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Planejamento tributário : estudo realizado em uma empresa que atua no ramo de comércio varejista de combustíveis

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ-UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECON-DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO REALIZADO EM UMA EMPRESA QUE ATUA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS

Andréia Zangirolami

Professor Orientador: André Hoffmann

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UNIJUÍ-UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECON-DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO REALIZADO EM UMA EMPRESA QUE ATUA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS

Trabalho de conclusão do curso para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, apresentado no Decon - Departamento de Economia e Contabilidade da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul-Unijuí.

Andréia Zangirolami

Professor Orientador: André Hoffmann

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que iluminou o meu caminho durante

esta caminhada.

Á minha família, em especial meus pais, pelo apoio, incentivo e carinho

dedicados a mim. Devo a eles tudo o que sou hoje.

Agradeço à amigas, pela amizade e por estar sempre ao meu lado em

diversos momentos da minha vida, sou muito grata á elas.

Aos professores do curso pela atenção, em especial ao meu orientador,

Professor André Hoffmann, pela dedicação e disponibilidade.

Agradeço a Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –

Unijuí, por ter nos repassado o conhecimento necessário à nossa formação.

A todos que colaboraram de uma maneira ou outra para a elaboração deste

trabalho, o meu muito obrigado.

(4)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 11

1.2 Caracterização da organização ... 11 1.3 Problematização do tema ... 11 1.4 Objetivos ... 12 1.4.1 Objetivo geral ... 13 1.4.2Objetivos específicos ... 13 1.5 Justificativa ... 13 1.6 Metodologia do Trabalho ... 14 1.6.1 Classificação da Pesquisa ... 15

1.6.1.1 Do Ponto de Vista de Sua Natureza ... 15

1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema ... 15

1.6.1.3 Do Ponto de Vista de Seus Objetivos ... 16

1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 17

1.6.2 Plano de Coleta de Dados ... 17

1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados ... 18

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 19

2.1 Contabilidade Tributária ... 19

2.2 Planejamento Tributário ... 19

2.3 Sistema Tributário Nacional ... 20

2.3.1 Conceito de tributo ... 21 2.3.2 Espécies de tributos ... 21 2.3.2.1 Impostos ... 22 2.3.2.2 Taxas ... 23 2.3.2.3 Contribuição de melhoria ... 23 2.3.2.4 Contribuição social ... 24 2.3.2.5 Empréstimo Compulsório... 25

2.4 Elementos Fundamentais do Tributo ... 25

2.4.1 Obrigação Tributária ... 25

2.4.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária ... 26

(5)

2.4.2.2 Objeto ... 27

2.4.2.3 O fato gerador ... 27

2.5 Legislação tributária ... 27

2.5.1 Vigência ... 28

2.5.2 Aplicação ... 28

2.5.3 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário Nacional ... 29

2.6 Forma de Tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica ... 30

2.6.1 Lucro Real ... 31

2.6.1.1 Ajustes do Lucro Líquido Contábil para Apuração do Lucro Real ... 31

2.6.1.1.1 Adições ... 32

2.6.1.1.2 Exclusões e Compensações ... 32

2.6.2 Pessoas jurídicas obrigadas a optar ... 33

2.6.3 Formas de tributação do Lucro Real ... 33

2.6.3.1 Lucro Real Trimestral ... 33

2.6.3.2 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) - Lucro Real Trimestral ... 34

2.6.3.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - Lucro Real Trimestral35 2.6.4 Lucro Real Anual ... 35

2.6.5 Lucro Real por Estimativa (mensal) ... 36

2.6.5.1 Opção pelo pagamento mensal do imposto por estimativa ... 37

2.6.5.2 Procedimentos para cálculo do Imposto de Renda por estimativa ... 37

2.6.5.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL por Estimativa ... 39

2.6.5.4 Pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços ... 39

2.6.5.5 Base de cálculo do Lucro Real por estimativa mensal ... 39

2.6.6 Programa de Integração Social (PIS) – Lucro Real ... 41

2.6.7 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Lucro Real ... 42

2.7 Lucro Presumido ... 43

2.7.1 Empresas que podem optar pelo Lucro Presumido ... 45

2.7.2 Empresas que não podem optar pelo lucro presumido ... 45

2.7.3 Valores que compõem a receita bruta ... 46

2.7.4 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Presumido ... 46

2.7.5 Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) – Lucro Presumido ... 48

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2.7.7 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Lucro

Presumido ... 50

2.8 Lucro Arbitrado ... 51

2.8.1Quando é cabível ... 52

2.8.2 Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos e de prestação de serviços ... 52

2.9 Simples Nacional ... 53

2.9.1 Empresas que podem optar pelo Simples Nacional ... 54

2.9.2 Empresas que estão impedidas de optar pelo Simples Nacional ... 54

2.9.3 Receita bruta para fins do Simples Nacional ... 56

2.9.4 Cálculo do Simples Nacional ... 56

3. APLICAÇÃO PRÁTICA ... 57

3.1 Simples Nacional ... 57

3.2 Lucro Arbitrado ... 57

3.3 Lucro Presumido ... 58

3.3.1 Apuração do IRPJ pelo Lucro Presumido ... 58

3.3.2 Apuração da CSLL pelo Lucro Presumido ... 62

3.3.3 Apuração do PIS e da COFINS pelo Lucro Presumido ... 65

3.3.4 Programa de Integração Social (PIS) – Não Cumulativo ... 67

3.3.5 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Não Cumulativa ... 74

3.4 Apuração Lucro Real Anual ... 80

3.5 Lucro Real Trimestral ... 84

3.6 Resumo e Comparação dos Encargos Tributários Federais ... 88

CONCLUSÃO ... 92

(7)

LISTA DE ABREVIATURAS

BC – Base de Cálculo

CTN – Código Tributário Nacional CF – Constituição Federal

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais EPP – Empresa de Pequeno Porte

EC – Emenda Constitucional

IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados IOF – Imposto sobre Operações Financeiras II – Imposto de Importação

IE – Imposto de Exportação ME – Micro Empresa

PGDAS – Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional RIR – Regulamento do Imposto de Renda

SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

(8)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Alíquotas, deduções e prazo de pagamento do Imposto de Renda Trimestral ... 34

Quadro 2: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal ... 38

Quadro 3: Percentuais aplicáveis para determinação do lucro estimado (mensal) ... 40

Quadro 4: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos e/ou da prestação de serviços ... 47

Quadro 5: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta ... 52

Quadro 6: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2007 ... 59

Quadro 7: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2008 ... 60

Quadro 8: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2009 ... 61

Quadro 9: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2007 ... 62

Quadro 10: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2008 ... 63

Quadro 11: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2009 ... 64

Quadro 12: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2007 ... 65

Quadro 13: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2008 ... 66

Quadro 14: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2009 ... 67

Quadro 15: Apuração PIS - Não Cumulativo -2007... 68

Quadro 16: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2007 ... 69

Quadro 17: Apuração PIS - Não Cumulativo – 2008 ... 70

Quadro 18: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2008 ... 71

Quadro 19: Apuração PIS Não - Cumulativo – 2009 ... 72

Quadro 20: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2009 ... 73

Quadro 21: Comparativo do PIS Não - Cumulativo ... 73

Quadro 22: Apuração COFINS Não-Cumulativa - 2007 ... 74

Quadro 23: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2007 ... 75

Quadro 24: Apuração COFINS Não-Cumulativa - 2008 ... 76

Quadro 25: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2008 ... 77

Quadro 26: Apuração COFINS Não Cumulativa – 2009 ... 78

Quadro 27: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2009 ... 79

Quadro 28: Comparativo da COFINS Não Cumulativa ... 79

Quadro 29: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual -2007 ... 81

Quadro 30: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual -2008 ... 82

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Quadro 32: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2007 ... 85

Quadro 33: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2008 ... 86

Quadro 34: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2009 ... 87

Quadro 35: Quadro Comparativo dos Encargos Tributários ... 88

Quadro 36: Quadro Comparativo dos Encargos Tributários ... 89

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INTRODUÇÃO

A contabilidade é de fundamental importância para a tomada de decisão gerencial nas empresas. Tem como finalidade principal coletar, sistematizar e registrar fatos contábeis praticados pela empresa, demonstrando sua real situação patrimonial e econômico-financeira, de acordo com os princípios e normas de contabilidade.

Com a intenção de se estabilizar no mercado e enfrentar a concorrência, as empresas procuram alternativas para reduzir seus custos e obter lucros. A maior dificuldade de quem abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas também o desconhecimento dessa carga. O empresário, muitas vezes, não tem o conhecimento da responsabilidade fiscal e, quando se depara com tais conhecimentos, perde o controle da situação.

Diante das constatações acima se decidiu realizar este estudo, porque além do interesse particular observa-se também uma carência de profissionais qualificados para atender as demandas da área.

No primeiro capítulo deste trabalho é apresentada a contextualização do estudo, onde demonstra-se a área de conhecimento contemplada, a caracterização da empresa estudada, a problematização do tema, objetivos gerais e específicos, justificativa da escolha do tema. Em seguida apresenta-se a metodologia do trabalho, a classificação da pesquisa e seus pontos de vista: Quanto a sua natureza, seus objetivos e procedimentos técnicos.

A revisão bibliográfica, apresentada no segundo capítulo, contém os embasamentos teóricos que fundamentarão a área do conhecimento, buscando a base teórica para análise da problemática definida. Por fim, apresenta-se a aplicação prática, a conclusão e a bibliografia consultada.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Nesse trabalho apresenta-se o Planejamento Tributário de um Posto de Combustível localizado na cidade de Ijuí/RS.

A contextualização do estudo apresenta a área do conhecimento contábil escolhida para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso, bem como a caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos a serem alcançados durante o trabalho, a justificativa do aluno pela escolha do tema, e por fim, a metodologia que será utilizada.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

Atualmente a legislação fiscal vem enfrentando constantes alterações, em pequenos períodos de tempo, deixando os empresários cada vez mais preocupados e inseguros, pois mal entendem uma lei, já surge outra para substituí-la. Em virtude disso foi desenvolvido este trabalho na área de contabilidade tributária, com ênfase no planejamento tributário de impostos, para orientar o empresário a administrar com clareza e segurança seus tributos, dentro das devidas leis.

1.2 Caracterização da organização

O presente trabalho foi desenvolvido na empresa Zan & Cia Ltda, localizada no município de Ijuí/RS com ramo de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes para veículos automotores e lubrificantes e inclusive gás. Iniciou suas atividades em 19 de agosto de 1999. Sendo enquadrada no ICMS como modalidade geral e seu atual regime de tributação federal é o Lucro Real.

1.3 Problematização do tema

A carga tributária que incide sobre as empresa é bastante alta, o que faz com que estas paguem um montante significativo de impostos sobre as suas receitas. Em função disso, os empresários e profissionais envolvidos, necessitam de alternativas rápidas e precisas para a redução de seus custos. Para que obtenham sucesso, é necessário que sejam feitos diversos

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estudos e análises das informações contábeis disponíveis na empresa, visando assim encontrar alternativas legais que venham maximizar seus lucros.

Não bastasse a pesadíssima carga tributária imposta aos contribuintes, existe ainda a complexa legislação tributária brasileira, que se apresenta como um emaranhado de normas legais e infralegais, que devem ser conhecidas e estudadas para serem aplicadas aos mais variados casos.

Com a globalização, o mercado competitivo e o pesado ônus tributário que domina as empresas, requerem do profissional da contabilidade, a todo instante, práticas de gerenciamento eficazes para preservar a continuidade do empreendimento. Procurar formas lícitas de reduzir o pagamento de tributos e ao mesmo tempo permanecer atento ás mudanças da legislação é uma necessidade indispensável para manutenção dos negócios e maximização dos lucros.

É em casos como esses, que o planejamento tributário assume um papel de extrema importância na estratégia e finanças das empresas, pois quando se analisam os balanços das mesmas, percebe-se que os encargos relativos a impostos, taxas e contribuições são em alguns casos mais representativos do que os custos de produção.

O presente trabalho é um estudo de caso, em uma empresa que atua no comércio varejista de combustíveis e lubrificantes no município de Ijuí. O estudo foi um instrumento para a tomada de decisões, através do planejamento tributário, permitindo a análise e opção pela melhor forma de tributação para minimizar os gastos com impostos e otimizar seus lucros.

Diante destes fatores pergunta-se: Qual é a melhor forma de enquadramento em nível federal para uma empresa que atua no ramo de comércio varejista de combustíveis?

1.4 Objetivos

Os objetivos têm como base a problematização do tema. O objetivo geral evidencia a idéia central do trabalho, enquanto os objetivos específicos definem detalhadamente o que se pretende alcançar com a realização do TCC.

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1.4.1 Objetivo geral

O presente trabalho tem como objetivo geral efetuar um estudo sobre a melhor alternativa de enquadramento e pagamento de tributos federais de uma empresa que atua no comércio varejista de combustíveis.

1.4.2 Objetivos específicos

-Efetuar uma pesquisa bibliográfica dos embasamentos teóricos da Legislação Tributária, Contabilidade Tributária, Planejamento Tributário;

-Coletar documentos e relatórios contábeis necessários á realização do Planejamento Tributário;

-Proceder os cálculos das diversas formas de tributação;

-Realizar análises e comparações, verificando qual a forma mais econômica de tributação a nível federal.

1.5 Justificativa

Para as empresas, redução de custos e despesas é de extrema importância para a tomada de decisões, pois o mercado de trabalho é bastante competitivo e o empresário deve estar preparado para adequar-se as constantes mudanças. Quando esta redução trata-se de tributos, o único profissional habilitado para proceder a um estudo e avaliar se estes não estão sendo excessivos é o profissional contábil.

Através do Planejamento Tributário, o profissional contábil poderá auxiliar a empresa a reduzir legalmente sua carga tributária, analisando as diversas formas de tributação, dentro dos princípios contábeis e da legislação vigente.

É função do contador, conhecer a legislação pertinente e certificar-se de que sua aplicabilidade não poderá ser considerada ilícita e, simultaneamente, procurar maneiras para que, dentro da legalidade e com segurança, a empresa obtenha economias no pagamento de tributos.

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pois através deste ficará conhecendo como funciona cada método de tributação e poderá assim escolher dentre eles o mais vantajoso para ela. Assim economizando recursos, a empresa poderá utilizá-lo para a expansão do negócio.

Como acadêmica busca-se o aprimoramento na área tributária, a qual considera uma das mais importantes na profissão contábil. Colocando em prática, com conhecimentos técnicos desenvolvidos durante as aulas, aprofundados agora com a revisão bibliográfica, para que no futuro possa vir a atuar nessa área. Ao nível acadêmico, produzir material que sirva como conteúdo de estudo para profissionais e estudantes tanto do Direito como da Contabilidade.

Este estudo aborda uma técnica que contribui para uma importante área de atuação dos contadores – de planejamento tributário – que não é explorada com profundidade na Universidade. Também, contribui como fonte para novas pesquisas, pois há carência em livros relacionados a esse tema e os que são encontrados muitas vezes estão desatualizados, o que acaba comprometendo o estudo, pois esta é uma área que vive em constante mudança.

O presente estudo torna-se viável á medida em que consegue demonstrar aos demais usuários das informações, dados essenciais de como elaborar um planejamento tributário de acordo com a legislação. Os empresários e os profissionais devem estar preparados para a real necessidade de se planejar, sendo que é mais que viável realizar esse processo, porque hoje o mercado é muito competitivo, e a maioria está despreparada ou não tem esse conhecimento, ou ainda não se conscientizaram para este tipo de situação.

1.6 Metodologia do Trabalho

Esta etapa busca classificar a pesquisa explicitando qual a metodologia utilizada. A metodologia inclui o conjunto de técnicas empregadas para a realização de um trabalho. Está voltada aos procedimentos, ferramentas e caminhos que serão usados para chegar ao resultado que se quer.

Na metodologia do Trabalho de Conclusão de Curso é definido o tipo de pesquisa, as formas de coleta, análise e interpretação de dados mais apropriados para a sua realização, tanto na fase teórica como na fase prática. Inicialmente apresenta-se o tipo de classificação da pesquisa que será realizada, a seguir, o plano de coleta de dados, o plano de análise e

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interpretação de dados.

1.6.1 Classificação da Pesquisa

Em observância ao artigo 8º, item “b”, do Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, o trabalho é realizado na modalidade de monografia por se tratar de relatório técnico-científico decorrente de estudos e pesquisas ligadas ao campo do conhecimento contábil.

A pesquisa pode ser classificada segundo a sua natureza, quanto à forma de abordagem do problema, do ponto de vista de seus objetivos e seus procedimentos técnicos.

1.6.1.1 Do Ponto de Vista de Sua Natureza

Boaventura (2004) classifica a pesquisa em fundamental ou básica e aplicada. A pesquisa fundamental busca aumentar o conhecimento científico através da descoberta de leis e efeitos.

De acordo com Gil (1999) a pesquisa básica é um conhecimento mais generalizado, objetivando a formulação de teorias e leis.

Segundo Boaventura (2004) a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos.

Considerando o exposto acima este trabalho se classifica como pesquisa aplicada, pois objetiva a geração de conhecimento através do estudo de bibliografia específica e legislação tributária, para aplicação prática com intuito de simular as diversas formas de tributação dos impostos federais permitindo a análise das variações ocorridas através do planejamento tributário.

1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema

De acordo com Boaventura (2004) outra forma de pesquisa é a qualitativa e quantitativa, conforme trabalhe e se expresse em números. A pesquisa qualitativa é uma

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pesquisa descritiva, em que os pesquisadores se interessam mais pelo processo do que pelos resultados e examinam os dados de maneira indutiva privilegiando o significado. Já a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação na coleta de informações e no tratamento dessas através de técnicas estatísticas.

Este trabalho é classificado como pesquisa quantitativa, pois fará a quantificação das informações coletadas para que as mesmas sejam classificadas e analisadas.

1.6.1.3 Do Ponto de Vista de Seus Objetivos

Conforme Gil (1999), quanto aos seus objetivos, a pesquisa pode ser classificada em Pesquisa Exploratória, Pesquisa Descritiva e Pesquisa Explicativa.

A pesquisa exploratória consiste especialmente em aprofundar conhecimentos quando o tema escolhido é pouco explorado e de difícil entendimento. Ela visa esclarecer e modificar conceitos e idéias, com o objetivo de facilitar a compreensão do assunto para estudos posteriores. De modo geral utilizam-se o levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e estudos de caso.

A pesquisa descritiva tem como objetivo principal identificar as características de determinada população ou fenômeno. As técnicas padronizadas de coleta de dados são as mais empregadas neste tipo de pesquisa.

A pesquisa explicativa objetiva identificar os fatores que interferem ou contribuem para ocorrência dos fenômenos. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Nas ciências naturais utiliza quase que exclusivamente o método experimental, e nas ciências sociais, sobretudo, o método observacional.

Assim este trabalho é enquadrado como pesquisa exploratória, uma vez que se utilizará pesquisa bibliográfica, documental e o estudo e análise da melhor forma de tributação a ser aplicada na empresa de que trata o trabalho.

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1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa pode ser classificada em pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento e estudo de caso.

De acordo com Gil (1999) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já existente, como livros e artigos científicos. A pesquisa documental é elaborada a partir de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, como documentos oficiais, contratos, etc. A pesquisa do tipo levantamento se caracteriza pelo questionamento direto das pessoas cujo comportamento se almeja conhecer. E o estudo de caso se caracteriza pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, permitindo assim o seu conhecimento vasto e detalhado.

Este trabalho é classificado como pesquisa bibliográfica porque se utiliza de matérias literárias para o aprofundamento do tema estudado. Como pesquisa documental, pois foi efetuado o estudo de documentos fornecidos pela empresa, tais como balancete, balanço, etc. E estudo de caso por se tratar de circunstâncias específicas da empresa a qual se refere este trabalho, objetivando realizar o planejamento tributário da mesma.

1.6.2 Plano de Coleta de Dados

Conforme Roesch (2006) no plano de coleta de dados é necessário especificar os documentos que serão analisados, quando os mesmos serão levantados e quais instrumentos serão utilizados para este fim, ou seja, de que forma serão coletados os dados para a realização do trabalho.

Inicialmente foi realizada a revisão bibliográfica para a qual será utilizada a legislação tributária e ainda livros, artigos, internet. A seguir foi realizado o levantamento dos dados através de documentos contábeis dos fatos ocorridos, como balanços patrimoniais, balancete, relatórios de faturamento e demais demonstrativos contábeis fornecidos pela empresa.

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1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados

No plano de análise e interpretação dos dados o pesquisador deverá encontrar meios de organizar o material coletado, para após efetuar a análise das informações e realizar uma conclusão sobre a pesquisa.

Segundo Roesch (2006) no plano de análise de dados sugere-se que o aluno visualize como fará a descrição e análise dos resultados, sendo que para tal poderá prever a utilização de gráficos e tabelas.

No caso deste trabalho a análise e interpretação das informações foram feitas com base na revisão teórica, a qual foi aplicada nos cálculos efetuados, sendo que estes foram demonstrados através de tabelas. Por final foi emitida a conclusão a qual se chegou através de todos os dados levantados.

Por se tratar de planejamento tributário, o trabalho foi realizado no domicílio da autora, sendo que a produção dos cálculos, tabelas, gráficos e conclusões foram feitos através de ferramentas disponíveis em Word e Excel.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica é uma pesquisa na literatura dos fundamentos para o entendimento do tema a que se refere o trabalho. A sua função é dar suporte com informações teóricas e técnicas para a realização da parte prática do Trabalho de Conclusão de Curso.

2.1 Contabilidade Tributária

As principais funções da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado tributável de determinado exercício fiscal, bem como cuidar da emissão, escrituração, do registro dos documentos fiscais, com base na legislação pertinente.

De acordo com Oliveira et al (2004), pode-se dizer que contabilidade tributária é o ramo da contabilidade, o estudo da teoria e a aplicação prática dos princípios e normas básicas da legislação tributária, sendo responsável pelo gerenciamento dos tributos.

O contador deve estar sempre atento à legislação tributária, pois esta vive em constante mudança. Por este motivo o mesmo deve estar sempre atualizado a fim de não causar danos à empresa.

A Contabilidade Fiscal operacionaliza com a escrituração de fatos que geram obrigações tributárias e fiscais. Representa a obrigatoriedade das empresas de prestarem informações legalmente exigidas pelos órgãos governamentais dos diferentes entes públicos.

2.2 Planejamento Tributário

O planejamento tributário é muito importante para a tomada de decisão na empresa. Este tem como objetivo principal a economia de tributos e assim tenta buscar alternativas para reduzir, eliminar e até retardar legalmente o pagamento de tributos. Também, é uma das funções da contabilidade tributária, que consiste em um estudo minucioso dos tributos incidentes na operação de determinada empresa, além de considerar a legislação tributária vigente.

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De acordo com Oliveira et al (2004. P.38) entende-se planejamento tributário como:

Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio á concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Para uma empresa obter sucesso, é de fundamental importância ter uma contabilidade bem feita e um bom planejamento tributário. É nesse contexto que entra o papel do contador, tendo a oportunidade de dar enormes contribuições á direção da empresa.

Segundo Fabretti (2003, p. 32), planejamento tributário é “o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”.

2.3 Sistema Tributário Nacional

O Sistema Tributário Nacional esta estruturado de forma a permitir ao Estado a cobrança de impostos, taxas e contribuição de melhoria e contribuições sociais.

Segundo Art. 2°/CTN. O Sistema tributário nacional é regido:

O Sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n.18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

De acordo com Harada (2006 p.324) conceitua o Sistema Tributário Nacional como:

O Sistema Tributário Nacional é o conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria Constituição.

A Lei 5.172, de 25 de Outubro de 1966, com alterações posteriores, passa á denominar-se Código Tributário Nacional, conforme artigo 7º:

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Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

§1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

§2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

§3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

2.3.1 Conceito de tributo

Tributo é a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas com a finalidade de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes. É comumente chamado por imposto.

De acordo com Oliveira et al (2004. p.23) o Código Tributário Nacional conceitua tributo como:

O Código Tributário Nacional conceitua tributo como toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

O tributo é devido á um ente público (União, Estado e Município). É algo obrigatório instituído em lei e não há como negar recolhe-los, porém existem maneiras de se pagar menos e de forma lícita. Sua principal finalidade é obter meios para o atendimento das necessidades financeiras do Estado.

2.3.2 Espécies de tributos

O Sistema Tributário Nacional está estruturado de forma a permitir ao Estado a cobrança de: Impostos, Taxas e Contribuições de melhoria.

Art. 145/CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

(22)

De acordo com Art. 146/CF. Cabe à lei complementar:

I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

2.3.2.1 Impostos

O imposto é a quantia em dinheiro legalmente exigida pelo Poder Público, que deverá ser paga pela pessoa física ou jurídica a fim de atender às despesas feitas no interesse comum, sem levar em conta vantagens de ordem pessoal ou particular.

Segundo Fabretti (2003 p.116) imposto é:

É aquele que, uma vez instituído por lei, é devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo.

De acordo com Art. 16/ CTN/66. O imposto é tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Segundo Art. 154 – CF/88 - A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados nesta Constituição;

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

(23)

2.3.2.2 Taxas

A taxa diferencia-se do imposto, pois quando paga-se uma taxa, em contrapartida tem-se a prestação de um tem-serviço público. Possuí natureza jurídica de Direito Público e como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, estando sujeitas a todas as limitações legais, sendo que a sua cobrança está vinculada à efetiva prestação do serviço.

Segundo art. 77/CTN as taxas tem como fator gerador:

As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

De acordo com Harada (2006, p. 329):

Podemos conceituar a taxa como um tributo que surge da atuação estatal diretamente dirigida ao contribuinte, quer pelo exercício do poder de polícia, quer pela prestação efetiva ou potencial de um serviço público específico e divisível, cuja base de cálculo difere, necessariamente, da de qualquer imposto.

O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra taxa da pessoa a quem aproveita aquela atividade. A taxa possui um caráter contraprestacional, pois existe nela um benefício ou vantagem para o contribuinte.

2.3.2.3 Contribuição de melhoria

De acordo com a legislação brasileira a contribuição de melhoria é o tributo, onde a obrigação tem por fato gerador uma situação que representa um benefício especial auferido pelo contribuinte. Seu fim se destina às necessidades do serviço ou à atividade estatal, previsto no art. 145, III, da Constituição Federal.

Segundo Art.81/CTN:

A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo

(24)

como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

De acordo com Machado (2004, p.72) contribuição de melhoria é:

É o tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis decorrente de obra pública. Distingue-se do imposto porque depende de atividade estatal específica, e da taxa porque a atividade estatal de que depende é diversa. Enquanto a taxa esta ligada ao exercício regular do poder de polícia, ou a serviço público, a contribuição de melhoria está ligada á realização de obra pública. Caracteriza-se, ainda, a contribuição de melhoria por ser o seu fato gerador instantâneo e único.

A contribuição de melhoria pode ser instituída e cobrada por quaisquer dos entes tributantes, desde que, por evidente, seja realizada a obra pública que dá sustentação ao fato gerador desse tributo. Ela é um instrumento de grande valia para o desenvolvimento da atividade urbana. Percebe-se que o tributo da contribuição de melhoria é um meio capaz de aperfeiçoar a gestão urbanística brasileira, de forma a propiciar uma melhor condição de vida no espaço em que habitam. É um tributo de aspecto quantitativo simplificado, já que não possui base de cálculo. São exemplos de obras públicas as de saneamento básico, construção de estradas e metrôs, construção, alargamento e pavimentação de ruas, canalização, etc.

2.3.2.4 Contribuição social

Foram criadas pelo art. 195 da CF. e tiveram sua redação alterada pela EC nº 20/1998. Essa emenda constitucional ampliou o conceito de contribuinte das contribuições sociais, que era o empregador, passando a definir com contribuinte, além do empregador, a empresa e a entidade a ela equiparada na forma de lei.

Art. 195/CF - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento; c) o lucro;

(25)

A Constituição Federal em seu artigo 149 da a competência exclusiva para a União de instituir três tipos de contribuições:

Art. 149-CF/88. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

2.3.2.5 Empréstimo Compulsório

O empréstimo Compulsório pode ser tido como uma espécie particular de tributo, pois além de ser autorizado em situações próprias deverá ser devolvido ao sujeito passivo que o tenha suportado. No texto da Constituição Federal no seu artigo 148 dispõe:

Art. 148 – CF/1988. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

2.4 Elementos Fundamentais do Tributo

Os elementos fundamentais do tributo são: A obrigação tributária, os elementos fundamentais da obrigação tributária, contribuinte ou responsável, base de cálculo e alíquota.

2.4.1 Obrigação Tributária

A obrigação tributária é o vínculo jurídico pelo qual o Estado, com base exclusivamente na legislação tributária, pode exigir do particular uma prestação tributária positiva ou negativa.

(26)

De acordo com Oliveira et al (2004. P.28), é possível afirmar que obrigação tributária é:

É possível afirmar que obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições descritos na lei (fato gerador).

A obrigação tributária é uma relação jurídica tributária em que o contribuinte ou responsável, tem o dever de prestar dinheiro ou de fazer algo em favor do sujeito ativo, que seria o Estado.

2.4.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária

Os três elementos fundamentais da obrigação tributária são: a lei, o objeto e o fato gerador.

2.4.2.1 Lei

A lei é uma regra jurídica que permite, proíbe ou obriga uma conduta humana.

Segundo Oliveira et al (2004. P.28) caracteriza a lei como:

A lei é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua cobrança (princípio da legalidade dos tributos). Contudo, assume, em um sistema jurídico, formas diferentes de expressão, a partir de um texto fundamental (Constituição), as regras ordinárias de convivência (leis em sentido restrito).

De acordo com Harada (2006, p. 483), “é a lei que elege certos fatos econômicos, aptos a suportar a imposição fiscal, como veículo de incidência tributária. Determinados fatos são abstratamente descritos na lei, tornando-se, assim, juridicizados.”

A lei é uma norma, uma prescrição que visa orientar o comportamento humano, levando o homem a agir na sociedade segundo os preceitos legais. É um preceito criador de direitos e obrigações para o cidadão que introduz algo de novo na sociedade e inova no direito.

(27)

2.4.2.2 Objeto

De acordo com Oliveira et al (2004. P.29) pode-se entender objeto como:

O objeto representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir, segundo as determinações legais. Basicamente, as prestações consistem em: pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou á multa imposta por não-atendimento á determinação legal (obrigação principal) ou cumprimento de formalidades complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites da operação tributada e a exata observância da legislação aplicável (obrigação acessória), como, por exemplo, a escrituração de livros fiscais, a apresentação de declarações de rendimento, o preenchimento de formulários, a abstenção da prática de certos atos etc.

2.4.2.3 O fato gerador

O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua ocorrência.

Segundo Fabretti (2003, p. 128), “denomina-se fato gerador a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária.”

Para Harada (2006, p.484) “costuma-se definir o fato gerador como uma situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento da obrigação tributária.”

2.5 Legislação tributária

A legislação tributária se refere às leis referentes à definição de tributos, atribuição de responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as penalidades para quem não cumpre a lei.

Segundo Art. 96/CTN “A expressão legislação tributária compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.”

(28)

Conforme exposto acima, percebe-se que a Legislação Tributária indica os atos que constituem as fontes normativas do Direito Tributário no sistema positivo brasileiro.

2.5.1 Vigência

A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo, Art. 101/CTN.

Segundo Harada (2006, p. 474) a “vigência é qualidade daquilo que está em vigor, isto é, diz respeito á validade formal da lei.”

Assim sendo, entende-se que uma lei para que seja legalmente aplicada, deve estar em vigor. E no que diz respeito ao tempo, a lei entra em vigor 45 dias depois da sua publicação oficial, exceto se estiver estipulado o contrário.

As disposições legais aplicáveis ás normas jurídicas em geral estão estabelecidas na Lei de Introdução ao Código Civil Lei 4.657/1942 que estabelece em seu art. 1º: “... salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”.

2.5.2 Aplicação

Art. 105/CTN “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”

De acordo com o artigo citado acima, entende-se que iniciada a concretização do fato gerador aplica-se a norma que então vigorava, mesmo que no curso deste venha ocorrer alteração da lei. Não se admite no âmbito tributário que o contribuinte seja surpreendido por uma tributação que não tinha conhecimento.

(29)

2.5.3 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário Nacional

O Sistema Constitucional Tributário está sujeito a uma série de Princípios constitucionais:

Principio da Legalidade: O texto do referido art. 150, I da CF/88 estabelece que "é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". Esse principio limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes.

Principio da Igualdade: Segundo art.150, II, CF/88, este princípio proíbe distinção arbitraria, entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes. Visa á garantia do individuo, evitando perseguições e favoritismos. "Nem pode o aplicador, diante da lei, discriminar, nem se autoriza o legislador, ao ditar a lei a fazer discriminações".

Principio da Irretroatividade: De acordo com art. 150, III, “a”, CF/88, este principio proíbe

a lei de retroagir: ou seja, não podem ser exigidos tributos sobre fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que instituiu ou aumentou algum tributo.

Principio da Anterioridade: Segundo art. 150, III, “b”, CF/88, este princípio estabelece que

os entes tributantes não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que estes foram criados ou majorados. Sendo que o mesmo não se aplica aos seguintes tributos: Empréstimo compulsório para atender despesas extraordinárias, IPI, IOF, II, IE, que poderão ter alteradas suas regras, inclusive com aumento da carga tributária, no próprio exercício financeiro.

Principio do Não Confisco: De acordo com art. 150, IV, CF/88, este principio visa

estabelecer uma limitação á atividade tributária do Estado, estabelecendo que o valor do tributo não poderá ter alíquota tão elevada a ponto de representar a perda do bem ou mercadoria sobre o qual esteja incidindo. A cobrança não poderá significar a perda do bem, pois se assim fosse, estaríamos diante da possibilidade de negar vigência do principio da garantia da propriedade privada.

(30)

2.6 Forma de Tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica

As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas:

a) Lucro Real b) Lucro Presumido. c) Lucro Arbitrado. d) Simples Nacional

Segundo Pinto (2007, p.49) determina da seguinte forma a tributação do imposto de renda:

A partir do ano-calendário de 1997, o Imposto de Renda das pessoas jurídicas passou a ser determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

Conforme art. 43/ CTN dispõe da seguinte forma o fato gerador do IR:

Art. 43/CTN - O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.

§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.

O Simples Nacional é um tratamento tributário previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Entrou em vigor em 1° de julho de 2007. A partir de então tornaram-se sem efeitos todos os regimes especiais de tributação para as microempresas e empresas de pequeno porte próprio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O Simples Federal previsto na Lei nº 9.317, de 1996, portanto, deixou de ser aplicado às ME e às EPP, sendo substituído pelo Simples Nacional, a partir de 1° de julho de 2007.

(31)

2.6.1 Lucro Real

Para fins da legislação do imposto de renda, o lucro real significa o próprio lucro tributável, onde o mesmo é distinto do lucro líquido apurado contabilmente.

Segundo Rodrigues et al (2009, p.33) “ Lucro Real é a forma completa de apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido direcionada a todas as pessoas jurídicas quer por obrigatoriedade prevista na legislação vigente quer por livre opção.”

De acordo com Oliveira et al ( 2004, p.176) considera que Lucro real é:

É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. Os ajustes do lucro líquido do período de apuração e a demonstração do lucro real devem ser transcritos no Livro do Lucro Real (LALUR).

Conforme artigo 247 do RIR/99 o Lucro Real é:

Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º).

§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º).

§ 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente, observado o disposto no parágrafo seguinte (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 4º).

§ 3º Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real LALUR, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º).

2.6.1.1 Ajustes do Lucro Líquido Contábil para Apuração do Lucro Real

(32)

Quando do levantamento do Balanço ou Balancete em cada trimestre, o lucro líquido contábil deverá ser ajustado de acordo com a legislação comercial e fiscal para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

A partir da contabilidade, no final da apuração do exercício da DRE, encontra-se o Resultado antes da CSLL, que poderá ser lucro ou prejuízo. Após apuração deste valor serão feitos os ajustes, sendo estes compreendidos como as adições e exclusões.

De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.

2.6.1.1.1 Adições

Segundo Pinto (2007, p.150), para determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período-base:

a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido, que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, devam ser computados na determinação do lucro real.

2.6.1.1.2 Exclusões e Compensações

Segundo Pinto (2007, p.151) para determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido, no período-base:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento do Imposto de Renda e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido contábil do período-base;

(33)

b) os resultados, rendimentos, receitas ou quaisquer outros valores incluídos na apuração que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, não sejam computados no lucro real;

c) prejuízos fiscais apurados em períodos-base anteriores, nas condições definidas na legislação.

2.6.2 Pessoas jurídicas obrigadas a optar

De acordo com a lei 7.918 Art. 14, estão obrigadas a optar pelo lucro real as pessoas jurídicas que estiverem enquadradas em uma das seguintes situações:

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedade de crédito, financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; IV- que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos á isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do RIR/1999, art. 222;

VI - que exerçam atividade de factoring.

2.6.3 Formas de tributação do Lucro Real

São caracterizadas em três formas de tributação: Lucro real trimestral, lucro real anual e lucro real por estimativa (mensal).

2.6.3.1 Lucro Real Trimestral

A apuração com base no lucro real trimestral será procedida com o levantamento de Balanços ou Balancetes no encerramento de cada trimestre.

(34)

De acordo com Rodrigues et al (2009) a apuração do lucro real trimestral é uma forma completa e definitiva de tributação. Este deve ser determinado por períodos trimestrais encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, com base no resultado líquido de cada trimestre.

O resultado da apuração do lucro real trimestral será apurado com base nas demonstrações contábeis, levando em consideração a legislação comercial e fiscal, onde o mesmo será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas pela legislação tributária.

De acordo com Art. 21 da Lei nº 9.249/1995, “a pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado.”

São consideradas as receitas e as despesas que a empresa obtenha durante o trimestre. Esta forma de tributação é a que mais se aproxima da apuração verdadeira do lucro/prejuízo auferido pela pessoa jurídica. Para as empresas que possuem muitas despesas, consideradas dedutíveis para fins do imposto de renda, esta é uma forma de tributação aconselhável.

2.6.3.2 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) - Lucro Real Trimestral

Segundo Oliveira et al ( 2004), o imposto de renda trimestral será calculado mediante a aplicação de alíquotas, poderão ser feitas deduções do valor do imposto de renda trimestral e o prazo de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social poderão ser pagos em quota única no mês seguinte ao trimestre,sem acréscimos.

Quadro 1: Alíquotas, deduções e prazo de pagamento do Imposto de Renda Trimestral

Alíquota

a) alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% do lucro real;

b) alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 - limite trimestral. No caso de início de atividades, o limite trimestral será proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 para cada mês em que a empresa exerceu atividades no trimestre.

(35)

Fonte: Oliveira et al (2004,p.183)

2.6.3.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - Lucro Real Trimestral

A contribuição social devida, apurada trimestralmente, será paga em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. A pessoa jurídica também poderá optar o pagamento em três quotas mensais, iguais e com vencimento no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder, acrescidas de juros equivalentes á taxa Selic.

Após as adições e exclusões ao resultado antes da CSLL, faz-se a compensação da base de cálculo negativa de períodos anteriores (limitada em 30% do resultado apurado) e encontra-se a base de cálculo da CSLL, sobre a qual se aplica a alíquota de 9% e apura-se o valor da CSLL devida.

2.6.4 Lucro Real Anual

A legislação atual permite a quem estiver obrigada, a optar pela tributação de lucro real, a opção de escolher entre fazer o recolhimento do imposto de renda e da contribuição social por estimativa, ou, então, utilizar o sistema de apuração trimestral.

Segundo Oliveira et al (2004), o lucro Real Anual será apurado no período de janeiro a dezembro de cada ano, sendo que a empresa deverá recolher os tributos mensalmente.

De acordo com Rodrigues et al (2009, p.34) o Lucro Real Anual “é uma forma de tributação em que deverá apurar o lucro real, definitivamente, em 31 de dezembro de cada ano-calendário, com antecipações mensais, do imposto de renda e da contribuição social.”

Deduções

a) os incentivos fiscais, dentro dos limites e condições fixados pela legislação;

b) o Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na determinação do lucro real.

c) o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores.

Prazo para Pagamento

a) o Imposto de Renda e a Contribuição Social a pagar, apurados em cada trimestre, poderão ser pagos em quota única no mês seguinte ao trimestre, sem qualquer acréscimo. O contribuinte tem a opção de pagar em três quotas mensais, com juros pela taxa Selic até o mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês.

(36)

Ainda, conforme Rodrigues et al (2009, p.34), a pessoa Jurídica:

Pode suspender ou reduzir o imposto devido a qualquer momento, mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão ou redução de imposto devendo escriturar a Parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e do Livro Diário.

A pessoa jurídica optante pelo lucro real anual pode apurar o IRPJ e a CSLL, com base na receita bruta auferida mensalmente e com base em Balanços ou Balancetes de Suspensão ou Redução.

2.6.5 Lucro Real por Estimativa (mensal)

Nesta forma de tributação, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados mensalmente, com base no faturamento. São aplicados percentuais (definidos em lei, de conformidade com a atividade desempenhada) sobre a base de cálculo. Esta deverá ser acrescida de demais receitas não operacionais para que sobre este montante, seja aplicada a alíquota do imposto de renda.

Deve ser efetuado um balanço de ajuste em dezembro, para confrontação entre o que foi pago durante o ano-calendário como lucro estimado e o resultado efetivo da empresa.

Segundo Rodrigues et al (2009, p.34) Lucro Real por Estimativa Mensal “ é uma forma de tributação anual onde o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são apurados mensalmente e determinados sobre a base de cálculo estimado.”

A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do imposto de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e será considerada irretratável para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 222).

De acordo com a Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, a pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real por estimativa mensal poderá optar:

Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pelo pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação, sobre a receita bruta auferida mensalmente, dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 e nos arts. 30 a 32, 34 e 35 da Lei nº

(37)

8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995.

§ 1º O imposto a ser pago mensalmente na forma deste artigo será determinado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por cento. § 2º A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento.

§ 3º A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto na forma deste artigo deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses de que tratam os §§ 1º e 2º do artigo anterior.

2.6.5.1 Opção pelo pagamento mensal do imposto por estimativa

Conforme Oliveira et al (2004), destacaram os seguintes aspectos dessa modalidade de tributação:

a) Incidirá o adicional do imposto de renda sobre a parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeitar-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento);

b) O imposto devido em cada mês, calculado em bases estimadas deverá ser pago até o último dia útil de cada mês;

c) O imposto de renda devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento).

2.6.5.2 Procedimentos para cálculo do Imposto de Renda por estimativa

Conforme Rodrigues et al (2009, p.57) a base de cálculo do imposto mensal será a somatória dos seguintes valores:

a) resultado da aplicação dos percentuais de atividade, sobre a receita bruta mensal proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de outras atividades compreendidas no objeto social da empresa;

b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês, não compreendidos na receita bruta proveniente das atividades de venda de produtos de fabricação própria.

(38)

Quadro 2: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal

Espécies de atividades geradoras da receita Percentuais aplicáveis sobre a receita

- Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,6%

- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revendas de combustível para consumo)

- Transporte de cargas - Serviços hospitalares - Atividade rural - Industrialização

- Atividades imobiliárias

- Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade

- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual específico

8%

- Serviços de transporte (exceto o de cargas)

- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00

- Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas

16%

- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas

- Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (de seguros, de imóveis etc.) - Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza

- Factoring

- Construção por empreitada, quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais

- Administração de consórcios - Hotelaria e estacionamento

32%

Referências

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