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2 0 1 7

CCAM CADAVAL

R E L A T O R I O

E C O N T A S

(2)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Índice

Pág.

1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL _________________________________________ 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE CADAVAL________________________________________________________________________ 7

2.1. E

STRUTURA DE

G

OVERNO

S

OCIETÁRIO

_______________________________________________ 7

2.2. O

RGANOGRAMA

G

ERAL DA

C

AIXA DE

C

RÉDITO

A

GRÍCOLA

__________________________________ 7

2.3. A

SSEMBLEIA

G

ERAL

____________________________________________________________ 8

2.4. C

OMPOSIÇÃO DA

M

ESA DA

A

SSEMBLEIA

G

ERAL

_________________________________________ 8

2.5. C

OMPETÊNCIA DA

A

SSEMBLEIA

G

ERAL

_______________________________________________ 8

2.6. C

ONSELHO DE

A

DMINISTRAÇÃO

____________________________________________________ 9

2.7. C

OMPOSIÇÃO DO

C

ONSELHO DE

A

DMINISTRAÇÃO

________________________________________ 9

2.8. C

OMPETÊNCIAS DO

C

ONSELHO DE

A

DMINISTRAÇÃO

______________________________________ 9

2.8.1. Reuniões do Conselho de Administração _____________________________________ 9

2.8.2. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração ___________ 10

2.9. Ó

RGÃOS DE

F

ISCALIZAÇÃO

______________________________________________________ 10

2.9.1. Conselho Fiscal ________________________________________________________ 10

2.9.2. Composição do Conselho Fiscal ___________________________________________ 10

2.9.3. Reuniões do Conselho Fiscal ______________________________________________ 10

2.9.4. Revisor Oficial de Contas _________________________________________________ 10

2.10. P

OLÍTICA DE

R

EMUNERAÇÃO DOS

M

EMBROS DOS

Ó

RGÃOS DE

A

DMINISTRAÇÃO E DE

F

ISCALIZAÇÃO

____ 11

2.11. P

OLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES

____________________________________ 17

3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO __________________________________ 18

3.1. I

NTRODUÇÃO

_______________________________________________________________ 18

3.2. E

NQUADRAMENTO

E

CONÓMICO

__________________________________________________ 18

3.3. M

ERCADO BANCÁRIO NACIONAL

__________________________________________________ 21

3.4. P

RINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA

2018 __________________________________________ 25

3.5. CRÉDITO AGRÍCOLA: E

VOLUÇÃO RECENTE

_________________________________________ 27

3.6. O

UTROS

F

ACTOS

R

ELEVANTES

____________________________________________________ 33

3.7. E

VOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS DA

C

AIXA

A

GRÍCOLA DO

C

ADAVAL

________________________ 38

3.8. A

NÁLISE

F

INANCEIRA

__________________________________________________________ 40

3.8.1. Quadro de indicadores __________________________________________________ 40

3.8.1.1. Indicadores de balanço ________________________________________________ 40

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

3.8.10. Crédito / Recursos por agência __________________________________________ 51

3.8.10.1. Crédito ___________________________________________________________ 51

3.8.10.2. Recursos __________________________________________________________ 52

3.8.11. Capitais Próprios _____________________________________________________ 53

3.8.12. Resultado líquido _____________________________________________________ 54

3.8.13. Margem financeira ___________________________________________________ 55

3.8.14. Produto bancário _____________________________________________________ 56

3.8.15. Custos administrativos_________________________________________________ 57

3.8.16. Impostos ___________________________________________________________ 58

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS _______________________________________________ 59

4.1. B

ALANÇO

_________________________________________________________________ 59

4.2. D

EMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL

_________________________ 60

4.3. D

EMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

______________________________________________ 61

4.4. D

EMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO

____________________________________ 62

4.5. N

OTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

______________________________________ 63

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS _____________________________________ 110

6. PARECER DO CONSELHO FISCAL ______________________________________________ 111

7. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS _____________________________________________ 113

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

1. Convocatória da Assembleia Geral

Nos termos do número 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, Cooperativa de Responsabilidade Limitada, com sede na Avenida dos Bombeiros, número 36, em Cadaval, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Cadaval sob o número único de matrícula e identificação fiscal 500 901 473, com o capital social realizado de € 9.075.020,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, para reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, na sede da Instituição, no próximo dia 23 de Março de 2018, pelas 18:00 horas, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1º. PONTO

Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2017 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2º. PONTO

Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3º. PONTO

Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4º. PONTO

Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5º. PONTO

Determinação da remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Órgão de Administração e do Órgão de Fiscalização.

6º. PONTO

Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos Associados redacções diferentes.

7º. PONTO

Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

8º. PONTO

Discussão e votação da alteração da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

9º. PONTO

Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Nota: Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

ADITAMENTO À CONVOCATÓRIA Assembleia Geral

Inclusão de Assuntos na Ordem do Dia

Em aditamento à anterior convocatória, publicada em 20/02/2018 no Diário de Notícias, comunica-se a todos os Associados que foi recebido um pedido de inclusão de assunto na ordem do dia para a Assembleia Geral Ordinária a realizar no próximo dia 23 de Março de 2018, pelas 18 horas, na sede da Instituição.

Em consequência, dando cumprimento do disposto no artigo 378.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por força do disposto nos artigos 2.º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (aprovado pela Lei nº 24/91 de 11 de Janeiro) e 9.º do Código Cooperativo (aprovado pela Lei nº 119/2015 de 31 de Agosto), informa-se que a ordem de trabalhos da referida Assembleia passa a incluir mais dois pontos - o Ponto 9 e 10 -, passando a ser a seguinte a ordem de trabalhos:

1º. PONTO

Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2017 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2º. PONTO

Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3º. PONTO

Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4º. PONTO

Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5º. PONTO

Determinação da remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Órgão de Administração e do Órgão de Fiscalização.

6º. PONTO

Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos Associados redações diferentes.

7º. PONTO

Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

8º. PONTO

Discussão e votação da alteração da Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

9º. PONTO

Aprovação de pedidos de demissão de Associados.

10º. PONTO

Informação sobre a realização de Eleições para os órgãos sociais na próxima Assembleia Geral Ordinária.

11º. PONTO

Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Nota: Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Cadaval, 06 de Março de 2018

O Presidente da Mesa da Assembleia,

Eng. Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

2. Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola de Cadaval

2.1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cadaval, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho

Fiscal ROC

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

2.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

2.4. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro Vice-Presidente: Pedro Gaspar Rodrigues

Secretário: Aristides Lourenço Sécio

2.5. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

 Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

 Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

 Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

 Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

 Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de organismos cooperativos de grau superior;

 Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

 Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

2.6. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três, e de um suplente.

O Conselho de Administração no mandato para o triénio 2016/2018, é composto por cinco membros, tendo os membros Acácio Nunes e Luís Domingos sido designados como administradores executivos.

2.7. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Manuel António Chaveiro de Sousa Soares Vogal: Fernando Manuel Gomes dos Santos

Vogal: Adelino Jesus Nobre

Vogal: Acácio Filipe Azevedo Nunes Vogal: Luís Miguel Couto Domingos Suplente: João Francisco Marques Duarte

2.8. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

 Administrar e representar a Caixa Agrícola;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

 Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

 Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola;

 Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

 Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

 Organizar, dirigir e disciplinar os serviços;

 Aplicar sanções aos associados de acordo com o previsto na Lei e nos Estatutos;

 Comprar património móvel e imóvel que se destine à Caixa Agrícola, vender património móvel que a Caixa Agrícola já não necessite e ainda a vender os móveis e imóveis recebidos em dação ou adquiridos judicialmente para reembolso de créditos.

2.8.1. Reuniões do Conselho de Administração

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

2.8.2. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

Não estão distribuídos pelouros pelos membros do Conselho de Administração.

2.9. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta do plano de actividades e orçamento.

2.9.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

2.9.2. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Amélia Maria Miguel Coelho Vogal: Catarina Florêncio Matias Filipe Vogal: António Manuel Alberto Timóteo Suplente: Pollyanna Pedro

2.9.3. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total de 5 reuniões.

2.9.4. Revisor Oficial de Contas

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2.10. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos artigos 7º número 3 e 20º número 4 do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (doravante SICAM), vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CADAVAL, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017, que passamos a transcrever:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF);

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital);

f. As orientações da Autoridade Bancária Europeia nº. EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do SICAM.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos artigos 7º nº. 4 e 20º nº. 5 do Estatuto Remuneratório do SICAM, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la

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remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em 5 (cinco) prestações iguais, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da Lei, dos Estatutos e do artigo 20º nº. 6 do Estatuto Remuneratório do SICAM, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo estatuto.

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em 14 (catorze) meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal), de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do SICAM, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto Remuneratório.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de

trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de

Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos,

idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo

da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da

Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que

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teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral.

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

Para efeitos do Estatuto Remuneratório do SICAM, todos os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2017 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

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relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo: Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA e Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA.

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do SICAM, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em 14 (catorze) meses.

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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Remuneração a 31-12-2017

Fixa Total

Orgão de Administração

Presidente 24.913,56 € 24.913,56 € Vogal 24.913,56 € 24.913,56 € Vogal 24.913,56 € 24.913,56 € Vogal Executivo 98.237,72 € 98.237,72 € Vogal Executivo 83.949,55 € 83.949,55 € 256.927,95 € 256.927,95 €

Orgão de Fiscalização

Presidente 2.743,55 € 2.743,55 € Vogal 2.743,55 € 2.743,55 € Vogal 2.743,55 € 2.743,55 € 8.230,65 € 8.230,65 €

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2.11. Política de remuneração dos colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Todos os colaboradores, maxime os abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola.

2. Também se atribui duas horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente, de acordo com decisão tomada pelo Conselho de Administração, uma remuneração extraordinária variável, de acordo com o “Normativo sobre Política de Incentivos” em vigor na CCAM desde 01/01/2017, devidamente aprovado pela Caixa Central.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, constam no referido “Normativo sobre Política de Incentivos”, divulgado internamente.

5. A remuneração extraordinária variável mencionada nos pontos 3. e 4. referente ao ano de 2017, não foi liquidada no decurso desse ano, estando contabilizada, porquanto apenas será efectivada após aprovação das contas em Assembleia Geral.

6. Bo ano de 2017 não ocofrreram situações de cessação antecipada de funções por parte de qualquer colaborador da CCAM do Cadaval.

7. No ano de 2017 foi admitido um colaborador ao abrigo de contrato de “medida estágios emprego”, co-participado pelo IEFP, ao abrigo da Portaria n.º 204-B/2013 de 18 de Junho , alterada pelas Portarias n.º 375/2013 de 27 de Dezembro e n.º 20-4/2014 de 30 de Janeiro e n.º 149-B/2014 de 24 de Julho e regulamentada pelo Despacho n.º 9841-A/2014 de 30 de Julho, com uma duração de nove meses.

8. Um dos colaboradores abrangido pelo nº 3 ao artigo 1º do Aviso do banco de Portugal n.º 10/2011 beneficia de crédito à habitação concedido ao abrigo do Regime do Crédito habitação do ACTV das ICAM. Outro colaborador abrangido pelo já mencionado n.º 3 do artigo 1º do Aviso do banco de Portugal n.º 10/2011 beneficia de um Crédito Social, à taxa bonificada, concedido ao abrigo da circular interna nº 6/2004.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Remuneração a 31-12-2017

Colaboradores Fixa Variável Total

Compliance e Função de Risco 28.670,08 0,00 28.670,08

A presente política de remuneração vigorou para o ano de 2017, com efeitos reportados a 1 de

Janeiro.

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3. Relatório do Conselho de Administração

3.1. Introdução

Senhores Associados,

Dando cumprimento ao que está estabelecido nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cadaval, vimos submeter à apreciação da Assembleia Geral, o Relatório e Contas, acompanhado do parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.

3.2. Enquadramento Económico

ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60%

versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)

2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da

Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano.

Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O.E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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3.3. Mercado bancário nacional

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado

crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos

particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o

crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito

a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão

de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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3.4. Principais riscos e incertezas para 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

(26)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e

às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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3.5. CRÉDITO AGRÍCOLA: Evolução recente

RESULTADO E BALANÇO

Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017 Variação

(28)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Demonstração de Resultados Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação

2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e outros resultados de exploração.

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de

(29)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

(30)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016.

Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131%

em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM

que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017,

contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785

milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros Activo Passivo Capitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um

acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito

aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo

facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

3.6. Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário

1

, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”

2

. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

 A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

 O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

 A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

1Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

 O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando- se mais de 90 milhões de transacções.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola

de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

 Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

 Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira,

que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

Referências

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