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Informativo InpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Conheça o Programa de Educação Ambiental. Premiações

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Destinação

Volume destinado

cresce 15% no

1º quadrimestre

pág. 2

Premiações

Veja os vencedores

do Programa

Implantar 2010

pág. 10

Certificação

Plastibrás recebe

selo ambiental

Floresta Verde

pág. 8

44

Veja a cobertura completa do Dia Nacional do Campo Limpo 2010

Ano VII - Maio e Junho de 2011 Informativo InpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

Conheça o Programa de Educação Ambiental

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pal avr a do presidente

Sucesso estimula planos para 2011

Para continuarmos levando adiante os planos para aprimorar ainda

mais o sistema de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas, temos como grande estímulo os resultados positivos atingidos em 2010.

Uma destas iniciativas bem-sucedidas foi o projeto educacional “Ciclo de Vida das Embalagens”, que em 2010 fez parte das comemorações do Dia Nacional do Campo Limpo. Em todo o país, participaram do projeto alunos do 4º ao 7º ano de mais de 1.000 escolas, estreitando o relacionamento do sistema com os estudantes do entorno das centrais de recebimento e reforçando nossas ações voltadas para conscientização ambiental das futuras gerações.

Também podemos comemorar o aumento da comercialização da Ecoplástica Triex, fabricada pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plástico a partir do processamento das embalagens vazias. Vários fabricantes estão utilizando a Ecoplástica, contribuindo para o fechamento do ciclo de vida das embalagens dentro do próprio setor e dando um passo importante rumo à autossustentabilidade do sistema.

A modalidade de recebimento itinerante também aumentou a participação no volume total retirado do meio ambiente, representando cerca de 8%.

O sistema de destinação de embalagens vazias de agrotóxicos registrou um crescimento de 15% no volume retirado do meio ambiente nos quatro primeiros meses de 2011 em comparação com o mesmo período de 2010. O total destinado de janeiro a abril saltou de 10.006 toneladas no ano passado para 11.506 toneladas este ano. Doze Estados apresentaram crescimento percentual no volume destinado no período. As maiores porcentagens de crescimento foram registradas em Sergipe (106%), Pernambuco (82%), Pará (62%) e Espírito Santo (44%). Já os Estados do Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás registraram os maiores volumes de embalagens retiradas do campo no período.

Em 2010, registramos o volume de mais de 31 mil toneladas retiradas do campo, o que significou um crescimento de 9% em relação a 2009. Resultados tão animadores só têm sido alcançados porque contamos com o comprometimento de todos os envolvidos – fabricantes, revendedores, cooperativas, fundações e órgãos públicos.

A partir de agora, passaremos a denominar o Programa de Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos como Sistema Campo Limpo. Como a marca registrada Campo Limpo já tem sido utilizada para denominar algumas iniciativas deste programa, acreditamos que essa nova abordagem contribuirá para o fortalecimento da marca, para uma associação ainda mais rápida aos objetivos do programa, além de simplificar a forma com que o sistema é divulgado.

Boa leitura!

João Cesar M. Rando Diretor-presidente do inpEV

Resultados

Destinação no país cresce 15%

no primeiro quadrimestre de 2011

Compar ativo de embal agens destinada s

Janeiro a Abril 2010 x 2011

Fonte: Destinação Final inpEV – Abril de 2011.

E D I Ç Ã O 4 4

Informativo inpEV

- Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias Rua Capitão Antonio Rosa, 376 – 7º andar – Jardim Paulistano – São Paulo – SP CEP: 01443-010 – Tel.: 55 11 3069.4400 – E-mail: inpev@inpev.org.br - Site: www.inpev.org.br •Supervisão: Comunicação e Educação inpEV •Coordenação de conteúdo: LVBA Comunicação. •Editora responsável: Silvia Braido – MTb 16.018 •Projeto gráfico: Laika Design.

Volume 2010 (t) Volume 2011 (t) Crescimento (%) Mato Grosso São Paulo Rio Grande do Sul Goiás Minas Gerais Bahia Maranhão Piauí Espírito Santo Pernambuco Rio de Janeiro Sergipe Pará Outros Brasil 1.997 1.267 871 1.259 884 816 199 78 56 42 -11 8 2.520 10.006 2.828 1.319 1.312 1.261 1.035 921 246 97 80 76 24 22 12 2.065 11.506 42 4 51 0,5 17 13 24 24 44 82 -106 62 (82) 15 E X P E D I E N T E Sistema em Foco

O crescimento do número de embalagens vazias de agrotóxicos destinadas e o fortalecimento das ações educativas voltadas para a conscientização sobre a proteção do meio ambiente e da saúde humana fizeram de 2010 um ano especial para o sistema.

O volume de embalagens destinadas, que totalizou 31.266 toneladas, representa um crescimento de 9% em relação a 2009. Esse sucesso deve-se ao comprometimento de todos os elos da cadeia e à intensificação das ações realizadas pelas diversas unidades de recebimento, que resultaram no aumento da destinação de embalagens em 16 Estados brasileiros. Diversas foram as iniciativas pela conscientização em todo o país, organizadas por associações gerenciadoras das unidades de recebimento, órgãos do poder público e diversos outros parceiros nas esferas municipal e estadual. O êxito das iniciativas pode ser medido também pelo recorde de participação de público nas atividades do Dia Nacional do Campo Limpo 2010, que envolveram 140 mil pessoas. Como forma de comemorar a data, esse foi o primeiro ano de implantação do Projeto Educacional Ciclo de Vida das Embalagens, aplicado a escolas do entorno das centrais de recebimento que envolveu mais de 70 mil alunos do Ensino Fundamental de 1.022 escolas de 18 Estados.

Um ano para comemorar

Principais eventos e premiações em 2010

Durante o ano, o sistema foi levado a 15 eventos de expressão nacional, por meio de estandes ou palestras, em que foram disseminadas mensagens sobre a importância da destinação correta de embalagens vazias de agrotóxicos para o meio ambiente e sobre o funcionamento e resultados desse programa de logística reversa, que é considerado referência mundial.

Como reconhecimento ao fechamento do ciclo de vida das embalagens com a produção da Ecoplástica Triex, desenvolvida pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, o inpEV recebeu menção honrosa durante a cerimônia de entrega do prêmio Agrow, promovido pela revista britânica de mesmo nome, na categoria Stewardship. Além disso, foi convidado e se tornou o primeiro membro honorário da CropLife Latin America. As premiações do ano incluíram ainda o relatório anual do instituto, que ficou em terceiro lugar na 12ª edição do Prêmio Abrasca de Relatório Anual, e a campanha “Os Dois Lados da Consciência”, do inpEV, que recebeu ouro na 16ª Mostra da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A), na categoria Campanha de Serviços. Durante o 8º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos (Enfisa), realizado de 14 a 18 de junho, o inpEV foi indicado como instituição com trabalho relevante relacionado aos agrotóxicos.

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Funcionário utilizando o trava-quedas: iniciativa que proporciona mais segurança Em janeiro, o inpEV recebeu em sua sede cinco estudantes

de MBA da Johns Hopkins University, de Maryland, Estados Unidos. O programa foi estabelecido com a universidade americana por meio da Fundação Dom Cabral, que é parceira do inpEV.

Como uma importante parte do programa de MBA, os estudantes são expostos aos desafios do crescimento com sustentabilidade, por meio da imersão em empresas e instituições inovadoras, localizadas em mercados emergentes. No Brasil, três grupos de alunos estudaram sobre as empresas Macron Indústria Gráfica, Hospitalar e inpEV, inicialmente a distância, e em janeiro, tiveram a oportunidade de conhecer de perto a realidade de cada uma delas.

Ao final de uma semana de trabalho, o grupo apresentou uma série de recomendações ao instituto, ressaltando a importância da participação nas mídias sociais e as estratégias para tornar o programa de destinação de

Na busca por soluções de proteção mais adequadas e vantajosas para as centrais, o inpEV estabeleceu um contrato nacional com a Alfa Seguradora para seguro de danos materiais de todas as centrais do Brasil. O investimento foi realizado pelo instituto como forma de oferecer o suporte necessário aos gerenciadores das centrais de recebimento na cogestão das unidades. O seguro cobre itens como incêndio, vendaval, queda de raio, explosão e implosão de qualquer natureza, danos elétricos, roubo ou furto qualificado de bens, danos involuntários causados a terceiros relativos embalagens mais conhecido de toda a sociedade, inclusive

no ambiente urbano.

A troca de experiências com a universidade continua por meio de videoconferências entre as duas instituições.

InpEV faz parceria com a Universidade

Johns Hopkins

Estudantes da Johns Hopkins University com equipe do inpEV

Sistema em Foco

Centrais são seguradas contra danos materiais

Em 2010, as centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos de Guarapuava (PR) e Rondonópolis (MT) foram as primeiras a adotar o trava-quedas, um novo equipamento de segurança que deve ser utilizado por funcionários que sobem nas carrocerias dos caminhões para descarregar as embalagens. A iniciativa partiu da análise do Programa de Prevenção de Riscos de Acidentes (PPRA), que determina a necessidade de uso de trava-quedas a partir das características do local de trabalho.

Hoje já são 11 centrais em todo o país a utilizar o dispositivo. Segundo Wanderley Bernardin, gerente responsável pela central de Guarapuava, os funcionários se adaptaram facilmente ao equipamento e trabalham ainda mais seguros.

Boas práticas adotadas pelos diversos elos da cadeia têm sido fundamentais para o sucesso do sistema de destinação de embalagens vazias de agrotóxicos. Uma dessas ações positivas é a adoção, por parte dos produtores rurais, do agendamento das devoluções nas unidades de recebimento, como faz a Sementes Bom Jesus (MT). Apenas para a central de Rondonópolis (MT), o grupo encaminha cerca de seis caminhões por semana na época de safra, com embalagens vazias dos produtos fitossanitários utilizados em 40 mil hectares, de três, das sete unidades da empresa no Estado. “Agendamos as entregas com cerca de três meses de antecedência, o que facilita nossa programação e logística”, afirma Fabio Frederico, engenheiro agrônomo da Bom Jesus. Também adepta do agendamento, a Sementes Adriana, de Alto das Garças (MT), programa as entregas para todo o ano. A devolução das embalagens vazias ocorre a cada 15 dias – tempo máximo para atingir a capacidade do galpão mantido pela fazenda para armazená-las. “Nos quatro meses de safra, realizamos até 10 viagens para a central de Rondonópolis (MT)”, afirma Fernando de Rezende Silva, gerente de produção da empresa. A fazenda adotou o descarte correto das embalagens em sua rotina já há 13 anos. “Além de ser decretado por lei, o descarte correto das embalagens é parte do bom funcionamento da produção”, finaliza o gerente.

Sistema em Foco

Centrais adotam novo dispositivo

de segurança

Estratégia na hora de devolver

as embalagens

Embalagens vazias no depósito da Sementes Adriana

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às operações da central, danos corporais sofridos por empregados quando em serviço, entre outros.

Também foi contemplada na apólice uma cláusula particular, que cobre o valor da matéria-prima já enfardada que eventualmente sofra sinistro, com um limte de valor por central. De acordo com o gerente de operações do inpEV, Paulo Ely do Nascimento, foi possível uma sensível diminuição dos custos. “A negociação coletiva gerou uma redução média de 48% no valor pago pelas centrais que possuíam seguros”, explica.

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De olho no futuro

Multiplicando conhecimento

Comprometido com a promoção da educação ambiental das futuras gerações nas regiões de atuação do sistema Campo Limpo (sistema de destinação de embalagens vazias de agrotóxicos), o inpEV lança em 2011 o Programa de Educação Ambiental Campo Limpo, que traz conteúdos a serem desenvolvidos pelas escolas do entorno das centrais de recebimento, com o tema Ciclo de Vida das Embalagens. O programa faz parte das atividades em prol da educação desenvolvidas pelos elos do sistema de destinação de embalagens e, como o Dia Nacional do Campo Limpo, deve se consolidar como uma das principais iniciativas dos envolvidos com a logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos pela conscientização das futuras gerações. Os materiais que compõem o kit, distribuído para as escolas que aderiram ao programa, são alinhados aos parâmetros curriculares nacionais (PCNs), direcionados a alunos de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental e trazem atividades adequadas para cada ano. Para que o professor trabalhe o assunto em sala de aula, algumas atividades são sugeridas, como o jogo de tabuleiro “Na trilha das embalagens” e um pôster que elenca o tempo que cada tipo de embalagens leva para se decompor na natureza.

O trabalho desenvolvido pelos elos da cadeia produtiva agrícola no sistema de destinação de embalagens vazias de agrotóxicos é abordado como um exemplo de sucesso no descarte de embalagens pós-consumo. “A proposta é consolidar um projeto de educação continuada de qualidade, fornecendo subsídios para que o educador trabalhe o descarte adequado de cada tipo de material e o consumo consciente, conforme a grade curricular estabelecida pelo MEC para alunos desses anos”, explica Taylise Fernandes, coordenadora de Comunicação e Educação do inpEV.

Desafios

Para a coordenadora, o projeto deve ganhar força a cada ano, podendo trabalhar outros temas de educação ambiental. “Quando um assunto que pode ser colocado em prática pelas crianças é abordado (no caso a forma correta de descartar o lixo doméstico), pode-se falar em aprendizado. Dessa forma procuramos despertar a consciência de proteção ao meio ambiente que será levada para todas as esferas das vidas desses pequenos cidadãos”, conclui.

Sucesso em 2010

De acordo com João Cesar Rando, diretor-presidente do instituto, a utilização de linguagem e metodologia adequadas para a comunicação com crianças e a criação de um programa de educação ambiental continuada são os objetivos do inpEV com essa iniciativa.

Em 2009, a produção de um desenho animado sobre o programa de destinação de embalagens e um conjunto de banners sobre o descarte correto de embalagens de uso doméstico iniciaram o diálogo com o público mais jovem. Em 2010, um material que introduzia o tema Ciclo de Vida das Embalagens foi colocado à disposição das escolas do entorno das centrais e 1.022 instituições de ensino de 18 Estados o adotaram. Foram cerca de 160 municípios participantes, envolvendo mais de 70 mil alunos que receberam o conteúdo alinhado às recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) com didática, atividades e informações consistentes para a orientação dos alunos sobre o Ciclo de Vida das Embalagens e a importância de sua destinação correta.

Matéria de Capa Matéria de Capa

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Ano VII - Maio e Junho de 2011

Parceiros em Ca mpo

Agendamento num clique

Mais um passo rumo à qualidade

Plastibrás recebe certificação verde

A Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri), que gerencia as centrais de recebimento de Barreiras, Rosário e Roda Velha, no Estado da Bahia, reformulou seu espaço na internet. Com um novo layout e uma proposta inovadora, o site www.aciagri.com.br coloca à disposição dos usuários uma série de novos serviços, como informações sobre Legislação Ambiental e Segurança do Trabalho, além do agendamento on-line para a devolução de embalagens vazias de agrotóxicos nas três centrais.

Em janeiro deste ano, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos obteve a ampliação do escopo de certificação ISO 9001:2008. O novo certificado é para “Reciclagem e transformação de plásticos em resinas pós-consumo: projeto, desenvolvimento e fabricação de embalagens plásticas”.

O primeiro reconhecimento, obtido em 2009, englobava o processo de reciclagem e transformação para a produção de resinas pós-consumo.

Parceira do sistema de destinação de embalagens vazias para a reciclagem de embalagens plásticas de agrotóxicos, a Plastibrás foi certificada em 2010, com o selo Floresta Viva, do Instituto Ação Verde, pela neutralização de suas emissões de carbono no decorrer do ano. A empresa, localizada em Cuiabá (MT), é responsável por grande parte do processamento de embalagens plásticas de produtos fitossanitários oriundas dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, transformando-as em eletrodutos flexíveis, dutos corrugados de vários diâmetros e matéria-prima para indústrias de artefatos plásticos, que utilizam o material na produção de eletrodutos, dutos para telefonia subterrânea, conduítes e tubulação de esgoto e drenagem.

“Estamos muito felizes por fazer parte do sistema de logística reversa de embalagens de agrotóxicos e, mais ainda, por sermos a primeira indústria do Estado do Mato Grosso a efetivamente compensar o carbono gerado”, afirma Adilson Valera Ruiz, presidente da Plastibrás. De acordo com Rui

Ottoni Prado, presidente do Instituto Ação Verde e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), a certificação demonstra a seriedade com que as empresas estão vendo a questão ambiental, além de estarem atentas às demandas de uma nova sociedade. “Ao se empanharem em cumprir os requisitos necessários para a certificação, as empresas sinalizam que estão preocupadas e engajadas na preservação do meio ambiente”, afirma Prado.

Em Movimento

Quando a Lei 12.305/2010 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi sancionada e regulamentada pelo Decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010, alguns setores já estavam um passo à frente, mantendo um sistema baseado na logística reversa e na gestão compartilhada dos resíduos entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, poder público e consumidores. Além do sistema de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas que se destaca por seu pioneirismo e inovação, as indústrias de pneus e de óleos lubrificantes já possuem sistemas de logística reversa em funcionamento.

Setores pioneiros na logística reversa

Pneus

As principais indústrias de pneus estão organizadas por meio da Reciclanip, entidade criada em 2007 com o objetivo de coletar e destinar, de forma ambientalmente adequada, os pneus que não podem mais ser usados para rodagem. “A organização fortaleceu as ações que já eram realizadas desde 1999 devido ao Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Nesse período, mais de 1,54 milhão de toneladas de pneus inservíveis, foram destinados adequadamente”, explica Cesar Faccio, coordenador da Reciclanip.

Atualmente, há 620 pontos de coleta em todo o país, que recolhem e armazenam o material vindo de borracharias, revendedoras e dos próprios consumidores. Só no ano passado, a Reciclanip coletou 311.554 mil toneladas de pneus inservíveis, que foram encaminhados para a destinação. No Brasil, os pneus que não podem mais ser usados para rodagem são reaproveitados de diversas formas, como combustível alternativo para as indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapato e em borrachas de vedação.

Óleos lubrificantes

O setor de óleos lubrificantes conta com o Programa Jogue Limpo, estruturado pelos fabricantes, importadores e distribuidores. O Programa funciona desde 2005 e, no ano passado, reciclou 23 milhões de embalagens oriundas dos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do município de São Paulo.

Além de fabricantes, importadores e distribuidores, a responsabilidade legal do Programa é compartilhada por toda a cadeia de agentes: o consumidor deve devolver a embalagem usada para os canais de comercialização; o comerciante deve receber as embalagens, entregues pelo consumidor pessoa física, e armazená-las de forma adequada, em conjunto com aquelas geradas em seu próprio estabelecimento. Esse material é encaminhado para o serviço de recebimento itinerante ou diretamente aos locais de recebimento. “Nessas unidades, o material é prensado, armazenado e, posteriormente, enviado a uma recicladora, onde é transformado em matéria-prima de novas embalagens. Esse processo fecha a cadeia de produção, evita o desperdício de material derivado de petróleo e deixa de eliminar no meio ambiente produtos que levariam cerca de 400 anos para se degradar”, ressalta Antonio Carlos Nóbrega, gerente de Meio Ambiente do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes).

Embalagens Ecoplástica Triex, produzidas pela fábrica

Embalagens vazias arrecadadas pelo Programa Jogue Limpo

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Sistema incluirá fabricantes de fitossanitários

para agricultura orgânica

O Decreto nº 6.913, de 23 de julho de 2010 – que acresce dispositivos ao Decreto nº 4.074 de 2002, que regulamenta a Lei nº 7802/89 –, estabeleceu procedimentos diferenciados para o registro de fitossanitários, que contenham apenas substâncias permitidas para uso na agricultura orgânica. Nesta entrevista, Luís Eduardo Rangel, coordenador geral de Registro de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), detalha as implicações deste decreto.

“Apesar da classificação mais amena, os produtos

fitossanitários para a agricultura orgânica devem ser

manuseados e tratados com critérios de segurança,

pois não existem substâncias atóxicas”.

Entrevista

Desde a assinatura do Decreto nº 6.913, quantos produtos e/ou fabricantes já obtiveram a certificação e estão sendo utilizados na agricultura orgânica?

Ainda não houve registros de produtos para essa finalidade. Estamos discutindo a construção das especificações de referências de alguns produtos aceitos pela área de agroecologia para que possamos fazer os registros simplificados que o Decreto preconiza.

Os fabricantes desses produtos, agora denominados fitossanitários com uso aprovado para agricultura orgânica, também estão obrigados a destinar as embalagens de acordo com a Lei 9.974/00?

Sim. A definição desses produtos não isenta das obrigações do registrante para o recolhimento de embalagens, obrigação reforçada inclusive pela nova Lei de Resíduos Sólidos. A legislação obriga o registrante a apresentar um sistema de recolhimento e destinação de embalagens vazias no processo de registro.

De que forma fabricantes, revendedores, distribuidores e agricultores são orientados e fiscalizados sobre a destinação das embalagens?

A lei de destinação de embalagens de agrotóxicos é bastante difundida e cumprida por todos os elos da cadeia. Para produtos da agricultura orgânica o procedimento não deve ser diferente, com as orientações iniciais aos agentes da fiscalização feitas através do Seminário Nacional de Agrotóxicos.

Há alguma implicação direta para o funcionamento já em prática do sistema?

Não acredito que haverá problemas desse tipo. Boa parte dos produtos aceitos para a agricultura orgânica já são registrados no Mapa, como enxofre, cobre, produtos biológicos e outros. Os demais que serão incluídos não guardarão características que lhes reserve necessidades especiais. Serão oriundos de plantas, extratos ou minerais moídos.

O agricultor, a revenda e até mesmo os funcionários das unidades de recebimento de embalagens deverão dar tratamento diferente a cada tipo de embalagem – fitossanitário para agricultura orgânica e a tradicional?

Não. Apesar da classificação mais amena, os produtos fitossanitários para a agricultura orgânica devem ser manuseados e tratados com critérios de segurança, pois não existem substâncias atóxicas. Os procedimentos de tríplice lavagem, inutilização de embalagens, recolhimento e processamento continuam válidos para esses produtos.

Em Movimento

Criado pelo inpEV para incentivar o aperfeiçoamento da atuação das centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, o Programa Implantar reconheceu, em sua quarta edição, as 20 unidades que mais se destacaram no ano de 2010. Os vencedores das três categorias – centrais grandes (recebem mais de 300 toneladas de embalagens/ano), centrais médias (recebem entre 120 e 300 toneladas) e centrais pequenas (menos de 120 toneladas) – foram divulgados em março (veja tabela abaixo).

As unidades premiadas são as que mais se aproximaram do total de 10.000 pontos, considerando indicadores como os resultados da mobilização no Dia Nacional do

Conheça os vencedores do Programa

Implantar 2010

Campo Limpo, a participação em eventos, o custo médio anual da tonelada processada, o cumprimento de metas de volume de embalagens devolvidas pelos agricultores e a organização geral da central. Com evolução em todos os indicadores, as unidades que fizeram a diferença em 2010 alcançaram esse resultado por apresentarem importantes características, como busca contínua pela melhoria, preocupação com processos e procedimentos bem executados, além de vontade de aprender e vencer. Os três primeiros colocados Brasil, assim como o primeiro colocado em cada categoria, serão reconhecidos com o Prêmio Andef 2010 – categoria Campo Limpo. O evento de premiação será realizado no mês de junho, em São Paulo.

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InpEV participa de eventos agrícolas

no primeiro quadrimestre

Nos quatro primeiros meses do ano, o sistema de destinação de embalagens vazias de agrotóxicos foi levado a cinco grandes eventos do setor agrícola, nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, onde foram divulgadas mensagens educativas e orientações sobre a correta destinação de embalagens vazias de produtos fitossanitários aos milhares de participantes. O primeiro foi o Showtec 2011, realizado no município de Maracaju (MS), de 1º a 3 de fevereiro. Logo em seguida, entre os dias 7 e 11 do mesmo mês, o inpEV participou do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR). Em ambos, houve circuitos repletos de atividades, como a dinâmica da embalagem ao cesto, em que participantes usam bolinhas para acertar os diferentes tipos de embalagens, de acordo com a destinação adequada; o Quiz Educativo, que desafia os conhecimentos do público; e a peça teatral Da matéria-prima à reciclagem, que ofereceu uma verdadeira aula sobre as formas de descarte das embalagens, com os bonecos Joilson e Banzé.

Já no início de março, entre os dias 1º e 3, o inpEV esteve em Rio Pardo (RS), onde montou seu estande para a Expoagro Afubra 2011. Do dia 14 a 18, o sistema foi levado à cidade de Não-Me-Toque (RS), onde aconteceu a 12ª edição da Expodireto Cotrijal. De 12 a 16 de abril, a participação foi na edição 2011 da Tecnoshow Comigo, na cidade goiana de Rio Verde. Neste mesmo mês, o instituto esteve presente ainda no 9º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos (Enfisa) nas cidades de Porto Alegre (RS), entre os dias 5 e 7, e João Pessoa (PB), de 26 a 28.

Participações agendadas para os próximos meses: Maio: Agrobrasília (DF), Bahia Farm Show (BA), 4º Horti

Serra Gaúcha (RS), 3º Seminário da região sudeste sobre resíduos sólidos (ES) e 9º Enfisa Campo Grande.

Junho: Expo Janaúba (MG).

Julho: Expomontes (MG) e 1º Congresso da Andav. Agosto: Feacoop, em Bebedouro (SP) e Abag.

Sua participação é fundamental para que o conteúdo do “Informativo inpEV” fique ainda melhor. Envie seus comentários, dúvidas e sugestões para o e-mail “informativo@inpev.org.br” ou por correio, para a Rua Capitão Antônio Rosa, 376 – 7º andar – São Paulo – SP – CEP 01443-010, aos cuidados da área de Comunicação.

IMPRESSO

Sistema em movimento

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