T emas L ivres a presenTados no
23 de seTembro a 25 de seTembro de 2016
F orTaLeza - Ce
Conselho Editorial
Brasil
Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP)
Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP)
Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP)
Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP)
Charles Mady (SP)
Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP)
Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE)
Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP)
Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)
Enio Buffolo (SP)
Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA)
Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS)
Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA)
Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA)
Iran Castro (RS)
Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP)
Jorge Ilha Guimarães (RS)
José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP)
José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG)
Marcus Vinícius Bolívar Malachias (MG) Maria da Consolação V. Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP)
Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP)
Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP)
Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior
Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica)
Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Editor-Chefe
Luiz Felipe P. Moreira Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho
Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Cardiologia Pediátrica/
Congênitas
Antonio Augusto Lopes
Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff
Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein
Primeiro Editor (1948-1953)
† Jairo Ramos
Diretor Científico Raul Dias dos Santos Filho Diretora Financeira
Gláucia Maria Moraes Oliveira Diretor Administrativo
Denilson Campos de Albuquerque Diretor de Relações Governamentais Renault Mattos Ribeiro Júnior Diretor de Tecnologia da Informação Osni Moreira Filho
Diretor de Comunicação Celso Amodeo
Diretor de Pesquisa Leandro Ioshpe Zimerman Diretor de Qualidade Assistencial Walter José Gomes
Diretor de Departamentos Especializados João David de Sousa Neto
Diretor de Relacionamento com Estaduais e Regionais
José Luis Aziz
Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza Ouvidor Geral
Lázaro Fernandes de Miranda
Coordenadorias Adjuntas
Coordenador de Relações Internacionais David de Pádua Brasil
Coordenador da Universidade Corporativa Gilson Soares Feitosa Filho
Coordenador de Diretrizes e Normatizações José Francisco Kerr Saraiva
Coordenador de Registros Cardiovasculares Otávio Rizzi Coelho
Coordenador de Valorização Profissional Carlos Japhet da Matta Albuquerque Coordenador de Novos Projetos Fernando Augusto Alves da Costa Coordenadores de Educação Continuada Marcelo Westerlund Montera e Rui Manuel dos Santos Póvoa
Conselho de Planejamento Estratégico Andrea Araújo Brandão, Ari Timeman, Dalton Bertolin Precoma, Fábio Biscegli Jatene Editoria do Jornal SBC
Carlos Eduardo Suaide Silva
Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL – Pedro Ferreira de Albuquerque SBC/BA – Nivaldo Menezes Filgueiras Filho
SBC/ES – Bruno Moulin Machado SBC/GO – Aguinaldo Figueiredo Freitas Jr.
SBC/MA – Márcio Mesquita Barbosa SBC/MG – José Carlos da Costa Zanon SBC/MS – Delcio Gonçalves da Silva Junior SBC/MT – Max Wagner de Lima
SBC/NNE – Claudine Maria Alves Feio SBC/PA – Sônia Conde Cristino SBC/PE – Paulo Sérgio Rodrigues Oliveira SBC/PB – Miguel Pereira Ribeiro
SBC/PI – Wildson de Castro Gonçalves Filho SBC/PR – Gerson Luiz Bredt Júnior SBC/RJ (SOCERJ) – Ricardo Mourilhe Rocha SBC/RN – Maria de Fátima Azevedo SBC/RO (SOCERON) – João Roberto Gemelli SBC/RS (SOCERGS) – Gustavo Glotz de Lima SBC/SC – Maria Emilia Lueneberg
SBC/SE – Sergio Costa Tavares Filho SBC/SP (SOCESP) – Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
SBC/TO – Andrés Gustavo Sánchez
Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos
SBC/DA – André Arpad Faludi SBC/DCC – José Carlos Nicolau SBC/DCC/CP – Maria Angélica Binotto SBC/DCM – Elizabeth Regina Giunco Alexandre SBC/DECAGE – José Maria Peixoto
SBC/DEIC – Luis Eduardo Paim Rohde SBC/DERC – Salvador Manoel Serra SBC/DFCVR – João Jackson Duarte SBC/DHA – Eduardo Costa Duarte Barbosa SBC/DIC – Samira Saady Morhy
SBCCV – Fabio Biscegli Jatene
SBHCI – Marcelo José de Carvalho Cantarelli SOBRAC – Denise Tessariol Hachul GAPO – Bruno Caramelli
GECC – Mauricio Wajngarten GECESP – Daniel Jogaib Daher GECETI – Gilson Soares Feitosa Filho GECHOSP – Evandro Tinoco Mesquita GECIP – Gisela Martina Bohns Meyer GECN – Andréa Maria Gomes Marinho Falcão
GECO – Roberto Kalil Filho
GEECABE – José Antônio Marin Neto
GEECG – Nelson Samesima
GEICPED – Estela Azeka
GEMCA – Álvaro Avezum Junior
GEMIC – Felix Jose Alvarez Ramires
GERCPM – Tales de Carvalho
GERTC – Marcello Zapparoli
GETAC – João David de Souza Neto
GEVAL – Luiz Francisco Cardoso
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graduação interessado em pesquisa em Cardiologia. Vejam os números:
Números
Temas Livres Médicos submetidos/aprovados 1143 / 683
Temas Livres Iniciação Científica submetidos/aprovados 199 / 144
Temas Livres Multiprofissionais submetidos/aprovados 286 / 177
Julgadores de Temas Livres 352
Sessões e total de Temas Livres apresentados na forma oral 27 / 134
Sessões e total de Temas Livres apresentados em forma de pôster 98 / 869
Debatedores de Temas Livres 247
Nunca houve um quantitativo tão expressivo de trabalhos submetidos. Para dar conta desse desafio, 352 cardiologistas participaram do julgamento e cada tema livre recebeu pelo menos três notas, transformadas em média final. Foram aprovados 61,5% dos trabalhos submetidos, destacando-se que quase 250 debatedores estarão envolvidos nas sessões de apresentação dos temas livres na forma oral ou pôster.
Importante destacar os prêmios que serão oferecidos. Para os Temas Livres Médicos, quatro categorias: Pesquisador Sênior, Pesquisador Jovem, Melhor Pôster e Melhor Relato de Caso. Para os Temas Livres de Iniciação científica: Área Clínica, Área Experimental, Melhor Pôster e Melhor Relato de Caso. O processo de julgamento foi muito criterioso. Os 20 melhores temas Médicos e os 10 melhores da Iniciação Científica de cada categoria foram enviados aos comitês de premiação formados por quatro novos julgadores. Novas notas foram atribuídas e a média calculada, selecionando-se então os 10 melhores Temas Livres Médicos e os 5 melhores da Iniciação Científica a serem apresentados em sessões especiais. A decisão final só acontecerá no Congresso, após a apresentação dos trabalhos.
Estes números muito honram a nossa Sociedade, pois os temas livres aprovados representam o que há de melhor na produção científica nacional e o Congresso é o ambiente ideal para o debate e para a troca de experiência com especialistas nos diferentes tópicos da cardiologia. Vale ressaltar que a atual Diretoria Científica da SBC tem posição clara de valorização da produção científica e deu grande atenção ao processo de julgamento desses trabalhos.
Por fim, é fundamental agradecer a todos os envolvidos nesse processo, aos autores dos trabalhos, pela confiança; aos julgadores e debatedores dos temas livres, pela disponibilidade e colaboração indispensáveis; aos integrantes da Comissão Executiva e Científica do Congresso (CECon), pela contribuição diuturna no processo; aos funcionários do setor científico e de TIC da SBC, pelo árduo trabalho.
Temos a convicção de que os temas livres serão um diferencial para o nosso Congresso e desejamos sucesso a todos os autores nessa iniciativa de pesquisa.
Forte abraço,
Andréa Araujo Brandão Coordenadora de Temas Livres do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia
Raul Dias dos Santos Filho
Diretor Científico e Presidente da Comissão Executiva do
71º Congresso Brasileiro de Cardiologia (CECon)
ESTADO DE TEMAS
Alagoas 9
Amapá 3
Bahia 91
Ceará 220
Distrito Federal 20
Espírito Santo 6
Goiás 11
Maranhão 8
Mato Grosso 7
Mato Grosso do Sul 3
Minas Gerais 50
Pará 13
Paraíba 7
Paraná 30
Pernambuco 25
Piauí 10
Rio de Janeiro 136
Rio Grande do Norte 19
Rio Grande do Sul 67
Rondônia 10
Roraima 2
Santa Catarina 13
São Paulo 228
Sergipe 8
Tocantins 3
Lisboa (Portugal) 1
Muscat (Omã) 3
Total 1003
ABILIO AUGUSTO FRAGATA FILHO SP
ABRAHÃO AFIUNE NETO GO
ADALBERTO MENEZES LORGA SP
ADALBERTO MENEZES LORGA FILHO SP
ADRIANA LOPES LATADO BA
ADRIANA SOARES XAVIER DE BRITO RJ ADRIANO CAMARGO DE CASTRO CARNEIRO SP ADRIANO DIAS DOURADO OLIVEIRA BA AGUINALDO FIGUEIREDO DE FREITAS JUNIOR GO ALAN CARLOS NERY DOS SANTOS BA
ALBERTO LIBERMAN SP
ALEXANDRE SCHAAN DE QUADROS RS
ALFREDO JOSÉ MANSUR SP
ALINE MARCADENTI DE OLIVEIRA RS ALVARO VALENTIM LIMA SARABANDA DF
ALVARO VIEIRA MOURA PR
AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA SP
ANA CLARA TUDE RODRIGUES SP
ANA CLÁUDIA MERCHAN GIAXA PR
ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA BA ANDERSON WILNES SIMAS PEREIRA RJ André Assis Lopes do Carmo MG
ANDRÉ AVELINO STEFFENS RS
ANDRE LABRUNIE PR
ANDRE LUIZ CERQUEIRA DE ALMEIDA BA
ANDRÉA ARAÚJO BRANDÃO RJ
ANDREA ROCHA DE LORENZO RJ
ANGELA MARIA PONTES B. DE OLIVEIRA PE ANGELO AMATO VINCENZO DE PAOLA SP
ANIS RASSI JUNIOR GO
ANTONIO CARLOS DE CAMARGO CARVALHO SP ANTONIO CARLOS PALANDRI CHAGAS SP ANTONIO CARLOS PEREIRA BARRETTO SP ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA SE
ANTONIO DE PADUA MANSUR SP
ANTONIO EDUARDO MONTEIRO DE ALMEIDA PB ANTONIO LUIZ DA SILVA BRASILEIRO RJ ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO MG
ANTONIO SILVEIRA SBISSA SC
ARISTOTELES COMTE DE ALENCAR FILHO AM
BARBARA MARIA IANNI SP
BENHUR DAVI HENZ DF
BRIVALDO MARKMAN FILHO PE
BRUNO CARAMELLI SP
CAMILLO DE LELLIS CARNEIRO JUNQUEIRA RJ CARLOS ALBERTO CYRILLO SELLERA SP
CARLOS ALBERTO MACHADO SP
CARLOS ALBERTO PASTORE SP
CARLOS ANTONIO MASCIA GOTTSCHALL RS
CARLOS COSTA MAGALHÃES SP
CARLOS EDUARDO LUCENA MONTENEGRO PE
CARLOS EDUARDO ROCHITTE SP
CARLOS EDUARDO SUAIDE SILVA SP
CARLOS GUN SP
CARLOS ROBERTO MELO DA SILVA PE
CELIA MARIA CAMELO SILVA SP
CELSO AMODEO SP
CESAR AUGUSTO DA SILVA NASCIMENTO RJ
CESAR JOSÉ GRUPI SP
CESAR ROCHA MEDEIROS RJ
CÍDIO HALPERIN RS
CLARA WEKSLER RJ
CLAUDIA CAMINHA ESCOSTEGUY
CLAUDIA CICERI CESA RS
CLAUDIA MARIA RODRIGUES ALVES SP
CLAUDIO CIRENZA SP
CLAUDIO PEREIRA DA CUNHA PR
CLAUDIO PINHO SP
CLAUDIO TINOCO MESQUITA RJ
CLAUDIO VIEIRA CATHARINA RJ
CONSTANTINO GONZALEZ SALGADO RJ
CRISTIANO FARIA PISANI SP
CRISTINA PELLEGRINO BAENA PR
CYNTHIA KARLA MAGALHÃES RJ
DALMO ANTONIO RIBEIRO MOREIRA SP
DALTON BERTOLIM PRÉCOMA PR
DANIEL BORN SP
DANIEL BRANCO DE ARAÚJO SP
DANIEL JOGAIB DAHER SP
DANIEL XAVIER DE BRITO SETTA RJ
DANIELA CALDERARO SP
DANY DAVID KRUCZAN RJ
DARIO C. SOBRAL FILHO PE
DAVID COSTA DE SOUZA LE BIHAN SP DENILSON CAMPOS DE ALBUQUERQUE RJ
DIKRAN ARMAGANIJAN SP
DIRCEU RODRIGUES ALMEIDA SP
DJAIR BRINDEIRO FILHO PE
DOMINGOS SAVIO BARBOSA DE MELO PE
EDGAR GUIMARÃES VICTOR PE
EDILEIDE DE BARROS CORREIA SP
EDIMAR ALCIDES BOCCHI SP
EDMAR ATIK SP
EDMUNDO JOSÉ NASSRI CAMARA BA
EDUARDO BACK STERNICK MG
EDUARDO BENCHIMOL SAAD RJ
EDUARDO DYTZ ALMEIDA RS
EDUARDO NAGIB GAUI RJ
EDUARDO NANI SILVA RJ
EDUARDO SAHADE DARZÉ BA
ELIZABETE VIANA DE FREITAS RJ
ELMIRO SANTOS RESENDE MG
ELZA COUTINHO NEVES DE ALMEIDA RJ
EMILIO CESAR ZILLI RJ
EMILIO HIDEYUKI MORIGUCHI RS
ENIO BUFFOLO SP
EPOTAMENIDES MARIA GOOD GOD MG ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA RJ
ESMERALCI FERREIRA RJ
ESTEVÃO LANNA FIGUEIREDO MG
EXPEDITO E. RIBEIRO DA SILVA SP FABIANA GOULART MARCONDES BRAGA SP
FABIO FERNANDES SP
FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR SP
FABRICIO BRAGA DA SILVA RJ
FATIMA DUMAS CINTRA SP
FERNANDO AUGUSTO ALVES DA COSTA SP FLAVIO ADOLFO ARANHA JAPYASSU PE FLAVIO ANTONIO DE OLIVEIRA BORELLI SP
FLAVIO DANNI FUCHS RS
FLÁVIO TARASOUTCHI SP
FRANCISCO ANTONIO HELFENSTEIN FONSECA SP FRANCISCO CARLOS DA COSTA DARRIEUX SP
FREDERICO SOMAIO NETO MS
GABRIEL LEO BLACHER GROSSMAN RS
GILBERTO LAHORGUE NUNES RS
GILSON SOARES FEITOSA BA
GILSON SOARES FEITOSA FILHO BA GLAUCIA MARIA MORAES OLIVEIRA RJ
GUSTAVO BERNARDES DE FIGUEIREDO OLIVEIRA SP
GUSTAVO GLOTZ DE LIMA RS
HEBERTH CESAR MIOTTO MG
HELIO GERMINIANI PR
HELIO ROQUE FIGUEIRA RJ
HELMAN CAMPOS MARTINS PB
HENO FERREIRA LOPES SP
HENRIQUE HORTA VELOSO RJ
HENRY ABENSUR SP
HERMES TOROS XAVIER SP
HUÉVERSON JUNQUEIRA NEVES TO
HUMBERTO PIERRI SP
HUMBERTO VILLACORTA JUNIOR RJ
IEDA BISCEGLI JATENE SP
ILAN GOTTLIEB RJ
ILMAR KOHLER RS
IRAN CASTRO RS
ISABEL CRISTINA BRITTO GUIMARÃES BA ITAMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA RN IVAN LUIZ CORDOVIL DE OLIVEIRA RJ
IVAN ROMERO RIVERA AL
JACOB ATIÉ RJ
JAMIL ABDALLA SAAD MG
JAMIL MATTAR VALENTE SC
JAPY ANGELINI OLIVEIRA FILHO SP
JAQUELINE SCHOLZ ISSA SP
JEANE MIKE TSUTSUI SP
JEFFERSON PETTO BA
JOÃO BATISTA C. C. SERRO AZUL SP JOÃO CARLOS FERREIRA BRAGA SP
JOÃO CARLOS HUEB SP
JOÃO CARLOS VIEIRA DA COSTA GUARAGNA RS
JOÃO DAVID DE SOUZA NETO CE
JOÃO FERNANDO MONTEIRO FERREIRA SP JOÃO LUIZ DE ALENCAR ARARIPE FALCÃO CE JOÃO LUIZ FERNANDES PETRIZ RJ JOÃO MANOEL ROSSI NETO
JOÃO MANOEL THEOTONIO DOS SANTOS SP
JOÃO PIMENTA SP
JORGE ELIAS NETO ES
JORGE ILHA GUIMARÃES RS
JOSÉ ALBUQUERQUE DE FIGUEIREDO NETO MA
JOSÉ ARMANDO MANGIONE SP
JOSÉ CARLOS AIDAR AYOUB SP JOSÉ CARLOS JUCA POMPEU FILHO CE
JOSÉ CARLOS MOURA JORGE PR
JOSÉ CARLOS NICOLAU SP
JOSÉ CARLOS PACHON MATEOS SP JOSÉ EDUARDO MORAES REGO SOUSA SP JOSÉ FERNANDO VILELA MARTIN SP JOSÉ FRANCISCO KERR SARAIVA SP
JOSÉ LUIZ BARROS PENA MG
JOSÉ MARIA PEIXOTO MG
JOSÉ MARIANI JUNIOR SP
JOSÉ ROCHA FARIA NETO PR
JOSÉ TARCÍSIO MEDEIROS DE VASCONCELOS SP JULIANO DE LARA FERNANDES SP
JULIO CESAR VIEIRA BRAGA BA
KALIL LAYS MOHALLEM RJ
KERGINALDO PAULO TORRES RN
LEANDRO IOSCHPE ZIMERMAN RS
LEILA BELTRAMI MOREIRA RS
LEOPOLDO SOARES PIEGAS SP
LIDIA ANA ZYTYNSKI MOURA PR
LILIA NIGRO MAIA SP
LUCAS FREITAS CARVALHO FERNANDES RJ LUCIA MARIA VIEIRA DE OLIVEIRA SALERNO PE LUCIANO MOREIRA BARACIOLI SP LUIS CLAUDIO LEMOS CORREIA BA
LUIS EDUARDO PAIM ROHDE RS
LUÍS HENRIQUE WOLFF GOWDAK SP LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS SP LUIZ ANTONIO MACHADO CESAR SP LUIZ ANTONIO RIBEIRO INTROCASO DF LUIZ APARECIDO BORTOLOTTO SP LUIZ CARLOS DO NASCIMENTO SIMOES RJ
LUIZ CESAR NAZARIO SCALA MT
LUIZ EDUARDO FONTELES RITT BA LUIZ FERNANDO MUNIZ PINHEIRO SP LUIZ FERNANDO SALAZAR OLIVEIRA PE
LUIZ FRANCISCO CARDOSO SP
LUIZ PEREIRA DE MAGALHÃES BA MARCELO BUENO DA SILVA RIVAS RJ
MARCELO DE FREITAS SANTOS PR
MARCELO HEITOR VIEIRA ASSAD RJ
MARCELO LUIZ CAMPOS VIEIRA SP
MARCELO SOUZA HADLICH RJ
MARCELO WESTERLUND MONTERA RJ
MARCIA BUENO CASTIER RJ
MARCIA DE MELO BARBOSA MG
MARCIA MARIA NOYA RABELO BA
MARCIA REGINA MESSAGGI GOMES DIAS PR MARCIO GONÇALVES DE SOUSA SP MARCIO JANSEN DE OLIVEIRA FIGUEIREDO SP
MARCIO ROGERIO NOBREGA RS
MARCIO SOMMER BITTENCOURT SP MÁRCIO VINÍCIUS LINS DE BARROS MG
MARCO ANTONIO MOTA GOMES AL
MARCO ANTONIO RODRIGUES TORRES RS
MARCO V WAINSTEIN RS
MARCONI GOMES DA SILVA MG
MARCUS VINÍCIUS BOLÍVAR MALACHIAS MG
MARCUS VINICIUS SIMÕES SP
MARDEN ANDRÉ TEBET SP
MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA AL MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA IZAR SP MARIA DA CONSOLAÇÃO VIEIRA MOREIRA MG MARIA DO CARMO PEREIRA NUNES MG MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHÃES RJ MARIA ELIZABETH NAVEGANTES CAETANO PA MARIA EULALIA THEBIT PFEIFFER RJ MARIA HEBE DANTAS DA NOBREGA RN
MARIANA VARGAS FURTADO RS
MARIO LUIS RIBEIRO CESARETTI SP MARIO SERGIO SOARES DE AZEREDO COUTINHO SC
MARTINO MARTINELLI FILHO SP
MAURICIO BATISTA NUNES BA
MAURICIO IBRAHIM SCANAVACCA SP
MAURICIO MILANI DF
MAURICIO PIMENTEL RS
MAURICIO WAJNGARTEN SP
MIGUEL ANTONIO MORETTI SP
MIGUEL MORITA FERNANDES DA SILVA PR MOACIR FERNANDES DE GODOY SP MUCIO TAVARES DE OLIVEIRA JUNIOR SP
MURILO FOPPA RS
NABIL GHORAYEB SP
NELSON ITIRO MIYAGUE PR
NELSON SIQUEIRA DE MORAIS GO
ODWALDO BARBOSA E SILVA SP
OLGA FERREIRA DE SOUZA RJ
OLIMPIO RIBEIRO FRANÇA NETO PR
ORLANDO CAMPOS FILHO SP
ORLANDO OTAVIO DE MEDEIROS PE
OSCAR PEREIRA DUTRA RS
OSWALDO PASSARELLI JUNIOR SP
OTAVIO CELSO ELUF GEBARA SP
OTAVIO RIZZI COELHO SP
PAULO CÉSAR BRANDÃO VEIGA JARDIM GO
PAULO DE LARA LAVÍTOLA SP
PAULO DE TARSO JORGE MEDEIROS SP
PAULO ERNESTO LEÃES RS
PAULO JOSÉ BASTOS BARBOSA BA PAULO MAGNO MARTINS DOURADO SP
PAULO ROBERTO CHIZZOLA SP
PAULO ROBERTO FERREIRA ROSSI PR
PAULO ROBERTO NOGUEIRA SP
PAULO ROBERTO PEREIRA DE SANTANA RJ PAULO ROBERTO SCHVARTZMAN RS
PAULO YAZBEK JUNIOR SP
PEDRO BERALDO DE ANDRADE SP
PEDRO FERREIRA DE ALBUQUERQUE AL PEDRO PAULO NOGUERES SAMPAIO RJ PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI RJ PLINIO RESENDE DO CARMO JÚNIOR RJ
RAUL IVO ROSSI FILHO RS
REGINA COELI MARQUES DE CARVALHO CE
REGINA ELIZABETH MULLER RJ
REGINA KUHMMER NOTTI RS
RENATA CHRISTIAN MARTINS FELIX RJ RENATO ABDALA KARAM KALIL RS
RICARDO LUIZ RIBEIRO RJ
RICARDO MOURILHE ROCHA RJ
RICARDO RYOSHIM KUNIYOSHI ES RICARDO VIVACQUA CARDOSO COSTA RJ ROBERTO ALEXANDRE FRANKEN SP
ROBERTO BASSAN RJ
ROBERTO DISCHINGER MIRANDA SP
ROBERTO ESPORCATTE RJ
ROBERTO POZZAN RJ
RODRIGO GIMENEZ PISSUTTI MODOLO SP ROGERIO EDUARDO GOMES SARMENTO LEITE RS
ROGERIO TASCA RJ
ROMEU SERGIO MENEGHELO SP
RONALDO DE SOUZA LEÃO LIMA RJ
RONEY ORISMAR SAMPAIO SP
ROQUE ARAS JUNIOR BA
RUI FERNANDO RAMOS SP
RUI MANUEL DOS SANTOS POVOA SP
RUY SILVEIRA MORAES FILHO RS
SALVADOR MANOEL SERRA RJ
SALVADOR RASSI GO
SANDRA NIVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO CE
SANDRO GONÇALVES DE LIMA PE
SERAFIM FERREIRA BORGES RJ
SERGIO BAIOCCHI CARNEIRO GO
SERGIO EMANUEL KAISER RJ
SÉRGIO GABRIEL RASSI GO
SERGIO TAVARES MONTENEGRO PE
SERGIO TIMERMAN SP
SILVIA HELENA CARDOSO BOGHOSSIAN RJ
SILVIA MARIA CURY ISMAEL SP
SILVIA MARINHO MARTINS PE
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SISSY LARA DE MELO SP
TALES DE CARVALHO SC
THATIANE FACHOLI POLASTRI SP
THIAGO DA ROCHA RODRIGUES MG
THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM GO
VALDIR AMBRÓSIO MOISÉS SP
VALTER CORREIA DE LIMA RS
VINICIUS DAHER VAZ GO
VITOR SERGIO KAWABATA SP
VIVIAN LERNER AMATO SP
WALKIRIA SAMUEL AVILA SP
WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA GO
WILLIAM AZEM CHALELA SP
WILSON ALBINO PIMENTEL FILHO SP
WILSON MATHIAS JUNIOR SP
WOLNEY DE ANDRADE MARTINS RJ
ZILDA MACHADO MENEGHELO SP
MELHOR TEMA LIVRE ORAL PESQUISADOR SÊNIOR 71 SBC/2016
Denilson Campos de Albuquerque - RJ Coordenador e Julgador
Gilson Soares Feitosa - BA Julgador
Paulo César Brandão Veiga Jardim - GO
Julgador
Protásio Lemos da Luz - SP
Julgador
Mecanismos envolvidos na fadiga cardiopulmonar após maratona ANA PAULA RENNÓ SIERRA, MANOEL CARNEIRO OLIVEIRA- JUNIOR, FRANCINE MARIA ALMEIDA, MARINO BENETTI, RODRIGO DE ASSUNCÃO OLIVEIRA, PATRICIA SMITH, CARLOS ANIBAL SIERRA REYES, RODOLFO DE PAULA VIEIRA, MARIA FERNANDA CURY BOAVENTURA, MARIA AUGUSTA P. DAL’MOLIN KISS e NABIL GHORAYEB
Instituto Dante Pazzanese / EEFE - USP , São Paulo, SP, BRASIL - Universidade Nove de Julho, São Paulo, SP, BRASIL - Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, BRASIL.
Fundamento: Disfunção miocárdica transitória é sabidamente conhecida como fadiga cardíaca, e normalmente induzida por exercício prolongado na ausência de doença cardiovascular, evidenciadas por alterações cardíacas morfofuncionais e de marcadores de injúria miocárdica, redução da ventilação voluntária máxima e do consumo de oxigênio no pico do esforço. Desta forma o objetivo do presente estudo foi investigar se a fadiga cardíaca após maratona tem correlação com os níveis de óxido nítrico no ar exalado e inflamação pulmonar. Métodos: 31 maratonistas do gênero masculino, com idade média de 38,9 ± 8.84, foram avaliados com teste cardiopulmonar nas três semanas que antecederam a maratona e entre 3 e 15 dias após. Análise de óxido nítrico no ar exalado (NOex) e espirometria foram realizados 24h pré, imediatamente após, 24h, 72h após a maratona.
E por fim, a análise da celularidade no escarro induzido foi realizada 24h pré e imediatamente após a maratona. Resultados: Imediatamente após a maratona, a % de macrófagos e neutrófilos no escarro induzido aumentou significativamente em relação aos valores basais (0,65% para 4,28% e 6,79% 14,11%, respectivamente), seguido por um aumento nas concentrações de NOex de 20,22 para 34,56. Apesar disso 24 e 72h após houve uma redução significativa comparada com os valores basais. Também foi observada queda nas variáveis de função pulmonar depois da maratona, valores que não retornaram aos valores basais, mantendo baixos valores e redução na função pulmonar. Em relação a capacidade cardiopulmonar observamos queda do consumo de oxigênio (VO2) e ventilação pico.
Além disso, observamos correlação negativa entre a diferença (queda) do VEF1 e a queda do NOex 24 e 72h após a maratona., quando ocorre decréscimo do NOex. Conclusão: Ocorre inflamação pulmonar após a maratona, demonstrada pelo aumento do NOex e celularidade no escarro imediatamente após a maratona, que influencia na redução da capacidade cardiopulmonar, a qual é atenuada quando há redução da biodisponibilidade de NOex.
003
Identificação de genes diferentemente expressos no tecido do aneurisma da aorta abdominal
NEIRE NIARA FERREIRA DE ARAUJO, HUITZU LIN WANG, JULIANA DE FREITAS GERMANO, ANDRE FELDMAN, PEDRO SILVIO FARSKY, FABIO HENRIQUE ROSSI, GISELE MEDEIROS BASTOS, MARIO HIROYKI HIRATA e MARCELO CHIARA BERTOLAMI
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL - Faculdade de Ciências Farmacêutica da USP, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: Atualmente, o diagnóstico do Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é feito pelo exame de imagem, porém, por ser uma doença assintomática na maioria das vezes, o diagnóstico precoce é raro. Na ruptura do AAA, menos de 50% dos pacientes chegam vivos ao hospital e, apenas, a metade sobrevive ao tratamento cirúrgico. Portanto, o uso de ferramentas moleculares, que identifiquem precocemente essa doença silenciosa, é de extrema importância para que intervenções preventivas possam ser realizadas. Objetivo: Analisar o perfil de expressão gênica em amostras de tecido de aorta abdominal, buscando identificar genes envolvidos na patogênese do AAA. Métodos: As amostras de tecido do grupo AAA foram obtidas de pacientes submetidos à correção cirúrgica (n=6), enquanto as amostras do grupo controle foram obtidas de doadores de órgãos (n=6). Para a extração do RNA total e para a síntese de cDNA foram utilizados os reagentes RNeasy Microarray Tissue Mini Kit (Qiagen) e miScript®
II RT kit (Qiagen), respectivamente. A análise de expressão gênica foi através da PCR em tempo real, utilizando o sistema de arranjos Endothelial Cell Biology PCR Array (Qiagen), composto de 84 genes relacionados ao endotélio vascular humano. Os genes, cuja diferença de expressão (fold change) no grupo AAA em relação ao grupo controle foi superior a duas vezes e com significância estatística (p<0,05) foram considerados clinicamente relevantes. Resultados:
Dos 84 genes analisados, quatro estavam mais expressos: SPHK1 (5,9 vezes), TYMP (3,4 vezes), ALOX5 (2,9 vezes) HIF1A (2,3 vezes), cujas enzimas e fatores codificados favorecem à inflamação local, manutenção da função endotelial com a produção de VEGF, e a angiogênese. Por outro lado, seis genes estavam menos expressos: PTGIS (-8,8 vezes), CX3CL1 (-5,1 vezes), ITGB1 (-4,2 vezes), COL18A1 (-3,2 vezes), FN1 (-2,9 vezes) e AGTR1 (-2,6 vezes) cujas funções são atribuídas à perda da função fisiológica da aorta, com a diminuição da capacidade de vasodilatação, de produção de receptor de angiotensina II e de moléculas quimiotáticas e integrinas, bem como proteínas da matriz extracelular, como colágeno XVIII. Conclusão: A expressão diferencial dos genes SPHK1, TYMP, ALOX5, HIF1A, PTGIS, CX3CL1, ITGB1, COL18A1, FN1 e AGTR1 sugere o envolvimento deles na patogênese da doença, portanto, são potenciais marcadores biológicos para o diagnóstico precoce do AAA.
Metotrexato associado à nanopartícula lipídica melhora a função cardíaca e o processo inflamatório após infarto agudo do miocárdio em ratos.
RAUL CAVALCANTE MARANHAO, MARIA CAROLINA GUIDO, ALINE DERISIO DE LIMA, ELAINE RUFO TAVARES, ALYNE FRANCA MARQUES, DEBORAH LIMA BISPO, MARCELO D MELO, ROBERTO KALIL FILHO, JOSE CARLOS NICOLAU e VERA MARIA CURY SALEMI Instituto do Coração - HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é acompanhado por processo inflamatório, fibrose miocárdica e remodelamento ventricular, que contribuem para disfunção ventricular e insuficiência cardíaca. Previamente, demonstramos que o tratamento com metotrexato (MTX) associado à nanopartícula lipídica (LDE) reduziu a inflamação e proliferação na lesão aterosclerótica em coelhos. O objetivo do estudo foi investigar os efeitos do tratamento com LDE-MTX em ratos submetidos à indução do IAM.
Métodos: Ratos machos Wistar foram submetidos ao infarto (IM) pela ligadura da coronária esquerda. Os animais IM foram divididos em 3 grupos experimentais: IM-controle, tratados apenas com LDE; IM-MTX, tratados com MTX na forma comercial; IM-LDE+MTX, tratados com LDE-MTX. Os animais foram tratados semanalmente com MTX na dose de 1 mg/kg, I.P.
Ecocardiograma foi realizado 24 horas e 6 semanas após a cirurgia. Os animais foram então sacrificados para análises morfológicas e moleculares do ventrículo esquerdo (VE). Resultados: Comparado ao IM-controle e IM-MTX, o tratamento com LDE-MTX melhorou a função sistólica do VE, a dilatação cardíaca, a espessura do septo interventriclar e da parede posterior e a massa do VE. Além disso, o tratamento com LDE-MTX reduziu significativamente o tamanho do IAM, a necrose dos miócitos, o processo inflamatório, a hipertrofia cardíaca e a fibrose miocárdica na região não infartada do VE. Houve menor expressão proteica de CD68 (macrófagos) e dos fatores pró-apoptóticos, caspase 3 e Bax e maior expressão do fator anti-apoptótico Bcl2 e das enzimas antioxidantes, superóxido dismutase-1 e catalase no grupo tratado com LDE-MTX. Os animais tratados com LDE- MTX e MTX não apresentaram toxicidade. Conclusão: A melhora da função cardíaca e a redução do tamanho do IAM promovidas pelo tratamento com LDE-MTX indicam que essa nova formulação é elegível para estudos clínicos, o que também é fundamentado pela ausência de toxicidade significativa da preparação.
004
Duração da onda P é forte preditora de sobrevida tardia em coronariopatas candidatos a revascularização do miocárdio
SHEILA TATSUMI KIMURA MEDORIMA, ANA PAULA LAZARO LINO, LINDEMBERG DA MOTA SILVEIRA FILHO, ORLANDO PETRUCCI JUNIOR, PEDRO PAULO MARTINS DE OLIVEIRA, MARCEL PINA ALMEIDA, MARCIO JANSEN DE OLIVEIRA FIGUEIREDO, OTAVIO RIZZI COELHO, JOSÉ ROBERTO MATOS SOUZA e ANDREI CARVALHO SPOSITO Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), FCM. , Campinas, SP, BRASIL.
Introdução: Embora existam métodos para estratificar risco de eventos cardiovasculares aplicáveis na prevenção primária, há poucos parâmetros úteis e acessíveis aos pacientes com doença cardiovascular manifesta para este fim.
Dentre os potenciais marcadores de risco, a sobrecarga atrial esquerda (SAE) se destaca pela simplicidade e acessibilidade em cenários variados. Dessa forma, a proposta foi avaliar o papel da SAE estimada pelo ECG como preditor de sobrevida nos pacientes coronariopatas. Métodos: Pacientes candidatos a revascularização miocárdica cirúrgica (RM) exclusiva(n=520) entre 2007-2013 no HC-UNICAMP foram incluídos. Parâmetros pré-operatórios incluíram análise da onda P no ECG de repouso. O seguimento foi de até 2816dias(7.7anos), mediana 1023dias(2.8anos). O método Cox de regressão proporcional foi utilizado para avaliar associação estatisticamente significante das variáveis com morte por todas as causas. Resultados: Dos paciente incluídos, 37%(193) eram RM de urgência, 3.6%(19)com cirurgia cardíaca prévia, 11%(59) jcom angioplastia coronária e 42%(219) diabéticos. O risco cirúrgico calculado pelo EuroscoreII variou de 0.50- 11.41%, mediana de 0.95%(IQR 0.70-1.40). Durante o seguimento 35%(183) morreram, sendo 6.5%(34) óbitos intra-hospitalares. A mediana da duração da onda P foi 2.40mm(IQR 2.00-2.75). A onda P≥2.75mm(ou110ms) está associada a maior risco de morte (HR1.425,p=0.025,IC95%1.044-1.943), ajustado pelo EuroscoreII. A mortalidade dos pacientes com P≥110ms foi de 47%(59 de 124) e a análise pelo método Kaplan-Meier evidencia sobrevida significativamente menor (Log-rank test p=0.024). Os pacientes com onda P≥110ms apresentavam FE significativamente menor (55.8%±15 vs. 57.7%±13,p=0.012), porém não houve diferença significativa no tamanho do
AE(41.2±5vs40.4±5,p=0.854). Não houve diferença estatisticamente significante nos dias de UTI entre os pacientes (5±7vs4±2, p=0.064). Conclusão: A duração da onda P ≥110ms apresentou associação independente com mortalidade global em longo prazo em uma população de alto risco cardiovascular podendo ser considerada como marcador de muito alto risco cardiovascular.
Efetividade de clortalidona/amilorida versus losartana em pacientes com hipertensão estágio I: resultados do ensaio clínico randomizado PREVER TRATAMENTO
FLAVIO DANNI FUCHS, LUIZ CESAR NAZARIO SCALA, JOSÉ FERNANDO VILELA MARTIN, RENATO BANDEIRA DE MELLO, FRANCISCA MOSELE, PAUL K. WHELTON, CARLOS EDUARDO POLI DE FIGUEIREDO, PAULO RICARDO DE ALENCASTRO, RICARDO PEREIRA SILVA, MIGUEL GUS, LUIZ APARECIDO BORTOLOTTO e SANDRA CRISTINA PEREIRA COSTA FUCHS
Hospital de Clinicas de Porto Alegre, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.
Em nome dos pesquisadores do Estudo PREVER. Introdução: A eficácia do tratamento medicamentoso anti-hipertensivo sobre a prevenção de eventos cardiovasculares maiores tem sido repetidamente demonstrada em ensaios clínicos randomizados. No entanto, ainda não houve comparação entre diuréticos e agentes bloqueadores de receptores da angiotensina, como primeira opção terapêutica, sobre a prevenção de eventos cardiovasculares clínicos, além de efeito hipotensor. Objetivos: Comparar a eficácia anti-hipertensiva da combinação de clortalidona e amilorida com losartana, durante o manejo de hipertensão estágio I. Métodos: Um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, arrolou 655 participantes em 21 centros acadêmicos brasileiros e acompanhou-os por 18 meses. Participantes eram indivíduos adultos, com idade entre 30-70 anos, com pressão arterial (PA) entre 140-159 ou 90-99 mmHg (hipertensão estágio I) que não haviam reduzido a PA após três meses de intervenção sobre estilo de vida. Participantes foram randomizados para receber 12,5/2,5 mg de clortalidona/
amilorida (N=333) ou 50 mg de losartana (N=322). Caso a PA permanecesse não controlada depois de três meses, a dose da medicação do estudo era duplicada, e se permanecesse não controlada após seis meses, amlodipina (5 e 10 mg) e propranolol (40 e 80 mg duas vezes por dia) eram adicionados de forma progressiva. No final do acompanhamento, foram avaliados 609 (93%) participantes. Resultados: A diferença na PA sistólica durante 18 meses de acompanhamento foi 2,3 (IC95%: 1,2-3,3) mmHg favorecendo clortalidona/amilorida. Em comparação com participantes randomizados para diuréticos, maior número de participantes alocados para losartana tiveram a dose inicial duplicada e foram adicionados outros anti-hipertensivos para o controle pressórico. Os níveis de glicose plasmática, hemoglobina glicada e incidência de diabetes não foram diferentes entre os dois grupos de tratamento. Potássio plasmático foi inferior e colesterol plasmático mais elevado no braço de diuréticos. Microalbuminúria tendeu a ser mais elevada em pacientes com diabetes alocados para losartana (28.5 ± 40.4 contra 16.2 ± 26.7 mg; P=0.09). Conclusão: O tratamento com a combinação de clortalidona e amilorida comparado com losartana resultou em maior redução da PA.
007
Cintilografia Cardíaca com 123I-MIBG em pacientes com Insuficiência Cardíaca e CDI: resultados iniciais de um estudo piloto
ADRIANA J SOARES, ADRIANA P GLAVAM, RAPHAELA LOBAO, THIALLY ALMEIDA, WALACE BARBOSA, RENATA FELIX e CARLOS SCHERR Instituto Nacional de Cardiologia - INC, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL - Clínica de Diagnóstico por Imagem - CDPI, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
]Introdução: A morte súbita cardíaca (MS) constitui uma das principais causas de mortalidade associada à IC, correspondendo a cerca de 30 a 50% dos casos. A terapêutica com cardiodesfibrilador implantável (CDI) já está bem estabelecida nos pacientes com alto risco de MS. Contudo, essa conduta é dispendiosa. Por isso, se busca melhorar a estratificação para indicação do CDI. O desbalanço do sistema nervoso autônomo tem papel fundamental na gênese das arritmias e progressão da IC. A cintilografia com 123I-MIBG é capaz de avaliar a atividade adrenérgica cardíaca, com estudos demonstrando valor prognóstico na IC e MS. Objetivo: Avaliar se os parâmetros da cintilografia com 123I-MIBG são capazes de predizer choque apropriado do CDI e/ou morte em pacientes com IC no seguimento de 2 anos.
Metodologia: Estudo prospectivo, aberto, em dois hospitais públicos, com 50 pacientes com IC, FEVE< 40% (Simpson), classe funcional (CF) NYHA II/III encaminhados à terapêutica com CDI e que fizeram exame com 123I-MIBG.
Os parâmetros analisados no 123I-MIBG foram relação coração/mediastino (H/M) 20 minutos, 4 horas e taxa de washout (TW). Resultados: Vinte e dois pacientes (15 homens, idade 58 ± 13 anos) com FEVE=29 ± 8% e seguimento de 20 ± 4 meses foram avaliados. Desse grupo, 14 (64%) apresentavam cardiopatia não isquêmica. A HAS esteve presente em 13 (50%) e diabetes em 4 (18%) pacientes. Sete (32%) pacientes tiveram eventos (4 mortes, 2 acionamentos do CDI e 1 transplante cardíaco). Comparado ao grupo sem eventos, os pacientes com eventos tiveram relação H/M significativamente menor (H/M 20min = 1,48±0,18 versus 1,81±0,20; p< 0,01), (H/M 4h = 1,26±0,15 versus 1,69±0,18; p< 0,001), TW maior (55±10% versus 36±11%;
p< 0,01), indicando maior denervação cardíaca, apresentaram CF NYHA III (p=0,04) e BNP mais elevado (1.393 versus 365; p<0,01), entretanto não houve diferença significativa na FEVE entre os grupos (26% versus 31%;
p=0,09). No modelo de regressão linear com as variáveis CF NYHA, BNP, FEVE, e relação H/M 4h, essa última foi a única variável independente relacionada à ocorrência de eventos cardíacos. Conclusões: Os parâmetros obtidos na cintilografia com 123I-MIBG acrescentaram valor prognóstico significativo, indicando maior probabilidade de eventos nos pacientes com IC encaminhados à terapêutica com CDI e com maior comprometimento da função neuroautonômica simpática miocárdica e pode ser uma ferramenta não invasiva adicional na estratificação do risco dessa população.
PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA ASSOCIA-SE AO GÊNERO MASCULINO, À OBESIDADE E AO MENOR PESO AO NASCIMENTO EM ADOLESCENTES. ESTUDO DO RIO DE JANEIRO II.
ANDREA ARAUJO BRANDAO, FLAVIA LOPES FONSECA, MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, BERNARDO BRANDAO HARBOE, LARISSA OLIVEIRA MIRANDA, GUILHERME BRANDAO BOUZAS, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI, ROSSANA GHESSA ANDRADE DE FREITAS, JULIA BRANDAO BOUZAS, ROBERTO POZZAN e AYRTON PIRES BRANDAO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
Fundamento: A avaliação da pressão arterial (PA) e de suas associações com outros fatores de risco cardiovascular (RCV) em populações jovens é importante para adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo:
Avaliar a pressão arterial (PA) por idade e gênero e sua associação com outros fatores RCV e peso ao nascimento (PN) de alunos de 10 a 15 anos de escolas públicas do Rio de Janeiro. Desenho e Métodos: Estudo de corte transversal. Foram avaliados 1.722 escolares em ambiente escolar:
742 (43,1%) do sexo masculino (M) e 980 (56,9%) do sexo feminino (F). A distribuição da população por idade e gênero foi: 10 anos (n=108, 49M/59F), 11 anos (n=242, 106M 136F), 12 anos (n=368, 169M/104F), 13 anos (n=397, 161M/236F), 14 anos (n=346, 153M/193F), 15 anos (n=261, 104M/157F). PA foi medida três vezes pelo método oscilométrico; altura, peso, circunferência abdominal (CA) e informações sobre atividade física, tempo de lazer sedentário, tabagismo, história familiar (HF) e PN foram obtidos. PA elevada foi definida quando PA sistólica (PAS) e/ou pressão diastólica (PAD) >=p95 para a idade, gênero e percentil de altura; sobrepeso/
obesidade (S/O) quando o índice de massa corporal (IMC) >=p85 para idade e gênero. Resultados: 1) Médias de PAS foram maiores no sexo masculino em todas as idades (p<0,04), exceto para 12 anos. Prevalência geral de PA alta foi de 8,5%, 10,5% M X 6,9% F (p<0,01), sem diferenças por idade; 2) Entre os hipertensos, 56,2% tinha hipertensão sistólica isolada (HSI), 23,3% hipertensão diastólica isolada e 20,5% hipertensão sisto- diastólica; 3) PA normal-alta (>=p90 e Conclusão: Em adolescentes de 10- 15 anos de idade, PA elevada foi mais prevalente no sexo masculino, sendo a HSI a apresentação mais frequente. PA elevada associou-se ao gênero masculino, maior IMC, HF de infarto do miocárdio e menor PN.
008
Agregabilidade plaquetária, inflamação e disfunção do HDL. Potenciais mecanismos para o elevado risco isquêmico e hemorrágico dos pacientes com doença coronária e antecedente de AVCI/AIT.
CARLOS JOSÉ DORNAS G. BARBOSA, REBATA DE SOUZA BRREIROS, ANDRE FRANCI, REMO H M FURTADO, FATIMA R FREITAS, FLAVIA B B ARANTES, LUCIANO M BARACIOLI, CELIA MARIA CÁSSARO STRUNZ, TANIA R F ROCHA, ROBERTO KALIL FILHO, RAUL C MARANHAO e JOSE CARLOS NICOLAU
Hospital do Coração do Brasil, Brasília, DF, BRASIL - Instituto do Coração- InCor, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: Pacientes com passado de AVCI ou AIT correspondem a cerca de 7% dos indivíduos com síndrome coronária aguda (SCA). Essa população possui um elevado risco de eventos isquêmicos recorrentes.
Em contrapartida, apresenta elevado risco hemorrágico, sobretudo em uso da terapêutica antitrombótica moderna.Objetivo:Avaliar se variáveis de agregabilidade plaquetária, inflamação ou da função do HDL poderiam justificar esse comportamento. Metodologia: Estudo caso controle com 140 indivíduos com passado de SCA em uso de AAS. Grupo caso (n=70, com antecedente de AVCI ou AIT), Grupo controle (n=70, sem tal antecedente).
Foram excluídos pacientes com disfunção renal, grave, plaquetopenia grave e dupla antiagregação plaquetária. Os 2 grupos foram avaliados por variáveis de agregabilidade (VerifyNow ASPIRIN e P2Y12), de inflamação (PCRus e IL-6) e de função do HDL (capacidade de transferência de lípedes pelo HDL).Resultados: Os grupos não diferiram significativamente em relação a agregabilidade plaquetária (VerifyNow ASPIRIN 530,35 ± 83,81 ARU x 525 ± 79,78 ARU, p=0.7; VerifyNow P2Y12 251,74 ± 43,72 PRU x 262,14 ± 43,03 PRU, p=0,21) e inflamação (IL-6 15,44 ± 64,73 ng/ml x 4,56
± 6,64 ng/ml, p=0,09; PCR us 5,41 ± 7,95 x 3,79 ± 5,25 mg/dl p=0,06). O grupo caso apresenta um HDL com pior capacidade de transferir lipídeos (Colesterol éster 9,07 ± 1,94 x 8,54 ± 1,54, p= 0,09; Fosfolípedes 21,36
± 2,95 x 21,69 ± 3,14, p=0,53; Colesterol livre 5,68 ± 1,34 x 6,11 ± 1,19, p=0,057; Triglicerídeos 5,01 ± 1,06 x 5,52 ± 0,96; p=0,006, p ajustado=0,009).
Conclusão: Pacientes com antecedente de SCA e AVCI/AIT possuem um HDL com função reduzida em comparação aos indivíduos sem antecedente cerebrovascular. Essa diferença pode contribuir para o elevado risco isquêmico e hemorrágico dessa população. Estudos complementares são necessários para corroborar essa hipótese.
Role of exercise training on autonomic and inflammatory profile after acute coronary syndromes
HUMBERTO G MOREIRA, DANIEL G MARTINEZ, RONY L LAGE, LARISSA F SANTOS, CARLOS E NEGRÃO, MARIA U P B RONDON e JOSE C NICOLAU
Instituto do Coração (InCor) - HCFMUSP, Sao Paulo, SP, BRASIL.
Background: Both sympathetic hyperactivity and increased inflammatory responses reported in patients with acute coronary syndrome (ACS) have been associated with clinical adverse outcomes. Additionally, exercise training is associated with reductions in mortality and reinfarction after ACS, playing an important role in secondary prevention.
Purpose: The objective was to evaluate the long-term effects of exercise training in patients with MI regarding the sympathetic and inflammatory activity.
Methods: Thirty-four patients with uncomplicated ACS were evaluated;
their mean age was 51.7 ± 7.0 years, 79.4% were male, and 94.1% had myocardial infarction. After 30 days of hospital discharge, 14 patients were assign in a program of cardiac rehabilitation consisted of three 60-minute exercise sessions per week for 5 months. The remained 20 patients remained untrained. All patients underwent muscle sympathetic nerve activity (MSNA) analysis; on the same day, blood samples were collected for ultrasensitive C-reactive protein (usCRP), interleukin-6 (IL- 6) and lipoprotein-associated phospholipase A2 (Lp-PLA2) activity level measurements in the 30-day after discharge. MSNA was recorded directly from the peroneal nerve using the microneurography technique. The measurements were repeated at 3 and 6 months after hospitalization.
Results: After 30 days of hospitalization, the median usCRP level was 1.67 (IQR 0.61; 3.15) mg/L, the median IL-6 level was 2.46 (IQR 1.90; 4.40), the mean Lp-PLA2 activity level was 162.8±44.5 nmol/min/mL, and the mean MSNA rate was 63.0±14.54 bursts/100 heart beats. Exercise training had no significant influence on usCRP and Lp-PLA2 levels, but significantly reduced the IL-6 levels at 6 months (P=0.005). Similarly, MSNA was significantly reduced from 66.3±9.6 at 1 month to 46.8±16.9 bursts/100 heart beats at 6-months after ACS in the trained group (P=0.002), but not in the untrained group (61.0±15.4 to 68.0±18.0 bursts/100 heart beats, respectively, P=0.125). The untrained group had no significant differences in the inflammatory biomarkers over the follow-up.
Conclusions: Exercise training reduces sympathetic nerve activity and inflammation in patients after ACS. These changes can partially explain the improved prognosis after ACS in patients who underwent cardiac rehabilitation.
These findings highlight the clinical importance of this nonpharmacological therapy in post-ACS patients.
Utilização de ultrassom diagnóstico e microbolhas na recanalização coronária e restauração do fluxo microvascular no infarto agudo do miocárdio
BRUNO GARCIA TAVARES, JEANE MIKE TSUTSUI, MIGUEL OSMAN DIAS AGUIAR, DIEGO RIBEIRO GARCIA, PEDRO ALVES LEMOS NETO, ALEXANDRE DE MATOS SOEIRO, ROBERTO KALIL FILHO, MUCIO TAVARES DE OLIVEIRA JUNIOR, THOMAS RICHARD PORTER, JOSE CARLOS NICOLAU, JOSE ANTONIO FRANCHINI RAMIRES e WILSON MATHIAS JUNIOR
Instituto do Coração (InCor) / HCFMUSP, São Paulo, , BRASIL.
Introdução: As terapias atuais de recanalização no infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST são a intervenção coronária percutânea e a trombólise química. Impusos de ultrassom com elevado índice mecânico têm sido utilizados para avaliar a perfusão miocárdica durante a infusão contínua de microbolhas.
A cavitação das microbolhas induzida pelos impulsos de alto índice mecânico cria forças de cisalhamento que são capazes de dissolver trombos epicárdicos e microvasculares em modelos animais de infarto agudo do miocárdio. A utilização de ultrassom diagnóstico neste cenário nunca foi formalmente estudada em seres humanos. Objetivos: Examinar a segurança, a eficácia e quais os efeitos adicionais o ultrassom diagnóstico com impulsos de alto índice mecânico, aplicado durante a infusão intravenosa de microbolhas antes e após a angioplastia primária, tem sobre as taxas iniciais de recanalização da artéria coronária, recuperações microvasculares e de função ventricular esquerda em pacientes que apresentam seu primeiro infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST. Método: De maio de 2014 a setembro de 2015, um total de 30 pacientes foi randomizado ou para um grupo que consistiu na aplicação de baixo índice mecânico e limitados impulsos diagnósticos com alto índice mecânico ou para dois grupos terapêuticos que receberam frequentes impulsos diagnósticos com alto índice mecânico ou impulsos com alto índice mecânico e maior duração de pulso, aplicados antes e após a angioplastia primária. Resultados:
Recanalização angiográfica antes da angioplastia foi observada em 60% dos pacientes tratados com alto índice mecânico, em 10% com índice mecânico baixo e em 22% dos pacientes tratados apenas com angioplastia (p=0,002).
Em um mês, houve melhora do grau de perfusão microvascular no grupo índice mecânico alto e angioplastia (p=0,04 em comparação com baixo índice mecânico e angioplastia) e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo melhorou significativamente (p<0,005). Conclusões: Impulsos com alto índice mecânico de um transdutor diagnóstico quando combinados com infusão de microbolhas podem melhorar os resultados microvasculares e funcionais quando adicionados ao manejo atual do infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST.
MELHOR TEMA LIVRE ORAL JOVEM PESQUISADOR 71 SBC/2016
Frederico Augusto Lima e Silva – CE
Coordenador e Julgador
José Francisco Kerr Saraiva - SP
Julgador
José Rocha Faria Neto - PR
Julgador
Wolney de Andrade Martins - RJ
Julgador
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM 30 ANOS DA PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA E DO SOBREPESO/OBESIDADE EM ADOLESCENTES – ESTUDO DO RIO DE JANEIRO I E II.
FLAVIA LOPES FONSECA, MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI, ROBERTO POZZAN, LARISSA OLIVEIRA MIRANDA, GUILHERME BRANDAO BOUZAS, BERNARDO BRANDAO HARBOE, JULIA BRANDAO BOUZAS, ROSSANA GHESSA ANDRADE DE FREITAS, AYRTON PIRES BRANDAO e ANDREA ARAUJO BRANDAO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
Fundamento: No Brasil, são escassos os estudos que avaliam o comportamento dos fatores de risco cardiovascular na infância e na adolescência e sua evolução ao longo do tempo. Objetivo: Comparar taxas de prevalência de sobrepeso/
obesidade (S/O) e pressão arterial (PA) elevada em duas amostras de escolares de 10-15 anos de idade da mesma área geográfica do Rio de Janeiro, com um intervalo de 30 anos. Desenho e Métodos: Estudo de corte transversal de duas amostras populacionais avaliadas em suas escolas: população do Estudo do Rio de Janeiro I (ERJ I) em 1986-87 (n=3.897, 1934M/1963F) e o do Estudo do Rio de Janeiro II (ERJ II) em 2015 (n=1.722, 742M/980F). PA foi medida três vezes e altura e peso foram obtidos. PA elevada foi definida quando PA sistólica (PAS) e/ou pressão diastólica (PAD) >= p95 para a idade, gênero e percentil de altura;
S/O quando o índice de massa corporal (IMC) p>= p85 para idade e gênero.
Resultados: 1) A distribuição da população por idade e gênero foi homogênea; 2) A prevalência de S/O aumentou de 17,3% para 32,2% em 30 anos (p<0,0001).
Houve um aumento maior de obesidade (6.4%X18.2%) comparado ao sobrepeso (10,8%X14.0%) após 30 anos (p<0,0001); 3) Prevalência de PA elevada diminuiu entre os dois momentos (10,8%X8,4%, p<0,02); 4) Hipertensão sistólica isolada (HSI) foi a apresentação mais comum em ambas as avaliações (79,3%X56,3%), mas mais prevalente há 30 anos. Já a hipertensão diastólica isolada (HDI) (10,8%X22,1%) e a hipertensão sisto-diastólica (HSD) (9.9%X21,3%) foram mais prevalentes em 2015 do que há 30 anos (p<0,0001); 5) Considerando a idade e o gênero, as prevalências de S/O foram significativamente mais elevadas no ERJ II em todas as idades e gêneros (p<0,01), exceto para meninas de 10 anos; 6) Para PA elevada, foram observadas menores prevalências no ERJ II para meninas de 13 a 15 anos (p<0.02), mas não para outras idades e gêneros; Em 2015, HDI e HSI foram mais prevalentes em meninos de 11 a 14 anos (p < 0,02); 7) Em ambas as ocasiões, houve correlações significativas entre a PAS e PAD com IMC (p<0,01). Conclusão: Em 30 anos, houve uma transição epidemiológica da prevalência de S/O e PA elevada em adolescentes, com maior prevalência de S/O e de HDI e HSD, embora a HSI tenha sido a apresentação mais comum de PA aumentada em ambas as ocasiões. Estes dados podem ter implicações para estratégias de prevenção primária.
013
Novas mutações nos genes MYH7, MYBPC3 e TNNT2 relacionados à cardiomiopatia hipertrófica.
GISELE MEDEIROS BASTOS, LARA REINEL DE CASTRO, DIANE DUTRA SOUZA, JESSICA BASSANI BORGES, ELIZABETH GRACIANO SALDARRIAGA, CRISTINA MORENO FAJARDO, JULIANA DE FREITAS GERMANO, ROSARIO DOMINGUES CRESPO HIRATA, AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA e MARIO HIROYKI HIRATA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL - Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP, São Paulo, SP, BRASIL.
Introdução: A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é uma doença genética autossômica dominante causada por mutações em genes que codificam para proteínas do sarcômero cardíaco, especialmente a proteína-C ligada à miosina cardíaca (MYBPC3), a beta-miosina de cadeia pesada (MYH7) e a troponina T (TNNT2). A apresentação clínica da CHM pode variar desde a forma assintomática até apresentações graves, como a morte súbita. Acredita- se que essa variação no fenótipo pode ser explicada, em parte, pela presença de variantes causais que as ferramentas moleculares tradicionais não foram capazes de detectar. Objetivo: Detectar novas possíveis variantes causais de CMH utilizando uma plataforma de sequenciamento de alto rendimento (Next Generation Sequencing - NGS). Métodos: Foi realizado o sequenciamento de todos os éxons dos genes MYBPC3, MYH7 e TNNT2 em 68 indivíduos diagnosticados com CMH, utilizando a plataforma MiSeq® (Illumina) e o protocolo Nextera® Rapid Capture Custom Enrichment (Illumina). A análise secundária e terciária dos dados foi realizada utilizando o programa CLC Genomic Workbench (Qiagen). As variantes foram selecionadas com base nos parâmetros de qualidade da corrida, e com base na consequência funcional e nas informações disponíveis nos bancos de dados dbSNP, ESP e ClinVar. As variantes selecionadas foram confirmadas por sequenciamento de Sanger no ABI 3730 DNA Analyser (Applied Biosystems). Resultados: Foram identificadas sete novas variantes de troca única. Quatro no gene MYH7 (p.K615N, p.L1333V, p.D382A e p.I263T), duas no gene MYBPC3 (p.W791* e p.A149V) e uma no gene TNNT2 (p.W287*). As novas variantes foram identificadas em sete pacientes (13,24%), os quais apresentavam septo ventricular hipertrofiado (>15mm). Entretanto, a variante MYH7 p.I263T apareceu em dois pacientes diferentes e ambos apresentaram uma maior hipertrofia ventricular com septo de aproximadamente 30mm, o que sugere uma forte relação dessa variante com o grau de espessamento da parede ventricular. Conclusão: A plataforma NGS foi capaz de detectar variantes, ainda não descritas, em genes que codificam para proteínas sarcoméricas em pacientes com CMH. Contudo, outros experimentos são necessários para avaliar a consequência funcional dessas variantes candidatas, incluindo a MYH7 p.I263.
Estudo prospectivo, placebo controlado, testando o efeito do treinamento físico aeróbico em pacientes com angina microvascular EDUARDO E V CARVALHO, JÚLIO C CRESCÊNCIO, GIOVANI L SANTI, LUCIANO F L OLIVEIRA, CAMILA Q BERTINI, PEDRO V SCHWARTZMANN, LOURENÇO G JUNIOR e MARCUS V SIMÕES Centro de Cardiologia do HCFMRP-USP, Ribeirão Preto, SP, BRASIL.
Introdução: Angina microvascular primária (AMP) é uma condição clínica relativamente comum, associada à redução da qualidade de vida, com redução da capacidade física e recorrência dos sintomas anginosos. Classicamente, as intervenções farmacológicas apresentam pobre resultado no controle da dor e da isquemia nesta população. Objetivos: Avaliar o impacto do treinamento físico aeróbico (TFA) sobre a isquemia miocárdica, a capacidade física e a qualidade de vida de pacientes com AMP em comparação a um grupo controle não treinado. Métodos: Foram estudados 28 pacientes com AMP caracterizada por dor precordial típica, coronárias epicárdicas livres de lesões obstrutivas de qualquer magnitude e defeitos perfusionais reversíveis na cintilografia miocárdica de perfusão (CMP). Os pacientes foram divididos em dois grupos de investigação: Grupo Controle – composto por 9 pacientes com idade média de 53,3±7,4 anos e índice de massa corporal de 30,8±5,9 Kg/m2; e Grupo Treinado – composto por 19 pacientes com idade média de 54,89±9 anos e índice da massa corporal de 31,07±5,9 Kg/m2, submetidos ao TFA em esteira rolante, 3 vezes/semana, 1 hora/dia, intensidade moderada (60 à 85% do VO2pico), por um período de 3 meses. Todos os pacientes foram submetidos na condição basal e após três meses de seguimento à CMP com Sestamibi-99m Tc-SPECT, teste cardiopulmonar e ao questionário de qualidade de vida (SF36). Resultados: No grupo controle não foi encontrada diferença significativa em nenhuma das variáveis estudadas na CMP, no teste cardiopulmonar e no SF36, entre as avaliações basal e pós-treinamento. No grupo treinado foi observada redução significativa dos defeitos de perfusão (8,3±7,4 para 3,9±6,6; p=0,02) e do número de segmentos isquêmicos (6,5±4,1 para 2,8±4,2 seguimentos; p=0,006) na CMP, assim como aumento significativo da capacidade física, documentada no teste cardiopulmonar por incremento do VO2pico de 19,8±4,6 para 22,22±5,8ml/Kg/min (p=0,001), no VO2 do limiar de anaerobiose ventilatório de 11,59±2,4 para 12,78±2,5ml/
Kg/min (p=0,02). Observou-se ainda melhora significativa de todos os domínios avaliados pelo SF36 (p<0,05). Conclusões: O TFA demonstrou impacto significativo nos paciente com AMP, produzindo redução dos defeitos perfusionais reversíveis, melhora da qualidade de vida e da capacidade física.
Esses resultados indicam um papel potencial do TFA no tratamento desses pacientes.
014
Impacto da disfunção renal crônica em pacientes portadores de doença arterial coronária estável: 10 anos de follow-up do estudo MASS II.
EDUARDO GOMES LIMA, WHADY ARMINDO HUEB, CIBELE LARROSA GARZILLO, PAULO CURY REZENDE, PAULO ROGÉRIO SOARES, THIAGO LUIZ SCUDELER, ALEXANDRE CIAPPINA HUEB, EXPEDITO E. RIBEIRO DA SILVA, JOSE ANTONIO FRANCHINI RAMIRES e ROBERTO KALIL FILHO
InCor FMUSP, São Paulo, SP, BRASIL.
Fundamentos: A doença renal crônica (DRC) tem sido relacionada com pior prognóstico em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) estável. Todavia, existe uma lacuna de estudos com seguimento de longo prazo direcionados a responder essas questões. Objetivos: Avaliar o impacto prognóstico de diferentes níveis de função renal em uma população portadora de DAC e função ventricular esquerda preservada, bem como a possível interação entre o tratamento recebido e mortalidade em 10 anos de seguimento. Métodos: Trata-se de uma análise post-hoc do estudo MASS II. A taxa de filtração glomerular foi determinada no início do estudo em 611 pacientes randomizados para três grupos de tratamento: tratamento médico (TM), intervenção coronária percutânea (ICP) e cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). O desfecho primário foi o óbito. A sobrevivência foi estimada pelo método de Kaplan-Meier e o risco utilizando-se a análise de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Dos 611 pacientes, 112 (18%) foram classificados como portadores de função renal preservada, 349 (57%) como DRC discreta, e 150 (25%) como DRC moderada. Houve diferenças significativas na sobrevivência comparando-se os três estratos de função renal. As taxas de sobrevivência foram 81,3%, 76,2% e 60,7%
para a função preservada, DRC discreta e moderada, respectivamente (log-rank = 0,001; HR: 0,43: 0,26-0,70 para HR função preservada versus DRC moderada; e HR : 0,64; 0,46-0,90 para DRC discreta versus DRC moderada). Comparando-se as estratégias de tratamento nos diferentes estratos de função renal, observou-se uma maior sobrevivência no grupo CRM (81%) em comparação com aqueles do grupo ICP (75,9%) e TM (71,4%) entre indivíduos com DRC discreta (log-rank: 0,015; HR: 0,44; 0,25 -0,77 para CRM versus TM; HR: 0,59; 0,33-1,03 para CRM versus ICP) Conclusões: Nessa amostra estudada, a DRC, mesmo em estágios iniciais, foi associada a maior mortalidade entre pacientes portadores da DAC estável. Além disso, a CRM esteve relacionada a maior sobrevivência quando comparado com TM entre os indivíduos com DRC discreta.