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Centro - - A. •> Fretessor»» Blblloteca/ ^. . J - C a t e n a s - Ph.3
UFPB
SAIR DA BIBLIOTECA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE F0RMA(A0 DE PROFESSORES
C A M P U S V - C A J A Z E I R A S - PB.
D E P A R T A M E N T O D E E D D C A C A O
Pedagogia
— D O C U M E N T O
-lima
noimexperiencia $0 esiagie $e <z3upei*0isae ^scelar.
ESTE LIVnO N A O PODE SAIK DA BIBUOTJ3CA
U N I V E R S I D A D E FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE FOHMAgXO DE PROFESSQRES DEPARTAMETTTO DE EDUCAgSO E UETRAS
C U R S O — PEDAGOGIA
DOCUMENTO
-Uma Nova Experiencia do Sstagio Suoervisao Escolar
Cajazeiras, Agosto de 1.937«
ESTE LIVRO KAO PODE SALE DA CIDLI07ECA
Coordenagao / Estagio • Maria Ilbaniza Gomes
. Raimunda de Fatima Neves da Silva
- Planej anient o e Execugao .Esta^iaria
Maria Vilani Pereira de Araujo
- Campo / Estagio
• Escola Estadual de 12 Grau Venancio Dias Monte Horeb - Paraiba.
Dedico aos raeus filhos Xalinna Emanuella, Joao Nazario e Victor George, que apesar da iricencia • reinada nas suas cabegas, sofreram a ausencia da rnae sens, nenhuma expressao triste, tornando—se assim criaturas • imprescindiveis ao eterr.o carinho materno.
A minha mae Amelia Pereira de Sousa, que* compartilhou nos meus ideais ajudando-me a enfrentar • quaisquer obstaculos como m a e , amiga, irma e companheira.
"A Educagao tern carater permanente. Nao ha seres educados e nao educados. Estamos todos nos educando.
Existem graus de educagao, mas e s - ' tes nao sao absolutos. " ( , S.i-'J
SUIvlARIO 1. Introdugao 2 . Sistematizagao do Trabalho 3. Consideragoes Finais 4 . Referencias Bibliograficas 5. Anexos 5.1. Piano de Trabalho 5.2. Fichas de Leitura 5.2.1. Leituras Especificas 5.2.2. Leituras G-erais
Introdueao
Num pais cada vez mais ameagado por reducionismo per-verso ou pela perda do sentido da educagao, ninguem mais do que o educador deve procurar preservar os horizontes multiplos e a-bertos essenciais a. educagao. Tendo em vista uma verdadeira cri
se educacional revoltante para todos no's, sem resolugoes de m e -Ihorias previstas, no's, os educadores, mediante essa crise, de-vemos participar constantemente do trabalho educativo em nossa' comunidade, com o intuito de levar a. frente uma educagao que ve nha de encontro a nossa realidade, podendo assim trabalhar de • forma concreta com o edueando. Levando em conta, principalmente que "... a organizagao da palavra - instrumento^basico na cons-trugao da existencia de qualquer ser humano
De&sa forma, ao iniciar minhas atividades deparei-me com uma situagao constrangedora, tendo em vista a faita de o r i -entagao pedagogica nacuele estabelecimento de ensino, o que m eT
impulsionou, tomando iniciativas como educadora, levando em con ta o posicionamento de cada professor e administrador. Comecei1
a trabalhar colocando os mesmos a par de novos assuntos, meto -dos e conteu-dos que deveriam ser trabalha-dos para um melhoramen to no tocante ensinoaprendizagem atraves de palestras, leitu -ras de textos informativos e especificos, entendendo-se assim,1
como poderiamos mudar de forma que o educando nao se sentisse 1
prejudicado ou ofendido.
Atraves dos esforgos dos educadores a situagao do en sino-aprendizagem poderia melhorar tendo como prioridade a criatividade dos alunos. Orientando a trabalhar com a sala de l e i -tura, tecnicas, exercicios recreativos, captando conversas para lelas partindo de onde o aluno esta ate atingir o seu objetivo, porem, por conta dessa compreensao, a situagao do ensino-apren-dizagem melhorou a criatividade dos alunos.
1 Herminio S A R G E N T M , "Atividades de Comunicagao em Lingua
Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivo ' conhecer a realidade da escola, visando a melhoria da orienta -gao pedagogica a ser desenvolvida de acordo com as necessidades do edueando, procurando sempre minimizar os problemas existen-• t e s , adequando as tarefas aos objetivos previstos, explorando a criatividade do edueando, fazendo-se assim, entender a importan cia do convivio, do dialogo e da troca de ideias q u e , reunidas, forman um contexto mais amplo, conscientizando a todos o signi-ficado do trabalho em grupo.
Sistematizacao do Trabalho
A Supervisao Pedagogica e um trabalho cientifico, re-quer a pesquisa, a experiencia, o conhecimento e trabalho. E co mo qualquer ciencia em trabalho, a Supervisao Pedagogica tambem tern como principal objetivo a observagao dos fatos e um m e t o d o ' p r o p n o , considerando-se assim um conjunto organizado de conhe-cimentos sobre determinado objeto. Portanto, e atraves deste do cumento que apresento o desenrolar do meu trabalho durante todo o Estagio Supervisionado de Supervisao EscolarQ
Partindo dos objetivos gerais do Estagio de Supervisao Escolar, esse se deu em algumas etapas, onde iniciei com u -ma reuniao entre professores, pais e alunos. Obtive bons exitos p o i s , com ideias reunidas me abriram os horizontes para que e u ' pudesse dar continuidade aos meus trabalhos pedagogicos. Dando
seguimento com a leitura de um texto extraido da Revista Nova 1
Escola: "Como Deve Ser o Diretor Ideal?", tendo em vista a au-sencia de diretor naquele estabelecimento e prevista a entrada' de um outro q u e , de forma critica, objetiva e aceitavel particjL pou das tarefas a ele cabiveis e se comprometeu com seus deve-1
res sem interferencia partidaria.
Nao menosprezando os metodos usados pelos professo-' r e s , trabalhei com os quais a leitura e a escrita, tendo em vis ta a agressividade por parte de um professor q u e , de forma ques_ tionavel, aplicava o castigo, jogando o aluno para a Diretoria*
sem Ihe distribuir tarefas; o que deixou o aluno desordenado e mal acostumado, causando espancamento brutal por parte da sua 1
m a e , nao mais acontecendo depois que o r i e n t e i - e ^ a usar a Sala1
de Leitura como forma progressista e animadora para o ensino- • aprendizagem no seu dia a dia.
Prosseguindo com o texto "Como voce usa o castigo em sua sala de aula?" com entrevistas de professores de varios es-tados do p a i s , extraido da Revista Nova Esc o l a , houve leitura e
s que vem de encontro1
essa, que muito desusar o jogo da verdade para com os alunos, desconhecendo o c a s -tigo. Pra isso, continuei aplicando texto
a realidade daquele educandario, realidade
taca o fracasso, a antidemocracia, a mediocridade, mostrando co mo e a Educagao mediante o sistema politico que diz ser "Nova • Republica", mas que nao passa de uma continuidade problematica• do Brasil-Colonia. Trabalhamos o texto "0 Grande Des a f i o " , ex-1
traido da Revista Crianga e Escola; onde trata do trabalho efe-tivo e constante do professor, que por sua vez tern a fungao d e1
trabalhador da vida e da Educagao, procurando atingir os seus 1
objetivos para com eles tornarem-se atingidos os objetivos dos* alunos. Esses textos foram debatidos e questionados, tendo como objetivo principal a procura de solugoes para a defasagem do en sino.
De acordo com os resultados obtidos atraves dos t e x -tos i&formativos, passamos a trabalhar tex-tos especificos extra idos do livro "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino• na Escola de 12 Grau", assim sendo: "0 Ensino da Lingua Portu-' guesa", "0 Ensino das Operagoes Matematicas" e "0 Professor e a Metodologia do Ensino" e "0 Professor e o Ensino de Ciencias",1
"Aspectos Pedagogicos no Ensino dos Estudos Sociais" e "Dificul dades na Aprendizagem dos Estudos Sociais"0
Esses textos tiveram como principal objetivo t o m a r -se extremo o estudo das mais variadas formas de metodologia e 1
Pratica de Ensino na Escola de 12 Grau, para que nao seja joga-do e trabalhajoga-do de maneira que o aluno sinta, ou^.seja, descubra a repetigao e a defasagem no tocante ensino-aprendizagem.
Em seguida, trabalhamos com o assunto "AIDS, Uma N o -va Ligao no Quadro Negro", orientando de forma educati-va o q u e1
e a AIDS, usando assim, uma linguagem simples para que o aluno' nao deturpasse as frases transmitidas pela televisao e radio, fazendo perguntas construtivas ou n a o , que na verdade era o que nos preocupava, pois os alunos viviam a comentar pelos corredo-res do estabelecimento e/ou mesmo em sala de aula atraves de conversas paralelas, o que hoje nao se ouve m a i s , comprovando
assim, que um esforco a mais e sempre gratificante.
Pinalizamos nossos trabalhos fazendo um levantamen— to individual e em grupo de tudo o que foi trabalhado, chegando a conclusao ..de que alcangamos em parte os objetivos propostos' e que nao devemos deixar que o comodismo tome conta dos nossos* interesses e ideais*
Consideragoes Pinais
Ao iniciar o processo do estagio, senti grande dificul-dade por encontrar a Escola sem Diretor, que por sua vez a desor-dem tomou conta em todos os sentidos, considerando assim que a • falta de orientagao pedagogica e um ponto negativo naquele educan dario, o que acarreta varios problemas no decorrer de qualquer 1
processo educativo, tendo em vista a ausencia de um Supervisor que de fato, poderia tomar decisoes perante tal situagao, amenizando1
de forma gradativa, qualquer problema.
No final do estagio,^ observamos mudangas significativas face ao interesse dos professores e administrador, bem como ao 1
meu esforgo que de forma compreensiva, consegui, juntamente com ' as demais professoras, amenizar a agressividade existente entre * professor e aluno e ao uso da sala de leitura, deconhecendo dessa forma o castigo.-4—
Ativamente os professores estao levando todas as orien-tagoes para as salas de aula, principalmente o desenvolvimento da leitura e da escrita, como.tambem a criatividade da crianga, n a o ' deixando de lado os minimos detalh.es de mudanga administrativo-pe_ dagogica.
Portanto, apesar de uma educagao defasada, das inumeras crises enfrentadas durante o estagio, constatamos que os trabalhos foram por demais validos, mesmo sabendo que estamos perante uma * crise educacional que reflete uma experiencia pedagogica seriamen te vivida.
Assim sendo, sugiro que o Estagio de Supervisao Escolar com as proximas turmas seja realizado, ou seja, m i c i a a o um p e n o do antes, para dessa forma terem disponibilidade de tempo para • trabalharem na escola, uma vez que esse estagio venha t o m a r os 1
professores bem acostumados com o supervisor, tornando-se assim, mais eficazes em suas agoes pedagogicas.
REFSRSKCIAS B I B L I Q G R I F I G A S
L I B A N E O , Jose Carlos, "Democratizagao da Escola Publica: A
Peda-gogia critico-social dos conteudos." S.Paulo, E d . Loyola, T
1936, p . 4 5 .
MARQUES, Yolanda, "A Magica do Aprender: Livro Integrado", 2^- • serie, 12 grau, Manual do Professor, S. Paulo, Nacional. 1986.
PETEROSSI, Helena Gemignani e FAZENDA, Ivani Catarina Arantes,* "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino na Escola 1
de IS grau", S. P a u l o , Ed. Loyola, 1 9 8 5 .
Revista Nova Escola, "Para Professores do 12 grau", Ano I , n2 8
-novembro 1 9 8 6 , Fundagao Victor Civita, p . p . 58,e'59*--".
Revista Nova Escola, "Para Professores do 12 Grau", Ano I I , &n8j 13, junho 1987, Fundagao Victor Civita, p . p . 2 2 , 2 3 , 24 e 25.
Revista Nova Escola, " Para Professores do 12 Grau", Ano I I , n^ll abril 1 9 8 7 , Fundagao Victor Civita, p . p . 20 e 2 1 .
3ARGENTIM, G. Herminio, "Atividades de Comunicagao Em Lingua Por-tuguesa", IBEP, Sao P a u l o , s.d.
5.1 - Proposta / Trabalho Estagio
If 1- Obietivos
, Deoenvolver ativiclades pedagogicas junto a comunidade escolar, tendo em vista a necessidade de um planejamento p a r -ticipative e cooperativo.
. Promover sessoes de estudo pertinentes dos conteudos e a-tualizacao de conhecimento nas areas de comunicagao e expres_ sao, ciencias e estudos sociais.
2- Definigao do Trabalho
2.1- Fundamentacao teorica 2.2- Treinamento em servigos
. Planejamento participative
. Sessoes de estudo sobre conteudo e atualizagao de co-nhecimentos nas areas de comunicagao e expressao,
cien-cias e estudos sociais.
3- Parte
. Planejamento participative. j . Heunioes com professores e p a i s .
. Conversa informal com os alunos.
. Aplicagao de questionarios aos alunos.
. Levantamento das questoes geradoras pertinentes do plane-j anient o..
I I Parte
. Sessoes de estudo de conteudos e atualizagao de conheci-m e n t o .
• Levantamento das sujestoes de sujestoes.
• Definigao do cronograma de estudo / grupos (estagiarios). . Produgao dos textos.
• Fichamento por autor e por assuntoJ
. Discussao junto ao professor, orientador, sobre estudos' grupo (e stagiario s ) .
. Definigao do cronograma de estudo nas escolas. . Ptealizagao das sessoes de estudos.
PETEROSSI, Helena Gemignani e FAZENDA, Ivani CJatarina Arantes, "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino na Escola
de 12 Grau", Sao Paulo, 1. 9 8 5 .
RESUMO
Os problemas da Uinguagem falada e escrita sao 1
bastante series e estao afetando muitas criangas nas fases pre-escolar e pre-escolar. 0 problema nao se restrinie a determinadas ' Glasses Sociais, e sim, a todas, aparecem quase na mesma propdr cao. Sendo na falla, troca de letras, o que e frequente entre as criangas.
Gabe ao professor dialogar com o Edueando. Papel principal, melhor forma de chegar a qualquer descoberta dentro1
da sua habilidade. C aluno deve criar seus propr'ios exercicios, o professor dar prioridade as regras gramaticais, para evitar o dominio da carencia que afeta a cada dia o 'Sistema Educacional. Deve o professor, aplicar livros que desperte o apetite e a curiosidade do aluno, mostrar textos originarios 1
com adaptagoes, como tambem trabalhos necessarios em sala de au l a .
0 estudo da Linguagem, traz em sua estrutura uma especie de alicerce que a identifica. Linguagem esta, onde o h£ mem forma a seu pensamento e a seus sentimentos, seu estado d e ' animo e para as suas aspiragoes, a seu querer e a seu atuar. To do trabalho de redagao baseiase em argumentagoes logicas e p a -ra isso, e importante o potencial de conhecimento teorico e vi-sao da realidade.
PETEROSSI, Helena Gemignani e FAZENDA, Ivani Gatarina Arantes, "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino na Escola'
de 1? Grau", Sao Paullo, Loyola, 1.985.
RESUMO
Historia e Geografia integram-se aos Estudoa Soci-a i s . Dentro dSoci-a HistoriSoci-a Soci-abordSoci-a-se Soci-acontecimentos onde o
profes-sor mostra o interpretado por crendices, nao aplicando o ocorri do.
0 Professor de le Grau trabalha apoiado sobre fat^s e documentos essenciais.
Os livros didaticos de Historia adotados trazem a.s_ suntos com deturpagoes, em que o professor aplica hipoteses nao conferidas na tentativa de enquadrar o assunto. Se faz necessa-rio que os professores nao usem assuntos como as civilizagoes ' antigas ou classicas de unja maneira diretamente, mas sim, mos -trando aspectos atuais informativos, ou seja., troca de informa-goes.
A Geografia mostra o natural e o social. Localliza.' o homem dentro do meio e dos fatos. 0 horn em deve aprender a Geo_ grafia como meios de recursos para trabalhar e ver a parte huma nistica. dentro do meio e a nao conservagao do meio ecologico.
0 professor deve aplicar o material mais adequado, com um estudo de observagoes diretas e indiretas.
So apartir de certa idade e que a crianga comega a decifrar e descobrir o logico. A diferenga de pessoas para pes-soas depende do interesse e estimulo.
A motivagao se faz necessaria. a crianga, tern que ' chegar ao ponto de conhecer todo o seu meio atraves do bom dee' senvoivimento de treinos nas habilidades indispensaveis.
PETEROSSI,^Helena Gemignani e PAZENDA, Ivani Catarina Arantes "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino na Escola
de le Grau", Sao Paulo, Loyola, 1. 9 8 5 .
RE SIMP
. 0 Campo da Ciencia e vasto e nisto o professor tern que mostrar o suficiente para quo o aluno tambem possa desenvol-ver-se so na sua aprendizagem.
0 professor deve aplicar metodos que nao explore a mente do aluno, apesar de muitas lacunas a preenchnr com ajustes que nao saiam dos limites e que devem ser abordados, quer dizer, medidas ideais no seu desenvoivimento.
Cs metodos fundamentals mais adeouados no ensino 1
das ciencias e a observagao, experimentagao, solugao de proble -m a s , unida.de de trabalho, discussao, leitura e -metodo cientifico Atraves destes, aguardamos condigoes para o aluno,
A tarefa do professor e servir de mediador entre o albino e a natureza. Levando o aluno a cuestionar, investigar e procurar meios para as suas duvidas. Fazendo o aluno exol'orar o' ambi ent e qu e vi v e .
0 professor deve mostrar disponibilidade e superar os problemas acarretados dentro do ensino das Ciencias.
PETER0S3I,^Helena Gemignani e PAZENDA, Ivani Catarina Arantes, "Anotagoes Sobre Metodologia e Pratica de Ensino na Escola
de is Grau", Sao Paulo, 1.985.
MARQUES, Yolanda, "A Magica do Aprender", 2- serie, 1? Grau, • Sao Paulto, Nacional, 1.986.
HESUMO
A parte funda-nental da Matematica, sao as quatro opera goes, talvez sem as mesmas a matematica nao seria uma ciencia 1
exata. Composta as operagoes em numero de quatro, sendo a adicao a primeira das operagoes fundamentals de Aritmetica.
Gabe ao professor ensinar a crianga a juntar elementos da mesma especie, que encontra-se em conjuntos separados, fazer' adicionar, ou seja, juntar e mostrar seu valor somado.
Sendo a subtragao uma segunda oppragao, o professor de_ ve levar a crianga a desenvolver seus metodos de habilidades que necessitam para solucionar com a exigencia de raciocinio logico. Sua fungao e deixar um resto de tudo que e levado a uma solugao' de determinada operagao.
A terceira. posigao e aquella em que o professor leva o aluno a juntar e distribuir, nao esquecendo que e um numero m a i -or pelo qual divide-se outro, conhecida como operagao da divisao
A soma de parcelas iguais e a agao que indica a operagao da multiplicaoperagao. Devemos facilitar, dar oportunidade a c r i -anga para inventar, criar, etc.
0 Professor depende do Sucesso Escolar, necessitando • superar certos preconceitos, admitirmos o mesmo desconhecer o 1
conteudo que vai lecionar. Cabe ao professor focallizar o essenci al do assunto, dominando e mostrando condigoes favoraveis a a- 1
(AUTOR DESCONHEOIDO)
UMA REALIDADE ...
0 fracasso e o problema mais agudo e mais serio da educa-ao brasileira.
E um problema complexo por que reune aspectos negativos f
n numero assustador.
Parece irremovivel devido ao tempo em que esta, instalado* ntre n o s .
macigo devido ao numero avassalador de criangas que 1
tinge.
E antidemocratico devido a sua incidencia seletiva na po-ulagao pobre.
E elitista por afastar as criangas que mais precisam da scola.
£ precoce por atingir as criangas no primeiro ano em que requentam a escola.
£ cruel e humilhador para o aluno, estigmetizado por n a o ' er capaz de atingir os padroes prooostos pela instituigao escolar. E caro para a familia que area com as despesas decorren -es.
£ antieconomico para o governo que tern um custo aluno de .ois anos de repetencia, quando poderia pagar apenas um ano de apren
n a / .
iza^em na 1— serie.
PARA REELETIR E RESPONPER
1. 0 texto se enquadra na sua realidade? Por que?
2. 0 que e fracasso escolar?
3. 0 que voce tern a ver com esta situagao? (justifique sua resposra)
E N S I N A R
0 Grande Desafio
Dia a dia, o verdadeiro professor procura perscrutar o que contece em sua sala de aula, Deseja realiizar de qualidade. Estara re lizando? Que evidencias tern ele nesse sentido?
Tentaremos focalizar os principals aspectos do ato de ensi_ ar, os elementos-chave capazes de produzir desejaveis mudangas no * luno.
Comecemos pelo aspecto pedagogico, propriamente dito.
Neste campo, fazemos grande conquista quando somos capazes e agrupar e estruturar elementos indispensaveis. 0 OBJSTIVO: - o que e tem em vista e uma diregao para a aula, um ponto de vista a ser al angado. Selecionamos e organizamos um CONTEuDO - um corpo de conheci_ entos que provocara pensamento critico e produtivo, gerara atitudes, evara a aquisigao de habilidades. Deliberamos sobreo PROCEDIMENTO DI •ATICO, isto e, o instrumento mais adequado para cada fase do ciclo 1
ocente. 0 cuidado especial do professor para APRESENTAR W NOVO CON-'Eu"DO e outro ponto a ser considerado, de modo a garantir ao mesmo 1
empo a continuida.de, a sequencia a. integragao. 0 conteudo de cada. ' ,ula deve ser um passo a. frente do estudo anterior; deve ocorrer uma' ;spiral no conhecimento do aluno. Cada aula devera. leva-lo a ampliar' :radativamente sua elaboragao mental: ele se encontra com suas propr_i is ideias adnuiridas em aulas anteriores, e as reelabora de maneira. ' lais complexa, err, nivel cada vez mais elevado.
Para, encontrar o resulttado ou produto final de sua aula, .ndaga o professor qua! a. integragao que a. classe fez do assunto abor lado. Que relacionamento pode estabelecer entre as unidades do progra_ la escolar, as outras disciplinas e suas proprias experiencias fora ' la escila? A classe tera, assim, adquirido conhecimentos, habilidades ie compreensao, analise e avaliagao de suas novas aquisigoes.
E todo esse complexo operational se faz com a ajuda de ' recursos didaticos, ou seja, tecnicas e materials audioyisuais.
Compomos, assim, um quadro de referericia com elementos 1
que caracterizam o bom ensino: aula dirigida para determinado rumo,1
em fungao de objetivos definidos, corpo de conhecimentos e procedimen tos didaticos capazes de levar a consecuceo dos objetivos.
Ora, em consequencia, sabemos que realizar tudo isso nao e tarefa facil. £ urn desafio a nossa experiencia profissional, ao nos-so desejo de crescimento e de secesnos-so no magisterio.
E urn empreendirnento de alto Vallo'r, mas nao e tudo ainda.' E condicao imprescindivel, mas nao suficiente. Na realidade, ensinar e, essencialmente, sequencia de agao humana bem integrada. Deve ser refle tida em seus proprios termos, como experiencia humana. 3 ato
lnterpes-sbal, e tentativa para influenciar o outro, piscologicamente. £ ato de comunicagao, por excelencia. 0 professor espera comunicar ao aluno uma laeia, leva-la a avaUiagao do conhecimento adouirido para uma possivel aplicagao. E nao e facil conseguir dele tal comportamento, principal -mente quando nao compartilha das mesmas convicgoes do professor sobre'
o tema. As vezes o aluno nao compreende bem o significado do fato ou ' da ideia em comunicagao, ou resiste aos esforgos do professor. 0 e n s i -no e tambem um processo de superar a resistencia as mudangas, e nao so_ mente de transmigao da palavra ou de sinais nao-verbais. Inclui o a t o ' social de assumir o papel, a posigao, o ponto de vista do outro, no ca so, do aluno, com o proposito de corhecer o contexto e a significagao, para o proprio aluno, daquilo que esta sendo comuricado. De acordo com George Mead, "assumir o papel do outro e uma experiencia interpessoal, em que alguem julga a capacidade do outro, para uma comunicagao recep-tiva, no proprio memento em que ela ocorre.
Enquanto o professor fala, o aluno pode interpretagao de_ notativa ou conotativa, ou mesmo amibas. Devemos estar, pois, alertas ' para esse ponto, e esoeciaimente para os sentirnentos ou aoreciagao que
oodem surgir na classe, com o significado conotativo que os alunos de-ram a. aula, f, que boa comunicagao requer adequada aoreciagao das rela-goes entre a expressao verba.l e o torn de afetividade a ela associado.
0 aspecto semantico relacionado com o apreciativo resul ta na. ex -eriencia psicologia conhecida como ET.TPATIA, indispensavel nas relagoes professor-aluno. § necessario interpretarmos intuitiva e inte lectualmente o efeito de nossa palavra sobre a classe. Muitas vezes s£ mos capazes de nos comunicar bem, verbalmente, mas incapazes de nos re laciona.rmos com nossos alunos em alto grau de empatia.
Que evidencias ooderiamos ter da comunicagao, bem suce-dida? Dentre outras, costunam ser significativas as seguintes: alunos' reagem com expressoes ou ^estos; alunos desinibidos, de comportamen-*
to "aberto"; ausencia na classe daquele silencio embaragador, tenso, desconcertante. Se nos faUta a capacida,de de avaliar o one seja "sen so de encontro com a classe", nem chegamos a perceber que a aula nao foi realmente boa, apesar de muitos outros pontes positives.
(AUTOR DESCONHECIDO)
ENQUETE
Como
diretor ide
P
ara a maioria, o diretor ideal ainda e uma aspi-ragao. Mas nao um so-nho irrealizavel. Se es-colhido pela eleicao direta, fortalecendo-se a participagao da comunidade escolar e o en-volvimento do diretor com es-sa comunidade, chegaremos la. Confira as opinioes. Comprometido com o seu trabalho Claudia A. Pereira, 25 anos, prof. I.'serie, Rio Branco (AC). l ^ T e m do tipo autoritario-centralizador — que faz os professores se acomodarem a sua vontade —, nem do bonzi-nho — que nao obriga as pes-soas a assumirem suas respon-sabilidades —, o diretor ideal deve ser seguro e aberto, para trabalhar com a escola toda. Deve conhecer a psicologia da crianga, para nao ser apenas um punidor, e ter um compro-misso politico com o seu traba-lho, acreditando que a Educa-gao pode melhorar a partir da escola, com o apoio da comu-nidade. E deve ser eleito dire-tamente. Eleito pela comunidade escolar Socorro Patriarca, 27 anos, prof. 1."e2.0Graus, i Belem(PA).P
rimeiro, todos deveriam participar do planejamento escolar — do direplanejamentor ao v i -gia —, pois ai cada escola teria identidade propria. Entao, eleito diretamente pela comu-nidade escolar, o diretor come-garia a se politizar e a se auto-criticar. Haveria espago para um dialogo aberto dentro da escola e as deliberagoes seriam tomadas em conjunto. Nao se pode conceber um diretor ideal, enquanto esse for um cargo de confianga do secretS-rio da Educagao.Presente e aberto ao dialogo
E
leito diretamente pelo corpo docente, ele deve manter um dialogo aberto com os professores e alunos — condigao para se fazer um dos mais bonitos exercicios da Educagao. Sua presenga na escola deve ser permanen-te, para que se integre nonf-vel desejado,-e saiba defen-der os interesses de professo-res e alunos.
Ediva S. Souza, 27 anos, prof.
5. 'e 6.'series, Manaus (AM).
Proximo de
alunos e professores
S
em ser burocratico, o bom diretor 6 o que esta proxi-mo dos professores e alunos, consciente da realidade de sua escola. Maleavel, precisa saber adaptar as ordens supe-riores, dar autonomia ao pro-fessor e ouvir as experiencias de todos, para tomar decisoes coerentes.Carmelia Genta, 60 anos, prof.
6. 'serie, Sio Paulo (SP).
Um administrador em defesa da escola SueliTrarbach, 1 46 anos, prof. de7.,e8.'series, Florianopolis (SC).
O
diretor deve ser eleito di-retamente e assumir com-promissos de defesa das pro-postas elaboradas pela comu-nidade. Deve acatar e encami-nhar as decisoes do Conselho, respeitar as do Gremio e daAssembleia de professores, alunos e pais de alunos. Alem disso, deve ser professor h i cinco anos e estar ha dois anos naquela escola.
Capaz de
ousar mudangas
D
iante do grande numero dos formados em Pedagogia, com especializagao em A d -ministragao Escolar e que nun-ca viram pela frente u m giz ou u m apagador, concluo que. o curso de Administragao Esco-lar € o ultimo requisito neces-sario a um diretor de escola. Ele precisa e de capacidade de lideranga, experiencia em sala de aula, em coordenagao e su-pervisao e, sobretudo, de cora-gem para ousar mudangas emfavor da escola.
Disposto a apoiar os professores
cartaz "Nao perturbe, es-tou ocupado" e a primeira coisa que um bom diretor deve fazer desaparecer da escola. Ele precisa ter capacidade de lideranga, coragem para lutar por melhores condigoes para seus professores e alunos, ser criativo e preocupar-se em manter o corpo docente atuali-zado sobre as leis do ensino, suas mudangas e renovagoes. E fundamental tambem apoiar os professores em suas ideias. no-vas propostas e decisoes.
Suzle S. Pereira, 23 anos, prof. 1."
Grau manor, Sao Paulo (SP).
Comprometido com as transformagdes
A
escola 6 o futuro, e o dire-tor ideal precisa se com-prometer com esse futuro, aceitando as transformagoes do ensino como algo natural, at6 a ser estimulado. Ele preci-sa ser da propria comunidade e nao pode se comprometer com a Educagao apenas duran-te o periodo politico para o qual foi nomeado. Por isso de-ve ser eleito.Marilalne R.P. Vieira, 36 anos.
prof. I.'.serie, Cuiaba (MT).
Quanto menos
determinate, melhor
T 7 ' obrigatorio ter passado J L i pelo crivo das eleigoes, exercendo a diretoria junto com a comunidade. Precisa estar atualizado sobre a pro-dugao didatica, ser criativo e encarar os professores como profissionais que pensam, tern propostas de trabalho, dificul-dades e deficiencias. Deve* ter sensibilidade para com os pro-blemas da juventude e envol-ver-se nas lutas da categoria.
Preocupado com a comunidade escolar
A
lem de dinamico ele deve ser democratico, para de-senvolver um trabalho voltado aos interesses da comunidade escolar. Pre-requisitos: forma-do em Pedagogia, especializa-do em Administragao Escolar eeleito diretamente. E preciso tambem ter vivencia e conhe-cimento da comunidade.
Allton F.S. Ollvelra, 24 anos,
prof. 1.° e 2." Graus, Aracaju (SE).
Nao e importante que seja eleito
/ " \ d i r e t o r ideal deve dividir V - / a s responsabilidades com os professores, sem perder seu-posicionamento proprio. Deve ser u m tipo exemplar, assfduo no trabalho, simp£tico, mas nunca omisso. No ano que Vem teremos eleigao direta pa-ra diretores, mas nao sei se is-so reis-solvera a questao: dever6 ganhar quern tiver maior po-der de persuasao, nao mais competencia.
Eleito e ligado a Educagao
A
maior exigencia 6 a de que fosse alguem ligado a Edu-cagao, eleito por pais, profes-sores e alunos, afastando os criterios politicos que levam a escola advogados e engenhei-ros que nao entendem do que vao fazer. Depois, que atraves da participagao da comunida-de as comunida-decisoes fossem comunida- demo-cratizadas, da formagao de gre-mios a programagao curricular.Iracides V. Quichadeira, 36 anos,
prof. 5.' e 8.' series, Goidnia (GO). Reportagem de Ivania Vieira, Francis-co Karam, Flaminio Araripe, Lane Bastos, Betania Mascarenhas, Jussara Pereira, Jefferson S. Pereira, Rose Rodrigues.
ENQUETE
' sado nas suas mais diferentes formas, da simples advertencia oral ao sacrificio fisi-co, o castigo sempre esteve presente nas escolas brasilei-ras, servindo muitas vezes de instrumento de dominagao do professor sobre a classe. V£rios professores contam a Nova Es-cola como lidam com essa questao em sala de aula. E mostram que, apesar da apa-rente rejeicao a ideia do casti-go, ele aindc e uma forma co-mum de resolucao dos proble-mas de indisciplina.
0 berro do Tarzan e
meugrande instrumento
Helena da Gama Lobo d'Eca 49 anos 8.' sarie Curiliba (PR)I ,1 u falo uma, duas, tres ve-HJ zes. Se nao for ouvida,
dou o grito do Tarzan e ai vem o silencio sepulcral. Pri-meiro tento uma solugao ma-neirosa, mas ainda acho que o berro e o melhor instrumen-to. Esta hist6ria de orientadora educacional e psicologa f i
-carem dizendo que nao pode gritar, que a crianga vai ficar com trauma, nao serve. M a n -dar o aluno para fora da clas-se, dificilmente eu mando. Geralmente 6 isso mesmo que ele quer e acaba ate gostando da punigao.
Considero uma
afronta ao aluno
S
ou contra o castigo em sala de aula. Acho antididatico eiuma afronta a persohalidade do aluno. Quando pinta algum problema, tento conversar com a crianga. Quando percebo que h6 algo alem da indisciplina, chamo os pais para uma con-versa. Juntos fica mais facil en-contrar uma formula de ajuda para o aluno superar seus pro-blemas em classe.Antonio Fernando Costa, 25 anos, 7.' e 8.' series. Aracaju (SE)
So uso o castigo
em {aha grave
S
o coloco meus alunos de castigo se a falta for grave. Quando alguem me responde mal, bate num coleguinha ou cola na prova. Quando eles aprontam uma daquelas, eu suspendo o recreio. que e a coisa de que eles mais gostam. Se eles fazem uma coisa que sabem que nao me agrada, medao o direito de fazer ou -que nao os agrada. Acho qu
crianga precisa aprender a r peitar o adulto e, quando i ; nao acontece, precisa ser ca: gada para aprender. E prec mostrar que quern manda classe 6 a professora.
Damarla Souto Lourengo, 7.'serie. Sao (MA) .
Quern nao acaba a lie
nao brincano recreio
O
castigo so e usado p professor que nao 1 mais autoridade com seus c nos. Se a crianga ficar com i do do professor, ele acat transformando-se em c ameagador. E claro, porem, as criangas tern de estar cc cientes das tarefas a cump Nas minhas aulas, quem acabar a ligao durante a f nao vai brincar no recr Quando acho que um trabr nao esta bem feito, apago t e exijo que a crianga faga-c novo e melhor.Sempre que castigo
explico o porque
AVBDI Maria dos Reia Rosa 34 anos Brasilia (DF)N
ao dou um castigo por dar. Acho qua a gente tern de trabalhar a crianga. d i -zer por que ela esta levando o castigo. Se um aluno deixa de fazer a tarefa, por exemplo, ele deve levar a ligao para ca-sa ou ficar depois da aula fa-zendo. Esta atitude, entretan-to, deve sempre vir seguida de uma explicagao, do porquedo castigo. »
Abaixo a nota. Mas
isso nao e castigo
N
unca usei castigo. Con-versando e mostrando o porque das coisas e muito mais f£cil dobrar uma crian-ga. Punir resolve o problema na hora, mas na primeira oportunidade ele se repetira. porque nao foi entendido. Quando um crianga nao faz a ligao ou a faz com descaso, eu abaixo a nota. Nao acho, porem. que isto seja castigo. E uma forma de mostrar a ela que e preciso esforgar-se mais para nao repetir de ano.Gilmara Calicchlo, 22 anos. 2' serie. S&o Paulo (SP)
Uso o bom senso.
Quern colar leva zero
S
ou contra o uso da puni-gao. Entendo que a regra basica pira controlar a classe eo bom senso. Cabe ao professor examinar cada caso de indisci-plina e tentar sempre o dialo-go. Sou um professor feliz por nao ter problcmas de indisci-plina,- porque tenho como preocupagao formar uma base sblida de relacionamento com eles. 0 castigo seria um abuso de direito. Os limites existem, entretanto, e sou bem claro quanto a isto. Aluno que colar leva zero. Posso dar outra pro-va que sera muito mais dura que a primeira. Mas isto nao-considero castigo.
Martin Saralva Barbosa, 5.' a 8.' series, Por-to Alegre(RS)
Aplico uma punigao
para sacudir o aluno
Vera Lucia nj Ollvelra dos Santos 40 anos 3 1.'a 4.'series Brasilia (DF)
C
astigo nao leva a nada. Quando um dos meus alu-nos deixa de fazer a ligao de ca-sa, mostro que ele proprio sera" o prejudicado pelo desleixo. Que ele, assim, ficara de recu-peragao no final do ano. Quan-do chego a aplicar algum tipo de punigao. nao considero cas-tigo. Ela servira apenas para "sacudir" um pouco o aluno.0 indisciplinado vai
para a diretoria
N
ao costumo castigar, mas, para manter a disciplina, a gente sempre diz que vai t i -rar nota e tambem manda sair da sala de aula. Aqui na escola costumamos mandar o alunorebelde para a diretoria, onde ele recebe uma advertencia.
Cleide Dlas da Rocha, 24 anos, 3.' e 4.' se-ries, Campo Grande (MS)
Mando repetir vinte ou
trinta vezes a ligao
Maria de Fdtima M. Veigaa 38 anos 4.' s6rie Bel6m (PA)
1 J rocuro nao castigar meus JL alunos. Quando eles estao muito inquietos, entretanto, nao tern outro jeito. Normal-mente eu os mando repetir vinte ou trinta vezes as ligoes que j6 foram corrigidas. Alem de melhorar a caligrafia, este castigo serve tambem como uma reflexao para que se auto-disciplinem.
Desconhego o castigo.
Uso o jogo aberto
N
ao uso castigo de forma alguma. Em sala de aula procure manter o respeito com minha propria competencia. Procuro conversar individual-mente e sempre fago jogo aber-to. Se nao cativarmos o aluno em sala, ele ira perder o inte-resse pela aula e nao mais prestara atengao. Em conse-qiiencia vai surgir a indiscipli-na e o desrespeito. Se voce indiscipli-nao vender seu peixe, nao adianta nada aplicar um castigo.Josd Carlos Presente, 38 anos, 5.' s6rie. Campo Grande (MS)
Reportagem de Ines Marlins, Jus-sara Pereira, Lane Bastos, Martha Feldens e Rosemeyre Rodrigues.
"Cuide-se, pelo amor que voce tern por voce mesmo",
alerta o Centro Educacional Objetivo, que pos o estudo da
doenga no currfculo, a partir da 7." serie do 1.° Grau.
AIDS mata. Nao tern cura. Ninguem pode deixar de sa-ber o que e e mor-rer por descuido. Mormor-rer de AIDS nao 6 vergonha. Vergonha
6 poder evitar essa doenga e nao faze-lo. Cuide-se.-Esteja atento. Pelo amor que voce tern por voce mesmo.'*
Com este alerta, contido nu-ma pequena apostila de 28 pa-ginas, distribuida no inicio do semestre escolar, o Centro Educacional Objetivo comegou a preparar seus alunos para a guerra contra a AIDS. Incluiu o estudo da doenga nos curricu-los de Ciencias (7.* e 8.* series do 1." Grau) e Biologia (2." Grau e pre-vestibular). E entre-gou a cerca de quarenta m i l jo-vens, de Sao Paulo e varios ou-tros Estados. a unica arma dis-ponfvel no momento para combater esse terrivel inimigo: a informagao.
"Desde o ano passado, os alunos vinham perguntando muito sobre a doenga. Eles ou-vem no radio e na TV, leem nos jornais e chegam a escola em busca de informagoes concre-tas", diz o professor Angelo Jo-s6 Vieira, 40 anos, encarregado de expor a materia no \ ." Grau,
22 NOVA ESCOLA
em aulas com duragao de ate tres horas, dependendo do i n -teresse dos alunos, que 6 sem-pre muito grande. Sem os risi-nhos e as gozagoes comuns em situagoes como estas, eles acompanham com muita aten-gao cada momento da explana-gao, apoiada em imagens trans-mitidas por terminals de video. Fazem uma porgao de pergun-tas, levam a apostila para casa, leem e voltam no dia seguinte com novas perguntas, pedindo mais exemplares para dar aos amigos, aos parentes, a em-pregada, ao pcrteiro do pre-dio...
"J£ e hora de
falar abertamente"
"A gente comega a namorar
um carinha e as vezes pensa que sabe tudo a respeito de se-xo. Quando passa o tempo, percebe que corre o risco de pe-gar essa doenga", diz Claudia de Souza. Como os outros alu-nos do 1.° Grau ouvidos por Nova Escola, ela aprova a i n i -ciativa do Objetivo. E conclui que a AIDS "vai acertar os ponteiros da vida sexual, por-que as pessoas vao ter por-que
fa-zer sexo com um pouco mai de responsabilidade".
Fabio Nomura, 14 anos. cor ta que "da at6 allvio" partic par dessas aulas, porque e unico meio de saber tudo st bre AIDS, ja que em casa, si gundo ele, sua familia prefej evitar o assunto.
"Achamos que era hora c tratar abertamente a questao c AIDS na sala de aula", diz professor Clezio Morandini, f anos. coordenador de Biolog e introdutor do programa sob AIDS na escola.
O professor Vieira conta no inicio temeu pela reag dos pais. O tema e complexc delicado, admite. Afinal, pc ajudar seus alunos a se pie\ nirem contra esse terrivel i ' migo, ele'explica primeiro que sao virus, d£ conceitos imunologia (antigenos, ar corpos, linfocitos T etc.). E. mesmo tempo em que anal o coritagio da doenga j transfusoes de sangue e ir goes de drogas, acaba entr do inevitavelmente na disc sao sobre comportamento xual. Trata entao de ter inusuais nas salas de aula pais, como o homossexua mo, relagoes anais, vagin
Aula sobre AIDS no Objetivo, de Sao Paulo: a Informagao alnda 6 a melhor arma sexo oral e o uso da
camisa-de-venus, a camisinha — alicis, segundo os medicos, o meio mais seguro de impedir o cont&gio na relacao sexual.
" A questao social
e deli cada"
No comeco, alguns pais nao aprovaram a conduta da esco-la, diz o medico Joao Carlos Di Genio, diretor do Objetivo. "Mas depois a disposigao de-les mudou muito. Pediram ate para terem tambem aulas sobre AIDS".
"Nos vemos sexo o dia intei-ro na televisao, no cinema, nos outdoors", constata Lucimeire Ferreira, 16 anos. "Como algu6m pode questionar a i m -portancia de uma aula que fala sobre sexo, num ambiente pro-picio, com gente interessada em ensinar e aprender?"
A medica dermatologista Valeria Petri, por exemplo, questiona. Conhecida em Sao Paulo por ter diagnosticado o primeiro caso de AIDS regis-trado no pais, ela se declara totalmente favor^vel a inicia-tivas como a do Centro Edu-cacional Objetivo. Adverte, por6m, contra o risco de se estudar a doenga "sem maior profundidade".
" A questao social associada a AIDS e muito delicada. Rea-tiva uma s6rie de conceitos ar-caicos... Que fazer sexo e pe-cado, que devemos reprimir a sexualidade, que pessoas que desfrutam do prazer sexual devem ser castigadas etc", diz Valeria. Ela lembra as dificul-dades enfrentadas no combate a AIDS: "Nao conseguimos ajudar eficazmente as pessoas doentes. Ha uma total incapa-cidade no controle da doenga, dos contaminados que ainda
contra a ameaga da doenga
nao adoeceram e dos indivi-duos que ainda vao se conta-minar". Tudo isso, associado ao problema da moralidade, precisa, segundo a medica, ser muito bem transado, para nao cair no fracasso, mesmo que as tentativas sejam bem-intencionadas.
"O educadordeve estar habilitado"
Valeria defende a educagao sexual nas escolas. Mas obser-va que e preciso saber o que o professor vai passar aos alu-nos. "As vezes fico na duvida se nao je preferivel nao dar educagap sexual para nao cair no falsa liberalismo, no mora-lismo religioso. no encouraga-mento do espirito", afirma. E argumenta: "Os educadores precisam ser pessoas habilitadas. Precisam ter formagao l i
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Valeria contra os tabus: "Os educadores precisam ter tormaqao liberal" beral e nao conservadora. Nao
podem, por exemplo, dizer que ser homossexual 6 crime, e doenga". E acrescenta: "Deve-se promover uma educagao "Deve- se-xual com muita consistencia e bastante honestidade, deixan-do de ladeixan-do tabus e mitos. Sem a nogao de pecado e de coisa proibida para que nossas crian-gas aprendam que a sexualida-de bem exeroida 6 gostosa. E torna a pessoa plena e sauda-vel." Apesar da AIDS, segundo Valeria.
Em Brasilia, ao saber que c Objetivo estava dando aulas sobre a doenga, a medica Lair Guerra Macedo, coorde-nadora do Programa Nacional de Controle de Doengas Se-xualmente Transmissfveis e AIDS, observou: "0 meu me-do 6 que as escolas se anteci-pem e deem informagoes contradit6rias do ponto de vista tecnico e cientifico".
O Ministerio da Saude, se-gundo a m6dica, pretendia es-tender as escolas a campanha de prevengao veiculada pelos meios de comunicagao, atraves da distribuigao de material d i -datico completo com
informa-goes nao apenas sobre a AIDS, mas tambem sobre as outras doengas sexualmente trans-missfveis e conceitos de sexua-lidade. Por falta de recursos, porem, esse material s6 poder£ estar pronto em 88.
Por enquanto, segundo pro-messa da coordenadora, as escolas contarao apenas com material informativo "infor-mal " — folhetos e cartazes sobre AIDS — distribuidos pelas secretahas estaduais e municipals de Saude.
O Ministerio da Educagao nao tinha, ate o infcio de abril, uma estrat6gia definida para entrar na guerra contra a AIDS. Apenas recomendava as secretahas estaduais e m u nicipals de Educagao que i n -clufssem informagoes sobre a doenga nas aulas de Ciencias e Biologia.
Colaboraram neste especial: Davl Oil-velra (BA), Debora Chaves (SP), Fran-cisco Karam (SC), Jeanlce Dlas Ra-mos (RS), Jussara Pereira (SP), Lane Bastos (PA), Maria Ines Martins (DF), Martha Feldens (PR), Nllcea Nogueira (SP), Rosangela Guerra (MG), Rose-meyre Rodrigues (MS), Valeria Fer-nandes (RJ) e Vera Gomes (PE).
Algumas
coisas que
voce precisa
saber
1 - AIDS (sigla de Acqw Immunodeficiency Syndrc Sfndrome de Imunodefic
cio Adquirida) e uma doe causada pelo virus conhec
como HTLV ou HIV (Virus
Imunodeficiencia Huma
que ataco e destrbi o sisti
de defesa do organismo.
xando-o exposto a uma c
binagao fatal de infeccdes
um ou mais tipos de can como linfomas e o sarcc de Kaposi (cancer de pelf 2 - A AIDS e fransmitida Ifquidos produzidos pelo < po fprincipaimente sen sangue ou derivados. se goes vaginais e Jeite maten 3 - A AIDS ainda nao
cura. Apesar das pesqu
realizadas em varios paf nao foi descoberlo ate a£ o rem^dio capaz de mafc virus da doenga. Alguns tes indicam a possibilid de proJongar a vida de guns pacientes atraves do
do medicamcnlo AZT (Az:
deoxiiimidinaj ou de redt. ou mesmo impedir, o' r. de aparecimento da doe nos infectados, com a apl cdo de Ribavirina.
4 - Ainda nao existe uma v. na preventiva contra a AI Segundo cdlculos dos cien
las, ela provavelmente so s descoberta num prazo de ci
a dez anos.
5 - A doenga j6 atingiu ct
de 1 300 pessoos (casos no cados) no Brasil e 42 mil
(odo o mundo.
24 NOVA ESCOLA
- — _ • - 1 - SZ
-/ E S P E C I A L -/
O virus da AIDS: um Inlmigo mlcroscdpico, ainda Imbativel
6 - O virus da AIDS teria surgi-do, peJa primeira vez atraves de uma possi'veJ mutagdo no macaco verde da Africa, que o transmitiu para o homem. 7 - PeJas observagdes feitas ate
agora, a/guns medicos
con-cJuem que apenas 25 ou 30% das pessoas infectadas pelo
vi-rus contrairdo a doenga num
prazo de ate sete anos. Outros
acreditam que, a longo prazo,
todos os in/ecfados /icardo doentes. Oufros ainda pensam ser possi'veJ que o organismo de algumas pessoas seja capaz
de destruir o virus,
desenvol-vendo jmunidade contra a
doenga.
8 - Quern precisor tirar a duvi-da pode fazer um teste de Jabo-ratdrio (Elisa. Western Blot ou imuno/Juorescencia), que indi-ca se a pessoa teve contato com o virus.
9 - Os grupos de maior risco
(pessoas com maior
possibili-dade de S«rem infectadas pelo virus] ainda sao, segundo os
cientistas, os homossexuais e
bissexunis mascuJinos, os vi-ciados em drogas injetdveis e os hemo/flicos ou qualquer
pessoa que receba uma
trans-fusdo de sangue.
1 0 - As relagoes anais, entre homens ou entre um homem e uma mulher, sao as de maior
risco, pois o tecido do dnus
absorve com mais facilidade o semen. O atrito inevifdvel nesse tipo de relacdo provoca em geral microlesdes
imper-ceptiveis que /acililam a
con-taminacdo. Mas ela pode ocorrer lambem. segundo os medicos que estudam a doen-ga. atraves de relagoes
vagi-nais ou orais.
1 1 - A camisinha
(camisa-de-venus) e, por enqunnto, o-me-lodo preven/ivo mais seguro, em qualquer tipo de relagao. 1 2 - Os cientistas ainda nao
chegaram a uma conclusdo definitiva sobre a transmissao do virus pela saliva, apesar de ele j6 ter sido encontrado
na saliva de pessoas
infec-tadas.
1 3 - A AIDS nao se transmife
num aperto de mdo ou na convivencia de pessoas num mesmo ambiente. A maioria dos medicos acredita tambem que ndo 6 possivel pegar a doenga atraves do uso de um copo, um cigarro ou um ba-nheiro comum.
1 4 - Sabe-se hoje que o virus pode sobreviver de 24 a de 48
horas fora do organismo
huma-no, em meio iimido. E existe a
possibilidade de contaminagdo atraves dos instruments de dentista ou de manicure, se eles ndo forem devidamente
esteriJizados.
1 5 - Poucos hospitais ou
cen-tros de saude /azem, no Brasil, testes de anticorpos para a AIDS no sangue usado em
trans/usdes. A populagdo pre-cisa estar atenta a isso. Princi-paJmente nas cidades meno-res, e importante que a
comu-nidade se mobilize e cobre das autoridades da drea de Saude
a implantagdo do teste. 1 6 - Esse terrivel inimigo do ser humano e extremamente pequeno e sd pode ser visfo num microscdpio eletronico.
E faz todo esse estrago que ja
conhecemos apenas porque 6
incapaz de realizar sozinho suas fungoes vitais,
especial-mente a reprodugdo. Dai sua "avidez" pelas ceJulas do
nosso corpo, onde cumpre
seu ciclo reprodutivo.