades durante o processo de tomada de decisão para escolha de ações que estimulem o patenteamento nas Universidades visando à inovação. Neste contexto surge a seguinte questão geral do trabalho: Como modelar o processo de escolha de ações para mitigar os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades? Objetivo - Esta Tese tem por objetivo propor um modelo para a escolha de ações que visem mitigar os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades. Metodologia - O trabalho está estruturado metodologicamente em 6 etapas: levantamento bibliográfico sobre o tema da pesquisa, identificação do cenário do patenteamento no Brasil, pesquisa bibliográfica sistematizada sobre fatores inibidores nas Universidades, pesquisa bibliográfica sistematizada sobre ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades, construção da modelagem e instrumento de pesquisa e aplicação da modelagem e análise dos resultados no caso brasileiro utilizando o método multicritério ELECTRE I (Elimination Et Choix Traduisant la Realité) para escolha de ações. Resultados - Foram identificados 12 fatores inibidores e 20 ações de estímulo ao patenteamento na Universidade a partir de Revisão da Literatura. Existem muitos fatores inibidores atrelados ao patenteamento, dentre os quais pode-se destacar: desconhecimento das normas institucionais sobre o patenteamento; falta de infraestrutura nas Universidades; desalinhamento de objetivos entre a Empresa e a Universidade; e alto custo do desenvolvimento das tecnologias para a Universidade. Com relação às ações de estímulo, pode-se destacar: promover a interação Universidade-Empresa; comercializar os resultados da pesquisa acadêmica; e definir uma Política interna de Propriedade Intelectual nas Universidades. Após aplicação do modelo foi possível identificar as ações a serem escolhidas. Limitações da Pesquisa - O modelo foi aplicado considerando o processo de patenteamento nas Universidades brasileiras, de forma a aumentar a qualidade das patentes depositadas, aumentando suas chances de serem concedidas pelo INPI e darem continuidade ao processo de transferência de tecnologia visando o desenvolvimento de inovações. Contribuições Práticas - O modelo será aplicado para o caso brasileiro, porém espera-se que essa modelagem possa ser utilizada amplamente em diferentes Universidades, de forma a considerar a percepção dos Fornecedores com relação às entradas da SIPOC (Suppliers, Inputs, Process, Outputs, Customers) para o processo de depósito de pedidos de patentes pela Universidade, e, assim, auxiliar no processo de tomada de decisão. Originalidade - A originalidade da pesquisa encontra-se na proposição do modelo integrando Inovação e Multicritério para escolha de ações de estímulo que atuem sobre os fatores inibidores identificados no processo de depósito de pedidos de patente pela Universidade, diferenciando-se das demais pela maior abrangência da Revisão da Literatura e sistematização do modelo, através da integração da SIPOC baseada nas abordagens do Diamante de Porter e Triple Helix com o método multicritério.

(7)

ABSTRACT

Motivation/Problem - One of the University’s goals, besides creating knowledge, is to contribute for technologic innovation, which is sometimes seen in its patent archives. The identification of the profile of deposited and approved patents with the participation of Brazilian universities, through a study at INPI (National Institute of Industrial Property) motivated the construction of a model that would assist the managers of the Technology Transfer Offices of the Universities during the decision making process to choose actions that stimulate the patenting in the universities aiming at innovation. This work`s general question is under this context: How to model the process to choose actions to mitigate the inhibiting

factors for patents in Universities? Objective – This thesis aims to propose a model for

choosing actions that aim to mitigate the factors that inhibit patenting in Universities. Methodology - This work follows a methodological structure in 6 phases: bibliographic survey on the research theme, identification of the scenario of patenting in Brazil, systematized bibliographic research on inhibiting factors in Universities, systematized bibliographic research on actions to stimulate patenting in Universities, construction of the modeling and research instrument and model implementation and analysis of the results in the Brazilian case using the multicriteria method ELECTRE I (Elimination Et Choix Traduisant

la Realité) to choose actions. Results - We identified 12 inhibiting factors and 20 stimulus

actions to patent at University by reviewing the literature. There are many inhibiting factors linked to patenting, among which we can call attention to: Ignorance about institutional patenting norms; Lack of infrastructure in Universities; Disagreement about objectives between the Company and the University; and High cost to develop the technology for the University. In relation to the stimulus actions, we can call attention to: Promote University-Company interaction; Commercialize the results of academic research; and Define an internal policy for Intellectual Property in Universities. After implementing the model we were able to identify the choose actions. Research Limitations - The model focuses on the study of the patenting process in the Brazilian Universities, in order to increase the quality of patents deposited, increasing their chances of being granted by the INPI and continue the process of technology transfer aiming the development of innovations. Practical Contributions - The model will be implemented for the Brazilian case, but it is expected that this model can be

broadly used in different Universities, in orderto consider the Suppliers perception about the

SIPOC (Suppliers, Inputs, Process, Outputs, Customers) inputs for the process of patent solicitation deposits by the University, and thus assisting in the decision making process. Originality – The research originality is in proposing a model linked Innovation and Multicriteria to choose stimulus actions which influence the inhibiting factors identified along the process of patent solicitation deposit by the University, differentiating itself from the others by the broader scope of the Literature Review and systematization of the model, through the integration of the SIPOC based on the Porter Diamond and Triple Helix approaches with the multicriteria method.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Relação entre Questão Geral e Objetivo Geral ... 26

Figura 2 - Relação entre Questões Específicas e Objetivos Específicos ... 27

Figura 3 - Síntese das etapas da pesquisa ... 29

Figura 4 - 1ª etapa da Pesquisa ... 32

Figura 5 - 2ª etapa da Pesquisa ... 33

Figura 6 - 3ª etapa da Pesquisa ... 34

Figura 7 - 4ª etapa da Pesquisa ... 35

Figura 8 - 5ª etapa da Pesquisa ... 36

Figura 9 - 6ª etapa da Pesquisa ... 37

Figura 10 - Principais marcos legais da Inovação no Brasil ... 45

Figura 11 - SIPOC tradicional ... 47

Figura 12 – Diamante de Porter ... 48

Figura 13 - Natureza dos depósitos de patentes com a participação de Universidades brasileiras (1979-2015) ... 54

Figura 14 - Depósitos de patentes com a participação de Universidades brasileiras (1979-2015) ... 55

Figura 15 - Principais Empresas que depositam patentes em parceria com Universidades brasileiras (1979-2015) ... 55

Figura 16 - Patentes depositadas e concedidas por Região (1979-2015) ... 56

Figura 17 - Patentes depositadas e concedidas por Universidade (1979-2015) ... 57

Figura 18 - Patentes concedidas por Área (1979-2015) ... 58

Figura 19 – Mapeamento dos depósitos de patentes (1979-2015) ... 59

Figura 20 - Filtros aplicados nos artigos – Pesquisa por Fatores – Scopus ... 65

Figura 21 - Filtros aplicados nos artigos – Pesquisa por Fatores – ISI ... 66

Figura 22 - Quantitativo de artigos por base – Fatores... 66

Figura 23 - Artigos por ano de publicação - Fatores ... 70

Figura 24 - Artigos por nacionalidade da instituição de afiliação do(s) autor(es) – Fatores .... 72

Figura 25 - Nuvem de palavras-chave do quadro da literatura de fatores ... 73

Figura 26 - Nuvem de títulos do quadro da literatura de fatores ... 74

Figura 27 - Nuvem de resumos do quadro da literatura de fatores... 74

Figura 28 - Número de citações por fator inibidor do patenteamento nas Universidades ... 85

(9)

Figura 30 - Filtros aplicados nos artigos – Pesquisa por Ações - ISI ... 88

Figura 31 - Quantitativo de artigos por base – Ações ... 88

Figura 32 - Artigos por ano de publicação – Ações ... 92

Figura 33 - Artigos por nacionalidade da instituição de afiliação do(s) autor(es) – Ações ... 94

Figura 34 - Nuvem de palavras-chave do quadro da literatura de ações ... 95

Figura 35 - Nuvem de títulos do quadro da literatura de ações ... 96

Figura 36 - Nuvem de resumos do quadro da literatura de ações... 96

Figura 37 - Número de citações por ação de estímulo ao patenteamento nas Universidades 109 Figura 38 - Diamante de Porter aplicado ao processo de Patenteamento nas Universidades 111 Figura 39 - SIPOC - Depósito de Pedidos de Patentes pela Universidade ... 112

Figura 40 - Proposição de modelo INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO ... 116

Figura 41 - Ações escolhidas pela percepção dos entrevistados da Universidade ... 144

Figura 42 - Ações escolhidas pela percepção dos entrevistados da Empresa ... 146

Figura 43 - Ações escolhidas pela percepção dos entrevistados do Governo ... 149

Figura 44 - Ações que estimulam o patenteamento nas Universidades (N=-2, -1, 0 e 1) ... 152

Figura 45 - Ações que estimulam o patenteamento nas Universidades (N=2) ... 152

Figura 46 - Ações escolhidas pela percepção dos entrevistados da Universidade, Empresa e Governo ... 154

Figura 47 - Ações escolhidas pela percepção dos entrevistados da Universidade, Empresa e Governo ... 156

Figura 48 - Capítulos associados às respostas das questões específicas da pesquisa ... 159

Figura 49 - Matriz de Concordância – Universidade – E1 ... 208

Figura 50 - Matriz de Discordância – Universidade – E1 ... 208

Figura 51 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E1 ... 209

Figura 52 - Grafo de subordinação – Universidade – E1 ... 209

Figura 53 - Matriz de Concordância – Universidade – E2 ... 210

Figura 54 - Matriz de Discordância – Universidade – E2 ... 210

Figura 55 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E2 ... 211

Figura 56 - Grafo de subordinação – Universidade – E2 ... 211

Figura 57 - Matriz de Concordância – Universidade – E3 ... 212

Figura 58 - Matriz de Discordância – Universidade – E3 ... 212

Figura 59 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E3 ... 213

Figura 60 - Grafo de subordinação – Universidade – E3 ... 213

(10)

Figura 62 - Matriz de Discordância – Universidade – E4 ... 214

Figura 63 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E4 ... 215

Figura 64 - Grafo de subordinação – Universidade – E4 ... 215

Figura 65 - Matriz de Concordância – Universidade – E5 ... 216

Figura 66 - Matriz de Discordância – Universidade – E5 ... 216

Figura 67 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E5 ... 217

Figura 68 - Grafo de subordinação – Universidade – E5 ... 217

Figura 69 - Matriz de Concordância – Universidade – E6 ... 218

Figura 70 - Matriz de Discordância – Universidade – E6 ... 218

Figura 71 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E6 ... 219

Figura 72 - Grafo de subordinação – Universidade – E6 ... 219

Figura 73 - Matriz de Concordância – Universidade – E7 ... 220

Figura 74 - Matriz de Discordância – Universidade – E7 ... 220

Figura 75 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E7 ... 221

Figura 76 - Grafo de subordinação – Universidade – E7 ... 221

Figura 77 - Matriz de Concordância – Universidade – E8 ... 222

Figura 78 - Matriz de Discordância – Universidade – E8 ... 222

Figura 79 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E8 ... 223

Figura 80 - Grafo de subordinação – Universidade – E8 ... 223

Figura 81 - Matriz de Concordância – Universidade – E9 ... 224

Figura 82 - Matriz de Discordância – Universidade – E9 ... 224

Figura 83 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E9 ... 225

Figura 84 - Grafo de subordinação – Universidade – E9 ... 225

Figura 85 - Matriz de Concordância – Universidade – E10 ... 226

Figura 86 - Matriz de Discordância – Universidade – E10 ... 226

Figura 87 - Matriz de Credibilidade – Universidade – E10 ... 227

Figura 88 - Grafo de subordinação – Universidade – E10 ... 227

Figura 89 - Matriz de Concordância – Empresa – E11 ... 228

Figura 90 - Matriz de Discordância – Empresa – E11 ... 228

Figura 91 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E11 ... 229

Figura 92 - Grafo de subordinação – Empresa – E11... 229

Figura 93 - Matriz de Concordância – Empresa – E12 (N=-2) ... 230

Figura 94 - Matriz de Discordância – Empresa – E12 (N=-2) ... 230

(11)

Figura 96 - Grafo de subordinação – Empresa – E12 (N=-2) ... 231

Figura 97 - Matriz de Concordância – Empresa – E12 (N=-1) ... 232

Figura 98 - Matriz de Discordância – Empresa – E12 (N=-1) ... 232

Figura 99 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E12 (N=-1) ... 233

Figura 100 - Grafo de subordinação – Empresa – E12 (N=-1) ... 233

Figura 101 - Matriz de Concordância – Empresa – E12 (N=0) ... 234

Figura 102 - Matriz de Discordância – Empresa – E12 (N=0) ... 234

Figura 103 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E12 (N=0) ... 235

Figura 104 - Grafo de subordinação – Empresa – E12 (N=0) ... 235

Figura 105 - Matriz de Concordância – Empresa – E12 (N=1) ... 236

Figura 106 - Matriz de Discordância – Empresa – E12 (N=1) ... 236

Figura 107 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E12 (N=1) ... 237

Figura 108 - Grafo de subordinação – Empresa – E12 (N=1) ... 237

Figura 109 - Matriz de Concordância – Empresa – E12 (N=2) ... 238

Figura 110 - Matriz de Discordância – Empresa – E12 (N=2) ... 238

Figura 111 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E12 (N=2) ... 239

Figura 112 - Grafo de subordinação – Empresa – E12 (N=2) ... 239

Figura 113 - Matriz de Concordância – Empresa – E13 ... 240

Figura 114 - Matriz de Discordância – Empresa – E13 ... 241

Figura 115 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E13 ... 241

Figura 116 - Grafo de subordinação – Empresa – E13... 242

Figura 117 - Matriz de Concordância – Empresa – E14 ... 242

Figura 118 - Matriz de Discordância – Empresa – E14 ... 243

Figura 119 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E14 ... 243

Figura 120 - Grafo de subordinação – Empresa – E14... 244

Figura 121 - Matriz de Concordância – Empresa – E15 ... 244

Figura 122 - Matriz de Discordância – Empresa – E15 ... 245

Figura 123 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E15 ... 245

Figura 124 - Grafo de subordinação – Empresa – E15... 246

Figura 125 - Matriz de Concordância – Empresa – E16 ... 246

Figura 126 - Matriz de Discordância – Empresa – E16 ... 247

Figura 127 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E16 ... 247

Figura 128 - Grafo de subordinação – Empresa – E16... 248

(12)

Figura 130 - Matriz de Discordância – Empresa – E17 ... 249

Figura 131 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E17 ... 249

Figura 132 - Grafo de subordinação – Empresa – E17... 250

Figura 133 - Matriz de Concordância – Empresa – E18 ... 250

Figura 134 - Matriz de Discordância – Empresa – E18 ... 251

Figura 135 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E18 ... 251

Figura 136 - Grafo de subordinação – Empresa – E18... 252

Figura 137 - Matriz de Concordância – Empresa – E19 ... 252

Figura 138 - Matriz de Discordância – Empresa – E19 ... 253

Figura 139 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E19 ... 253

Figura 140 - Grafo de subordinação – Empresa – E19... 254

Figura 141 - Matriz de Concordância – Empresa – E20 ... 254

Figura 142 - Matriz de Discordância – Empresa – E20 ... 255

Figura 143 - Matriz de Credibilidade – Empresa – E20 ... 255

Figura 144 - Grafo de subordinação – Empresa – E20... 256

Figura 145 - Matriz de Concordância – Governo – E21 ... 257

Figura 146 - Matriz de Discordância – Governo – E21 ... 257

Figura 147 - Matriz de Credibilidade – Governo – E21 ... 258

Figura 148 - Grafo de subordinação – Governo – E21... 258

Figura 149 - Matriz de Concordância – Governo – E22 ... 259

Figura 150 - Matriz de Discordância – Governo – E22 ... 259

Figura 151 - Matriz de Credibilidade – Governo – E22 ... 260

Figura 152 - Grafo de subordinação – Governo – E22... 260

Figura 153 - Matriz de Concordância – Governo – E23 (N=-2) ... 261

Figura 154 - Matriz de Discordância – Governo – E23 (N=-2) ... 261

Figura 155 - Matriz de Credibilidade – Governo – E23 (N=-2) ... 262

Figura 156 - Grafo de subordinação – Empresa – E23 (N=-2) ... 262

Figura 157 - Matriz de Concordância – Governo – E23 (N=-1) ... 263

Figura 158 - Matriz de Discordância – Governo – E23 (N=-1) ... 263

Figura 159 - Matriz de Credibilidade – Governo – E23 (N=-1) ... 264

Figura 160 - Grafo de subordinação – Governo – E23 (N=-1) ... 264

Figura 161 - Matriz de Concordância – Governo – E23 (N=0) ... 265

Figura 162 - Matriz de Discordância – Governo – E23 (N=0) ... 265

(13)

Figura 164 - Grafo de subordinação – Governo – E23 (N=0) ... 266

Figura 165 - Matriz de Concordância – Governo – E23 (N=1) ... 267

Figura 166 - Matriz de Discordância – Governo – E23 (N=1) ... 267

Figura 167 - Matriz de Credibilidade – Governo – E23 (N=1) ... 268

Figura 168 - Grafo de subordinação – Governo – E23 (N=1) ... 268

Figura 169 - Matriz de Concordância – Governo – E23 (N=2) ... 269

Figura 170 - Matriz de Discordância – Governo – E23 (N=2) ... 269

Figura 171 - Matriz de Credibilidade – Governo – E23 (N=2) ... 270

Figura 172 - Grafo de subordinação – Governo – E23 (N=2) ... 270

Figura 173 - Matriz de Concordância – Governo – E24 ... 271

Figura 174 - Matriz de Discordância – Governo – E24 ... 272

Figura 175 - Matriz de Credibilidade – Governo – E24 ... 272

Figura 176 - Grafo de subordinação – Governo – E24... 273

Figura 177 - Matriz de Concordância – Governo – E25 ... 273

Figura 178 - Matriz de Discordância – Governo – E25 ... 274

Figura 179 - Matriz de Credibilidade – Governo – E25 ... 274

Figura 180 - Grafo de subordinação – Governo – E25... 275

Figura 181 - Matriz de Concordância – Governo – E26 ... 275

Figura 182 - Matriz de Discordância – Governo – E26 ... 276

Figura 183 - Matriz de Credibilidade – Governo – E26 ... 276

Figura 184 - Grafo de subordinação – Governo – E26... 277

Figura 185 - Matriz de Concordância – Governo – E27 ... 277

Figura 186 - Matriz de Discordância – Governo – E27 ... 278

Figura 187 - Matriz de Credibilidade – Governo – E27 ... 278

Figura 188 - Grafo de subordinação – Governo – E27... 279

Figura 189 - Matriz de Concordância – Governo – E28 ... 279

Figura 190 - Matriz de Discordância – Governo – E28 ... 280

Figura 191 - Matriz de Credibilidade – Governo – E28 ... 280

Figura 192 - Grafo de subordinação – Governo – E28... 281

Figura 193 - Matriz de Concordância – Governo – E29 ... 281

Figura 194 - Matriz de Discordância – Governo – E29 ... 282

Figura 195 - Matriz de Credibilidade – Governo – E29 ... 282

Figura 196 - Grafo de subordinação – Governo – E29... 283

(14)

Figura 198 - Matriz de Discordância – Governo – E30 ... 284 Figura 199 - Matriz de Credibilidade – Governo – E30 ... 284 Figura 200 - Grafo de subordinação – Governo – E30... 285

(15)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Fator de impacto dos Periódicos – Fatores ... 71

Tabela 2 - Fator de impacto dos Periódicos – Ações ... 93

Tabela 3 - Percepção do peso atribuído a cada critério - Universidade ... 120

Tabela 4 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade - E1 ... 121

Tabela 5 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade - E2 ... 121

Tabela 6 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E3 ... 122

Tabela 7 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E4 ... 122

Tabela 8 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E5 ... 123

Tabela 9 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E6 ... 123

Tabela 10 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E7 ... 124

Tabela 11 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E8 ... 124

Tabela 12 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E9 ... 125

Tabela 13 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Universidade – E10 ... 125

Tabela 14 - Percepção do peso atribuído a cada critério – Empresa ... 126

Tabela 15 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E11 ... 127

Tabela 16 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E12 ... 127

Tabela 17 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E13 ... 128

Tabela 18 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E14 ... 128

Tabela 19 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E15 ... 129

Tabela 20 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E16 ... 129

Tabela 21 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E17 ... 130

Tabela 22 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E18 ... 130

Tabela 23 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E19 ... 131

Tabela 24 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Empresa – E20 ... 131

Tabela 25 - Percepção do peso atribuído a cada critério – Governo ... 132

Tabela 26 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E21 ... 133

Tabela 27 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E22 ... 133

Tabela 28 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E23 ... 134

Tabela 29 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E24 ... 134

Tabela 30 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E25 ... 135

(16)

Tabela 32 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E27 ... 136

Tabela 33 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E28 ... 136

Tabela 34 - Percepção da influência da ação sobre cada critério – Governo – E29 ... 137

(17)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Termo de busca no INPI referente a Universidade e sua fundação mantenedora .. 52

Quadro 2 - Classificação Internacional de Patentes – IPC ... 53

Quadro 3 - Parâmetros na Base Scopus – Pesquisa por Fatores ... 64

Quadro 4 - Parâmetros na Base ISI – Pesquisa por Fatores ... 65

Quadro 5 - Quadro da literatura de Fatores ... 69

Quadro 6 - Levantamento de fatores inibidores resultantes da pesquisa ... 84

Quadro 7 - Parâmetros na Base Scopus – Pesquisa por Ações ... 86

Quadro 8 - Parâmetros na Base ISI – Pesquisa por Ações ... 87

Quadro 9 - Quadro da literatura de Ações ... 91

Quadro 10 - Levantamento de ações resultantes da pesquisa ... 109

Quadro 11 - Associação entre fatores inibidores e critérios ... 114

Quadro 12 - Estruturação dos critérios na SIPOC ... 115

Quadro 13 - Escala utilizada para mensurar o grau de inibição de cada fator ... 118

Quadro 14 - Escala utilizada para captar as percepções do nível de influência das ações de estímulo ao patenteamento na Universidade para cada critério ... 118

Quadro 15 - Percentual referente as percepções da influência da ação com impacto positivo (1) ou muito positivo (2) sobre o total de entrevistas realizadas ... 138

Quadro 16 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados da Universidade ... 142

Quadro 17 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados da Empresa (N= -2, -1, 0 e 1) ... 145

Quadro 18 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados da Empresa (N=2) ... 145

Quadro 19 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados do Governo (N= -2, -1, 0 e 1) ... 147

Quadro 20 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados do Governo (N=2) ... 148

Quadro 21 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados da Universidade, Empresa e Governo (N= -2, -1, 0 e 1) ... 150

Quadro 22 - Percentual de escolha das ações pela percepção dos entrevistados da Universidade, Empresa e Governo (N=2) ... 151

(18)

Quadro 23 – Ações de estímulo ao patenteamento mais relevantes (maiores percentuais com

percepção positiva ou muito positiva) para cada critério no caso brasileiro ... 165

Quadro 24 - Associação dos artigos aos fatores inibidores do patenteamento ... 193

Quadro 25 – Associação dos artigos às ações de estímulo ao patenteamento ... 204

Quadro 26 - Resultado da Análise de sensibilidade para N= {-2, -1, 0, 1 e 2} ... 240

(19)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

AHP Analytic Hierarchy Process

AMD Apoio Multicritério à Decisão

AUTM Association of University Technology Managers

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

C, T & I Ciência, Tecnologia e Inovação

CPFL Companhia Paulista de Força e Luz

ELECTRE Elimination Et Choix Traduisant la Realité

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

ETT Escritório de Transferência de Tecnologia

EUA Estados Unidos da América

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

ICT Instituição Científica e Tecnológica

INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial

IPC International Patent Classification

JCR Journal Citation Reports

MCDA Multicriteria Decision Aid

MCDM Multicriteria Decision Making

MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

MOBIT Mobilização Brasileira pela Inovação

NEPPI Núcleo de Estudos em Políticas Públicas para Inovação

NIT Núcleo de Inovação Tecnológica

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

OMPI Organização Mundial da Propriedade Intelectual

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

PETROBRAS Petróleo Brasileiro S.A.

PI Patente de Invenção

PMU Patente de Modelo de Utilidade

PND Plano Nacional de Desenvolvimento

(20)

PUC RIO Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

SIPOC Suppliers, Inputs, Process, Outputs, Customers

SJR Scientific Journal Rankings

TRIPS Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights

UBEA União Brasileira de Educação e Assistência

UBEC União Brasiliense de Educação e Cultura

UEM Universidade Estadual de Maringá

UFF Universidade Federal Fluminense

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

UFSCar Universidade Federal de São Carlos

UFV Universidade Federal de Viçosa

UNB Universidade de Brasília

UNESP Universidade Estadual Paulista

UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

USP Universidade de São Paulo

(21)

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ... 23

1.1. O PROBLEMA ... 24

1.2. QUESTÕES DA PESQUISA ... 25

1.2.1. Questão Geral da Pesquisa ... 25

1.2.2.Questões Específicas da Pesquisa ... 25

1.3. OBJETIVOS ... 26

1.3.1.Objetivo Geral ... 26

1.3.2. Objetivos Específicos ... 27

1.4. RELEVÂNCIA E JUSTIFICATIVA ... 28

1.5. SÍNTESE DAS ETAPAS DA PESQUISA ... 29

1.6. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ... 29

1.7. ESTRUTURA DA TESE ... 30

1.8. ORIGINALIDADE DA PESQUISA/CONHECIMENTO NOVO ... 31

2.METODOLOGIA ... 32

3.BASECONCEITUAL ... 39

3.1. PATENTES ... 39

3.1.1. O patenteamento nas Universidades ... 40

3.1.2. O patenteamento nas Universidades brasileiras ... 43

3.2. MAPEAMENTO DE PROCESSOS ... 46

3.3. DIAMANTE DE PORTER ... 47

3.4. MULTICRITÉRIO ... 48

4. O PATENTEAMENTO NO BRASIL REALIZADO COM A PARTICIPAÇÃO DE UNIVERSIDADESBRASILEIRAS ... 51

4.1. METODOLOGIA DE PESQUISA ... 51

4.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS DO LEVANTAMENTO BIBLIOMÉTRICO NO INPI ... 53

4.3. CONCLUSÕES ... 60

5.REVISÃODALITERATURA ... 62

5.1. FATORES QUE INIBEM O PATENTEAMENTO NAS UNIVERSIDADES ... 62

5.1.1. Metodologia de Pesquisa ... 64

(22)

5.1.2.1. Análise por ano de publicação ... 70 5.1.2.2. Análise por periódico... 70 5.1.2.3. Análise por nacionalidade da instituição de afiliação do(s) autor(es) ... 72 5.1.2.4. Análise das palavras-chave, títulos e resumos dos artigos ... 73 5.1.2.5.Análise do conteúdo dos artigos ... 75 5.1.3. Conclusões da seção ... 83 5.2. AÇÕES DE ESTÍMULO AO PATENTEAMENTO NAS UNIVERSIDADES ... 85 5.2.1. Metodologia de Pesquisa ... 86 5.2.2. Revisão Bibliográfica Sistematizada ... 89 5.2.2.1. Análise por ano de publicação ... 91 5.2.2.2. Análise por periódico... 92 5.2.2.3. Análise por nacionalidade da instituição de afiliação do(s) autor(es) ... 94 5.2.2.4. Análise das palavras-chave, títulos e resumos dos artigos ... 95 5.2.2.5. Análise do conteúdo dos artigos ... 97 5.2.3. Conclusões da seção ... 107

6.CONSTRUÇÃODAMODELAGEM ... 110

6.1. ESTRUTURAÇÃO DA SIPOC ... 110 6.2. PROPOSIÇÃO DO MODELO INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO ... 113 6.3. ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA ... 117

7. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA E ANÁLISE DOS

RESULTADOSDAAPLICAÇÃODAMODELAGEM ... 119

7.1. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA ... 119 7.1.1. Coleta de percepções - Universidade ... 120 7.1.2. Coleta de percepções - Empresa ... 126 7.1.3. Coleta de Percepções – Governo ... 132 7.1.4. Ações mais relevantes para cada critério ... 138 7.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA MODELAGEM ... 141 7.2.1. Análise para a Universidade ... 141 7.2.2 Análise para a Empresa ... 144 7.2.3 Análise para o Governo ... 147 7.2.4. Análise consolidada ... 149

(23)

8.CONCLUSÕES ... 158 8.1. ANÁLISES CONCLUSIVAS ... 158 8.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 166 REFERÊNCIAS ... 167

APÊNDICE 1 ASSOCIAÇÃO DOS ARTIGOS AOS FATORES INIBIDORES DO

PATENTEAMENTO ... 185

APÊNDICE 2 ASSOCIAÇÃO DOS ARTIGOS ÀS AÇÕES DE ESTÍMULO AO

PATENTEAMENTO ... 194

APÊNDICE3 –INSTRUMENTODEPESQUISA ... 205

APÊNDICE 4 APLICAÇÃO DO MÉTODO ELECTRE I PARA OS

ENTREVISTADOSDAUNIVERSIDADE ... 208

APÊNDICE 5 APLICAÇÃO DO MÉTODO ELECTRE I PARA OS

ENTREVISTADOSDAEMPRESA ... 228

APÊNDICE 6 APLICAÇÃO DO MÉTODO ELECTRE I PARA OS

(24)

1. INTRODUÇÃO

No sistema de inovação destacam-se três elementos fundamentais: as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), as Empresas e o Governo (RAYMOND; NICHOLS, 1996). Essa relação permite que se estabeleça o fluxo que vai desde a pesquisa básica até a inovação industrial (SANTOS, 2009). A relação entre Universidade, Empresa e Governo é simbolizada pelo “Triple Helix” (LEYDESDORFF; ETZKOWITZ, 1996; ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 1997; ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000; WONG et al., 2015) e nesse modelo a Universidade desempenha um importante papel para a inovação, fornecendo recursos humanos qualificados para as Empresas e proporcionando a geração de conhecimento (ETZKOWITZ et al., 2000; LAREDO; MUSTAR, 2001). Nessa Triple Helix, a Universidade é responsável pelo ensino e a pesquisa; a Empresa pela produção; e o Governo deve proporcionar formas de incentivo, regulação e financiamento (RAYMOND; NICHOLS, 1996; SANTOS, 2009; JEONG; LEE, 2015; PARK et al., 2015).

As Universidades são ICTs que representam um importante papel na economia do conhecimento por formar recursos humanos e ser uma fonte de conhecimentos tecnológicos (MOWERY; SAMPAT, 2005; MCKELVEY; HOLMEN, 2009; BODAS FREITAS; NUVOLARI, 2012; DORNBUSCH; NEUHAUSLER, 2015), tendo apresentado nos últimos anos um aumento no desempenho de suas atividades voltadas a inovação (MOWERY; SAMPAT, 2005; AMADEI; TORKOMIAN, 2009; MCKELVEY; HOLMEN, 2009; FISCH et al., 2015; DORNBUSCH; NEUHAUSLER, 2015). Os Estados Unidos, por exemplo, após a Segunda Guerra Mundial, passaram a investir mais na pesquisa universitária, como forma de se recuperar economicamente (MOWERY; ROSENBERG, 2005).

A Universidade moderna deve se preocupar além do ensino e da pesquisa, com o desenvolvimento econômico e social (GALEANO; MORALES-MENENDEZ; CANTÚ, 2012; GEOGHEGAN; O'KANE; FITZGERALD, 2015). Logo, a transferência de tecnologia, programas de educação continuada, palestras públicas, etc., devem ser procedimentos convencionais da Universidade (WU; ZHOU, 2012).

De acordo com o Relatório de Indicadores de Propriedade Industrial (INPI, 2017a), dos dez principais depositantes residentes de pedidos de patentes de invenção no ano de 2016, as nove primeiras posições foram ocupadas por Universidades. Apesar disso, a tomada de decisão ainda é um processo crítico na gestão de tecnologia, visto que é fundamental selecionar tecnologias adequadas que atendam às necessidades da organização. Para a escolha da melhor tecnologia são atribuídos diferentes critérios e atributos (DAIM; INTARODE,

(25)

2009). A Universidade é vista como sendo fundamental para o desenvolvimento desses conhecimentos tecnológicos, e através das publicações de artigos os conhecimentos podem ser difundidos (MOWERY; SAMPAT, 2005).

Com a crescente globalização dos mercados, a revolução científica e tecnológica e o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação, as patentes ganharam importância para a Universidade no auxílio ao desenvolvimento de inovações (BORHER et al., 2007; COWAN; ZINOVYEVA, 2013).

De acordo com a Lei da Inovação, toda ICT deve possuir um núcleo de inovação tecnológica (NIT) que, entre outras questões, deve cuidar dos assuntos relacionados ao patenteamento e licenciamento dos resultados das pesquisas acadêmicas (BRASIL, 2004). Apesar de existir um novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação (C, T & I) (BRASIL, 2016), o Brasil ainda se mostra incipiente no que tange ao patenteamento e à transferência de tecnologia, pois as ICTs têm dificuldades diversas para a estruturação de seus núcleos de inovação tecnológica (NITs) (SANTOS, 2009; PEREIRA, 2014).

O conhecimento dos fatores que inibem o patenteamento nas Universidades e das ações de estímulo ao patenteamento é essencial para que os NITs (Núcleos de Inovação Tecnológica das Universidades) possam agir proativamente na correção dos problemas e, consequente, melhoria do processo de patenteamento nas Universidades.

1.1. O PROBLEMA

A invenção envolve apenas a concepção ou realização de uma ideia nova. Já a inovação tem que ser concretizada, sob a forma de um novo processo, serviço ou produto disponível para a sociedade. A inovação, requer que haja implementação e disponibilização a sociedade de forma bem-sucedida (LOTUFO, 2009). Segundo o manual de Oslo (OECD, 1997), a Inovação consiste na implementação de um bem, processo ou serviço novo ou significativamente melhorado, ou um novo método de marketing, ou organizacional.

A comercialização (comumente referida como transferência de tecnologia) pode ocorrer via Empreendedorismo acadêmico – isto é, pela criação de uma Empresa com o objetivo de explorar comercialmente uma invenção patenteada (ABREU; GRINEVICH, 2013; CORONA, 2015). Pode também ocorrer que uma invenção protegida por uma propriedade intelectual (comumente uma patente) seja licenciada contra um pagamento de royalties contratado (MOWERY; SAMPAT, 2005; MUNTEANU, 2012; PERKMANN et al, 2013; LAWSON, 2013).

(26)

A transferência de tecnologia através das patentes é um dos mecanismos mais importantes para as Empresas inovarem nos processos e se diferenciarem das demais. Para que a transferência de tecnologia tenha mais chances de se efetivar, é necessário avaliar a viabilidade das patentes e de forma otimizada, selecionar a patente mais adequada de acordo com a situação real de fabricação (HUGHES; MINA, 2010; WANG et al., 2014).

Poucas Universidades são bem sucedidas em comercializar as invenções que elas patenteiam. Devido ao fraco desempenho de patenteamento nas Universidades, licenciamento e spin-offs, os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) estão desenvolvendo novas políticas e instrumentos de exploração, transferência e comercialização da pesquisa (OECD, 2013).

Os gestores dos Escritórios de Transferência de Tecnologia das Universidades enfrentam dificuldades durante o processo de tomada de decisão para escolha de ações que estimulem o patenteamento nas Universidades visando à inovação (HENDERSON; JAFFE; TRAJTENBERG, 1998; RAHAL; RABELO, 2006; TORKOMIAN; GARNICA, 2009). Acredita-se que uma abordagem mais objetiva, com um mapeamento prévio do processo, identificando os Fornecedores (Universidade, Empresa e Governo) e suas respectivas entradas, possa apresentar um resultado mais positivo na escolha das ações para mitigar os fatores que inibem a concessão da patente e a transferência de tecnologia com a participação de Universidades, estimulando dessa forma o desenvolvimento de Inovações.

1.2. QUESTÕES DA PESQUISA

Tendo-se em vista o problema de pesquisa detalhado anteriormente e a necessidade de desenvolver ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades, são apresentadas a seguir as questões gerais e específicas da presente pesquisa.

1.2.1. Questão Geral da Pesquisa

O presente trabalho busca responder a seguinte questão geral:

 Como modelar o processo de escolha de ações para mitigar os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades?

1.2.2.Questões Específicas da Pesquisa

(27)

 Qual é o perfil das patentes depositadas e concedidas pelo INPI com a participação de Universidades brasileiras?

 Quais são os fatores inibidores ao patenteamento nas Universidades de acordo com a Revisão da Literatura?

 Quais são as ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades de acordo com a Revisão da Literatura?

 Qual é a representação indicada para permitir uma visão integrada do processo de depósito de pedidos de patentes pela Universidade e possibilitar a escolha de ações de estímulo a partir de fatores inibidores (critérios)?

 Quais são as ações de estímulo ao patenteamento mais relevantes (maiores percentuais com percepção positiva ou muito positiva) para cada critério no caso brasileiro?

 Quais são as ações de estímulo ao patenteamento a serem escolhidas após aplicação da modelagem no caso brasileiro?

1.3. OBJETIVOS

Após a identificação das questões que nortearam o trabalho de pesquisa, são apresentados a seguir os objetivos atrelados a essas questões.

1.3.1.Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo geral:

 Propor um modelo para o processo de escolha de ações que visem mitigar os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades.

Segue a Figura 1 que mostra a relação entre a Questão Geral e Objetivo Geral.

Figura 1 - Relação entre Questão Geral e Objetivo Geral

Fonte: Elaboração própria. Diagramação baseada em Castro (2016)

Propor um modelo para o processo de escolha de ações que visem mitigar os fatores que inibem o patenteamento

nas Universidades. Objetivo Geral Questão Geral

Como modelar o processo de escolha de ações para mitigar os fatores que

inibem o patenteamento nas Universidades?

(28)

1.3.2. Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do trabalho foram construídos a partir de questões específicas complementares à questão geral da pesquisa, tal como apresentado na Figura 2.

Figura 2 - Relação entre Questões Específicas e Objetivos Específicos Fonte: Elaboração própria. Diagramação baseada em Castro (2016)

Qual é a representação indicada

para permitir uma visão

integrada do processo de

depósito de pedidos de patentes pela Universidade e possibilitar a escolha de ações de estímulo a

partir de fatores inibidores

(critérios)?

Quais são as ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades de acordo com a Revisão da Literatura?

Quais são os fatores inibidores ao patenteamento nas Universidades de acordo com a Revisão da Literatura?

Qual é o perfil das patentes depositadas e concedidas pelo INPI com a participação de Universidades brasileiras?

Mapear os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades reportados na literatura.

Mapear as ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades reportadas na literatura.

Identificar as ações de estímulo ao patenteamento a serem escolhidas após aplicação da modelagem no caso brasileiro.

Apresentar o perfil das patentes depositadas e concedidas pelo INPI

com a participação de

Universidades brasileiras.

Representar de forma integrada o processo de depósito de pedidos de patentes pela Universidade, de forma a possibilitar a escolha de ações de estímulo a partir de fatores inibidores (critérios). Questões

Específicas

Objetivos Específicos

Quais são as ações de estímulo ao patenteamento a serem escolhidas após aplicação da modelagem no caso brasileiro?

Quais são as ações de estímulo ao patenteamento mais relevantes

(maiores percentuais com

percepção positiva ou muito positiva) para cada critério no caso brasileiro?

Identificar as ações de estímulo ao patenteamento mais relevantes

(maiores percentuais com

percepção positiva ou muito

positiva) para cada critério no caso brasileiro.

(29)

1.4. RELEVÂNCIA E JUSTIFICATIVA

De acordo com a ABDI (2010), analisando as políticas para inovação tecnológica de sete países (Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Reino Unido, França, Finlândia e Japão), conclui-se que a interação Universidade-Empresa tem se caracterizado como a estratégia fundamental para a inovação. Em Taiwan, as Empresas têm obtido grandes benefícios da interação entre o Governo e institutos de pesquisas nacionais (HSU, 2005). Nos Estados Unidos as Universidades são consideradas elementos estratégicos para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país (MOWERY; ROSENBERG, 2005). Logo, o patenteamento e a transferência de tecnologia passaram a ter grande importância nas políticas das Universidades (AMADEI; TORKOMIAN, 2009; HUSSLER; PENIN, 2012).

Porém, a Universidade empreendedora (CLARK, 1998; ETZKOWITZ, 2002) tem encontrado muitas dificuldades para comercialização dos resultados da pesquisa acadêmica (BROUWER, 2005). Isso ocorre dentre outros motivos, pois os países tendem a investir pouco em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) (WU; ZHOU, 2012); e há poucos recursos humanos voltados para a área de inovação (AROCENA; SUTZ, 2002; PEREIRA; MELLO, 2015).

Dessa forma, é importante o estudo de fatores que inibem o patenteamento com a participação de Universidades e de ações que possam mitigar a continuidade desses fatores, de modo a propiciar o surgimento de patentes de melhor qualidade e com maior probabilidade de se tornarem inovações, fortalecendo o papel da Universidade no sistema de produção de conhecimento. Esse modelo busca propiciar uma melhor escolha de ações a partir dos fatores inibidores observados, de acordo com diferentes percepções de pessoas envolvidas no processo, visando a melhoria contínua.

(30)

1.5. SÍNTESE DAS ETAPAS DA PESQUISA

A pesquisa pode ser sintetizada nas seguintes etapas (Figura 3):

Figura 3 -Síntese das etapas da pesquisa Fonte: Elaboração própria

1.6. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Nas pesquisas bibliográficas sistematizadas sobre fatores inibidores e ações de estímulo foram selecionados registros relacionados ao tema de pesquisa nas bases Scopus e ISI/Web of Science após filtrar por artigos e áreas associadas a Engenharia e correlatas.

O intuito desta Tese é propor um modelo para o processo de escolha de ações que visem mitigar os fatores que inibem o patenteamento nas Universidades e aplicá-lo dentro do caso brasileiro.

1ª Etapa: Levantamento bibliográfico sobre o tema da pesquisa.

3ª Etapa: Pesquisa bibliográfica sistematizada sobre fatores

inibidores.

4ª etapa: Pesquisa bibliográfica sistematizada sobre ações de

estímulo.

5ª etapa: Construção da modelagem e instrumento de

pesquisa. 2ª Etapa: Identificar o cenário do patenteamento no Brasil realizado com a

participação de Universidades brasileiras.

6ª Etapa: Aplicação da modelagem INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO e análise dos resultados no caso brasileiro.

(31)

Para identificar o perfil das patentes depositadas e concedidas por Universidades brasileiras foi considerada a base de patentes do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), pois a pesquisa está restrita aos pedidos de patentes realizados no Brasil.

Importante salientar que não é objetivo da Tese identificar as ações a serem escolhidas por todas as Universidades brasileiras e, por isso, a aplicação do instrumento de pesquisa foi realizada para uma amostra reduzida.

Dessa forma, a pesquisa visa estimular o depósito de patentes sob o ponto de vista qualitativo e não apenas quantitativo, ou seja, busca estimular o depósito de patentes que atendam as exigências do INPI para serem concedidas e possam dar continuidade ao processo inovativo.

1.7. ESTRUTURA DA TESE

A Tese está estruturada em oito capítulos, tal como descrito a seguir.

Capítulo 1: Introdução da Tese, abordando: o problema da pesquisa, questões gerais e específicas, objetivos gerais e específicos, relevância e justificativa, síntese das etapas, delimitação da pesquisa, estrutura da Tese e originalidade da pesquisa.

Capítulo 2: Metodologia, com o detalhamento das etapas da pesquisa, objeto de estudo da Tese.

Capítulo 3: Base conceitual da pesquisa, com o detalhamento dos fundamentos teóricos relacionados ao tema e que servirão de base para o desenvolvimento da pesquisa. Neste capítulo foi feita ampla pesquisa bibliográfica sobre os seguintes conceitos: Patentes, Mapeamento de Processos, Diamante de Porter e Multicritério.

Capítulo 4: Cenário do patenteamento no Brasil realizado com a participação de Universidades brasileiras através de estudo bibliométrico em base patentária (INPI) sobre o perfil das patentes depositadas e concedidas por Universidades brasileiras no INPI.

Capítulo 5: Construção do referencial teórico da pesquisa através de pesquisa em base de artigos científicos (Scopus e ISI/Web of Science) sobre os fatores que inibem e as ações que estimulam o patenteamento nas Universidades.

Capítulo 6: Construção da modelagem INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO.

Capítulo 7: Aplicação do instrumento de pesquisa, identificação das ações mais relevantes (maiores percentuais com percepção positiva ou muito positiva) para cada critério e análise dos resultados da modelagem com a utilização do método multicritério ELECTRE I para

(32)

escolha das ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades conforme percepção dos Fornecedores da SIPOC dentro do caso brasileiro analisado.

Capítulo 8: Conclusões obtidas através da realização deste estudo, com base nos objetivos, de forma a responder às perguntas de pesquisa e dar sugestões para trabalhos futuros.

Por fim, são indicadas as referências bibliográficas utilizadas no transcorrer da pesquisa e apêndices.

1.8. ORIGINALIDADE DA PESQUISA/CONHECIMENTO NOVO

A partir do contexto do patenteamento nas Universidades brasileiras observado durante a Dissertação da autora no Mestrado em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF) intitulada “Patentes de Universidades Brasileiras e a Transferência de Tecnologia para Empresas” (PEREIRA, 2014) e da Tese de Neves (2014) no Programa de Doutorado em Engenharia de Produção da UFF intitulada “Geração de Patente em instituição de Ensino Superior: uma abordagem integrada de Auxílio Multicritério à Decisão e Diagnóstico Estratégico” sobre os fatores que influenciam a geração de patente em instituições de Ensino Superior. Buscou-se na presente Tese o desenvolvimento de um modelo estruturado em SIPOC (Suppliers, Inputs, Process, Outputs, Customers) com aplicação do Método Multicritério ELECTRE I, relacionando fatores inibidores com ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades e posterior aplicação em Universidades brasileiras.

Dessa forma, esse trabalho caracteriza-se como uma pesquisa aplicada e aborda uma vertente de utilização de ferramentas integradas para escolha de ações que mitiguem fatores inibidores do patenteamento nas Universidades. São identificados como resultado da pesquisa bibliográfica sistematizada 12 fatores inibidores e 20 ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades estruturados em um modelo de estímulo à Inovação estruturado em SIPOC com base na Triple Helix (Universidade, Empresa e Governo), no Diamante de Porter (Condições de fatores, Estratégia, Condições de demanda e Apoio) e integrado ao Método Multicritério.

Trata-se, portanto, de uma pesquisa inédita de estímulo à Inovação através do mapeamento prévio do depósito de pedidos de patente na Universidade a partir dos conceitos da Triple Helix e Diamante de Porter e posterior aplicação do método Multicritério, de forma a propiciar a melhoria do processo.

(33)

2. METODOLOGIA

Neste capítulo é apresentada a metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, sendo descritas a seguir as etapas necessárias para responder as questões de

pesquisa, conforme item 1.5 da Tese (Figura 3).

1ª etapa: Essa etapa consiste em levantamento bibliográfico sobre o tema da pesquisa, de forma a estruturar a base conceitual do presente trabalho de Tese (Figura 4).

Figura 4 - 1ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

Levantar bibliografia disponível sobre a temática abordada na

pesquisa.

Identificar material bibliográfico sobre patentes, especificadamente o

patenteamento nas Universidades. Em virtude da aplicação do modelo

no caso brasileiro foram feitas pesquisas também focando no patenteamento nas Universidades

brasileiras.

Pesquisar material bibliográfico sobre multicritério e mapeamento de

processos - SIPOC para construção

(34)

2ª etapa: Essa etapa visa identificar o cenário do patenteamento no Brasil realizado com a participação de Universidades brasileiras para posterior aplicação do modelo (Figura 5).

Figura 5 - 2ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

Realizar estudo bibliométrico das patentes depositadas e concedidas com a participação de Universidades

brasileiras no INPI.

Fazer uma pesquisa avançada na base de dados de patentes do INPI

(depositadas/concedidas).

Elaborar uma base de dados no Excel contendo o número do pedido, data de depósito, título da patente, nome do depositante e IPC (Classificação

Internacional de Patentes).

Analisar as patentes por cronologia, região, depositantes, área do conhecimento, natureza do depósito

e parcerias.

Identificar o perfil das patentes depositadas e concedidas com a participação de Universidades

(35)

3ª etapa: Nesta etapa é feita uma pesquisa bibliográfica sistematizada sobre fatores que inibem o patenteamento com a participação de Universidades, com o objetivo de estruturar o instrumento de pesquisa (Figura 6).

Figura 6 - 3ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

Escolher palavras-chave para busca nas bases ISI e Scopus.

Aplicar filtros na pesquisa.

Ler os títulos e resumos dos artigos para refinamento de acordo com o

objetivo da pesquisa.

Catalogação dos resultados da pesquisa após refinamento.

Acrescentar outros artigos ao núcleo inicial, a partir da aplicação da metodologia snowball (forward e

backward) nos artigos oriundos da

pesquisa inicial.

Ler os artigos do quadro da literatura resultante da pesquisa.

Analisar os artigos de acordo com: (1) ano de publicação; (2) periódico

de publicação; (3) nacionalidade da instituição de afiliação do(s) autor(es); (4) nuvens de

palavras-chave, títulos e resumos; e (5) conteúdo dos artigos.

Identificar os fatores inibidores resultantes da pesquisa.

(36)

4ª etapa: De forma a dar continuidade a elaboração do instrumento de pesquisa, essa etapa consiste em pesquisa bibliográfica sistematizada sobre ações de estímulo ao patenteamento com a participação de Universidades (Figura 7).

Figura 7 - 4ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

Escolher palavras-chave para busca nas bases ISI e Scopus.

Aplicar filtros na pesquisa.

Ler os títulos e resumos dos artigos para refinamento de acordo com o objetivo da

pesquisa

Catalogação dos resultados da pesquisa após refinamento.

Acrescentar outros artigos ao núcleo inicial, a partir da aplicação da metodologia

snowball (forward e backward)

nos artigos oriundos da pesquisa inicial.

Ler os artigos do quadro da literatura resultante da pesquisa.

Analisar os artigos de acordo com: (1) ano de publicação; (2)

periódico de publicação; (3) nacionalidade da instituição de

afiliação do(s) autor(es); (4) nuvens de palavras-chave,

títulos e resumos; e (5) conteúdo dos artigos. Identificar as ações de estímulo

ao patenteamento nas Universidades.

(37)

5ª etapa: Essa etapa busca apresentar os resultados do levantamento bibliográfico sistematizado de forma consolidada, possibilitando a construção da modelagem e instrumento de pesquisa (Figura 8).

Figura 8 - 5ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

Estruturar a SIPOC baseada no Diamante de Porter e na Triple Helix.

Associar os fatores inibidores oriundos da Revisão da Literatura

com um conjunto de critérios.

Proposição do modelo INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO com a inclusão na SIPOC das ações de estímulo ao patenteamento nas Universidades e critérios provenientes das Revisões Bibliográficas Sistematizadas nas bases Scopus e ISI/Web of Science.

Elaborar o instrumento de pesquisa a partir das entradas da SIPOC.

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6ª etapa: A última etapa do trabalho de Tese consiste na aplicação da modelagem INOVAÇÃO-MULTICRITÉRIO no caso brasileiro para escolha de ações, considerando a análise dos resultados do contexto brasileiro evidenciado através do perfil das patentes depositadas e concedidas com a participação de Universidades brasileiras (Figura 9).

Figura 9 - 6ª etapa da Pesquisa Fonte: Elaboração própria

A Tese quanto a sua natureza metodológica é considerada uma pesquisa aplicada e tem como objetivo gerar conhecimentos aplicados de forma prática, baseado em verdades e interesses locais, para solucionar problemas específicos. No que se refere à forma de abordagem do problema, a Tese é classificada como uma pesquisa quantitativa, pois transforma informações provenientes da aplicação de um instrumento de pesquisa em

Aplicar o instrumento de pesquisa junto aos Fornecedores da SIPOC considerando o contexto brasileiro.

Compilar e tratar os dados coletados.

Aplicar o método multicritério ELECTRE I, de forma a escolher as ações considerando a percepção dos Fornecedores da SIPOC dentro do

caso brasileiro analisado.

Analisar os resultados do método a partir do cenário brasileiro apresentado no Capítulo 3.

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números para serem realizadas análises, através de método multicritério. Quanto aos objetivos, apresenta pesquisa descritiva, pois visa identificar fatores e ações provenientes da literatura e estabelecer relações entre variáveis, através da coleta de dados do instrumento de pesquisa e pela observação sistemática em base de patentes.

O estudo foi realizado através dos seguintes procedimentos técnicos para coleta de dados: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e survey. A pesquisa bibliográfica foi elaborada com base em publicações já realizadas, tais como: livros, artigos de periódicos, e internet. Essa etapa teve por finalidade a construção da base conceitual, revisão da literatura e instrumento de pesquisa. A pesquisa documental foi elaborada a partir de materiais confeccionados sem tratamento analítico que abrangeu levantamento em base de dados patentária (INPI), de forma a identificar o perfil das patentes depositadas e concedidas no Brasil com a participação de Universidades brasileiras e aplicar a modelagem nesse contexto. Já a survey foi elaborada a partir de entrevistas semiestruturadas com perguntas fechadas e abertas, com o intuito de levantar dados dos Fornecedores da SIPOC quanto a ações de estímulo na mitigação de fatores inibidores do patenteamento nas Universidades e aplicar, posteriormente, a ferramenta multicritério ELECTRE I para escolha dessas ações.

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3.BASE CONCEITUAL

O objetivo desse capítulo é apresentar aspectos referentes à patente, como ocorre o processo de patenteamento nas Universidades, em especial, nas Universidades brasileiras, visto que a pesquisa será aplicada dentro do contexto brasileiro e conceitos preliminares sobre Mapeamento de Processos – SIPOC, Diamante de Porter e Multicritério, de forma a subsidiar o entendimento da pesquisa.

3.1. PATENTES

Os direitos autorais, patentes, modelos de utilidade, desenhos industriais, dentre outros, são formas de proteção da criação do homem (COWAN; ZINOVYEVA, 2013; PEREIRA; COSTA; MELLO, 2015). A patente é um título temporário e ocorre através da obtenção de uma Carta Patente dada pelo Governo sobre uma invenção ou modelo de utilidade com a finalidade de beneficiar a sociedade, promovendo o desenvolvimento do país (CLARKE; MODET e CO, 2001; INPI, 2017).

Segundo Crespo de Barros e Souza (2010) e Pereira e Mello (2015), os documentos de patentes podem ser utilizados para: proteger a propriedade intelectual; como indicador de ciência, tecnologia e inovação; e fonte de informação tecnlógica. Além disso, as patentes também podem ser licenciadas, permitindo aos inventores ou titulares das patentes recuperarem os custos do investimento em P&D e lucrarem (HAASE; ARAÚJO; DIAS, 2005; PEREIRA; MELLO, 2015; WU et al., 2015). Por esses motivos, a patente representa o mecanismo de proteção legal de propriedade intelectual mais difundido em nível internacional, representando proteção jurídica contra imitação e violação do conhecimento tecnológico (HAASE; ARAÚJO; DIAS, 2005; WU et al., 2015; PEREIRA; MELLO, 2015).

Segundo Hsu (2005), as Empresas, Universidades, Laboratórios e Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento estão envolvidos no processo de inovação, por isso o Governo busca incentivar a interação entre a Universidade e a Empresa, visando a transferência de tecnologia (MOWERY; SAMPAT, 2005; MATEI et al., 2012; MUNTEANU, 2012; PEREIRA et al., 2015a).

Referências

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