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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Centro Infantil de S. Roque, Vila Chã de S. Roque (Oliveira de Azeméis)

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Academic year: 2021

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Relatório de Estágio em Animação Sociocultural

Centro Infantil de S. Roque

Ana Margarida Pinho da Costa

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I

Ficha de técnica

Estagiária: Ana Margarida Pinho da Costa

Número de aluno: 5006747

Estabelecimento de ensino: Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Obtenção da licenciatura: Animação Sociocultural

Docente orientador: Victor Manuel dos Santos Amaral

Instituição: Centro Infantil de S. Roque

Morada: Rua do Infantário, nº501, S. Roque

Tutora de estágio: Dr.ª Paula Alexandra Ferreira Costa

Duração: 3 meses

Início do estágio: 4 de Julho de 2011

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II

Agradecimentos

Pretendo, em primeiro lugar, agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda, mais precisamente a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, que em muito contribuiu para a minha formação académica.

Ao meu orientador, Professor Vítor Amaral, que foi incansável, pela sua compreensão, pelos esclarecimentos dados quando existiam dúvidas, pela sua disponibilidade e pela sua ajuda na elaboração deste relatório.

À Dr.ª Paula Alexandra, directora técnica do Centro Infantil de S.Roque, por ter permitido a realização do meu estágio nesta instituição.

Às funcionárias do Centro Infantil que me apoiaram em tudo quanto possível. Aos meus pais e irmão que sempre me apoiaram e incentivaram. Sem eles nada seria possível.

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III

Índice

Ficha de técnica ... I Agradecimentos ... II Índice de Figuras ... IV Índice de Tabelas ... IV Introdução ... 1

Capítulo I – Enquadramento teórico: A Animação Sociocultural ... 2

1.1. Âmbitos da Animação Sociocultural ... 2

1.2. O papel do Animador Sociocultural ... 3

1.2.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil ... 4

1.2.1. A Animação Sociocultural e os tempos livres ... 5

Capítulo II – Contextualização do meio ... 6

2.1. História do local ... 6

2.2. Caracterização geográfica e demográfica do concelho ... 7

2.3. Caracterização da instituição ... 9

2.4. Diagnóstico das oportunidades de intervenção ... 10

Capítulo III – Estágio ... 11

3.1. Plano e objectivos ... 11

3.2. Estratégias ... 12

3.3. Actividades desenvolvidas ... 13

3.3.1. Expressão dramática ... 16

3.3.2. Expressão musical ... 18

3.3.3. Expressão físico - motora ... 19

3.3.4. Expressão plástica... 21

3.3.5. Culinária ... 22

3.4. Avaliação das actividades ... 24

Reflexão final ... 25

Bibliografia ... 26

Bibliografia principal ... 26

Bibliografia secundária ... 26 Apêndices

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IV

Índice de Figuras

Figura 1 - Freguesias do concelho de Oliveira de Azeméis ... 8

Figura 2 - Logótipo do Centro Infantil de S. Roque ... 9

Figura 3 - Piquenique no rio Ul ... 13

Figura 4 - Cartaz da semana do jornal afixado ... 15

Figura 5 - Jogo do lenço (área trabalhada: expressão dramática)... 17

Figura 6 - Dança / aquecimento (área trabalhada: expressão musical) ... 19

Figura 7 - Jogo dos caças fileiras (área trabalhada: expressão físico-motora) ... 20

Figura 8 - Construção de vasos (área trabalhada: expressão plástica) ... 22

Figura 9 - Máquina fotográfica (área trabalhada: expressão plástica)... 22

Figura 10 - salada de fruta (área trabalhada: culinária) ... 23

Figura 11 - Crianças a fazerem salame (área trabalhada: culinária) ... 23

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Plano de estágio ... 12

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1

Introdução

O estágio é uma oportunidade de aplicar a teoria aprendida em sala de aula na prática do quotidiano da vida profissional. Os estágios curriculares são actividades programadas, orientadas e avaliadas que oferecem ao aluno aprendizagem profissional, social e cultural, por participarem em actividades ligadas a sua área de formação académica.

O presente relatório foi elaborado no âmbito da disciplina Estágio Curricular, pertencente ao último ano da licenciatura em Animação Sociocultural, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda.

O estágio decorreu no período compreendido entre 4 de Julho e 30 de Setembro de 2011, no Centro Infantil de S. Roque.

A instituição localiza-se no concelho de Oliveira de Azeméis, tendo por principal objectivo contribuir para a promoção da população da freguesia de S. Roque, através do propósito de dar expressão ao dever de solidariedade e de justiça social entre os indivíduos, e com a finalidade de facultar serviços ou prestações de segurança social.

A escolha deste local para realizar o estágio deve-se a existência do público-alvo que mais me fascina, e também porque foi uma das únicas que me abriu as portas.

Este relatório surge como um suporte teórico, tendo como objectivo dar a conhecer ao leitor um resumo alargado do que se passou ao longo destes três meses.

O presente trabalho estrutura-se em três capítulos. No primeiro capítulo é feito um enquadramento teórico da Animação Sociocultural (ASC), abordando aspectos como os âmbitos da ASC, o papel do animador, a ASC na vertente de animação infantil e esta nos tempos livres.

O segundo capítulo destina-se a contextualização do meio, evidenciando a história do local onde o estágio decorre, a caracterização geográfica e demográfica do concelho onde a instituição se insere, uma breve caracterização da mesma e o diagnóstico das oportunidades de intervenção.

O terceiro e último capítulo é dedicado ao estágio, abordando pontos fulcrais para a descrição deste, nomeadamente, o plano e objectivos, as estratégias utilizadas, as actividades desenvolvidas, uma explicação de cada área utilizada, a avaliação das actividades e, por fim, uma reflexão final onde é feita uma retrospectiva da longa caminhada em que o estágio se tornou.

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Capítulo I – Enquadramento teórico: A Animação Sociocultural

Neste primeiro capítulo é feito um breve enquadramento teórico, onde são abordados conteúdos tais como os âmbitos da animação sociocultural, o papel do animador sociocultural, a animação sociocultural na vertente de animação infantil e a animação sociocultural e os tempos livres.

1.1. Âmbitos da Animação Sociocultural

A Animação Sociocultural (ASC) nasce, segundo Ander-Egg (2008), como uma forma de promoção de actividades destinadas a preencher o tempo livre criativamente, evitar que a “fenda cultural” existente entre diferentes sectores sociais se aprofunde mais ainda, desbloquear a comunicação social mediante a criação de âmbitos de encontro que facilitem as relações interpessoais, acalentar as formas de educação permanente e criar condições para a expressão, iniciativa e criatividade da mesma gente. Esta apresenta um cariz multidimensional de não fácil definição, com diferentes propostas teóricas a partir de vários autores. No entanto, todas têm aspectos em comum como a existência da interacção entre grupos e colectividades, recurso a pedagogias activas, a importância das comunicações sociais, o método de integração e participação por intermédio de um animador para melhorar a comunicação e a participação das pessoas no processo de vivências sociais e institucionais.

A Animação Sociocultural é considerada como um conjunto de práticas sociais que estimulam a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento (Unesco, 1997). Esta é também entendida, segundo Peres Cardoso e Lopes (2002), como uma metodologia de intervenção, assente num conjunto de práticas sociais que visam gerar processos de participação com o fim de promover o desenvolvimento social, cultural e educativo do ser humano.

Em termos teóricos, de acordo com os vários autores consultados, a ASC tem as suas bases fundamentais numa dimensão estruturadora e enquadradora. A primeira divide-se em quatro subdimensões; são elas a dimensão do social, do cultural, educativa e do desenvolvimento. Por sua vez, a segunda divide-se em três subdimensões que são a histórica, a conceptual e a contextual.

Quanto aos âmbitos, esses assentam na existência de uma dimensão triangular: âmbitos espaciais, onde se caracterizam e diferenciam a Animação rural da Animação

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urbana; critérios etários, onde se analisa os âmbitos de Animação infantil, juvenil, de adultos, e Animação na “terceira idade”, abordando, em simultâneo, as diferentes instituições que operam nos diversos escalões etários através de programas de Animação Sociocultural; o terceiro âmbito denomina-se como o sector das actividades e também das técnicas e recursos para a Animação reflectindo diferentes dimensões construtivas da Animação Sociocultural – social, cultural e educativa.

Esta metodologia de intervenção através de diferentes âmbitos e com a realização de programas que respondam a diagnósticos previamente elaborados e participados, constitui um método para levar as pessoas a auto-desenvolverem-se e, consequentemente, reforçarem os laços do grupo e os laços comunitários.

Em termos práticos, qualquer intervenção neste campo exige responder a inúmeros desafios, como sejam, entre os mais clássicos, a desertificação rural, grande densidade urbana, focos de marginalidade, grupos com necessidades educativas especiais, animação dos tempos livres e do ócio de crianças, jovens, adultos e terceira idade. Em termos operativos, a animação deve responder ainda a uma articulação dos espaços educativos formais, não formais e informais.

Segundo a Equipa Nacional de Animadores do FAOJ, de 1997, citada em Lopes (2008), a Animação tem “um agente directo que é o Animador, este tem o seu trabalho norteado no sentido da consciencialização participante das populações, estimulando as pessoas e os grupos a autodesenvolverem-se”. Ele será capaz de organizar e/ou desenvolver actividades de Animação Sociocultural de carácter cultural, educativo, lúdico e recreativo, junto de uma população diversificada, utilizando técnicas e saberes de Animação; pode desenvolver a sua actividade em diferentes organizações, nomeadamente Autarquias, Casas e Centros de Juventude, Equipamentos sociais de apoio a Idosos, Centros de apoio a pessoas portadoras de deficiência, Instituições de apoio à infância, Associações e Centros Culturais e/ou recreativos.

1.2. O papel do Animador Sociocultural

O Animador Sociocultural é um profissional dotado de conhecimentos, valores, atitudes e técnicas, apto a promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando e desenvolvendo actividades de animação de

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carácter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo. É aquele que, pela sua acção, cria as condições mais favoráveis para conseguir a realização humana.

As suas funções, segundo Sara Miguel de Badesa (1995), são potenciar as relações interpessoais, dar respostas às necessidades dos indivíduos, potenciar a participação e o desenvolvimento de programas, procurar com as pessoas as soluções para os seus problemas, criar atitudes de cooperação, oferecer recursos técnicos necessários, coordenar actividades, harmonizar a realidade com a acção, planificar, coordenar e avaliar programas de intervenção.

São várias as características que o profissional de animação deve possuir, e por serem tantas, vários autores dividiram-nas segundo dimensões, especificamente, a dimensão cognitiva pessoal, a dimensão afectiva, a dimensão social e da relação, a dimensão moral e a dimensão física.

O animador deve ser naturalmente um bom comunicador e possuir capacidade para agir e lidar com grupos, analisando-os e posteriormente dinamizando-os. Além disso, deve ser criativo já que dele depende a capacidade de utilizar materiais e técnicas com vista a alcançar um determinado objectivo. A capacidade de improviso e de iniciativa devem ser outras das características destes profissionais.

Este profissional de animação pode trabalhar com vários grupos etárias, nomeadamente, idosos, adultos, jovens, crianças, grupos de risco, minorias étnicas, entre outras.

1.2.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil

Segundo Marcelino de Sousa Lopes (2008), a acção da animação na infância foi traduzida na execução de programas lúdicos e formativos, que tiveram lugar em colónias de férias, em visitas e passeios de estudo, que permitem às crianças conhecerem e visitarem regiões e lugares diferentes daqueles em que residem.

A animação na infância destina-se a crianças, onde o programa é composto por um conjunto de actividades de carácter lúdico. Estas actividades passam pela realização de acções ligadas à expressão plástica, à expressão musical, à expressão dramática, ao jogo.

Sob o ponto de vista de Ana Calvo (1997), citada por Lopes (2008: 213), a animação sociocultural na infância mantém, na sua forma de fazer, os princípios

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próprios que a animação sociocultural defende, e somente nos seus programas de intervenção, nas suas actividades e metodologias, encontraremos processos específicos e diferenciais, fruto, por um lado, do ajuste às características e necessidades dos grupos destinatários da sua acção, e por outro, da sua estreita relação com a pedagogia do ócio.

Qualquer acção no domínio da animação infantil deve obedecer a princípios que contemplem a criatividade, a componente lúdica, a actividade, a socialização, a liberdade e a participação.

1.2.1. A Animação Sociocultural e os tempos livres

A Animação Sociocultural, quando se direcciona para as crianças e os jovens, ocorre essencialmente nos seus tempos livres, onde a criança não tem encargos com a escola em casa, um tempo em que esta tem independência, podendo brincar livremente. Por meio de brincadeiras e jogos a criança tem oportunidade de tomar consciência de si, ao mesmo tempo que experimenta aquilo que observou no dia-a-dia.

A Animação tem como grande objectivo aproveitar o potencial do tempo livre, isto é, um tempo desocupado que deve ser recriado da melhor forma, para estimular processos de desenvolvimento de valorização quer pessoal, quer social. Neste caso, a Animação Sociocultural pode assumir um carácter e uma forma lúdica, criativa e participativa, podendo recorrer à brincadeira, ao jogo, e a diferentes formas de expressão artística, como a pintura, a música, a dança, a dramática, entre outras. Contudo deve estar sempre presente que o objectivo não é simplesmente “passar o tempo”, mas, pelo contrário, fazer com que as actividades sejam desenvolvidas em condições que permitam contribuir para a educação global e permanente das crianças.

Em suma, e segundo Sastre citado por João Marrana1, a Animação Sociocultural para os tempos livres das crianças e jovens defende o valor da liberdade não se preocupando em distrair ou entreter as crianças ou jovens, ocupando os seus tempos livres com actividades educativas concebidas e direccionadas de forma restrita. As actividades não são um fim, mas um meio com o qual se conta para atingir o último objectivo: educar no tempo livre.

1 Animação contextos e práticas, http://www.youblisher.com/files/publications/28/165615/pdf.pdf,

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Capítulo II – Contextualização do meio

Neste segundo capítulo é feita uma contextualização do meio, com base na história do local onde realizei o estágio, seguindo-se a caracterização geográfica e demográfica do concelho, a caracterização da instituição e, por último, o diagnóstico das oportunidades de intervenção do Centro Infantil de S. Roque.

2.1. História do local

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S. Roque ou Vila Chã de S. Roque é uma freguesia urbana portuguesa do concelho de Oliveira de Azeméis, com 8,26Km e 5235 habitantes (2011). É a freguesia mais populosa do concelho.

Nesta localidade a indústria do calçado é o sector predominante, seguindo-se depois as indústrias de construção civil, metalomecânica e cobres. O comércio é diverso e a agricultura é de subsistência.

Esta freguesia é rodeada, a norte, por S.João da Madeira e Macieira de Sarnes, a sul por Santiago de Riba-Ul e Oliveira de Azeméis, a nascente por Pindelo e o rio Ingua e ainda a nordeste por Nogueira do Cravo.

S. Roque apresenta alguns monumentos, é o caso da Igreja Matriz, a Cruz Alta, a Capela de Bustelo, a Capela do Covo e ainda a Capela de Samil. Existe um grupo recreativo cultural, onde se praticam diversas actividades como o folclore, a música, o teatro, e a biblioteca que está ao serviço da comunidade. Este grupo é designado como “A Chama”.

No que se refere a equipamentos de Acção Social, S. Roque tem por objectivo satisfazer as necessidades dos vários grupos etários da população (crianças, jovens, adultos) através do Centro Infantil e do Centro de Terceira Idade. Existe ainda uma extensão do centro de saúde do concelho, uma farmácia e uma policlínica.

As instituições dedicadas à educação são a Escola EB,1 de S. Roque e a Escola EB,1 Professora Elvira. A nível desportivo esta freguesia dispõe de actividades como ténis, columbofilia, caça e pesca.

Outros recursos de que a população dispõe são a Junta de freguesia, a comissão fabriqueira, a comissão social, a estação dos correios e o salão paroquial.

2 Informação recolhida em http://www.centroinfantilsroque.com/pages/sobre_nos.html, consultado em 6

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2.2. Caracterização geográfica e demográfica do concelho

Oliveira de Azeméis situa-se no Norte de Portugal, distando aproximadamente 35 Km da sede do distrito, a cidade de Aveiro, e 40 km da cidade do Porto. É limitado a Norte pelos concelhos de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, a Sul por Albergaria-a-Velha, a Oeste por Ovar e a Este por Vale de Cambra. Integra o agrupamento dos concelhos Entre Douro e Vouga.

O Município de Oliveira de Azeméis estende-se pelos seus 163.4 km2 e está dividido por 19 freguesias, uma cidade, oito vilas e 10 aldeias.

De acordo com os dados do XIV Recenseamento Geral da População do Instituto Nacional de Estatística (2001)3, este concelho tem uma população de 70.000 habitantes, tendo este número aumentado comparado com anos anteriores.

Os grupos etários mais jovens, com idades compreendidas entre os 0 e os 24 anos, ocupam a parcela inferior da população. O fenómeno do envelhecimento demográfico é visível através da redução dos efectivos populacionais jovens, em consequência dos baixos níveis da natalidade e pelo adensamento dos efectivos populacionais idosos, resultante da esperança média de vida.

Estabelecendo uma relação entre a população activa e a população residente, segundo os dados do Recenseamento Geral da População de 2001, o concelho de Oliveira de Azeméis apresenta uma Taxa de Actividade de 52,2%. Consequentemente, a taxa de desemprego apresentada é a mais baixa das taxas de Entre Douro e Vouga, da Região Norte e Portugal.

Inserido na região portuguesa de economia mais aberta ao exterior, o concelho de Oliveira de Azeméis partilha com outros concelhos a forte vocação empresarial. O sector primário emprega uma reduzida parte da população, constituindo-se mesmo um sector marginal. O sector secundário é o maior empregador visto este concelho ser fortemente industrializado, seguindo-se o sector terciário. Em Oliveira de Azeméis existem 104 instituições da Administração Pública e 225 organismos de Serviços Prestados a comunidade.

Este concelho impõe-se na região e no distrito pela sua privilegiada situação geográfica servida por uma numerosa rede de vias de comunicação. O concelho é atravessado pela EN1, que foi substituída na década de 90 pelo IC2 e pela Via do Nordeste. A poente e muito perto da freguesia de Loureiro passa a A1. Este concelho é

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Figura 1 - Freguesias do concelho de Oliveira de Azeméis

ainda servido pela linha férrea do Vale do Vouga, que atravessa as freguesias do Pinheiro da Bemposta, Travanca, Macinhata da Seixa, Ul, Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba Ul e Cucujães.

Relativamente à denominação da povoação de Oliveira de Azeméis4, não se consegue determinar precisamente a sua origem. A mais antiga referência documental a este concelho só surge em 922, através de uma doação feita pelo rei Ordonho ao bispo Gomado e ao Mosteiro de Crestuma. Deste diploma depreende-se que, nesta altura, seria uma freguesia rural, dividida por vários pequenos lugares. A 5 de Janeiro de 1779, Oliveira de Azeméis foi elevada à categoria de vila e sede de município por D. Maria I, que considerou necessária a divisão do Concelho da Feira. Senso assim, Oliveira de Azeméis tornou-se concelho e comarca no século XVIII, sendo constituído pelas freguesias de Macinhata da Seixa, Ossela, Pindelo, Carregosa, Mansores, Escariz, Fajões, Macieira de Sarnes, S. Roque, Nogueira do Cravo, S. Vicente Pereiro, S. Martinho da Gândara, Santiago de Riba Ul, Valega, Avanca, Couto Cucujães.

Com a reforma administrativa implantada por Mouzinho da Silveira, houve a extinção do Concelho do Pinheiro da Bemposta, em 1855, transferindo-se para o Concelho de Oliveira de Azeméis várias freguesias, originando uma mudança no concelho, que passa a ser formado pelas 19 freguesias que até hoje o constituem. A 16 de Maio de 1984, os deputados da Assembleia da República, com uma votação unânime, elevaram Oliveira de Azeméis à categoria de cidade.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/9480263@N02/2513550892/in/photostream

4 Informação recolhida no sito da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis,

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2.3. Caracterização da instituição

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O Centro Infantil de S. Roque é uma instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos. Esta funciona desde 1980 em instalações pré-fabricadas, passando para as novas instalações em 2008, devido as antigas não resistirem a tantas obras de remodelação e conservação.

Este centro infantil está pronto a acolher crianças repartidas pelas valências sociais: creche (66), ATL (80) e pré-escolar (66).

Este organismo visa contribuir para a promoção do bem estar da população da freguesia de S. Roque, através do propósito de dar expressão ao dever de solidariedade e de justiça social entre os indivíduos, e com a finalidade de facultar serviços ou prestações de segurança social.

O edifício desfruta de boa iluminação natural, boa ventilação, bem como aquecimento natural e artificial devido a ser uma construção moderna.

Em relação aos recursos humanos, esta instituição conta com seis educadoras de infância, quinze ajudantes de acção educativa, cinco trabalhadoras auxiliares de serviços gerais, uma cozinheira - chefe, uma cozinheira e uma escriturária.

O centro infantil é constituído por dois pisos, nos quais podemos encontrar um refeitório, uma cozinha, várias casas de banho para as crianças, uma despensa, uma lavandaria, uma garagem, um polivalente, salas de arrumos, uma sala pessoal, duas salas de educadoras, seis salas de actividades, uma biblioteca, um recreio coberto e dois berçários.

5 Informação recolhida em http://www.centroinfantilsroque.com/pages/sobre_nos.html, consultado em 6

de Agosto de 2011

Figura 2 - Logótipo do Centro Infantil de S. Roque Fonte: Centro Infantil de S. Roque

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2.4. Diagnóstico das oportunidades de intervenção

Quando conhecemos um local novo, devemos prestar atenção a tudo o que nos rodeia, observando para podermos transformar falhas em oportunidades. Tendo em conta quer as funções clássicas de um animador quer os princípios e os desafios da ASC, referenciadas no contexto teórico, um dos primeiros desafios que se colocam é conhecer, o mais a fundo possível, o contexto institucional de trabalho. Foi o que procurei fazer, de forma integradora e respeitadora dos hábitos e dinâmicas internas, tentando identificar oportunidades de intervenção para o meu estágio. Sem esta observação, que nunca está completa, dificilmente se consegue adaptar um programa de acção ao respectivo contexto humano.

Assim, depois desse diagnóstico de observação, passo a indicar alguns aspectos que considero mais relevantes e que, em certa medida, foram orientadores para as minhas decisões sobre o plano de estágio e actividades a desenvolver. Esses aspectos dividem-se, respectivamente, na componente física (instalações e recursos disponíveis); na componente humana (receptividade institucional e das crianças) e na componente das actividades (hábitos e práticas de lazer das crianças). Algo em que reparei quando cheguei ao ATL do Centro Infantil foi nas paredes brancas, nuas, que transmitiam paz e serenidade, mas que, em minha opinião, podiam ser uma “tela” para uma intervenção juntamente com as crianças no sentido de dar mais vida, tornando o espaço mais divertido e estimulante. Em termos ergonómicos, as boas instalações são propícias ao desenvolvimento de dinâmicas de animação diversificadas, o que constitui uma oportunidade para o meu estágio. Outro aspecto determinante, e que quero sublinhar, foi a total disponibilidade dos recursos materiais da instituição, uma oportunidade que a minha tutora me deu sem a qual, naturalmente, seria mais difícil trabalhar. Este bom acolhimento, por outro lado, estendeu-se a uma abertura permanente e estimulante na aceitação das actividades que planificava, com disponibilidade de ajuda, sempre que necessário.

No que se refere às actividades das crianças, não havendo um(a) animador(a) sociocultural na instituição – o que constitui a principal oportunidade para mim – evidenciou-se uma rotina de práticas lúdicas pouco desenvolvidas e, regra geral, mais ou menos previsíveis. Ora, entendo que está aqui um dos principais desafios ocupacionais para mim, isto é, a possibilidade de “provocar mudanças”, como

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determina a filosofia da ASC, planificando e envolvendo as crianças em novos desafios criativos. Foi o que procurei fazer.

Capítulo III – Estágio

Neste terceiro capítulo, referente ao estágio, abordo temas como o plano e os objectivos, as estratégias utilizadas para que este decorresse da melhor maneira possível, as actividades desenvolvidas, a explicação das áreas escolhidas para a realização das actividades e, por último, a avaliação destas.

3.1. Plano e objectivos

O estágio tem por objectivo complementar a formação académica através do exercício de tarefas e funções práticas em instituições quer privadas, quer públicas, proporcionando ao estudante a aprendizagem de competências sociais e culturais num contexto de trabalho real. Assim o estudante poderá colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, de maneira a que possa vivenciar no dia-a-dia as diferentes abordagens teóricas.

O meu grande objectivo era levar actividades novas e diferentes, daquelas a que as crianças estavam habituadas a fazer, quebrando um pouco a rotina que estes tinham. Pude aqui aplicar competências adquiridas em unidades curriculares teórico-práticas que tive ao longo do curso, pois muitas proporcionaram-me uma dimensão conceptual das múltiplas expressões ao serviço da animação, neste caso direccionada para a infância.

Para que o estágio corre-se bem, antes de começar, elaborei um breve plano (tabela 1), onde constam as áreas estratégicas para realizar as minhas actividades. Tendo em conta a necessidade de flexibilidade e permeabilidade aos (estimulantes) contributos das crianças, achei melhor não construir um plano mais exaustivo, mas definir as áreas estruturadoras a partir das quais se vão definir objectivos e ramificar as respectivas actividades.

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Tabela 1 - Plano de estágio

3.2. Estratégias

Enquanto futura Animadora Sociocultural penso que este profissional deve ser dinamizador, ter capacidade de iniciativa, ser motivador, comunicativo, simpático e imaginativo/criativo. São estas as principais características orientadoras ao longo do meu estágio curricular, que decorreu durante três meses, do dia 4 de Julho a 30 de Setembro de 2011, das 8:00 às 13h no ATL do Centro Infantil de S. Roque, apenas da parte da manhã.

Mesmo decorrendo só de manhã, nunca deixei de cumprir as planificações propostas. Pelo contrário, até consegui fazer várias actividades que não estavam planificadas, como por exemplo a decoração do ATL, a participação em actividades desenvolvidas pelas responsáveis do ATL, como o seringboll, jogos tradicionais e o piquenique no rio Ul (figura 3).

Plano de estágio

Áreas:

Expressão dramática

Actividades - Jogos de expressão dramática, exercícios com o

indutor corpo.

Expressão físico – motora

Actividades – Jogos / Exercícios para evitar o sedentarismo.

Expressão musical

Actividades - Criação de instrumentos, jogos na área da música.

Expressão plástica

Actividades - Criação de fantoches, criação de telas recicladas,

criação de vasos com material reciclado.

Culinária

Actividades – realização de receitas simples com o intuito de as

crianças começarem a ser responsáveis e ganharem gosto por esta actividade.

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Em termos operacionais, como eram 40 crianças, optei por dividi-las por grupos de forma a desenvolver as actividades com maior eficácia e monitorizar os resultados, sendo que, em dia de jogos lúdicos, todos participavam em colectivo.

Como optei por dinamizar o meu estágio com semanas temáticas que decorreriam de quinze em quinze dias, optei por elaborar cartazes alusivos a cada uma, e assim todas as crianças teriam acesso à mesma informação, ou seja, o tema da semana, em que período decorria e quais as actividades propostas. Esses cartazes são relativos à semana do jornal (apêndice 6), à semana da música (apêndice 7) à semana da natureza (apêndice8) à semana do desporto (apêndice 9) e, por fim, à semana da reciclagem (apêndice 10)

Outra ideia que surgiu, foi a construção de um jornal (apêndice 11) com o objectivo de nele registar o que de mais significativo se passou durante a minha intervenção. Nele se pode encontrar uma descrição do Centro Infantil, os nomes das crianças do ATL e o registo das actividades que as crianças gostaram mais e onde aprenderam algo de novo, justificando as suas escolhas. Todas estas estratégias só vieram enriquecer o meu estágio, tornando-o mais interessante quer para mim, quer para o seu público-alvo.

3.3. Actividades desenvolvidas

A acção de planear consiste em utilizar um conjunto de procedimentos mediante os quais se organizam acções e actividades previstas com antecedência, com as quais se

Figura 3 - Piquenique no rio Ul Fonte: Própria

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pretendem alcançar determinados objectivos, não deixando de ter em conta a limitação dos recursos.

Todas as actividades desenvolvidas foram planificadas de acordo com o público-alvo a que se destinavam - crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos.

Para o estágio se tornar não só mais divertido mas também, e sobretudo, com actividades substanciais para o desenvolvimento cognitivo, social e cultural das crianças, propus semanas temáticas que durariam quinze dias, como já referi no ponto anterior. De acordo com os temas propostos, seriam realizadas actividades o mais relacionadas possível com cada tema.

As áreas que estão mencionadas no ponto anterior, foram eleitas visto que, à excepção da culinária, se enquadram em conteúdos programáticos de unidades curriculares que tive durante a licenciatura em Animação Sociocultural. Pude assim testar a sua efectiva importância junto do grupo etário com quem trabalhei, como demonstro nos pontos seguintes. Nas sextas-feiras finais de cada quinzena as crianças faziam observações e comentários acerca da semana que tinha terminado. Funcionou como metodologia de avaliação das actividades através dos contributos críticos dos seus principais envolvidos. De tão rica que é esta interacção participante e livre,acabou por ser no seu contexto que surgiu a ideia do jornal “Traquinas” e aí o começamos a construir (ver apêndice 11). Existiram dois dias em que estas áreas iniciais por mim definidas não foram utilizadas, pois na semana da natureza fizemos uma experiência com uma ervilha, e na semana do desporto tivemos um dia livre, onde as crianças pintaram o que quiseram com o mesmo tema que a semana.

Nas duas primeiras semanas de estágio (4 de Julho a 15 de Julho de 2011), não tive que fazer planificação uma vez que serviram, como é habitual, e de acordo com a Dr.ª Paula Alexandra, minha tutora, para me adaptar às crianças e vice-versa. Na primeira semana tive uma oportunidade que tomei como desafio, pois fomos para a praia, o que permitiu um primeiro desafio de interacção informal com todo o grupo.

Nas semanas seguintes, comecei com as minhas planificações, sendo a primeira quinzena intitulada como Semana do Jornal(ver planificação no apêndice 1). Nesta as actividades desenvolvidas tinham todas de estarem ligadas de alguma forma ao projecto do jornal, como são o exemplo do jogo da disfuncionalização do jornal, o jogo das estafetas, entre outros.

Para as crianças saberem todas as actividades que se iriam desenvolver ao longo da semana temática, elaborei um cartaz com esta informação, adicionando-lhe o nome

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15

da semana e a data em que decorreria, tendo sido afixado na porta na sala de jogos (figura 4). Nesta semana pude observar que as crianças achavam divertido o facto de saberem o nome das actividades que iriam realizar.

Na quinzena seguinte, dia 1 Agosto a 12 do mesmo mês, denominada por

Semana da Música (ver planificação apêndice 2), as actividades foram também ligadas

ao tema. Contudo, no dia 5 de Agosto a actividade foi dedicada à culinária que, embora pareça não ter ligação faz para mim sentido, visto a música ser relaxante e a culinária divertida, estas duas funcionam bem em conjunto na medida em que controlamos melhor o grupo, fazendo com que falem mais baixo criando-se um ambiente de harmonia.

Esta semana conta com um cartaz alusivo ao tema (apêndice 7), que despertou alguma curiosidade no grupo, pois verificaram que este era diferente do primeiro, porque tinham uma disposição de elementos diferentes e uma imagem também ela diferente.

Na semana do dia 15 ao dia 19 Agosto o Centro Infantil esteve encerrado para férias, daí que nesta semana não tive estágio.

Na Semana da Natureza, terceira quinzena do estágio, as crianças eram poucas no ATL, devido a no mês de Agosto, por lei, terem que ficar quinze dias em casa. Mas isso não podia ser um impedimento ao desenvolvimento do trabalho, já que a ASC pode responder a desafios de trabalho individualizados até. Enquanto dinamizadora das actividades, não cumpri a planificação por mim proposta a não ser as actividades práticas, nomeadamente a receita das bolinhas de coco, a experiência com a ervilha e a

Figura 4 - Cartaz da semana do jornal afixado Fonte: Própria

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construção do quadro natureza, pois por serem poucos elementos para realizar um jogo não era possível. A solução que encontrei foi decorar a parte do ATL, como se pode verificar no jornal junto da semana da natureza: lá encontram-se as fotografias do trabalho que desenvolvi juntamente com as crianças.

Embora não tenha cumprido a planificação por completo, expliquei ao grupo como se realizavam os jogos sugeridos, tendo em conta que a sua curiosidade assim o determinou.

Na minha quarta quinzena de estágio, intitulada como Semana do Desporto,

como em todas as outras, nesta, também as actividades eram relacionadas com o tema em questão. Esta foi a mais entusiasmante para os rapazes do ATL, pois eles adoram este tema. Nesta semana os elementos do cartaz foram escolhidos pelas crianças. No decorrer da quinzena pude verificar que as actividades práticas foram as preferidas, nomeadamente os jogos tradicionais, como se pode comprovar no jornal (ver apêndice 11 na parte referente a esta semana).

A última semana de estágio foi dedicada à reciclagem como forma de reforçar a consciência ambiental do grupo que, de certo modo, já é estimulada, indirectamente, pela política de utilização de muito material reciclado por parte da instituição em causa. Para muitas crianças foi uma novidade, pois nunca pensaram que se pudesse fazer tantos objectos com materiais que deitamos fora. Quando elaborei a planificação desta quinzena (ver apêndice 5), optei por utilizar apenas a expressão plástica, pois as crianças confidenciaram-me que adoravam pintar. Aqui está o exemplo, creio, de como é importante manter uma total abertura, não impondo nada de cima para baixo, no sentido de gerar a auto-participação das crianças, ainda que guiadas por objectivos.

Como eram muitas crianças durante todas as semanas temáticas, à excepção da semana da natureza, a solução que achei mais prudente foi a constituição de grupos de 10 elementos para cada quinzena. Contudo, isto só acontecia nas actividades devido ao material, como já foi esclarecido anteriormente, pois nos dias de jogos todos participavam.

3.3.1. Expressão dramática

A expressão dramática pode levar a criança a revelar-se, a conhecer-se melhor, a saber o que quer e, em certa medida, em que sociedade está.

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Segundo Avelino e Ilda Bento (1988), citado por Alberto Sousa (2003) em expressão dramática a criança pratica a vida, faz funcionar estruturas interiores emocionais muito importantes, está a desenvolver-se ao nível do domínio da ligação dos fenómenos imaginação / acção.

É através da expressão dramática que a criança se experimenta a si mesma, vive a sua imaginação, os seus sonhos, as suas fantasias e até os seus medos, provando a si própria as suas capacidades de transformação e de se imaginar em outras situações (Alberto Sousa, 2003: 34).

Num jogo dramático vive-se num mundo diferente do nosso e usa-se a imaginação para representar algo através das acções. Usam-se estes jogos porque são relaxantes, desenvolvem a criatividade, a personalidade, contribuem para o desenvolvimento social e emocional, ajudam a desenvolver a expressão oral e física.

A aplicação deste tipo de actividades é um excelente instrumento para valorizar a motricidade da criança e proporcionar o seu desenvolvimento global, através da estimulação das suas capacidades.

Figura 5 - Jogo do lenço (área trabalhada: expressão dramática) Fonte: Própria

Dada a importância desta área como se constata, desenvolvi uma série de actividades nomeadamente o jogo do lenço, jogo polícia e ladrão, disfuncionalização do jornal, jogo do rabo das raposas, jogo director da orquestra, jogo ao som do pandeiro, jogo das estátuas e jogo do passa - passa.

Estas contribuíram para estimular a criatividade, desenvolver o gosto pelo trabalho com materiais reciclados, promover a interacção entre os elementos do grupo, estimular os sentidos, desenvolver a concentração, estimular o espírito de grupo,

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desenvolver o sentido de orientação espacial, estimular o espírito de competitividade, estimular o sentido visual, favorecer o trabalho de grupo e desenvolverem a percepção auditiva através do domínio do espaço.

3.3.2. Expressão musical

A música é uma forma de arte que se serve do som como uma forma de expressão. É uma língua universal que as crianças falam naturalmente, ajudando-as a compreenderem-se entre si.

A música é a linguagem que se traduz em formas capazes de expressar sensações, sentimentos e o pensamento. Está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações. O objectivo da educação pela música é a criança, a sua formação como pessoa, como ser, a sua educação, o desenvolvimento equilibrado da sua personalidade.

Para se poder proporcionar às crianças meios e motivações para desenvolver o seu sentido musical e satisfazerem, neste domínio, as suas necessidades de expressão e criação não é necessário ter conhecimento de escrita musical, para tal, basta apenas que se goste de crianças e de música.

Os jogos musicais e corporais das crianças são espontâneos e simultâneos e têm a sua razão biopsicológica. Quando ela ri, salta, dança, grita, canta, bate palmas e corre, efectua estas actividades porque disso tem necessidade (Alberto Sousa, 2003: 21).

Jogar é uma actividade natural do ser humano. Ao brincar e jogar a criança fica tão envolvida com o que esta a fazer, que coloca nessa acção as suas emoções e sentimentos. O jogo, assim como a actividade artística, é um vínculo integrador entre os processos motores, cognitivos, sociais e afectivos. Parte-se do pressuposto de que é brincando e jogando que a criança ordena o munda à sua volta, assimilando experiências e informação e, sobretudo, incorporando actividades e valores. Portanto, é através do jogo, do brinquedo e também da música, que ela reproduz e recria o meio envolvente.

A música não é apenas um entretenimento, mas um auxílio da criança na aprendizagem da fala, no aprender a ouvir e na coordenação motora. Esta tem também o dom de aproximar pessoas, pois através do contacto com a música a criança aprende a

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conviver melhor com seus semelhantes estabelecendo um meio de comunicar mais harmonioso (Maria Conceição Teixeira)6.

Uma vez que esta área tem uma grande importância no desenvolvimento da criança, sendo também uma área que me fascina, realizei um conjunto de actividades neste âmbito que contribuíram para a promoção da participação em equipa, o desenvolvimento da agilidade, o estímulo da reacção, orientação espacial e memória auditiva e visual, testar a rapidez e concentração e promover o espírito de competição saudável entre as crianças do grupo.

As actividades desenvolvidas, de acordo com as sugestões da bibliografia da área, foram o jogo do jornal, o jogo do director da orquestra, o jogo do Sr. Doutor, o jogo do lobo e dos cordeiros, identificar os sons da natureza e a dança / aquecimento do corpo.

3.3.3. Expressão físico - motora

As actividades físicas, de acordo com Barata (1994), melhoram o funcionamento dos sistemas locomotor nervoso, circulatório e respiratório. Contribuem para o equilíbrio mental e emocional na medida em que proporcionam oportunidades de convívio, permitem que cada indivíduo se conheça melhor ao mesmo tempo que ensinam a ter respeito pelos outros. O exercício físico é um factor indispensável para o desenvolvimento físico e intelectual.

6 Informação recolhida em http://guiadobebe.uol.com.br/a-musica-e-as-criancas

Figura 6 - Dança / aquecimento (área trabalhada: expressão musical) Fonte: Própria

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Durante a realização da actividade física, a criança, ao realizar diferentes experiências utilizando o seu corpo, reage a diversos estímulos do meio circundante, recebendo, assim, através dos sentidos, toda a informação necessária e útil (visual, auditiva e táctil), sobre a qual irá construir imagens mentais que lhe permitirão a formação de alguns conceitos.

A aplicação deste tipo de actividades é um excelente instrumento para valorizar a motricidade da criança e proporcionar o seu desenvolvimento global, através do estímulo das suas capacidades.

Bastantes jogos são uma boa ocasião para uma aprendizagem a nível social: conhecem-se, aceitam os outros e compreendem o porquê de se dever respeitar regras. O jogo, quando bem aplicado, permite o desenvolvimento de certas dimensões da personalidade da criança (dimensão motora, cognitiva e relacional), possuindo um conteúdo educativo.

Figura 7 - Jogo dos caças fileiras (área trabalhada: expressão físico-motora) Fonte: Própria

Comprovada a importância desta área, desenvolvi uma série de actividades, nomeadamente o jogo das estafetas, o jogo do mata, o jogo dos caça fileiras, jogo do cubo de gelo, jogo a procura dos objectos, jogo do animal perdido e o jogo da dança do chapéu. Estas actividades contribuíram para a valorização do convívio, a promoção do trabalho de grupo, o desenvolvimento da coordenação de movimentos, impulsionando a actividade física, desenvolvendo a sensibilidade auditiva e a memória visual, promovendo o espírito de competição saudável e o trabalho em equipa.

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3.3.4. Expressão plástica

O barro, o gesso, a pedra, a madeira, os metais, o plástico, são exemplo de materiais plásticos. A expressão plástica refere-se às actividades artísticas envolvendo este tipo de materiais. Tal como defende Alberto Sousa (2003), esta é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades. A expressão plástica é essencialmente uma actividade natural, livre e espontânea da criança. Desde muito pequena que gosta de mexer em água, areia, barro, tintas e de riscar um papel com um lápis.

O seu principal objectivo é a expressão das emoções e sentimentos através da criação com materiais plásticos. Não se pretende a produção de obras de arte mas apenas a satisfação das necessidades de expressão e de criação da criança.

A criação plástica proporciona à criança um campo de expressão de emergências psicológicas que por outras vias seriam mais difíceis de exteriorizar. Esta revela-se através do que faz, pelos seus desenhos, pinturas e objectos.

A expressão da criança é motivada pelo que a impressiona mais, é essa a sua forma de aprender o mundo que a rodeia e de intervir nele. Através da expressão livre, a criança não só desenvolve a imaginação e a sensibilidade, como também aprende.

Como todas as outras áreas atrás referidas, esta também tem o seu grau de importância, como se pode verificar, daí a minha escolha sobre esta.

A maioria das actividades desenvolveram-se neste âmbito e também foram as mais preferidas das crianças do ATL. A prova disso é o jornal “Os Traquinas”, pois quando é desfolhado pode-se verificar que em todas as semanas temáticas existe actividades de plástica, eleita como a preferida da semana.

Nesta área, e conforme as anteriores, foram desenvolvidas diversas actividades como a criação de fantoches, a construção de guizos, criação de telas de serapilheira, criação de um fantoche – bruxo, construção de quadros natureza. Ainda a técnica do mergulho em frascos de iogurte, criação de sacos para guardar objectos, reciclagem de garrafas de plástico para a construção de vasos, construção de um jogo de damas, construção de uma máquina fotográfica em 3D com material reciclado, construção de castiçais com garrafas de plástico, construção de caixas de costura com caixas de ovos, telas recicladas com lençóis velhos, porta-chaves com o tema desporto, quadros de ligadura de gesso.

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Figura 8 - Construção de vasos (área trabalhada: expressão plástica)

Fonte: Própria

Figura 9 - Máquina fotográfica (área trabalhada: expressão plástica)

Fonte: Própria

Todas estas contribuíram para despertar para novos interesses, valorizar os trabalhos manuais feitos com materiais reciclados, estimular a criatividade, promover o gosto pela natureza, promover a criatividade, sensibilizar para problemas ambientais e para a importância da reciclagem.

3.3.5. Culinária

As crianças vivem fascinadas com o espaço da cozinha e tudo aquilo que lá encontram, alimentos de todas as cores, frascos cheios de estranhas especiarias, tachos e panelas, cheiros que lhes despertam a curiosidade e abrem o apetite.

Nunca é cedo demais para deixar as crianças porem as mãos na massa, até porque cozinhar com estas é muito mais do que confeccionar alimentos, é passar tempo de qualidade juntos e aprender lições valiosas.

Sem perceberem, elas trabalham quase todas as áreas do conhecimento e estimulam capacidades como a criatividade, a concentração, a organização e a autonomia. Para além disso, cozinhar ajuda a educar o paladar, ficando as crianças mais receptivas a novos sabores e texturas.

Todas as áreas, quer as que eu escolhi, quer as que existem e não trabalhei com elas têm o seu grau de importância no crescimento de qualquer criança. Contudo, esta é uma das pouco utilizadas, por tal decidi trabalhar com ela. Na minha opinião, a culinária atrai bastante o público-alvo mais novo.

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Embora não a tenha desenvolvido como todas as outras, realizei algumas actividades muito “gulosas”, como por exemplo a receita de bolo de laranja, o bolo de gelado, as bolinhas de coco que as crianças tanto gostaram de fazer devido a terem que fazer bolas pequenas com as mãos e a gelatina. Estas actividades referidas atrás tinham como objectivos fomentar o gosto pela culinária, promovendo o gosto pelo saber - fazer ao mesmo tempo que favorece a interacção entre o grupo.

Neste âmbito também realizei algumas actividades propostas pelas responsáveis do ATL, nomeadamente a salada de fruta (figura 10) e o salame (figura 11).

Figura 10 - Salada de fruta (área trabalhada: culinária)

Fonte: Própria

Figura 11 - Crianças a fazerem salame (área trabalhada: culinária)

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3.4. Avaliação das actividades

Fazendo uma avaliação geral do meu estágio posso afirmar que esta caminhada foi bastante positiva, tanto as crianças como as funcionárias e até mesmo pais me fizeram elogios e uma excelente apreciação em relação a este meu percurso.

Nunca pensei que fosse tão fácil a minha integração nesta instituição, e que pudesse criar uma cumplicidade tão grande com as crianças que dela fazem parte.

Contudo, nem sempre foi fácil a realização das actividades, principalmente no início quando quase todas as semanas existiam novas crianças. Feito um balanço a partir de todos os indicadores e evidências de carácter avaliativo, nomeadamente as opiniões e as mudanças notadas nas crianças, considero que foram alcançados os meus objectivos iniciais e pude, assim, comprovar a aplicabilidade das competências profissionais adquiridas no curso de ASC. As actividades propostas revelaram-se, em termos gerais, adaptadas ao grupo tendo-se criado dinâmicas de participação criativa das crianças ao longo do meu estágio. Sinto-me, por isso, estimulada a fazer mais e melhor no futuro, consciente que qualquer intervenção é sempre única, irrepetível, e, nessa medida, desafiante a cada momento.

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Reflexão final

Terminado este percurso há que reflectir o quão importante este foi para nós. Embora já tenha realizado outros estágios, ia com algum receio para este, pois era um curso diferente e também mais exigente. O meu objectivo foi tentar superar-me, trabalhando mais e melhor a cada experiência. O principal recurso que tive foi a aprendizagem feita durante a licenciatura, pois aprendi coisas novas e diferentes em cada unidade curricular que me serviram de apoio neste estágio.

A escolha da instituição é um elemento fulcral para que a nossa caminhada corra da melhor forma possível. Contudo, não foi fácil encontrar instituição onde estagiar, pois na academia de música de Pinhel e no conservatório de música da Guarda, primeiras opções, disseram-me que não estavam a receber estagiárias. Ainda tentei a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural (APDASC) em Cucujães, mas o perfil proposto adequava-se mais à área dos eventos, o que não me interessava tanto.

Após esta experiência, só posso dizer que foi gratificante, quer pessoal, quer profissionalmente. Quando me apercebi do final do estágio, já começava a chegar a saudade da interacção com as crianças, pois é isto que eu quero fazer realmente e é com este tipo de grupo que me sinto bem. São as crianças que me dão entusiasmo na promoção das actividades.

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Bibliografia

Bibliografia principal

BARATA, João, et al (1994). Hoje há educação física – 5ºano. Texto editora. Lisboa BARATA, João, et al (1995). Hoje há educação física – 6ºano. Texto editora. Lisboa BEJA, Franscisco, et al. (2004). Jogos e projectos de expressão dramática. Porto Editora. Porto

BRAGADA, José (2004). Jogos tradicionais e o desenvolvimento das capacidades motoras na escola. Instituto do desporto de Portugal. Lisboa

CANAL, Maria Fernanda (2002). A vida tem música. Marina editores. Setúbal

RODRIGUES, Edite (sem data). Sara e Nuno – Expressão Físico-motora. Euro Impala. Sintra

STORMS, Ger (1996). 100 jogos musicais. Edições Asa. Rio Tinto

RAMIREZ, Bruno (2007). Actividades físicas para crianças dos 3 aos 8anos. Dinalivro. Lisboa

ROOYACKERS, Paul (2004). 101 Jogos dramáticos. Edições Asa. Porto

ROS, Jordina, et al. (2002). Jogos de expressão corporal. Marina editores. Setúbal ROS, Jordina, et al. (2002). Jogos de espaço. Marina editores. Setúbal

Bibliografia secundária

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BADESA, Sara de Miguel (1995). Perfil del animador sociocultural. Narcea. Madrid BARBOSA, Maria Teresa Gama (2009). A Construção da Identidade Profissional dos Animadores Socioculturais. Aveiro. Disponível em

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http://quadernsanimacio.net/ANTERIORES/trece/pdf/IdentProfASC2.pdf - Data de consulta: 11 de Setembro de 2011

BESNARD, Pierre.(1991). La animación sociocultural.Paidós educador. Barcelona FIGUEIREDO, Álvaro Augusto da Cunha (2001). Oliveira de Azeméis e as suas instituições – Homenagem do Rotary Clube de Oliveira de Azeméis. Oliveira de Azeméis.

FRANCISCO, Susana (2008). O tempo livre, o ócio e a animação. Revista “práticas de animação”. Disponível em http://revistapraticasdeanimacao.googlepages.com – Data de Consulta: 9 de Setembro de 2011

LIMA, Patrícia Regina Martins (2009). Campinácios: vivências de animação

Sócio-cultural. Univeridade do Minho. Disponível em

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/11018/1/Tese.pdf - Data de consulta: 13 de Agosto de 2011

LOPES, Marcelino de Sousa (2008). Animação Sociocultural em Portugal. Intervenção. Amarante

MARRANA, João (sem data). Animação Contextos e práticas. Instituto para o

desenvolvimento social. Consultado em

http://www.youblisher.com/files/publications/28/165615/pdf.pdf - Data da consulta: 10 de Setembro de 2011

PEREIRA, José Dantas Lima, et al. (2008). A animação Sociocultural e os desafios do século XXI. Intervenção. Ponte de Lima

SOUSA, Alberto B. (2003). Educação pela arte e artes na educação, drama e dança. Instituto Piaget. Lisboa

SOUSA, Alberto B. (2003). Educação pela arte e artes na educação, música e artes plásticas. Instituto Piaget. Lisboa

REDE SOCIAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS (2009). Diagnóstico social. Disponível em http://redesocialazemeis.cm-oaz.pt/modules/cms/?id=6392 .Data da Consulta: 20 de Agosto de 2011

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TRILLA, Jaume (2004). Animação sociocultural, teorias programas e âmbitos. Instituto Piaget. Lisboa

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Listagem de apêndices

Apêndice 1 – Planificação da Semana do Jornal Apêndice 2 – Planificação da Semana da Música Apêndice 3 – Planificação da Semana da Natureza Apêndice 4 – Planificação da Semana do Desporto Apêndice 5 – Planificação da Semana da Reciclagem Apêndice 6 – Cartaz da Semana do Jornal

Apêndice 7 – Cartaz da Semana da Música Apêndice 8 – Cartaz da Semana da Natureza Apêndice 9 – Cartaz da Semana do Desporto Apêndice 10 – Cartaz da Semana da Reciclagem Apêndice 11 – Jornal os Traquinas

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Apêndice 1

Planificação da Semana do Jornal

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Planificação

7

Semana: 18/07/2011 a 29/07/2011

Tema: Semana do Jornal

Público-alvo: Crianças (6 aos 10 anos)

Á

re

a Dia da

semana Actividade Objectivos específicos Duração Local necessário Material

Expre ssã o d ra m át ica Segunda 18/07 /2011 Jogo da disfuncionalização do jornal Cada elemento da turma é portador de uma folha de jornal. O animador pede a criança que dê uma nova forma e utilidade a folha que lhe foi entregue. No final todos tentam adivinhar no que os colegas transformaram o jornal.  Estimular a criatividade das crianças  Desenvolver o gosto pelo trabalho com materiais que podem ser reciclados 15 a 20 minutos Sala do ATL Jornais

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Expre ssã o m us ic al Ter ça 19/ 07 /2011 Jogo do jornal O animador dispõe pela sala folhas de jornal no chão, uma a menos que o número de elementos que estão a participar. Ao som da música os elementos da turma deslocam-se livremente pela sala, quando a música parar todos tentam subir para uma folha de jornal, quem não estiver em cima de uma folha sai. Vai-se retirando uma folha sempre que parar a música, até só ficarem dois elementos e uma folha de jornal. Ganha o jogo quem estiver em cima da última folha quando a música parar.  Promover o espírito de competição saudável entre as crianças do grupo  Testar a rapidez e concentração 20 a 30 minutos Sala do ATL Jornais Cd’s de música Rádio

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Expre ssã o físi co - m ot or a Q uar ta 20/ 07 /2011

Jogo das estafetas

Divide-se a turma em grupos consoante os elementos que a constituem, colocando-se estes em filas indianas, e distribui-se por cada primeiro elemento da fila uma folha de jornal enrolada como um testemunho. Ao sinal do animador a criança que tem o jornal vai até à primeira marca em pés de bebé, da primeira marca à segunda vão ao pé-coxinho, e da segunda marca à terceira em tesoura. Quando chegar a última marca volta para trás a correr para a beira dos

companheiros de equipa, passando o testemunho ao colega que estava atrás de si, e assim sucessivamente até que volte a primeira pessoa do início. Ganha a equipa que acabar primeiro.  Valorizar o convívio entre as crianças  Promover o trabalho de grupo  Desenvolver a coordenação de movimentos 30 a 40 minutos Pátio do ATL Jornais Mecos

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Expre ssã o p lá st ica Q ui nt a 21/ 07 /2011 Criação de fantoches Cortam-se pequenos pedaços de jornal para dentro de uma bacia com água, rala-se esta mistura com a varinha, que irá transformá-la numa papa. Depois deste procedimento, basta escorrer essa pasta, que irá ficar em gomos, daqui que se tenha que esmiúça-la. Após isto é só misturar a pasta com cola branca.

Pega-se numa meia e enchesse-a com serrim de modo a formar uma bola, dando-se um nó na meia para o serrim não cair. De seguida, corta-se uma garrafa das pequenas a meio, ficando-se com a parte de baixo. Depois pega-se na meia e coloca-pega-se na garrafa, de modo a que a bola feita fique segura na garrafa. Depois de tudo isto, é só começar a modelar a figura que se quer com a pasta em cima da meia.  Despertar para novos interesses  Valorizar os trabalhos manuais feitos com materiais reciclados 2 a 3 horas Sala do ATL Jornais Cola branca Bacia Água Saco de serapilheira Garrafas de plástico Meias velhas Serrim

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Expre ssã o p lá st ica Sext a 22/ 07 /2011 Continuação dos fantoches e criação das roupas

Pintura dos fantoches. Construção das mãos Criação das roupas através de um molde já existente.  Despertar para novos interesses  Valorizar os trabalhos manuais feitos com materiais reciclados 2 a 3 horas Sala do ATL Jornais Cola branca Bacia Água Saco de serapilheira Garrafas de plástico Meias velhas Serrim Tecidos

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Expre ssã o d ra m át ica Segunda 25/07 /2011

Jogo polícia e ladrão

As crianças formam uma roda e sentam-se no chão. O orientador explica que todos terão que fechar os olhos, para que este possa passar por de trás das crianças e escolher o polícia e o ladrão. Se tocar numa criança uma vez significa que essa criança será o polícia, se forem duas vezes será o ladrão. Quando alguma criança sentir que alguém lhe piscou o olho deita-se para trás, fazendo antes disso uma flor com o papel de jornal como significado que foi morto.

O objectivo do jogo é que o polícia detecte o ladrão antes que este mate todos os jogadores.  Promover a interacção entre os elementos do grupo  Estimular os sentidos  Desenvolver a atenção 20 a 30 minutos Sala ATL Folhas de jornais

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Expre ssã o m us ic al Ter ça 26/ 07 /2011 A orquestra do jornal Os elementos dispõem-se em círculo dispõem-sentados no chão com uma folha de jornal. Cada criança vai escolher um som para fazer com a folha de jornal, no final cada um apresenta o seu som. Depois juntam-se as crianças em grupos e estes têm que através dos seus sons criar uma música.  Desenvolver os valores de inter-ajuda e cooperação entre as crianças 20 a 30 minutos Sala do ATL Folhas de jornais Expre ssã o físi co - m ot or a Q uar ta 27/ 07 /2011 Jogo do mata Divide-se a turma em duas partes. Cada equipa vai tentar colocar a bola no seu piolho sem deixar cair ao chão, se ela não cair ao chão entre jogada piolho – companheiro, companheiro – piolho um deste pode tentar matar um adversário. Se a equipa fizer jogo entre si não pode matar, tem que passar de novo ao piolho para poder voltar a matar.

 Promover a interacção entre o grupo  Impulsionar a actividade física 30 a 40 minutos Pátio do ATL Meia de vidro Jornais Mecos Arcos

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Expre ssã o p lá st ica Q ui nt a 28/ 07 /2011 Finalização dos fantoches União da roupa a cabeça e mãos do fantoche. Últimos retoques na pintura. Criação do cabelo no fantoche.  Despertar para novos interesses  Valorizar os trabalhos manuais feitos com materiais reciclados 2 a 3 horas Sala do ATL Tintas Lã Cola quente Jor na l Sext a 29/ 07 /2011 Início do jornal O jornal será um método de avaliar as actividades. Ao final de cada quinzena todas as crianças irão

escolher a actividade que foi para elas a melhor, explicando o porque dessa.  Avaliar as actividades realizadas 30 a 40 minutos Sala ATL Computador Máquina fotográfica

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Apêndice 2

Planificação da Semana da Música

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Planificação

8

Semana: 1/08/2011 a 12/08/2011

Tema: Semana da Música

Público-alvo: Crianças (6 aos 10 anos)

8 Conteúdo baseado na bibliografia principal dedicada aos jogos lúdico - pedagógicos

Á

re

a Dia da

semana Actividade Objectivos específicos Duração Local Material necessário

Expre ssã o d ra m át ica Segunda 1/08 /2011 Jogo do director da orquestra Escolhe-se um jogador, mediante um sorteio. A pessoa designada deverá abandonar a sala. Os restantes jogadores sentam-se no chão formando um círculo. Escolhe-se um dos participantes para que desempenhe o papel de director de orquestra. A escolha deve ser feita em voz baixa, a fim de que o jogador que saiu da sala não ouça nada.

 Desenvolver a criatividade das crianças  Estimular o sentido visual 15 a 20 minutos Sala do ATL Não é necessário

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O director da orquestra simula estar a tocar um instrumento musical através da mímica. Os restantes jogadores imitam-no. O jogador que saiu da sala fica no centro da roda e deve adivinhar quem dirige a orquestra. O director vai mudando de instrumento, tentando não ser

descoberto. Se for descoberto passa a ser o próximo adivinhador e é ele quem abandona a sala.

Expre ssã o m us ic al Ter ça 2/ 08 /2011 Jogo do Sr. Doutor Escolhe-se um elemento que será o doutor, em seguida as pessoas que ficam de fora dão as mãos enrolando-se uns nos outros, quando estão prontos chamam “Sr. Doutor”, e o elemento que faz de doutor que não viu como o grupo se enrolou, aquando do começar da música tem que tentar desfazer os embaraços antes da música terminar.

 Promover a participação em equipa  Desenvolver a agilidade das crianças 20 a 30 minutos Sala do ATL Jornais Computado r

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Expre ssã o físi co - m ot or a Q uar ta 3/ 08 /2011

Jogo do animal perdido

Em grupos de duas pessoas, cada grupo terá que

escolher um animal para imitar o seu som. Um dos elementos do grupo terá os olhos vendados, enquanto o outro terá que estar

constantemente a repetir o som do animal escolhido até o seu companheiro o encontrar. Ganha o grupo que se juntar primeiro.

 Desenvolver a sensibilidade auditiva  Promover o espírito de competitividade saudável 20 a 30 minutos Sala do ATL Não é necessário Expre ssã o p lá st ica Q ui nt a 4/ 08 /2011 Construção de guizos Decora-se as superfícies da caixa com lápis de cor. Faz-se um pequeno corte nos bordos das duas partes da caixa. Coloca-se o pau e fixa-se numa das partes com a fita-cola. Prende-se os botões, um a cada extremidade do fio. Cola-se o fio com os botões presos no interior de uma das partes. Junta-se ambas as partes e cola-se com fita-cola. Para fazer soar, pega-se com uma mão e dá-pega-se voltas, de forma que os botões batam na superfície das partes da caixa.

 Fomentar o gosto por trabalhos manuais que podem ser construídos através de materiais recicláveis 50 a 60 minutos Sala do ATL Caixa de queijo Fita-cola Fio grosso Tesouras Fita adesiva preta Pau de madeira Lápis de cor

Referências

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