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LOGÍSTICA REVERSA: REUTILIZAÇÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE

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REUTILIZAÇÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE

Samuel Barbosa da Silva Graduando em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil lucianocyrus@yahoo.com.br Alexsandra Machado da Silva dos Santos Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Professora do Curso de Graduação em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil alexiam100@hotmail.com

RESUMO

Neste trabalho, serão apresentadas algumas reflexões para o desenvolvimento de uma abordagem sobre o descarte correto e consciente do óleo lubrificante. A Logística Reversa tornou-se um elemento crucial neste processo. Esta área tem crescido no Brasil, pelo fato de ser um diferencial para a sociedade e por existirem leis que regulamentam o retorno dos materiais (insumos e resíduos) ao seu local de origem. Ao aplicar a Logística Reversa na empresa tem que se controlar toda a informação necessária para o retorno do material ao ciclo produtivo, pois um planejamento correto agrega valores econômicos, ecológicos, logísticos, entre outros. Com isso, esta investigação tem uma relevância não só acadêmica como também profissional ao vincular um assunto que toca em questões como a sustentabilidade e a preservação ambiental.

Palavras chave: Logística reversa. Óleo. Lubrificante. Refino. 1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o meio mais adequado de se descartar e de se reaproveitar o óleo lubrificante. Para isso, é preciso que se compreenda os perigos da contaminação deste produto devido aos compostos químicos presentes na sua composição e o efeito nocivo ao meio ambiente, pois ele não é biodegradável, sendo assim é preciso que se tenha um sistema de Logística Reversa eficaz. Levando em consideração, as vantagens da reciclagem e do reaproveitamento dos óleos lubrificantes, que após a retirada dos componentes degradados resgatam a base mineral e resulta em características semelhantes às do óleo do primeiro refino.

Ampliando assim, a capacidade de controle e de gerenciamento, para estabelecer um conjunto de regras que organizem desde o papel do consumidor até o das grandes refinarias, onde o óleo bruto passa por uma série de processos até a obtenção do óleo lubrificante.

A metodologia, a ser empregada nesta investigação é a qualitativa, pois traremos uma série de referenciais teóricos a respeito da Logística Reversa, para uma maior obtenção de conhecimento do tema, através de levantamento bibliográfico, além de apresentar os dados de relatar a importância da Logística Reversa devidamente aplicada não somente para as empresas mas para a sociedade e meio ambiente.

Para Paulo Leite (2009), a Logística Reversa funciona como a área que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de

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venda e de pós - consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Portanto, logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio, ou seja, logística engloba maior amplitude de fluxos que no passado. Tradicionalmente, as companhias incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo de saída de produtos em concordância. Desta forma, a crescente implementação da Logística Reversa em empresas líderes do mercado em diversos setores, constituindo-se parte integrante de suas estratégias empresariais.

2 DESENVOLVIMENTO

A Logística Reversa tem se tornado cada vez mais importante no mercado competitivo, e, devido a isso, conceitos novos surgem com objetivo de defini-la, ou seja, as iniciativas relacionadas à Logística Reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas, assim como as economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas. A seguir, serão abordados alguns conceitos mais relevantes encontrados nas literaturas pesquisadas. Segundo Rogers e Tibben-Lembke:

A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle de fluxos de matérias-primas, de produtos em processo e acabados e de informações, desde o consumidor final até o fornecedor, com o objetivo de recuperar valor ou fazer uma apropriada disposição ambiental. (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999, p. 129).

O processo de Logística Reversa ainda não é encarado pelas empresas como um processo necessário, visto que a maioria das empresas não possui um departamento específico para gerir essa questão. Apenas utilizam o processo e não despendem maior importância e nem investem em pesquisas. Durante a pesquisa é possível perceber que ainda existem empresas que não se aprofundam na busca de métodos que preservação ao meio ambiente, pensão apenas no lucro, e não reaproveitam os seus resíduos. Mas também foram encontradas informações de que existem outras empresas que fazem totalmente o contrário, estão sempre, se dedicando em fazer o melhor para não impactar o meio ambiente. Por isso, é preciso conscientizar os empresários de não gerar resíduos sólidos, mas uma vez gerados eles têm que ser reaproveitados. Isso deve ser visto como uma nova fonte de recursos.

Podemos compreender que a Logística Reversa pode ser compreendida como uma várias de atividades que se relacionam com o fluxo reverso do produto, agregando-lhes valor de diversas naturezas, como por exemplo os econômicos, ecológico, legal, logístico de imagem corporativa entre outras, tudo isso leva a contribui para a sustentabilidade no ambiente empresarial. Além disso, a Logística Reversa pode ser considerada como um processo de planejamento pela operação, pelo controle do fluxo e das informações logísticas, inclusive aquelas referentes ao retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo. Portanto a Logística Reversa defronta-se com vários contratempos para a imposição de melhorias, tais como o reaproveitamento, a reutilização, o reprocessamento e a reciclagem, haja vista que as organizações buscam a margem lucrativa da ação, mesmo antes da sua aplicação. Busca processos de diferenciação, centrando-se no cliente

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e no fornecedor, de forma que haja uma interdependência entre ambos e, mesmo que direções diferentes sejam seguidas, uma busca pelo mesmo objetivo — a satisfação de todos.

A Logística Reversa está se preparando para envolver outros ciclos, como o ciclo de retorno das embalagens ou do óleo lubrificante para o refino, visando mais proteção ao meio ambiente, ou seja, o retorno de resíduos sólidos para as empresas de origem, ira evitar que eles possam poluir ou contaminar o meio ambiente como, por exemplo, o solo, rios, mares, florestas, etc. Podemos afirmar que ela também permite a economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que estes resíduos entram novamente na cadeia produtiva, diminuindo o consumo de matérias-primas.

A Logística Reversa pode ser definida como a parte da logística que objetiva relacionar tópicos como: redução; conservação da fonte; reciclagem; substituição e descarte às atividades logísticas tradicionais de compras, como suprimentos, tráfego, transporte, armazenagem, estocagem e embalagem. Área da logística empresarial que visa gerenciar, de modo integrado, todos os aspectos logísticos do retorno dos bens ao ciclo produtivo, agregando-lhes valor econômico e ambiental.

Neste sentido, é preciso que se estude a reciclagem como uma possibilidade ao ser representada enquanto o canal reverso de reciclagem que tem como maior interesse reintegrar os materiais constituintes dos bens de pós-consumo, seja como substitutos de matérias-primas na fabricação de outra utilizando o canal reverso que além de recolher todos os produtos descartados pelas empresas criam uma margem significativa de lucros para a elas agregando maiores valores aos seus produtos reintegrados no mercado.

Muitas vezes, as pessoas desconhecem a lei e acabam agindo de maneira contrária a ela, vendendo o óleo lubrificante usado para outros fins que não o refino. Assim, os estudos de Logística Reversa vão se preocupar com os diferentes modos de retorno de produtos e seus diferentes destinos. Apresentam-se os principais destinos dos produtos retornados, como a revenda no mercado primário - os produtos de retorno devido a ajustes de estoques nos canais de distribuição direta normalmente possuem condições gerais de serem reenviados ao mercado primário, ou seja, o mercado original, com a marca do fabricante e através de redistribuição.

Há também, o que se caracteriza destino de desmanche ocorre quando o bem retornado apresenta-se sem condições de funcionamento para a utilidade de projeto e existe valor de uso em seus componentes. Esta operação é normalmente realizada por empresas que arrematam os produtos nestas condições e os componentes serão enviados ao mercado secundário de peças ou subconjuntos, ou antes, passando por processo de remanufatura. Os produtos salvados em acidentes de trajeto e o destino de peças de veículos ao mercado secundário são exemplos desta categoria de canal reverso.

É preciso que se analise, ainda a remanufatura pois, este processo se dará quando os componentes do desmanche de bens retornados apresentaram defeitos e devem ser refeitos para ser encaminhados ao mercado secundário. Muitas empresas de grande porte utilizam o sistema de desmontagem de componentes e revisão para alimentar o seu mercado de peças de reposição recuperando valores importantes.

A reciclagem industrial são subconjuntos ou partes da estrutura dos bens que são postos à venda com as empresas especializadas na reciclagem dos materiais constituintes destes produtos. Quando não há nenhuma outra solução de agregar valor de qualquer natureza para um determinado produto acaba retornando suas partes ou seus materiais, então são destinados a aterros sanitários ou ao processo de incineração dependendo das peculiaridades de cada país ou região.

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Quando se trata de doações, queremos falar sobre o destino de produtos retornados. Podemos citar como um exemplo bem comum o setor de computadores que apresentam vida média útil muito curta, mas que apresentam interesse no mesmo país ou em outros países mais necessitados.

Os ciclos dos produtos na cadeia comercial não terminam quando, após serem utilizados, eles acabam sendo descartados, muitas vezes de forma errada, com isso causando sérios problemas ambientais. Já faz bastante tempo que ouvimos falar em reciclagem e em reaproveitamento dos materiais utilizados, mais ainda existem diversas empresas que não se preocupam com as consequências que o descarte indevido de alguns resíduos podem causar sérios problemas para toda a sociedade.

3 LÓCUS DA PESQUISA

Os resíduos associados à troca do óleo lubrificante são classificados segundo a politica nacional de resíduos sólidos (PNRS), Lei 12.305/10, está validou muitas coisas que eram desejos antigos dos catadores, A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.

Entretanto, ainda temos que nos acostumar com certos apontamentos da lei que contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Sabendo disso, entendo que como resíduos nos estados sólido e semi-sólido, ficam incluídos na categoria os resíduos que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados

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em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável é o óleo lubrificante que, em decorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à sua finalidade original, podendo, no entanto, ser regenerado através de processos disponíveis no mercado; Gerador de óleo lubrificante usado ou contaminado como, toda pessoa física ou jurídica que, em decorrência de sua atividade, ou face ao uso de óleos lubrificantes gere qualquer quantidade de óleo lubrificante usado ou contaminado. (BRASIL, 1993).

A troca de óleo lubrificante automotivo é realizada de diversas formas, sendo são as principais formas realizadas as seguintes: as comerciais, ou seja, em postos combustíveis, postos de troca de óleo e concessionárias de veículo. Tendo em vista que as trocas que são realizadas em casa podem ser trocas completas como também apenas o complemento do óleo que já está inserido no veículo, já as trocas realizadas em frotas de veículos, como por exemplo, frotas de ônibus, existem lugares apropriados para a realização do serviço para estas trocas. Caso não haja esta preocupação e cuidados na hora da troca de óleo lubrificante, corre o serio risco de gera outros tipos de resíduos que contaminam o meio ambiente, podemos citar como exemplo a embalagem do óleo lubrificante automotivo, as estopas usadas, os trapos, os papelões, as serragem e etc. Existem diversos estudos sobre estes materiais investigando quais são as suas destinações finais, na verdade há uma grande preocupação em criar meios de gerenciar e operacionalizar formas de eliminar ou amenizar os prejuízos causados por estes materiais ao meio ambiente.

Com relação à embalagem, além de uma degradação muito lenta, a mesma se acumula no meio ambiente, o resíduo do óleo lubrificante existentes em seu interior gera graves danos ambientais e a saúde humana.

Existem lubrificantes automotivos que são vendidos, dia a pois dia em postos de troca de óleos, em postos de combustível ou também em postos de serviço além de supermercados, tendo em vista que na maioria dos lugares onde são vendido esses tipos produtos ou onde são feitas as trocas de óleo, não há o hábito ou o cuidado em planejar como e onde estes produtos deverão ser descartados.

No exato momento da troca, podem ter uma serie de materiais utilizados para a troca que estarão contaminados, todas as embalagens do óleo são compostas por um termoplástico denominado de Polietileno de Alta Densidade - PEAD que constitui o corpo do frasco, e este acaba sendo contaminado com resíduo oleoso que não e usado, e este permanece até que sejam coletados e, na grande maioria dos casos, destinados erradamente para lixões ou aterros que acabam contaminando e prejudicando o meio ambiente.

Em uma abordagem sobre a destinação de resíduos plásticos, consideram que a implementação de medidas que cooperem para o gerenciamento ambiental das embalagens pós-consumo de óleo lubrificante requer o comprometimento das partes interessadas, de modo a viabilizar o planejamento e desenvolvimento de alternativas de destinação.

A Logística Reversa de pós-consumo entende-se como o processo em que o sinal de descarte torna-se mais evidenciado, os sinais de descarte estão presentes e crescem gradualmente a

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cada ano, isso leva ao aumento desses níveis de descarte que é proporcional à redução do ciclo vital dos produtos. Logística Reversa de pós-venda tem o crescimento do poder de consumo, resultado das novas tecnologias que reduzem o custo da venda, os sistemas logísticos que priorizam cada vez mais a qualidade do serviço e a publicidade acirrada na comercialização, são fatores que levam ao problema abordados.

O objetivo estratégico e o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. (LEITE, 2009, p. 2).

A Logística Reversa de pós-consumo refere-se um processo onde os resíduos que são reaproveitáveis devem retomar à sua origem de modo eficiente e com baixo custo, de forma a serem reciclados sob as mais diversas formas. O retorno do bem durável ou semidurável que há interesse de sua reutilização, com a vida útil estendida, percorrendo o canal reverso de recurso em mercado de segunda mão até atingir o fim de vida útil, caracterizando um loop de vida do produto. Podemos afirmar que no fim da vida útil caracteriza-se por duas áreas: bens duráveis ou dos descartáveis. Na área de duráveis e semiduráveis, os bens utilizam o canal reverso de reciclagem industrial, sendo desmontados os componentes reaproveitados ou remanufaturados, retornando ao mercado secundário ou à própria indústria, sendo uma parte destinada à reciclagem.

Já a Logística Reversa de pós-venda caracteriza-se como um processo em que a aceleração da atuação logística, que permite a entrega dos artigos em um espaço de tempo menor, tem uma nova forma de consumo, bem como uma nova visão do canal distributivo. Neste novo formato, o fornecedor não se preocupa apenas com a garantia da entrega do produto ao cliente no menor tempo possível e com segurança, mas também busca a prontidão para um regresso imediato, casa haja necessidade. O ciclo vital do produto não termina ao chegar às mãos do consumidor. Parte desses produtos precisa retornar aos respectivos fornecedores por razões comerciais, em virtude de garantias oferecidas pelos fabricantes, por erros no processamento dos pedidos e por falhas de funcionamento.

Os aspectos logísticos da pós-venda são percebidos como um grande problema para as empresas fabricantes, porém precisam ser encarados com seriedade porque, cada vez mais, o serviço pós-venda é um elemento de fidelização dos clientes finais do produto. Manter um bom relacionamento com os clientes é, hoje em dia, um fundamento básico no mundo dos negócios. Dessa forma, os clientes esperam que o serviço pós-venda seja um atributo do produto tanto quanto a qualidade, o design, seu rendimento e o prego. A satisfação que um produto proporciona não é relacionada apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que o acompanha. A função da pós-venda é garantir está satisfação, ajudando a fidelizar o cliente e divulgar a boa reputação da empresa também para outros possíveis compradores. A logística da pós-venda tem objetivos distintos daqueles associados com a entrega de produtos originais.

O objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico que são devolvidos por razões comerciais erros no processamento de pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias no transporte, entre outros motivos. (LEITE, 2009, p. 206).

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Muitas empresas, por não se prepararem adequadamente para este fluxo reverso, perdem clientes por não saber o que fazer quando surge sua necessidade, ou exatamente por esperar o problema surgir primeiro para depois tentar resolvê-lo, causando desgastes em todos os componentes da cadeia de fornecimento. Ao assumir a possibilidade da existência de produtos danificados e estabelecer uma política de retomo de produtos, a confiabilidade perante o comprador aumenta.

E muito importante reconhecermos que o grande problema, e que não basta estabelecer urna política, e sim criar uma estrutura vinculada ao compromisso, onde podemos garantir um tratamento eficaz que trabalhe a recuperação do produto com o próprio cliente, isso dará a garantia que se o produto estiver com defeito será permitida a troca imediata, e o produto defeituoso seguira imediatamente para embalagens ou avarias de produtos, com isso asseguraremos que os clientes saíram satisfeito com o serviço.

4 CONCLUSÃO

No que se trata de Logística Reversa e o conjunto de operações relacionadas ao reuso de produtos e materiais e de ações empresariais que visam contribuir com a comunidade através do incentivo à reciclagem, à projetos para reduzir impactos ao meio ambiente, entre outros. Sendo assim, a Logística, de forma reversa, é essencial para que o processo de refino do óleo lubrificante usado, desde sua coleta até o seu processo de reaproveitamento,seja concluído,explorando as oportunidades que essa atividade pode proporcionar; sendo elas ambientais ou financeiras, através da reciclagem e reaproveitamento do óleo lubrificante utilizado.

Durante o desenvolvimento do trabalho há alguns pontos marcantes que devem ser ressaltados, como por exemplo, mostrar que as empresas terão que se preocupar em atender a legislação de modo eficiente, visando o melhor para a cidade onde estão instaladas, preocupando-se em influenciar fornecedores e empregados a assumirem uma postura sócio ambientalmente responsável.

As empresas deverão se interessar pela redução, armazenagem e pela destinação correta de seus resíduos, seja para reciclagem, reuso, redistribuição, venda, com processamento ou, simplesmente, descarte. Isso pode ser comprovado pelo atendimento às exigências legais para armazenamento de resíduos, e, também, com o fato de que, para recebê-los, as empresas de destinação final, devem atender a legislação ambiental e seguir as normas internas para serem homologadas e terem permissão para efetuar o transporte. Além disso, com a destinação correta desses resíduos, as empresas terão um retorno financeiro, o que estimula o mantimento dessa política.

No mundo de hoje, como o tema de sustentabilidade está em alta, e por ser uma área que está crescendo, estão surgindo novas metodologias para realizar uma eficiente destinação de resíduos. O tema abordado é bem amplo e este trabalho abre espaço para novas pesquisas e novas ideias. As propostas de melhoria sugeridas neste projeto podem ser trabalhadas e dessa forma continuar esse estudo mostrando seus resultados.

A partir desse tema, as empresas podem elaborar um estudo sobre a redução tanto dos resíduos críticos aqui abordados quanto dos outros resíduos gerados, que trará benefícios financeiros e ambientalmente sustentáveis. Além da redução da geração através de novas

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tecnologias ou novos procedimentos, a empresa pode fazer estudos de novas destinações para esses resíduos, de modo a diminuir custos, tempo de transporte para descarte, e numa tentativa de gerar retorno financeiro de acordo com os novos destinos. Exemplificando, um resíduo que, atualmente é destinado ao descarte, pode ser encaminhado para reciclagem, gerando retorno financeiro para as empresas.

REFERÊNCIAS

BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2003.

BRASIL. Lei nº 12305, de 02 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 ago. 2008. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 26 ago. 2014.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n. 9, de 31 de agosto de 1993.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 ago. 1993. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res93/res0993.html>. Acesso em: 14 jan. 2016. DONATO, V. Logística verde: uma abordagem sócio-ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2008.

LACERDA, L. Logística reversa, uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas

operacionais. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ, 2002.

LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. An examination on reverse logistics practices. Journal of

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