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Radiol Bras vol.36 número4

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Academic year: 2018

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Radiol Bras 2003;36(4):236 Relação espacial entre o schwannoma

ves-tibular e o nervo facial nas imagens de res-sonância magnética em três dimensões ponderadas em T2 “fast” spin-eco. Sartoretti-Schefer S, Kollias S, Valavanis A. Spatial relationship between vestibular schwan-noma and facial nerve on three-dimensional T2-weighted fast spin-echo MR images. AJNR 2000;21:810–6.

Introdução: Schwannomas vestibulares podem surgir dentro do canal auditivo interno (CAI), no meato acústico interno ou, menos comumente, dentro da cisterna do ângulo ce-rebelopontino. O tumor surge das células de Schwann, que recobre o nervo lateralmente. Medialmente, o nervo é recoberto por células neurogliais. Assim, o nervo facial é mais comu-mente deslocado por tumores localizados den-tro do CAI do que por tumores que surgem do segmento lateral do nervo. Durante a remoção cirúrgica dos schwannomas vestibulares, a cor-reta identificação do nervo facial se faz neces-sária para sua preservação anatômica e, con-seqüentemente, funcional. De acordo com as descrições comuns da microcirurgia anatômica, é largamente aceito estratégias cirúrgicas para identificar três segmentos do nervo facial: um segmento medial da raiz do nervo na borda medial tumoral, um segmento lateral da borda lateral na entrada do nervo dentro do canal ósseo e um terceiro segmento adjacente ao tumor (segmento envolvido). Muitos estudiosos acreditam que, ao se identificador a porção

la-teral e medial do nervo adjacente ao tumor, a chance de preservação do terceiro segmento aumenta muito.

Métodos: Neste estudo prospectivo foram avaliadas as relações espaciais entre schwan-nomas vestibulares e o nervo facial em todas as imagens de ressonância magnética (RM) em três dimensões (3D) ponderadas em T2 “fast” spin-eco e nas imagens coronal e transversal pós-contraste ponderadas em T1 spin-eco. Compararam-se as reconstruções multiplanares de todas as imagens 3D ponderadas em T2 com aquelas adquiridas em T1, por suas capacida-des em definir a posição e a relação espacial do nervo facial com o tumor, o CAI e o ângulo da cisterna cerebelopontina (ACP). Foi, tam-bém, tentado determinar quais as característi-cas tumorais adicionais que se relacionam à detecção do nervo facial. Foram analisados 22 pacientes (nove homens e 13 mulheres, com idade média de 55 anos) com schwannoma vestibular unilateral detectado em aparelho de RM de 1.5 T.

Resultados: A relação espacial entre o schwannoma vestibular e o nervo facial não pode ser detectada em imagens em T1 spin-eco pós-contraste. Em 86% dos pacientes a posi-ção do nervo em relaposi-ção ao tumor foi discerni-da nas imagens multiplanares em 3D pondera-das em T2 “fast” spin-eco. Nos tumores com diâmetro máximo de 10 mm o curso completo do nervo foi visível. Já nos tumores com diâme-tro entre 11 e 24 mm, somente os segmentos do nervo facial foram visualizados; e nos tumo-Resumos de Artigos

res com diâmetro superior a 25 mm, o nervo facial não pôde ser visto devido a adelgaçamen-to do nervo ou a obliteração do CAI e ACP.

Conclusão: A identificação do nervo facial e sua relação com os schwannomas vestibula-res é possível em imagens multiplanavestibula-res em 3D ponderadas em T2 “fast” spin-eco, mas não em imagens pós-contraste ponderadas em T1 spin-eco. A detecção da relação espacial depende do tamanho do tumor e da sua localização.

Flavio Amaral

Monitor da Disciplina de Radiologia da Faculdade de Medicina de Teresópolis (FMT-CCBM-FESO)

Comentário sobre o artigo

A relação espacial entre o schwannoma ves-tibular e o nervo facial adjacente não pode ser distinguida nas imagens ponderadas em T1 spin-eco pós-contraste. Neste trabalho, os re-sultados indicam que a correta identificação do nervo facial em relação ao tumor não depende somente da aquisição e reformatação de séries em 3D quando ponderadas em T2 “fast” spin-eco, mas também no tamanho e localização do tumor. Como regra geral, quanto menor o ta-manho do tumor mais fidedigna será a identifi-cação do nervo dentro da cisterna no ângulo cerebelopontino e do CAI.

Marcelo Souto Nacif

Referências

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