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PRÁTICA PEDAGÓGICA EM DEFICIÊNCIA FÍSICA

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Academic year: 2022

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DEFICIÊNCIA FÍSICA

Autora: Tatiana dos Santos da Silveira

Programa de Pós-Graduação EAD

UNIASSELVI-PÓS

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Reitor: Prof. Ozinil Martins de Souza

Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel Equipe Multidisciplinar da

Pós-Graduação EAD: Profa. Erika de Paula Alves

Profa. Izilene Conceição Amaro Ewald Prof. Márcio Moisés Selhorst

Revisão de Conteúdo: Profa. Ana Paula Fischer Hort Revisão Gramatical: Profa. Christiane Heemann

Revisão Pedagógica: Profa. Patrícia Cesário Pereira Offial Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci

371.9

S587p Silveira, Tatiana dos Santos da

Prática pedagógica em deficiência física / Tatiana dos Santos da Silveira. Indaial : Uniasselvi, 2013.

100 p. : il

ISBN 978-85-7830-724-0

1. Educação especial. 2. Deficiência física.

I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.

Copyright © UNIASSELVI 2013

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial.

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito

Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (047) 3281-9000/3281-9090

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Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Mestre em educação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), possui especialização em Arte pela Universidade Regional de Blumenau, especialização em Educação a Distância: gestão e tutoria pela UNIASSELVI, graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado de Santa Catarina e graduação em Educação Artística pela Universidade Regional de Blumenau. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Arte Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação,

arte-educação, inclusão, Educação a Distância.

Coordenadora do curso de licenciatura em Artes Visuais - UNIASSELVI e responsável pelo

Projeto de Educação Inclusiva na EAD - NUAP - UNIASSELVI.

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APRESENTAÇÃO ...7

CAPÍTULO 1

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CAPÍTULO 2

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CAPÍTULO 3

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CAPÍTULO 4

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... 79

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Caro(a) pós-graduando(a):

Bem vindo à disciplina de Prática Pedagógica em Deficiência Física. Esta disciplina objetiva compreender a relação entre a legislação e a teoria e prática cotidiana da inclusão da pessoa com deficiência física, principalmente nas questões relacionadas ao Plano Político Pedagógico (PPP) da Escola, aos jogos e aos materiais adaptados.

Espero que nossa discussão provoque reflexões acerca das práticas desenvolvidas em sala e aula a fim de qualificar cada vez mais a inclusão escolar. Nosso maior desafio frente ao processo de inclusão de crianças com necessidades especiais está justamente na relação entre a teoria e prática, pois muito se tem discutido e avançado nas produções referentes à inclusão, porém ainda precisamos compreender como este projeto desafiador realmente se concretiza.

Nossa conversa acerca da deficiência física deverá contribuir para a reflexão da prática pedagógica a fim de ampliarmos nosso repertório de atividades e jogos adaptados, garantindo a acessibilidade e a inclusão de todas as crianças.

Convido você, pós-graduando, a refletir a partir de agora sobre estas práticas e compartilhar conhecimentos através desta disciplina.

Vamos lá?

A autora.

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C APÍTULO 1

D eficiência f íSica :

c onceito , H iStórico e L egiSLação

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem:

3 Conceituar a deficiência física historicamente e relacioná-la com a legislação para a educação inclusiva.

3 Compreender a trajetória da inclusão de crianças com deficiência física na escola.

“A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes e em nossos corações”.

(PETER MITTLER, 2003, p. 21).

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c ontextuaLização

Este capítulo abordará, de forma sucinta, alguns aspectos relacionados à inclusão de pessoas com necessidades especiais no Brasil. No decorrer do seu curso, certamente vários professores foram apontando características gerais e específicas acerca da inclusão social e escolar de pessoas com deficiência física.

Neste capítulo, pretendemos relembrar essa trajetória, contextualizando com a prática cotidiana.

Para sustentar nossas reflexões, utilizaremos como arcabouço teórico autores como Mittler (2003) e Vygotsky (1997), além de documentos internacionais que tratam das questões legais da inclusão, como também os documentos do Ministério da Educação (MEC).

L egiSLação B raSiLeira Para i ncLuSão e ScoLar

“Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças”

(Mantoan) Se adentrarmos na história da inclusão e exclusão, perceberemos

com facilidade que se trata de um fator social presente desde os tempos mais remotos. Segundo a história da humanidade, registros indicam que nas civilizações mais antigas, por exemplo, o acolhimento ou o não acolhimento da diversidade sempre foi um assunto ditado pelas normas e leis de cada civilização.

Para Gugel (2007), as obras de arte indicam pessoas com deficiência em várias épocas, tais como o guardião de Roma e um músico anão da V Dinastia, que apresentam deficiência física.

Podemos sintetizar a história da inclusão em diferentes épocas da seguinte forma:

Egito: O povo egípcio incluía na sociedade as pessoas com deficiência , algo quase comum em uma civilização com uniões consanguíneas. A história desta civilização também é marcada pela existência comum de pessoas cegas e de papiros médicos que mostram procedimentos para curar os olhos.

Grécia: o povo grego sempre cultuou o corpo e a perfeição, assim excluíam e eliminavam as crianças que nasciam com alguma deficiência. A perfeição era condição para participação da vida social em Esparta.

Se adentrarmos na história da inclusão e exclusão,

perceberemos com facilidade que se trata de um fator social presente desde os tempos

mais remotos.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Roma: Ainda com o culto da força física dos guerreiros, o povo romano jogava as crianças com deficiência no Rio Tibre, pois as anormalidades caracterizavam um perigo para a continuidade da espécie.

Idade Média: pessoas com deficiência eram associadas à imagem do diabo, da feitiçaria, da bruxaria e do pecado, sendo isoladas e exterminadas. Nesse momento, as pessoas com deficiência tinham um comportamento consequente de forças sobrenaturais.

Na antiguidade clássica as pessoas com deficiência foram consideradas possessas de demônios e de maus espíritos.

[...]. Os modelos econômicos, sociais e culturais impuseram às pessoas com deficiência uma inadaptação geradora de ignorância, preconceitos e tabus que, ao longo dos séculos e séculos, alimentaram os mitos populares da perigosidade das pessoas com deficiência mental e do seu caráter demoníaco, determinando atitudes de rejeição, medo e vergonha. (VIEIRA e PEREIRA 2003, p.17)

Após esse período a Igreja passa a acolher e proteger as pessoas com deficiências; no entanto, ao “acolher” essas pessoas, a Igreja os tornava uma espécie de servo trabalhador da instituição que tentava manter uma posição caritativa e filantrópica. Exemplo disso é a tão famosa história do “corcunda de Notre Dame”.

Figura 01 - Corcunda de Notre Dame

Fonte: Disponível em: <http://maniacosporfilme.wordpress.com/2011/10/22/o-corcunda- de-notre-dame-1939-um-classico-de-partir-o-coracao/>. Acesso em: 15 jan. 2013.

Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que se percebeu uma necessidade de reorganizar a sociedade, reabilitando os homens sobreviventes da guerra. Surge

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então, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esta declaração surge em convergência com a Declaração de Direitos Inglesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na França, e a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945. Essa declaração serviu de base para todas as declarações e legislações posteriores que defendem a inclusão e o direito de todas as pessoas de viverem em sociedade de forma justa e igualitária.

A Declaração dos Direitos Humanos surgiu com uma necessidade social justamente para reabilitar pessoas que acabaram desenvolvendo alguma deficiência durante a Segunda Guerra. Nesse momento, a sociedade contava com um número significativo de homens com deficiência, principalmente a deficiência física, uma condição muito comum entre soldados e civis que passaram por campos de batalha. A exemplo disso, citamos a população de Angola com um grande índice de mutilados por “minas”.

O número de mutilados por minas é tão grande que o país chegou a criar um concurso de miss para as mulheres vítimas de minas terrestres.

Figura 02 - Concurso miss Angola

Fonte: Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/

Mundo/0,,MUL259988-5602,00.html>. Acesso em: 15 jan. 2013.

A Declaração dos Direitos Humanos surgiu com uma necessidade social

justamente para reabilitar pessoas

que acabaram desenvolvendo alguma deficiência durante a Segunda

Guerra.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Para saber mais, acesse o link:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL259988-5602,00.html

A partir da Declaração dos Direitos Humanos, como citamos anteriormente, surgiram vários documentos relacionados aà inclusão no país e no mundo, assim organizamos uma relação dos documentos internacionais norteadores das Políticas de Inclusão de pessoas com necessidades especiais:

Declaração Universal dos Direitos Humanos – Aprovada em 1948 na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Esta declaração é a base da luta universal contra a opressão e a discriminação; defende a igualdade e a dignidade das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser aplicados a cada cidadão do planeta;

assegura às pessoas com deficiência os mesmos direitos de todos os cidadãos, tais como: direito à liberdade, a uma vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e à livre participação na comunidade.

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes - Resolução aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 09/12/75. O documento além de relembrar os direitos humanos, apela à ação nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a proteção destes direitos para a pessoa com deficiência.

• Declaração de Jomtien – Em 1990, aconteceu em Jomtien, na Tailândia, a Conferência Mundial sobre Educação para todos, na qual o Brasil participou.

Assim, ao assinar essa Declaração, o Brasil assumiu o compromisso, perante a comunidade internacional, de erradicar o analfabetismo e universalizar o Ensino Fundamental no país.

• Declaração de Salamanca – Em 1994, a UNESCO organizou a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, em Salamanca (Espanha), objetivando a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais. O resultado dessa conferência é um dos principais documentos norteadores da inclusão mundial, A Declaração de Salamanca, que instituiu a inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais.

• Convenção de Guatemala - Trata-se de uma convenção que foi realizada na Guatemala, em 1999, e teve a participação de vários países sul-americanos,

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inclusive o Brasil. Nessa convenção, o foco foi a eliminação da discriminação contra as pessoas com deficiência. Esse documento dispõe que as pessoas com deficiência não podem receber tratamentos diferenciados que impliquem exclusão ou restrição ao exercício dos mesmos direitos que as demais pessoas têm.

• Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão – Congresso Internacional realizado em Montreal, Quebec, em junho 2001. O Congresso Internacional “Sociedade Inclusiva”, convocado pelo Conselho Canadense de Reabilitação e Trabalho, apela aos governos, empregadores e trabalhadores bem como à sociedade civil para que se comprometam com, e desenvolvam o desenho inclusivo em todos os ambientes, produtos e serviços.

Esses são os principais documentos internacionais norteadores da inclusão e base da legislação brasileira.

Atividade de Estudos:

1) Vamos relembrar a legislação brasileira para a inclusão de pessoas com necessidades especiais?

Tente organizar em tópicos os documentos nacionais que você já conhece.

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Se verificarmos no site do MEC os documentos norteadores para a inclusão escolar facilmente perceberemos a quantidade e a diversidade de materiais

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

acerca desta temática disponíveis para consulta, pesquisa e conhecimento.

Assim, consideramos de suma importância que cada pós-graduando acesse e verifique este portal.

Se você já conhece o portal do MEC e já pesquisou sobre a legislação e os materiais direcionados a inclusão, sugerimos que acesse constantemente, pois a cada dia o número de materiais é ampliado e atualizado.

Acesse http://portal.mec.gov.br/index.php

Link: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.

A partir da sua construção na atividade de estudo e da sua pesquisa, vamos analisar o que as políticas públicas brasileiras já desenvolveram em relação ao processo de inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais. No entanto, como verificamos, há um número amplo de documentos desenvolvidos, muitos deles com especificidades bem pontuais; assim, vamos destacar os principais:

ECA – Estatuto da Criança e Adolescente – Este estatuto, na Lei n° 8069, de 1990, no que se refere à educação, estabelece que “toda criança e adolescente têm o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho” (Art. 53).

Ainda, assegura direito a educação, condições de acesso e respeito.

LDB 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – A LDB 9394 reserva um capítulo exclusivo para a educação especial (Cap. V). Este capítulo reafirma o direito à educação, pública e gratuita, das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades, bem como direciona a oferta e o atendimento especializado para a demanda da educação especial.

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Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - Documento elaborado por um grupo de trabalho nomeado pelo próprio Ministério da Educação que, “acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos”. É um documento que objetiva “assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”.

O mais recente documento, após a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, é o DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011– que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), atentando para os materiais adaptados bem como para o atendimento especializado em salas multifuncionais.

Neste momento de nossos estudos, cabe lembrar que, além desses documentos citados, existe uma série de decretos e portarias que tratam das especificidades da educação inclusiva no Brasil.

Podemos desenhar a trajetória do atendimento à pessoa com deficiência da seguinte forma:

Figura 3 – Trajetória da Inclusão Escolar

Fonte: A autora.

Que tal agora assistir a um filme e se sensibilizar com uma história que envolve a deficiência física. Vamos Lá?

O mais recente documento, após a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,

é o DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011– que dispõe sobre o Atendimento

Educacional Especializado

(AEE).

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Filme: De Porta Em Porta (2002).

Sinopse: Bill Porter vê poucas perspectivas em seu trabalho como vendedor.

Por essa razão, ele se oferece para trabalhar em um território difícil que todos rejeitam. Afinal, o que é um mero território difícil para Bill, portador de paralisia cerebral? William H. Macy é Bill, que com um corpo, mas não um espírito deficiente, faz uma vitoriosa carreira como vendedor de porta em porta - causando grande impacto nas vidas de seus clientes.

Atividades de Estudos:

1) Após a fruição do filme De Porta Em Porta, está na hora de uma atividade de estudos:

Tente responder as seguintes perguntas:

Você já teve contato com pessoas com deficiência física?

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2) Conhece alguma prática pedagógica inclusiva para pessoas com deficiência física?

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c onceituanDo a D eficiência f íSica : a SPectoS

H iStóricoS e S ociaS

Segundo Silveira e Nascimento (2011), a deficiência física refere- se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso, ou seja, este tipo de deficiência compromete a movimentação e a deambulação do indivíduo. Devemos considerar que as alterações podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular ou nervoso.

A deficiência física pode apresentar diversos comprometimentos das funções motoras que poderão variar em número e grau, de pessoa para pessoa, dependendo de suas causas e abrangências.

Os comprometimentos físicos podem apresentar-se como:

• cambalear ao caminhar;

• caminhar com necessidade do uso de aparelhos específicos como muletas ou andadores;

Segundo Silveira e Nascimento (2011), a deficiência

física refere-se ao comprometimento

do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo- articular, o sistema

muscular e o sistema nervoso.

A deficiência física pode apresentar diversos comprometimentos das funções motoras

que poderão variar em número e grau, de pessoa para pessoa, dependendo

de suas causas e abrangências. .

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

• uso de cadeira de rodas;

• dificuldade de linguagem, visuais ou auditivas;

• necessidade de auxílio para atividades da vida diária, dependendo do caso.;

Várias podem ser as causas da deficiência física, entre as mais comuns podemos citar:

Amputações: que podem ter causas vasculares; traumas; malformações e outras.

Hemiplegias: também conhecida por paralisação de um lado do corpo, que pode ocorrer após um acidente vascular cerebral; um aneurisma cerebral; tumor cerebral e outros;

Lesão medular: lesão na medula que pode ocasionar a paralisação do corpo em diferentes níveis, provocada por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas, traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.

Malformações congênitas: durante a gestação a mãe pode ter passado por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.

Artropatias: doenças nas articulações oriundas de processos inflamatórios;

processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.

Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição e outras.

Figura 4 – Deficiência física

Fonte: Disponível em: <http://aprenderincluindo.blogspot.com.

br/2009/12/deficiencia-fisica.html>. Acesso em: 05 abr. 2013.

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A deficiência física nos dias atuais corresponde a 20% do número de pessoas com deficiência em nosso país e em cada mil bebês que nascem, dois podem apresentar paralisia cerebral. Você sabe do que estamos falando? Sabe as causas e os tipos mais comuns desta lesão?

c omPreenDenDo a P araLiSia c ereBraL

A paralisia cerebral é uma lesão no cérebro que ocorre durante os primeiros estágios do desenvolvimento do bebê. Esta lesão pode provocar alteração intelectual, sensorial ou de linguagem, dependendo da parte do cérebro atingida, porém não é regra. Normalmente, a parte afetada atinge o desenvolvimento MOTOR da criança. O quadro não se agrava, não é progressivo e depende de estímulos para o desenvolvimento.

As causas mais comuns são:

• PRÉ-NATAL: Infecções congênitas (citamegalia, toxoplasmose, rubéola). Falta de oxigenação fetal. Exposição da mãe a substancias tóxicas ou radiações, álcool, drogas e certas medicações (principalmente nos primeiros meses de gestação).

• PERINATAL: Falta de oxigênio ao nascer (o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro). Lesões causadas por partos difíceis, principalmente a dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal). Trabalho de parto demorado. Mau uso do fórceps, manobras obstétricas violentas. Os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos) têm mais chances de apresentar Paralisia Cerebral.

• PÓS-NATAL: Febre prolongada e muito alta. Desidratação, com perda significativa de líquidos. Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite. Ferimento ou traumatismo na cabeça. Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas.

Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte

A paralisia cerebral é uma lesão no cérebro que ocorre durante os primeiros estágios do desenvolvimento

do bebê. Esta lesão pode provocar alteração intelectual, sensorial

ou de linguagem, dependendo da parte do cérebro

atingida, porém não é regra.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos). Sarampo.

Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade.

Fonte: Adaptado do site: <www.apcb.org.br/paralisia.asp>.

Acesso em: 10 maio 2007.

Muitas pessoas confundem a paralisia cerebral com a deficiência intelectual, o que é um grande equívoco, pois a paralisia cerebral apresenta comprometimento no desenvolvimento motor e não no cognitivo. A deficiência intelectual pode estar associada à paralisia cerebral, porém não é regra, pois em muitos casos o cognitivo é preservado.

PARALISIA CEREBRAL: MITO E REALIDADE

14/12/2007 - Jornal da AME.

Paralisia Cerebral e Deficiência Intelectual.

Existem alguns mitos relacionados às pessoas com deficiência, em geral alimentados pela sociedade em virtude da falta de convivência e familiaridade. Um deles é a associação da paralisia cerebral com deficiência intelectual. Uma até pode estar associada à outra, mas isso não é regra, pois são quadros muito distintos.

Há vários tipos de paralisia cerebral, relacionados com a localização e a extensão da lesão no cérebro, mas a lesão necessariamente não chega a atingir o intelecto. Quando a lesão está localizada nas áreas que modificam ou regulam o movimento, a criança apresenta movimentos involuntários, que estão fora de seu controle e permanecem durante a fase de desenvolvimento e na idade adulta.

As Várias Causas da Paralisia Cerebral.

Segundo a Associação de Paralisia Cerebral do Brasil (APCB), a paralisia cerebral (PC) se dá pela falta de oxigênio no cérebro durante o nascimento. Algumas doenças ou problemas durante a gestação também podem causar a PC, como, por exemplo, ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe, incompatibilidade Segundo a

Associação de Paralisia Cerebral do Brasil (APCB), a paralisia cerebral

(PC) se dá pela falta de oxigênio no

cérebro durante o nascimento.

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entre o tipo sanguíneo da mãe e do pai, hipertensão arterial durante a gravidez, infecções congênitas como a sífilis, toxoplasmose, herpes, rubéola, consumo de drogas e exposição a radiação ou qualquer outro fator que leve a uma lesão no sistema nervoso central. As causas perinatais estão relacionadas principalmente com complicações durante o parto e a prematuridade.

As principais causas de PC depois do nascimento são febre prolongada e muito alta, desidratação grave, sarampo e traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade, entre outras. Isso se dá pelo fato de até os dois anos de vida o sistema nervoso central não estar totalmente formado. Pode se definir a PC como um distúrbio ou transtorno dos movimentos e da postura, que não regride e não progride, e assim não se caracteriza como doença ou síndrome.

Pode trazer dificuldades nos movimentos, na locomoção, audição e visão do bebê. Mas, em 90% dos casos, a inteligência de quem tem PC é preservada.

Diferenças entre Paralisia Cerebral e Deficiência Intelectual.

Segundo o neurologista infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Fernando Kok, uma lesão no sistema nervoso central pode afetar a parte motora ou mental da pessoa e quando esta lesão só atinge a parte motora, denomina-se paralisia cerebral. Quando a lesão compromete a parte mental (cognitivo), resulta em deficiência intelectual. De acordo com a Associação Americana de Deficiência Intelectual e Distúrbio do Desenvolvimento, a pessoa com deficiência intelectual apresenta QI menor que 70, o que necessariamente não faz relação com quem tem PC.

Educação e Escola.

Na questão da educação, muitas vezes quem tem PC não é acometido por nenhuma disfunção cognitiva, mas apresenta limitações físicas, como não conseguir ficar muito tempo sentado e não se comunicar ou escrever da forma convencional. Normalmente são utilizadas ajudas técnicas como cadeira e lápis adaptados, podendo estudar em escola regular.

Prevenção e Diagnóstico.

Existem diversos graus de limitações e não é possível reverter um quadro de PC, uma vez que a lesão do cérebro estará sempre lá,

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

porém, é possível preveni-lo, sendo muito importante que as mães façam o pré-natal durante toda a gestação.

O diagnóstico da paralisia cerebral é feito por análises neurológicas e exames por imagem como ressonância magnética, tomografia e ultra-som. No exame clínico é observado se há sinais de reflexos, com o exame do martelinho, se há atraso na evolução da criança, como sentar, manter o corpo mais firme, andar, etc.

“Ao engravidar, a mulher deve procurar alimentar-se bem, evitar o álcool, o fumo e não tomar remédios sem consultar o médico.

Vacinar o bebê e evitar qualquer situação de risco são essenciais”, destaca a fisioterapeuta e doutora em Ciências pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP, Ana Paula Restiffe.

Sociedade e Pessoas com Paralisia Cerebral.

Por desconhecimento da sociedade em geral, as pessoas que possuem PC têm dificuldades na vida social e profissional.

Com relação ao mercado de trabalho, o preconceito em relação ao paralisado cerebral leva ao descrédito sobre suas reais capacidades.

No Brasil, onde a crise de emprego atinge parte considerável da população, a paralisia cerebral se apresenta como mais uma barreira para que o indivíduo consiga uma colocação profissional, e por conseqüência, aceitação na sociedade.

Fonte: SILVA, Maria Isabel da. Paralisia Cerebral: Mito e Realidade.

Jornal da AME, ed. 65, out. 2007. Disponível em: <http://www.

bengalalegal.com/paralisia>. Acesso em: 4 abr. 2012.

Segundo Silveira e Nascimento (2011), a paralisia cerebral pode ser classificada em:

Ataxia - Caracterizada por diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente, devido a lesões no cerebelo ou das vias cerebelosas.

Espástico- Caracterizado por paralisia e aumento de tonicidade dos músculos resultante de lesões no córtex ou nas vias daí provenientes. É o tipo mais comum de paralisia cerebral.

Atetose/Distonia - Caracterizada por movimentos involuntários e variações na tonicidade muscular resultantes de lesões dos núcleos situados no interior dos hemisférios cerebrais (Sistema Extra-Piramidal)

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A classificação da paralisia cerebral são informações que contribuem para a compreensão das necessidades de cada criança. Além do contexto, é fundamental que a escola tenha conhecimento das especificidades a fim de contribuir da melhor maneira possível com o processo de inclusão escolar.

a SPectoS H iStóricoS e S ociaiS Da D eficiência f íSica

Para finalizar este capítulo sobre os aspectos históricos, políticos e sociais da Deficiência Física abordando alguns exemplos de práticas positivas e significativas, gostaria de trazer um grande autor que dedicou boa parte de suas pesquisas compreendendo a pessoa com deficiência: Vygotsky.

Certamente durante o seu caminhar pela estrada da educação, você já ouviu falar deste autor; no entanto, poucas pessoas conhecem as pesquisas de Vygotsky acerca dos Fundamentos da Defectologia. Esses estudos norteiam as práticas de inclusão até hoje.

Vygotsky (1997) acreditava que o ser humano é histórico e social, fruto das suas relações com o meio e com os seus pares. Defendia relações heterogêneas, pois acreditava na construção do aprendizado propiciada pelas relações e então iniciou vários estudos acerca da pessoa com deficiência.

O autor atentou para a importância de aprender por meio das relações com o outro, pois é por meio dessas relações que a criança

desenvolve seu potencial, passa a observar-se e a perceber-se como sujeito de sua própria história.

Vygotsky (1997) deixou perceptível, em seus escritos, que acreditava que a interação com o grupo facilita o processo de desenvolvimento e de aprendizagem, e enfatizava a importância da educação social de crianças deficientes

e o potencial da criança para o desenvolvimento normal. Afirmava que as deficiências corporais afetavam as suas relações sociais, e não suas interações diretas com o ambiente físico; ou seja, o defeito orgânico manifestava-se devido à situação social da criança e essa situação social poderia se agravar dependendo do modo como as pessoas tratavam tais crianças.

O autor considerava, em seus estudos acerca dos fundamentos da defectologia, que crianças com deficiências passavam por um processo

Vygotsky (1997) acreditava que o ser

humano é histórico e social, fruto das suas relações com o

meio e com os seus pares.

Para Vygotsky (1997), a educação

social, baseada na compensação

social dos problemas físicos,

era a maneira de proporcionar uma vida satisfatória às pessoas deficientes.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

de “supercompensação”. Nesse processo mencionado pelo autor, o cérebro supercompensava um sentido, pelo desenvolvimento acentuado de outro sentido, sendo que isso se dava por meio das experiências sociais das crianças. Para Vygotsky (1997), a educação social, baseada na compensação social dos problemas físicos, era a maneira de proporcionar uma vida satisfatória às pessoas deficientes.

Partindo da legislação dos estudos de diferentes autores, inclusive os de Vygotsky, percebemos uma grande movimentação em prol da inclusão escolar;

assim, hoje as crianças com necessidades especiais frequentam a escola regular e o atendimento especializado na mesma escola nas salas de apoio multifuncionais.

As salas de apoio multifuncionais são mais uma conquista e um projeto que pretendem diminuir as barreiras entre o ensino regular e o atendimento especializado. O que precisamos é defender a inclusão e o direito de todos sem apegos à disputa por espaços e atendimentos.

O lugar de “todas” as crianças é na escola e é justamente isto que as políticas nacionais e internacionais almejam garantir.

É função do professor do AEE produzir materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas desses alunos na sala de aula do ensino regular. Esse trabalho deve se realizar focalizando as atitudes do aluno diante da aprendizagem e propiciar o desenvolvimento de ferramentas intelectuais que facilitarão sua interação escolar e social.

(BRASIL, 2010, p. 09)

O atendimento nas salas multifuncionais ainda está em fase de implementação. Profissionais especializados estão desenvolvendo projetos diferenciados, com experiências positivas muitas vezes isoladas, mas que conseguimos ter acesso devido ao avanço tecnológico que nos permite pesquisas em tempo real.

Vamos lá! Pesquise você também sobre práticas de inclusão de crianças com deficiência física. Tenho certeza que você se surpreenderá com os resultados alcançados!

Deixo aqui algumas dicas de fontes de pesquisa:

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL - SCIELO REVISTA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL - UFSM

As salas de apoio multifuncionais são mais uma conquista e um projeto que pretendem diminuir

as barreiras entre o ensino regular e o atendimento especializado.

É função do professor do AEE produzir materiais didáticos

e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas desses

alunos na sala de aula do ensino

regular.

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REVISTA INCLUSÃO – MEC REVISTA CIRANDA DA INCLUSÃO

Atividades de Estudos:

1) Além das revistas citadas anteriormente, ainda sugiro que acessem os sites das Secretarias de Educação de seus estados e municípios a fim de descobrir as ações desenvolvidas em sua localidade.

Que tal começar agora?

Pesquise e em seguida pontue o que considerou significativo entre as ações desenvolvidas. Lembre-se de que neste momento estamos falando da inclusão de pessoas com deficiência física.

Tenho certeza que você encontrará pelo menos uma grande relação de jogos e brincadeiras adaptadas.

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Finalizo este capítulo com uma contribuição referente ao atendimento especializado nas salas multifuncionais. Sugiro que você assista ao vídeo que é apresentado na figura a seguir.

Figura: As salas multifuncionais deixaram de ser um item a mais nas instituições de ensino e se tornaram atrativas para as crianças com necessidades especiais que frequentam o eensino regular.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Figura 5 – Salas multifuncionais

Fonte: Disponível em: <http://www.youtube.com/

watch?v=gvlsEfOJX14>. Acesso em: 15 jan. 2013.

a LgumaS c onSiDeraçõeS

Neste capítulo, atentamos para a trajetória da Educação Inclusiva no Brasil. Apontamos o modo como as pessoas com deficiência eram tratadas na Antiguidade até a Declaração dos Direitos Humanos.

A partir da Declaração dos Direitos Humanos, apresentamos os principais documentos internacionais que tratam da Inclusão como: Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, Declaração de Jomtien, Declaração de Salamanca, Convenção de Guatemala e Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão. Também sinalizamos para a importância em conhecer os documentos nacionais que norteiam a inclusão no país, disponibilizados no site do Ministério da Educação; o ECA – Estatuto da Criança e Adolescente; a LDB 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;, a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e o Documento mais recente do Decreto Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE), atentando para os materiais adaptados e para o atendimento especializado em salas multifuncionais.

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Finalizamos o capítulo com os estudos de Vygotsky que apontam para a supercompensação da deficiência e também com uma reflexão acerca do trabalho nas salas multifuncionais.

No próximo capítulo abordaremos a importância da inclusão no PPP da Escola.

Até lá!

r eferênciaS

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, MEC, 2008. Disponível em:

<portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/política.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2012.

______. DECRETO Nº 7.611. Brasília, MEC 17 DE NOVEMBRO DE 2011.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/

Decreto/D7611.htm>. Acesso em: 10 ago. 2012.

GUGEL, Maria Aparecida.l. Pessoas com Deficiência e o Direito aoTrabalho.

Florianópolis : Obra Jurídica, 2007.

MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Trad. WindyzBrazão Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003.

SILVEIRA, Tatiana dos Santos da; NASCIMENTO, Luciana Monteiro do.

Educação Inclusiva. Indaial, Editora UNIASSELVI, 2011.

VIEIRA, Fernando David; PEREIRA, Mário do Carmo. Se Houvera quem me ensinara...A Educação de pessoas com Deficiência Mental. 2° ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço de Educação. Gráfica de Coimbra, Lda : Setembro, 2003.

VYGOTSKY, Lev S. Fundamentos da defectologia. Madrid: Portugal: Visor, 1997.

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C APÍTULO 2

a incLuSão e o PPP Da e ScoLa : a DaPtaçõeS curricuLareS ,

ProceDimentoS De e nSino e a vaLiação

A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem:

3 Compreender a importância da consonância entre o PPP da escola e a Legislação referente à Educação inclusiva.

3 Conhecer adaptações curriculares para propiciar a inclusão de crianças com deficiência física na escola.

3 Refletir acerca da avaliação nos processos de inclusão de crianças com necessidades especiais na escola a partir dos documentos norteadores das Práticas Pedagógicas.

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c ontextuaLização

Este capítulo abordará um tema muito importante no que tange às discussões e aos direcionamentos para a inclusão escolar de alunos com deficiência física: O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola.

Sabe-se que a compreensão da legislação é um grande passo para pensar a escola inclusiva, no entanto isto não basta se o PPP das escolas não tiver convergência com o que a lei preconiza, se não existirem adaptações curriculares e discussão acerca da avaliação neste documento.

A partir de agora, discutiremos este entrelaçamento entre o PPP, a legislação, as adaptações curriculares e os processos de avaliação em busca da inclusão do deficiente físico nas escolas.

Q uanDo a L egiSLação e o PPP Da e ScoLa Se e ncontram

Escola Inclusiva significa educar todos os alunos em salas de aula comuns;

isto significa que todos, sem exceção, recebem educação e frequentam as mesmas aulas. E, consequentemente, significa que todos recebem oportunidades educacionais adequadas, além disso, é necessário também que o aluno ou seu professor receba e busque também todo o auxílio que necessitar e para oferecer este ensino. Mas, além disto, a escola inclusiva é um local em que todos fazem parte, em que existe aceitação e cooperação entre seus membros.

A educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas idéias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças.

Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma a padrões que identificam os alunos como especiais e normais, comuns.

Todos se igualam pelas suas diferenças! (BRASIL, 2010, p.08)

Neste sentido, a inclusão escolar dispõe de algumas estratégias, a saber:

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

• Frequência de todos os alunos em sala de aula comum com a mesma faixa etária.

• Frequência do aluno com

necessidades especiais em uma escola de sua comunidade.;

• O professor é responsável por todos os alunos, independente de suas peculiaridades;

• Inclusão do aluno na vida social da escola.

Figura 06 - Inclusão escolar

Fonte: Disponível em: <http://

eusouluzpazeamor.blogspot.com/>.

Acesso em: 10 abr. 2013.

Essas estratégias não devem ser pensadas de forma isolada e sim através do grupo de educadores das escolas a partir da legislação e da implementação nos documentos oficiais da escola, entre eles o PPP, como também da própria prática. “A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas” (BRASIL, 2010, p.09).

Segundo o documento “A escola Comum” do MEC:

O Projeto Político Pedagógico é o instrumento por excelência para melhor desenvolver o plano de trabalho eleito e definido por um coletivo escolar; ele reflete a singularidade do grupo que o produziu, suas escolhas e especificidades. (BRASIL, 2010, p.10)

Para os autores deste documento, é ingenuidade pensar que ações isoladas e individualizadas garantem a inclusão na escola. A inclusão na escola comum precisa ser pensada por todos, necessita ser discutida por todos e vivenciada por todos.

A organização do PPP da escola e as discussões acerca da inclusão escolar permitem um diálogo que trata das especificidades do É ingenuidade

pensar que ações isoladas e

individualizadas garantem a inclusão

na escola. A inclusão na escola

comum precisa ser pensada por todos, necessita ser

discutida por todos e vivenciada

por todos.

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ambiente, da comunidade, enfim do contexto da escola! Essa discussão deverá alicerçar, normatizar e institucionalizar as ações a serem desenvolvidas por toda a comunidade escolar. Assim o PPP deverá abordar:

• O contexto da escola.

• A concepção de inclusão.

• A compreensão do Atendimento Educacional Especializado.

• As estratégias de integração e socialização dos alunos.

• Os recursos e materiais adaptados.

• As adaptações curriculares.

• As formas de registros e avaliação.

• A função social da escola e dos sujeitos envolvidos.

Figura 07- Construção coletiva

Fonte: Disponível em: <http://www.trxantoniocarlos.

seed.pr.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013.

Para ampliar nosso conhecimento sobre o PPP da escola, sugerimos a leitura do texto da professora Maria Terezinha da Consolação Teixeira dos Santos.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Este texto aponta aspectos fundamentais referentes ao PPP da Escola, bem como aspectos relacionados à inclusão escolar, dentro deste documento.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, AUTONOMIA E GESTÃO DEMOCRÁTICA

Autora - Maria Terezinha da Consolação Teixeira dos Santos A constatação de que a realidade escolar é dinâmica e depende de todos dá força e sentido à elaboração do PPP, entendido não apenas como um mero documento exigido pela burocracia e administração escolar, mas como registro de significados a serem outorgados ao processo de ensino e de aprendizagem, que demanda tomada de decisões e acompanhamento de ações consequentes.

O PPP não pode ser um documento paralelo que não diz respeito, que não atravessa o cotidiano escolar e fica restrito à categoria de um arquivo ou de uma alegoria, de caráter residual. Ele altera a estrutura escolar e escrevê-lo e arquivá-lo nos registros da escola só serve para acomodar a consciência dos que não têm um verdadeiro compromisso com uma escola de todos, por todos e para todos.

Nossa legislação educacional é clara no que toca à exigência de a escola ter o seu PPP; ela não pode se furtar ao compromisso assumido com a sociedade de formação e de desenvolvimento do processo de educação, devidamente planejado.

A exigência legal do PPP está expressa na LDBEN - Lei Nº. 9.394/96 que, em seu artigo 12, define, entre as atribuições de uma escola, a tarefa de “[...] elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando claro que ela precisa fundamentalmente saber o que quer e colocar em execução esse querer, não ficando apenas nas promessas ou nas intenções expostas no papel.

Ao sistematizar estas escolhas e decisões, o PPP, a partir de um estudo da demanda da realidade escolar cria as condições necessárias para a elaboração do planejamento e o desenvolvimento do trabalho da sua equipe e da avaliação processual das etapas e metas propostas.

Para Gadotti e Romão (1997), o Projeto Político Pedagógico deve

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ser entendido como um horizonte de possibilidades para a escola.

O Projeto imprime uma direção nos caminhos a serem percorridos pela escola. Ele se propõe a responder a um feixe de indagações de seus membros, tais como: qual educação se quer e qual tipo de cidadão se deseja, para qual projeto de sociedade? O PPP propõe uma organização que se funda no entendimento compartilhado dos professores, alunos e demais interessados em educação.

Todas as intenções da escola, reunidas no Projeto Político Pedagógico, conferem-lhe o caráter POLÍTICO, porque ele representa a escolha de prioridades de cidadania em função das demandas sociais. O PPP ganha status PEDAGÓGICO ao organizar e sistematizar essas intenções em ações educativas alinhadas com as prioridades estabelecidas.

O caráter coletivo e a necessidade de participação de todos é inerente ao PPP, pois ele não se resume a um mero plano ou projeto burocrático, que cumpre as exigências da lei ou do sistema de ensino. Trata-se de um documento norteador das ações da escola que, ao mesmo tempo, oportuniza um exercício reflexivo do processo para tomada de decisões no seu âmbito.

O professor, portanto, ao contribuir para a elaboração do PPP, bem como ao participar de sua execução no cotidiano da escola, tem a oportunidade de exercitar um ensino democrático, necessário para garantir acesso e permanência dos alunos nas escolas e para assegurar a inclusão, o ensino de qualidade e a consideração das diferenças dos alunos nas salas de aula. Exercer esse papel como um dos mentores do PPP não é uma obrigação formal, mas o resultado de um envolvimento pessoal do professor. Nesse sentido, vem antes a sua disposição de participar, porque contribuir é reconhecer a importância de sua colaboração para que o projeto se execute.

Nos textos legais, fica clara a ênfase dada ao Projeto Político Pedagógico de cada escola, bem como a reiteração de que a proposta seja construída e administrada à luz de uma gestão democrática.

Evidencia-se na legislação o caráter da comunidade escolar participativa e ampliada para além dos muros escolares, com compromisso conjunto nos rumos da educação dos cidadãos. A gestão democrática ampliada nos contornos da comunidade ganha, por meio do texto legal, condições de ser exercida com autonomia.

Embora a escola não seja independente de seu sistema de

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

ensino, ela pode se articular e interagir com autonomia como parte desse sistema que a sustenta, tomando decisões próprias relativas às particularidades de seu estabelecimento de ensino e da sua comunidade. [...]

[...] Entretanto, mesmo outorgada por lei, a autonomia escolar é construída aos poucos e cotidianamente. Do ponto de vista cultural e educacional, encontram-se poucas experiências de construção da autonomia e do cultivo de hábitos democráticos. [...]

Os professores constroem a democracia no cotidiano escolar por meio de pequenos detalhes da organização da prática pedagógica.

Nesse sentido, fazem a diferença: o modo de trabalhar os conteúdos com os alunos; a forma de sugerir a realização de atividades na sala de aula; o controle disciplinar; a interação dos alunos nas tarefas escolares; a sistematização do AEE no contra-turno; a divisão do horário; a forma de planejar com os alunos; a avaliação da execução das atividades de forma interativa.

Embora já tenhamos uma Constituição, estatutos, legislação, políticas educacionais e decretos que propõem e viabilizam novas alternativas para a melhoria do ensino nas escolas, ainda atendemos a alunos em espaços escolares semi ou totalmente segregados, tais como as classes especiais, as turmas de aceleração, as escolas especiais, as aulas de reforço, entre outros.

O salto da escola dos diferentes para a escola das diferenças demanda conhecimento, determinação, decisão. As propostas de mudança variam e dependerão de disposição, discussões, estudos, levantamento de dados e iniciativas a serem compartilhadas pelos seus membros, enfim, de gestões democráticas das escolas, que favoreçam essa mudança.

Muitas decisões precisam ser tomadas pelas escolas ao elaborarem seus Projetos Político Pedagógicos, entre as quais destacamos algumas, que estão diretamente relacionadas com as mudanças que se alinham aos propósitos da inclusão: fazer da aprendizagem o eixo das escolas, garantindo o tempo necessário para que todos possam aprender; reprovar a repetência; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam praticados por seus professores, gestores, funcionários e alunos, pois essas são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania; valorizar e formar continuamente

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o professor, para que ele possa atualizar-se e ministrar um ensino de qualidade.

No nível da sala de aula e das práticas de ensino, a mobilização do professor e/ou de uma equipe escolar em torno de uma mudança educacional como a inclusão não acontece de modo semelhante em todas as escolas. Mesmo havendo um Projeto Político Pedagógico que oriente as ações educativas da escola, há que existir uma entrega, uma disposição individual ou grupal de sua equipe de se expor a uma experiência educacional diferente das que estão habituados a viver. Para que qualquer transformação ou mudança seja verdadeira, as pessoas têm de ser tocadas pela experiência. Precisam ser receptivas, disponíveis e abertas a vivê-la, baixando suas guardas, submetendo-se, entregando-se à experiência [...]

sem resistências, sem segurança, poder, firmeza, garantias (BONDÍA, 2002).

As mudanças não ocorrem pela mera adoção de práticas diferentes de ensinar. Elas dependem da elaboração dos professores sobre o que lhes acontece no decorrer da experiência educacional inclusiva que eles se propuseram a viver. O que vem dos livros e o que é transmitido aos professores nem sempre penetram em suas práticas. A experiência a que nos referimos não está relacionada com o tempo dedicado ao magistério, ao saber acumulado pela repetição de uma mesma atividade utilitária, instrumental. Estamos nos referindo ao saber da experiência, que é subjetivo, pessoal, relativo, adquirido nas ocasiões em que entendemos e atribuímos sentidos ao que nos acontece, ao que nos passa, ao que nos sucede ao viver a experiência (BONDÍA, 2002).

O reconhecimento de que os alunos aprendem segundo suas capacidades não surge de uma hora para a outra, só porque as teorias assim afirmam. Acolher as diferenças terá sentido para o professor e fará com que ele rompa com seus posicionamentos sobre o desempenho escolar padronizado e homogêneo dos alunos, se ele tiver percebido e compreendido por si mesmo essas variações, ao se submeter a uma experiência que lhe perpassa a existência.

O professor, então, desempenhará o seu papel formador, que não se restringe a ensinar somente a uma parcela dos alunos que conseguem atingir o desempenho exemplar esperado pela escola.

Ele ensina a todos, indistintamente.

[...] Opor-se a inovações educacionais, resguardando-se no

Mesmo havendo um Projeto Político

Pedagógico que oriente as ações educativas da escola, há que existir uma entrega,

uma disposição individual ou grupal

de sua equipe de se expor a uma experiência

educacional diferente das que estão habituados

a viver.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

despreparo para adotá-las, resistir e refutá-las simplesmente, distancia o professor da possibilidade de se formar e de se transformar pela experiência. Oposições e contraposições à inclusão incondicional são freqüentes entre os professores e adiam projetos do ensino comum e especial focados na inserção das diferenças nas escolas.

É nos bancos escolares que se aprende a viver entre os nossos pares, a dividir as responsabilidades, a repartir tarefas. Nesses ambientes, desenvolvem-se a cooperação e a produção em grupo com base nas diferenças e talentos de cada um e na valorização da contribuição individual para a consecução de objetivos comuns de um mesmo grupo.

A interação entre colegas de turma, a aprendizagem colaborativa, a solidariedade entre alunos e entre estes e o professor devem ser estimuladas. Os professores, quando buscam obter o apoio dos alunos e propõem trabalhos diversificados e em grupo, desenvolvem formas de compartilhamento e difusão dos conhecimentos nas salas de aula.

A formação de turmas tidas como homogêneas é um dos argumentos de defesa dos professores, gestores e especialistas em favor da qualidade do ensino, que precisa ser refutado, porque se trata de uma ilusão que compromete o ensino e exclui alunos.

A avaliação de caráter classificatório, por meio de notas, provas e outros instrumentos similares, mantém a repetência e a exclusão nas escolas. A avaliação contínua e qualitativa da aprendizagem, com a participação do aluno, tendo, inclusive, a intenção de avaliar o ensino oferecido e torná-lo cada vez mais adequado à aprendizagem de todos os alunos conduz a outros resultados. A adoção desse modo de avaliar com base na qualidade do ensino e da aprendizagem já diminuiria substancialmente o número de alunos que são indevidamente avaliados e categorizados como deficientes nas escolas comuns.

Os professores em geral concordam com novas alternativas de se avaliar os processos de ensino e de aprendizagem e admitem que as turmas são naturalmente heterogêneas.

Sentem-se, contudo, inseguros diante da possibilidade de fazer uso dessas alternativas em sala de aula e inovar as rotinas de trabalho, rompendo com a organização pedagógica pré-estabelecida.

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Ao contrário do que se pensa e se faz, as práticas escolares inclusivas não implicam um ensino adaptado para alguns alunos, mas sim um ensino diferente para todos, em que os alunos tenham condições de aprender, segundo suas próprias capacidades, sem discriminações e adaptações.

A ideia do currículo adaptado está associada à exclusão na inclusão dos alunos que não conseguem acompanhar o progresso dos demais colegas na aprendizagem. Currículos adaptados e ensino adaptado negam a aprendizagem diferenciada e individualizada. O ensino escolar é coletivo e deve ser o mesmo para todos, a partir de um único currículo. É o aluno que se adapta ao currículo, quando se admitem e se valorizam as diversas formas e os diferentes níveis de conhecimento de cada um.

[...] As propostas curriculares, quando contextualizadas, reconhecem e valorizam os alunos em suas peculiaridades de etnia, de gênero, de cultura. Elas partem das vidas e experiências dos alunos e vão sendo tramadas em redes de conhecimento, que superam a tão decantada sistematização do saber. O questionamento dessas peculiaridades e a visão crítica do multiculturalismo trazem uma perspectiva para o entendimento das diferenças, a qual foge da tolerância e da aceitação, atitudes estas tão carregadas de preconceito e desigualdade.

Essa concepção questiona a exclusão social e demais formas de privilégios e de hierarquias das sociedades contemporâneas, indagando sobre as diferenças e apoiando movimentos de resistência dos dominados.

Outras práticas educacionais inclusivas que derivam dos propósitos de se ensinar à turma toda, sem discriminações, por vezes são refutadas pelos professores ou aceitas com parcimônia, desconfiança e sob condições. Motivos não faltam para que eles se comportem desse modo. Muitos receberam sua própria formação dentro do modelo conservador, que foi sendo reforçado dentro das escolas.

Fonte: Disponível em: <http://arivieiracet.blogspot.com.br/2011/01/

projeto-politico-pedagogico.html>. Acesso em: 10 abr. 2013.

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Prática Pedagógica em Deficiência Física

Atividade de Estudos:

1) E você pós-graduando, já participou da elaboração do PPP da sua escola?

Com base no texto da professora Maria Terezinha, escreva quais são os pontos mais comuns discutidos na elaboração dos PPP´s.

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A figura a seguir ilustra as bases para a construção de um PPP.

Figura 08 - PPP escolar

Fonte: Disponível em: <http://www.moodle.ufba.br/file.php/8854/

ACERVO/Mapa_PPP.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2013.

É importante lembrar que o PPP é um documento que deve ter sua construção alicerçada ao trabalho coletivo da escola, bem como deve estar em consonância com a legislação que o ampara.

Participar da construção do PPP é um direito e uma obrigação de toda a comunidade escolar; torná-lo um documento que respeite e valorize as diferenças e institucionalizá-lo também é um dever de todos.

É importante lembrar que o PPP é um documento que deve

ter sua construção alicerçada ao trabalho coletivo

da escola, bem como deve estar em

consonância com a legislação que

o ampara.

Referências

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