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IMPUGNAÇÃO CLEANMAX

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Academic year: 2021

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Cleanmax Serviços Ltda.

REF. IMPUGNAÇÃO CONTRA PREGÃO PRESENCIAL Nº.008/2017– RESPOSTA – DA PETIÇÃO SOLICITADA

Em face da Impugnação impetrada pela licitante Cleanmax Serviços Ltda., solicitando IMPUGNAÇÃO do edital acima citado, relatando os fatores de possíveis vícios no Instrumento Convocatório e mediante as razões de direito expostas, invoca para tanto, que seja recebida e acolhida a Impugnação na forma apresentada referente ao Processo de Pregão Presencial nº. 008/2017.

Assim, tenho a informar referente as alegações que:

A FALTA DE COMPROVAÇÃO DE ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E

CERTIFICADO DE REGISTRO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EMPRESA NO CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA

O Objeto da Licitação é a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA

ESPECIALIZADA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA, CONSERVAÇÃO, DESINSETIZAÇÃO E DESRATIZAÇÃO NO CAMPUS DA FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ com manuseio de produtos de limpeza doméstica, produtos normalmente encontrados em supermercados, de fácil acesso e não para aquisição e manuseio de Produtos Químicos, pois, a Fundação Santo André já tem os seus profissionais para manuseio destes produtos em cada Laboratório, e claro, cada um possui seu próprio registro em suas respectivas categorias, não sendo necessário contratar tais profissionais para tal serviço e nem é o objeto de nossa licitação. A desinsetização e a desratização serão aplicados semestralmente, não sendo aplicado rotineiramente ou diariamente manuseado como os outros produtos domésticos de rotina. Para nossa licitação precisamos apenas e tão somente de pessoas para a limpeza comum do Campus da Instituição e semestralmente das aplicações já explicadas com exigência de laudos conforme a legislação vigente que será exigido em momento oportuno pelo Gestor do Contrato. E assim sendo, não precisaremos de que as empresas participantes apresentem em seu rol de documentos habilitatórios, licenças, alvarás, registros de conselhos, certificados de licença, e etc., não cabendo tal argumento da

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Impugnante à nossa Instituição, até porque em questionamento a respeito feito pela licitante AGILCLEAN SERVIÇOS DE LIMPEZA, publicada a resposta no site da FSA em 03/04/2018, deixou clara esta questão, o qual reproduzimos abaixo:

“Questionamento AGILCLEAN SERVIÇOS DE LIMPEZA

Referente ao item 53.5.- Declaração fornecida pelo licitante indicando pelo menos um responsável técnico para acompanhar a execução dos serviços, onde deverão constar os seus dados mínimos necessários, tais como: nome completo, n.º CPF, nº do RG e do registro na entidade profissional competente da região em que estiver vinculado, se for o caso. Formulário modelo encontra-se no Anexo IV “f”.

O Responsável Técnico deverá obrigatoriamente estar vinculado a entidade profissional competente da Região (Ex. CREA, CRA, CRQ)? ou somente se for o caso, conforme consta ao final do item? Não sendo necessário estar vinculado com nenhuma entidade profissional?

RESPOSTA: Em resposta ao seu questionamento, informo:

Sim, o Responsável Técnico deverá estar vinculado no nosso caso especifico ao C.R.Q., onde o serviço contratado que é de limpeza, desinsetização e desratização exige o acompanhamento do Responsável Técnico na prestação do serviço e que, após a aplicação um Laudo da Prestação do Serviço deverá ser emitido e apresentado ao Gestor do Contrato.”

Esta questão atende também ao Instrumento Convocatório item 53.5, abaixo reproduzido:

53.5.- Declaração fornecida pelo licitante indicando pelo menos um responsável técnico para acompanhar a execução dos serviços, onde deverão constar os seus dados mínimos necessários, tais como: nome completo, n.º CPF, nº do RG e do registro na entidade profissional competente da região em que estiver vinculado, se for o caso. Formulário modelo encontra-se no Anexo IV “f”.

A fonte da discricionariedade é a lei, e quando a lei deixa brechas, ai entra o ato de discricionariedade da Administração. Essa discricionariedade existe quando a lei expressamente a confere à Administração, ou quando a lei é omissa ou ainda quando a lei prevê determinada competência.

Não é necessário que a Administração exija, em licitação pública, a autorização de funcionamento de empresas que trabalham com mão de obra de limpeza e materiais classificados como saneantes domissanitários pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde concentram em si o poder de polícia, para, na matéria de suas competências, regulamentar e fiscalizar a produção, importação e comercialização de determinados produtos. Se algum particular produz e comercializa produtos específicos sem a autorização da ANVISA ou do MS,

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cabe a eles, em procedimento próprio, fiscalizar e autuar o particular, exercendo a função de polícia administrativa.

Para complementação do pensamento que envolve a matéria, extraímos do manual do TCE-SP, em sua página 31, o seguinte texto:

Alvarás e licenças da Vigilância Sanitária

No que se refere aos alvarás e licenças de Vigilância Sanitária, admite-se, no escopo da atuação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a exigência como requisito de habilitação jurídica, e até de qualificação técnica, por se tratar de requisito essencial ao exercício de atividades ligadas a esse segmento de mercado (TC –3004/989/15, TC – 1870/989/13 e TC – 883/989/14, dentre outros).

A questão central enfrentada em algumas representações refere-se à ausência de requisição de apresentação da Autorização de Funcionamento da Empresa – AFE, emitida pela ANVISA, e da Licença de Funcionamento, expedida pela Vigilância Sanitária do Estado ou Município sede (autoridade local). Nesses casos, havendo, entre os produtos licitados, materiais classificados como “cosméticos” e “saneantes domissanitários”, cogente é, para sua fabricação, distribuição ou importação, autorização de funcionamento, conforme comando expresso no artigo 7º, VI, c.c. artigo 8º, § 1º, IV, da Lei nº 9.782/99, que instituiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Torna-se necessária, portanto, a inclusão, entre os documentos de habilitação jurídica, da exigência de autorização da ANVISA e licença de funcionamento Estadual ou Municipal para a execução regular de suas atividades, consoante o disposto no artigo 28, V, da Lei nº 8.666/93.

Todavia, o ato convocatório deve excetuar a referida exigência para as empresas varejistas, cuja atividade seja a comercialização de “cosméticos” e “saneantes domissanitários”, por falta de imposição legal. E vale lembrar que, a partir do momento em que o edital impropriamente requer de todas as licitantes, indistintamente, as citadas autorizações e licenças de funcionamento, cria condição restritiva não amparada na lei, qual seja, a vedação à participação de empresas varejistas, o que não se admite.

No tocante à contratação de serviços laboratoriais e quando o objeto do certame for afeto a empresas que operam com a fabricação, distribuição e comercialização de medicamentos, a licença sanitária e a autorização de funcionamento expedidas pela Vigilância Sanitária igualmente são exigíveis para fins de habilitação, com fulcro no artigo 28, V, da Lei nº 8.666/93, por se tratarem de documentos considerados essenciais, pela Agência Reguladora, para o exercício destas atividades (TCs. 39932/026/10 e 2702/008/07).”

Também para ilustrar nosso pensamento, segue abaixo o

Acórdão 7.388/2011 do TCU – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, que nos diz o seguinte:

No Acórdão 7.388/2011 - 1º Câmara, são feitas considerações sobre a exigência de autorização de funcionamento expedida pela Anvisa na contratação de serviços de limpeza e conservação hospitalar, ficando caracterizada a ocorrência de cláusulas restritivas e exigências de habilitação desnecessárias. No voto condutor do acórdão, é destacado o seguinte:

‘O art. 30 da Lei 8.666/1993, entre outros requisitos, impõe que a documentação relativa à qualificação técnica deve limitar-se à comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação (inciso II). Os parágrafos do art. 30 explicitam as condições necessárias para atendimento dos requisitos mínimos, mas suficientes para assegurar que o licitante possui qualificação técnica compatível com o objeto licitado.

O contratante, ao especificar o objeto a ser licitado, é quem deve delimitar as condições para habilitação que melhor atendam ao interesse público.’

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No item 9.2.1 do supracitado acórdão, foi dada ciência ao órgão responsável da seguinte impropriedade: ‘9.2.2. exigir, para habilitação da licitante, autorização de funcionamento expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, o que afronta ao disposto no inciso I do § 1º do art. 3º da Lei 8.666/1993, que veda a inclusão de cláusulas que, de forma desnecessária, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do certame’;

Assim, a licitação da Fundação Santo André não é o meio adequado para tal propósito. Por intermédio dela a Administração deve se preocupar em selecionar a proposta efetivamente mais vantajosa ao Poder Público. Implicaria em desvio de poder pretender que a Administração, por meio da licitação, executasse a tarefa de fiscalização da ANVISA e afins, se essas dispõem de meio próprio para tal.

Além do mais, equivoca-se a recorrente quando anota em suas

razões de impugnação “FALHAS DE EXIGÊNCIAS DOCUMENTAIS, EM

DESACORDO COM NORMAS ADMINISTRATIVAS PERTINENTES À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA”, pois, fica reservado o direito da Administração de solicitar os documentos em momento oportuno se achar pertinente sempre obedecendo no que couber a Lei de Licitações 8.666/93, suas alterações e a Lei 10.520/02, com os seus decretos e por razões óbvias, não pode ser confundido com obrigatoriedade da Instituição em exigir o que a Licitante precise para se adequar ao edital ou mesmo para torna-la especial no certame, sem as devidas obrigações legais junto aos licitantes.

Não obstante a Lei de Licitações nº 8.666 de 1.993 determinou de forma taxativa quais seriam os documentos a serem exigidos para habilitação nas licitações públicas:

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:

I – habilitação jurídica; II – qualificação técnica;

III – qualificação econômico-financeira; IV – regularidade fiscal e trabalhista;

V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.

Tratou ainda de minudenciar os documentos relativos à

habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista nos artigos 28 a 31 da lei citada. Veja que na literalidade da lei não há nenhuma menção quanto a exigência de alvará da ANVISA ou de outros alvarás. Ora, se não existe nenhuma expressão taxativa, claramente definida, acerca da exigibilidade qual será o fundamento jurídico que sustente a exigência do alvará no edital?

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Cada situação demonstra sua existência através de um ato constitutivo diferente, observando características ímpares uma da outra, de modo que possa comprovar a titularidade de direitos e obrigações. Ou seja, o rol de exigências, do artigo 30 inc. I ao IV, não é cumulativo e deve ser analisado “conforme o caso”.

Portanto, conforme explicações fornecidas e pelo acima exposto, não acolho a petição de Impugnação impetrado por Vsa., mantendo-se todas condições do edital de Pregão Presencial nº. 008/2017 e mantendo-se também a data de abertura e reunião licitatória em Sessão Pública no dia 09/04/2018, ás 9:30 horas.

Santo André, 05 de abril de 2018

Atenciosamente,

Humberto Costa Sobrinho Pregoeiro Oficial FSA

Referências

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