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Financiamento do BEI na América Latina RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2017

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Financiamento do BEI na América Latina

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2017

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é o banco da União Europeia. Fundado em 1958 ao abrigo do Tratado de Roma, opera nos Estados-Membros da UE e em mais de 150 outros países. No âmbito das suas operações na América Latina, o BEI apoia projetos de investimento que contribuam para o desenvolvimento económico, em conformidade com os objetivos políticos e os mandatos da UE, como sejam a Estratégia Global da UE e o mandato de financiamento externo, bem como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O BEI começou a investir na América Latina em 1993. Desde essa data e até dezembro de 2017, o banco da UE apoiou 104 projetos com um volume total de financiamento de aproximadamente 7 900 milhões de EUR em 14 países da região.

A UE é o principal parceiro de desenvolvimento da região da América Latina, o seu maior investidor e o seu segundo maior parceiro comercial. Na sua qualidade de banco da UE, o BEI apoia as relações da UE com a América Latina através do financiamento de projetos que contribuam para a realização dos objetivos de política externa da UE, nomeadamente, o desenvolvimento das infraestruturas económicas, ambientais e sociais, o desenvolvimento do setor privado e a adaptação às alterações climáticas e a atenuação dos seus efeitos. O BEI apoia projetos de investimento na América Latina através de:

• Financiamento: empréstimos a médio e longo prazo concedidos em condições atrativas, e outros produtos de financiamento, tais como garantias, substitutos de empréstimos ou tomadas de participação.

• Combinação de recursos: o BEI associa-se ainda à Comissão Europeia (CE) para a combinação dos seus empréstimos com as subvenções da Facilidade de Investimento para a América Latina.

• Consultoria: o BEI pode contribuir com as suas capacidades administrativas e de gestão de projetos para facilitar o investimento.

Com o objetivo de reforçar o seu apoio ao investimento sustentável na região, o BEI colabora com outras instituições financeiras internacionais, designadamente, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Banco Mundial (BM) e o Banco Centroamericano de Integração Económica (BCIE), assim como com parceiros europeus para o desenvolvimento, como a Comissão Europeia, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). O BEI pode apoiar projetos dos setores público e privado, quer de forma direta ou indireta, através de intermediários financeiros locais. Coopera com uma grande diversidade de contrapartes, como sejam ministérios, regiões, municípios, empresas e bancos. No setor privado, todas as empresas, independentemente da sua dimensão, desde as microempresas até às grandes empresas, são elegíveis para

financiamento do BEI. Na região, o BEI intervém principalmente através da concessão de empréstimos, mas também presta garantias e, no caso de operações específicas (como os fundos de infraestruturas) pode tomar participações no capital.

O valor acrescentado do financiamento do BEI decorre das condições favoráveis em que é concedido, principalmente os prazos de vencimento alargados dos seus empréstimos, as taxas de juro atrativas e a capacidade de mobilizar recursos para grandes projetos. Outra mais-valia importante é o acervo de conhecimentos técnicos e setoriais adquiridos pelo BEI em mais de 150 países, incluindo os Estados-Membros da UE e um amplo conjunto de países parceiros da UE.

Prossecução dos objetivos de política

externa da UE

As operações de financiamento na América Latina são, na sua maioria, realizadas ao abrigo do mandato de financiamento externo, que apoia os objetivos de política externa da UE e proporciona financiamento do BEI. O recente reforço do mandato de financiamento externo para a região (cujo montante passou para 2 700 milhões de EUR no período 2014-2020) veio aumentar o potencial de financiamento do BEI na América Latina. Acresce ainda o facto de o BEI também poder

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2 Projetos Estratégicos. Ambos os mecanismos foram

recentemente reforçados para o montante global combinado de 5 000 milhões de EUR (mecanismos globais, 2014-2020). Este reforço proporcionou ao BEI possibilidades suplementares de apoiar, nomeadamente, projetos energéticos e ambientais de interesse para a UE, incluindo a internacionalização das empresas europeias através de empréstimos para investimentos diretos no estrangeiro. O BEI também concede linhas de crédito às PME da UE para as suas atividades de exportação para a América Latina.

O BEI associa-se ainda à Comissão Europeia para a combinação dos seus empréstimos com as subvenções da Facilidade de Investimento para a América Latina (LAIF), o que garante um apoio adicional aos projetos de investimento sob a forma de ajudas ao investimento, assistência técnica ou instrumentos financeiros, tais como mecanismos de partilha de riscos. Estes últimos complementam o financiamento do BEI e

O Banco apoia os seguintes objetivos de política externa da UE:

• Cumprir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável)

• Apoiar as ações a favor do clima e as metas do Acordo de Paris (COP 21)

• Contribuir para a aplicação da Estratégia Global de UE, do Consenso Europeu sobre o Desenvolvimento e da diplomacia económica europeia

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Prioridades do BEI

Até dezembro de 2017, o BEI tinha concedido

104 empréstimos na América Latina, no montante total de 7 900 milhões de EUR. Os financiamentos concedidos pelo BEI na América Latina obedecem a três prioridades:

Ação climática

O BEI está a intensificar o seu apoio a projetos de atenuação das alterações climáticas e de adaptação aos seus efeitos no exterior da União Europeia. As alterações climáticas constituem um dos maiores desafios do nosso tempo, e o BEI, enquanto principal financiador multilateral da ação climática em todo o mundo, está a seguir uma abordagem pró-ativa neste domínio. O Banco comprometeu-se a aumentar de 25 %, em 2015, para 35 %, até 2020, a sua participação no financiamento de projetos de ação climática nos países em desenvolvimento.

Os projetos de atenuação das alterações climáticas incluem as vertentes das energias renováveis, da eficiência energética e dos transportes públicos sustentáveis. Os projetos de adaptação envolvem a modernização das infraestruturas existentes no sentido de as tornar mais resistentes a padrões meteorológicos cada vez mais instáveis e imprevisíveis e de as preparar para impactos diretos e indiretos. O BEI está atualmente a preparar uma reserva de projetos e novos instrumentos financeiros subordinados à rubrica de investimento em ações climáticas, que é considerada a principal prioridade do Banco para a América Latina, uma região de biodiversidade e recursos naturais incomparáveis. Desenvolvimento das infraestruturas sociais e económicas

Também esta prioridade pode incluir não só a adaptação às alterações climáticas, mas também a construção de novas infraestruturas essenciais que beneficiarão a economia como um todo. As infraestruturas de água e saneamento têm uma importância económica vital e fundamental. As ligações de transporte, como as redes rodoviárias, ferroviárias e urbanas aproximam as pessoas, enquanto que a maior resiliência climática assegura que os fenómenos meteorológicos extremos não paralisam a economia. As principais infraestruturas de TIC contribuem para a prestação de serviços em todos os setores, desde as autarquias locais, aos cuidados de saúde e à educação, passando pela ligação de empresas. Desenvolvimento do setor privado local

As pequenas empresas são a força vital de qualquer economia e, no entanto, debatem-se muitas vezes com dificuldades para obter financiamento. O BEI utiliza diferentes instrumentos para apoiar o desenvolvimento do setor privado local. As linhas de crédito concedidas a intermediários financeiros locais, como bancos comerciais ou bancos de desenvolvimento locais, ajudam a construir sistemas bancários eficazes e resilientes e a sustentar o financiamento das PME. Os empréstimos diretos beneficiam as grandes empresas, ao passo que os investimentos em fundos ambientais podem apoiar as pequenas empresas vocacionadas para a ação climática.

Investimentos do BEI na América Latina

em 2017:

Em 2017, o BEI intensificou as suas atividades na América Latina, apoiando oito projetos de investimento na região (um recorde histórico), com empréstimos no montante total de 631 milhões de EUR.

A atividade de financiamento do BEI concentrou-se na prestação de apoio material a projetos de ação climática. O BEI disponibilizou 124 milhões de EUR para melhorar os serviços de transporte na Nicarágua, contribuindo para a construção de uma via rápida reservada a autocarros em Manágua. Concedeu um empréstimo de 127 milhões de EUR para apoiar a produção de energia eólica e solar no Peru. A promoção das energias renováveis foi também o objetivo do empréstimo de 86 milhões de EUR que concedeu ao NAFIN para o financiamento de projetos de ação climática no México. O BEI reforçou ainda o seu apoio à modernização da rede elétrica no Paraguai, concedendo 80 milhões de EUR. Na Bolívia, o banco da UE disponibilizou 77 milhões de EUR para a construção de duas novas vias no corredor Este-Oeste daquele país. As PME argentinas beneficiaram das vantagens

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4 Exterior da Argentina. Foi ainda concedido um financiamento

adicional de 47 milhões de EUR para a melhoria do sistema de tratamento de águas no Panamá.

Com o objetivo de reforçar o apoio que presta à cooperação da UE com a América Latina, o BEI está a intensificar as suas atividades de financiamento na região e a adaptar os seus procedimentos de contração de empréstimos de modo a refletir as prioridades atuais da UE.

De modo a estar mais próximo das suas contrapartes e dos seus parceiros na América Latina, o BEI também abriu recentemente um gabinete de representação regional em Bogotá, na Colômbia.

Atividade do BEI na AMÉRICA LATINA em 2017

Peru

Financiamento da produção de energias renováveis através de um empréstimo concedido à Enel Green Power Peru para a construção e exploração de um parque eólico e de uma central solar fotovoltaica naquele país andino, com uma capacidade de 312 MW.

127 milhões de EUR

Nicarágua

Financiamento para a construção de uma nova via rápida reservada a autocarros em Manágua. O novo corredor de 10 km será destinado a autocarros de grande capacidade, melhorando os serviços de transporte na capital do país. 124 milhões de EUR

Paraguai

Financiamento da reabilitação da rede de distribuição de eletricidade em várias zonas do país para melhorar a segurança e a fiabilidade do abastecimento de eletricidade à população.

80 milhões de EUR

Financiamento das empresas paraguaias ao abrigo de um acordo celebrado com o BBA Paraguay para ajudar o setor privado a beneficiar de financiamento do BEI.

30 milhões de EUR

México

Financiamento de projetos de ação climática através de um empréstimo concedido à Nacional Financiera (NAFIN) para o

86 milhões de EUR Bolívia

Financiamento destinado ao alargamento para duas vias em cada sentido da rodovia que liga Confital a Bombeo, de modo a beneficiar o corredor Este-Oeste do país e a melhorar as ligações rodoviárias com outros países.

77 milhões de EUR

Argentina

Apoio aos investimentos das PME argentinas, dotando-as de liquidez em condições financeiras vantajosas através do Banco de Inversión y Comercio Exterior (BICE).

61 milhões de EUR

Panamá

Financiamento do programa de investimento destinado a melhorar a qualidade da água e as condições de saneamento em Burunga, viabilizando a construção de estações de recolha e tratamento de águas residuais, redes de esgotos, estações elevatórias e novas ligações domésticas.

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5 PROJETOS EMBLEMÁTICOS do BEI NA AMÉRICA LATINA

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6 As vantagens oferecidas pelo BEI

O BEI é uma instituição financeira ao serviço das políticas da União Europeia, com a notação AAA, que capta fundos nos mercados de capitais para os reencaminhar para investimentos elegíveis que se enquadrem nas prioridades e nas políticas da UE. O BEI repercute as vantagens financeiras que obtém, nomeadamente taxas de juro favoráveis e prazos de vencimento alargados, em projetos que se mostrem consentâneos com os objetivos da UE e sejam compatíveis com os compromissos do Banco de apoiar investimentos sólidos e sustentáveis. A vasta experiência do BEI no financiamento de projetos, acumulada nas atividades que desenvolve desde 1963 em países não pertencentes à UE, as competências setoriais internas e o profundo conhecimento das políticas da União permitem-lhe identificar facilmente projetos que correspondem às prioridades, tanto dos países interessados, como da própria UE. A avaliação dos projetos pelo BEI incide nos aspetos técnicos, económicos, financeiros, ambientais e sociais, assim como nos riscos de crédito das operações, permitindo identificar medidas de atenuação de impactos e um conjunto de condições adequadas, além de ajudar a estruturar os projetos de acordo com as normas da UE. O BEI assume-se como porta-estandarte das políticas da União para além das suas fronteiras, contribui para a difusão das melhores práticas e facilita a participação de outras instituições de financiamento em projetos prioritários para a UE.

Para mais informações sobre o BEI, visite o sítio www.eib.org/ala

Questões gerais:

Infodesk do BEI, info@eib.org

Tel.: (+352) 4379 22000 – Fax: (+352) 4379 62000 Contacto para a imprensa:

Mercedes Landete m.landete@eib.org Tel.: 34 914311340 América Central David Yormesor d.yormeso@eib.org Tel.:352437983668

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