AULA 4: HAMARTIOLOGIA
CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIRO ON LINE
Baseado em Jeremias 9: 24, a Igreja Pentecostal Deus é
Amor oferece a você, obreiro, a oportunidade aprofundar seu
conhecimento na palavra de Deus através do Curso de
Formação de Obreiro On Line.
Nesta aula serão tratados todos os assuntos referentes ao pecado:
Sua origem.
Os tipos de pecados.
Seus efeitos na vida do cristão e do inconverso. Suas obras e ministério.
Ao finalizar esta aula, você será capaz de:
Compreender a forma de obter vitória sobre o pecado. Compreender a importância de não pecar.
Compreender e explicar a importância da reconciliação. Compreender porque o cristão não é pecador.
Compreender a estratégia de satanás para fazer o homem pecar.
Organização CBDA
DOUTRINA DO PECADO
“Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc. 15.18-21).
O PECADO
É principalmente a atitude de realizar algo contra a vontade de Deus. Aquele que peca se desvia da vontade de Deus, assim uma das palavras gregas que define pecado é “hamartia” que quer dizer: perder o objetivo, tomar o rumo errado, erro, (II Tm. 3. 1-5; Sl. 14.1-3). Com base nisso, Hamartiologia é o estudo sobre o pecado e suas consequências na criação.
O PECADO DE ADÃO E EVA
Analisemos a árvore proibida (Gn. 2.9, 15-17). O seu fruto era bonito e saboroso (Gn. 3.6a). Esta árvore foi colocada no meio do Jardim do Éden, para prover um teste de obediência pelo qual o homem pudesse livremente escolher entre obedecer ou não a Deus e dessa maneira desenvolver seu caráter. Deus deu ao o homem o livre arbítrio para agir livremente. Sem a vontade livre o homem teria sido meramente uma máquina. Nesta história existem 4 pontos chaves para caracterizar a história do homem: a tentação, a culpa, o juízo e a redenção.
A) A TENTAÇÃO - A ORIGEM DO PECADO
Gn. 3.1 – A serpente foi o agente empregado por Satanás. Por esta razão é descrita como a antiga serpente (Ap. 12.9). Com grande astúcia ela oferece sugestões, as quais, ao serem abraçadas, abrem caminhos a desejos e atos pecaminosos. Notem:
Ela fala com a mulher, que não tinha ouvido diretamente a proibição divina (2.16 e 17).
Ela espera até que Eva esteja só (3.1).
Semeia dúvida e suspeita no coração da mulher (3.1). Lança a tríplice dúvida acerca de Deus (3.3-6):
Dúvida sobre a bondade insinuando que Deus está retendo alguma benção (3.5).
Dúvida sobre a retidão – “certamente não morrerás” (3.4). Dúvida sobre a sua Santidade – não quer que sejamos
sóbrios. Considerações:
Jesus foi tentado na natureza humana (fome).
A tentação pertence à natureza humana I Co. 10.13.
A tentação está ligada ao que causa desejo e desperta vontade. A tentação não é pecado (Tg. 1.14). O pecado começa quando
você é envolvido pela sua própria cobiça. Deus a ninguém tenta (Tg. 1.13).
Ninguém é tentado acima do que pode suportar (I Co. 10.13). A TENTAÇÃO DE JESUS – MT. 4.1-11
1º Ataque – A CONCUPISCIENCIA DA CARNE
Jesus estava frágil na carne e com fome. “Se tu és o Filho de Deus transforma estas pedras em pães”.
2º Ataque – A SOBERBA DA VIDA – Mt. 4.6 – Mostra quem você é.
Satanás continua com esse jogo: mostra que você é o melhor, superior, fora de série. “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Soberba: tentar ao Senhor Deus. Deus abate o soberbo. Quando alguém quer fazer algo almejando destaque na igreja, está tentando a Deus.
3º Ataque – A CONCUPISCIÊNCIA DOS OLHOS
Tudo aquilo que nos atrai com maior violência. O que está mais perto do processo mental é a visão. Três coisas que melhor atrai os seres humanos: Poder, dinheiro e sexo.
COMO VENCER AS TENTAÇÕES 1) Aplicar a palavra na vida diária:
Seja cheio do Espírito Santo (Lc. 4.1). Seja guiado pelo Espírito Santo (Mt. 4.1).
Jejue, a santificação quebra a vontade da carne, em outras palavras, controla a vontade (Mt. 4.2).
Jesus vence através da palavra:
Transforma as pedras em pão: Dt. 8.3. Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
“...Joga-te daqui...”: Sl. 91.11-12. Dt. 6.16. Não tentarás o Senhor teu Deus.
Me adore. Vai-te Satanás Dt. 6.13.Só o Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás.
A palavra: Sl. 119.130, 140, 97, 105, 09 e 11, 116 e 117; Sl. 1º; Jo. 17.17; Rm. 10.17; Hb. 4.12
3) Repreenda o diabo (Mt. 4.11). Reflita
A última palavra quem dá é Deus. Não permita que ninguém venha te trazer palavra que perturba teu ouvido e te deixa
confuso. B) A CULPA
Experimentaram um miserável sentimento de culpa que os fez ter medo de Deus (3.8). E conheceram que estavam nus. A nudez física é um quadro de consciência nua ou culpada. Quando pecaram, a comunhão foi interrompida, o corpo venceu o espírito, e ali começou o conflito entre a carne e o espírito. (Rm. 7.14, 24). C) O JUÍZO
Sobre a serpente – Gn. 3.14.
Sobre a mulher – A presença do pecado tem sido a causa de muito sofrimento (Gn. 3.16).
Sobre o homem – (Gn. 3. 17-19) O castigo consiste nas decepções e aflições que muitas vezes acompanham o trabalho. Além da maldição física que se apossou da terra, também é certo que o pecado humano tem dificultado de maneiras o labor (Ec. 7.29). Porquanto és pó, e em pó te tornarás – Gn. 3.19; Rm. 6.23.
D) A REDENÇÃO – Gn. 3.15 TIPOS DE PECADO
PECADO CONGÊNITO
Herdado de Adão, pois ele no Éden representava toda a humanidade (Rm. 5.12; Sl. 51.5).
PECADO VOLUNTÁRIO
Pecado premeditado, planejado, proposital (Lc. 15.13 – o filho pródigo, pecou voluntariamente). Davi cometeu um adultério e um homicídio – crime doloso (II Sm. 12.9).
PECADO INVOLUNTÁRIO
Palavras: Nenhum homem pode domar a língua (Tg. 3. 2, 8). Pecado voluntário com a língua: calúnia, mentiras, premeditar o mal contra o irmão.
Ira: Não se ponha o sol sobre a vossa ira, resolva a questão no mesmo dia (Ef. 4.26; Tg. 1.19).
Pensamentos: Pensai nas coisas que são de cima 24 horas (Cl. 3.1-2; Fp. 4.8). Temos que ter o capacete da salvação (Ef. 6.17). Alimentar mau pensamento é pecado voluntário.
Egoísmo: Devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos (I Jo. 3.16). Para conseguir isto, temos que deixar Cristo viver em nós (Gl. 2.10; Fp. 2.3-8).
QUANTO A PRÁTICA
Há pecado por comissão: faz o que não deve (Tg. 1.15).
Há pecado por omissão: não faz o que deve fazer (Tg. 4.17). Temos que fazer o bem mais do que a nossa obrigação, caso contrário seremos como o servo inútil (Lc. 17.10).
QUANTO ÀS SUAS CONSEQÜÊNCIAS
O pecado traz o mal sobre si mesmo por suas ações: Inquieta e aflige o pecador (Is. 48.22).
Perda da alegria da salvação (Sl. 51.11-12) que é a certeza da salvação dada pelo Espírito Santo (II Co. 6.18). A adoção de filhos (Rm. 8.15).
Escraviza o pecador (Jo. 8.34). Conduz a morte eterna (Rm. 6.23). Exclui o homem do céu (I Co. 6.9-10). Morte física prematura (I Jo. 5.16).
A DIFERENÇA DO JUÍZO DO PECADO PARA CONVERTIDO E INCONVERSO
O inconverso
Quem vive na prática do pecado peca para morte, pois está entregue as paixões da carne, e ainda não conheceu a verdade que liberta (II Tm. 3.1-5; Jd. 18-19). O homem sem Deus não tem o Espírito Santo e peca deliberadamente. Assim ele já está morto em pecados e ofensas. No momento da morte física ele entra no mundo invisível na mesma condição. Então no Julgamento o Juiz pronunciará a sentença da segunda morte, que envolve indignação e ira, tribulação e angústia (Rm. 2.7-12).
O convertido
Temos um advogado (I Jo. 2.1,12). Temos um orientador (Jo. 16.8).
Temos domínio sobre o pecado (Rm. 6.14). A RECONCILIAÇÃO
Deus tenta até o último instante promover a reconciliação com o homem, por mais pecador que ele seja (Lc. 19.10). Vemos no caso
de Judas (Jo. 13.23-26; Mt. 26.50); com Adão, ao invés de Adão procurar o Senhor para lhe pedir perdão, é Deus que vai ao seu encontro (Gn. 3.9); quando o filho pródigo volta para casa, seu pai (que representa Deus) se põe ao longe para espera-lo (Lc. 15.20). A reconciliação só é conseguida através de Deus, por meio do sangue de Jesus Cristo que nos purifica de todo pecado (I Jo. 3.8; I Jo. 1.5-10). Quando há um coração contrito, com reconhecimento do pecado e abandono (Pv. 28.13, Sl. 51.17). O filho pródigo reconheceu seu erro (Lc. 13.18-19).
SOMOS PECADORES OU SANTOS?
O Crente não é mais pecador, porque não vive na prática do pecado. Certamente pecamos, mas não vivemos mais no pecado (I Jo. 3.9). Deus escolheu para si um povo santo, especial, zeloso e de boas obras (Ef. 1.4; Tt. 2.14; I Pe. 1.15-16; 2.9; Ap. 22.11).
Jesus sempre pregou a “Operação Braços Abertos”, portanto, quem somos nós para julgar ou condenar alguém por causa do seu pecado? Como o Senhor perdoa as nossas ofensas temos também
que perdoar as ofensas dos nossos irmãos. Caso contrário, nem a nossa oração será ouvida (Mt. 6.14-15).