NUMERO AVULSO 40 RS.
StómiflÉi 6 topnsa nas mctóaas rotaUvas ge Harlaoii, na typagr ap&ia (Ia «Gazeta ds HeiiciisMe prepriedâúe fle Iranjõ & Mendes
D
As assignalaras cfluejam em qualquer óia c terminam cm íim íe marçe, jiffiio, ecIcbíio ou dezembro
jbllllilllillli.l^
Esta livro de perigo o Sr. deputado
Conde do Pinhal, que fora
accommet-tido ha dias du grave enfermidade,
cm
viagem para o interior.
s?£x. está em Camptoas.e seu medico
assistente è o illustre clinico Dr.
Carlos
Botelho, d'esta capital, filho do Sr. Conde.
(títueftt tle Ktfiieiu*.)
Parla, 8
A França, a Inglaterra e a
Itália
de-ram ordens a diversos vasos ue guerra
pa?a M&em inunediatamento
pbiw
a costa de Marrocos, afim de
protege-íem os seus nacionaes, caso se
desse
alguma revolução por causa
da moite
provável do sultão
Merley Hassam.
Berlim» 8
O príncipe Frederico Guilherme
con-tintia a solfrer da garganta- gem
bor
perigoso, o estado do príncipe
herdeiro
instara sérios cuidados.
Sua Alteza deve partir levemente
nara Ravena, no norte da Itália, ontte
h demorará alguns dias,sendo,
acom-panhado do seu medico, o
Dr. Murei
Ma-ienzie.
O cbolera vai desapparecendo. Westes
dois ultimos dias apenas notaram-se
alguns der, casos.
Rlòntevirtéu, V
O paquete Itíglèz John Elclèr,
da
com-pnnhla do Pacifico, subiu
hoje, ás 7 horas
da noile, paru O Uio dé Janeiro.
Cc.ro....'«s Sttvtts.)
NUMERO
AVULSO 40
RS.
CHRONICA
Diz-se que o caso dóu-se em uma casa,
í no seio de uma sociedade, em que ha
lodosos elementos para que tudo se passe
com a mais perfeita cortezia, com a mais
correcta gentileza.
No emtanto, houve troca dc phrases
duras, que résoaram aos ouvidos
deli-Meados dc senhoras, c um dos
conlcn-dores foi esperar o outro... lá fóra.
As tentativas pura fazer caminhar
de-pois o barco em águas
limpas
encalha-ram. Houve quem entendesse, cha muito
quem assim entenda, que o destorço por
meio de armas limpas, com risco dc vida,
« ridículo, ti que o que é limpo, é o tabefe
no meio da rua, chapéus rolando na
lama, paletots rotos, narizes a escorrer
sangue.
15, para evitar aquelle ridículo, deixa-se
«ni homem descompor ein todos os tons,
de viva voz,
c por cartas, e em artigos
Impressos. .Singular maneira de nào ser
ridículo, o singular niH.neira de ver e
cn-tender as cousas.
Em politica não é raro ver um grupo de
homens apedrejar aquelles que um outro
grupo carregarem frfumpho.
O ministro
que um partido considera benemérito,
é tido por outro em conta de
prevarica-dor, despotíco, inmioral. Üm projecto dc
lei é a um tempo, em discussões
parla-mentores, o unico meio de arrancar o
paiz. tias bordas do abysmo,
o mais um
acto de desmoralisação, prepotência e
li-Ihotismo. Mas, em politica, a suprema
lei, para certos homens, é o ôle-toi de lá
jiour queje ;n'y tnelte.
Mais diíiicil, porém, de comprehender, 6
que haja dous modos dc
interpretar uma
phraso oueiisiya, salvo se
o systema
ncr-voso também faz politica. E deve ser islo.
Ha gente que tem nervos
revoluciona-rios, e gente que tem o systema nervoso
conservador. Diz-se n alguém da primeira
classe que elle é um canalha, e o sujeito
salta como uma bola de borracha, e,
con-forme ós hábitos, bate-se a eoceo, a
pis-tola, á espada, cm assassina pura c
sim-plcsmèntc o insultado.
Os conservadores, porém, pesam de um
lado o insulto, e do outro a integridade
tia pelle, e engolem o insulte, em virtude
da máxima da sabedoria das nações, que
. diz. que aquillo que não mata, engorda.
Estão lio seu direito, pois que cada um
serve-se dos nervos que a natureza lhe
deu, e segundo as leis a que os habituou;
mas cque não ê juste, ê que os que assim
•
pensam, achem ridículos os que pensam
de modo diverso. O menor dos
inconye-nicnlcs d'isto é que estes podem achar
que aquelles são uma cousa que ainda é
peior do que ser ridículo, o applicar-lhes
com razão a arma de que elles Ungem
servir-se: o desprezo.
15' muito commum ouvir a gente que
(em o systema nervoso conservador, fallar
cm desprezar uni insulto; mas esla gente
segue a máxima dc que a palavra foi dado
ao homem para oceultar o pensamento, e,
invertendo ludo o que a philosophin
en-sina, transforma o desprezar, que é uma
cousa objectiva, na subjeclividarie de ser
desprezível.
sc tiudiiz cm chulas e renioques, que dão
tão triste idéa do nosso bom senso e da
idéa (pie temos do que somos'/
"Vem
talvez da violência feita pelos
primeiros dominadores ás raças
de
cui-tura inferior e de organisação pbysiea
apta para supportar o trabalho n'eslc
clima de fogo. Veio d'ahi, para uns a
idéa dc superioridade, para outros, os
fl-lhos das victimas, a idéa da revolta
con-tra a violência soffrida, para todos a falta
de cordialidade, a tendência para a
sus-peita das intenções alheias.
E como, no flm de contas, hoje não ha
razão séria para tal luta, esta teve de
cntiineheirar-ec nas questões pequeninas,
e só subsiste hoje nas camadas menos
cultas da sociedade, fazendo raras
appa-rições nas outras, c isso mesmo quando
se torna preciso disfarçar procedimentos
pouco correctos, on mascarar
a sem razão
de quem grita muito.
E n'cste sentido também deveria fazer
a sua behoraerit* propaganda o Sr.
Tau-nay; quando S. Ex. tiver obtido dos que
nos governam, a grande naturalisação, sc
não tiver também obtido tle certos
pa-triotas que subam á comprehensâo do
alcance cVessa medida, pouco teremos
adiantado.
ir
Uma triste noticia nos chegou
ante-hontem: a do incendio da fabrica dc
tecidos S. Pedro dc Alcântara, em
Pctro-polis.
'Não
se trata sú dc muitos annos dc
labor que o incendio devorou em algumas
horas; não se trata só de um grande
capital perdido, de uma grande somma
de actividade quo durante alguns mezes
vai íicar sem recompensa, a procurar
readquirir parte do que 0 acaso cruel
dis-sipou.
Nu fabrica trabalhavam duzentos e
ein-coenta pobres, entre homens, mulheres e
crianças. Alli ganhavam o pão para si e
para os seus, alli aprendiam;
aquella
casa era tudo para essa gente, que vai
achar-se a braços com as maiores
diili-cuidados.
Quem escreve estas linhas, é suspeito
para fallar do gerente technico
cresse
es-tabclecinicnlo, a ouja dedicação
inces-rriir-asexML 24,000
eaceaaa.sslÊii-es
0s ar,i50S eilvillllos á nim& u**° scrrw rc5lillli,,os Mà 1"c ]™ Ww publicados
l_____mm____t_uamm»_
cnsado de ferimento, tendo sido absol-| d'agua, está ao rumo (verdadeiro)11" 30'
Dr. Dermeyal externou o que pensava, c
que era alguma cousa mais do que dizia
o seu parecer escripto; mas, suppondo
que tenha negado tudo, o quo isso prova
talvez, é unicamente que aquillo que
seduz «José Telha, seduz lambem ffitiit*
gente de juizo.
Bolõ-tim Parlamentar
Hontem na câmara o Sr. Celso Junior
apresentou rim requerimento pedindo
in-formações ao governo acerca do estado
de saude dc Sua Magestade o Imperador.
A maioria c o governo entenderam que
não interessa á nação conhecer-se tio cs-r
tado de saude do Imperador, e o
requeri-mento ficou adiado.
Então pediu a palavra o Sr. Nabuco, c
justificou em poucos minutos
uma
in-terpellação ao Sr. presidente, acere-j do
mesmo assumpto.
O Sr. ministro da agricultura,
referin-do-se á interpellação; disse que, p>oy í'1"
formações do medico que acompanhe.
Sua Magestade o Imperador, o governo
satie que Sua Mtitjefto.de tem melhorado
consideravelmente.
Açcrescpntou o Mr. ministro, que o
te-legramina publicado pelo Jornal ilo
Com-mercio era unia prova de que nem todas
as noticias sobre o estado dc Sna
Magos--tade são do fonte limpa e de origem
insuspeita.
N'cslc ponto o Sr. ministro da
agri-cultura excedeu nm
pouco a reserva
com que costuma manifestar-so no
par-lamento.
O cargo de ministro não dá a ninguém
O direito de qualificar de suspeitas us
in-formações que não são favoráveis ros
seus planos.
A unica fôrma do governo satisfazer a
áncièdade da nação, a respeito da preciosa
saude do Sua Magestade o Imperador, era
publicar no Mario Offleial os pareceres
dos médicos que o examinaram.
Mas
o governo não fez publicar nem esses
pareceres, nem outra qualquer informação
dc caracter oílicial.
A unica declaração com a
responsam-Brazil; o mestre Roque, acompannado
pela comniissão do Club Naval, composta
des Srsi capitão de mar e guerra
Custo-dio José dè Mello, 1" tenentes Lemos
Bastos e Benjamin dc Mello e .%' tenente
Carlos Barroca; e os dous imperiaes
ma-pinheiros-, pelo Sr. 2' tenente An tão
Cor-rea da Silva.
Sua Alteza a Princeza Imperial dirigiu
aos horóesdo naufrágio algumas palavras
de elogio, e segundo consta premiou
par-ticularmehte o.s serviços do valente pesy
cador e seus companheiros.
Consta que a assembléa geral será
no-vãmente pròrójáua atè o dia 15 do
cor-rente.
— v
\f - --''
SnHItepsteírirlínjíspàdop
¦
Brnxéllas» 8
Suas Magestades partiram n'este
mo-mento para Pariz.
Acompanharam Suas Magestades á
estação, o re: e a rainha dos Belgas e
o príncipe herdeiro.
Estavam presentes o pessoal da
le-g-ação, com o respectivo ministro,
o
Sr. conde de Villcneuvè, e os Srs. minis»
tros da Itália e dc Portugal.
Estiveram na estação os brazileiros
aqui residentes;
S»«»'ÍiS, »
Acabam de chegar- aqui Suas
Mages-tádes Imperiaes e comitiva.
Na estação estava
presente o
pes-soai da. legacão brazileira, menos o
Sr. ministro.
Estava também presente o Sr. cônsul
do Brazil.
"
*
(Gaicftv cfi- Nolititui)
de Barros Franco libertou 80; Belisario
i.eite de Barros e Luciano Bsteves dos
Santos, componentes da firma Leite &
Santos, libertaram 40; Antônio Olegario
tle Barros, de sna fazenda Santa Maria,
libertou 30. Ao todo 247.
Isto foi resolvido entre esses fazendeiros
à no mesmo dia foi feita a declaração
nos escravos nas diversas
fazendas-Por telegramma recebido n'esta corte,
sabe-se que o presidente dà provincia do
Rio Grande do Sul adiou a reunião da
assembléa provincial para o clia 1 de
ne-vembro uroxini'.'.'0_í*jmmh
Suas Altezas Imperiaes visitaram
hon-tem o conservatório tle. musica, assistindo
Demoraram-se cerca dè uma hora.
Foi creada. uma agencia de correio na
freguezia da Harmonia, municipio cie S.
João de Montcnegro, provincia de S. Pedro
do Rio Orande cio Sul.
N'esta questão envolveu-se, como
iufe-Jizmcntc é costumo aqui, uma pequena
questiuncula de nacionalidade. Náo ha
nada mais tolo, que este patriotismo falso
que consist * em fazer alastrar pelo
cara-«ter nacional as manchas que certos
su-jeitos deixam cahir sobre si.
Mas aqui no Brazil a tolice n'esse ponto
chega a ser irrisória. Ncis soutos uma
nação nova, sem
tradições, somos os
hos dos estrangeiros que dc toda a
jaitc do mundo vieram para aqui fazer
a sua fortuna, e que tèm feito também a
do paiz. Rcvolíitr-nos conlra o
estran-gciro. só polo facto de ser estrangeiro, é
Sm sacrilégio, como revoltar-se vim llllio
«outra seu pai.
Somos nús por ventura uma raça, somos
jnesmo uma familia á parte V Temos
cn-lactei especial, physico, moral oíi
inieilc-etualV Temos uma litteratura
inteira-mente
nossa, artes nossas, costumes,
tradições, leis oTiginses ? De todo1: os
clementes dc que sc compõe a nossa
so-«euade, o que menos faz sentir a sun
Influencia sobre ella, è justamente o
indi-gena, porque foi o que menos se oecupou
«om o estrangeiro conquistador, e
por-«jue tinha um grau de eivilisaçáo tão
Inferior a este. qne fatalmente se deixou
•Iisorver.
D< finde vem, pois, tstç mal querer,
tjuc se revelanavçjrtestctc* mínimas, cqne
sante e esclarecida competência deve a
companliia o grau de prosperidade a que
chegou, e que mesmo esta desgraça não
pôde aniquilar; mas dirá
sempre,
por-que o sabe, por-que um dos tormenlos
do seu
espirito, n'enle momento ongustioso, é a
sorte d'aquclles operários,
com
quem
convive ha tantos annos, e de quem era e
é tão dedicado amigo.
Dizem que um Sr. vereador da nossa
aiustrissima propoz que seja prohibida
a entrada do ediílcio da câmara a uni
credor iVella.
O systema não é máu, nom novo/e, que
òfosse, não seria para estranhar que d'cllc
lançasse mão a nossa edilidade, que tudo
nos pode fazer, menos cansar-nos
sor-prezas.
Mus, que seja adoptada ou não a
he-roica resolução d'cssc senlior vereador, o
que é certo, é que o credor ameaçado
ain-da ha de ain-dar muilo que fazer á
Illus-trissima.
Um bello dia, umn. câmara que já lá sc
foi, sem deixar de si saudades, entregou
a esse c outros capitalistas um edifício
seu, por arrendamento. Parece que o
ne-gocio foi muito bom para os capitalistas;
se o foi para mais alguém, não resam as
clironicas; para os cofres municipaes,
como o de regra desde que ha
Illüstris-sinm, foi máu.
Máu, porem, ou bom, • negocio foi
feito com as precisas formalidades, a
ca-mara recebeu a parle que lhe tocava, cos
capitalistas entraram no goso do próprio
municipal.
Veio, porém, um ministro do império,
que achou que a câmara tinha sido
pre-judicada, o julgando assini tinha
car-radas dc razão, e rescindiu violentamente
o contracto, com o que fez muito mal.
Tão mui, que, seni isso, estariam hoje
as cousas nos seus eixos; uo passo que,
graças á icseisão, a gallinha ainda lhes
ha de dar muitos ovos de ouro.
Os homens tèm por si o poder
judicia-rio, e todos os dias lhes chovem em cima
sentenças em seu favor, Em vez de chegar
a accordo com elles, si câmara gasta mais
do que pódc a resistir, c um dc seus
mem-bros acha quo salva os cofres municipaes
prohibindo que. a elles
se chegue unidos
capitalistas.
Ha de lucrar muito eom isso ! Elles são
unia tluzia, c, quando todos não pudessem
nem passar pelo campo dc SanfAnn;
esse mundo está cheio dc advogados, c a
cumaru teria por flm de pagar-lhes, a elles
c aos advogados lambem.
Não deixará de ter sna graça a
liquida-rito filial (Lestas contas., sc forem da
na-tureza elástica tias dr um empreiteiro dc
calçamento com quem a câmara andou
brincando.
E chegaremos tal vez a ver. n'esta cidade,
a primeira da America do Sul, onde já a
Associação Coinmerci.il não tem com que
concluir as obras do seu edifício, lambem
a câmara municipal vexada de
funecio-nar cm casarão que lhe ficou tão caro, e
não ter com que pagar os credores.
lidado do ministério, é a que hontem foi
feita na câmara pele Si*, ministro da
agricultura.
A seu tempo se verificará quem fritou
á verdade.
Na ordem do dia foram approvadas as
emendas do senado aos orçamentos da
fa-zenda e da agricultura.
Voltando-sc á 1" parte, foram discutido!;
vários requerimentos; e entre elles um do
Sr. Alfonso Celso Junior, acerca das
per-seguições feitas em Campos a alguns
abo-licionistas.
O Sr. A. Figueira,'-'.pesar de reconhecer
que. o a*ts:iiir.pto.já não tinha
opportum-dade, aproveitou o ensejo para animar o
governo a ser enérgico contra os abolir
cionistas.
. ,
Em boa hora fallou o Sr, Figueira,
pois deu occasião a que o Sr. Nabuco
lhe
desse uma resposta brilhantíssima.
O Sr. Figueira; por exemplo, fez o
abo-licionismo responsável pelos desvarios e
excessos de alguns de seus adeptos dc má
lc-. O Sr. Nabuco perguntou ao Sr.
Fi-gueira se elle era solidário com os actos
de todos os'conservadores. O Sr. Figueira
não respondeu.
E não podia responder, porque S. Ex.
está isolado no seu partido, e
principal-mente do governo cio seu partido, que o
desconsidera pelos meios de que pôde
dispor.
Disse ainda o Sr. Nabuco, que sc o'
abo-licionismo è responsável pelos excessos
de alguns co religionarios, lambem o
es-cravismo è solidário com as scenas
des-humanas c horrorosas que por ahi se
praticam em nome da escravidão.
Eflectivamente, admlttindo a
solidarie-dade dos dons partidos, não ha
compa-ração entre a responsabilidade dé um c
de outro.
O abolicionismo é aceusado de
-proteger
a fuga dos escravos; mas sobre, o
escra-vismo pesa a pecha das torturas, dos
cas-tigos mais ignóbeis c vis de que ha
me-moria.
O Sr. Nabuco notou, c com miiila
feli-cidade, qiie o Sr. Figueira só pede a
exe-cução da lei Saraiva quanto á parte que
persegue os abolicionistas.
As outras disposições não valem nsda
para S. Ex.; são pbantasias do estadistas
malucos.
Censurou ainda O Sr. Nabuco o facto
do governo se servir dos soldados para
capitães dc matto,
re lembrou que para
esse mister era muito mais apropriada a
a i policia do Sr. Coelho Bastos.
A discussão do ícqnerlinenlo ficou
cn-cerrada assim como a dc outros que foram
dados para debate.
Ih.je ha sessão na câmara.
O senado encerrou a 31 discussão da
receita, depois dc alguns discursos, enfie
os tjiiiics um do Sr. Silveira Martins,
censurando energicamente a politica
íl-nanecira do Sr. ministro da fazenda.
Foi hontem lida na camarn a seguinte
nota de interpellação :
.< Requeiro que sc marque dis c hora
para intorpellâr o presidente do conselho
nos seguiu íos termos :
Se o estado de saúde do Imperador não
exigia que. o ministério tivesse junto á
pessoa dc Sua Magestade, cujo caracter
de Imperador do Brazil náo se suspende
nunca, um delegado que pudesse
infor-mar com responsabilidade própria o
go-verno e O parlamento, sobre o estado tle
Sua Magestade.—Joaquim Nabuco.»
Não estando presente o Sr. presidente
do conselho, será opportunamciite
de-sighado dia e hora para a discussão.
Mandou-se reverter á 1" classe do
exer-cito o alferes agsregádo á arma tle
iufan-taria Henrique Flintés Coelho, que, cto
inspecçâo de saude, foi julgado prompto
para o serviço dò mesmo exercito
> i
vido pelo conselho dc guerra ; foi refor
rnada a sentença em seis mezes de
pri-são com trabalho.
Soldado Antonio Pereira de Almeida,
aceusado de primeira deserção aggravadty
candeninaiin apito mezes de prisão; fui
confirmada a sentença.
Armada. — Imperial marinheiro José
Alves Pereira Nunes, aceusado de
feri-mento, tendo sido absolvido pelo
conse-lho de guerra; foi confirmada a
sen-tença.
Desistiu da licença que Jhc foi
concedi-da, para tratar de sua saude, por portaria
do 1" do corrente mez. o veterinário do
1* regimento de cavaliaria Pierre Renier.
ftffflH
SM?
'A
bordo da fragata franceza Àrêllvúsex
foi hontem ofíerecido pelo Sr. condo Amelot
de Chailloii, um delicado tónc7í ao corpo
diplomático.
A cóncuriencia aessafnst.ii, que primou
pela gentileza e cortezia com que o Sr.
ministrei da França e a ofileialidade da
AréthuSe receberam os seus convidados,
foi bastante numerosa e escolhicussimai
Notavam-se entre ns pessoas presentes
os Sr.s, ministros da Itália, da Bélgica, de
Portugal e do Estado Oriental; secretários
das legações da Allemanha, da Inglaterra
o da Hespanha; o Sr, presidento do
con-selho. visconde de Paranaguá, senadores
Ottoni cTaiinay, almirante inglez, barão
dc Maia Monteiro; visconde dc Inhoã,
chefe de esquadra barão dc lvinlieima e
chefe de divisão Carneiro da Rocha,
capi-tães dc mar e guerra Wandenkolk,
Mau-rity c Saldanha da Gama, barão tle Teflé,
commendador Caetano Pinto, conselheiro
Adolpho de Barros, Drs. José Avelino,
Ferreira Passos, ITcróulano Pena, Vianna
do Lima, muitas senhoras e
represen-tantes da. imprensa.
Antes dc. servir-se o lunch o Sr.
pre-sidente do-conselho entregou no Sr.
ai-mirante Riliell e ao commandante da
Arcihuse, as insígnias da dignitaria e
da commonda da Rosa, com que Sua
Al-teza so dignou ngraciál-os.
Tanto O Sr. almirante como o Sr.
com-mandante foram
vivamente
felicitados
pela distincçüo que receberam.
O convez da Arcthiisc achava-se
trans-formado cm um bello salão, cujo tecto c
paredes eram formados por bandeiras c
arbustos, e onde se dançou animadamente
até perto das cinco horas, quando
ter-minou aquella agradabilissima festa.
I
Foi concedido um mez de licença, com
o respectivo vencimento na fdrma da lei,
ao engenheiroChristiahõ Benedicto Ottoni
Junior. fiscal da estrada cie ferro do
Pa-raná.
Forani agraciados :
Com a dignitaria da ordem da Rosa. o
Sr. contra-almirante
Ribell,
comman-dante da divisão franceza da America do
Sul; c com a. commenda da mesma
or-dem, o capitão do mar c guerra
Timo-theo Escndier, commandante da fragata
franceza Arcihuse.
Foi nomeado Gustavo de Mattos para
o logar dc agente rto correio da Yargem
cL Manejo,
MACAQUINHOS NO SOTÃO
Bem dizia eu que tinham
Hsaudadesminlias. O Varias
filão se poude conter
hon-tem, o chamou por mim,
como a pomba no bosque
chama pelo meigo
compa-ÜJuâkSS nheiro, áhora do sol posto.
E já que me servi d'esta imagem, peço
ao leitor que me acompanhe ivesta
fanta-sia, e figure a scena como se ella se
esti-vesse passando.
Imagine que eu sahi do ninho ao meio
dia, ruílando as azas, sacudindo as
pen-'
nas, como diz o Raymundo Corrêa
uiiquei-lo soneto As pombas, uni dos mais beluiiquei-los
que tenho lido: que sahi pelo campo,
sal-tando d'aqui para alli, com a ligeireza
que mo permitte a abundância de tecido
adiposocom que me gratificou a natureza.
Quo estive á margem do rio a beberriçar
golinhosd'agiui, o que com o bico
liumido
acariciava as pennas das azas.
Imagine agora, que o Varias é a minha
doce companheira; quo ficara no ninho,
paru não alterara temperai ura ; que não
poude ir ás provisões
lem fome o uma
pontinha de ciúme, a pensar que eu ando
lá por fóra a dar canivetadas no conlraclo
dos nossos amores.
Não se esqueçam que < Varias tem
barbas brancas, usa gravata larga, solta
ao vento, chapéu desabado; sobrecasaça
que foidumi defunto que era mais gordo,
e catais franças,—O que se chama um
pombo calçudo.
Façam agora idéa que, ralado de fome
e ciúmes, o Varias põe-se a arrumar no
ninho, e que, ouvindo-o. eu venho pçlo
campo ouira vez, rufláiido as azas,
sa-cudindo as pennas, e que me chego ao
ninho, que, para nos conter, deve ser do
tamanho dc um carroça de carne verde.'
Supponha mais que, depois rie alguns
arrnfos, porque me demerei muito,
por-que naturalmente espor-queci-me da familia
a conversar cnm alguma sa.racura que
encontrei pelo caminho, porque isto não
é mais nada do que aproveitar a
circum-stancia dc sei- a pomba obrigada a ficar
no ninho, a bem da propagação da
espe-cie, fui por ahi feira trahir a fé jurada,:
c que, ao flm dc tudo isto, fizemos as
pá-zes, e começámos ás bicadas, umas
bica-das que não doem, por serem
pancadi-nhas dc amor.
Imaginem isto, sc podem ; so o náo
po-dem imaginar, peçam ao Ângelo ou ao
Belmiro que o desenhem, e. terão idéa do
prazer que senti limitem lendo o chamado
do Varias,
Sim, meu velho, en posso por vezes ter
discordado da tua philosophia ; posso ver
o mundo por um prisma, pelo qual tu
já nada vês, sem óculos;
mas d'estavez,
çònhèçi que mo queres bem, que
o que te
fazia ás vezes resmungai', era o ciume
cego, o prometto que cVora avante serei o
teu pombo fiel, que te levarei o paosinhp
fresco já mastigado, a água mais pura da
fonte, e que te durei o calor das minhas
azas, para n'ellas aqueceres os ultime;
arrancos dessa vida, que se te vai indo
aos pedaços.
Coi.ecdeu-Sii reforma :
No mesmo posto, ao coronel
eoniman-dante superior da guarda' nacional da
comarca de Amargosa, nu provincia da
Bahia. João do Oliveira Guedes.
No de coronel, ao tenente-coronel
com-mandante do 12* batalhão de infantaria
da antiga guarda nacional dos
munici-pios de Cintra, Bragança, Ourem o Vizeu,
na provincia do Pará, Antônio Manuel
Nunes.
A. musica do 10' batalhão de infantaria
vai tocar hoje, durante aturde, no jardim
da praça da Acclamação.
NE do Pharol, na distancia de 1,.?5 idem,
idem.
O terceiro, que tem o mesmo fundo de
5 metros, demora ao rumo 'verdadeiro)—
3MU' NE do Pharol, na distancia de tf.Tõ
da milha do Pliarol.
Ainda me cumpre anniineinr que na
zona mais freqüentado do Canal acham-se
em via do formação dous outros bancos
de coral, que por emquanto não ofíereeein
perigo á navegação, nuis convém
assigua-lar nas cartas.
O primeiro em 11 metros dc
profundi-dade. na seguinte posição:
Latitude—17* 47' 14" S;
Longitude—4' 27' 18" E do Rio dc
Janeiro.
O segundo em 12 metros de
profun-d iprofun-daprofun-de:
Latitude—17' 52' 4tí" S;
Longitude— 4* 27'
12" lí do Rio de
Janeiro. »
Foram nomeados:
Coronel commandante superior da
guarda nacional das comarcas de Santos,
S. Sebastião e Ubatuba, na provincia de
S. Paulo, José Proost dc Souza.
Tenente-coronel commandante do 35'
batalhão de infantaria da guarda
nacio-nal da comarca do Breves, na provincia
do Pará, o capitão Deocleciario Antero
Pinheiro Lobato.
Major commandante da secção de
bata-lhão n. 10 da mesma guarda, o alferes
João Goivalvcs Bahia.
A alfândega de Pernambuco rendeu no
mez passado l,03S:-l?Cp!C,a reccbeiloria
57:71S,SH04 e a mesade rendas 128:4293911.
Vão sei' pagas as quantias :
De 24:4368154, importância de
stippri-mentos feitos ao almoxarifado e hospital
de marinha tia corte, nos mezes de maio
íi sotciHuro ultiniOÉ
De 3998162, provenientes do tratamento
dc praças tia armada no hospicio de Nossa
Senhora da Saude, em agosto ultimo, c dc
fretes em paquetes da companhia
Bra--zileiro de Navegação a vapor, em maio e
junho do corrente anuo.
'!•,•
Coneederani-sc dois mezes de licença á
professora publica D. Maria José de
Me-dina Coeli Ribeiro.
CANHENHO
Em um hospital.
Uma bonita irmã de caridade vela á
cabeceira de um enfermo.
Meu Deus ! meu Deus! murmura o
cn lermo.
Que quer do Deus? pergunta a irmã;
eu sou sua filha.
Pois então diga-lhe que quero ser...
sen genro.
José, á aguardente dá cabo de ti 1
Eriganas-te, Mnrin; cu é que já dei
cabo d'ella.
PENSAMENTOS DU JOÃO 1'AÜLO
Eu desejo antes ir ao enterro dc
minha sogra do que á posteridade.
As
rainhas tinham
outrora sua
predilecção pelos trabalhos de agulha;—
a prova é que no Egypto ainda hoje se
mostra a, agulha de Cleopãtra.
De todas as decrepitudes a mais
aíllictiva è a dos sapatos,
Mirabéau amou com força:—foi uma
de suas fraquezas.
1412.—Descoberta das Noticias varias
c do Rob-Laffecteur, dous preciosos
in-ventos, que servem para dar cabo de
tris-lezas e máns humores.
Cashanhá.
Foi nomeado o Dr. Matheus de Vilhena
Vallfidão para o cargo de delegado da
inspectoria geral da instrucção publica
da corte na cidade de Ouro Preto.
£
Os Srs. visconde, de Nionc e visconde
dc Motta Maia forani agraciados pelo rei
da Bavicia, com graus cleviidos de uma
das mais considèHttiãs ordens cVaquelle
paiz.
O Jornal do Commercio de. hontem
publicou nm lelegramma dc Pariz,
noti-ciando que o Dr. Peter, em declaração
escripta. desmente
categoricamente
o
que mandou dizer pain aqui o Dr.
Der-meval da Fonseca, sobre a moléstia do
Imperador.
Quem sabe que o Imperador esta cm
franca convalescença ha seis mezes, c no
emtanto ainda não llcou bom; quem
re-para que o Diário Officiai ainda não
achou tempo pura informar o p«!<. sobre
o estado do augusto monarcha;
quem
sabe que o governo que, por òecasiao â$, j Castriõlr., miijisírdHa«faTlnha. Sna Alteza
o Sr. conde d Vm proeecku á chamada dos
Hontem, ás O horas ila tarde,
realisoii-sc, no salão dehonrã dn paço de S.
Chris-tovão, a cerenionin da entrega, por Sim
Alteza a Pflnceza Imperial Kegenlc, ao
pescador Bernardo' Antouio dos Santos,
mestre João Roque da Silva, forricl
Faus-tino Antônio José Pedro c cabo Manuel
Ferreira da Silvo, rins diplomas das
me-dalhos humanitárias conferidas a esses
cidadãos, pelos serviços qne prestaram
por owasSfiO do naufrágio do Imperial
Movi nheiro.
A'quC'llii hora, presentes Sua Alteza o Sr.
dMittr tVlvu, dtváiaS tio paço DU. Amarga
Doria •; Anna Tosta,' vendor deSíiSbar
ELEIÇÃO SENATORIAL
O partido republicano da provincia de
Minas resolveu apresentar lista para a
eleição senatorial tle. 26 de novembro.
Os nomes que compõem a chapa são os
seguintes: conselheiro Joaquim Saldanha
Marinho, Dr. AstOlpho Pio da Silva Pinto
e tenente -coronel Antônio de Scnna
Ma-dnrciríi.
O importante órgão republicano do 13'
districto de Minas— Gazeta Sul Mineira
faz o seguinte elogio dos cidadãos que
cofnpochi a chapa acima:
«. Os republicanos cl'este districto devem
concorrei' ás urnas, unidos e, fortes, para
sufíragar os nomes dos tres cidadãos
no-taveis pólo civismo o pela posição
culmi-naiite que üecitpam no seio . do partido.
O primeiro é o chefe da democracia pura
cm todo o paiz, o segundo symbohsa o
13' districto e o terceiro é o altivo e
va-lente oílicial, que é não só o idolqdo
exer-cito como também uma gloria da pátria
c o orgulho do partido republicano
bra-zileiro.ii
Foi Ordenado que a agencia do correio
dc S. José da Rolinha seja transferida
para o logar denominado Yargoni do
Ma-nejo.
Foi concedida a Luiz
necl; a exoneração, que
de agente th) correio dc
linha.
.KlSK TEIjUA.
Pinheiro
Wei'-pediu, do lugar
S. José ria
Ro-A dirccloriá de fazenda, da província
do Rio dc Janeiro ordenou os seguintes
pagamentos:
AFi-aneisco EusebiO Custodio, a quantia
de 968000, como mestre da oílicina de
sa-pateiro da penitenciaria.
A' companhia cNictlieroy (Brazil) Gas
Limited)', a de 263JJ600, proveniente do gaz
consumido na penitenciaria, durante os
mezes de maio a agosto ultimo.
A João Domingues Corgas, a de -118S,
de comedorins fornecidas aos presos da
cadeia de Barra Mansa.
A Dulcen José Machado., a de 1218300,
do transporte de mobílias fornecidas a
diversas escolas da provincia.
Ao alferes quarlel-mestre du corpo
policial, a da 0:2108727. de despezas com
aquelle corpo, no mez de agosto lindo.
questão militar, declarou que p estado rio
Sr. D. Pedro II ora melindroso, ainda
atè hoje não disse se asse estado
melhe-ron ; dará o seu verdadeiro valor at'
tele-gramma <le hontem.
V,' dillicil julgai áté que ponte ciWfibu o j pnnlladò poloí. Ki>
desmentido dt Di. Pelei. que nem
Diz o Curreio dc Campinas, que pessoa
que
lhe merece a maior consideração,
acaba de çofflmiiniear-lho um facto, qne
produziu na cidade, da Limeira a mais
UjíTátlavel impressão.
Nada menos dé 217 escravos tiveram
declaração, por parto de seus respectivos
gndor Tr.st.-i. mordomo da
t-asa imperial j senhores, de que estes os consideravam
baijU^^oi^yáii^jl^Gania e conselheiro livres desde já, Còm à condição de
presta-rem serviços até 31 de dezembro de 1S00.
Os fazendeiros que acabam de praticar
essa acção tão prudente quanto
humani-taria, são os seguintes:
Srs. Antônio Olcgãriodo Barros o
Lu-c-iano ÈSteves dos Santos, componentes
ria firma Barros A Santos, liberiaiam or
escravo? ria snn farrnria Palmirtt, em
nn-mero de 52; Evaristo Esteves (ios Santos
•libçrtou 4') escravos: J>. Maria AygcWca
A directoria provisória da Imperial
So-ciedade Amante ria Instrucção compõe-se
dos. Srs.:
Presidente, comníôndátlor Antônio
Al-vares Pereira Coruja Junior;
viec-presi-denie. tenente-coronel Francisco de.
Bar-ros Accioli do Vasconcellos j 1° secretario,
Dr. D, Francisco de Assis Mascarenhas;
2° dito, Dr. Alfredo de Azevedo Macedo .
thesoureiro, José
Antonio
de Oliveira
Moraes; procurador, José Moreira da
Fonseca e Souza ; director das aulas, Dr.
Raymundo de Sã Valle.
. j
Falleceu ante-hontem, victima da va-»
riola, o alferes do corpo de policia da
Corte José Manuel de. Oliveira Travassos.
O finado era ainda muito moço e
go-sava da estima geral.
Orcknou-sc ao collcctor de Nova
Fri-burgo, para pagar a José Lopes Xavier
Sobriiilio a quantia de 2Õ8, proveniente
de alugueis de animaes para uma
diii-goncia policial.
Ao thesoureiro, nara pagar a José
Lou-renço cie M. Macedo a rie 23R600,
pre-veniente de passagens na estrada de ferro
D. Pedro U, para a conferência do café.
Conforme noticiámos, foram nomeados:
para servir ho cruzador Almirante
Par-roso, oi' cirurgião Dr. AffonsoHonriques
de Castro Gomes; enas lanchas
torpedei-ras, o 2' cirurgião Dr. Jacintlio Claro
Ba-ptista dos Santos.
Em relação á noticia que hontem demos,
sobre o cruzador Criou, sabemos mais,
que aquelle navio foi cedido pelo
minis-terio da fazenda ao da marinha.
Segundo nos consta, o Orior. será
dc-sigmido, como navio de boa velocidade,
para us viagens trimensaes e
extraprdi-narias entre Pernambuco, Rocas c
Fer-nando de Noronha.
Vai passar do encouraçado Riachuelo
para o Aquidaban o 1° tenente Joaquim
Ribeiro da Costa, e deste para aquelle. o
2* tenente Nicoláu Possolo.
Teve ordem de desembarcar ilo cruzador
Affoiiso Celso o 2' tenente Arthur Alvim,
Teve alta do hospicio dc Pedro II, onde
se achava recolhido desde 27 de abril de
18S'i, o imperial marinheiro Marcellino
Tclles Guimarães, recolbendo-sc ao
res-pectivo quartel.
Consta-nos que o cruzador /l?»n'»'«ní«
Barose, depoi-.- de fazer a viagem cio
in-strucção com os aspicanle5, fará
iimaim-portanto viagem á Europa.
Paga-se amanhã á guarnição tio
encou-ràçàdo Aijuidu.ban.
Foi nomeado ajudante da capitania do
porto do Rio de Janeiro o capitão-tenentfi
Antonio Francisco Velho Junior.
O Sr. csmmandante da divisão de
cru-zadores passa amanhã mostra no
cruza-dor Guanabara.
Os aspirantes do 3' anuo superior da
escola Naval, acompanhados dc seu
in-struetor, o V tenente
Ribeiro
Espin-doía, visitaram
hontem a fabrica
da
Estrella.
- -' ¦
Foram n'uma lancha do arsenal ate
Mauá.lc ahi tomaram o expresso da S.Tra,
chegando á fabrica ás 9 horas da manhã.
Foram alli recebidos pelo Sr.
tenente-coronel ('autuaria, c percorreram as
diife-rentes oílicinas, pude fizeram funecionar
os apparelhos destinados á fabricação da
pólvora, desde a reunáijão do salitrp até a
compressão. A: 1 hora da tarde,
termi-nada a visita, foram á residência do
cure-Ctòr da fabrica, que os obsequiou com um
delicado lunch, sendo n'essíi occasião
tro-cados vários brindes.
Retiraram-se d'ahi ãa 3 horas e
clicga-ram á escola ás 5 d.Vtarde.
Ficou hontem installada á bordo a
oíli-cialídade do patacho Jietlaurador, que
tem dc seguir na próxima semana para
o Pará.
Aquella riílicialMade compõe-se dos
Srs..-1' tenente Francisco Marques Pereira e
Souza, com mandante'; 2' tenente
Fran-cisco José Marques da Rocha, inimecliato;
estado-maior. 2' tenente Pio da Silva
Tofcllicguarda-marinlia plympioGpm.es.
Concedeu-se a cidade por menagem aos
2" tenentes Alfredo de Azevedo Alves e
Alipio Mursà emquanto estiverem
res-pondendo a conselho de guerra.
Foram mandados desligar dos corpos em
que serviam addidos, o tenente .João Paulo
Junqueira Nabuco de Araujo e. o alferes
José Antônio dos Reis, ambos do 3'
ba-talháo de infantaria, aflm de seguirem
para o batalhão a que pertencem.
Apresentaram-se lionlem á repartição
de ajudante general do exercito: o
capi-tão do 12' batalhão de infantaria José
Joaquim Soares Carne Viva, por ter vindo
do sul. por ordem do ministério da gueira;
c o alferes do 10' batalhão de infantaria
João Emygdío Ramalho, por fer vindo
também do sul, para reunir-se ao corpo
a que pertence.
Prestou -juramento e tomou posse do
logar tle adjunto á cadeira do clinica
obstetrici e gynecologica da faculdade dc
medicina o Dr. Augusto de Souza Brandão.
' -Tá foram inauguradas no Amazonas as
caixas urbanas do correio.
Os Srs. conselheiro Duarte
Gustavo
Nogueira Soares, ministro de Portugal,
e Dr. Daniel da Silva Ribeiro, cônsul
geral ila
mesma
nação, otlèreceram á
Caixa de Soecorros dc* D. Pedro V dez
vestuários para serem distribuídos a
or-phãos, no dia 11 de
novembro d'este
anno, cm còmmemoraçSo dc
da morte de D. Pedro V.
SUAS MAGESTADES IMPERIAES
Babi-x-Bauen, 19 de setembro.
í\'õ mesmo dia em que eu fechava a
minha ultima correspondência;, 9 dc
setem-bro, o Imperador e o príncipe D. Pedro,
acompanhados dos viscondes de Nioac.^e
de Motta Maia, dirigiam-se á gare c
to-niavam o trem, cm dirècção á Oarlsrtihe
Esta cidade é a residência habitual do
grão duque, c a capital, pois, do gráo
(lucado dc Baden.
O Imperador, escolhendo!
retribuir a visita, ao grão I
uma verdadeira gentileza,
dia do -anniversario natl
príncipe; mas infelizmen|
trou alli, limitando-se
deixar seus nomes inscriptos cm um
livro. O príncipe D. Pedro, porém, não"se
limitou, como venho de dizer, a deixar
simplesmente o sen nome; ajunlou-lho
uma saudação, escripta om Iingua allemã,
qne falia c escreve correnfemenlc.
Pois qne já so achavam n'aquella cidade,
percorre.rani-n'a toda os visitantes, indo
ver o rico museu que. alli ha, osdiflbren
-tes passeios, o castello, etc; regressando
á tarde para Badon-Badon.
Aqui havia festa, ainda em
eonsequcn-cia do anniversario referido. Além do
embandeiramento geral, musicatas e
fo-guclorio, houve um
grande banquete,
á 1 hora da tarde, no salão da
Conver-satioiihaus, c á noite, na mesma
Con-vers— etc, grande concerto de piano,
canto e orchestra.'!
O banquete era publico, o qualquer
cidadão, de qualquer nacionab
redonda, posição ou classe/
logar. desde que. o desejasse,
formalidade era-lhe obrigação]
assignar o nome n'um livro, ]
signitleantê appendice a esse
c«í--íc cem a somma de i \
era caro. desde que tratava-se de festejai»
o anniversario do Grão Duque, e d'ahi não
ter sido pequena a coneurrencia, na, qual
viatai-se specimens de vestuários de todas
"_
as mudas o de todos os feitios, conhecidos
e por conhecer—excepção feita dos de
Adão e Eyb antes de travarem relações
com a serpente.
A casaca o o paletot de brim ae$tí*ctíta*?,í
vam-se fraternalmente, o vcs.tidq^^.ise3»..
roçava amigavelmente a saia
chegando mesmo alguns dos foi
retirar-se
da
festa ostentaní
com que para alli não haviam'
farda uu touca. A' tarde viam-se pelas***
ruas da cidade vários sujeitos de casaca,
passeando o seu appetite saciado—e
tra-zeitrio por prova disso um enorme pa
lito e flores arliflciacs, que nas
respecti-vas
hastes offereçiani
vivas amostras
dc galcuu de onde haviam sido
arran-cados.
A' noite,concerto no salão da Convcrs...
etc, onde penetrava-se mediante nova
esportula de quatro marks, sem contar o
excedente de dois marks da esportula
geral e costumeira para o ingresso nos
jardins, O concerto constava de
diíTe-rentes peças, umas executadas ao piano
pelo Sr. Bernhnrd Stavenlnigcn, piailist
in Weimar, outras cantadas pelo Sr.
Del-mas, von der Groessen Oper in Paris c
por Praculein Baldo, concertsangerin aus
Paris.
O leitor, vendo ahi tanto allemão o
tanto gripho, será levado a crer que esse
concerto deve ter sido cousa.de espavento,
nunca vista... E' que o leitor ignora quo
também por aqui ha Bragas Juniores, quò
sabem e muito bem o seu ofíicio de
au-niniciar; o concerto em questão foi
bas-tante reles, na opinião do publico, que
ouviu de fóra, sem pagar—c o mais
nu-meroso; c assim assim, na opinião dos
que no interior da sala choravam inpetto
o sen dinheiro, e ás escancaras
applau-diam os eoncerlantcs
Emfim, d'cstes ainda salvou-se o
pia-nista; quanto a Mlle. Baldo, a opinião
unanime foi que Cila em Pariz poderá, ser
coneerl,adora de qualquer cousa— jamais
concertista musical.
Terminadas as festas pelo anniversario
nafalicio do grão duque, ápopulação
Ilu-ctuànte deEadeii-Baden ficou, fóra a grata
recordação das mesmas, uma profunda
convicção, inabalável:
qne sc aquelle
príncipe se lembrasse de fazer annos mais
vcz.es. conduziria á mina total os que vens
a esta cidade procurar alívios aos seus
padecinientos.
E' que tudo é muito bom — ás vezes;
ma1: muito caro-—sempre.
Jj|u'stáo;
:.:!ii
anniversario
agraciados, os qliaes. cada um por sua
vez. receberam das mãos da Princeza
lm-[icri;.! os referidos diplomas, cm
envo-um outro
rnvc-pc
iòppcs abertos, além ttc
loppc fcCbadò.
0 pescador Bernardo foi ne paço
acom-iiipitãü-U-ncutf;
Ca-1' Uth.TiÍ'. lliOiv uo
JMlil
ihcii
IroS di. «iiíiçít, c
O conselho supremo militar de justiça
reuniu-se cm sessão hontem, sob a
pre-sidencia do Sr, conselheiro de guerra
Soa-i es dc Andréa, servSoa-indo dè secretarSoa-io de
guerra o conselheiro barão de Mattoso.
Depois tle liilo o expediente, foram
jul-gados definitivamente os seguintes
pro-cessos sentenciados em conselho dc guerra:
Exercito.—Soldado Francisco Thomaz
de SanfAnna, aceusado de falsificação,
tendo sido absolvido pelo conselho de
guerra; fui Confirmada a sentença.
Soliiatlo Anlonio Francisco de Souza,
aceusado dc
ferimento, condemnado ii
seis mezes dc pvlsãci com trabalho : foi
confirmaria :, sentença.
Solorniú Murcinio Pedro yonçaives-,
ac-HÒYQ5 BÂHCOS BE CORAL Ml ABROLHOS
J A repartição hydrographica expediu o
seguinte aviso aos navegantes :
<: Previno aos navegantes quo encontrei
no dia. 23 do correnle" ao norte do Canal
dos Abrolhos, na latitude 17'—14—40"S
e longitude. 4" —26'—44" E do Rio de.
Janeiro, o escolho sobre o qual roçaram
com a quilha dous paquete? francezes.
As indicações recebidas n'csta
reparti-ção no mez dc agosto ullimo davam este
banco de coral ao rumo verdadeiro N 1/4
NE do Pharol da ilha de Santa Barbara,
em umã distancia que óáciÜavti entre 10
c 15 milhas.
Vê-se, entretanto, pcla posição agora
por mini determinada, que demora:
Ao rumo verdadeiro 10' NO do Pharol;
Em distancia de 13 milhas.
Sua fôrma é irregular o abrange uma
ai ca" que pôde ser limitada nor uma
cir-cumferencia de meia milha ue raio.
Este escolho, que denominei Banco
Ma-raio, porque sobre elle" sondei na
eonho-neira neste nome, é de constituição
ma-dreporica, formado pela pgglomeração de
chapeirões, alguns dos quaes ficam
ajie-nas a 4 metros e 3",8 sob o nível da
baixa-mar das sysigias equinoeiaes.
Previno ainda da existência, ao norte
da ilha de Santa Barbara, dc mais tres
novos chapeirões, não mencionados nas
cartas, e que embaraçam a passagem
dos navios que desejam sahir do
ancora-douro do Sul pelo Canal ric Leste da
mesma ilha, sempre considerado franco
e profundo..
D'cstes chapeirões o mais perigoso está
2 metros abaixo do nivel dn baixa-mar
das sysigias. e demora ao
Rnino~(verdivicirol—21' NE do Pharol;
Distancia—1' .% idem.
O segundo, sotec o <pi»! ba 5 n)<*i»'0s
¦;. J
J«