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NÍVEIS DE ESTIRENO NOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS ORIUNDOS DA ATIVIDADE DE BENEFICIAMENTO DO MÁRMORE BEGE BAHIA, NOS MUNICÍPIOS DE JACOBINA E OUROLÂNDIA

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Michelle Cruz Costa Calhau(1)

MSc em Engenharia Ambiental Urbana da Escola Politécnica da UFBA. Analista da Área de Meio Ambiente do SENAI Bahia - Unidade CETIND.

Magda Beretta (2)

Doutorado em Química pela Universidade Federal da Bahia, Brasil(2000) Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia , Brasil

Edson Valmir Cordova da Rosa(3)

Doutorado em Química com ênfase em química ambiental e ecotoxicologia Analista da Área de Meio Ambiente do SENAI Bahia - Unidade CETIND.

Arlinda Conceição Dias Coelho (4)

MSc em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo Coordenadora do Núcleo de Produção mais Limpa - Bahia

Gerente da Área de Meio Ambiente - SENAI-CETIND/FIEB

14/07/2010

NÍVEIS DE ESTIRENO NOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS ORIUNDOS DA 

ATIVIDADE DE BENEFICIAMENTO DO MÁRMORE BEGE BAHIA, NOS 

(2)

Cenário

A Bahia é o terceiro maior produtor brasileiro de rochas ornamentais e único produtor do Mármore Bege Bahia, onde as principais jazidas e ocorrências se distribuem no semi-árido do território baiano, ao longo do Vale do Salitre, tendo no município de Ourolândia aproximadamente 90% de suas reservas.

A produção total é da ordem de 1.500 m³ mensais podendo chegar à 4.500 m³ por mês, o que corresponde, após desdobramento, à 135.000 m² de chapas por mês (SEBRAE, 2004).

(3)

Desembarque dos Blocos

Movimentação e Preparação da carga

Serragem do Bloco

Lavagem e retirada dos blocos

Estucagem das chapas

Levigamento das Chapas

Resinamento das Chapas

Polimento das Chapas

Marmoraria (Corte e Acabamento)

Embarque das Chapas

RESINA “EPOX” (base de estireno) RESÍDUOS SÓLIDOS (lama abrasiva/pó de mármore), EFLUENTES LÍQUIDOS, EMISSÕES ATMOSFÉRICAS (material particulado)

FLUXO DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO

(4)

Processo Industrial de beneficiamento

CORTE ‐ Corte dos blocos (3,0 x 1,70 x 1,65 metro) em chapas (2,9 x 1,6 x 2,0 metros) 

(5)

ESTUCAMENTO ‐ as chapas são direcionadas para o preenchimento das imperfeições. 

Processo Industrial de beneficiamento

LEVIGAMENTO – alisamento das chapas, criando superfícies planas e paralelas. 

(6)

RESINAGEM ‐ as chapas são direcionadas para o preenchimento das imperfeições. 

Processo Industrial de beneficiamento

(7)

POLIMENTO ‐ as chapas são direcionadas para o polimento, com o objetivo de dar brilho ao  mármore. 

Processo Industrial de beneficiamento

(8)

RESÍDUO SÓLIDO – Lama abrasiva/Pó de mármore (≈108 t/mês). EFLUENTE LÍQUIDO E MATERIAL PARICULADO (não quantificado)

(9)

Resina: características gerais

Resina Poliéster Orto‐Tereftálica Insaturada Diluída em Monômero de Estireno

Apresenta em sua composição entre 25 e 45% de monômeros de estireno.

Segundo NOVAPOL (FISPQ n°001):

• Aspecto: líquido incolor, com leve odor de éter, tóxico, não solúvel em água, cujos vapores são mais pesados que o ar e podem movimentar-se a longa distância e acumular-se em áreas baixas.

• Características toxicológicas estão associadas à presença do estireno.

Fonte: Novaforma Química, 2009.

(10)

Estireno: características gerais

Hidrocarboneto aromático não saturado

Segundo a Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças (ATSDR):

líquido incolor, com cheiro doce, que evapora facilmente;

pode ser encontrado no ar, água e solo logo após sua liberação no

ambiente.

no ar, é rapidamente degradado, geralmente em um ou dois dias;

evapora em solos rasos e águas superficiais;

quando permanece no solo ou na água pode ser degradado por bactérias

ou outros microorganismos, não sendo para tanto, acumulado em

animais.

(11)

Estireno: efeitos ambientais conhecidos 

Ar:

No ambiente urbano, as concentrações de estireno podem variar, sendo detectadas concentrações de até 15 ppb (partes por bilhão) em algumas cidades norte americanas (Howard, 1989).

Água:

50% sendo perdido dentro de três horas em camadas superficiais da água de lagos. (Fu e Alexander, 1992).

Evapora facilmente da água para o ar (WHO, 2000).

Makeni Chemicals (2004), em sua Ficha de Informações de Segurança, apresenta o estireno como uma substância miscível com água, podendo contaminar esgotos e corpos hídricos e, consequentemente, causar danos a espécies aquáticas, apesar de ser volátil, de baixa solubilidade em água e rapidamente biodegradável.

Solo/sedimento:

Rápida mineralização na porção mineral e orgânica do solo neutro (pH 7,23);

(12)

Sistemas biológicos:

Devido ao pouco tempo de permanência na água e, apesar de

biodegradável

o

estireno

não

apresenta

potencial

para

a

bioacumulação ou bioconcentração e, para tanto, não é também

notado sua concentração ao longo da cadeia alimentar (CETESB, 2009;

WHO, 2000).

A FISPQ do Estireno vinculada pela CETESB (2009) evidencia o

potencial de toxicidade para biota aquática, em concentrações

variáveis de acordo grupo e espécie a que pertencem os organismos.

(13)

Seres Humanos:

• A exposição repetida e prolongada, pode causar reações adversas à saúde, como: náusea, perda de apetite, depressão do Sistema Nervoso Central e fraqueza generalizada (Novaforma Química, 2008).

• É considerado de toxicidade aguda por inalação ou contato direto (IPCS, 2007) e, pela Agência Internacional de pesquisa do Câncer como possível carcinógeno (CETESB, 2007).

• De acordo Sistema de Informação de Riscos Integrados da U. S. EPA (2010), a exposição aguda resulta em irritações nas mucosas e nos olhos, bem como distúrbios gastrointestinais, enquanto que o contato em longo prazo tem como efeitos crônicos uma variedade de desconfortos, incluindo dores de cabeça, neuropatia fadiga, fraqueza, depressão e periféricos.

(14)

OBJETIVO GERAL

Avaliar os níveis de contaminação por estireno nos resíduos sólidos

industriais gerados no processo de beneficiamento de mármore Bege

Bahia, através da determinação das concentrações na lama

residual/pó de mármore.

(15)

ÁREA DE ESTUDO

Os empreendimentos estão localizados nos municípios de

Ourolândia e Jacobina, sendo a presença da matéria-prima

um fator determinante para a localização das pedreiras e

unidades de beneficiamento, no intuito de reduzir os custos

com transporte do material bruto das pedreiras até às

unidades de beneficiamento. As bacias hidrográficas onde

estão inseridos os municípios são: Salitre e Itapicuru

respectivamente.

(16)
(17)

CONCENTRAÇÃO DE ESTIRENO NOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS:

Campanhas:

• junho e setembro de 2008 e, • março junho e agosto de 2009. Local:

Área industrial e “bota‐fora” de duas empresas, localizadas nos municípios de Jacobina e Ourolândia. Metodologia de amostragem e acondicionamento: ABNT NBR 10.007:2004 Método de análise: Cromatografia Gasosa/Espectrometria de Massas com Purge & Trap, usando amostrador automático (EPA METHOD 8260).

(18)

REDE AMOSTRAL

EMPRESA 1 EMPRESA 2

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RESULTADOS 

RESÍDUOS INDUSTRIAIS SÓLIDOS

Tabela: Resultado das analises para determinação da concentração

de estireno no resíduo sólido (lama abrasiva).

Alta concentração de estireno na massa bruta e no lixiviado;

O estireno pode lixiviar para o ambiente em uma eventual disposição indequada,

podendo inclusive contaminar solo, corpos d´água e sedimento

(22)

RESULTADOS 

RESÍDUOS INDUSTRIAIS SÓLIDOS

Figura: Gráfico para apresentação dos resultados das analises para caracterização

(23)

RESULTADOS 

RESÍDUOS INDUSTRIAIS SÓLIDOS

Figura – Gráfico para apresentação dos resultados das analises para determinação da

concentração de estireno no resíduo sólido depositado no bota-fora das empresas.

(24)

CONCLUSÃO 

O estireno presente na resina poliéster, sob a forma de monômeros, está

presente no resíduo oriundo da atividade de beneficiamento de mármore

Bege Bahia, sendo encontrado em maior concentração na lama residual da

etapa de polimento.

Na lama residual o estireno encontra‐se mais concentrado na massa bruta do

resíduo, porém, também está presente em altas concentrações no lixiviado.

A alta concentração de estireno na massa bruta e no lixiviado, poderá lixiviar

para o ambiente podendo inclusive contaminar solo, sedimento e corpos

d´água.

A contaminação da lama residual e do pó de mármore por estireno presente

na resina, pode comprometer a viabilidade comercial, no que se refere ao

reaproveitamento, em função dos efeitos desse químico no ambiente ainda

serem pouco conhecidos.

Referências

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