PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SÃO PEDRO
Estado de São Paulo
LEI Nº 2.303/2001 - de 27 de agosto de 2001
Dispõe sobre os serviços de remoção de entulho e dá outras providências
ANTONIETA ELIZA GHIROTTI ANTONELLI, Prefeita do Município de São Pedro, Estado de São Paulo,
Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu sanciono e promulgo seguinte Lei:
Art. 1º. O serviço de retirada de entulho proveniente de construções, reformas e outras obras na cidade de São Pedro, têm por finalidade manter o Município limpo, mediante coleta, transporte e destinação final dos resíduos.
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, entulho é a conjunção heterogênea constituída por materiais sólidos retirados de qualquer obra, provenientes da construção civil.
Art. 3º. Cabe ao particular a remoção de entulho, terra e sobra de material de construção, podendo fazê-lo de conformidade com as Leis vigentes e esta Lei, para o local determinado previamente ou contratar o serviço de empresas especializadas, cadastradas e autorizadas pelo Município para essa atividade.
Art. 4º. É proibido expor, depositar, descarregar nos passeios, canteiros, ruas, jardins e demais áreas de uso comum do povo, entulho, terra, ou resíduos sólidos de qualquer natureza, ainda que acondicionados em veículos, carroceiras, máquinas e equipamentos assemelhados, salvo o regulamentado nesta Lei.
Parágrafo Único. Detectado o acúmulo na frente das obras ou locais proibidos, será o responsável intimado a retirar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de fazê-lo a
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Prefeitura, cobrando-se o custo correspondente às despesas, em dobro.
Art. 5º. Ao infrator ou à empresa a qual pertencerem os equipamentos, serão aplicadas as sanções previstas nesta Lei, sem prejuízo da obrigação de limpar o local e da reparação dos danos eventualmente causados aos logradouros públicos ou a terceiros.
Parágrafo Único. Decorridas 48 (quarenta e oito) horas da intimação, para limpeza ou reparação dos danos, a Prefeitura, a seu exclusivo critério, poderá realizá-lo cobrando do infrator ou da empresa o custo correspondente às despesas, em dobro.
Art. 6º. As caçambas de coleta de entulho e congêneres, deverão ter tamanho, cores, sinalização e inscrição nos termos seguintes (vide anexo I):
I - pintura em esmalte sintético, na cor amarelo vivo em toda sua extensão;
II - faixa zebrada com tinta de película refletiva que facilite a sua visualização, principalmente no período noturno;
III - distância do bordo inferior da faixa do piso com 0,50m;
IV - largura da faixa refletiva de 0,30m;
V - faixa refletiva com largura de 0,05m em todos os cantos vivos verticais da caçamba;
VI - indicação do nome da Empresa e de seu número de telefone, acima da faixa zebrada com letras visíveis e com altura mínima de 0,10m nas duas faces maiores;
VII - apresentação no mesmo local, de numeração sequencial, composta pelo prefixo identificativo da Empresa
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fornecida pelo setor competente, seguido do número da caçamba com letras de 0,20m de altura mínima.
Parágrafo único. É proibido o uso de caçamba sem as prescrições aqui previstas.
Art. 7º. Poderão ser colocadas caçambas na via pública quando não houver espaço no interior da obra ou seu interior for inacessível, hipótese em que a maior dimensão horizontal da caçamba deverá ficar paralela à guia a uma distância de 0,30m da mesma.
Art. 8º. É proibida a colocação de caçambas a menos de 10,00m (dez metros) do alinhamento da guia da rua mais próxima da esquina ou de pontos de ônibus.
Art. 9º. Em todos os trechos de vias públicas, onde o Código de Trânsito Nacional e a sinalização não permitam o estacionamento de veículos, será proibida a colocação de caçambas.
Art. 10. Na zona central, onde houver horários específicos de carga e descarga, a colocação ou remoção da caçamba, deverá obedecer a esses horários.
Art. 11. A colocação de caçambas em áreas da zona azul, estará sujeita à sua contribuição nos termos da regulamentação específica a ser editada.
Art. 12. Em todos os locais em que possam as caçambas sugerir risco de danos e à segurança de veículos e pedestres, sendo sua colocação proibida, a Administração Municipal , determinará a imediata remoção das mesmas.
Art. 13. As empresas proprietárias de caçambas, deverão quando, notificadas, pela Administração Municipal, relatar qual o tempo de permanência das mesmas no local
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de retirada de entulho, e sujeitar-se-ão a alterar seu tempo se assim determinar o Poder Público Municipal.
Art. 14. Para casos não previstos nos Artigos acima, poderá ocorrer estudo pela Prefeitura, a pedido da Empresa interessada.
Art. 15. O depósito e o transporte das caçambas de entulho, terra, agregados e qualquer outro material, devem ser executados de forma a não provocar derramamento na via pública e poluição local, respeitadas as seguintes exigências:
A - os veículos com a caçamba deverão trafegar com a carga rasa, limitada à borda da caçamba, sem qualquer coroamento com cobertura ou outro dispositivo que impeça a queda do material durante seu transporte, devendo ter seu equipamento de rodagem limpo antes de atingirem a via pública;
B - durante a carga e descarga dos veículos, deverão ser adotadas precauções, de modo a não gerar riscos a pessoas e aos veículos em trânsito pelo local;
C - será responsável única a Empresa proprietária da caçamba, se em trânsito o veículo que a carregar, ocasionar riscou ou danos às pessoas ou coisas, sendo estas públicas ou particulares.
Parágrafo único. A remoção de todo material remanescente da carga ou descarga, bem como a varrição ou lavagem do local, deverão ser providenciadas imediatamente após a conclusão dos serviços, pelo proprietário ou executor da obra, podendo ser executado pela Prefeitura do Município de São Pedro, a seu critério, cobrado o custo correspondente em dobro.
Art. 16. A Prefeitura do Município de São Pedro indicará, mediante alvará, o local para depósito de entulho retirado mediante pedido subscrito pelo representante legal da Empresa, ou pelo particular, que renovará o pedido se a capacidade
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do depósito autorizado se esgotar ou sua validade de até 6 (seis) meses, ultrapassar.
Parágrafo único. A colocação do entulho em locais não autorizados pela Prefeitura do Município de São Pedro, gerará a Empresa, a cassação de sua inscrição e o impedimento de sua atividade, sem prejuízo das medidas legais cabíveis para apreensão dos objetos e equipamentos utilizados no serviço.
Art. 17. As transgressões às normas previstas nesta Lei, geram ao infrator, além das sanções já alencadas, as seguintes penalidades:
I - intimação para que o cumprimento da norma se dê no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob as penas previstas a seguir:
a) - a empresa será multada em R$ 250,00 - (duzentos e cinqüenta reais);
b) - após 24 (vinte e quatro) horas da primeira multa e verificado o não cumprimento novamente, a Empresa será multada em R$ 500,00 - (quinhentos reais);
c) - após 24 (vinte e quatro) horas, caso persista a infração, a Empresa terá seu alvará de funcionamento revogado pelo Departamento competente.
II - lacração dos estabelecimentos clandestinos e arrolamento de todos os bens constantes do domicílio, que ficarão depositados em nome do proprietário da Empresa.
Art. 18. As multas previstas no Artigo anterior, deverão ser recolhidas aos Cofres Municipais, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, corridos a contar da data de sua imposição.
Parágrafo único. Fica assegurado o direito de defesa, no prazo de 5 (cinco) dias, com efeito meramente devolutivo.
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Art. 19. Para efeito desta Lei, as referidas Empresas terão o prazo de 90 (noventa) dias para regularização de sua situação, a partir da data de sua publicação.
Art. 20. Compete ao Departamento de Obras e da Fiscalização da Tributação, o acompanhamento e ao cumprimento desta Lei, em suas respectivas áreas de atuação.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
São Pedro, 27 de agosto de 2001
Publicada na Secretaria da Prefeitura do Município de São Pedro, aos vinte e sete dias do mês de agosto do ano de dois mil e um.
