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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE CREDORES

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Academic year: 2022

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE CREDORES

Edital de convocação de credores, com prazo de 15 dias, expedido nos autos da ação de falência de SQG EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES LTDA., PROCESSO Nº 0228593-42.2006.8.26.0100. O(A) MM. Juiz(a) de Direito da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Foro Central Cível, Estado de São Paulo, Dr(a). MARCELO BARBOSA SACRAMONE, na forma da Lei, etc. FAZ SABER que, por r. sentença datada de 03.12.2018, foi decretada a falência de SQG EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES LTDA., cuja íntegra é a seguinte: “Vistos. A questão sobre a propriedade do imóvel não pode ser dirimida pelo Juízo da recuperação judicial, que não é competente para essa aferição.

Ao contrário da falência, não pode o juízo reconhecer eventual ineficácia da alienação ou fraude contra credores. Cumpre às partes promoverem ação específica a tanto, no juízo competente. No presente caso, a escritura não consta em nome da recuperanda, de modo que eventual alteração deve ser feita no juízo adequado. Nesse, enquanto nada for alterado, forçoso reconhecer que o imóvel não é da recuperanda. Pedido de Convolação em falência Trata-se de processo de recuperação judicial iniciado em 2006. Conforme apontou o administrador judicial, não foram pagos os créditos da Construtora Soma e Arnaldo Aparecido de Carvalho. Nos termos do plano de recuperação judicial a fls. 913, que foi proposto e aceito pelos credores: "Vislumbrando a concessão da carência solicitada acima, é possível efetuar o pagamento das dívidas junto ao Sr. Arnaldo e Soma, utilizando os imóveis a serem construídos sobre os terrenos de São José do Rio Preto e 4 Estações na Praia Grande. Com essa modalidade de pagamento, a empresa tem condições de liquidar suas dívidas no prazo de 5 anos após a carência, tendo em vista que o expertise da SQG é construção cível. Cabe ressaltar, no entanto, que para isso ocorrer se faz necessário: o desbloqueio dos terrenos de São José do Rio Preto/SP, com o intuito de continuar as obras e terminar os projetos ali vislumbrados; a utilização do terreno situado no Município da Praia Grande/SP, no qual serão executadas construções de prédios, que, segundo o Plano de Recuperação que ora se apresenta, serão objetos de pagamento do ex-sócio Arnaldo". Pois bem. Nos autos, referida obrigação não foi cumprida. A SQG, embora regularmente intimada, não demonstrou qualquer início de construção e apenas informou que os imóveis estão bloqueados. Ainda que seus imóveis permaneçam bloqueados, foi previsto no plano de recuperação judicial o prazo de 5 anos após a carência para a entrega de construção a ser realizada sobre os imóveis. Absolutamente nada foi feito desde a

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venceu em período posterior a dois anos, simplesmente. A realização das construções deveriam ocorrer durante esse período para que a obrigação pudesse ser regularmente cumprida, o que evidencia inadimplemento da recuperanda ainda durante o lapso do período de fiscalização. A alegação da recuperanda de que não pode realizar a prestação em razão da liminar não pode ser aceita. Isso porque sua recuperação é de 2006 e, durante todo o período, ainda não conseguiu solucionar suas pendência. Não pode a recuperanda simplesmente transferir o risco de inadimplemento em razão da falta de condições aos credores, descumprindo plano que ela própria propôs. E mais. O sistema de recuperação judicial brasileiro parte do princípio de que deverá haver necessariamente uma divisão de ônus entre devedor e credores, tendo como contrapartida o valor social do trabalho e todos os benefícios decorrentes da manutenção da atividade produtiva. É bom para o devedor, que continuará produzindo para pagamento de seus credores, ainda que em termos renegociados e compatíveis com sua situação econômica. Também é bom para os credores, que receberão os seus créditos, ainda que em novos termos. Assim, tal mecanismo só faz sentido se beneficiar o interesse social. O ônus suportado pelos credores em razão da recuperação judicial só se justifica se o desenvolvimento da empresa gerar os benefícios sociais reflexos que são decorrentes do efetivo exercício dessa atividade. Empresas que, em recuperação judicial, não gerariam empregos, rendas, tributos, nem fariam circular riquezas, serviços e produtos, não cumprem a sua função social e, portanto, não se justifica mantê-las em funcionamento nesses termos, carreando- se todo o ônus do procedimento aos credores, sem qualquer contrapartida social. Descumprido o plano, está presente a hipótese que justifica a convolação da recuperação judicial em falência. Posto isso, DECRETO hoje nos termos do artigo 73 da Lei n. 11.101/05, a falência de SQG EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES LTDA., com sede nesta Capital, Rua Roma, 0° 62Q- sala 43- Lapa, São Paulo/SP, inscrita no MF sob 00.469.673/0001-95, com administrador FRANCISCO JOSE CARONE GARCIA, CPF 064.943.868-06. Portanto:” 1) Substituo o administrador judicial por ocasião da convolação em falência em razão de o processo de recuperação judicial ter durado 12 anos e se exigir maior celeridade de atuação, notadamente por ocasião da falência. Os honorários anteriormente fixados e já recebidos, no valor de R$ 6.000,00 durante 24 meses e do perito contador, de R$1.800,00 em 12 parcelas, ficam mantidos em razão do trabalho desenvolvido. Eles são suficientes a bem remunerar o serviço desempenhado. Nomeio como administrador judicial CAMIÑA, DEL PONTE E OSHIRO SOCIEDADE DE ADVOGADOS, incrita no CNPJ sob o nº

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11.603.851/0001-45, com endereço à Alameda Lorena, 131, cjs. 31-32, Jardim Paulista, São Paulo/SP, CEP: 01424-000, representada por Alberto Camiña Moreira(OAB/SP 347.142) devendo ser intimado pessoalmente, para que em 48 (quarenta e oito) horas assine o termo de compromisso, pena de substituição (artigos 33 e 34).2) Deve o administrador judicial proceder a arrecadação dos bens, documentos e livros (artigo 110),bem como a avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em que se encontrem (artigos 108 e 110), para realização do ativo(artigos 139 e 140), sendo que ficarão eles “sob sua guarda e responsabilidade”(artigo 108, parágrafo único), podendo providenciar a lacração, para fins do artigo109.3) Fixo o termo legal (artigo 99, II), nos 90 (noventa) dias do pedido de recuperação judicial.4) Os administradores das falidas devem apresentar, no prazo de cinco dias, a relação nominal de credores, descontando o que já foi pago ao tempo da recuperação judicial e incluindo os créditos que não estavam submetidos à recuperação (artigo 99, III), se for o caso indicando a possibilidade de aproveitar o edital do artigo 7, § 2º, da Lei n. 11.101/05, para tal, desde que não existam pagamentos durante a recuperação judicial.5) Devem os administradores da falida cumprir o disposto no artigo104. A tanto, devem apresentar, no prazo de dez dias, referidas declarações por rescrito. Sem prejuízo, no mesmo prazo, devem comparecer em cartório para assinatura do termo de comparecimento. Intimem-se-os por edital e pessoalmente a tanto.6) Ficam os administradores advertidos, ainda, que para salvaguardar os interesses das partes envolvidas e verificado indício de crime previsto na Lei n. 11.101/2005, poderão ter a prisão preventiva decretada (art. 99, VII).7) Determino, nos termos do art. 99, V, a suspensão de todas as ações ou execuções contra a falida (empresa), ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º da mesma Lei, ficando suspensa, também, a prescrição.8) Proíbo a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, sem autorização judicial e do Comitê de Credores (se houver), ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor “se autorizada a continuação provisória das atividades” (art. 99, VI).9) Determino a expedição de ofícios (art. 99, X e XIII) aos órgãos e repartições públicas (União, Estado e Município; Banco Central, DETRAN, Receita Federal, etc.), autorizada a comunicação “on-line”, imediatamente, bem como à JUCESP para fins dos arts. 99, VIII, e 102.10) Expeça-se edital, nos termos do art. 99, parágrafo único, da Lei11.101/2005, assim que apresentada a relação de credores, nos termos do item 4.11) Tendo em vista a convolação da recuperação judicial em falência, eventuais impugnações judiciais já apresentadas pelos credores no curso da recuperação judicial deverão ser entregues em definitivo

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ao administrador judicial e processadas como divergências administrativas, assim como as novas divergências que forem eventualmente apresentadas no prazo legal de 15 dias, que se inicia com a publicação do edital de falência (art. 7, §1, da LRF), a fim de que o administrador judicial apresente oportunamente a relação a que se refere o art. 7, §2o, da LRF. As habilitações ou divergências deverão ser encaminhadas diretamente ao Administrador Judicial, através de e-mail a ser por ele informado e criado especificamente para este fim e informado no referido edital a ser publicado. As habilitações tempestivas apresentadas nos autos e não diretamente ao administrador judicial, como determinado, não serão consideradas para fim de habilitação. Nesse sentido, deverá o Administrador Judicial informar, no prazo de 5 (cinco) dias, um e-mail criado para esse fim, que deverá constar no edital do art. 99, parágrafo único, a ser expedido.12) Intimem-se, inclusive o Ministério Público. P.R.I.C.”. FAZ SABER também que a falida foi intimada a apresentar a relação de credores mas não o fez. Por essa razão, o AJ, com base no que consta do processo falimentar e com base em habilitações já apresentadas elaborou a seguinte RELAÇÃO DE CREDORES: CRÉDITOS TRABALHISTAS (ART. 83, I): Adílio Gregório Pereira, R$ 834,55; César Teixeira de Lima, R$ 93.054,97;

Cesário José da Silva, R$ 55.337,58; Cícero Miguel da Silva, R$ 85.922,54; Claudio Roberto Outtes, R$ 40.502,83; Fábio Olímpio da Silva, R$ 62.712,57; Firmiano Fernandes de Souza, R$ 53.828,21;

José Roberto de Oliveira Gomes, R$ 14.260,77; Sostenes Manoel de Lima, R$ 143.100,00; Tania Breschi Brejão, R$ 81.406,81. TOTAL: R$ 630.960,83 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS (ART. 83, III): União, R$ 2.683.719,33; Fazenda Pública do Estado de São Paulo (penhora no rosto dos autos), R$ 930.937,70; Municipalidade de São Paulo (Reserva), R$ 14.550.200,93; Município de São José do Rio Preto (Reserva), R$ 30.792,03; Município de São José do Rio Preto (Reserva), R$ 65.106,50, Município de São José do Rio Preto (Reserva), R$ 2.843.195,52. TOTAL: R$ 21.103.952,28 CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS (ART. 83, VI): Administradora e Construtora Soma Ltda., R$ 18.616.808,88;

Arnaldo Aparecido de Carvalho (Reserva), R$ 36.611.874,39; Sostenes Manoel de Lima, R$ 333.519,78; Ministério Público do Estado de São Paulo (Reserva – Ação Civil Pública Mauá/SP), R$ 44.350.021,00; Maria Francesca Santaella Gigliotti Riviello, Bianca Gabriela Gigliotti Riviello e Leonardo Gigliotti Riviello (“Família Riviello”), (Reserva - Cumprimento de Sentença - Mauá/SP), R$ 5.641.941,18. TOTAL: R$ 105.554.165,23 CRÉDITOS DECORRENTES DE MULTA (ART. 83, VII):

União, R$ 172.641,81. TOTAL: R$ 172.641,81 TOTAL GERAL: R$ 127.461.720,15. FAZ SABER AINDA que foi marcado o prazo de 15 (quinze) dias para que os credores apresentem habilitações ou

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divergências de crédito, que podem ser feitas no site do Administrador Judicial:

https://caminamoreira.com.br/sqg-habilitacoes-e-divergencias/ ou no seguinte endereço eletrônico: credorsqg2vfrj@gmail.com . Habilitações apresentadas nos autos digitais não serão consideradas. Na ocasião da apresentação das habilitações e divergências, os credores deverão indicar dados completos da conta bancária (nome do titular da conta, número do CPF/CNPJ do titular da conta, número da agência e da conta bancária) para que, conforme previsão do artigo 1.113, § 3º, 4º e 5º das NSCGJ/TJSP (PROVIMENTOS nº 50/1989 e 30/2013), possam receber eventuais valores através da prévia expedição de ofício ao banco. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. NADA MAIS. Dado e passado nesta cidade de São Paulo, aos 9 de dezembro de 2020.

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