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Rev. esc. enferm. USP vol.3 número1

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Academic year: 2018

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* Professoras da Escola de Enfermagem daUSP, respectiva mente de Pedagogia e Didática aplicada à Enfermagem e de Administração aplicada à Enfermagem.

S I T Ü A Ç A O A T U A L D O C O R P O D O C E N T E D A S E S C O L A S D E E N F E R M A G E M

Amalia C. de Carvalho * Anayde C. de Carvalho * I N T R O D U Ç À O

O presente trabalho constitui um subsídio para as discussões de grupo sobre o preparo do corpo docente das Escolas de Enfermagem. Apresenta também algumas in formações de interesse relativas às matérias lecionadas no Curso de Graduação bem como sobre o número de horas de au Ias teóricas ministradas em cada uma delas.

Existe uma crítica generalizada aos currícu los de enfermagem que, ao que parece, não estão corresponden do às expectativas dos estudantes, já agora recrutados dentre os de melhor nível de escolaridade; por outro lado, alega-se constantemente não estar o enfermeiro brasileiro sendo prepa rado para as funções que deve realmente exercer no campo da saúde. Como responsáveis diretos por essa deficiência são a ponta dos principalmente, entre outros fatores, a excessiva frag menta ção do currículo e a falta de preparo do corpo docente das escolas.

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(1) Boletim n? 183 da CAPES - Falta de Planejamento torna o Ensino mais caro, pp. 8-12, Fev. 1968.

causa de desinteresse de alguns estudantes pela universidade, e da insatisfação e angústia de outros, provocadas por ensino deficiente em virtude da utilização de metodologia inadequada. Áo professor improvisado faltam os recursos que a moderna di dática pode oferecer para facilitar o p r o c e s s o ensino-aprendi zagem.

O problema específico do corpo docente das escolas de enfermagem, mais agudo talvez que o de outras fa culdades mais antigas, aparece com outras dimensões, dada a circunstância da recente integração daquelas nas universida des. Nao há dúvidas sobre a necessidade das escolas enfrenta rem a situação e tentarem resolver o problema com eficiência e rapidez, se quiserem manter sua posição dentro das universi dades.

Na aparência, não há fundamento na alega ção freqüente entre nós que, acompanhando as deficiências qua litativas, as escolas ressentem-se também de grande carência de docentes. O Professar Leónidas Sabino Porto, (1) tecendo comentários sobre o baixo índice existente no Brasil, na rela ção professor-aluno, apresenta alguns dados referentes ás es_ colas de enfermagem e que merecem nossa atenção e cuidado so estudo - "Segundo o IBGE, a Escola de Enfermagem do Pará tem 49 professores para 28 alunos; a da Paraíba, 70 professo res para 63 a l u n o s . . . na Bahia, 85 para 89; em Minas Gerais, 130 para 132; no Estado do Rio, 20 para 39; na Guanabara, 134 para 212; em São Paulo, 301 para 348; no Paraná, 27 para 29; em Goiás, 25 para 2 1 . . . "

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Com o propósito de apresentar aos mem bros deste Seminário informações mais recentes sobre a pro gramaçáo das matérias do curso de graduação e sobre a consti tuição do seu corpo docente, enviamos às 32 escolas existentes no País um questionário solicitando elementos informativos sô bre as disciplinas básicas e profissionais do curso, incluindo: número de horas de aulas de cada uma das disciplinas, local on de sao ministradas, número de docentes e preparo universitá rio dos professores responsáveis pelo ensino.

Foram devolvidos 27 questionários preenchi dos, alguns com grande atraso; este fato e a variedade de da dos contidos em cada um dificultaram um pouco este trabalho. Para facilitar uma visão de conjunto, e a fim de resumir as in formações, apresentaremos algumas das disciplinas, tanto bási cas quanto profissionais, englobadas sob um único título. As_ sim será com Anatomia e Fisiologia, Microbiologia e Parasito logia, etc.

As informações sobre o preparo universitá rio dos professores deixaram muito a desejar. A grande quanti dade dos docentes sem referencia a qualquer tipo de especiali zaçáo, curso de pós-graduação ou título universitário faz supor que as escolas nem sempre mantêm atualizados os "curricula vitae" de seus professores. Ou, o que também é possível, nao se preocupam em recrutá-los dentre os que se dedicam à car reirá universitária. Justifica essa possibilidade o fato de ter mos encontrado estudantes de 49, 5? ou 6v anos de Medicina le cio nan do em Escolas de Enfermagem.

Ainda nao foi e talvez demore em ser esta belecida uma nomenclatura única para a carreira universitária.

O mesmo título pode ter significação diferente quando se trata de uma universidade particular ou oficial; e mesmo entre estas a interpretação do termo pode variar das federais para as esta duais.

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Os quadros apresentados neste trabalho pro curam mostrar a situação do corpo docente das 27 escolas estu dadas, agrupadas de acordo com o tipo de subordinação pedagó gica. Outras informações úteis foram acrescentadas tais co mo: horas de aula por disciplina, instituição onde sao minis tradas (em se tratando das disciplinas básicas) e sistema de re

muneraçao dos docentes.

A classificação dos docentes por grupo etá rio foi feita com a finalidade de chamar a atenção para certas particularidades importantes com relação ao plano de aperfei çoamento do corpo docente.

Esperamos que a análise e interpretação destes dados constituam base para as recomendações dos gru pos com relação ao preparo dos docentes de enfermagem den tro da carreira universitária, e as possíveis mudanças na pro gramaçáo das matérias do curso de graduação em enfermagem. Análise e interpretação dos Dados

Vinte e sete escolas responderam o questio nário (84% das existentes), das quais 11 (onze) estabelecimentos isolados de ensino superior, 4 (quatro) agregadas a universida des, 1 (uma) anexa à faculdade de medicina e 11 (onze) integran tes de universidades.

Desse total, 22 (vinte e duas) enviaram ape nas dados sobre o curso de Graduação em enfermagem Geral como havia sido solicitado; as 5 (cinco) outras, entretanto, eri

viaram informações também sobre o 4? ano, com a JtJnferma gem de Saúde Pública integrada em todas as séries do curso ou constituindo um 4? ano complementar juntamente com a Enfer magem Obstétrica, o que muito dificultou a tabulação dos da dos.

(5)

(2) A Portaria determina 430 horas para os cursos de 3 a nos, sendo que 10% desse total poderá ser destinado a esta gio supervisionado ficando, portanto, 2.187 horas para o en sino teórico-prático. No caso de cursos de 4 anos a Por taria determina o total de 3.240 horas, ou 2.916 horas de ensino teórico-prático, deduzidos o s 10% dedicados a e£ tágio supervisionado.

enfermagem geral, de 3 anos), o total de ensino teórico - práti co variou entre 1.166 e 3.477 horas; 12 (doze) escolas, mais de 50% portanto, não atingiam as 2.187 (2) horas determinadas pe la Portaria 159/65 do Conselho Federal de Educação. Á carga horária apresentada pelas 5 (cinco) escolas cujo curso tem a duração de 4 anos foi de 1.733, 1.855, 1.997, 3.592 e 3.782 ho ras; apenas duas delas atingiam e ultrapassavam as 2.916 ho ras determinadas para os cursos de 4 anos pela mesma Por taria.

Os quadros I e II demonstram a carga horá ria das escolas, discriminando o número de horas dedicadas às disciplinas básicas em geral, e a cada uma das disciplinas de enfermagem.

Os dados parecem provar o alheiamento de muitas educadoras de enfermagem em relação às disposições legais que regulamentam a execução dos currículos mínimos dos cursos superiores.

A Portaria 159 é de 1965 e no entanto, em 1968 ainda foram encontradas 15 (quinze) escolas, de um total de 27, cujos docentes parecem desconhecer sua existência ou desobedecem frontalmente a carga horária por ela determina da. Esta deficiência reflete-se no planejamento geral e nas ati vidades de todo o curso de enfermagem.

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Microbiología e Parasitología - de 32 a 165

Bioquímica - de 29 a 120

Nutrição e Dietética - de 15 a 76

Psicologia - de 25 a 180

Ciências Sociais - de 20 a 200 plinas Profissionais

Fundamentos de Enfermagem - de 64 a 756 Enfermagem Médica - de 40 a 517 Enfermagem Cirúrgica - de 55 a 628 Enfermagem Pediátrica - de 35 a 300 Enfermagem Psiquiátrica - de 20 a 283 Administração apl. à Enfermagem - de 20 a 396 Etica e História da Enfermagem - de 29 a 220 Enfermagem Obstétrica e Ginecológica- de 30 a 404 Enfermagem de Saúde Pública - de 32 a 600

Os dados referentes a estas duas últimas disciplinas pertencem às 22 escolas que informaram apenas sô bre o curso de Enfermagem Geral, de 3 anos.

As 5 (cinco) escolas que mantém o 49 ano a presenta ram as seguintes variações:

Enfermagem Obstétrica e Ginecológica- de 56 a 880 horas Enfermagem de Saúde Pública - de 220 a 852 "

Os quadros III e TV completam as infor maçoes sobre éste assunto.

Á enumeração abaixo dá idéia da disparida de existente entre as 27 escolas estudadas, apresentando os nú meros mínimo e máximo de horas de ensino teórico-prático de cada disciplina.

Disciplinas Básicas

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Fragmentacăo do Currículo ­ Outro ponto digno de nota c a ex  cessiva fragmentaçăo do currículo, especialmente de algumas  matérias profissionais  c o m o Enfermagem Médica e Enferma  gem Cirúrgica. Há  e s c o l a s que ainda separam os fundamentos  clínicos do programa de enfermagem, dessas duas disciplinas,  tanto na parte geral  c o m o nas especialidades, criando ŕs vezes mais de 10 pequenas disciplinas, cada uma com o seu progra  ma de ensino e sob a responsabilidade de um médico. 

No grupo da matéria Enfermagem Médica,  por exemplo, uma  e s c o l a apresentou 16 disciplinas das quais 12  eram lecionadas  p o r médicos e 4  p o r enfermeiras, com as se  guintes denominaçőes: "Enfermagem Médica Geral, Fundamen 

tos Clínicos, Enfermagem Neurológica, Enfermagem Der mato 

lógica, Cardiologia, Hematologia, Urologia, Ginecologia, Łn 

docrinologia. c Doenças Metanolieas, Reumatologia, Oto­Rino­

Lariagologáa, Oftalmología,  S o c o r r o s d« Urgęncia, Doenças 

Transmissíveis, Patologia e Farmacologia Especial. 

Esta mesma escota apresentou, no grupo de 

Enfermagem Cirúrgica, mais 12 disciplinas lecionadas por 11 

médicos e 3 enfermeiras, entre as quais apareceram novamen 

t e :  S o c o r r o s de Urgęncia, Urologia, Oftslmologia, Oto­Rino­

Laringologia, Ginecologia e Neurologia. 

Este năo é o único  c a s o de extrema fragmen 

taçăo; em Enfermagem Médica houve mais 4 exemplos dignos 

de nota  c o m , respectivamente, 7, 10, 10 e 15 disciplinas; em 

Enfermagem Cirúrgica, 3 exemploB típicos de 10, 12 e 15 disci  plinas.

C a s o s  c o m o  o s mencionados  a c i m a  c o m p r o 

vam a afirmaçăo corrente de que as docentes de enfermagem,  em sua maioria,  s ă o estăo preparadas para assam ir responsa  bilidade? no magistério superior. Além da deficięncia em  c o 

nhecimentos de enfermagem, ou grande insegurança na sua fun 

damentaçăo clinica, demonstrados pela utilizaçăo exagerada de médicos no ensina, uma grande parte das. professoras atual 

mente em  e x e r c í c i o nas  e s c o l a s desconhece  o s mais elementa 

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currículo,  c o m o o atestam  o s dados em estudo. 

Instituiçăo onde săo ministradas as disciplinas básicas 

Como a instalaçăo dos institutos das Uni ver  sidades é recente, poucas sao as escolas universitárias que já 

podem beneficiar­se deles. Mesmo assim, para o ensino de A  n atom ia e Fisiología, seis (22% do total) utilizam­se dos insti  tutos; para Microbiología e Paras it ologia, cinco (19%); para  Bioquímica, cinco (18%) e para Psicologia e Cięncias Sociais, a  penas uma (4%). As demais escolas mantęm  o s cursos na pró  pria instituiçăo, sendo que algumas utilizam­se das facilidades 

de Faculdades de Medicina ou Odontologia para as aulas de Ana  to mia, Fisiología, Microbiología, Parasitología e Bioquímica. 

Preparo do corpo docente 

Vinte e oito por cento das docentes das 27  escolas em estudo possuem apenas o diploma de enfermeira,  sem sequer especializaçăo nas matérias que lecionam; quaren 

ta e  s e i s  p o r cento contam  c o m curso de pós­graduaçăo, a mai  o r ia em Pedagogia e Didática aplicada ŕ Enfermagem; e vinte e  dois  p o r cento possuem título de especializaçăo, mas nem sem 

pre da matéria que lecionam. Títulos de Mestre (dois).  L i v r e  Docente (dois) e Professar (1), constituem raridades nas  e s c o  Ias de enfermagem. ­

O quadro V mostra o número de docentes  p o r disciplina, e  o s títulos universitários das docentes de en 

fermagem nas 27  e s c o l a s estudadas. 

A análise desses dados faz ressaltar a pre 

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Esta situaçăo necessita  s e r modificada. O 

ensino da Enfermagem deverá  s e r feito  p o r enfermeiras prepa 

radas para o magistério e capazes de seguir a  c a r r e i r a univer 

sitária, em igualdade de condiçőes  c o m  o s docentes de outras 

escolas superiores.  A s  e s c o l a s de enfermagem devem conside 

rar o preparo de suas  p r o f e s s o r a s  c o m o o problema prioritá 

rio no seu programa de atividades, começando pelo aprimora 

mento daquelas que nenhum outro estudo possuem além do cur 

so de graduaçăo em enfermagem, e pondo em execuçăo um pia 

no de aperfeiçoamento gradativo, mas continuo, de cada um 

dos  m e m b r o s do seu quadro. 

De  a c o r d o  c o m as informaçőes recebidas, 

as  e s c o l a s contam  c o m o  c o r p o docente relativamente  j o v e m , 

pertencendo a maioria (67% do total) ao grupo etário de 20 a 39 

anos, com predominância da faixa de 30 a 39. Esta condiçăo 

facilita um plano, para a  e s c o l a ,  c o m  m a i o r e s exigęncias em 

relaçăo ao preparo do  c o r p o docente; as docentes enfermeiras 

que desejarem permanecer no magistério deverăo ingressar na 

c a r r e i r a universitária, completando  c u r s o s de pós­gradua 

çăo, mestrado e doutorado, pelo  m e n o s . 

Do total geral de 835 docentes quase a meta 

de, isto é, 404 pertencem a outras  p r o f i s s ő e s . Que no curso  b á s i c o haja a maioria ou  m e s m o a totalidade dos docentes de 

outras profissőes é razoável e até desejável, uma vez que es

sas disciplinas devem  s e r lecionadas nos institutos correspon 

dentes, por  p r o f e s s o r e s das universidades. Năo se justifica, 

porém, no curso profissional. Neste, conforme o quadro/ o de 

monstra muito  b e m , as enfermeiras constituem 64% do corpo 

(16)

­ 5 2 ­ ­

Sistema de remuneraçăo dos docentes 

Quanto ao sistema de remuneraçăo dos do 

centes, a maioria (54% do total) recebe  p o r hora de aula dada: 

32% tem salário mensal; 13% năo tem remuneraçăo e sobre 7 

docentes năo foi dada informaçăo. 

Era de se esperar que quase a totalidade 

das docentes enfermeiras fossem contratadas no regime de sa 

l á r i o mensal, o que pressupőe pelo menos de 4 a 6 horas de ati 

vidades diárias na  e s c o l a . Isto năo acontece, porém, pois se 

gun do  o s dados apresentados no quadro VI, nas 27 escolas ha 

via um total de 431 docentes enfermeiras e apenas 265, entre 

enfermeiras e outros profissionais, recebiam salário mensal. 

Conclui­se, portanto, que grande parte das professoras de en 

femaagem săo contratadas apenas para lecionarem a discipli 

na, ficando a parte de supervisăo de estudantes no campo a  c a r 

go de outra pessoa, talvez de enfermeira­chefe ou da supervi 

sora do hospital. Esta situaçăo, se verdadeira, poderá  c o m 

p r o m e t e r seriamente a formaçăo dos estudantes de enferma 

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