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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Escola Secundária

de Paredes

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

(2)

1

I

NTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária de Paredes, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 25 e 27 de março de 2014. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais da Escola, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização da Escola, bem como a

colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE –A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM –A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM –A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE –A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE–A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório da Escola apresentado no âmbito da

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2

C

ARACTERIZAÇÃO DA

E

SCOLA

A Escola Secundária de Paredes situa-se na sede do concelho de Paredes, distrito do Porto. Na década de 1980 nasceu o complexo escolar onde passaria a funcionar a principal Escola Secundária de Paredes e cerca de oito anos depois da constituição da secção liceal, instalou-se definitivamente nas atuais instalações que, presentemente, foram requalificadas através do Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário.

Em 2013-2014, de acordo com dados do perfil de escola, a população escolar é constituída por 1867 alunos: 882 (33 turmas) do 3.º ciclo do ensino básico; 985 (36 turmas) do ensino secundário, dos quais 820 (29 turmas) nos cursos científico – humanísticos e 165 (sete turmas) no ensino profissional. Dos alunos matriculados, 1,4% não são de nacionalidade portuguesa, 57% não beneficiam de auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar, e 85% dos alunos do ensino básico e 89% do ensino secundário têm computador com ligação à internet em casa.

O levantamento das habilitações académicas dos pais dos alunos do ensino básico revela que 12% têm formação superior e 26% formação secundária ou superior. Já para os pais dos alunos do ensino secundário essas percentagens são de 11% e 22%, respetivamente. A percentagem de encarregados de educação com profissões de nível superior e intermédio situa-se em 22% no ensino básico e em 23% no ensino secundário.

A Escola integra 144 docentes, dos quais 91% são dos quadros. A sua experiência profissional é significativa, pois 93% lecionam há 10 ou mais anos. O pessoal não docente é constituído por 40 elementos, todos com contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, dos quais 72,5% têm 10 ou mais anos de serviço.

Em 2011-2012, ano mais recente para o qual existem valores de referência, os valores das variáveis de contexto da Escola, quando comparados com os do mesmo cluster, situam-se muito acima da mediana, na percentagem de docentes dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário do quadro, na média do número de anos da habilitação dos pais dos alunos do ensino básico e na percentagem de alunos do 9.º ano sem auxílios económicos no âmbito da ação social escolar. Já a idade média dos alunos dos 9.º e 12.º anos situa-se, respetivamente, aquém e em linha com a mediana. Estes dados permitem-nos considerar que a Escola apresenta variáveis de contexto bastante favoráveis, embora não seja das mais favorecidas.

3

A

VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

No ano letivo 2011-2012, tomando como referência as escolas/agrupamentos com valores análogos nas variáveis de contexto, a taxa de conclusão do 9.º ano e a percentagem de positivas na prova de Língua Portuguesa do 9.º ano, à semelhança do ano letivo anterior, ficaram, respetivamente, aquém e acima dos valores esperados. Por sua vez, os resultados na prova final de Matemática ficaram acima do valor

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situou-se aquém desse valor. Contudo, já os resultados no exame de Português ficaram acima do valor esperado, o que constitui uma melhoria, relativamente a 2010-2011.

Os resultados da Escola, em 2010-2011 e 2011-2012, quando comparados com os das escolas do mesmo grupo de referência, situaram-se, maioritariamente, aquém e próximo da mediana, podendo, afirmar-se que revelaram alguma melhoria em 2011-2012. Contudo, neste ano letivo, as taxas de conclusão dos 9.º e 12.º anos e a média no exame de matemática A do 12.º ano ficaram aquém da mediana.

Não obstante as variáveis do contexto do Agrupamento, em 2010-2011 e 2011-2012, serem favoráveis, os resultados observados estão, globalmente, em linha com os valores esperados para escolas de contexto análogo e aquém e próximos da mediana para as escolas do mesmo grupo de referência, constatando-se a necessidade de maior investimento nos processos de ensino e de aprendizagem em ordem a melhorar os resultados escolares.

As taxas de abandono/desistência, nos últimos anos, considerando os dados disponibilizados, têm sido nulas.

A Escola tem monitorizado e avaliado, globalmente, os resultados dos alunos e tem estabelecido análises comparativas com os valores nacionais e concelhios, apontando como principais fatores explicativos para justificar o sucesso e insucesso dos alunos, em particular as taxas de transição e conclusão, a extinção progressiva dos cursos de educação e formação de jovens e adultos, que obrigou a integrar os alunos com perfil para esses cursos no ensino regular e profissional. No entanto, falta aprofundar as práticas de análise dos resultados, de modo a permitir uma mais eficaz identificação das áreas de sucesso e insucesso e dos motivos explicativos, internos e pertinentes, bem como a formulação de ações de melhoria do sucesso escolar.

RESULTADOS SOCIAIS

Os alunos participam regularmente nas atividades promovidas pela Escola e que integram o plano anual. A Associação de Estudantes tem vindo a desenvolver algumas atividades da sua iniciativa. A auscultação dos alunos ocorre, normalmente, em contexto de turma, através dos respetivos diretores. Contudo, não existe uma cultura de corresponsabilização e envolvimento dos alunos nas decisões que mais diretamente lhes dizem respeito.

A Escola promove o desenvolvimento da educação para a cidadania e do espírito solidário, apoiando com regularidade alguns alunos que sofrem de carências alimentares básicas, para além de proceder ao desenvolvimento de atividades e de participar em iniciativas de cariz solidário. Salienta-se o trabalho desenvolvido na integração dos novos alunos, em particular dos mais carenciados e dos que revelam necessidade educativas especiais, promovendo o desenvolvimento da capacidade de autonomia, com impacto na sua integração social. O bom clima de aprendizagem e de convivência cívica contribuem para o bom comportamento dos alunos, sendo residuais os casos de indisciplina. Neste aspeto nota-se uma evolução positiva em relação à avaliação externa anterior.

O investimento persistente no desenvolvimento das competências sociais e na preparação dos alunos, quer para o prosseguimento de estudos, quer para a futura inserção na vida ativa, concorre para a valorização das aprendizagens feitas. Neste sentido, verifica-se a participação de alguns alunos em projetos/programas locais e nacionais, em concursos e em exposições com visibilidade concelhia. A Escola tem evidenciado um investimento a este nível, faltando, contudo, abranger nos seus clubes/projetos um leque mais alargado de alunos.

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RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

É manifesta a identificação da comunidade escolar com a Escola, evidenciada nos bons níveis de satisfação sobre a sua ação educativa e expressos no predomínio das opções de concordância nas respostas aos questionários aplicados no âmbito desta avaliação externa. Merecem uma concordância mais significativa alguns aspetos, transversais a todos os grupos, relacionados com a exigência do ensino, a competência e qualidade do trabalho desenvolvido pela direção, a limpeza e a segurança, a disponibilidade do diretor de turma e o gosto de trabalhar/estudar na Escola. A percentagem de respostas de concordância atinge uma média elevada nos questionários do pessoal docente e não docente e dos encarregados de educação, sendo menor nas respostas dos alunos, onde se destacam, como aspetos menos conseguidos, a participação em clubes e projetos e a utilização do computador em sala de aula. Para promover e valorizar o sucesso foram instituídos quadros de mérito, que integram os alunos com melhores resultados, divulgados junto da comunidade educativa, nomeadamente através da afixação em locais com visibilidade. Diversos trabalhos dos alunos são dados a conhecer à comunidade, designadamente através da publicação, anual, na revista escolar Papel de Parede, de exposições em eventos locais e do embelezamento de locais públicos com trabalhos dos alunos.

No sentido de incentivar e enaltecer o desempenho dos alunos, a Escola participa em diversos programas, concursos e projetos locais, nacionais e internacionais, bem como em concursos e torneios desportivos, onde tem obtido diversos prémios e classificações honrosas.

Os representantes da Câmara Municipal de Paredes salientaram a qualidade do trabalho desenvolvido, a interação com o município e o prestígio da Escola, relevando o seu papel educativo e valorizando o seu importante contributo para o desenvolvimento da comunidade envolvente.

Em conclusão, a ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A Escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

A articulação horizontal e vertical resulta da organização do trabalho dos departamentos curriculares, dos grupos de recrutamentos e dos conselhos de turma. As medidas implementadas, para além de darem consistência à gestão articulada do currículo, têm um impacto positivo na elaboração das planificações de longo e médio prazo, no desenvolvimento da continuidade pedagógica, no planeamento conjunto de atividades letivas na abordagem de conteúdos comuns, no trabalho docente partilhado e na articulação intra e interdisciplinar. O plano anual de atividades e os planos de trabalho de turma do ensino básico e do ensino secundário contemplam diversas iniciativas em articulação com os objetivos definidos no projeto educativo.

Os planos de trabalho de turma são elaborados para responder às especificidades das turmas e apresentam informação sobre o percurso escolar dos alunos. Estes documentos permitem o investimento convergente dos vários docentes no sucesso educativo.

O trabalho colaborativo, ao nível de departamento curricular, dos docentes do mesmo grupo de recrutamento e das equipas pedagógicas manifesta-se na elaboração das planificações e materiais

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O ajustamento de processos e estratégias decorrente das diversas modalidades de avaliação realizadas pelos docentes, associado à existência de critérios claros de avaliação dos alunos, permitem garantir coerência entre as práticas de ensino e a avaliação. Porém, importa consolidar as práticas mais eficazes e monitorizar os resultados.

PRÁTICAS DE ENSINO

A continuidade pedagógica permite aos docentes o conhecimento dos alunos e das suas especificidades, implementando experiências educativas e práticas de diferenciação adequadas, suportadas em planificações que têm em conta diferentes ritmos de aprendizagem. Tanto no 3.º ciclo do ensino básico como no ensino secundário, foi adotada como medida de promoção do sucesso escolar, nas disciplinas sujeitas a exame nacional, o reforço de dois tempos letivos semanais, visando colmatar as dificuldades de aprendizagem dos alunos e proporcionar, aos mais capacitados, o aprofundamento de conteúdos e o desenvolvimento das suas potencialidades. Esta decisão revela pró-atividade das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, com algum impacto na qualidade das aprendizagens. Os alunos com necessidades educativas especiais encontram-se integrados e beneficiam de programas educativos individuais adequados às suas dificuldades, sendo-lhes proporcionados, através do trabalho da docente de educação especial, em articulação com o psicólogo e os diversos parceiros, os apoios e opções educativas mais ajustados.

A planificação das metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens estão asseguradas. O conhecimento científico é muito valorizado, em resultado da atividade laboratorial frequente (com maior relevância no ensino secundário), realizada maioritariamente pelos alunos, contribuindo para o bom desempenho, sobretudo, na disciplina de Física e Química. A valorização da componente artística assume alguma relevância, não só pela existência desta dimensão no ensino regular, com a oferta do curso científico-humanístico de artes visuais, com a existência de turmas do ensino articulado de música e de dança, desenvolvido em parceria com a Academia de Música de Paredes e a Academia de Dança de Paredes, mas também pela prevalência dos clubes, pela diversidade de visitas de estudo, pela exposição de trabalhos e, ainda, pela participação em eventos externos.

O acompanhamento e a supervisão da prática letiva são realizados pelos coordenadores de departamento curricular e delegados de disciplina, através da monitorização das planificações, dos instrumentos de avaliação e das metodologias adotadas. Importa, porém, relevar que não existem mecanismos formais e sistemáticos de supervisão da prática letiva em contexto de sala de aula, enquanto processo de melhoria da qualidade do ensino e de desenvolvimento profissional, aspeto destacado como fragilidade na avaliação externa realizada em 2010.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

A avaliação da eficácia do ensino e das aprendizagens é realizada através de distintas modalidades de avaliação e do recurso a diferentes instrumentos para avaliar. A aferição da aplicação dos critérios de avaliação e a fiabilidade desses instrumentos são garantidas através da conceção e partilha dos mesmos no grupo de recrutamento e da aplicação de testes com uma matriz comum elaborada por docentes do mesmo grupo de recrutamento e que lecionam o mesmo programa.

A monitorização interna de desenvolvimento do currículo é implementada mediante a análise dos resultados académicos pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, a realização de testes intermédios, a elaboração de planificação anual e trimestral nos departamentos e em cada grupo de recrutamento e, ainda, a recuperação de conteúdos não lecionados. São implementados mecanismos de monitorização das medidas de promoção do sucesso escolar, faltando, porém, uma abordagem mais sistemática e global, para que haja uma efetiva avaliação das medidas implementadas.

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A Escola está atenta à problemática do abandono e da desistência escolar no ensino básico e secundário onde as taxas atingiram valores nulos, no ano transato. A ação preventiva, aliada à boa articulação dos diretores de turma com os serviços de psicologia, o acompanhamento no âmbito do projeto Empresários Para a Inclusão Social (EPIS), a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e as famílias, que equacionam diversas respostas sociais e escolares adequadas, têm minimizado este problema. Importa, ainda, neste âmbito, relevar, a criação de uma equipa multidisciplinar, no presente ano letivo, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

Em conclusão, a ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A Escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes o que justifica a atribuição da classificação de BOMno domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo concebido para o triénio 2014-2015 a 2016-2017 identifica a visão da Escola e estabelece com clareza as áreas e os domínios prioritários de intervenção pedagógica e organizacional. A quantificação de metas e respetivos objetivos permitem inferir que o projeto educativo é assumido como um documento estratégico de conceção, planeamento e avaliação da ação educativa. O projeto educativo juntamente com o plano anual de atividades e o regulamento interno conferem unidade e sentido à prestação do serviço educativo.

As lideranças de topo e intermédias são muito valorizadas e respeitadas na comunidade educativa estando claramente definidos os seus campos de intervenção. Encontram-se motivadas e empenhadas no cumprimento das suas funções e mobilizadas para enfrentar os desafios que se lhes colocam. Foi evidente o reconhecimento do papel das diferentes lideranças por parte da comunidade educativa, bem como a existência de uma enraizada cultura colaborativa e de corresponsabilização nos processos de gestão.

A Escola dispõe de um conjunto alargado de projetos, parcerias e protocolos com claros reflexos na melhoria e consolidação do serviço educativo. Dentre os protocolos destacam-se, pela sua importância estratégica, os celebrados com a Câmara Municipal de Paredes, a rede de bibliotecas do Porto e a Biblioteca Municipal, as Academias de Dança e Música, a Associação Empresarial de Paredes e a Santa Casa da Misericórdia. O Projeto Empresários para a Inclusão Social assume particular destaque, pela qualidade de intervenção e de resposta que tem sido dada ao nível da referenciação e do acompanhamento de alunos em risco de abandono no 3.º ciclo do ensino básico.

Os profissionais encontram-se empenhados no exercício das suas funções, sendo visível um clima de diálogo, partilha e incentivo à colaboração. A Escola foi requalificada dispondo de excelentes infraestruturas que contribuem, também, para a qualidade do serviço educativo que é prestado.

GESTÃO

Na gestão dos recursos humanos privilegiam-se os critérios de continuidade, de valorização e de reconhecimentos das capacidades profissionais dos diferentes atores envolvidos. A direção conhece bem e rentabiliza essas potencialidades, pautando as suas práticas de gestão por critérios de equidade e

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equipas pedagógicas e atende-se, normalmente, ao perfil dos profissionais na atribuição dos diferentes cargos e funções.

A direção conhece bem as competências de todos os seus profissionais e procura afetar os recursos com a formação especializada a diferentes áreas e projetos.

De forma a colmatar as necessidades de formação diagnosticadas pelos profissionais, a Escola, em articulação com o Centro de Formação da Associação de Escolas de Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel, dinamiza um conjunto de ações de formação tendo a vista a melhoria da prestação do serviço educativo. Procura, ainda, por via de formação interna, promover, em áreas de especial interesse para a escola, ações de formação intencionalmente dirigidas a pessoal docente e não docente.

A Escola dispõe de circuitos de informação diversificados que se têm revelado eficazes. O sítio da Escola para além de estar bem organizado e constituir-se como um elo privilegiado de ligação com a comunidade educativa, é também uma ferramenta de trabalho indispensável e ainda funciona como depósito documental, de impressos e modelos postos ao serviço da comunidade educativa. O uso de correio eletrónico e da plataforma moodle estão institucionalizados.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

As práticas de autoavaliação estão disseminadas nas diferentes estruturas intermédias e órgãos. O relatório de autoavaliação produzido anualmente demonstra bem a preocupação que a Escola tem em avaliar as áreas consideradas estruturantes, nomeadamente ao nível dos resultados escolares e da prestação do serviço educativo. Contudo, não se evidencia, naquele documento, uma adequada articulação entre as práticas de autoavaliação e a elaboração de planos de melhoria

Foi visível o reconhecimento e a valorização da última avaliação externa. Foram, praticamente debeladas, as dificuldades aí identificadas e procurou-se consolidar as boas práticas já existentes. A Escola assumiu, intencionalmente, que a composição da equipa de autoavaliação seria apenas constituída pelos elementos do conselho pedagógico.

A equipa de autoavaliação dispõe de procedimentos de recolha e tratamento de informação que, posteriormente divulga junto da comunidade escolar. O relatório anual de autoavaliação resulta da auscultação aos diferentes atores da comunidade educativa assegurando, desta forma, o seu envolvimento e participação.

Ainda que existam práticas de autoavaliação intencionais e sistemáticas, falta elaborar planos de melhoria de forma a tornar visível o impacto daquelas práticas no planeamento, na organização e nas práticas profissionais.

A ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A Escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOMno domínio Liderança e Gestão.

4

P

ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:

O desenvolvimento do processo educativo orientado para os resultados da avaliação externa e por valores de respeito pelos outros e de solidariedade com impacto positivo nos resultados, no comportamento dos alunos e no ambiente escolar;

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As práticas de articulação desenvolvidas nas diferentes estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, com efeitos nas aprendizagens dos alunos;

A promoção das práticas experimentais e laboratoriais no fomento do espírito crítico e na melhoria das aprendizagens nas disciplinas afins;

As lideranças de topo e intermédias mobilizam os profissionais para a prossecução das metas definidas e para a melhoria dos resultados dos alunos;

A diversidade e a pertinência de projetos, protocolos e parcerias com impacto na melhoria do serviço educativo prestado.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

O reforço das práticas de análise dos resultados, de modo a permitir a identificação das áreas de sucesso e insucesso e dos motivos explicativos pertinentes, bem como a formulação de ações de melhoria para o sucesso escolar;

A implementação de um processo regular de auscultação dos alunos, de forma a promover o debate e a identificação das suas expetativas, no sentido de os envolver e corresponsabilizar nas decisões que lhes dizem respeito;

O desenvolvimento de práticas de diferenciação ajustadas aos ritmos e capacidades de todos os alunos, com vista a melhorar o sucesso escolar;

A supervisão da prática letiva em sala de aula, enquanto processo de melhoria da qualidade do ensino e de desenvolvimento profissional dos docentes;

A elaboração de planos de melhoria e consequente monitorização de forma a garantir e consolidar a qualidade do serviço educativo prestado.

14-07-2014

A Equipa de Avaliação Externa: António José de Oliveira Guedes, Francisco dos Santos Teixeira Pires e José Manuel Sevivas Martins

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação.

A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

Maria Leonor

Venâncio

Estevens Duarte

Digitally signed by Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Inspeção-Geral da Educação e Ciência, cn=Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte Date: 2014.07.15 17:19:58 +01'00'

João

Casanova de

Almeida

Assinado de forma digital por João Casanova de Almeida DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, cn=João Casanova de Almeida Dados: 2014.08.28 18:27:09 +01'00'

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