PLANO DE AÇÃO
ESTRATÉGICA
2016-2018
SÍNTESE
Plano
de
promoção
da
qualidade
das
aprendizagens, que incluiu medidas focadas na
melhoria do trabalho pedagógico em sala de aula e
da qualidade das aprendizagens desenvolvidas
pelos alunos. É um plano que resulta do processo
permanente de Autoavaliação do Agrupamento e da
avaliação externa de que o Agrupamento foi alvo
em maio de 2013, e das ações desenvolvidas pelo
Ministério da Educação, no âmbito do Programa
Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, em
abril-junho de 2016. Ele reflete as áreas de maior
debilidade do agrupamento de escolas e inclui
vertentes de articulação, pedagogia diferenciada e
o trabalho colaborativo. O plano pretende
incentivar à implementação de estratégias
inovadoras e indutoras de mudança que permitam,
simultaneamente, prevenir o insucesso e melhorar
os níveis de sucesso dos alunos.
Designação da ação:
Planeamento da ação
estratégica de promoção da qualidade das
aprendizagens
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-86837/16
Turma: (A/10045/DGE/2016)
Formandos: Paula Guimarães, Maria Elisa Morais e
José Varela
Agrupamento de Escolas de Valpaços
Junho, 2016
Plano de Ação Estratégica | Agrupamento de Escolas de Valpaços Folha 1 de 6
Introdução
No âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, o Ministério da Educação
realizou algumas ações de formação orientadas para o “Planeamento de Ação Estratégica de
Promoção da Qualidade das Aprendizagens”. Elas envolveram três fases: na primeira deu-se
formação aos formandos indicados pelos Centros de Formação de Associação de Escolas a
operar no território continental; na segunda, os formandos da 1.ª fase dinamizaram um plano
de formação contínua para diretores de agrupamento / escolas não agrupadas,
coordenadores do 1.º ciclo e coordenadores de diretores de turma; na terceira fase, será dado
lugar à implementação dos planos, durante os próximos anos letivos.
O referido plano visa capacitar as escolas para a conceção de planos de ação estratégica de
promoção da qualidade das aprendizagens, que incluam medidas focadas na melhoria do
trabalho pedagógico em sala de aula e da qualidade das aprendizagens desenvolvidas pelos
alunos.
O “Plano de Ação Estratégica” que a seguir se apresenta resulta do trabalho desenvolvido na
segunda fase da ação pela unidade orgânica do Agrupamento de Escolas de Valpaços. Ele
obedeceu às recomendações / orientações transmitidas durante a ação de formação, na fase
mencionada, e reflete as áreas de maior debilidade do agrupamento de escolas, tendo um
horizonte temporal, conforme contempla a terceira fase do processo, de dois anos letivos
completos (2016/2017 a 2017/2018).
Ao analisar os dados do sucesso que o agrupamento tem vindo a registar nos últimos anos
letivos, conforme constam na tabela abaixo, infere-se que a escola tem vindo a melhorar os
níveis de sucesso. Há a agradável convicção de que o presente plano, para além de incentivar
à implementação de estratégias referenciadas na folha de rosto, ele permitirá manter,
consolidar e melhorar os resultados em um ou até dois pontos percentuais, os respeitantes
ao 2.º e 3.º ciclos (registados na tabela). Visa-se uma escola eficaz, com profissionais do ensino
crentes na mudança e na capacidade de fazer alguma diferença na vida dos alunos.
Ciclo 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 Sucesso Sucesso Sucesso Sucesso Sucesso Sucesso
1º
95,14 97,47% 98,27% 98,10% 98% 98%2º
78,64% 80,70% 83,46% 84,65% 85% 86%Plano de Ação Estratégica | Agrupamento de Escolas de Valpaços Folha 2 de 6
1. Fragilidade / fonte(s)
A indisciplina enquanto condicionante desfavorável de ambientes de aprendizagem. Fonte: Registo exagerado de participações disciplinares associado a menor rendimento e aproveitamento escolar (anos letivos 2014/15; 2015/16)
2. Ano(s) 5.º e 7.º anos 3. Designação da
medida “Mediação positiva de conflitos – um caminho para o sucesso educativo”.
4. Objetivos
Melhorar as práticas pedagógicas em torno da mediação positiva de conflitos; Reduzir o número de incidentes disciplinares;
Potenciar os mecanismos de aprendizagem determinantes para o sucesso dos alunos por implementação de processos de supervisão horizontal (CT).
5. Metas
Reduzir em 50 % o número de participações disciplinares, tendo como referencial a estatística do ano letivo anterior;
Implementar práticas de supervisão horizontal em pelo menos 70% dos professores de cada conselho de turma envolvidos;
Melhorar os resultados escolares dos alunos sinalizados com perfis indisciplinados em 60%.
6. Atividade(s)
A1 - Diagnose (levantamento de ocorrências disciplinares e sinalização dos alunos – com base em análise do histórico/percurso dos alunos);
A2 – Definição de um código de conduta, concertado em cada conselho de turma, num compromisso partilhado entre alunos, professores e encarregados de educação; A3 - Criação de um gabinete de autorregulação e mediação de conflitos em articulação com os conselhos de turma e com os encarregados de educação;
A4 – Criação de um gabinete de apoio à família para mediação e articulação entre a escola, a família e a comunidade;
A5 - Associação de processos de supervisão a mecanismos de coadjuvação em sala de aula:
a) Implementação da supervisão horizontal para disseminação de boas práticas (pedagógicas/mediação de conflitos);
b) Implementação da coadjuvação tutorial para grupos de alunos com problemas comportamentais/aprendizagem (em disciplinas de gestão mais difícil).
c) Criação de um manual de boas práticas para cada turma (CT).
A6 – Realização de ações sensibilização em articulação com a GNR, Escola Segura, CPCJ e Câmara Municipal.
7. Calendarização
A1 - Inicio do ano letivo; A2 – Até final de setembro; A3 / A4 – Ao longo do ano letivo (com a presença de um responsável do gabinete de mediação nos CT quando necessário); A5 – a) uma vez por período, no regime de 1aX1b, 1bX1c…
A5 – b) reuniões quinzenais para trabalho colaborativo de coadjuvação tutorial (1 vez por semana, professor da disciplina com outro do CT até situação se resolver);
A6 – Conforme plano calendarizado pelos gabinetes de mediação. 8. Responsáveis Coordenador do Gabinete de Mediação.
Diretores de Turma.
9. Recursos
Coadjuvação tutorial / Trabalho colaborativo/ Supervisão (45 min./semanal para os professores envolvidos).
Gabinete de mediação (1 psicólogo (25h/semanais). Diretores de turma.
Conselhos de Turma.
Formador de oficina de formação (Mediação de conflitos). 10. Indicadores /
monitorização
Número de participações disciplinares.
Número de aulas supervisionadas / professores envolvidos.
Instrumentos de avaliação intercalar e finais de cada período letivo (alunos sinalizados). PCT, Relatórios do Gabinete de Mediação.
11. Necessidades de
Plano de Ação Estratégica | Agrupamento de Escolas de Valpaços Folha 3 de 6
1. Fragilidade / fonte(s)
Incipiência de práticas de avaliação formativa como estratégia de autorregulação das aprendizagens.
Fonte: Relatório IGEC, maio /2013. 2. Ano(s) 1.º, 5.º e 7.º anos
3. Designação da
medida “A avaliação formativa ao serviço da construção individual das aprendizagens”
4. Objetivos
Implementar a função reguladora da avaliação formativa no processo de ensino aprendizagem;
Operacionalizar estratégias de diferenciação pedagógica que impliquem momentos de avaliação formativa;
Promover a articulação de estratégias inerentes ao processo avaliativo
5. Metas
Implementar, em todas as disciplinas, pelo menos 3 momentos por período de avaliação formativa estruturada enquanto mecanismo gerador de informação de retorno reguladora do processo de ensino aprendizagem.
6. Atividade (s)
A1 - Definição de estratégias de aplicação e desenvolvimento de atividades de avaliação formativa/diferenciação pedagógica (grupos disciplinares – trabalho
colaborativo/supervisão pedagógica):
a) Recolha de informações relativas aos progressos e dificuldades de aprendizagem; b) Construção de instrumentos de controlo escrito (testes diagnósticos, teste de unidade temática/didática, questão-aula,…)
c) Aplicação desses instrumentos mediante critérios pré definidos; d) Sistematização dos resultados;
e) Diagnose dos fatores na origem das dificuldades de aprendizagem observadas; A2 - Uniformização de estratégias de feedback das aprendizagens (professor-aluno; aluno-aluno (s)):
a) Adaptação das atividades de ensino e de aprendizagem de acordo com a interpretação das informações recolhidas;
b) Definição conjunta de estratégias visando colmatar processo avaliativo; c) Aplicação dessas estratégias.
7. Calendarização
A1 /A2 - Ao longo do ano letivo.
A1/A2 - Registo, por período letivo, de dados sobre a avaliação formativa /impacto melhoria das aprendizagens (avaliação final de período) para atualização do PCT e envio, por Conselho de Turma, para a equipa de autoavaliação (área de melhoria).
8. Responsáveis Equipa de autoavaliação (coordenador de medida)
Coordenadores e professores das diferentes áreas disciplinares. 9. Recursos Uma hora semanal para trabalho colaborativo (grupos disciplinares).
Professores das diferentes disciplinas.
10. Indicadores / monitorização
Número de momentos de avaliação formativa realizados de forma estruturada, por disciplina, por período.
Verificado em registo de sumário / Supervisão dos coordenadores de áreas disciplinares.
11. Necessidades de formação
Formação formal ou informal sobre a importância da avaliação formativa e estratégias para sua aplicação e desenvolvimento, e seu contributo para a melhoria dos resultados escolares
Plano de Ação Estratégica | Agrupamento de Escolas de Valpaços Folha 4 de 6
1. Fragilidade / fonte(s)
Inexistência de articulação vertical entre o 1.º / 2.º e o 2.º / 3.º ciclos, por forma a assegurar uma gestão eficaz do currículo.
Fonte: Os registos da realização de articulação vertical a partir do 1.º CEB são reduzidos. 2. Ano(s) 4.º e 5.º anos; 6.º e 7.º anos
3. Designação da
medida “Articulação Vertical do Currículo”
4. Objetivos
Promover momentos de articulação entre docentes dos 4.º e 5.º anos / 6.º e 7.º anos, visando potenciar o sucesso dos alunos ao longo do percurso escolar;
Elencar em trabalho colaborativo, nas áreas disciplinares envolvidas na articulação, os conteúdos programáticos imprescindíveis à sequencialidade curricular;
Partilhar tais conteúdos para facilitar a comunicação entre os docentes, visando a melhoria das aprendizagens nas seguintes componentes curriculares:
Português; Matemática;
Estudo do Meio / Ciências Naturais;
Estudo do Meio / História e Geografia de Portugal; História e Geografia de Portugal / História; História e Geografia de Portugal / Geografia.
5. Metas Envolver nos encontros 50% dos docentes da bolsa de articulação;
Melhorar taxas de sucesso escolar nos anos iniciais de ciclo (2.º e 3.º) em até 2%.
6. Atividade(s)
A1 - Criação de bolsa de docentes, pela listagem dos professores dos anos referenciados para a medida;
A2 - Planificação conjunta entre docentes de níveis diferentes da mesma disciplina; A3 - Criação de ficha para registo de encontros articulação e compromissos assumidos (planificação conjunta);
A4 - Construção de alguns instrumentos de gestão curricular para regular / potenciar a articulação entre os ciclos;
A5 - Realização de reuniões periódicas entre coordenadores de departamento / grupo disciplinar da mesma área;
A6 -Realização de reuniões periódicas entre docentes do 4ºano e conselhos de 5ºano; DT de 6.ºano e conselho de turma de 7.º ano para a diagnose e conhecimento dos alunos; A7 -Elaboração de relatório final, com dados relevantes sobre aspetos sociológicos, económicos e psicológicos dos alunos e da sua evolução no processo de ensino aprendizagem.
7. Calendarização A1 – Até final de setembro; A2 / A5 – Trimestralmente; A3 – Na data da 1.ª reunião; A4 – Nas datas das reuniões; A6 – Início / Final de ano escolar; A7 – Final de ano escolar 8. Responsáveis Coordenador de departamento / Coordenadores dos grupos disciplinares
envolvidos
9. Recursos Coordenadores e docentes de todos os departamentos / grupos disciplinares; Utilização de (até) 1 hora semanal para atividades de articulação vertical. 10. Indicadores /
monitorização
Número de professores da bolsa / número de professores envolvidos;
Análise das fichas de registo de encontros de articulação e compromissos assumidos; Análise e medição das taxas de sucesso no final de cada trimestre / final de ano; Instrumentos de avaliação intercalar e finais de cada período letivo.
11. Necessidades de formação
Articulação vertical do currículo: continuidade educativa e reforço da articulação numa lógica de integração
Plano de Ação Estratégica | Agrupamento de Escolas de Valpaços Folha 5 de 6
1. Fragilidade / fonte(s)
No final do ano letivo níveis insuficientes de proficiência ao nível da leitura e escrita em alunos do 1.º ano (20% dos alunos).
Fonte: Ata de reunião do conselho de docentes do 1º ciclo (1º e 2º anos, junho de 2016); Estatísticas escolares do Agrupamento, relativas ao 2º ano (anos letivos 2013/14; 2014/15; 2015/2016 – insucesso de 6,8%; 4,9%; 4,2%, respetivamente).
2. Ano(s) 1.º e 2.º anos 3. Designação da
medida “Ler e escrever para aprender”
4. Objetivos Melhorar os níveis de proficiência de leitura e escrita dos alunos do 1º ano;
Reduzir o número de retenções no 2.º ano.
5. Metas
Conseguir que 75% dos alunos do 1º ano que, no final do 1.º período, apresentem dificuldades na aquisição dos mecanismos da leitura e escrita, obtenham no final do ano letivo níveis satisfatórios de proficiência de leitura e escrita de acordo com os objetivos e descritores das metas curriculares.
6. Atividade(s)
A1 - Diagnose dos alunos com dificuldade de leitura de escrita;
A2 - Elaboração de PAAPIS aos alunos envolvidos, com conteúdo específico / dificuldades e medidas de atuação a nível de proficiência de leitura e escrita;
A3 - Aplicação de métodos de diferenciação e inovação pedagógica em grupos específicos de alunos do 1º ano que revelem défices de aprendizagem no decurso do 1º período; A4 - Organização de um “Programa ancoragem”, como definido no Portefólio de Medidas de PSE-DGE;
A5- Articulação / planificação de conteúdos / estratégias (professor titular / professor âncora);
A6 - Aplicação do referencial “aprender com a Biblioteca Escolar”; A7 - Coadjuvação – terapeuta da fala.
7. Calendarização A1 - 1.º Período – identificação / sinalização de alunos com nível de proficiência reduzida; A2 / A3 / A4 / A5 / A6 / A7 - 2.º e 3.º Períodos – Aplicação das medidas.
8. Responsáveis Coordenador departamento 1.º CEB; professores do 1.º ano
9. Recursos
Professores titulares de turma do 1.º ano;
1 Docente responsável pelo programa ancoragem (25 horas semanais de componente letiva);
Biblioteca Escolar (BE);
1 Terapeuta da fala (15 horas semanais – a requerer/contratar ou parceria a estabelecer com instituições locais).
10. Indicadores / monitorização
Percentagem de alunos com nível insuficiente de proficiência na leitura e escrita; Percentagem dos alunos que conseguiram superar o nível insuficiente;
Instrumentos de avaliação de final de cada período letivo (alunos sinalizados). 11. Necessidades de