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Análise de viabilidade econômica e financeira para estruturação de um escritório de assessoria contábil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

VANESSA RITTER DALMEDICO

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

ESTRUTURAÇÃO DE UM ESCRITÓRIO DE ASSESSORIA CONTÁBIL

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUÍ (RS)

2014

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VANESSA RITTER DALMEDICO

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

ESTRUTURAÇÃO DE UM ESCRITÓRIO DE ASSESSORIA CONTÁBIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Professora Orientadora: Ms. Stela Maris Enderli

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, minha grande fonte de fé e força, pela oportunidade de alcançar mais este objetivo, pelos sonhos que se concretizam e principalmente por ter me abençoado e protegido em todos os momentos.

À minha mãe Sirlei, por ter me ensinado os valores da vida, por ser meu exemplo, pelo amor incondicional e pela compreensão. Por ter me incentivado a persistir nos meus objetivos e me ajudado a alcançá-los.

Ao meu esposo Jorge, por estar sempre ao meu lado, pelo incentivo, amor e cuidado que tem comigo. Agradeço ao apoio, ajuda e principalmente a paciência durante a realização deste trabalho.

À minha família, pelo carinho e por ter acreditado e torcido por mim.

Aos professores que contribuíram para a minha formação e desenvolvimento profissional e pessoal, pelos ensinamentos e dedicação.

À minha orientadora, professora Stela Maris Enderli, pela sabedoria, competência e dedicação, sempre disposta a me ajudar, sendo fundamental para o desenvolvimento deste estudo.

À todas as minhas queridas colegas e amigas, pelos momentos que passamos juntas, tornando essa caminhada mais divertida e feliz. Um agradecimento especial as amigas Marla, Tuany, Bianca, Aline, Carin, Rejane, Patrícia, Jaqueline, Viviane, Jéssica e Martina.

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RESUMO

Esse trabalho foi elaborado com o objetivo de realizar a análise de viabilidade econômica e financeira para estruturação de um escritório de assessoria contábil. Estes métodos têm como finalidade avaliar os resultados econômicos e financeiros gerados pela empresa nos períodos analisados, constatando se a empresa é capaz de gerar os recursos suficientes para obter o retorno desejado. Apresenta-se inicialmente o referencial teórico, que traz conceitos de diversos autores da área estudada, possibilitando o entendimento do objeto desse estudo. A metodologia da pesquisa foi classifica-se como aplicada, descritiva e qualitativa, e os dados foram obtidos por meio de entrevista despadronizada. Para o estudo de caso foram realizados cálculos e estimativas e através dos dados coletados foram geradas as planilhas, quadros e gráficos, que possibilitaram um melhor entendimento do estudo e sua análise e explanação. Em seguida foram aplicados os principais métodos de análise de viabilidade. Deste modo, realizou-se, através da demonstração do resultado do exercício e dos índices de rentabilidade e lucratividade, a análise de viabilidade econômica do projeto. Após, a partir dos métodos de fluxo de caixa, taxa mínima de atratividade, valor presente líquido, taxa interna de retorno e payback simples e descontado, foi realizada a análise de viabilidade financeira. Sendo assim, os resultados encontrados foram analisados, proporcionando informações relevantes ao investidor, mostrando a importância da contabilidade gerencial e sua utilização no processo decisório, constatando a viabilidade do projeto.

PALAVRAS CHAVES: Contabilidade Gerencial, Investimento, Análise de Viabilidade

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AIDF CAGED CFOP COFINS CPP CSLL DACON DAS DCTF DIMOB DIPJ DIRF DRE FC FGTS GIA GISS GPS ICMS INSS IPI IR IRPJ ISS JUCERGS LALUR PBD PBS PCC PER/DCOMP PIS/PASEP

Autorização de Impressão de Documentos Fiscais Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Código Fiscal de Operações e Prestações

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Contribuição Patronal Previdenciária

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Documento de Arrecadação do Simples Nacional Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais Declaração de Informações sobre de Atividades Imobiliárias Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte

Demonstrativo do Resultado do Exercício Fluxo de Caixa

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Guia de Informação e Operação do ICMS

Guia de Informação e Escrituração Eletrônica de ISSQN Guia Previdência Social

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Instituto Nacional de Seguridade Social

Imposto sobre Produtos Industrializados Imposto de Renda

Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica Imposto sobre Serviços

Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul Livro de Apuração do Lucro Real

Payback Descontado Payback Simples

Pis, Cofins e Contribuição Social

Pedido Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento e da Declaração de Compensação

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RAIS SEFIP SINTEGRA TFA TFE TIR TMA VPL

Relação Anual de Informações Sociais

Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços

Taxa de Fiscalização de Anúncio

Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos Taxa Interna de Retorno

Taxa Mínima de Atratividade Valor Presente Líquido

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Modelo de Fluxo de Caixa ... ..24

Quadro 2: Estrutura de Demonstração do Resultado do Exercício ... 30

Quadro 3: Fórmula para Cálculo da Rentabilidade ... 31

Quadro 4: Fórmula Para Cálculo da Lucratividade ... 32

Quadro 5: Estimativa dos investimentos fixos ... 41

Quadro 6: Estimativa dos investimentos pré-operacionais... 42

Quadro 7: Estimativa de capital de giro ... 42

Quadro 8: Estimativa das despesas mensais ... 44

Quadro 9: Estimativa das despesas fixas anuais ... 44

Quadro 10: Estimativa das despesas com pessoal no primeiro ano ... 46

Quadro 11: Estimativa das despesas com pessoal no segundo ano ... 47

Quadro 12: Estimativa das despesas com pessoal no terceiro ano ... 47

Quadro 13: Estimativa das despesas com pessoal no quarto e quinto anos ... 48

Quadro 14: Estimativa das despesas com pro-labore ... 48

Quadro 15: Estimativas das despesas de depreciação de máquinas e equipamentos ... 49

Quadro 16: Estimativas das despesas de depreciação de móveis e utensílios ... 49

Quadro 17: Estimativa mensal das receitas com honorários ... 50

Quadro 18: Estimativa anual das receitas da prestação de serviços contábeis ... 52

Quadro 19: Cálculo do Simples Nacional ... 55

Quador 19: Cálculo do ISSQN ... 55

Quadro 21: Demonstração do resultado do exercício ... 57

Quadro 22: Índice de rentabilidade ... 58

Quadro 23: Índice de lucratividade ... 58

Quadro 24: Fluxo de caixa... 60

Quadro 25: Taxa interna de retorno ... 61

Quadro 26: Valor presente líquido ... 62

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estimativa de Capital de Giro...43

Figura 2: Estimativa das despesas fixas anuais em X1...46

Figura 3: Estimativa de Honorários em X1...53

Figura 4: Estimativa da prestação de serviços contábeis...53

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SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ... 5

LISTA DE QUADROS ... 7 LISTA DE FIGURAS ... 8 INTRODUÇÃO ... 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13 1.1 ÁREA CONTEMPLADA ... 13 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 13 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 15 1.4 OBJETIVOS ... 16 1.4.1 Objetivo geral ... 16 1.4.2 Objetivos específicos ... 17 1.5 JUSTIFICATIVA ... 17 2 REVISÃO TEÓRICA ... 18 2.1 RAMO DE ATIVIDADE ... 18 2.2 CONTABILIDADE ... 18 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 19

2.4 INVESTIMENTOS, RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS ... 21

2.4.1 Investimentos ... 21

2.4.2 Receitas, despesas e custos ... 21

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 22

2.5.1 ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA ... 23

2.5.2 Análise de viabilidade econômica ... 27

3. METODOLOGIA DO ESTUDO ... 33

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO ... 33

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza ... 34

3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos... 34

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 35

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 36

3.2 COLETA DE DADOS ... 36

3.2.1 Instrumento de coleta de dados ... 37

3.3 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 38

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4.1 RAMO DE ATIVIDADE ... 40 4.2 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ... 41 4.3 DESPESAS E RECEITAS ... 43 4.3.1 DESPESAS ... 43 4.3.2 RECEITAS ... 50 4.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 56

4.4.1 Análise da Viabilidade Econômica ... 56

4.4.2 Análise de viabilidade financeira ... 59

CONCUSÃO...65

REFERÊNCIAS ... 67

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INTRODUÇÃO

A contabilidade gerencial é parte integrante da contabilidade, mais específica da área financeira. A mesma é considerada uma ferramenta para tomada de decisões, principalmente para análise da situação financeira e econômica de uma empresa ou para análise de viabilidade de um novo empreendimento.

A contabilidade gerencial é muito importante em qualquer tipo de atividade, pois fornece informações contábeis essenciais e confiáveis para a gestão de negócios e a tomada de decisões, auxiliando tanto usuários internos das organizações, como gestores e administradores, quanto externos, como investidores, clientes e fornecedores.

Neste estudo, desenvolveu-se uma Análise de Viabilidade econômica e financeira para estruturação de um escritório de assessoria contábil, utilizando os instrumentos gerenciais e indicadores econômicos necessários para saber se é viável a abertura do negócio proposto, avaliando os fatores e tendências de mercado, o montante de capital a ser utilizado, bem como as despesas e custos necessários para sua estruturação e a previsão das receitas para obter o resultado esperado.

Neste sentido, o Trabalho de Conclusão de Curso apresenta no Capítulo 1, a contextualização do estudo, abrangendo a área de conhecimento contemplada, as características da organização, a problematização do tema de estudo, os objetivos e a justificativa da autora para a realização da sua tarefa de conclusão de curso na área escolhida.

Na sequência, no Capítulo 2, apresenta-se a revisão teórica, a qual teve como embasamento o enfoque teórico em livros e artigos relacionados ao tema contabilidade gerencial e a análise de viabilidade econômica e financeira.

No Capítulo 3, estão descritos os fundamentos da metodologia utilizada no estudo, ou seja, a classificação da pesquisa, a forma que será realizada a coleta de dados, a análise e a interpretação dos dados, seguido da bibliografia consultada.

No quarto e último capítulo, é apresentado o estudo de caso ou análise de resultados, onde primeiramente foi abordado o ramo de atividade do projeto em estudo, suas características e especificidades. Na sequência são elencados os investimentos iniciais necessários para a realização do estudo, bem como as estimativas de receitas e despesas de todos os períodos em análise. Posteriormente, com todos os dados obtidos, é apresentada a análise de viabilidade econômica, através da demonstração do resultado do exercício e dos índices de rentabilidade e lucratividade. Por fim, é realizada a análise financeira, a partir do

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fluxo de caixa, da taxa interna de retorno, da taxa mínima de atratividade, do valor presente líquido e dos métodos de payback, simples e descontado.

Ao final apresentam-se a conclusão do estudo e as referências onde constam os autores e obras consultadas.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Nesta etapa, apresenta-se a contextualização do estudo, que tem como objetivo desenvolver uma análise de viabilidade de um escritório de assessoria contábil, contemplando a definição do tema abordado, seguido da caracterização da organização, problematização do tema, objetivos e justificativa.

1.1ÁREA CONTEMPLADA

A contabilidade gerencial, tema desde estudo, é uma importante área de atuação da contabilidade, pois está relacionada ao fornecimento de informações para seus usuários, com enfoque no planejamento, controle e tomada de decisão.

A escolha do tema deve-se a necessidade e importância de avaliação sobre a viabilidade de estruturação de todo e qualquer empreendimento. Desta forma, é possível planejar e organizar as atividades da empresa, utilizando melhor os recursos e buscando informações sobre o mercado, a concorrência, as vendas, a formação de preços, entre outros.

É fundamental que as informações contidas nos registros da contabilidade financeira sejam apresentadas e abordadas de maneira clara, sintetizada e operacional, para que a área contábil possa suprir a administração em seu processo decisório. (IUDÍCIBUS, 1998).

Esse trabalho contempla a contabilidade gerencial, buscando analisar econômica e financeiramente a estruturação de um escritório de contabilidade.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O escritório em estudo irá prestar serviços na área contábil, fiscal, trabalhista e societária. Além destes serviços, serão oferecidas consultoria e assessoria contábil aos clientes, a fim de transformar os relatórios e demonstrações contábeis em informações gerenciais, auxiliando-os na tomada de decisão e na administração de seus negócios.

A seguir apresentam-seos serviços que serão oferecidos pelo escritório de acordo com cada área, sendo a implantação gradativa ao longo da estruturação e consolidação das atividades.

Área Contábil

- Contabilização dos documentos enviados de acordo com a Legislação do Imposto de Renda; - Escrituração e emissão de balancetes, balanços e demonstrativos periódicos;

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- Depreciação e amortização do ativo imobilizado; - Escrituração do Lalur;

- Acompanhamento e monitoramento periódico da documentação encaminhada; - Entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica – DIPJ.

Área Fiscal:

- Assessoria fiscal, auxiliando na correta aplicação da legislação na emissão das notas fiscais, como: CFOP´s, classificação fiscal de produtos, cálculo de ICMS e IPI, além de retenções de impostos (INSS, IR, PCC e ISS);

- Lançamento e escrituração dos livros de entradas e saídas; - Escrituração de livros de inventários e termos de ocorrências; - Lançamento e escrituração dos livros de apuração do ICMS e IPI;

- Lançamento e escrituração dos livros de serviços prestados e serviços tomados;

- Entrega de declarações, como GIA, Sintegra,GISS, declaração do Simples, DACON, DCTF, DIRF, DIMOB, PER/DCOMP, entre outros;

- Emissão de Autorizações de Impressos Fiscais (AIDF) para confecção de notas fiscais; - Acompanhamento na emissão de nota fiscal eletrônica da Prefeitura e Estado;

- Cálculo e emissão de guias de recolhimento dos impostos (DAS - Simples, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS, ISS, TFE, TFA);

- Consultoria tributária. Área Trabalhista:

A área trabalhista irá oferecer a rotina do departamento de pessoal e recursos humanos de uma empresa, oferecendo estrutura caso a caso:

- Admissão de funcionários;

- Emissão de folhas de pagamento e pró-labore; - Folha de pagamento por centro de custo; - Emissão de folha de décimo terceiro salário;

- Cálculo e lançamento de vale-transporte, horas extras, faltas e descanso semanal remunerado;

- Cálculo e lançamento de adicionais de insalubridade e periculosidade; - Confecção de aviso prévio e seguro desemprego;

- Cálculo de férias e rescisões de contrato de trabalho; - Licenças maternidade e por acidente de trabalho;

- Apuração e cálculo de guias como FGTS, GPS, contribuições sindicais, assistenciais e confederativas, IRF sobre salários e pró-labores;

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- Orientação sobre segurança e medicina do trabalho; - Acordo e dissídio coletivo;

- Entrega de declarações como CAGED, RAIS e SEFIP; - Informe de rendimentos de funcionários;

- Cálculos de guias para autônomos; - Consultoria trabalhista.

Área Societária

- Assessoria e consultoria para viabilidade de constituição de empresas;

- Confecção de constituição e alteração de contratos, bem como todos os órgãos de registro (Jucergs, Receita Federal, Estado, Prefeituras e Previdência Social);

- Cancelamento completo de empresas;

- Regularização de pessoas físicas e jurídicas perante aos órgãos competentes.

A empresa será composta por dois sócios e, ao longo dos períodos estudados contará com uma funcionária para a área fiscal, uma funcionária para área trabalhista, uma funcionária para área contábil, uma funcionária para o atendimento e um office boy. Seus principais clientes serão pessoas físicas e jurídicas, dentre estes, os profissionais liberais e autônomos e agricultores. Seu enquadramento fiscal será Microempresa, optante pelo Simples Nacional.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Os profissionais da contabilidade, que desejam ter seu próprio escritório, muitas vezes, por falta de análise e planejamento, acabam se deparando com diversas situações e dificuldades que poderiam ter sido previamente verificadas.

Uma forma de solucionar este problema é a elaboração, de uma análise de viabilidade para estruturação de um escritório de contabilidade, tornando possível verificar se o negócio é viável, analisando as perspectivas de desempenho financeiro do negócio, por meio de ferramentas utilizadas e de indicadores econômicos e financeiros, auxiliando na tomada de decisão.

A análise de viabilidade econômica e financeira proposta neste estudo possibilita, através de instrumentos e métodos utilizados, a previsão de um eventual êxito ou fracasso do projeto, avaliando o desempenho futuro do negócio a ser estruturado, por meio do conhecimento do mercado e dos fatores e tendências organizacionais, possibilitando prever a rentabilidade do negócio dentro do período esperado.

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Sendo assim, torna-se importante a elaboração de um bom planejamento, antes da decisão de qualquer investimento, para que se perceba se é viável ou não o empreendimento, pois desta forma pode-se evitar correr riscos e perder recursos que serão investidos.

O município de Panambi-RS, onde pretende-se estruturar o negócio, localiza-se na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul e possui 38.058 mil habitantes conforme último Censo realizado no ano de 2010. Conforme dados obtidos na Prefeitura Municipal de Panambi, o município conta com 2.797 empresas cadastradas, sendo 1.414 prestadores de serviços, 1.172 no ramo do comércio e 211 no ramo da indústria, além de 889 Microempreendedores individuais. Panambi possui 8 escritórios de contabilidade e 11 profissionais contábeis autônomos, e nem todos prestam serviços de assessoria e consultoria contábil.

Desta forma, percebe-se que muitos profissionais desta área ainda estão preocupados principalmente em atender às exigências do fisco, deixando de lado, muitas vezes, de prestar consultoria e assessoria contábil a seus clientes. Verifica-se que os empresários necessitam deste auxílio, pois na maioria dos casos, ao receberem os demonstrativos e relatórios contábeis muitos não compreendem. A contabilidade é muito ampla e necessita ser melhor entendida.

É necessário neste novo cenário que a contabilidade seja um sistema de informação e avaliação para alimentar seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, física e de produtividade em relação aos fatos que irão gerar decisões.

De face de todos os pressupostos citados, levantou-se a seguinte questão a ser respondida ao longo deste estudo: É viável o investimento em um Escritório de Contabilidade no município de Panambi-RS do ponto de vista contábil, econômico e financeiro?

1.4 OBJETIVOS

A definição dos objetivos visa definir os resultados da realização do estudo e o que é preciso seguir para alcançá-los. São classificados em objetivo geral e objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Desenvolver uma análise de viabilidade econômica e financeira para estruturação de um escritório de assessoria contábil na cidade de Panambi-RS.

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1.4.2 Objetivos específicos

- Revisar a bibliografia sobre a Contabilidade Gerencial e a Análise de Viabilidade Econômica e Financeira;

- Levantar os investimentos necessários ao empreendimento e custos e receitas geradas com sua estruturação;

- Projetar os ingressos e os desembolsos gerados pelo escritório;

- Demonstrar a viabilidade do empreendimento a partir da elaboração de um fluxo de caixa e da demonstração de resultados.

- Avaliar a viabilidade contábil, econômica e financeira.

1.5 JUSTIFICATIVA

O estudo justifica-se pela decisão de estruturar futuramente um escritório de assessoria contábil próprio. Assim, será necessário considerar a viabilidade econômica e financeira da estruturação de um novo negócio, buscando informações que possam auxiliar na elaboração desta análise. Desta forma, é de extrema importância a realização de uma análise de viabilidade antes da criação do negócio, a fim de obter maior conhecimento sobre a área escolhida, conhecer o cenário, as perspectivas do investimento, buscando o sucesso do empreendimento e proporcionando segurança no futuro profissional.

Para a Universidade e o Curso de Ciências Contábeis, este estudo poderá servir como fonte de pesquisa e ficará a disposição de quem tiver interesse nesta área do conhecimento, especialmente aos alunos do referido curso, contribuindo para o desenvolvimento da profissão.

Para mim, a realização deste estudo irá ampliar conhecimentos, principalmente na área gerencial, aprofundando o aprendizado obtido durante a realização da graduação do Curso de Ciências Contábeis, agregando conhecimento específico e prático ao conhecimento teórico. Considero também uma grande oportunidade de construir uma excelente ferramenta que poderá ser utilizada no futuro profissional, ampliando horizontes e qualificando-me para investir no meu próprio negócio.

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2 REVISÃO TEÓRICA

Neste capítulo apresenta-se a revisão teórica sobre a contabilidade financeira mais específica na área gerencial, sendo que esta revisão tem por objetivo buscar o embasamento teórico em livros, artigos e outros meios de pesquisa para assim compreender melhor os temas que serão abordados.

2.1 RAMO DE ATIVIDADE

Os serviços contábeis vêm crescendo muito a cada dia, além de serem cada vez mais valorizados pelos empresários e gestores das organizações. O surgimento de novas empresas tem aumentado a busca por profissionais que prestam serviços de contabilidade, tornando a atividade fundamental para o sucesso e desenvolvimento do novo negócio.

Diante do cenário empresarial competitivo em que se encontram as organizações, torna-se cada vez mais importante a correta utilização das técnicas contábeis e de uma gestão especializada. Além disso, faz-se extremamente necessário que o contador esteja sempre atualizado para que possa fornecer informações corretas aos seus clientes.

Por essa razão o mercado de prestação de serviços é muito concorrido, desta forma, investir em um referencial, como a assessoria e consultoria aos clientes, abre portas para a inserção do empreendimento, sendo necessária a atualização e acompanhamento diário das mudanças no contexto econômico e financeiro.

2.2 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência social que estuda o patrimônio das entidades e as mutações nele ocorridas. Tem como finalidade gerar e fornecer informações úteis para a tomada de decisões de seus usuários internos e externos, através de relatórios e demonstrações contábeis.

Basso (2011, p. 26) conceitua contabilidade como “[...] uma ciência social, mais especificamente no grupo das ciências econômicas e administrativas, que se utiliza de técnicas específicas para se tornar útil à sociedade e cumprir com as finalidade para que foi concebida”.

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Na mesma linha de pensamento Basso (2005, p.46), explica que:

Contabilidade é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

No entendimento de Sá (2002, p.46) “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

Oliveira, Muller, Nakamura (2000, p.03) definem a função da ciência contábil “a Contabilidade, além de gerar informações, permite explicar os fenômenos patrimoniais, construir modelos de prosperidade, efetuar análises, controlar, e também serve para prever e projetar exercícios seguintes, entre tantas outras funções”.

A contabilidade, como sistema de informações, caracteriza-se por registrar todas as transações ocorridas nas organizações, constituindo-se num grande “banco de dados”. Seus dados são úteis à administração, além de representarem um instrumento gerencial eficaz para o processo decisório e de controladoria. (OLIVEIRA, MULLER, NAKAMURA, 2000, p.02).

Considerando os conceitos e definições expostos, pode-se dizer que a contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio das empresas, fundamentada em normas e princípios contábeis capazes de gerar informações e relatórios sobre a real situação da entidade.

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios, pois fornece informações fundamentais aos administradores das organizações. Estas informações irão auxiliar os gestores na análise econômica, financeira e de custos de seu empreendimento, demonstrando que a finalidade da ciência contábil não é somente o atendimento a legislação contábil, previdenciária e fiscal, e que vai além do simples cálculo de impostos.

Atualmente a contabilidade deixa de ser vista apenas como um sistema de informações tributárias e passa a ser reconhecida como um instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informações para registrar as operações da organização, elaborar e interpretar

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relatórios que mensurem os resultados e forneçam subsídios necessários para tomadas de decisões.

A Contabilidade Gerencial na atualidade tem sido ferramenta de informações para o andamento e continuidade das empresas, enfoca o planejamento, o controle e a tomada de decisão, é aplicada em todos os setores de uma empresa. Tem por objetivo auxiliar os sócios na tomada de decisões, sendo esse um dos objetivos maior da Ciência Contábil, e é o contador quem fornece essas informações, que faz toda a diferença em uma decisão. (SOUZA L.A., SILVA, SOUZA L.D., 2013, p.08)

De acordo com Iudícibus, (1998, p.21) “a contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc.”.

Este ramo da contabilidade é uma das áreas que possui funções de gestão, decisão, mensuração, fornecendo informação para seus usuários, planejando o futuro, através da utilização de números reais em busca da otimização de resultados (CORONADO, 2006).

Na mesma linha de pensamento, Iudícibus (1998, p.21) relata que “a contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se encaixem de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador”.

A Contabilidade gerencial está direcionada para a administração da empresa, fazendo uso da informação contábil como ferramenta para os gestores, objetivando a tomada de decisão correta e em tempo hábil.

Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração (PADOVEZE, 2010, p.40).

A partir destas considerações pode-se perceber a importância da contabilidade gerencial, que identifica, analisa, interpreta e relata informações financeiras e operacionais para o uso da administração da empresa, executando funções de avaliação e controle das atividades e assegurando o uso apropriado e responsável dos recursos.

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2.4 INVESTIMENTOS, RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS

Ao realizar um projeto de investimento, inicialmente se faz necessário identificar os custos e despesas, bem como a previsão das receitas que irão cobrir os investimentos e proporcionar os lucros esperados. Para que isso aconteça é importante conhecer os conceitos de investimentos, receitas, despesas e custos que serão apresentados nesta seção.

2.4.1 Investimentos

Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso com a expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado compensando, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação.

Para iniciar um novo projeto é necessário analisar quais investimentos precisam ser feitos, além de prever o montante de capital suficiente para impulsionar seu desenvolvimento.

Para Souza (2003, p.68) “o investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo incerto (fluxos de caixa a serem gerados pelo investimento no futuro)”. Contudo, ao realizar uma análise de viabilidade de qualquer empreendimento, existente ou não, é importante que o capital necessário para viabilizar o projeto seja encontrado facilmente, possibilitando identificar os custos e despesas, bem como prever as receitas que irão cobrir os investimentos efetuados e gerar os lucros esperados.

2.4.2 Receitas, despesas e custos

Receitas são os recursos provenientes da venda de mercadorias, produtos ou de uma prestação de serviços. Existem também as receitas oriundas de aluguéis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros e outros ganhos eventuais.

Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elementos no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem à venda de mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Entretanto, uma receita pode também derivar de rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos eventuais. (BASSO, 2005, p.73).

Despesa é todo o gasto de caráter geral, relacionado com a administração e vendas, como por exemplo juros, multas, material de escritório, etc. É o valor dos insumos consumidos com o valor da empresa e não identificados com a fabricação.

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Entende-se por despesa, o custo do uso dos bens ou serviços que direta ou indiretamente deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização. (BASSO, 2005, p74).

Com esses conceitos fica clara a importância da identificação correta e adequada das receitas e despesas, bem como do seu registro contábil, tornando-se fundamental para obtenção do resultado das atividades da organização.

Segundo Santos (2001, p.163) “são considerados como custos os dispêndios efetuados para possibilitar a produção ou operação, como matéria-prima, embalagens, máquinas e pessoal da linha de produção”.

São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa (PADOVEZE, 2010, p. 320).

Os custos são gastos realizados pelas entidades para fabricar seu produto, revendê-lo ou cumprir com um serviço contratado. Eles podem ser diretos e indiretos, variáveis ou fixos. Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente identificados aos produtos, e indiretos são os que não podem ser facilmente identificados aos produtos. Já os custos variáveis são os que variam de acordo com o volume de produção e os custos fixos são os que não se alteram em relação ao aumento ou diminuição da produção.

A partir destas informações, é possível afirmar a importância de uma boa gestão e controle de custos, tornando essencial para a organização, pois orienta os gestores quanto aos preços de venda de seus produtos ou serviços, principalmente com relação aos concorrentes, clientes e fornecedores. Além disso, torna a organização mais eficiente, impulsionando seu crescimento e desenvolvimento.

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE

As metodologias de análise de viabilidade são utilizadas para realizar a prévia avaliação das decisões de investimentos. Por isso, é essencial analisar os fatores envolvidos antes de realizar qualquer investimento, considerando a possibilidade de êxito ou fracasso, podendo assim garantir o sucesso do empreendimento e sua rentabilidade.

(23)

A seguir foram demonstrados os métodos de análise de viabilidade financeira e econômica. Os métodos utilizados permitem visualizar os prazos necessários para recuperação do capital investido, tornando possível verificar se o projeto é atraente e se é viável econômica e financeiramente.

2.5.1 Análise de viabilidade financeira

A análise financeira é realizada com a finalidade de avaliar se o investimento em determinado projeto é viável financeiramente, avaliando a rentabilidade do negócio e verificando se os capitais investidos serão remunerados e reembolsados de modo que as receitas superem as despesas de investimento e de funcionamento. (HOJI, 2010).

Para a realização da análise de viabilidade financeira sãoutilizados instrumentos como o Fluxo de Caixa, a Taxa Interna de Retorno (TIR), a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), o Valor Presente Líquido (VPL) e o Período de Payback, Simples e Descontado.

2.5.1.1 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é uma ferramenta que tem por objetivo facilitar a gestão das empresas, auxiliando no controle da movimentação financeira (entradas e saídas de recursos financeiros) em um determinado período de tempo.

No entendimento de Hoji (2010, p.76) “fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo”.

Para Santos (2001, p.57) “o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente”. O autor ainda salienta que este instrumento é capaz de traduzir, em valores e datas, os diversos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa.

Dentre várias finalidades do fluxo de caixa, a principal é fornecer informações quanto à capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo. (SANTOS, 2001).

De acordo com Enderli (2014, p.34) “o fluxo de caixa busca fazer uma apresentação da atual situação financeira da empresa, bem como dar uma visão a longo prazo do comportamento do caixa em um período determinado, com isso a gestão financeira da empresa terá mais segurança na realização de operações”.

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A seguir foi apresentado um modelo de fluxo de caixa:

Quadro 1 - Modelo de Fluxo de Caixa

ITENS Mês... Dias 1 2 3 4 5 6 ... 25 26 27 28 29 30 31 1. INGRESSOS Vendas à vista Recebimentos de duplicatas Empréstimos Aluguéis recebidos Receitas financeiras Outros 2. DESEMBOLSOS Compras à vista Pagamentos de duplicatas

Pagamentos de serviços terceiros

Salários e ordenados Amortizações Impostos e taxas FGTS a recolher INSS a recolher Outros

3. AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DE CAIXA

4. CAIXA ACUMULADO

4. CAIXA ACUMULADO

Fonte: Zdanowicz (2004, p.165).

O fluxo de caixa é um recurso fundamental para que os gestores identifiquem, com precisão, a situação financeira da empresa e, com base no resultado, possam decidir os caminhos a seguir.

2.5.1.2 Taxa interna de retorno - TIR

É considerada a taxa de retorno de um projeto que, ao ser aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos a valor presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos, também trazidos a valor presente.

Quando realizamos uma análise de sensibilidade do valor do VPL de um projeto em função do custo de capital K, vimos que na medida que o valor do custo de capital K aumenta o valor do VPL diminui, existindo um valor do custo de capital que anula o valor do VPL. Esse valor é denominado como taxa interna de retorno ou simplesmente TIR. (BRIZOLLA, 2011,p.33).

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Hoji (2010, p.171) destaca que “...este método assume implicitamente que os fluxos de caixa líquidos periódicos são reinvestidos à própria TIR calculada para todo o investimento. O investimento será economicamente atraente se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade”.

Baseado na definição de Zago, Weise e Hornburg (2000, p.04):

A taxa de retorno que se obtém em um projeto, obtida a partir da análise projetiva de um fluxo de caixa, é a taxa de juros que torna nulo a diferença entre as receitas e as despesas. Dessa forma, o critério para a tomada de decisão de investimento com base na Taxa Interna de Retorno é aceitar um projeto de investimento quando tal taxa superar o custo de oportunidade do capital obtido no referido projeto.

A TIR é a taxa necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo usada em análise de investimentos, significa a taxa de retorno de um projeto. Desta forma é possível verificar que, analisando entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno.

2.5.1.3 Taxa mínima de atratividade - TMA

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento. Esta taxa é formada a partir do custo de oportunidade, da liquidez e do risco do negócio.

Casarotto Filho, Kopittke (2010, p.97), explicam a TMA:

Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).

Levando em consideração o autor conclui-se que a TMA é considerada uma variável muito importante para os métodos de análise de investimentos, pois é utilizada para que a empresa não perca a oportunidade de aplicar seus recursos em projetos que geram maior rentabilidade.

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2.5.1.4 Valor presente líquido – VPL

O Valor Presente Líquido (VPL) é utilizado para avaliar propostas de investimento de capital. Reflete a riqueza em valores monetários do investimento avaliada pela diferença entre o valor das entradas e o valor das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto. (KASSAI et al, 2000)

Consiste em determinar o valor no instante inicial, descontando o fluxo de caixa líquido de cada período futuro (fluxo de caixa líquido periódico) gerado durante a vida útil do investimento, com a taxa mínima de atratividade, e adicionando o somatório dos valores descontados ao fluxo de caixa líquido do instante inicial. (HOJI, 2010, p.170).

Brizolla (2011, p.31) destaca que o “método do VPL é mais do que um simples cálculo, é o melhor método de avaliação que consegue mostrar a contribuição do projeto de investimento no aumento do valor da empresa”.

O Valor Presente Líquido é a fórmula capaz de determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. É o cálculo de quanto os futuros pagamentos somado a um custo inicial estariam valendo atualmente.

De acordo com Santos (2001, p.156) a fórmula de cálculo do VPL é a seguinte:

0 2 2 1 1 ) 1 ( ... ) 1 ( ) 1 ( i I FCX i FCX i FCX VPL nn        

Sendo: VLP= valor presente líquido

FCX= fluxo de caixa de cada período (1 até n) I0 = investimento inicial

Deste modo, o VPL é a diferença entre o capital inicial e o valor presente das entradas de caixa. Sendo assim, projeto só deve ser aceito se o Valor Presente Líquido for positivo, pois somente assim irá proporcionar à empresa um retorno maior do que seu custo de capital.

2.5.1.5 Período de payback

Payback é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa do projeto se igualem ao valor a ser investido, ou seja, o tempo de recuperação do investimento realizado.

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Hoji (2010, p.171) conceitua Período de Payback como “o período em que o valor do investimento é recuperado, ou seja, é o prazo em que os valores dos benefícios líquidos de caixa se igualam ao valor do investimento inicial”.

Na mesma linha de pensamento, Kassai et al (2000, p.84) define Payback:

O Payback é o período de recuperação de um investimento e consiste na identificação do prazo em que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados pelo investimento. É o período em que os valores dos investimentos (fluxos negativos) se anulam com os respectivos valores de caixa (fluxos positivos).

O Método de Payback pode ser Simples, o qual não leva em consideração o custo de capital da empresa, e pode ser Descontado, que considera o valor do dinheiro no tempo, adicionando o custo de capital da empresa.

O método payback é um método de avaliação fácil e direto que o prazo necessário para recuperar o investimento realizado. Se o método não leva em consideração o custo de capital da empresa, estaremos aplicando o método payback simples, denominado de método PBS, que mede o prazo de recuperação do capital investido. (BRIZOLLA, 2011, p.30).

Brizolla (2011, p.30) explica e conceitua Payback Descontado:

Para contornar a deficiência de não considerar o valor do dinheiro no tempo, no Payback simples foi adicionado o custo de capital da empresa. Este novo procedimento é denominado como método do PBD, que mede o valor do prazo de recuperação do capital investido. A idéia é simples, como os fundos alocados no investimento não são gratuitos, devemos incluir seus custos ao longo do prazo de análise do projeto de investimento.

Portanto, o payback nos propicia a encontrar o período em que se dará a recuperação do investimento, encontrando o prazo necessário para que as receitas líquidas de um investimento cubram seu custo.

2.5.2 Análise de viabilidade econômica

A análise econômica é realizada para avaliar as receitas, despesas e custos do investimento, comparando as entradas e saídas de recursos referentes ao custeio do investimento, através das estimativas de vendas ou prestação de serviços e do levantamento de despesas e custos.

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Para a realização da análise de viabilidade econômica é estruturada a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, através da qual é possível encontrar o lucro ou prejuízo do negócio em estudo.

2.5.2.1 Demonstração do resultado do exercício – DRE

A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta de forma vertical resumida o resultado líquido do exercício, através do confronto entre as receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência. A DRE oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período, normalmente de 12 meses, além de ser um excelente indicador no auxílio à tomada de decisões financeiras.

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela pode ser apresentada de forma dedutiva, isto é inicia-se com a Receita Operacional Bruta e dela deduzem-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido. (HOJI, 2010, p. 266).

Basso (2011, p.306) entende que “a Demonstração do Resultado do Exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social”.

A DRE está estruturada a fim de evidenciar as diversas fases do resultado e de demonstrar a formação do resultado final do exercício, ou seja, o lucro ou prejuízo.

Brizolla (2008, p.35), explica a DRE:

Esta demonstração mostra o lucro ou prejuízo obtido pela empresa no período. Expressa o desempenho econômico, por meio das receitas dos custos e despesas de um período, para apurar o resultado. É uma demonstração dos aumentos e reduções causados ao Patrimônio Líquido pelas operações da empresa.

Segundo Basso (2011), a Demonstração do Resultado do Exercício evidencia as operações que deram origem a formação do resultado de um determinado período, que pode ser positivo ou negativo.

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A Demonstração do Resultado do Exercício compreenderá (NORMAS LEGAIS, 2014):

I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e despesas não operacionais (redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995);

V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, de empregado e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007);

VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda;

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

A DRE objetiva evidenciar as diversas fases do resultado e de demonstrar a formação do resultado final do exercício, ou seja, o lucro ou prejuízo, podendo ser estruturada da seguinte forma:

(30)

Quadro 2 - Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício 1- RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Venda de Mercadorias Venda de Produtos Prestação de Serviços

2- DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Impostos faturados Devoluções e Abatimentos

3- RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2) 4- CUSTOS

Das Mercadorias Vendidas Dos Produtos Vendidos Dos Serviços Prestados

5- LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4) 6- DESPESAS (OPERACIONAIS)

De vendas

Receitas Financeiras Despesas Financeiras Gerais e Administrativas

7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS)

Receitas Despesas

8- RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7) 9- RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)

Receitas Despesas

10- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)

11- PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 12- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debenturistas Administradores Empregados Outros Beneficiários Outras Contribuições

13- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12) 14- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Fonte - Basso (2011, p. 315).

Na DRE é possível avaliar se os recursos obtidos foram adequadamente aplicados e se houveram investimentos relevantes no capital de giro. Essas informações de caráter gerencial são relevantes e imprescindíveis para o desempenho da organização, pois retratam a situação da empresa, tornando possível uma administração voltada para a eficiência e a competência.

2.5.2.2 Índices de rentabilidade – IR

Os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos e podem demonstrar o sucesso (ou o insucesso) empresarial. Os índices de rentabilidade são

(31)

calculados, geralmente, sobre as Receitas líquidas, podendo também ser calculados sobre as receitas brutas, deduzidas as Vendas canceladas e Abatimentos (HOJI, 2010).

Brizolla (2008, p.100) destaca que “a rentabilidade analisa os percentuais de remuneração dos diversos tipos de indicadores de capitais”.

Para encontrar o ganho da empresa, em percentuais, em relação ao investimento realizado, deve ser efetuado o seguinte cálculo:

Quadro 3 - Fórmula para Cálculo da Rentabilidade

Rentabilidade = Lucro Líquido X 100 Investimento Total Fonte: Kassai et al (2000, p.77)

Em virtude do que foi exposto verifica-se a importância de calcular o índice de rentabilidade, pois eles demonstram o quanto renderam os investimentos efetuados, apresentando uma medida de rentabilidade por unidade monetária investida.

2.5.2.3 Índice de lucratividade – IL

De acordo com Kassai et al (2000, p.78) o índice de lucratividade “é medido por meio da relação entre o valor presente dos fluxos de caixa positivos (entradas) e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando-se como taxa de desconto a taxa de atratividade do projeto (TMA)”.

Silva (2005) apud Brizolla (2008, p.97) explica que “o volume de atividades da empresa e o resultado decorrente dessas atividades irão interferir nos demais indicadores da organização. Os índices de lucratividade ou mesmo rentabilidade, indicam qual o retorno que o empreendimento está propiciando”.

Na mesma linha de pensamento Brizolla (2008, p.98) esclarece que “a lucratividade consiste em comparar os diversos estágios do resultado (lucro bruto, lucro operacional e lucro líquido do exercício) da empresa com o volume monetário da ROL (receita operacional líquida de venda e serviços) do período em análise”.

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Analisar a lucratividade de um negócio é muito importante e pode ser calculada da seguinte forma:

Quadro 3 - Fórmula para Cálculo da Lucratividade

Lucratividade = Lucro Líquido X 100 Receita Total Líquida Fonte: Kassai et al (2000, p.78)

A utilização do índice de lucratividade é essencial para que seja possível conhecer os resultados gerados pelas atividades de determinada empresa, sendo fundamental para a continuidade da mesma, seu crescimento e desenvolvimento, melhorando sua percepção perante seus clientes, fornecedores e credores.

(33)

3. METODOLOGIA DO ESTUDO

Metodologia é o conjunto de etapas seguidas para um determinado processo. É a explicação minuciosa sobre um determinado tema, de acordo com o estudo efetuado para chegar a determinado ponto. O método nada mais é que o caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo proposto.

o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros - , traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (MARCONI, LAKATOS, 2003, p.83)

Para Oliveira (2003, p.135) “entende-se por métodos os procedimentos mais amplos de raciocínio, enquanto técnicas são procedimentos mais restritos que operacionalizam os métodos mediante emprego de instrumentos adequados”.

Os procedimentos metodológicos compreendem a classificação do estudo, o plano de coleta de dados (instrumentos de coletas de dados), o plano de análise e interpretação de dados, o sumário provisório e o cronograma de atividades.

Sendo assim, este item consiste em demonstrar o desenvolvimento do trabalho e os métodos utilizados para a realização do mesmo.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO

O estudo classifica-se de acordo com ponto de vista de sua natureza, de seus objetivos, quanto à forma de abordagem do problema e dos procedimentos técnicos.

Para Oliveira (2003, p.62) “a pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação”.

De acordo com Marconi, Lakatos (2003, p.155) “a pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Desta forma, a classificação do estudo consiste em um processo metódico de investigação, recorrendo a procedimentos científicos, devendo ser planejado e preparado a fim de descobrir respostas para questões mediante a aplicação do método científico.

(34)

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza

O presente trabalho é classificado como pesquisa aplicada, pois o objetivo é pesquisar e desenvolver uma análise de viabilidade para estruturação de um escritório de assessoria contábil.

A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com seu o desenvolvimento; todavia, tem como caraterização fundamental à aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos. (GIL, 1999, p.43).

Para Oliveira (1998, p.123) a pesquisa aplicada “requer determinadas teorias ou leis mais amplas como ponto de partida, e tem por objetivo pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos e fazer a sua aplicação às diferentes necessidades humanas”.

A pesquisa aplicada geraconhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos.

3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos

Quanto aos objetivos, um estudo pode se classificar como pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Segundo Gil (2002, p.43) “a classificação das pesquisas em exploratórias, descritivas e explicativas é muito útil para o estabelecimento de seu marco teórico, ou seja, para possibilitar uma aproximação conceitual”.

A investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado e envolve uma maior proximidade com tudo o que está relacionado com o objeto de pesquisa.

Gil (1999, p.43) destaca que esta pesquisa “tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais preciosos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores, apresentando mais rigidez no planejamento”.

Já a pesquisa explicativa procura explicar os fatores que ocasionam os fenômenos. Nas ciências sociais recorre-se ao método observacional.

Segundo Gil (2010, p.27), a pesquisa explicativa “têm como propósito identificar fatores que determinam ou contribuem para ocorrência de fenômenos. Estas pesquisas são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, pois tem como finalidade explicar a razão, o porquê das coisas”.

(35)

O conceito de Vergara (2004, p.47) é similar ao Gil, “a investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno”.

A pesquisa descritiva consiste no levantamento de dados recorrendo a técnicas padronizadas de coleta, como o questionário ou a observação sistemática.

A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. (VERGARA, 2004, p.47)

Para Souza, Fialho e Otani (2007, p.38), “a Pesquisa Descritiva trata da descrição do fato ou do fenômeno através de levantamentos ou observação”, ou seja, tem a principal preocupação de identificar, observar, registrar e interpretar os fatos.

Desta forma, o presente estudo caracterizou-se como descritivo, pois descreveu e mensurou as variáveis principais envolvidas num investimento, tais como custos e despesas de aplicações em ativos fixos e em ativos circulantes, custos e despesas operacionais e quantidades de vendas.

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Existem dois tipos de pesquisa segundo a natureza dos dados: a pesquisa quantitativa e a pesquisa qualitativa.

A pesquisa qualitativa é uma pesquisa descritiva que explora as particularidades e os traços subjetivos considerando a experiência pessoal do entrevistado.

Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. (BEUREN, 2004, p.92).

Segundo Souza, Fialho e Otani (2007, p.39) “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”.

O presente trabalho enquadra-se como pesquisa qualitativa pelo fato de não serem utilizados métodos estatísticos na coleta e análise de dados.

(36)

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa classifica-se como Bibliográfica, Levantamento de dados e Estudo de Caso.

Para Gil (2010, p.29) “a Pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e entre outros”.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. (GIL, 2002, p. 44).

O estudo classificou-se como pesquisa bibliográfica, tendo como base, material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos que possibilitam avaliar a viabilidade econômica do investimento proposto.

Quanto ao modelo de pesquisas através de levantamento, segundo Gil (2002, p.50) “as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”.

Utilizando o procedimento do Levantamento, foram solicitadas informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, posteriormente, mediante análise quantitativa, chegar às conclusões que correspondem aos dados coletados.

O Estudo de caso enquadra-se como uma abordagem qualitativa e é utilizado para coleta de dados de estudos organizacionais, enfatizando a compreensão fundamentada no conhecimento implícito.

Vergara (2004, p.49) conceitua Estudo de Caso como “o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento”.

Sendo assim, a pesquisa caracterizou-se como estudo de caso, pois se refere unicamente à análise de estruturação de um empreendimento.

3.2 COLETA DE DADOS

Nesta etapa do estudo foram descritos os métodos utilizados para a obtenção de dados e informações que serão relevantes para a continuidade da pesquisa.

(37)

3.2.1 Instrumento de coleta de dados

Os instrumentos utilizados para a realização da coleta de dados são vários, no entanto, para este estudo foram utilizados dois instrumentos: da observação, sistemática, individual e na vida real, e da entrevista, despadronizada.

Oliveira (2003, p.67) conceitua observação como sendo “uma técnica de coleta de dados para obter informações, com a utilização dos sentidos na captação de dados sobre determinados aspectos da realidade”.

O conceito de Gil (1999, p.110) é semelhante ao de Oliveira:

A observação constitui elemento fundamental para a pesquisa. Desde a formulação do problema, passando pela construção de hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados, a observação desempenha papel imprescindível no processo de pesquisa. (GIL, 1999, p. 110).

A Observação Sistemática é um método utilizado para compreender como funciona uma determinada atividade ou tarefa, observando as etapas de um processo e as ferramentas utilizadas, sendo guiada por um objetivo definido.

No entendimento de Marconi, Lakatos (2003, p.193) “na observação sistemática, o observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe”.

Na mesma linha de pensamento, Marconi, Lakatos (2003, p.194) destacam que a observação individual:

É a técnica de observação realizada por um pesquisador. Nesse caso a personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. Por outro lado, pode intensificar a objetividade de suas informações, indicando, ao anotar os dados, quais são os eventos reais e quais são as interpretações.

O presente estudo também caracterizou-se pela observação na vida real, pois é realizada no próprio local onde o evento ocorre, em um ambiente normal e cotidiano, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo.

A partir desta base, Marconi, Lakatos (2003, p.195) explicam que “normalmente, as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação. A melhor ocasião para o registro é o local onde o evento ocorre”.

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Outro instrumento utilizado neste estudo é o da entrevista despadronizada, onde o entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada.

Marconi, Lakatos (2003, p.195) expressam seu conceito sobre Entrevista:

Entrevista é o encontro de duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Silva (2003, p.70) destaca que “a entrevista despadronizada ou não estruturada consiste em uma conversação informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas, que proporcionam maior liberdade para o informante”. As entrevistas despadronizadas ou não estruturadas são tipos de perguntas abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversa informal.

Marconi, Lakatos (2003, p.197) explicam que “na entrevista despadronizada ou não estruturada o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal”.

Foram realizadas entrevistas despadronizadas com empresários a fim de conhecer suas necessidades e dúvidas no que se referem aos serviços, relatórios e demonstrações contábeis fornecidos pelos escritórios de contabilidade do município de Panambi/RS.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após coletados os dados foi realizada a análise e interpretação dos mesmos, que é de extrema importância para a realização do estudo. Gil (1999, p.168) explica que “após a coleta de dados a fase seguinte é a de análise e interpretação. Estes dois processos apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados”. Desta forma foi possível interpretar os dados coletados e transformá-los em análises capazes de proporcionar entendimento dos fatos bem como de suas previsões.

A partir dos instrumentos detalhados no item anterior, as informações foram digitadas em uma planilha em sistema Excel para a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício e do Fluxo de Caixa projetados do Escritório de Contabilidade. Em seguida foram calculados os indicadores econômicos e financeiros.

(39)

Finalizando foi elaborada análise identificando a viabilidade ou não da estruturação da atividade, indicando os investimentos necessários para iniciar o negócio, conhecendo as necessidades dos clientes, permitindo um estudo detalhado da concorrência e dos serviços prestados.

Referências

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