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Steamfofos: estudo do design aplicado na concepção e desenvolvimento de ilustrações e projeto de livro infantil

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Academic year: 2021

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(7) Steamfofos foi escrito por Andrio Santos e Enéias Tavares e ilustrado por Jéssica Lang.

(8) Era uma vez um Palacete de Delícias, sonhos doces, guloseimas e cores bonitas. Nesse lugar, uma coisa é sempre outra coisa e outra coisa pode ser aquilo ali ou acolá ou ainda coisa nenhuma. O Palacete é um lugar de cheiros refrescantes, sorrisos suaves, corações animados e, principalmente, um lugar onde se pode fazer o que quiser e quando quiser. Neste exuberante cenário, viviam Rita, uma dançarina cheia de risos e cabelos cacheados, Pombinha, uma verdadeira princesa – só que sem um castelo e muito menos um príncipe (todos sapos, na opinião dela) – e Léoni, a esperta gerente, boa em matemática, que sugeria as brincadeiras mais divertidas..

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(10) Muita gente diferente vai ao Palacete. A maioria para ser livre, beber refrescos à vontade, correr e pegar, comer doce antes das refeições ou ir para a cama sem escovar os dentes. Todos os visitantes, meninos ou meninas, infantes ou já crescidas, são bem recebidos por lá..

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(12) O Palacete também é um lugar música bem animada. Um violonista mágico chamado Giovani costuma se apresentar no lugar. Chamam ele de mágico porque ele é hábil em esconder o instrumento e fazê-lo reaparecer nos lugares mais improváveis. Mas certa noite, o menino não apareceu no horário de se apresentar. Rita, ao perceber o atraso do músico, saiu toda exibida perguntando se alguém sabia dele. Assustada, achando que Giovani havia sido raptado, telefonou com voz toda animada para o inspetor de polícia Pedro Brito Cândido, um garoto carrancudo que, como diziam por aí, não sabia brincar com os outros. Mas somente ele, pensava Rita, poderia resolver tal mistério..

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(14) A música para, as brincadeiras cessam, a conversaiada silencia. Pedro não se dá bem em festas... Em fato, nos aniversários onde havia meninos e meninas, ele nunca dançava música lenta. Todos ficaram apreensivos, como se esperassem levar bronca. - Ninguém sai daqui até que eu descubra a verdade. - Olá, meu pequeno! Fui eu quem te chamou – Rita veio recebê-lo, toda sorrisos. - Rita Baianinha? - Me chama só de Rita, porque eu vou te chamar só de Brito. O inspetor achou a menina meio assanhadinha, mas deixou prá lá. Afinal, precisava fazer seu trabalho. Olhou ao redor. Procurou pistas. Possíveis suspeitos. Todo sinal de estranheza. - Quando foi a última vez que alguém viu o mágico desaparecido? - Ontem, depois que ele tocou – disse Rita, lhe oferecendo um refrigerado. - Não, obrigado, não bebo em serviço! Quer dizer que ninguém o viu hoje? – perguntou, fazendo cara de detetive inquieto. - Não, não, só ontem mesmo, juro, juro – insistiu Rita, oferecendo balinhas de goma. - Não, já disse que não quero nada. O que quero é dar uma olhada por aí! - Que boa ideia! Meu lindo! Mas deixa que a Rita te leva! E assim Rita deu de braços em Brito e foi com ele escada acima..

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(16) O primeiro cômodo que visitaram foi a elegante Sala dos Sapatos. Nela, Léoni e Pombinha brincavam quase todo o dia, experimentando sapatilhas para leveza & salto agulha para desfiles de moda & plataformas para ganhar altura. - Essas são minhas sócias, Léoni e Pombinha – Rita apresentou-as. Brito cumprimentou as meninas e saiu xeretando cada canto sem fazer a menor cerimônia. Não encontrou nada. Abanou a cabeça e coçou o queixo. - Mas que desaforo! Somos suspeitas? – Pombinha cruzou os braços. - Todos são suspeitos, menininha – Pedro respondeu de pronto. - Então você também é! - Eu não, né – replicou. - E por que não, se todos são? - Por que eu sou inspetor de polícia. Aliás, quando foi a última vez que vocês viram o mágico? - Ontem de noite – respondeu Pombinha. - E depois? – Pedro insistiu. - Depois nada, ficamos aqui o tempo todo – disse Léoni. - O tempo todo? É gostar de sapatos! – Pedro riu sozinho. - O que, você não gosta? – Pombinha se intrometeu. - Nunca experimentei... quer dizer... eu nunca... - Olha, isso é só porque você não sabe escolher. Eu posso te ajudar a encontrar um. Que tal esse salto Anabela? – disse Léonie. - O quê? Hã, não... Eu não gosto desse tipo de brincadeira... - Já chega! O inspetor precisa checar outros cômodos – Rita puxou-o pelo braço e eles se foram para a sala seguinte..

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(18) Pedro farejou o aroma das guloseimas antes mesmo que Rita abrisse a porta. Aquela era a Sala dos Doces. Rita apresentou os dois meninos que brincavam ali. De boca cheia ela falou: - Esses são Sergio e Bentinho. - O que estão fazendo? – Brito quis saber. - Não repara, não, quando jogam bulita, não prestam atenção em mais nada – respondeu a Baianinha. - Humm... nunca foi muito meu jogo – disse Pedro, ensimesmado. - Olá, você é o inspetor, certo? – Sergio cumprimentou-o com um abraço. - Sim, estou investigando o desaparecimento do mágico que tocava aqui. - Bem, O Giovani brincava conosco às vezes. Ontem à noite, veio pedir um pirulito pro Sergio. Depois, não vimos mais ele – esclareceu Bentinho, ao se levantar. - Obrigado, pelo menos agora já tenho uma ideia do horário do desaparecimento – disse Pedro. Pedro e Rita deixaram então a sala, não sem colher umas gomas que cresciam num bolinho..

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(20) Entraram então na próxima sala, a das Máscaras & dos Disfarces. - Ah, mas essa sala não é um primor, meu bombonzinho? - Seu o que?... – questionou Pedro, desassanhado. - Olha, esses são Louison e Quental – Rita apontou para um casal. Eles estavam dançando, mas pararam e vieram receber o inspetor. - Caríssimo inspetor Cândido, em que posso lhe ser útil? – perguntou Louison, em tudo muito educado. Brito achou ele meio metido. Era um filhinho de papai, acompanhado da rainha do baile. - Como sabe quem eu sou? – questionou Pedro, desconfiado. - Ora, meu querido inspetor, escatologicamente, sou um homem que intenta manter-se preponderantemente atualizado – o sujeito respondeu com um sorriso de filme. - Escato... o quê? – Brito estava irritado. Sem demora, mirou Rita. - Ora, Louizinho, não seja assim! – a Baianinha achou melhor intervir. - Deste crime não temos culpa, por mais que sumir com um mágico pareça divertido... – disse Quental, empinada. - Tu é uma abobada! Fala assim de novo e te dou uns sopapos! – Rita apontou o dedo para ela. - Caro inspetor, esclareço que estive aqui o tempo todo com Quental, jogando um jogo de dança, quem perder perde a máscara. Pedro, tonto e irritado, deixou o casal cheio de firulas..

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(22) A sala seguinte era cheia desses badulaques de gente supersticiosa. Pedro não era supersticioso, então achou aquilo tudo meio sem propósito. Era a Sala dos Mistérios. - Britinhinho, estes são Vitória e Solfieri. Vai com calma porque esses meninos gostam de ser estranhos – Rita apresentou-os. - Vocês viram o Giovani hoje? – Brito perguntou para a indiazinha. - Não, inspetor, não vi não, hoje só escrevi no meu diário. - E onde vocês estavam ontem? Nesse momento, Brito, sempre preparado, pegou algo no ar. O casal disfarçou, Solfieri pensou demais e Vitória nem sabia o que dizer. - Estávamos aqui, jogando... - Nem vem, tratante! Se não me dizer onde você tava, te levo preso – Brito ameaçou. - Calma, meu caramelo! – pediu Rita. - Tá, tá, eu conto – disse Vitória. - Não, querida, não – Solfieri interveio. - É a única maneira – Vitória puxou fôlego – Olha, Solfieri gosta de história de monstro, é menino teimoso, lê elas antes de dormir... aí faz xixi na cama... ontem de noite nós estávamos aqui, ele envergonhado, eu trocando os lençóis, né. - Gente, qué isso... desse tamanho! – Rita batia o pé no chão. Brito não disse nada, mas acreditou, afinal, o garoto estava agora todo corado. Achou melhor encerrar por ali e pediu para Rita levar ele para outra sala..

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(24) Brito chegou no num lugar onde surgiam histórias de mistério. Era a Sala dos Segredos Proibidos. - Brito, essa é Bia... quer dizer... Dantinho – animou-se Rita. - Olá, querida, esse é o detetive então? — disse Dantinho. - Sou inspetor, moço – Brito só conseguia pensar em como aquele sujeito era esquizito: magrinho e de seus lábios estranhamente grandes. - Bem, você viu o Giovani por aí? – Brito recomeçou. - Não o vi, sinto muito, gostaria de ajudar – respondeu Dantinho. - Gostaria é, então me diga onde estava ontem à noite. - Bem, não lembro, por aí... - Por aí é... E o que você está fazendo? - Escrevendo contos de mistério. Rita olhou para Brito e percebeu que ele desconfiava de Dantinho. - Não foi ela não – sussurrou a baianinha. - Ela quem? - Ele, quero dizer, Dantinho. - Mas ele poderia se beneficiar com o desaparecimento de alguém, afinal isso é um mistério e ele gosta de mistérios, até escreve sobre isso. - Não, não, é melhor irmos para outra sala, dendêzinho! – ela foi puxando ele pelo braço e sorrindo, achando ele um bobo. Brito foi para a próxima sala de beiço torcido..

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(26) A última sala que Pedro precisava investigar era a Sala do Recreio, onde Giovani costumava passar boa parte do dia. - Giovani vem muito aqui, adora brincar no trepa-trepa – Rita disse, agora mastigando um puxa-puxa. - Então essa sala merece uma boa investigada! — Brito pegou uma lupa e saiu vasculhando o lugar. Ele investigou a areia dos escorregadores, farejou cada canto dos balanços e até as gangorras. Finalmente encontrou algo, uma pista que poderia ser vital para solucionar aquele mistério: um suspeitíssimo fiapo de palha. - Palha! Sim! Essa palha tem algo a ver com o crime! Não tenho dúvida! Rita apoiou-se no ombro dele e olhou o que ele tinha na mão. Brito guardou o fiapo num pacotinho para evidências. Todavia, o investigador não sabia como aquela pista se conectava ao sumiço do mágico. Pensativos, ele e Rita deixaram a sala..

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(28) Enquanto desciam as escadas, o investigador pensava que tudo aquilo era muito suspeito! Muito suspeito! Já estava dando dor de cabeça de tanto pensar! E sua única pista era um pedaço de palha....

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(30) Eles chegaram ao grande salão principal. O lugar estava cheio de gente que costumava exagerar no refrigerante e na tortinha de limão. - Alguma coisa está faltando aqui.... – Brito falava sozinho, que nem um sonso, embora Rita achasse bonitinho. Pedro pôs os olhos em Dantinho, que olhava para alguém no salão. - Já sei por onde começar – e foi até o escritor. - Sei que você tem algo a ver com isso! - disse Britto com olhar de acusação. Dantinho pareceu ser fisgado pela voz de Brito. - Hã... o que? Eu? Você desconfia de mim? – ele surpreendeu-se. - Ora, eu sou um um investigador profissional! Já participei das buscas pelo afamado ladrão de leite da Azenha, estudei a fundo o caso do confeiteiro do Arvoredo. Prendi mais de cem bandidos. Minha média em matemática é 9.2 e eu posso solucionar qualquer enigma, nada me escapa aos olhos.... – Dantinho o interrompeu, o escritor nem sequer olhava para ele. — Aham, aham... desculpe, inspetor, mas preciso resolver uma coisa agora. Dantinho então tirou a peruca e uma imensa cabeleira cacheada caiu. Brito perdeu a fala! Dantinho era na verdade uma mulher! Ela se aproximou de Loiuson e convido-o para dançar. Louison aceitou, faceiro, e Quental ficou ensandecida. - Agora aquele bocão faz sentido... – foi tudo o que Brito conseguiu dizer..

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(32) Brito abaixou a cabeça, entristecido. - Eu sou mesmo um fracasso! Como posso solucionar um crime se nem percebi que aquele escritor era na verdade uma mulher? A quem eu quero enganar? Eu não sirvo para isso. - Ora, não fique assim, pudim, acho que você está indo bem! Vamos, quem sabe uma bebida te inspire? Heim, vamos lá! - Rita agarrou no seu braço e foi com ele até o bar. Pedro sentou-se e pediu suco de limão. Sem açúcar. - Vish, amigo, noite difícil? – perguntou um velhinho que estava sentado ao seu lado. - Não consigo solucionar um simples desaparecimento. - Mas se você não consegue, é só porque tem algo faltando. - Bom, isso eu sei, né. - Não, quero dizer, eu já ouvi falar de você. Se você não consegue, é só porque esqueceu que pode conseguir. Sabe, a vida só é o que é porque nós somos o que somos. E o que somos é o que queremos ser, então, se você quer solucionar um crime, seja alguém que pode solucionar um crime. É hora de parar de procurar respostas no suco de limão, Brito. - Tudo bem... como você se chama? - Sou o Doutor Benignus, o prazer é meu. - Benignus, o inventor? Você é ele, quer dizer, é você mesmo? - Claro! Você conhece meu trabalho então? - Na verdade, acabei de ter uma ideia - animou-se de novo - Você pode construiu um aparelho pra rastrear o mágico desaparecido? - Até posso, mas preciso de uma pista para rastreá-lo. - Vamos usar isso! – Brito mostrou-lhe o pedacinho de palha – Vamos descobrir a verdade! Ou eu não me chamo Pedro Brito Candido!.

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(34) Depois de algum tempo, Benignus retornou, trazendo uma engenhoca vaporenta revolucionária. Com pompa, proclamou: — Contemplem o fenomenal Catalizador Termo-cinético catador & solucionador de Mistérios. Com ele, todos os seus problemas enigmáticos estarão resolvidos! A geringonça soluçava como se estivesse com gripe, seus ponteiros giravam e vez ou outra ela expulsava uma pequena nuvem de vapor. - Aqui está! Porém, antes de usá-la, leia o manual de instruções – o velhinho deu um livreto a Brito. - Quinze páginas! – Britou folheou nervosamente o manual. - Tem que ler direito – Benignus o repreendeu. - Tudo o que eu preciso saber é isso – ele leu uma página específica do manual e depois o guardou no bolso. Brito deu de mãos na máquina, introduziu a palha no local indicado e ligou o aparelho. Um ruído agudo cresceu. O Catalisador reconheceu o fio de palha. Outro barulho, então uma nuvem de vapor foi expelida. O aparelho tinha encontrado o rastro de Giovani! — Valeu Benignus! Era disso mesmo que eu precisava!.

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(36) Brito percorreu salas e mais salas, diversos corredores, até que o aparelho parou diante duma porta perto da escada. Ele desligou a máquina e anunciou a altos brados que mais uma vez o impetuoso Brito Candido tinha sucesso num caso. - Não, querido... hum, aqui é só um armário de limpeza... não tem nada ai não – Rita vinha, toda sorrisos na direção dele. - Ora, não seja boba, o aparelho do Benignus apontou para a porta. - É, mas tenho certeza de que ele não está aí. - E como você tem certeza? – Brito ficou desconfiado. - É... bom, eu só tenho, né! Que coisa! Como ocê é desconfiado! Vamos continuar procurando? Nós ainda não olhamos lá na cozinha... – e foi puxando Britto. - Não, eu vou conferir esse armário – e bateu o pé, todo esquentadinho. Nisso, os visitantes do Palacete se aproximaram. Queriam ver o investigador solucionar o mistério. Quando Brito se aproximou da porta, Toc!, alguém bateu nela por dentro. Ora, tinha mesmo alguém ali! - Quem tem a chave dessa porta? – Brito gritou para todos. - Eu tenho! – Léoni surgiu do meio da multidão risonha. Brito pôs a chave na fechadura e clic!, a porta se abriu. Então, um sujeitinho magricela e risonho despencou no chão junto com vassouras, baldes e um monte quinquilharias. - Tudo o que eu queria era sair do armário! – o mágico respirou aliviado. Todos ovacionaram, contentes por ver Giovani a salvo. Rita tinha razão: Pedro era um investigador realmente durão!.

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(38) Todos estavam contentes por Giovani ter sido encontrado. Parabenizavam Brito pelo sucesso e Benignus pelo genial invento. O velhinho agradecia, dando tapinhas de orgulho na máquina. Já Brito, dava tapinhas de orgulho em Giovani. - Agora está tudo bem, amigo – Brito pôs a mão no ombro do mágico – Só me diga quem fez isso com você. Todos silenciaram, na expectativa de saber quem era o vilão entre eles. O mágico olhou ao redor, os olhos ainda se acostumando com a luz, então finalmente apontou para uma pessoa no meio da multidão e gritou: - Rita Baianinha! Todos pularam de susto! Quem diria? Mas por quê?.

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(40) Brito estava muito irritado. Ora, se aquele não era realmente o caso de mistério do ano! Ele estivera com a culpada o tempo todo. Jamais desconfiara dela, afinal, fora ela quem o tinha chamado. Brito deu um passo a frente e disse: - Explique-se, Rita, antes que eu te prenda – todos recuaram, assustados com a ameaça. Ela sorria nervosa e ele esperava, carrancudo. - Ora, bombom, não faz isso comigo não... Tá, olha, admito que fui eu, acertei o menino com uma vassoura e joguei ele no armário – ela gesticulava. Claro, uma vassoura, por isso encontrei palha! – Brito pensou, era elementar, desde o princípio! - Mas tudo foi por um bom motivo: eu só fiz o que fiz porque... porque queria encontrar um jeitinho de te chamar aqui, dendê, e te convidar para um encontro – ela esfregou as mãos, sem jeito. Brito corou e pela segunda vez naquela noite, ficou sem palavras. Rita permanecia diante dele, agora sorrindo, esperando para saber o que ele ia fazer. - Vamos lá! Todo mundo fora daqui que eu tenho que falar com essa menina – e Brito começou a tocar todo mundo para fora..

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(42) Era inconcebível, inacreditável, inconfessável, inexorável! Tudo aquilo tinha sido um plano de Rita para sair com ele num encontro! - Mas por que você quer sair comigo? – ele conseguiu dizer, finalmente, embora ainda estivesse confuso. Rita ficou surpresa com a pergunta e arregalou seus olhos de mel. - Seu bobo, é porque você é meu bombonzinho, meu dendêzinho, meu caramelo, meu chamego e meu dengo! Eu quero sair com você porque eu gosto de você! – ela segurou as mãos dele. Brito apenas sorriu, ainda um pouco sem jeito. - Se é assim, eu topo sair contigo! – Rita deu um pulinho e um beijo na sua bochecha. - Quer dizer que não vai mais me prender? – ela saiu, fazendo graça e puxando ele para o salão..

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(44) E assim foi solucionado o mistério do desaparecimento de Giovani e o Palacete das Delícias voltou às suas famosas e primorosas tardes de brincadeiras. Giovani toca seu violão, uma música animada que ecoa pelo salão. Sergio e Bento dividem um pirulito, perguntando-se se um dia vão ter cáries por comer tanto doce. Louison e Beatriz dançam, enamorados, enquanto Quental espreita, invejosa pelo cabelo de Beatriz. Vitória ouve – mais uma vez, oh, meu Deus! – as declamações melosas de Solfieri. Léoni mostra sapatos novos a Pombinha, que sempre adora subir no salto. Enquanto todos se divertem, Brito e Rita saem de mãos dadas para o seu encontro. Eis o alegre & animado Fim!.

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(46) Fim.

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(48) Enéias Tavares Nasceu perto da meia-noite e não chorou. Só reclamou um pouquinho, pois estava tendo um sonho bem legal quando lhe deram as primeiras palmadas. Quando chegou à idade adulta, lá pelos oito anos, seu primeiro empreendimento profissional foi a feitura de rudimentares histórias em quadrinhos criadas, escritas & ilustradas pelo próprio, além de comercializadas em sua vizinhança. Tal iniciativa ousada não deu muito certo. Desde então, ele desistiu das últimas duas e tem se dedicado apenas às duas primeiras. Desde que conheceu seus novos amigos, Andrio & Jéssica, tem se divertido muito com eles. Entre suas brincadeiras prediletas, estão jogar bola de gude, experimentar diferentes máscaras e vestir fantasias retrofuturistas. Mas isso apenas quando não tem ninguém olhando. Afinal, ele tem uma reputação a zelar..

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(50) Andrio Santos Já quis ser desenhista, mas não levava jeito, aí, foi ser Power Ranger, o Vermelho. Mais tarde, contudo, decidiu seguir sua vocação e ser Jornalista. Fez três jornais. Hoje em dia, escreve as histórias de monstro que o Solfieri lê e estuda os livros iluminados do tio Blake – os livros têm esse nome porque são mágicos e brilham no escuro..

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(52) Jéssica Lang Metida a artista desde pequena, sempre adorou brincar de rabiscar e colorir. Acabou virando desenhista quando cresceu. Hoje é completamente apaixonada por livros e histórias em quadrinhos. Também é viciada em jogos de interpretação e em doces igual ao Sérgio e o Bentinho, especialmente tortinhas de limão..

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(54) Nota a pedido do Doutor Benignus: Caso você tenha gostado do Catalizador Termo-cinético catador & solucionador de Mistérios e tenha interesse em comprar um para você, preencha o cupom abaixo e envie pelo correio que, logo logo, o Doutor Benignus entra em contato com você. Obs.: O prazo de entrega pode se estender indefinidamente visto que, para fabricar o aparelho, o Doutor precisa de peças encontradas apenas na Lua e no ano de 1921. Obrigado!.

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Referências

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