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CO SELHO DA U IÃO EUROPEIAPT
17243/1/13 REV 1 (OR. en) PRESSE 523 PR CO 62COMU ICADO DE IMPRE SA
3277.ª reunião do Conselho
egócios Estrangeiros
Questões Comerciais
BALI, Indonesia, 3 e 6 de dezembro de 2013
Presidente Linas LI KEVIČIUS
Principais resultados do Conselho
O Conselho, reunido à margem da 9.ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em Bali
(Indonésia) foi informado pela Comissão dos últimos desenvolvimentos verificados, tendo subscrito a avaliação positiva que esta instituição fez do pacote global que foi alcançado.
A conferência ministerial fez progressos sobre a Ronda de negociações comerciais de Doa, tendo adotado decisões sobre facilitação do comércio, agricultura, algodão e desenvolvimento e países menos avançados.
Relativamente ao programa de trabalho pós-Bali, o Conselho aprovou o projeto de declaração ministerial da OMC, em especial o objetivo de concluir a Ronda de Doa. O Conselho reafirmou a importância de se alcançar um resultado final abrangente, ambicioso e equilibrado, em todas as áreas da Agenda de Doa para o Desenvolvimento e no seu âmbito.
1
Ÿ Nos casos em que tenham sido formalmente adotadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.
Ÿ Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://www.consilium.europa.eu.
Í DICE
1PARTICIPA TES ... 4
PO TOS DEBATIDOS
9.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio ... 6 Primeira série de conclusões: ... 6 Segunda série de conclusões: ... 8
OUTROS PO TOS APROVADOS
PARTICIPA TES
Bélgica:
Bertrand DE CROMBRUGGHE Embaixador
Bulgária:
Dragomir STOYNEV Ministro da Economia e da Energia
República Checa:
Milan HOVORKA Vice-Ministro da Indústria e do Comércio
Dinamarca:
Nick HÆKKERUP Ministro do Comércio e dos Assuntos Europeus
Alemanha:
Anne Ruth HERKES Secretário de Estado, Ministério Federal da Economia e da
Tecnologia Estónia:
Väino REINART Subsecretário de Estado para a Economia e o
Desenvolvimento Irlanda:
Richard BRUTON Ministro do Emprego, das Empresas e da Inovação
Grécia:
Panagiotis MITARACHI Secretário de Estado do Desenvolvimento e da
Competitividade Espanha:
Miguel ARIAS CAÑETE Ministro da Agricultura, da Alimentação e do Ambiente
França:
Nicole BRICQ Ministra do Comércio Externo
Croácia:
Tihomir JAKOVINA Ministro da Agricultura
Itália:
Carlo CALENDA Vice-Ministro do Desenvolvimento Económico
Chipre:
Egli PANTELAKIS Secretária de Estado, Ministério da Agricultura, dos
Recursos Naturais e do Ambiente Letónia:
Inga ERNSTSONE Embaixadora
Lituânia:
Linas LINKEVIČIUS Ministro dos Negócios Estrangeiros
Luxemburgo:
Sasha BAILLIE Embaixadora
Hungria:
János MARTONYI Ministro dos Negócios Estrangeiros
Malta:
Christian CARDONA Ministro da Economia, do Investimento e das Pequenas
Empresas Países Baixos:
Lilianne PLOUMEN Ministra do Comércio Externo e da Cooperação para o
Desenvolvimento Áustria:
Robert PROCHAZKA Ministro
Polónia:
Portugal:
Bruno MAÇÃES Secretário de Estado dos Assuntos Europeus
Roménia:
Virgil Daniel POPESCU Secretário de Estado
Eslovénia:
Andreja KERT Secretária de Estado, Ministério do Desenvolvimento
Económico e Tecnologia Eslováquia:
Tomáš MALATINSKÝ Ministro da Economia
Finlândia:
Alexander STUBB Ministro dos Assuntos Europeus e do Comércio Externo
Suécia:
Ewa BJÖRLING Ministra do Comércio e da Cooperação Nórdica
Reino Unido:
Stephen GREEN Ministro Adjunto do Comércio e do Investimento,
Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth e Ministério das Empresas, da Inovação e das
Competências Comissão:
Karel DE GUCHT Comissário
PO TOS DEBATIDOS
9.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio Primeira série de conclusões:
Reunido em 3 de dezembro na abertura da conferência, o Conselho adotou as seguintes conclusões: "1. O Conselho reitera o empenhamento da UE no sistema de comércio multilateral e a
importância crucial da consecução de resultados ambiciosos e equilibrados na 9.ª
Conferência Ministerial da OMC. O êxito desses resultados criará uma dinâmica positiva para retomar as negociações sobre outras questões da Agenda de Doa para o
Desenvolvimento (ADD) em 2014.
2. A Conferência deverá chegar a um entendimento político sobre o texto de um Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) ambicioso e juridicamente vinculativo que trará benefícios substanciais para todos os membros da OMC e constituirá um motor de comércio e de crescimento a nível mundial. O AFC deverá ser adotado o mais rapidamente possível após a Conferência em 2014.
3. O AFC irá beneficiar em especial os países em desenvolvimento, integrando-os melhor no comércio internacional e nas cadeias de valor a nível mundial. A UE mantém o seu
empenhamento na assistência aos países em desenvolvimento mais carenciados,
especialmente os países menos avançados (PMA), para a execução do AFC. Reconhece a necessidade de determinados países em desenvolvimento disporem de algumas
flexibilidades limitadas no tempo. Os países em desenvolvimento mais avançados deverão declarar que não irão fazer uso dessas flexibilidades, ou que delas farão um uso muito limitado, principalmente por curtos períodos de transição antes de ser atingida a plena execução.
4. A obtenção de um resultado satisfatório sobre o AFC permitirá que a UE dê o seu acordo ao pacote global, incluindo outras questões da ADD, a seguir indicadas.
5. A agricultura é um elemento-chave da ADD, que só pode ser tratado no quadro de um resultado final que integre outros domínios do mandato da ADD. Todavia, os resultados da conferência só poderão abranger um número limitado de questões. A segurança alimentar deverá ser tratada mediante uma cláusula de paz limitada no tempo, com condições e salvaguardas específicas acordadas pelos membros da OMC a fim de garantir a
transparência e evitar distorções das trocas comerciais. A UE poderá também aceitar a melhoria do regime de gestão dos contingentes pautais, sublinhando que este será mais proveitoso se for aplicado por todos os membros da OMC.
6. No domínio da concorrência na exportação, a UE envidou já esforços colossais nos últimos anos para reduzir a utilização de subsídios à exportação, que não tiveram correspondência por parte de outros membros da OMC em todos os aspetos da concorrência na exportação. A UE está pronta a apoiar uma declaração política da conferência que tome nota dos progressos alcançados, sublinhe a importância da transparência e reafirme a necessidade de tratar todas as questões da concorrência na exportação de forma equilibrada no contexto das futuras negociações da ADD.
7. Além da importante dimensão de desenvolvimento do Acordo de Facilitação do Comércio, o mecanismo de acompanhamento relativo a um tratamento especial e diferenciado irá contribuir para a integração dos países em desenvolvimento no sistema de comércio multilateral. No que diz respeito aos PMA, a par das decisões já acordadas quanto às diretrizes de adesão dos PMA e à prorrogação do período de transição do Acordo TRIPS, os projetos de decisões ministeriais da OMC sobre a operacionalização da derrogação relativa aos serviços, sobre as regras de origem preferenciais, sobre o acesso ao mercado em regime de isenção de direitos e sem limite de contingentes e sobre o algodão
constituirão um pacote de desenvolvimento significativo e ambicioso para a conferência. 8. Neste contexto, o Conselho saúda calorosamente a adesão do Iémen à OMC e recorda o
seu empenhamento em facilitar as adesões dos PMA à OMC.
9. A UE sublinha a importância de uma revisão equilibrada do Acordo sobre as Tecnologias da Informação. A UE aguarda com expectativa a rápida entrada em vigor do Acordo sobre Contratos Públicos revisto, que irá designadamente permitir regras mais transparentes e novas oportunidades de acesso ao mercado.
10. O Conselho apoia a Comissão nos seus esforços para que a conferência seja coroada de êxito. Irá avaliar os progressos efetuados tendo em vista a consecução de resultados equilibrados em consonância com as presentes conclusões. Para tal, a Comissão irá apresentar ao Conselho relatórios periódicos sobre os progressos verificados nas
negociações e apresentar sempre que necessário projetos de posições de negociação da UE sobre os textos debatidos na OMC. Apresentará ao Conselho os textos negociados na OMC antes da adoção formal dos mesmos pelos órgãos da OMC."
Segunda série de conclusões:
Reunido em 6 de dezembro, o Conselho adotou as seguintes conclusões:
"1. O Conselho foi informado pela Comissão dos últimos desenvolvimentos verificados na 9.ª Conferência Ministerial da OMC, tendo partilhado a avaliação positiva que esta instituição fez do pacote global que foi alcançado.
2. Em especial, a UE saudou os resultados obtidos sobre o projeto de Acordo de Facilitação do Comércio. O Conselho registou o facto de que a disposição do Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) relativas ao tráfego em trânsito não prejudica as regulamentações
nacionais já em vigor, nem os regimes de transporte bilaterais ou multilaterais, incluindo os sistemas de requisitos para autorização de tráfego. O Conselho aprovou ainda os resultados obtidos sobre o mecanismo de acompanhamento, sobre o regime de gestão dos contingentes pautais e sobre a segurança alimentar, bem como sobre os projetos de
decisões ministeriais da OMC relativas aos PMA (regras de origem preferenciais, algodão, operacionalização da derrogação relativa aos serviços e acesso ao mercado em regime de isenção de direitos e sem limite de contingentes).
3. A UE considera que a adoção das três decisões sobre o mecanismo de acompanhamento, o regime de gestão dos contingentes pautais e a segurança alimentar faz parte dos resultados globais do "pacote de Bali", que assenta em três pilares nomeadamente o acordo de
facilitação do comércio, e as decisões relativas à agricultura e ao desenvolvimento. Este processo será concluído oportunamente com a adoção de novas decisões, conforme pertinente.
4. A UE efetuará o acompanhamento destas questões de acordo com as suas formalidades internas e sem prejuízo da repartição de competências entre a UE e os seus Estados-Membros.
5. O Conselho aprovou o projeto de declaração ministerial sobre o programa de trabalho pós-Bali, em especial sobre o seu objetivo geral de concluir a Ronda. O Conselho reafirmou a importância de se alcançar um resultado final abrangente, ambicioso e equilibrado,
transversal a todas as áreas da ADD e no seu âmbito, em conformidade com as conclusões do Conselho pertinentes. Neste contexto, o Conselho realçou a necessidade de continuar a explorar as possibilidades de liberalização do comércio de bens e serviços ambientais."