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Iniciamos 2007 com duas grandes batalhas

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Editorial

I

niciamos 2007 com duas grandes ba-talhas no Congresso Nacional. Uma delas é evitar que o projeto de lei que regulamenta o ato médico seja aprovado na Câmara dos Deputados. Nos termos aprovados na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, o tex-to faz muitex-to mal à saúde da população, torna crime o exercício de vários atos hoje realizados pelos nossos profissionais e impede o acesso direto da população aos nossos serviços.

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EFENDA A

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DE SUA

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ROFISSÃO

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ROFISSÃO

Lute! Exerça a sua cidadania!

A segunda batalha será impedir que o projeto de lei que tenta regulamen-tar a profissão de quiropraxia seja apro-vado na Câmara dos Deputados. Esse projeto daria ao quiroprático o direito ao exercício de atos privativos de nossos profissionais, modificando o Decreto-lei nº 938/69, que cria as profissões de fisio-terapeuta e fisio-terapeuta ocupacional. Assim, ele enfraquecerá a Fisioterapia e a Tera-pia Ocupacional.

Aqui apresentamos o histórico da

1) Na constatação de que é a responsabilidade primeira do Estado e do Congresso Nacional manter os interes-ses da saúde pública da população acima de qualquer disputa corporativa. Em especial, é obrigação do Estado tomar todas as medidas cabíveis para que os serviços de saúde ofertados à população sejam amplos e de qualidade, conforme determina a Constituição Federal.

2) Nas garantias individuais estabelecidas na Constituição Federal de que a população tem de escolher livremen-te os serviços de saúde, sem sofrer nenhum constrangimento.

3) Nas responsabilidades civis e criminais que todos os profissionais da saúde têm ao ofertar os seus serviços à população.

DOS PRINCÍPIOS GERAIS QUE DEVEM NORTEAR A

APROVAÇÃO DE UM PROJETO DE LEI NA ÁREA DA SAÚDE

tramitação desses dois projetos de lei no Congresso Nacional, bem como as no-vas etapas dessa tramitação antes que eles possam virar leis federais. Também mos-tramos o impacto que esses dois proje-tos causam em nossas profissões e nos serviços de saúde do Brasil. Finalmente, você saberá o que pode e deve fazer, no pleno exercício de sua cidadania, para defender e promover os interesses da Fisioterapia e da Terapia Ocu-pacional.

Crefito-2

Crefito-3

Crefito-4

Crefito-5

Crefito-7

Crefito-8

Crefito-10

Crefito-11

Crefito-12

(3)

PL 7703/2006

Médico

Ato

Médico

Ato

PL 7703/2006

D

ois projetos de lei sobre o ato médico começaram a tramitar no Senado Federal em 2002: o PL nº 25, de autoria do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), e o PL nº 268, do senador Benício Sampaio (PFL-PI).

Em 2004, o senador Tião Viana (PT-AC), relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), apresentou substitutivo ao PL nº 25 e rejeitou o PL nº 268, inclusive as emendas feitas pelos senadores Leonel Pavan (PSDB-SC) e Sérgio Guerra (PSDB-PE). Depois, o projeto seguiu para a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), ten-do como relatora a senaten-dora Lúcia Vânia (PSDB-GO). O projeto foi discutido durante dois anos em várias audiências públicas que contaram com a participação de representantes dos movimentos contra e a favor do Ato Médico, de senadores, deputados, conselhos profissionais de saúde, como os Crefitos, de represen-tantes de associações, de médicos e de profissionais da saúde de diversas áreas.

No dia 29/11/2006, a CAS rejeitou a proposta do PL nº 25 e aprovou o substitutivo ao PL nº 268 sem o consenso dos profissionais da área da saúde.

Depois de sua aprovação na CAS, e sem passar pelo debate no Plenário do Senado, o substitutivo do

H

istórico da

T

ramitação

PL nº 268/2002 foi para o Plenário da Câmara dos De-putados, onde recebeu o número 7.703/2006. O pedi-do para que o projeto de lei fosse debatipedi-do antes no Plenário do Senado chegou a ser formulado por 19 se-nadores (era necessário no mínimo a assinatura de 9 senadores), liderado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Esse pedido foi resultado do movimento liderado pelos Crefitos 2, 3, 4, 5, 10 e 11 e dos milhares de e-mails enviados pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais aos senadores. Porém, o pedido foi retira-do, o que impediu que o mesmo fosse debatido no Se-nado antes de ir à Câmara.

Em 29/12/2006, o projeto foi apensado ao PL n° 92/1999, que dispõe sobre o exercício da me-dicina, organização e atuação dos Conselhos de Medi-cina, passando os dois projetos a tramitarem em conjunto.

Em 2003 foi aprovado no Plenário da Câmara um requerimento que pedia urgência na apreciação do PL n° 92. Assim, o PL n° 7.703 ao ser apensado ao PL n° 92 passa a tramitar também em regime de urgência, sujeito a apreciação do Plenário a qualquer momento, sem passar pelas Comissões, se a mesa diretora decidir dessa forma, baseada em requerimento dos líderes da maioria dos partidos.

(4)

N

o Brasil, o tempo médio de con-tato de um paciente com o mé dico é de 15 minutos; com o fi-sioterapeuta ou terapeuta ocupacional é de várias horas. Seria um gravíssimo erro determinar que profissionais da saúde, que passam horas atendendo um mes-mo paciente, não sejam responsabilizados pela identificação dos principais sinais e sintomas da doença do paciente, nomea-da no PL nº 7.703 de “diagnóstico nosológico”.

Há um consenso na comunidade científica internacional de que as causas da maioria das doenças são desconheci-das e que provavelmente elas teriam vá-rios fatores desencadeantes. Assim, cada profissional da saúde é treinado para

R

azões para combater o

PL 268/2002 (atual PL 7703/2006)

1) Ele acaba com a autonomia dos profissionais de saúde, submetendo a prática de seus atos privativos ao “crivo” dos médicos

2) Torna crime o exercício de vários atos realizados pelos profissionais da saúde e que há anos vêm sendo prestados a milhões de brasileiros

3) Subtrai dos profissionais da saúde obrigações mínimas (habilidades e competências) que eles devem ter, antes mesmo que o Estado permita o atendimento de seus cidadãos

identificar um conjunto desses fatores, conforme determinam inclusive as dire-trizes curriculares (CNE nº 4 e 6, de 2002) dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC). Portanto, a Câma-ra dos Deputados não pode dar a prima-zia do diagnóstico nosológico apenas aos médicos.

O Estado precisa respeitar os pro-fissionais da saúde nos seus direitos a uma remuneração justa, mas deve ser impla-cável contra a prática que lesa a vida dos cidadãos. Para isso, deve dar responsabi-lidades e deveres aos profissionais da saú-de e não tirá-las.

As lideranças médicas certamente não aceitariam criar um grave

pro-blema de saúde pública no Brasil em nome de interesses corporativos. Tam-bém já afirmaram perante a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado que não gostariam de restringir ou coibir a prática de qualquer profissional da saúde.

Cabe ainda ressaltar que apesar de todos os debates feitos sobre o ato mé-dico, a versão do substitutivo do projeto de lei aprovado na CAS foi apresentada à sociedade e votada em apenas uma se-mana.

Porém, o mais lamentável em tudo isso é que a população ficaria privada dos serviços prestados pelos profissionais da saúde, uma vez que esses não são prati-cados pelos médicos.

Obrigamos na justiça mais de 40 prefeituras, hospitais e universidades a respeitar a carga horária máxima de 30 horas semanais para nossos profissionais. Tudo isso porque temos a Lei n° 8.856/94 que nos garante esse direito. O nosso direito começa no Congresso Nacional, a casa criadora das leis. Os projetos de lei 7.703 e 4.199 são ruins para a saúde da população, além de afrontar nossos atos privativos . Por isso, eles não podem ser transformados em leis federais.”

Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida

Presidente do Crefito-3 / SP

O FISIOTERAPEUTA, tal quais outros profissio-nais, não é mero executor de ordens médicas. Ele tem o dever legal de tomar as medi-das necessárias para a adequa-da prestação de seus serviços e o direito de ter a autonomia

do seu exercício profissional respeitada.”

Dra. Rita de Cássia Garcia Vereza

(5)

lei genérica

lei genérica

Dispõe sobre o exercício da medicina.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º O exercício da medicina é regido pelas

dis-posições desta Lei.

Art. 2º O objeto da atuação do médico é a saúde

do ser humano e das coletividades humanas, em

be-nefício da qual deverá agir com o máximo de zelo,

com o melhor de sua capacidade profissional e sem

discriminação de qualquer natureza.

Parágrafo único. O médico desenvolverá suas ações

profissionais no campo da atenção à saúde para:

I - a promoção, a proteção e a recuperação da

saúde;

II - a prevenção, diagnóstico e tratamento

médicos das doenças;

III - a reabilitação dos enfermos e portadores

de deficiências.

Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde

que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em

mútua colaboração com os demais profissionais de

versus uma

O

PL n° 25, rejeitado pela CAS, estabelece de forma bastante genérica os atos privativos dos médicos. No entanto, o PL n° 268, aprovado pela CAS, é uma proposta mais específica. O Congresso Nacional não pode ter uma conduta parcial em favor de um determinado grupo social. Ou se faz uma lei genérica para todas as profissões, como ocorre hoje, inclusive com a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, ou, alternativamente, reformulam-se as leis de todas as profissões da saúde para garantir a elas também as especificidades que os profissionais conquistaram por mérito na prática clínica.

Portanto, os conselhos regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estão solicitando aos deputados federais que apresentem emendas ao PL n° 7.703/2006, de forma a deixá-lo conforme o proposto no abaixo:

Uma

lei específica

lei específica

saúde que a compõem.

Art. 4º São atividades privativas do médico a

for-mulação do diagnóstico médico e a prescrição da

terapêutica médica das doenças, respeitado o livre

exercício das profissões de saúde nos termos de suas

legislações específicas.

Art. 5º São privativas de médico as funções de

coordenação, chefia, direção técnica, perícia,

audi-toria técnica, supervisão e ensino vinculadas, de

for-ma imediata e direta, a procedimentos médicos.

Art. 6º Compete ao Conselho Federal de

Medici-na definir, por meio de resolução, os procedimentos

médicos experimentais, os aceitos e os vedados, para

utilização pelos médicos.

Art. 7º A denominação de “médico” é privativa

dos graduados em cursos superiores de medicina e

o exercício da profissão, dos inscritos no Conselho

Regional de Medicina com jurisdição na respectiva

unidade da Federação.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias

após a data de sua publicação.

(6)

Dispõe sobre o exercício da medicina. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º O exercício da medicina é regido pelas disposições desta Lei.

Art. 2º O objeto da atuação do médico é a saúde do ser huma-no e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissio-nal e sem discriminação de qualquer natureza.

Parágrafo único. O médico desenvolverá suas ações profissio-nais no campo da atenção à saúde para:

I - a promoção, a proteção e a recuperação da saúde; II - a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças; III - a reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências. Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem.

Art. 4º São atividades privativas do médico:

I - formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescri-ção terapêutica;

II - indicação e execução da intervenção cirúrgica e prescrição dos cuidados médicos pré e pós-operatórios;

III - indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias;

IV - intubação traqueal;

V - definição da estratégia ventilatória inicial para a ventilação mecânica invasiva, bem como as mudanças necessárias diante das intercorrências clínicas;

VI - supervisão do programa de interrupção da ventilação me-cânica invasiva, incluindo a desintubação traqueal;

VII - execução da sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral;

VIII - emissão de laudo dos exames endoscópios e de ima-gem, dos procedimentos diagnósticos invasivos e dos exames anatomopatológicos;

IX - indicação do uso de órteses e próteses, exceto as órteses de uso temporário;

X - prescrição de órteses e próteses oftalmológicas;

XI - determinação do prognóstico relativo ao diagnóstico nosológico;

XII - indicação de internação e alta médica nos serviços de atenção à saúde;

XIII - realização de perícia médica e exames médico-legais, excetuados os exames laboratoriais de análises clínicas, toxicológicas, genéticas e de biologia molecular;

XIV - atestação médica de condições de saúde, deficiência e doença;

XV - atestação do óbito, exceto em casos de morte natural em localidade em que não haja médico.

§ 1º Diagnóstico nosológico privativo do médico, para os efei-tos desta Lei, restringe-se à determinação da doença que acomete o ser humano, aqui definida como interrupção, cessação ou distúrbio da função do corpo, sistema ou órgão, caracterizada por no mínimo 2 (dois) dos seguintes critérios:

I - agente etiológico reconhecido;

II - grupo identificável de sinais ou sintomas; III - alterações anatômicas ou psicopatológicas.

§ 2º Não são privativos do médico os diagnósticos funcional,

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 268, DE 2002 (aprovado pela CAS)

cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva.

§ 3º As doenças, para os efeitos desta Lei, encontram-se referenciadas na décima revisão da Classificação Estatística Interna-cional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.

§ 4º Procedimentos invasivos, para os efeitos desta Lei, são os caracterizados por quaisquer das seguintes situações:

I - invasão da epiderme e derme com o uso de produtos quími-cos ou abrasivos;

II - invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção, sucção, punção, insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, com ou sem o uso de agentes químicos ou físicos;

III - invasão dos orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos.

§ 5º Exetuam-se do rol de atividades privativas do médico: I - aplicação de injeções subcutâneas, intradérmicas, intramusculares e intravenosas, de acordo com a prescrição médica;

II - cateterização nasofaringeana, orotraqueal, esofágica, gástri-ca, enteral, anal, vesical, e venosa periférigástri-ca, de acordo com a prescri-ção médica;

III - aspiração nasofaringeana ou orotraqueal;

IV - punções venosa e arterial periféricas, de acordo com a prescrição médica;

V - realização de curativo com desbridamento até o limite do tecido subcutâneo, sem a necessidade de tratamento cirúrgico;

VI - atendimento à pessoa sob risco de morte iminente. § 6º O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odon-tologia, no âmbito de sua área de atuação.

§ 7º O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólo-go, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia.

Art. 5º São privativos de médico: I - direção e chefia de serviços médicos;

II - coordenação, perícia, auditoria e supervisão vinculadas, de forma imediata e direta, a atividades privativas de médico;

III - ensino de disciplinas especificamente médicas;

IV - coordenação dos cursos de graduação em medicina, dos programas de residência médica e dos cursos de pós-graduação espe-cíficos para médicos.

Parágrafo único. A direção administrativa de serviços de saúde não constitui função privativa de médico.

Art. 6º A denominação de “médico” é privativa dos graduados em cursos superiores de medicina e o exercício da profissão, dos ins-critos no Conselho Regional de Medicina com jurisdição na respecti-va unidade da Federação.

Art. 7º Compreende-se entre as competências do Conselho Federal de Medicina editar normas sobre quais procedimentos po-dem ser praticados por médicos, quais são vedados e quais popo-dem ser praticados em caráter experimental.

Parágrafo único. A competência fiscalizadora dos Conselhos Regionais de Medicina abrange a fiscalização e o controle dos proce-dimentos especificados no caput, bem como a aplicação das sanções pertinentes em caso de inobservância das normas determinadas pelo Conselho Federal.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação.

(7)

TRAMITAÇÃO NA

CÂMARA DOS DEPUTADOS

A

o chegar à Câmara dos Deputa-dos, o PL n° 268/2002 ganhou o número 7.703/2006. No dia 29/12/2006 a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados determinou que o referi-do projeto fosse anexareferi-do ao PL n° 92/ 99, que também dispõe sobre organiza-ção e atuaorganiza-ção dos Conselhos de Medici-na, ou seja, trata de assuntos de interes-ses dos conselhos federal e regionais de medicina. Assim, ambos passaram a tra-mitar em conjunto.

O PL n° 92 já foi aprovado com emenda na CSSF (Comissão de Seguridade Social e Família). Agora os projetos n° 92 e n° 7.703 serão debati-dos simultaneamente nas CTASP (Co-missão de Trabalho, de Administração e Serviço Público) e na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados.

O primeiro passo nessa tramitação será a indicação dos relatores de cada Comissão, o que deve ocorrer ainda no início de 2007. A seguir iniciam-se os debates e aprovação dos projetos nessas

O PRÓXIMO PASSO:

duas Comissões. Finalizada essa etapa, o projeto aprovado vai ao Plenário da Câ-mara dos Deputados para debate.

No entanto, em 2003, foi apro-vado no Plenário da Câmara dos Depu-tados um requerimento que pedia urgên-cia na apreurgên-ciação do PL n° 92. Com essa manobra de juntar os PLs, o PL n° 7.703 também passou a tramitar em regi-me de urgência na Câmara dos Depu-tados.

De acordo com o art. 155 do Re-gimento Interno da Câmara dos Depu-tados:

“Poderá ser incluída

automa-ticamente na Ordem do Dia para

dis-cussão e votação imediata, ainda que

iniciada a sessão em que for

apresen-tada, proposição que verse sobre

ma-téria de relevante e inadiável

interes-se nacional, a requerimento da

maioria absoluta da composição da

Câmara, ou de Líderes que

repre-sentem esse número, aprovado pela

maioria absoluta dos Deputados, sem

a restrição contida no § 2º do artigo

antecedente.”

Assim, o presidente da Câmara dos Deputados poderá colocar o projeto n° 7.703 em votação no Plenário a qual-quer momento, mesmo que não tenha ainda sido debatido nas Comissões. Para isto, basta que o presidente da Câmara dos Deputados indique um relator para representar essas comissões no debate do Plenário.

Em outras palavras, precisaremos estar articulados para mudar o PL n° 7.703 nas CTASP e CCJC. Também pre-cisaremos convencer o futuro presiden-te da Câmara a não colocá-lo em votação antes que sejam concluídos os debates nessas comissões.

No entanto, caso os representan-tes dos médicos consigam colocar o pro-jeto para rápida votação na Câmara, a opi-nião pública deverá ter convencido os deputados a não o aprovarem na forma proposta.

Há uma grande batalha a ser travada na Câmara dos Deputados contra a aprovação dos Projetos de lei n° 7.703/06 (ATO MÉDICO) e n° 1.499/01 (regulamenta a quiropraxia), que envolverá todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do RS e do Brasil. Agora mais do que nunca precisaremos es-tar unidos na defesa de nos-sa AUTONOMIA PRO-FISSIONAL”.

Dra. Maria Teresa

Dresch da Silveira

Presidente do Crefito-5 / RS

O PL do ato médi-co é um atentado à Constituição Federal: Art. 5º, XIII”

Dr. Hildeberto Lopes dos Santos

(8)

C

enários

o que pode acontecer

C

enários

O

PL 7.703 poderá ser:

1)

Aprovado na íntegra.

Nesse caso ele vai direto para a sanção ou veto do presidente da

República. Se o presidente sancioná-lo, ele vira lei, do contrário, ele volta para ser votado no

Congresso Nacional (um plenário composto por deputados e senadores). Nesse caso, para

sancioná-lo é necessário maioria absoluta dos votos (no mínimo a metade mais um).

2)

Aprovado com emendas.

Os deputados federais poderão propor inúmeras emendas e,

in-clusive, um novo substitutivo. Esse é o cenário mais provável de acontecer. Portanto, é uma

ótima oportunidade para tirarmos do texto tudo o que faz mal para a saúde da população e

afronta a autonomia dos profissionais da saúde. Precisaremos mostrar que o consenso

anun-ciado pela CAS entre os profissionais da saúde não existe e que tudo não passou de uma

articu-lação política movida por interesses outros.

Se tivermos êxito na aprovação de emendas na Câmara, o projeto original e o emendado retornam

ao Plenário do Senado para debate e aprovação. Os senadores irão decidir se aprovam o

proje-to original ou o emendado pela Câmara. Porém, não podem criar novas emendas. Se decidirem

pela aprovação da versão da Câmara, os senadores poderão acatar as emendas, no todo ou em

parte. Depois o projeto aprovado segue para sanção ou veto presidencial.

(9)

e envie um e-mail ou carta para o deputado federal de sua região,

solicitando que o PL 7703 seja modificado.

O QUE VOCÊ PODE FAZER

O

s fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais unidos e de forma responsável deverão

defen-der uma assistência digna apoiada nos diversos saberes, promovendo uma vida saudável

para a população brasileira.

Acesse o site

www.modifiquepl7703.com.br

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NA

PROMOÇÃO DAS INTER-RELAÇÕES ENTRE OS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

PRIMEIRO: Todos os profissionais da saúde têm o dever e a obri-gação de realizar o diagnóstico nosológico, com ênfase em suas áreas

de atuação.

SEGUNDO: Todos os profissionais da saúde têm o direito ao livre acesso a qualquer exame complementar para formar o seu juízo sobre

o melhor diagnóstico da doença.

TERCEIRO: Todos os profissionais da saúde têm a obrigação de prescrever e implementar os seus atos privativos se responsabilizando

civil e criminalmente pela implementação de seus tratamentos.

QUARTO: Todo indivíduo tem o direito ao livre acesso aos profissio-nais da saúde, não necessitando da tutela de um médico para exercer

esse direito.

QUINTO: A legislação deve promover e não restringir a prática dos atos compartilhados entre os profissionais da saúde.

Crefito-2 - www.crefito2.org.br

Crefito-3 - www.crefito3.org.br

Crefito-4 - www.crefito4.com.br

Crefito-5 - www.crefito5.com.br

Crefito-7 - www.crefito7.org.br

Crefito-8 - www.crefito8.org.br

Crefito-11 - www.crefito11.org.br

Mantenha-se informado nos sites dos conselhos

Mobilizações no

Senado Federal

contra o PL do Ato

Médico, promovidas

pelo Crefito-2

(10)

Q

uiropraxia

Q

uiropraxia

PL 4199/2001

a) O Projeto de Lei nº 4.199/ 2001, de autoria do deputado Alberto Fraga, foi apresentado à Câmara dos Deputados em 08 de março de 2001 com o propósito de reconhecer a pro-fissão do quiroprático ou quiropraxista e definir a atividade privativa da Quiropraxia para o tratamento de dis-túrbios bio-mecânicos do sistema neuro-músculo-esquelético e desa-linhamento articular da coluna vertebral.

b) Em 25 de abril de 2001 o pro-jeto foi encaminhado à Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), que designou o deputado Arnaldo Faria de Sá para relatá-lo. Em 13 de dezembro de 2001 a CSSF aprovou o parecer do deputado Arnaldo Faria de Sá, com substitutivo, sendo o PL nº 4.199/2001 encaminhado em 21 de dezembro de 2001 à Comissão de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Público. Nesta Comissão, foi designado relator da ma-téria o mesmo deputado Arnaldo Faria de Sá, que proferiu parecer pela apro-vação do projeto e do substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Fa-mília.

c) Em 31 de janeiro de 2003, com o fim da Legislatura, o PL 4.199/2001 foi arquivado e em 12 de maio de 2003 a proposição foi desarquivada nos

ter-H

istórico da

T

ramitação

mos do Artigo 105 do Regimento In-terno.

d) Encaminhado novamente à Co-missão de Trabalho, de Administração e Serviço Público em 20 de maio de 2003, foi designado seu relator o deputado Tarcísio Zimmermann, que apresentou parecer em 30 de setembro de 2003, reco-mendando a aprovação da proposição, com substitutivo, e a rejeição do substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família. Citado substitutivo foi reformulado e aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Pú-blico em 19 de novembro de 2003.

e) Em 5 de dezembro de 2003, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deferiu Requerimento da Comissão de Educação e Cultura (CEC), incluindo esta Comissão entre as que deveriam se mani-festar sobre a matéria.

f) Nesse período travou-se um em-bate entre o autor da matéria e a Comis-são de Educação e Cultura sobre a legali-dade ou não desta Comissão apreciar o projeto, tendo a Mesa Diretora decidido que a CEC deveria opinar sobre o mérito do PL nº 4.199/2001.

g) A deputada Alice Portugal foi designada relatora do projeto na Comis-são de Educação e Cultura e, imediatamen-te, requereu a realização de Audiência

Pú-blica para discutir o assunto de forma ampla, com a participação de represen-tação todas as profissões afetadas e do Ministério da Educação.

h) Em 6 de setembro de 2005 o autor do PL nº 4.199/2001 apresentou requerimento pedindo que fosse desconsiderado o parecer aprovado na Comissão de Educação e Cultura. O re-querimento foi indeferido pela Mesa Di-retora da Câmara dos Deputados em 26 de outubro de 2005.

i) Em 11 de abril de 2006, a Co-missão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania designou relator do projeto o de-putado Antônio Carlos Pannunzio, que apresentou seu parecer em 31 de maio de 2006, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do PL nº 4.199/2001, do substitutivo da Comis-são de Seguridade Social e Família e do substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Este parecer foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em 21 de novembro de 2006.

j) Em 30 de novembro de 2006 o deputado Arnaldo Faria de Sá apresen-tou ao plenário da Câmara dos Deputa-dos Requerimento de Urgência, com base nos arts. 153 e 154 do Regimento Inter-no, para apreciação do PL nº 4.199/2001.

(11)

Dispõe sobre o reconhecimento da profissão do Quiroprático ou Quiropraxista e a

definição da atividade privativa da Quiropraxia para o tratamento de distúrbios

bio-mecânicos do sistema neuro-músculo-esquelético e desalinhamento articular

da coluna vertebral

N

a tarde do dia 02 de agosto, a Comissão de Educação e Cul-tura da Câmara dos Deputados realizou concorrida Audiência Pública para discutir a regulamentação da profis-são de quiropraxista e ouvir as opiniões de representantes de diversas entidades da área de saúde sobre o assunto. Partici-param da sessão, como convidados, José Leite Saraiva, representante da Secreta-ria de Ensino Superior do MEC; Ana Cristhina de Oliveira Brasil, vice-presi-dente do Conselho Federal de Fisiotera-pia e TeraFisiotera-pia Ocupacional; Joel Eufrázio, representante do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª região; Ricardo Fujikawa, presidente da Associação Brasileira de Quiropraxia; Aloísio Bonavides Júnior, representante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; Cláudia Fonseca Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação; Nilton Petrone Vilardi Júnior (Filé), diretor da Faculdade de Fisioterapia da Universida-de Estácio Universida-de Sá do Rio Universida-de Janeiro; e Marcos Ornelas Palmeira, quiropraxista e professor da Universidade Federal da Bahia.

Durante os debates, o Dr. José Leite Saraiva, representante do MEC, fez a primeira exposição, reafirmando a preocupação da Secretaria de Ensino Su-perior do MEC com a proliferação de cursos sem reconhecimento oficial e ma-nifestando posicionamento contrário ao

A

udiência

P

ública

reconhecimento da profissão de quiropraxista ou quiroprata.

O Dr. Ricardo Fujikawa, presiden-te da Associação Brasileira de Quiropraxia, defendeu a regulamentação da profissão de quiroprata e apresentou informações sobre a regulamentação des-ta profissão em outros países. A Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil enalteceu a iniciativa de realização do debate e mani-festou a posição do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional con-trária à regulamentação da profissão de quiroprata.

O Dr. Aloísio Bonavides Júnior, representante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, foi o quarto debatedor a se pronunciar, seguido por seu

colega Dr. Mauro Brandão, do Con-selho Federal de Medicina, ambos apresentando sóli-da argumentação contra a regula-mentação da pro-fissão de prata ou quiro-praxista. O repre-sentante do Con-selho Regional de Fisioterapia e Te-rapia Ocupacional da 2º Região falou

a seguir e fez pronunciamento contrário à aprovação do PL 4.199/2001, enume-rando os riscos da aprovação da propo-sição e apresentando inúmeros dados do Brasil e de outros países para reforçar seu posicionamento.

Levando em consideração os de-bates sobre o conteúdo do PL nº 4.199/ 2001 e os posicionamentos da ampla maioria das entidades da área de saúde, contrários à regulamentação da profissão de quiropraxista, a deputada Alice Por-tugal apresentou seu parecer à Comissão de Educação e Cultura recomendando a rejeição da proposição e dos substitutivos das Comissões de Seguridade Social e Família e de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Dr. José Roberto

Borges dos Santos

Os números falam mais alto e os políticos devem res-peitar essa verdade! Somos 14 profissões da área da saú-de que representam, entre profissionais e acadêmicos, cin-co milhões de brasileiros! E os médicin-cos quantos são? Que-rem mais? Somos hoje, inscritos no sistema COFFITO/ CREFITOs, 110 mil fisioterapeutas. Tramita na Câmara Federal um projeto de lei que tenta beneficiar, PASMEM, aproximadamente 150 quiropráticos, formados em duas es-colas privadas (RS e SP) que,

lite-ralmente, invadirão a sua profissão (Decreto-Lei nº 938) restringindo ainda mais as nossas já ameaçadas atividades. É só ler o Art. 4º do PL 4.199. PRECISAMOS LUTAR!”

(12)

E

m seu parecer aprovado pela Co-missão de Educação e Cultura a deputada Alice Portugal fez lon-ga explanação sobre os motivos que a convenceram a recomendar a rejeição do projeto e dos dois substitutivos a ele apre-sentados.

Destacam-se, no parecer, os se-guintes trechos:

“...Pelo fato de ter sido

regulamenta-da por meio de um Decreto-Lei, o de n° 938,

de 13 de outubro de 1969, a fisioterapia

brasileira tem uma característica que a

dife-rencia das praticadas em outros países. De

fato, sua implantação foi realizada de uma

maneira clara e precisa, dentro de preceitos

que fundamentam o que há de melhor

den-tro dos cuidados físicos, não médicos,

neces-sários para a recuperação e a manutenção

da boa saúde física.”

“ ... o fisioterapeuta brasileiro é

reco-nhecido como um dos melhores do mundo,

segundo levantamento feito pela entidade

Cross Country Healthcare Personnel,

sediada no Estados Unidos da América do

Norte.”

“...A formação acadêmica na

fisio-terapia brasileira está fundamentada de tal

forma que os currículos das escolas

propor-cionam ao estudante todo o embasamento

teórico e prático necessário à incorporação de

novas técnicas ao longo da carreira de

fisio-terapeuta.”

“... O fisioterapeuta é um

profissio-nal de saúde com formação acadêmica

supe-rior, habilitado à construção do diagnóstico

dos distúrbios cinéticos funcionais

(diagnós-P

arecer da

C

omissão de

E

ducação e

C

ultura

tico cinesiológico funcional), a prescrição das

condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e

indução no paciente bem como, o

acompa-nhamento da evolução do quadro clínico

fun-cional e as condições para alta do serviço.

Tais atividades são regulamentadas pelo

Decreto-Lei 938/69, pela Lei 6.316/75,

pelas Resoluções do COFFITO, pelo

De-creto 90.640/84 e pela Lei 8.856/94.”

“... De acordo com a WCPT –

Con-federação Mundial de Fisioterapia, a

Fisio-terapia conta com 48.587 profissionais nos

Estados Unidos, 9.207 profissionais no

Canadá, 29.929 na Alemanha, 6.600

pro-fissionais na Suíça, 31.809 no Japão, 7.286

na Dinamarca, 6.526 na Finlândia, 8.278

na Austrália, 6.223 na Espanha, 4.000

na França, estando devidamente estabelecida

em mais de 92 países. No Brasil, a

Fisiote-rapia soma atualmente cerca de 78.000

pro-fissionais (Dados de agosto de 2005),

totalizando, somente nestes 11 países,

apro-ximadamente 237.000 Fisioterapeutas. Já

o quiropraxista, segundo definição da

Fede-ração Mundial de Quiropraxia (World

Federation of Chiropractic), entidade que

tem caráter de organização

não-governamen-tal, é o profissional da área da saúde que se

dedica ao diagnóstico, tratamento e

preven-ção de alterações mecânicas do sistema

mús-culo-esquelético e seus efeitos sobre a função

do sistema nervoso e da saúde em geral.”

“... No Brasil, esta profissão não está

regulamentada e os quiropraxistas atuam

utilizando-se de título obtido em outra área

da saúde legalmente reconhecida (como

me-dicina, fisioterapia, enfermagem, etc.) ou

as-sociando-se a outros profissionais com

títu-los reconhecidos. Em países como EUA,

Austrália e Canadá, a Quiropraxia é

re-gulamentada por lei e sua prática está

inte-grada aos sistemas nacionais de saúde.

Res-salte-se, contudo, que em tais países os

cur-sos de fisioterapia não incluem currículos

com-pletos como os ministrados no Brasil.”

“... As faculdades de quiropraxia

estão localizadas principalmente nos

Esta-dos UniEsta-dos, mas há cursos oficialmente

re-conhecidos no Canadá e em poucos outros

países da Europa, Oceania e Ásia.

Atual-mente, há aproximadamente 70.000

quiropraxistas em atuação no mundo, dos

quais 50.000 encontram-se nos Estados

Unidos e outros 6.000 no Canadá. Em

nosso país, a Associação Brasileira de

Quiropraxia, uma entidade de direito

pri-vado, congrega atualmente apenas 75

indi-víduos profissionais.”

“... Embora não reconhecidos pelo

MEC, os cursos de quiropraxia em nosso

país são oferecidos nas Faculdades

Anhembi-Morumbi, situadas na capital de São

Pau-lo, e pelo Centro Universitário Feevale,

lo-calizado em Novo Hamburgo, Rio Grande

do Sul. Os currículos desses cursos são de

cursos livres, vez que não há a

regulamenta-ção pelo Ministério da Educaregulamenta-ção de um

cur-rículo mínimo da forma estabelecida para a

fisioterapia e outros cursos. Boa parte das

disciplinas oferecidas nos dois cursos são

ex-traídas do currículo da Fisioterapia.”

“... Ante o exposto, levando em

con-sideração as peculiaridades específicas das

profissões da área de saúde regulamentadas

em nosso país, considerando em particular a

excelência dos cursos de fisioterapia

minis-trados nas inúmeras faculdades e

(13)

universi-dades brasileiras, mas, também, ciente da

relevância da técnica da quiropraxia no

tra-tamento de determinadas alterações

mecâni-cas do sistema músculo-esquelético e seus

efei-tos sobre a função do sistema nervoso, creio

que a quiropraxia deveria ser ministrada

em instituições de ensino superior como uma

especialização da fisioterapia e não como um

curso autônomo.”

“A quiropraxia é uma especialidade

terapêutica física, que pelas suas

peculiari-dades deve exigir dos profissionais da

fisio-terapia especialização adicional. Porém, não

se justifica que a quiropraxia seja

regula-mentada como uma profissão à parte, uma

vez que os princípios metodológicos dos

pro-cedimentos manipulativos e/ou de

ajustamen-to ósteo-articular, diajustamen-tos como quiropraxia,

estão agasalhados na formação acadêmica do

fisioterapeuta, tanto assim, que terminou por

ser a base da construção curricular dos

pro-jetos pedagógicos dos cursos de quiropraxia

da Feevale e da Anhembi Morumbi.”

“... Pelas razões expostas, mas sem

deixar de prestar o meu respeito às intenções

e idéias do ilustre autor da proposta em

apre-ço, Deputado Alberto Fraga, vejo como

des-necessária e inadequada, sem mérito

educa-cional ou cultural, uma proposição que, ao

introduzir alterações na regulamentação hoje

existente para o exercício da profissão de

fi-sioterapeuta e terapeuta ocupacional, acaba

criando uma separação profissional da

quiropraxia, quando, na verdade, a

quiropraxia deve ser entendida como

ape-nas uma ramificação, uma especialidade do

campo da fisioterapia.”

Dr. Eduardo Olívio

Ravagni Nicolini

Presidente do Crefito-11 / DF / GO

Construir e manter profissões da área da saúde no Brasil de forma consci-ente, ética e responsável é ter compromis-so compromis-social visando única e exclusivamente à qualidade de vida do cidadão brasileiro. Tentar ganhar espaço profissional por meios obscuros, por entrelinhas, por for-mas políticas nunca transparentes, sem debater méritos e sim interesses próprios não é a maneira que nossa população merece. É hora de ação, vamos jun-tos debater e exigir Dignidade às profissões de saúde; so-mente assim poderemos oferecer um mínimo de qualida-de para uma população tão carente, mas qualida-de granqualida-de interes-se social.”

Dr. Paulo Luís Crocomo

Presidente do Crefito-10 / SC

A gestão administrativa e política, num espaço democrá tico, deve ser “sempre” compartilhada, uma vez que os governantes solitários desaparecem na utopia do autoritarismo. Eis porque nós, presidentes dos Crefitos, de-cidimos atuar de forma compartilhada, em um Fórum per-manente. No intuito de poder

subsidiar as ações que, de modo conjunto, devem ser imple-mentadas pelo Coffito.”

Prezados Colegas

Em toda história do mundo as grandes conquistas acon-teceram pela determinação do povo no exercício pleno da sua cidadania. O momento é de luta contra os PLs n° 7.703 (Ato Médico) e n° 4.199 (Quiropraxia). Lembre-se que o dever dos mais esclarecidos

é garantir o direito de todos. Participe!”

Dr. Roberto Mattar

Cepeda

(14)

e envie um e-mail ou carta para o deputado federal de sua região,

solicitando a rejeição do PL 4199.

O

que estamos

f

azendo

N

ão há que se falar na criação de uma

profissão cujos atos privativos já

es-tão regulamentados por lei federal

desde 1969, com a criação da Fisioterapia e

da Terapia Ocupacional.

A melhor forma de proteger os

inte-resses da população é ofertar profissões

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA EVITAR A

APROVAÇÃO DO PL 4199/2001

Acesse o site

www.rejeitepl4199.com.br

fortes.

O Sistema Coffito e Crefitos está

to-mando todas as medidas possíveis para que

o referido projeto de lei seja rejeitado na

Câ-mara dos Deputados. Dessa forma

impedi-remos mais essa tentativa de enfraquecer

nossas profissões.

(15)

Autor Deputado Alberto Fraga

Dá nova redação aos arts. 1°, 2°, 5° e 12 e acres-centa o art. 4° -A e os incisos IV e V no art. 5°, todos do Decreto-Lei n° 938, de 13 de outubro de 1969, e dá ou-tras providências.

(Às Comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, De Administração e Serviço Público; e de Cons-tituição e Justiça e de Redação (Art. 54) — Art. 24, II).

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1° Esta lei dá nova redação aos arts. 1°, 2°, 5° e 12 do Decreto-Lei n° 938, de 13 de outubro de 1969 e acrescenta o art. 4°-A e o inciso IV e V no art. 5° do mesmo diploma legal, com a seguinte redação:

“Art. 1° É assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e quiroprático, ob-servado o disposto no presente Decreto-lei. (NR).

... Art. 2° O fisioterapeuta, o terapeuta ocupacional e o quiroprático, diplomados por escolas e cursos reconhe-cidos, são profissionais de nível superior. (NR)

Art. 4°A. É atividade privativa do quiropraxista exe-cutar métodos e técnicas para realizar a análise diagnóstica dos distúrbios biomecânicos do sistema neuro-músculo-esquelético e corrigir as alterações decorrentes do desalinhamento articular, com técnicas de ajustamento ou manipulação, principalmente da coluna vertebral.

Art. 5° Os profissionais de que tratam os artigos

P

ROJETO DE

L

EI N°

4.199

, DE 2001

3°, 4° e 4°A poderão, ainda, no campo de atividades específicas de cada um: (NR)

... IV - realizar ou solicitar exames clínicos e radio-lógicos, com a finalidade de planejar, coordenar e reali-zar o plano de tratamento do paciente, com a finalida-de finalida-de restaurar, finalida-desenvolver e conservar a capacidafinalida-de física e o bem-estar do mesmo;

V - encaminhar o paciente para os demais pro-fissionais de saúde, atuando em associação ou colabo-ração com os mesmos.

... Art. 12. O Grupo da Confederação Nacional das Profissões Liberais, constante do Quadro de Ativida-des e Profissões, anexo à Consolidação das Leis do Tra-balho, aprovado pelo Decreto-lei n° 5 452, de 1° de maio de 1943, é acrescido das categorias profissionais de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, quiroprático, auxiliar de fisioterapia, auxiliar de terapia ocupacional e auxiliar de quiroprático.

“Art. 2° É assegurado, a qualquer entidade pú-blica ou privada que mantenha cursos de quiropraxia, de nível superior, o direito de requerer seu reconheci-mento, dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias, a partir da data da publicação desta lei.

Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua aplicação.

(16)

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