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Rev. esc. enferm. USP vol.3 número1

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Academic year: 2018

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ATIVIDADES DE ENFERMAGEM

C i r c e de Melo R i b e i r o * Introdução

A enfermagem brasileira, tendo j a quase cinqüenta anos de idade, sofre ainda hoje de um problema que consideramos s e r í s s i m o e que impede seu p r o g r e s s o : o tradi cionalismo dos c u r r í c u l o s dos c u r s o s de graduação.

Nascida de padrões americanos, sofreu al gum as modificações no d e c o r r e r dos últimos 10 anos; algumas para melhor, c o m o no c a s o da integração de especialidades às disciplinas g e r a i s e no da inclusão da Administração; outras pa ra pior, c o m o no c a s o da Enfermagem de Saúde Pública que foi isolada do plano geral e no das Ciências Sociais que não foram incluidas no m e s m o plano.

A s b a s e s para as modificações foram dita das, na maioria das v e z e s , pelo bom senso de nossas l í d e r e s que, em reuniões c o m o esta, discutiram o tema " c u r r í c u l o " e outras v e z e s pela opinião de legisladores e educadores, em um p r o c e s s o e m p í r i c o de tomada de d e c i s ã o .

Através da legislação sobre o ensino .de en fermagem p e r c e b e - s e uma fragmentação do currículo que, .ape s a r das modificações parciais havidas, se mantém contínua, a gravada ainda pela desintegração que s e verifica no p r o c e s s o educativo. É possível que no trabalho s o b r e o c o r p o docente, este aspecto tão importante do problema s e torne evidente em toda sua magnitude.

Esta situação é conseqüência da falta de um amplo conceito s o b r e o papel da enfermeira em nossa soei edade e sobre o tipo profissional que o País necessita, dada a extensão de seus problemas de saúde. Até o momento não foi realizado estudo s o b r e e s t e s aspectos, fundamentais no p r o c e s so de desenvolvimento da enfermagem.

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Na IV Conferência Nacional de Saúde nada de npj/o se acrescentou c o m o diretriz geral para a formação de pessoal de enfermagem, parecendo aceito c o m o bom aquilo que esta sendo realizado.

Hoje, quando devemos p r o p o r c o m o as Esco-las de Enfermagem devem integrar-se nas Universidades, esta mos conscientes de que sao necessárias mudanças radicais no currículo. Ê também essencial l e m b r a r que mudança de c u r r í culo provoca mudança no e x e r c í c i o profissional e na estrutura çao dos s e r v i ç o s de saúde.

Como conseguir que este p r o c e s s o se reali ze se não analisarmos a situação atual? Aqui nos deparamos com o maior problema, pois a matéria de nosso interesse é p o r demais complexa e as pesquisas realizadas no Brasil, s<£ b r e as atividades de enfermagem, nao nos dao elementos de jui zo para s e r v i r de base ao nosso objetivo, isto é, revisão do atual currículo de enfermagem.

Análise de atividades das enfermeiras

Era nossa pretensão apresentar uma análi se das atividades que as enfermeiras na realidade estão desem penhando, baseada em t r e s pesquisas realizadas, para melhor orientar as discussões e fundamentar as propostas de um novo currículo; c o m o p o r é m , os objetivos das t r ê s pesquisas nao correspondem -ao nosso propósito , não nos foi possível utili z a - l a s .

Todas nós estamos de acordo em que o cur rículo das Escolas de Enfermagem deve s e r reformulado e que esta reformulação deve ter c o m o base pesquisas e estudos s ô b r e as funções da enfermeira.

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Funçóes básicas da enfermeira

Nestas condições não v i m o s outro meio se nao r e c o r r e r a literatura para apresentar as funções c l á s s i c a s da enfermeira, estabelecidas em outros p a í s e s .

Á s funções b á s i c a s apresentadas p o r SIMS são:

1. avaliar as necessidades dos pacientes, planejar e exe cutar seu cuidado, levando em consideração fatores e m o c i o nais, culturais, necessidades f í s i c a s , de prevenção e reabilita çáo;

2. orientar e preparar pacientes e familiares para assu mirem seu papel no plano terapêutico;

3. c o l a b o r a r c o m profissionais de campos afins para sa tisfazer às necessidades globais dos pacientes;

4 . dar ao pessoal auxiliar atribuições de a c o r d o c o m seu preparo, dirigir e supervisionar seu trabalho;

5. p r o m o v e r a utilização dos r e c u r s o s da comunidade e da instituição a fim de atender às necessidades de enfermagem do pacientes após a alta.

Estas funções, p o r é m , definidas em t e r m o s de situação hospitalar, se as encaminharmos bem e substituir mos a assistência individual pela assistência de massa, pode rão s e r tomadas c o m muito maior amplitude no campo de Saú de Publica.

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RIBEIRO, C . de M . - Ati vidades de enfermagem. Rjgvista da E s c o l a de En fermagem da IISP, TTD

-- , m a r . , 1969 ' i s s o se acrescente a necessidade de sólidos conhecimentos da enfermagem propriamente dita.

CONCLUSÃO

Com o s elementos que temos nao poderia mos ir além, porém gostaríamos que as considerações apresen tadas neste trabalho, que sao mais do que tudo a expressão de nossa apreensão, s e r v i s s e m para alertar as educadoras de en fermagem do quanto ainda temos que fazer para uma adequação dos currículos de enfermagem às nossas reais necessidades.

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