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SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ REAÇÕES MECÂNICAS E FISIOLÓGICAS DO CORPO HUMANO ANTES DA MORTE POR AFOGAMENTO

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SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

REAÇÕES MECÂNICAS E FISIOLÓGICAS DO CORPO HUMANO

ANTES DA MORTE POR AFOGAMENTO

Washington Luiz Fernandes

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá

Washington.enfermagem@hotmail.com

Roberta dos Santos Souza

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá

robertasansou@yahoo.com.br

Renata Corrado Lins

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guaruja

Renata1297@hotmail.com

Gabriel Rodrigues de Mendonça

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá

e-mail: gabriel_enfermagem@hotmail.com

Gabriel Garbelini Fogaça

Discente do Curso de Graduação em Enfermagem UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá

gabiromba@hotmail.com

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Resumo

Na metodologia usamos o estudo descritivo exploratório de revisão bibliográfica que foi realizado no período de junho a julho de 2010. A coleta de dados foi realizada através de bibliografias, artigos científicos e internet. Apresentaremos as reações do corpo humano no momento da morte por afogamento. Utilizaremos como revisão bibliográfica um pouco da anatomia e fisiologia respiratória do corpo humano, bem como, o acometimento do mesmo quando passa por um processo de afogamento. Explicaremos quais as reações físicas (reflexos) no momento do afogamento. Embora a "mortalidade" seja um importante indicador da magnitude do problema afogamento, é importante considerar que para cada óbito registrado, existe um número muito maior de resgates com ou sem complicações, casos de afogamento atendidos por clínicos ou em setores de emergência que são liberados após breve avaliação, e hospitalizações as quais não são levadas em consideração na avaliação geral do problema. Acrescenta-se a isto os casos de corpos desaparecidos não notificados no total de óbitos, tornando ainda hoje o problema como um todo desconhecido.

Palavras-chave: Reações. Morte. Afogamento.

Seção 1 – Curso de Graduação em Enfermagem – Meio Ambiente – Vulnerabilidade Ambiental.

Apresentação: Oral.

1. Introdução

O "Afogamento" é considerado como "trauma" pela Organização Mundial de Saúde e o trauma é a terceira causa "mortis" entre jovens de 5 e 39 anos de idade no mundo. O trauma diferentemente de outras doenças

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ocorre inesperadamente na grande maioria das vezes, o que gera invariavelmente uma situação caótica dentro do âmbito familiar. Dentre os diferentes tipos de trauma, o de maior impacto é sem dúvida o "afogamento". Situações de catástrofe familiar podem ser observadas quando famílias inteiras se afogam juntos, por desconhecimento, ou pela tentativa infrutífera de salvar uns aos outros.

Dentre as causas externas, o afogamento foi sem dúvida um dos primeiros a causar preocupações e chamar a atenção da humanidade, tendo várias passagens bíblicas onde se descrevem as primeiras tentativas de ressuscitação em afogados, em uma época em que a ocorrência de acidentes de transportes, homicídios ou suicídios eram bem inferiores aos casos de afogamento. No Brasil, e especialmente citando a cidade do Rio de Janeiro, existem belezas naturais incomparáveis, nas quais se destacam suas praias, baías e lagoas, que favorecidas por clima de natureza tropical funcionam como a principal fonte de lazer e atração turística, determinando um fluxo permanente e intenso de banhistas de todo o mundo, durante o ano inteiro. Entretanto, as belezas de seu litoral na maioria das vezes escondem que suas praias, com ondas e correntezas fortes, podem tornar-se potencialmente perigosas com risco de afogamento. Estas características tornaram a cidade do Rio de Janeiro uma das regiões com maior índice desta forma de acidente no país.

Sensível a esta realidade, em 1914, o Comodoro Wilbert E. Longfellow fundou na Cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, o Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha Americana. Nesta época, o objetivo era o de organizar e treinar Guarda-Vidas voluntários, que atuariam em postos de salvamento, não apenas no Rio de Janeiro, mas por todo país, supervisionando praias desguarnecidas. Adotou-se então na época uma campanha a nível nacional, cujo slogan era: "Toda Pessoa deve saber nadar e todo nadador deve saber salvar vidas". O resultado desta campanha foi imediato com a criação em 1917 do Corpo Marítimo de Salvamento (CMS) que teve suas raízes no Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha. Estava criado o primeiro Serviço de emergência pré-hospitalar no Brasil. As vítimas resgatadas nas praias pelos salva-vidas eram trazidas de ambulância à

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estação principal "Ismael Gusmão" aonde a equipe médica dava continuidade aos primeiros socorros. Em 1968, foram inaugurados oficialmente três Centros de Recuperação de Afogados (CRA) com o objetivo de um atendimento médico mais rápido e eficiente aos casos de afogamento na orla da Cidade do Rio de Janeiro. Estes CRAs possuíam instalações médicas para atendimentos de emergências e funcionavam com uma equipe de Médicos e Enfermeiros que se utilizavam de ambulâncias, barcos e helicópteros para o acesso aos locais dos acidentes.

Embora a "mortalidade" seja um importante indicador da magnitude do problema afogamento, é importante considerar que para cada óbito registrado, existe um número muito maior de resgates com ou sem complicações, casos de afogamento atendidos por clínicos ou em setores de emergência que são liberados após breve avaliação. Nos EUA existem oito casos de afogamentos para cada caso fatal notificado. Nas praias do Rio de Janeiro temos aproximadamente um óbito para cada 10 atendimentos.

Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) (2007, p. 7), “[...] anualmente no mundo, aproximadamente 490.000 pessoas são vítimas fatais de afogamento, mais de 10 milhões de crianças entre 0 e 12 anos de idade são internadas e em média uma a cada 35 hospitalizações chegam ao óbito. No Brasil, a cada ano temos 7.183 óbitos por afogamento, dentre esses, 91,2% são não intencionais (acidente), e 8,8% intencionais (suicídio e homicídio). 29% são em águas naturais (praias, rios, logos), 14% em piscinas e banheiras, 5% mortes causadas por acidentes com embarcações e o restante por demais causas[...]”.

2. Objetivo geral

Apresentar as reações mecânicas e fisiológicas do corpo humano no momento do afogamento em nível do conhecimento de todos.

3. Metodologia

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cumprimento das exigências curriculares, ao curso em graduação de enfermagem da UNAERP.

O estudo foi realizado no período de junho a julho de 2010. A coleta de dados foi feita através de bibliografias, artigos científicos e internet.

4. Revisão bibliográfica

4.1Conceito de afogamento

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Havendo suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo. (FRANDSEN, K. J. 2002)

4.2 Classificação de afogamento segundo relatório da OMS

Grau I – Mínima quantidade de liquido aspirado, indivíduo lúcido. Grau II – Moderada quantidade de liquido aspirado, êmese, pequena quantidade de espuma na boca e nariz, cianose discreta.

Grau III – FR elevada, tosse com espuma em grande quantidade, cianose importante.

Grau IV- Semelhante ao grau anterior com pulso radial fraco ou ausente.

Grau V – Presença de parada respiratória. Grau VI- Parada cárdio- respiratória (morte). 4.3 Sinais e sintomas

Em um quadro geral pode haver hipotermia, náuseas, êmese, distensão abdominal, tremores, cefaléia, mal estar, cansaço e dores musculares. Em casos graves pode haver apnéia (parada respiratória) devido à interrupção da função pulmonar podendo ainda haver batimentos cardíacos, ou ainda, uma parada cardiorrespiratória (PCR), convulsão por asfixia; à hipóxia cerebral

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(encefalopatia hipóxica), a hipotermia e a própria inundação do aparelho respiratório são as causas da crise convulsiva. (FRANDSEN, 2002, p. 23).

4.4 Tipos de afogamento (primário e secundário)

Afogamento primário é o tipo mais comum, não apresentando em seu mecanismo nenhum fator patológico que possa ter desencadeado o afogamento, é o caso clássico da vítima que não sabe nadar (fadiga). Afogamento secundário é a denominação utilizada para o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita (trauma), o que sempre leva a uma alteração do estado de consciência, iniciando o afogamento. (LUTZ, G. A. 2005).

4.5 Reação em cadeia (reações mecânicas e fisiológicas)

Agitação na superfície: A vítima debate-se, na tentativa de manter-se à superfície, já iniciando seu processo de fadiga e acúmulo de CO², quanto maior for o acumulo de CO² maior será o metabolismo celular e as células por sua vês necessitaram de uma maior quantidade de O². (LUTZ, 2005, p. 75).

Apnéia reflexa: Quando a vítima percebe que vai afundar, interrompe a respiração imediatamente, porém há o agravante do alto nível de CO² previamente acumulado no organismo, mais precisamente nas hemácias, as hemácias possuem a enzima anidrase carbônica que é resultado da catalisação da reação H2O + CO², H2O + CO² = H2CO3 (anidrase carbônica), que formara acido carbônico que por sua vez se dissociara em íons bicarbonato (todo este processo ocorre dentro da hemácia), isso fará com que acorra a acidose e a alcalose respiratória, que por sua vez fará com que o indivíduo tenha depressão do sistema nervoso, podendo causar coma, ou a excitação do sistema nervoso, podendo causar convulsão. Então, o maior problema não é a falta de O², más sim o acúmulo de CO². (GUYTON; HALL, 2005).

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Afogamento: A água entra pelo nariz e/ou boca, em pequenas quantidades, o que provoca o fechamento da laringe, órgão situado entre a

traquéia e a base da língua, esse é um mecanismo de defesa do nosso corpo para que a água não inunde os pulmões. (SANTANA, V. H. 2003).

A grande inspiração: Por mais que a vítima queira, não consegue manter a apnéia debaixo da água, pois, estando em hipercardia, seu centro respiratório é estimulado, a laringe relaxa e a pessoa involuntariamente realiza uma grande inspiração, mesmo sabendo que está submerso, aspirando e engolindo grande quantidade de água. Parte do líquido vai para o estômago e o restante segue o mesmo caminho do ar: percorre a traquéia e chega aos pulmões, passando por brônquios, bronquíolos e alvéolos. Observação: Sempre que os alvéolos são inundados, ocorre edema agudo de pulmão. Nesta fase do afogamento ocorre a atelectasia (constrição dos brônquios), para impedir a passagem da água ou de qualquer outro material que não seja o ar. (SANTANA, 2003, p. 105).

Com o pulmão encharcado, a hematose não funciona mais. A redução da taxa de oxigênio e o acumulo de gás carbônico causam danos em todos os tecidos, principalmente nos que precisam de mais ar, como as células nervosas. O cérebro é gravemente lesionado e a pessoa fica inconsciente. (TIMBY, B. K. 2005).

Depois de chegar aos alvéolos, a água entra no sangue e penetra nos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Com isso, o potássio presente nessas células extravasa para o plasma sanguíneo. Em concentração muito elevada, o potássio é fatal para o organismo humano, ele acaba com a diferença de carga dentro e fora da célula, impedindo a transmissão dos impulsos nervosos e, assim, a contração muscular. Com isso, o coração para de bater. (TIMBY, 2005, p. 246).

5. Conclusão

Para bebês: Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida. Para crianças: Deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.

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Para adultos: Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas.

Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir escapar deve chamar por socorro.

6. Referencial bibliográfico

1. FERREIRA, A. B. H. Dicionário da língua portuguesa. 3ª Edição. Editora Nova Fronteira, 2003.

2. FRANDSEN, K. J. Primeiros Socorros para Estudantes. 7ª Edição. Editora Manole, 2002.

3. GUYTON, A. C. & HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 2005.

4. HEIDEGER, W. Atlas de Anatomia Humana. 6ª Edição. Editora Guanabara Koogan, 2006.

5. LUTZ, G. A. Novos dados Relativos ao mecanismo da morte no

Afogamento. 13ª Edição. Editora Alba. 2005.

6. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4ª Edição. Editora Elsevier, 2008.

7. Organização Mundial de Saúde, 2007, p. 7. Relatório de Afogamento. Disponível em: <

http://www.apsi.org.pt/24/relatorio_afogamentos_2007.doc>. Acesso em: 27 de agosto de 2010.

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8. SANTANA, V. H. Nadar com Segurança. 1ª Edição. Editora Manole, 2003. 9. TIMBY, B. K. Enfermagem Médico Cirúrgico. 8ª Edição. Editora Manole, 2005.

Referências

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