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Quinzenário, Ano 5, N.º 118 Preço avulso 0,60 (IVA incluído)

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Academic year: 2021

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Quinta-feira

26 dezembro 2019 Preço avulso 0,60€ (IVA incluído)Quinzenário, Ano 5, N.º 118 Manuel Ferreira CoelhoDiretor Território nacional e Ilhas 18€ | Estrangeiro 30€Assinaturas:

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Desporto de A a Z

A nova rubrica que lhe vai mostrar

to-das as modalidades do concelho.

Nesta edição, a reportagem com o

Pare-des Golfe Clube.

Papa Francisco aprovou o decreto do Vaticano que reconhece as “virtudes heroicas” do Padre

Américo, o “gigante da caridade” que dedicou a sua vida a ajudar jovens carenciados.

Fundador da Casa do Gaiato

mais perto da beatifi cação

Amianto removido nas férias de Natal

Obras de requalificação nas escolas de Lordelo e Rebordosa

As duas empreitadas, no valor de 2,9 milhões de euros, resultam de um acordo entre a autarquia e o Ministério e vão permitir a remoção das coberturas de fi brocimento, a

substituição de caixilharias e o piso dos pavilhões, entre outros trabalhos de benefi ciação.

Eleições na

Misericórdia de Paredes

Ilídio Meireles reeleito Provedor

Bombeiros

Voluntários de Cete

12 elementos fi zeram juramento de

honra

União de Paredes

Fecha o ano de 2019 com vitória

expres-siva

Taça da

AF Porto

Aliados e Gandra fi cam

pelo caminho,

Rebordo-sa é o único a seguir em

frente

Aliados e Gandra fi cam

pelo caminho,

Rebordo-sa é o único a seguir em

— Pág. 8 e 9 — Pág. 10 — Pág. 11 — Pág. 5 — Pág. 3 — Pág. 2 — Pág. 4

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26 de dezembro 2019

EDITORIAL

M. FERREIRA COELHO DIRETOR

SOCIEDADE

HELENA NUNES

— texto —

E

STÁ DADO o primeiro passo para a beatifi cação do padre Américo Monteiro de Aguiar. O Papa Francisco aprovou o decreto do Vaticano que re-conhece as “virtudes heroicas” do Padre Américo, como era conhecido.

Segundo a Agência Eclésia, este é um passo importante para a bea-tifi cação deste “gigante da

carida-de, grande educador português, místico do nosso tempo, precur-sor do II Concílio Vaticano, artista da palavra e servidor dos pobres”.

O processo de beatifi cação foi introduzido em 22 de março de 1986, pela “Obra de Rua”.

Em 2006, por ocasião do cente-nário da morte do padre Américo, os Bispos acentuaram a importância da sua experiência pedagógica: “A

to-dos os portugueses, decerto preo-cupados com os atuais problemas da educação e com o número porventura crescente de crian-ças em situação familiar de risco e desamparo, lembramos que a experiência pedagógica do Padre Américo continua um manancial a integrar em formas adaptadas às instituições sociais mais recentes. Que Deus nos ajude a recolher as suas riquezas, validamente peda-gógicas e profundamente cristãs”.

Chamado e conhecido carinho-samente por Pai Américo, este Padre diocesano, amigo de Deus e dos

Po-N

este fi nal de mais um

ano, nada mais natural do que chamar a aten-ção para a necessidade de ordenar o território para o desenvolvimento. Não é por terminar um ano para que o próxi-mo surge de rosto limpo ilumina-do a régua e esquadro.

É atinado afi rmar que o nos-so país precisa de políticas re-gionais e locais que ordenem o território e valorizem as comuni-dades. Deseja-se ansiosamente uma relação harmoniosa entre o campo e a cidade, bem como a revitalização do mundo rural.

Aqueles que defendem o de-senvolvimento humano e econó-mico das diferentes regiões, de-fendem muito naturalmente a di-versifi cação das economias rurais, uma racional e correta gestão do ambiente e da água, um potencial aproveitamento dos recursos hu-manos existentes, a promoção de diversas atividades complementa-res à agricultura. O ordenamento do território e a valorização das comunidades locais são funda-mentais ao desenvolvimento sus-tentável que o país precisa.

As políticas regionais e locais exigem cada vez mais uma gestão prudente dos recursos e das po-tencialidades naturais das regiões e das localidades. Conciliar a ma-nutenção do património, a manu-tenção do património natural com as exigências da pluriatividade económica e do desenvolvimento integrado é tarefa prioritária.

Devemos ter em atenção as pessoas. Elas são o centro do de-senvolvimento e devem partici-par ativamente na defi nição dos grandes objetivos regionais e locais. Por tal motivo, o progres-so humano e material, científi co e tecnológico, deve obedecer a políticas solidárias e humanistas. Entendemos que não se deve permitir que as zonas rurais se des-povoem por falta de condições de fi xação das populações nas suas terras de origem. Urge pôr em prá-tica políprá-ticas de meios rurais e, para além da agricultura e da indústria, promover um tipo de turismo al-ternativo que dê uma nova vida às zonas do interior.

Importante, por outro lado, devemos aprofundar a dimen-são cultural das populações ru-rais e salvaguardar a tradição e a história das nossas gentes.

Apresentamos a todos

os nossos desejos

de um bom ano 2020!

Políticas

regionais

e locais

Padre Américo,

fundador da Casa do Gaiato,

mais perto da beatifi cação

u

Vaticano publicou a 12 dezembro o decreto que reconhece as “virtudes heroicas” de fundador das Casas do

Gaiato.

bres, há muito “santo no coração

do Povo português”, é uma refe-rência que ajudará a despertar a sociedade e a Igreja para a maior atenção aos pobres, bem como o serviço e a entrega total aos úl-timos, no nosso tempo marcado pela urgência da Caridade e da Misericórdia.”, refere a mesma nota.

Américo Monteiro de Aguiar

nasceu em 23 de outubro de 1887, em Galegos (Penafi el) e dedicou a sua vida aos mais carenciados, prin-cipalmente jovens. Em 1940 criou a “Obra de Rua”, com a fundação da primeira Casa do Gaiato, em Mi-randa do Corvo, com o objetivo de acolher, educar e integrar na socie-dade crianças e jovens que se viram privados do meio familiar normal.

A instituição tem casas em Paço de Sousa (Penafi el), fundada em 1943, Beire (Paredes) fundada em 1955, Setúbal fundada em 1956. Tem também casas em Angola (Benguela fundada em 1962 e Ma-lange, fundada em 1963) e Moçam-bique (Maputo, fundada em 1965).

O Padre Américo morreu em 1956, vítima de um acidente de carro.

O

MUNICÍPIO DE PARE-DES entregou, a 20 de dezembro, a segunda parte do subsídio anual às coletividades e bandas musicais do concelho, num valor de 20 mil euros.

A verba, segundo a autarquia, destina-se a apoiar as atividades da Associação Cultural e Musical de Bal-tar, da Associação Cultural e Musical de Paredes e das Bandas de Música de Cete e de Vilela. Este ano, cada asso-ciação musical recebeu 10 mil euros.

Esta parceria prevê a realização de quatro concertos anuais integrados na programação cultural e nas diver-sas atividades da câmara de Paredes.

Estava prevista a participação das Bandas Filarmónicas na “Marcha Soli-dária”, a realizar dia 22 de dezembro, mas atendendo à previsão do mau tempo a atividade foi cancelada.

Bandas de música receberam

subsídio de 20 mil euros

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3

26 de dezembro 2019

SOCIEDADE

HELENA NUNES

— texto —

Ilídio Meireles reeleito Provedor

da Misericórdia de Paredes

u

As eleições decorreram no sábado e tiveram lista único.

u

Até ao final do ano o projeto do novo Lar em Baltar deverá ser entregue na

câmara e será assinada a escritura de doação da escola da Madalena.

I

LÍDIO MEIRELES foi reeleito Pro-vedor da Santa Casa da Misericór-dia de Paredes. As eleições reali-zaram-se no passado sábado, 21 dezembro, sendo o atual líder da instituição o único candidato.

Dos 200 irmãos com quotas pa-gas e em condições de votar, ape-nas 45 foram às urape-nas. 41 votaram a reeleição de Ilídio Meireles para um segundo mandato de quatro anos, enquanto dois votaram em branco e dois foram nulos.

O provedor, que está na liderança da instituição desde 2012, mantem consigo os mesmos elementos da anterior Mesa Administrativa. Na pre-sidência da Assembleia-geral man-tém-se Alberto Soares Carneiro e no Conselho Fiscal sai Lourenço Martins devido à avançada idade e fica na pre-sidência António Francisco Ferreira, antigo chefe dos serviços administra-tivos da Misericórdia de Paredes.

“É uma lista que resulta mais da obrigação do que da nossa própria vontade. Acho que sete anos já chegavam. As pessoas não se devem perpetuar nos lu-gares, ao contrário do que é uma tendência tradicional nas

miseri-córdias. Daí a alteração à Lei para limitar os mandatos. A misericór-dia, como qualquer outra associa-ção, não deve ter donos. Porém, não se vislumbra no horizonte gente com vontade expressa de vir ocupar estes lugares”.

Frisando que a Misericórdia é aquilo que os paredenses quiserem, Ilídio Meireles diz que o grande pro-pósito para o próximo mandato é

“abrir, ainda, mais a instituição a novos irmãos. Queremos criar condições para que a instituição se abra, para que as pessoas apa-reçam, se dediquem e participem e, de hoje para amanhã, se sintam em condições de poder continuar este trabalho”.

A instituição precisa de se reju-venescer para enfrentar os desafios cada vez maiores e Ilídio Meireles acredita que a juventude está cada vez mais consciente da necessidade de uma intervenção mais ativa na sociedade e disposta a colaborar.

Nos últimos sete anos a Mise-ricórdia fez grandes investimentos na modernização das instalações, nomeadamente a requalificação parcial do jardim de infância, bem como na recuperação do patrimó-nio degradado, com intervenções na antiga Casa do Pessoal, onde

funciona o ATL, na antiga morgue onde funciona o apoio ao RSI e ao programa de distribuição de ali-mentos.

A instituição requalificou tam-bém o parque de estacionamento do Lar, realizou obras de beneficia-ção em algumas casas na feira e, recentemente, avançou com uma intervenção mais profunda no lar Elias Moreira Neto, com a renovação dos jardins, do lar e da área de apoio ao domicílio.

Neste último mandato, foi ainda feita a reinstalação da lavandaria e a reestruturação dos serviços admi-nistrativos e a renovação da frota de viaturas, nomeadamente para o serviço de apoio domiciliário e um autocarro para o transporte das crianças do jardim de infância.

Até ao final do ano o projeto do novo Lar, em Baltar, deverá ser entregue na câmara e será assinada a escritura de doação da escola da Madalena, cedida pelo município. Para o futuro, a instituição pretende, ainda, avançar com o projeto de re-qualificação do jardim de infância e a construção de uma nova creche na antiga escola do Oural, cujo projeto foi candidatado a fundos comunitá-rios, sendo o espaço cedido pela au-tarquia por um período de 25 anos.

A

FEIRA AGRÍ-COLA DO VALE DO SOUSA, Agri-val, está novamente no-meada para os prémios “Iberian Festival Awards 2020”, na categoria “best festivity”.

Os “Iberian Festival Awards” são promovi-dos pelo Talkfest – Inter-nacional Music Festivals Forum, os únicos a

pre-miar os festivais na península ibérica. O público pode votar online em 15 cate-gorias, através do site https://www.talkfest.eu/

nominees20. Os resultados serão divulgados

em janeiro.

A gala final da 5.ª edição dos “Iberian Festival Awards” decorrerá, a 14 de março do próximo ano, em Lisboa, no auditório FIL. Du-rante a cerimónia serão atribuídos galardões em 24 categorias e ainda um prémio de ex-celência.

A categoria “best festivity”, na qual está nomeada a Agrival, tem como objetivo escolher o melhor evento cultural ibérico.

“Reconhecida como a maior feira

agríco-A

IRMANDADE DOS CLÉRIGOS, no Porto, entregou duas carrinhas para a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS). A entrega foi feita no passado dia 12 de dezembro, na presença do Bispo do Porto, D. Manuel Lin-da, junto à Torre dos Clérigos.

O apoio de cerca de 40 mil euros vai permitir o “reforço da oferta em Penafiel

e o alargamento da hospitalização do-miciliária a Amarante, concretizando assim um objetivo há já algum tempo ambicionado pelo Conselho de Admi-nistração do CHTS”.

“Esta oferta só foi possível concre-tizar-se através das ações de solidarie-dade dinamizadas pela Irmansolidarie-dade dos Clérigos, cujo valor das entradas de dois fins-de-semana de visitas à Torre dos Clérigos, em 2018 e 2019, foi doa-do para a aquisição das duas carrinhas”,

sustenta a nota de imprensa.

A Hospitalização Domiciliária arrancou, no Hospital Padre Américo, em fevereiro

Hospitalização Domiciliária

do CHTS reforçada com

oferta de duas carrinhas

também possível o alargamento ao Hospital de São Gonçalo, com a criação de uma Unida-de Unida-de Hospitalização, Unida-de acordo com a reali-dade e geografia de Amarante.

Foto: Verdadeiro Olhar

Agrival nomeada pela

segunda vez para melhor

evento cultural ibérico

u

A Feira Agrícola do Vale do Sousa integra a categoria “best festivity”

dos “Iberian Festival Awards 2020”.

la do norte e centro do país, o certame, que já completou 40 anos, tem vindo a registar, edição após edição, enchentes diárias e cerca de 10 milhões de euros em negócios”, sustenta a nota de imprensa

da aurtarquia.

Com milhares de visitantes e mais de 300 expositores ligados à agricultura e ao gado, maquinaria, sector automóvel, imobiliária, novas tecnologias, artesanato, serviços, entre outros, a Agrival oferece ainda diversos espa-ços de gastronomia, concursos de produtos tradicionais e atuações musicais de artistas locais e nacionais, bem como, grupos de mú-sica tradicional.

u

As viaturas foram oferecidas pela Irmandade dos Clérigos, com

o valor das entregas de dois fins de semana de visitas à Torre dos

Clérigos.

deste ano, abrangendo os ACES – Vale do Sousa Norte e Sul, num raio de 15 quilóme-tros de distância do hospital. Agora, vai ser

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SOCIEDADE

26 de dezembro 2019

PUB

A

S COBERTURAS DE

AMIANTO das escolas secundárias de Lordelo e de Rebordosa vão ser retiradas durante as fé-rias de Natal, para acautelar a saúde dos alunos, professores e funcioná-rios que frequentam os dois

estabe-Amianto das secundárias de Lordelo

e Rebordosa removido nas férias de Natal

u

Os trabalhos serão realizados a partir de 26 de dezembro, durante a pausa letiva de fi nal de ano.

HELENA NUNES

— texto —

V

ivemos cada vez mais numa sociedade que busca a perfeição. De forma geral, a percentagem de pessoas que estão insatis-feitas com o seu corpo é bastante elevada, sendo a principal queixa o excesso de gordura, seja ela localizada ou generali-zada. Assim, é cada vez maior a preocupação com a alimenta-ção, o exercício e a procura por tratamentos estéticos. No entanto, nesta altura do ano, é quase impossível fugir! Jantares de Natal, saídas mais frequentes para rever amigos e familiares, culminando com a ceia e o dia de Natal (já nem falando da passagem de ano!), nesta época é comum o exagero alimentar e alcoólico. O excesso de substâncias como sal, açú-car, gordura e álcool podem trazer retenção de líquidos, infl amação e até ganho de gordura e peso. Essas toxinas acumuladas costumam apa-recer como gordurinhas a mais ou então mau funcionamento do intes-tino, indisposição, inchaço ou dores de cabeça. Quem costuma exagerar nas festas de fi m de ano sabe como é complicado o “pós-festas”.

Após a ingestão excessiva dessas toxinas, o metabolismo precisa de alguns dias de folga. Por isso, é boa ideia usar as primeiras semanas de janeiro para recuperar dos excessos das comemorações. Uma boa solu-ção para iniciar o ano com o organismo em harmonia.

Para isso é importante seguir uma boa dieta com ingestão de muitos líquidos e frutas, a fi m de limpar o organismo.

E, claro, a ajuda dos tratamentos estéticos também é importan-te! Esta é uma forma mais rápida e efi ciente de auxiliar o corpo nes-te processo de “detox”.

Dentro dos recursos terapêuticos utilizados na área da fisiotera-pia dermatofuncional, a massagem modeladora é usada com essa finalidade.

Pode ser defi nida como o uso de diversas técnicas manuais com ob-jetivo de auxiliar nos processos de emagrecimento por promover a re-dução de medidas e edemas. Auxilia na eliminação de toxinas, estimula a circulação periférica, o metabolismo, as respostas neuromusculares e as funções viscerais, ajudando também a diminuir a ansiedade e o stress. A massagem modeladora, quando executada corretamente, é uma técnica que permite esculpir glúteos, coxas, braços, cintura e abdómem, pontos nos quais a gordura localizada se concentra.

O poder modelador vem da pressão realizada pelo terapeuta, o po-der drenante vem da forma e direção como a massagem é realizada. Além disso, são aplicados cosméticos lipolíticos, que facilitam as ma-nobras e agilizam a queima de gorduras, o aumento do metabolismo celular e a eliminação de toxinas devido aos ativos farmacológicos pre-sentes.

Esta massagem deve ser sempre realizada por profi ssionais compe-tentes e num local da sua confi ança, para que o efeito fi nal seja o dese-jado. Comece, assim. o ano 2020 na sua melhor versão.

Fisioterapeuta especialist em dermatofuncional CLÍNICAS NUNO MENDES

JOANA VINHA

Massagem

modeladora

lecimentos de ensino.

Os trabalhos estão previstos nas empreitadas de remodelação das escolas e serão realizados a partir de 26 de dezembro, coincidindo com a habitual pausa letiva de fi nal de ano, confi rmou o presidente da câmara de Paredes.

A decisão, garante, foi tomada a “pensar na saúde de toda a

co-munidade escolar” e para que as

coberturas de fi brocimento sejam removidas com todas as condições de segurança.

O presidente da autarquia acompanhou na passada quarta--feira, 18 dezembro, os trabalhos de montagem de 24 contentores que vão disponibilizar oito salas de au-las em cada estabelecimento.

Nesta fase, decorrem as opera-ções de retirada dos equipamentos,

materiais e mobiliário, seguindo-se o início dos trabalhos de constru-ção civil, que vão ser realizados por fases para permitir em simultâneo o funcionamento das atividades letivas.

As duas empreitadas, no valor de 2,9 milhões de euros, resultam de um acordo de colaboração entre a autarquia e o Ministério da Edu-cação e vão permitir a remoção das coberturas de fi brocimento, a subs-tituição de caixilharias e piso dos pavilhões, entre outros trabalhos de benefi ciação e requalifi cação.

A maior fatia do fi nanciamento

decorre de fundos comunitários, cabendo ao Estado uma comparti-cipação de um milhão de euros.

As duas escolas são frequen-tadas por cerca de 1200 alunos e apresentam sinais de degradação, infi ltrações de águas nas salas de aula e cantina, falta de salas de aula e gimnodesportivos a precisar de intervenção.

A escola básica e secundária de Rebordosa chegou a ser fe-chada a cadeado pelos alunos em março do ano passado, em pro-testo contra a chuva que caía no interior das salas.

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26 de dezembro 2019

SOCIEDADE

HELENA NUNES — texto — PUB PUB

O

S BOMBEIROS V O L U N T Á -RIOS DE CETE reforçaram o seu quadro ativo com a entrada de 12 novos elementos da escola Agostinho Vieira Pinto que concluíram a sua formação.

A cerimónia de

“jura-mento de bandeira” dos

novos bombeiros decorreu a 15 de dezembro e contou com a presença do presi-dente da câmara, Alexandre Almeida, e do vereador da Proteção Civil, Elias Barros.

Na mesma cerimónia foram promovidos a bom-beiro de segunda dois elementos da corporação e homenageado o antigo adjunto de comando, Agos-tinho Vieira Pinto, que dá nome à escola de formação, e que foi bombeiro em Cete durante vários anos.

A homenagem foi en-tregue ao filho, António Manuel Vieira Pinto, 2.º co-mandante do quadro de honra da instituição.

Melhorar

quartel

para atrair

voluntários

“É uma massa humana muito importante. Sin-to um orgulho enorme nestes novos elementos que depois de tudo o que aconteceu nunca baixa-ram os braços”, destacou

o comandante interino Eze-quiel Coelho.

“É cada vez mais difí-cil atrair juventude para os corpos de bombeiros”,

acrescentou, assumindo que é importante melhorar as condições do quartel e dar mais conforto aos bom-beiros para que a institui-ção se consiga renovar.

Nas funções de coman-dante interino há pouco mais de três meses, Eze-quiel Coelho recordou o co-mandante Noel Ferreira que faleceu em setembro na queda de um helicóptero que combatia um incêndio em Valongo.

“Era o meu comandan-te, mas acima de tudo um amigo e um pilar. O desejo dele era quando deixas-se de deixas-ser comandante eu fosse promovido. Depois do que aconteceu assumi

12 bombeiros de Cete

fizeram juramento de honra

u

A cerimónia decorreu no quartel da corporação e incluiu também uma homenagem ao

“padrinho” da escola de bombeiros.

Homenagem a Agostinho Vieira Pinto

a função”, explicou,

subli-nhando o orgulho em dar continuidade ao excelente trabalho iniciado por Noel Ferreira.

Em dia de festa, o pre-sidente da direção da asso-ciação humanitária, Evan-dro Sousa, também desta-cou a importância destes novos elementos, sobretu-do numa altura em que as associações humanitárias se debatem com problemas no recrutamento de volun-tários.

“Neste momento

es-tamos com 60 elementos e o ideal seria chegar aos 100 dentro de 3 a 4 anos. Mas hoje em dia é cada vez mais difícil recrutar pessoas que deixem o conforto dos seus lares para estar num quartel e sobretudo o nosso que não tem uma intervenção há 25 anos. A ideia passa por criar condições para que os bombeiros se sin-tam bem no quartel e a instituição consiga cati-var cada vez mais jovens a abraçar esta missão”,

sublinhou Evandro Sousa, garantindo que a associa-ção já tem vindo a realizar obras de melhoramento no quartel e em janeiro vai avançar com uma in-tervenção nas camaratas.

“Vamos construir novas camaratas para cerca de 40 elementos, 25 mascu-linas e 15 femininas. O investimento é avultado e gostávamos que estives-se concluído até ao final do nosso mandato, que termina em dezembro de 2020”, acrescentou.

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SOCIEDADE

26 de dezembro 2019 HELENA NUNES — texto —

O

PROJETO “INCLUIR”, da Associação de Pais e Encarregados de Educa-ção dos alunos da Escola Básica n.º 1, de Rebor-dosa e o projeto “Ler + é na Gandra”, da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos alunos da Escola de Gandra foram dois dos premiados na iniciativa “Bairro Feliz”, o programa de responsabilidade social do Pingo Doce.

Os donativos foram entregues a 12 dezembro. No total houve 630 causas inscritas, sendo 133 projetos premiados.

O programa “Bairro Feliz” apoia causas de entidades locais ou grupos de vizinhos que tenham como objeti-vo melhorar o bairro nas áreas da saú-de, bem-estar e desporto, apoio social e cidadania, cultura e património, tu-rismo e lazer e educação e ambiente.

A loja de Lordelo, Paredes, através da votação dos clientes, premiou o projeto “Incluir” candidato pela Asso-ciação de Pais e Encarregados de Edu-cação dos alunos da Escola Básica n.º 1 de Rebordosa, que vai equipar uma sala com novas Tecnologias da Infor-mação e Comunicação (TIC), onde se encontra sediada a Unidade Especiali-zada, que alberga alunos com

pertur-Projetos para equipar escolas

no concelho premiados na

iniciativa “Bairro Feliz”

u

Dois projetos de Rebordosa e Gandra foram premiados no programa de

responsabilidade social do Pingo Doce.

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Rua do Paço, 122 | 4580-281 Beire Paredes Tlf. +351 255 785 340 * Fax +351 255 780 302 E-mail: trafego@tsluis.com

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GRUPO S. LUIS www.tsluis.com

bação do espectro do autismo (PEA). Já a loja de Ermesinde, Valongo, premiou o projeto “Ler + é na Gan-dra”, da Associação de Pais e Encar-regados de Educação dos alunos da Escola de Gandra, que pretende dotar a nova biblioteca com livros novos e equipamentos eletrónicos, como computadores e tablets.

Na região foram contemplados outros três projetos. Em Lousada o prémio foi entregue ao projeto da Associação Social Recreativa e Cul-tural Ao Encontro das Raízes, “Happy Children”, que pretende adquirir um

computador e retroprojetor para as crianças e jovens da instituição.

Em Paços de Ferreira o vencedor foi o projeto do Centro Social e Paro-quial de Carvalhosa, o “Anda Brincar… Ajuda-me a Crescer” que pretende equipar a creche com mais brinque-dos para ajudar ao desenvolvimento das crianças.

Em Penafi el o donativo foi entre-gue à Escola de Música da Banda Mu-sical de Lagares, com o projeto “Um piano para a nossa escola”, que pre-tende adquirir um piano novo para as aulas de formação musical.

MARIA AMÉLIA DIAS-MARTINS

Psicopedagoga - Hipnoterapeuta

— CLIPÊUTICA —

Pós graduada em Hipnose Clínica Doutorada em Ciências da Educação

Mestrada em Educação Especial

Especializada em defi ciência

Você tem o direito a ser feliz!

A felicidade aprende-se!

Aprenda a ser feliz!

Felicidade não é uma palavra vã, é o maior objetivo da vida. Felicidade é aquilo que genuinamente desejamos quando quere-mos o melhor futuro para os nossos fi lhos e netos. É aquele sentimento que nos enche o peito de alegria, o rosto de sorrisos e nos dá um prazer e uma vontade enorme de estar ali.

Mas às vezes, “Felicidade” parece a palavra que apenas se escreve nos cartões de festas de aniversário, desprovida de signifi cado, e sem forma de se vir a conhecer a sua aplicabilidade.

Felicidade pode ser a palavra que nos fez sonhar e que hoje nos faz sofrer, que se sente que foi roubada por alguém.

Mariza apaixonou-se perdidamente num jantar de aniversário pelo primo da sua melhor amiga. Tinha 17 anos e estava cheia de sonhos de amor e felicidade. Ele era um rapaz bonito e divertido, e, contra a vonta-de dos pais, largou tudo para viveram juntos. “Passado pouco tempo, ele

tornou-se ciumento e controlador. Vivi num inferno. Tenho 38 anos, estou só, ele levou-me tudo!”, lamenta entre lágrimas. “Não gosto da vida que tenho, não gosto de mim…”

“Se eu tivesse mais dinheiro…” “Se eu tivesse comigo aquela pessoa…” “Se tivesse mais saúde…”

“… assim eu seria feliz.”

- Pois mas não é nada disso!

A felicidade constrói-se em cada momento, aprendendo a ver e a valorizar as pequenas coisas fantásticas que temos todos os dias à nossa frente. Ser feliz nos dias bons é fácil, o importante é manter uma atitude de bem-estar para saber lidar com as adversidades.

A Felicidade é um modo de viver

Mariza recuperou o gosto por si própria quando aprendeu a ter esperança, otimismo e resiliência… quando ressignifi cou a sua vida e aprendeu a ser feliz.

Então, como é que se pode aprender a ser feliz?

- Aceitando a vida como ela é. - Gostando de si próprio.

- Compreendendo o outro para o aceitar ou perdoar. - Vendo o lado positivo das coisas.

- Apreciando todos os momentos da vida e sentindo-se grato por eles. - Reconhecendo que cada difi culdade é uma oportunidade de apren-dizagem.

- Apreciando a presença dos outros.

- Rindo, abraçando e partilhando momentos. - Amando e deixando-se ser amado.

Porque cada momento é único e pessoal, porque os nossos interes-ses, gostos e necessidades mudam ao longo da vida, o que cada um de nós considera felicidade também muda.

Inicie o ano de 2020 com um novo olhar sobre as coisas e sobre quem o rodeia. Aprenda a apreciar a vida com otimismo, esperança, re-siliência e generosidade.

Ser feliz é fácil, só precisa de viver para ser feliz!

Tenha um ano de 2020 muito feliz!

- A felicidade não vem de fora, vem do interior de cada um. - A felicidade é uma aprendizagem constante.

- A felicidade vem do signifi cado e propósito que se dá à sensação de bem-estar interior e do quanto se gosta da vida que se tem.

- A felicidade coexiste com os problemas.

Festa de Natal sabiUs

Realizou-se no passado dia 21 de dezembro a

festa de Natal, com alunos, famílias, equipa

sa-biUs e muita animação.

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26 de dezembro 2019

ECONOMIA & NEGÓCIOS

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Personalização de vestuário

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Ponto A é uma empresa de fabrico de vestuá-rio laboral e personalização do mesmo, a ní-vel de bordados e estampados, com sede na Rua Carvalho do Cabo, n.º 55, em Rebordosa, Paredes.

Fundada em 2015 por Ana do Vale, empresária de 36 anos, a Ponto A tem, em parceria, um gabinete de mo-delagem e confeção de vestuário, permitindo executar peças por medida com tecidos específi cos para as mais diversas atividades.

“Cada empresa é uma empresa. O produto tem de ser adaptado às necessidades de cada cliente. Um co-lete que uma serralharia usa não é o mesmo de uma fábrica de móveis. Gostamos de sentir qual é a neces-sidade do cliente e de propor as melhores soluções”,

explica Ana do Vale, garantindo que após o primeiro contacto é sempre apresentado um protótipo para o cliente validar.

A Ponto A trabalha com um grupo restrito de fornecedores, pois aposta na qua-lidade e parceria contínua, exclusivamente com produtos de média-alta quaqua-lidade e garante sempre um serviço personalizado nos bordados e estampagens.

O processo é acompanhado do início ao fi m, até chegar às mãos do cliente, de forma a garantir a qualidade do produto fi nal

A Ponto A não trabalha com catálogos e também não estabelece quantidades mínimas nas encomendas. Trabalha com empresas de vários setores de ativida-de, da indústria à saúativida-de, passando, também, pelo ramo automóvel, e tem vindo a crescer todos os anos, exportando já para alguns mercados Europeus, como França, Espanha, Suíça e Luxemburgo.

Sendo uma empresária jovem e dinâmica, Ana do Vale mantém-se sempre atenta às novidades, visitando todos os anos algumas das maiores feiras interna-cionais do sector, realizadas em Espanha e França.

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DESPORTO de A a Z

26 de dezembro 2019

E

ste é um projeto inovador que está a ser desenvolvido pela primeira vez no mundo. A ideia consiste em organi-zar turmas de golfe para alunos entre os 3 e os 6 anos. A atividade é posta em prática com equipamento específi cos desenvolvidos pelo Paredes Golfe Clube, para que a modali-dade contribua desde cedo no crescimento dos seus utentes. Assim, as crianças dispõem de aulas semanais de 45 minutos onde trabalham a coordenação, a concentração, a motricidade fi na e a orientação espaço-temporal.

Um projeto piloto testado pela primeira vez este ano no Agrupamento de Escolas de Paredes, mas cuja ideia é alargar, já no próximo ano letivo, a todos os jardins-de-infância do centro escolar de Paredes e, mais tarde, aos restantes agrupa-mentos.

O desporto é uma área muito vasta e rica no concelho de Paredes. Ao longo destes quase cinco anos de vida

O Paredense tem conhecido diversas histórias no que ao “mundo desportivo” diz respeito. Desta forma, o

jor-nal lança, a partir desta edição, uma nova rubrica “DESPORTO de A a Z”. Esta rubrica tem como objetivo dar a

conhecer as modalidades desenvolvidas no concelho e as histórias que as envolvem. Convidámo-lo a

conhe-cê-las e a partilhá-las connosco. Caso conheça alguma que gostava de ser partilhada na nossa edição, entre

em contacto connosco através do email:

oparedense@gmail.com ou do contacto 223 272 917.

O golfe não é um desporto

só para ricos…

CRISTINA BORGES

— texto —

Q

uantos de nós não temos a ideia de que o golfe é um despor-to direcionado a pessoas com uma classe económica elevada e dirigido à chamada

“socieda-Desde que o clube abriu que por lá já pas-saram cerca de 20.000 pessoas, dos curiosos, aos apaixonados, dos praticantes de lazer aos atletas profi ssionais. Atualmente conta com cerca de 200 associados, onde se incluem quase 50 atletas da academia. A estes juntam--se cerca de 50 utentes do projeto “Aveleda Specials Cup”, 30 do “Mais Vida Ativa” (popu-lação sénior) e 20 do “Vamos ao Golfe –

Des-porto Adaptado”.

O Paredes Golfe Clube é hoje um clube de referência em Portugal, ao nível de formação e de capacidade organizativa. São atualmen-te uma das melhores academias do país e já coorganizaram, em conjunto com a Fede-ração, provas de enorme impacto, como é exemplo o Open de Portugal, que acolheram em 2019.

de alta”? Ideia essa, que é errada e que tem o Paredes Golfe Clube como exemplo disso mesmo.

O Clube de Golfe do concelho de Paredes está em funcionamento desde 2012 e tem vindo a provar que esta modalidade pode ser praticada por todo o tipo de atletas. Dos mais novos aos mais velhos, dos homens às mulhe-res, dos menos capacitados aos mais capazes.

…a modalidade tem inúmeras vantagens

e projetos associados, que tornam

este desporto uma grande atração

O

golfe ajuda a prevenir e/ou a tratar várias doenças, nomeadamente, do foro cardiovascular e do foro mús-culo-esquelético. Estimula a concentração, combate o sedentarismo, melhora o desempenho articular e muscular e ainda promove a saúde do aparelho cardiovascular. Por ser considerada uma atividade física de baixo risco traumático, como a caraterizam, a sua prática pode manter-se até idades avançadas.

O estabelecimento de objetivos, metodologia, organiza-ção do tempo e a gestão da ansiedade são também benefícios para os praticantes desta modalidade. O golfe auxilia, tam-bém, no desenvolvimento intelectual dos miúdos.

Um facto curioso é que no Paredes Golfe Clube há duas mulheres que são jogadores de golfe e são estudantes de me-dicina.

O

golfe é umas das maiores atrações do Algarve. Além das praias, o sul do país é muito procurado para a prática desta modalidade. No norte, a modalidade funciona como um “produto estratégico” para o turismo nacional. Em Paredes, há cada vez mais pessoas a visitar o concelho pelo Paredes Golfe Clube. Entre portugueses e estrangeiros, os visitantes apreciam a possibilidade de praticar a sua modalidade favorita tão perto de um dos “centros do país”, a cidade do Porto.

Poder “fugir da confusão urbana” e praticar golfe numa paisagem tão excêntrica é uma mais-valia que o concelho pode oferecer aos visitantes.

Benefícios na saúde

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26 de dezembro 2019

DESPORTO de A a Z

Gabriel Mendes — 7 anos

E

ntrei este ano para o golfe, porque o meu pai também é golfista. Gosto muito de estar aqui, de treinar e de bater as bolas. É muito diverti-do bater as bolas. Sinto-me muito bem aqui e gos-to muigos-to de estar no Paredes Golfe Clube.

O meu pai dá-me muitas dicas e ajuda-me mui-to. Quero treinar muito para ser um jogador de gol-fe profissional.

O golfe é uma modalidade dirigida…

…aos mais velhos

…aos mais novos

António Barros — 87 anos

P

ratico golfe há três anos entre duas a três vezes por semana. Esta era a única modali-dade que, ainda, não tinha experimentado. Experimentei e gostei de imediato, além disso gostei logo das pessoas. O ambiente é magní-fico, existe muita camaradagem, convívio e os miúdos são formidáveis. Eu gosto muito deles e sinto-me muito bem no clube.

O golfe é um desporto “fora de série” e é praticado num local lindíssimo. O Paredes Golfe Clube tem organizado confraternizações e, ain-da há poucos dias, encontrei lá um amigo que não via há 30 anos. Tem sido uma experiência inigualável.

…a profissionais

Tomás Bessa — 23 anos

S

ou praticante de golfe há 18 anos e

co-mecei a jogar com cinco por influência do meu pai, que já era praticante desta modalidade. Comecei a acompanhá-lo mui-to cedo pelos campos de golfe e fiquei com vontade de experimentar. Foi amor “à primeira tacada”.

O que mais gosto no golfe é de dar uma tacada exatamente como a imaginei, é uma sensação fantástica! Este desporto proporcio-na várias horas em contacto com a proporcio-natureza, rodeado de boas paisagens, o que nos permi-te relaxar. É um desporto único.

O golfe ajudou-me a melhorar os níveis de concentração e atenção a nível escolar e permitiu-me desenvolver bons valores cívicos para a vida. Fiz grandes amizades e descobri a minha profissão de sonho. Dedico-me a 100% ao golfe, quero evoluir de dia para dia, adoro o que faço e estou motivado para treinar 7 dias por semana, 8h diárias.

Leonor Bessa — 21 anos

J

ogo golfe desde os 8 anos, influencia-da pelo meu pai, tal como o meu irmão (Tomás Bessa). Hoje sou jogadora profis-sional, mas no início odiava. Ia para o clube porque os meus pais e o meu irmão jogavam e como a família inteira ia eu também tinha de ir, embora contrariada.

Com o passar do tempo, o meu irmão começou a participar em muitos torneios e a ser o “menino bonito” da família (risos) eu, ciumenta como sou, quis começar a treinar a sério “para lhe chegar aos calcanhares”. Disse-ram-me que tinha muito talento e que podia ir longe se treinasse, e assim fiquei. Agora não imagino a minha vida sem o golfe, é a minha grande paixão.

É um desafio constante, uma modalidade tecnicista e que exige horas diárias de traba-lho para alcançar pequenos progressos e isso faz com que haja um compromisso e uma exi-gência enorme.

O golfe ensina-nos a saber lidar com a frustração, a decidir em momentos chave do jogo e a analisar situações de maior dificuldade.

…a médicos

Rita Félix — 25 anos

C

omecei a jogar golfe aos 12 anos, há cerca de 13 anos, através do desporto escolar. Sempre gostei de desporto e quis experimentar esta atividade por ser diferente. Gosto muito da parte competitiva, e também do fac-to de, a meu ver, ser uma modalidade bastante completa a vários níveis.

O golfe é capaz de trazer uma gran-de variedagran-de gran-de benefícios para a nossa saúde e desenvolvimento. Tive também a oportunidade de jogar fora do país e conhecer novos lugares e culturas dife-rentes, uma mais-valia, sem dúvida.

Relativamente à relação entre a medicina e o golfe, penso que é essencialmente a forma como encaramos as duas áreas. Para nos destacarmos pela positiva, acho que os princípios são os mesmos, na medicina temos o estudo e a prática clínica, no golfe temos a forma como encaramos o treino e a competição.

…a pessoas com necessidades especiais

EMAÚS Paredes

P

raticam a modalida-de cerca modalida-de 15 jovens que frequentam os Centros de Atividades Ocu-pacionais. Alguns deles já se encontram federados, o que permite tornar a prá-tica da modalidade mais competitiva.

Para eles é muito im-portante a prática da mo-dalidade e isso nota-se na grande satisfação e entu-siasmo com que, todas as sextas-feiras, esperam o au-tocarro que os transporta até Paredes Golfe Clube.

A atividade física nestes jovens é muito importante pois combate o sedentarismo, aumen-ta o desempenho articular e muscular e promove a saúde cardiovascular. Ao ser promovida num espaço tão aprazível como é o Campo do Aqueduto, a prática de golfe acrescenta ainda o contacto com a natureza, que aumenta o nível de bem-estar físico, psíquico e emocional. A componente social é muito apreciada por estes jovens. É importante a interação com outros jo-vens também com deficiência mental e com os técnicos e outras pessoas que os acompanham durante a prática de golfe.

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DESPORTO

26 de dezembro 2019

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Taça da AF Porto

O

Rebordosa foi a única das três equi-pas do concelho de Paredes a equi- pas-sar à 5.ª eliminatória da Taça AF Por-to. Depois da eliminação das forma-ções da 1.ª Divisão e do Nun’Álvares. Aliança de Gandra e Aliados de Lordelo “ficaram pelo caminho” na taça.

O Rebordosa recebeu e venceu o Alpendo-rada, também da Divisão Elite, por 2 – 1. Ape-sar da vitória, a equipa orientada por Tonanha teve de “suar” para garantir a passagem.

Aos 22 minutos de jogo, Jota apareceu ao segundo poste para rematar e colocar os visitantes em vantagem. Logo a seguir, Migas tentou empatar através de um livre direto, mas a bola saiu por cima. O avançado era o “mais interventivo” e ainda antes do intervalo voltou a tentar o golo, com um “pontapé de bicicleta”, mas o esférico voltou a não levar o caminho da baliza.

Os da casa foram a perder para o intervalo, mas entraram melhores no segundo tempo. As indicações dadas no período de descanso e algumas “mexidas” no onze melhoraram a formação rebordosense, que empatou o

en-Só o Rebordosa segue em frente

CRISTINA BORGES

— texto e foto —

A

s más condições climatéricas influciaram a prática desportiva no jogo en-tre Rio Tinto e Aliados de Lordelo. Com um terreno de jogo pesado e irregular, foi com dificuldade que ambas as equipas con-seguiram desempenhar a estratégia delineada.

Derrota “tira” Aliados da Taça

O método passou sobretudo por aplicar um futebol mais direto e aproveitar o erro do ad-versário. Foi precisamente através de erros dos lordelenses que os locais chegaram à vantagem. Os gondomarenses adiantaram-se no marcador logo aos dois minutos de jogo e

Gandra “cai” nas grandes penalidades

Rebordosa, 2 — Alpendorada, 1

contro nos primeiros cinco minutos do se-gundo tempo. O golo saiu da cabeça de Vítor Teixeira após o cruzamento certeiro de Rafa.

Os comandados de Tonanha mostravam--se mais pressionantes e dominadores e Mi-gas podia ter feito a reviravolta no marcador, mas na cara de Marques, permitiu a defesa ao guardião marcoense. Quem não desperdiçou foi Pipo que, a 20 minutos do fim, colocou o Rebordosa em vantagem.

Até ao final da partida, o Alpendorada ainda podia ter chegado ao empate, mas a passagem à 5.ª eliminatória seria mesmo con-quistada pelos homens de Rebordosa.

No final do encontro, Tonanha salientou as dificuldades da partida: “Foi um jogo

muito difícil por duas razões: pela valia do adversário e pelo estado do tempo, que dificultou a produção das duas equipas. Na primeira parte não estivemos bem, en-trámos muito apáticos e permitimos que o Alpendorada chegasse ao intervalo a ven-cer, com justiça. No intervalo tive de ser um pouco duro com os meus atletas, mas eles perceberam que não estavam a ter a atitude mais correta. Por vezes, e

incons-cientemente, parecia que não estáva-mos neste jogo, mas na segunda parte deram uma boa resposta e justifica-ram o resultado final”. O técnico

rebor-dosense acrescentou ainda: “Foi o jogo

possível nestas condições, era muito complicado fazer mais do que aquilo que foi feito, por ambas as equipas. O tempo condicionou o desempenho das duas formações”.

Do outro lado, Renato Coimbra de-fendia que o resultado devia ter sido decidido nas grandes penalidades: “Na

primeira meia hora fomos melhores e chegamos à vantagem de forma justa e fomos a vencer para o intervalo tam-bém justamente. Na segunda parte sofremos dois golos muito consenti-dos. Acho que o segundo golo é fora de jogo, mas foi uma segunda parte equilibrada e penso que merecíamos ir aos penáltis. Seria mais justo, por aquilo que fizemos e pelo que se pas-sou dentro de campo. O Rebordosa foi mais eficaz, mas nós deixámos uma boa imagem”.

Rio Tinto, 3 — Aliados de Lordelo, 1

ampliaram os números à passagem da meia hora. O cenário não estava animador para o conjunto do concelho de Paredes que intro-duziu a bola dentro da própria baliza e fez o 3 - 0, ainda na primeira parte.

No segundo tempo, o Aliados tentou de

inúmeras formas “correr atrás do prejuízo”, mas sem grande sucesso. Artur ainda conse-guiu reduzir, mas não evitou a derrota dos comandados de Juvenal Brandão.

O Aliados de Lordelo ficou “pelo caminho” na Taça da Associação de Futebol do Porto.

Aliança de Gandra, 4 — Vilarinho, 5 (após prolongamento)

O

s gandarenses queriam a “desforra” da final da Taça da época anterior, que perderam precisamente frente ao Vilarinho. Motivados para ultra-passar o emblema “que lhes roubou o caneco” na temporada anterior, o Aliança de Gandra entrou forte e pressionante na receção à for-mação de Santo Tirso. Os comandados de Mário Rocha chegaram à vantagem aos 25 minutos com o golo de Maurício.

Em superioridade no marcador, os ho-mens da casa não desistiam de ampliar a vantagem, mas só o conseguiriam fazer no segundo tempo. Aos 47 minutos, Sérgio Car-doso isolou-se e, na cara de Ricardo, fez o 2 -0. Com uma vantagem confortável e supe-rioridade no encontro, o Gandra parecia ter a eliminatória controlada, mas, a dez minutos do fim, Jonas reduziu o marcador e acalentou a esperança dos visitantes que, explodiram de

alegria quando, no último segundo, Neto es-tabeleceu a igualdade e levou a decisão para os penáltis.

Nas grandes penalidades, os “jesuítas” vol-taram a ser mais fortes e venceram por 4 – 5 o Aliança de Gandra que voltou a “não levar a melhor” sobre o Vilarinho.

No final da partida, Mário Rocha mostra-va-se visivelmente abalado com o

afastamen-to da taça: “Dominámos o jogo por

com-pleto e fizemos uma belicíssima partida. Foi muito injusto para os meus jogadores, por tudo o que fizeram, mereciam passar esta eliminatória. O Aliança de Gandra é eliminado numa injustiça do futebol. Os jogadores tiveram excelente atitude e tra-balharam muito, é injusto. Tínhamos como objetivo voltar a chegar à final e custa mui-to perder assim”.

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26 de dezembro 2019

DESPORTO

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Rua Serpa Pinto, 129 LJ 11 | 4580-204 PAREDES

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Campeonato de Portugal

União de Paredes, 4 — Coimbrões, 0

N

o último jogo do ano de 2019, o União Sport Clube de Paredes rece-beu o Sport Clube Coimbrões.

A equipa orientada por Eurico Couto chegava à 15.ª jornada do Campeonato de Portugal moralizada pelas duas vitórias con-secutivas e pretendia manter o bom momento do emblema unionista. Com o desenrolar do jogo, os homens da casa assumiram o controlo do encontro, mas não conseguiam decidir de forma acertada na hora de concretizar.

As investidas paredenses não se mos-travam certeiras e foi de bola parada que os unionistas chegaram à vantagem. Joel inau-gurou o marcador, mesmo em cima do inter-valo, após a conversão de uma grande pena-lidade.

No segundo tempo, a formação do con-celho de Paredes intensificou a pressão e o empenho, o que permitiu ampliar a vanta-gem. Aos 60 minutos, Madureira dilatou o

Paredes fecha

o ano com vitória

CRISTINA BORGES

— texto e foto —

marcador e fez o segundo para os da casa. Seis minutos depois, as bancadas voltaram a festejar, Everton converteu novo penálti e fez assim o 3 - 0.

O jogo assumiu contornos de goleada quando, a 15 minutos do fim, Andrezinho fi-xou o resultado final nos 4 - 0.

O Paredes somou a terceira vitória conse-cutiva e o sexto jogo sem perder. A formação paredense terminou o ano com uma vitória que coloca os unionistas no 5.º lugar com 26 pontos. O Coimbrões é 11.º com 20.

No final do encontro, Eurico Couto des-tacava: “Gostava de salientar o segundo

golo, no qual todos os elementos tocaram na bola numa circulação em todo o campo, que culminou com uma boa finalização do Madureira. As três vitórias aumentam a motivação e melhoram os índices de con-fiança, mas principalmente para os joga-dores passarem um natal em família, orgu-lhosos do que têm feito e isso é sempre o mais importante”.

ARQUIVO

N

uma ronda em que houve paragem na 1.ª Divisão Distrital, o Parada foi a única equipa que jogou no do-mingo, 22 de dezembro. A formação orientada por David Barbosa antecipou a últi-ma partida do ano e deslocou-se a Vila Nova de Gaia para defrontar o Leverense.

No último jogo de 2019, a equipa de Pa-rada perdeu por duas bolas sem resposta. O primeiro golo dos gaienses foi marcado a cinco minutos do fim da primeira parte e, no segundo tempo, os homens da casa voltaram a festejar aos 55 minutos. Após o golo, os vi-sitantes ficaram reduzidos a dez elementos e não conseguiram inverter o resultado. Com o desaire, o Parada estabeleceu-se na 9.ª posi-ção com 14 pontos, lugar que pode ser

aletra-1.ª e 2.ª Divisão Distrital da AF Porto

Parada fecha o ano com derrota,

Baltar somou quinto jogo a perder

CRISTINA BORGES

— texto —

do de acordo com o resultado dos adversários na última jornada do ano, que se realiza no dia 29 de dezembro.

A 2.ª Divisão Distrital da Associação de Fu-tebol do Baltar decorreu com “normalidade”. O Baltar é a única equipa paredense a militar na prova e voltou a sair derrotado. O conjunto baltarense recebeu a Mocidade Sangemil e perdeu por 1 – 2, na partida da 13.ª jornada. A formação orientada por Belmiro Correia ficou em desvantagem aos 20 minutos com um golo de grande penalidade. A equipa da Maia ampliou a vantagem no início da segunda parte. Ivo ainda conseguiu reduzir a 20 minu-tos do fim, mas o golo do baltarense não foi suficiente para evitar a derrota da formação da casa.

O Baltar contabilizou a quina derrota con-secutiva e está assim no 11.º lugar com 14 pontos.

O

parque da cidade de Paredes vai re-ceber, no primeiro sábado de janei-ro, a 19.ª edição do Grande Prémio de Atletismo da Casa do Benfica em Paredes e o campeonato Regional de Corta--mato curto e jovem.

As provas terão início às 14 horas e abran-gem os escalões de benjamins A e B, infantis, iniciados, juvenis, juniores/seniores e vetera-nos. Haverá classificações individuais e coleti-vas em todos os escalões, à exceção dos ben-jamins A e B, em que só haverá classificação individual.

Segundo o regulamento da prova, para a classificação coletiva nos escalões de benja-mins, iniciados e juvenis (que contam para o Grande Prémio e Campeonato Regional) con-tam os quatro primeiros atletas de cada clube. Já para a classificação coletiva do

campeona-Esperados cerca de 500

atletas para o Grande

Prémio de Atletismo

to Regional de Corta-mato curto contam os quatro primeiros classificados de cada clube, sendo desses, no mínimo, dois atletas do es-calão sénior.

A prova é organizada pela Associação de Atletismo do Porto em colaboração com a Casa do Benfica em Paredes e a câmara mu-nicipal. São esperados cerca de 500 atletas de vários clubes da região apontou Paulo Borges, responsável pela secção de atletismo da Casa do Benfica em Paredes.

“A equipa conta atualmente com 22 atletas federados e, salvo algum impedi-mento de força maior, estarão todos pre-sentes na prova”.

Coletivamente, a secção de atletismo da CBP pretende lutar pelo pódio nos iniciados masculinos e juvenis femininos, os únicos es-calões onde tem quatro atletas para pontuar. Já a título individual, Paulo Borges garante que cinco ou seis atletas poderão ambicionar pela luta por um lugar no pódio.

HELENA NUNES

— texto —

u

A prova decorre no parque da cidade de Paredes, em simultâneo

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CULTURA

PAREDES E A PRIMEIRA REPÚBLICA

IVO RAFAEL SILVA

ivo_rafael@sapo.pt

N

os dias seguintes à fracassada ten-tativa de restauração monárquica, o governo e demais instituições públicas (judiciais, municipais e administrativas) desenvolveram esforços para punir os conspiradores e pre-caver possíveis reincidências. Tanto a nível nacional como local, vivia-se um ambiente de grande tensão.

Entre tantos outros, acabariam detidos para averiguações o Monsenhor P.e

Francis-co Xavier de Sousa Carneiro, pároFrancis-co de Lor-delo, bem como o cura da mesma paróquia, P.e Custódio Teixeira Ribeiro. O primeiro, que

havia sido preso por solicitação via telegrama do Comissário Geral de Polícia Civil do Porto (RCEAC, reg. n.º 560), fora libertado dias de-pois, após terem sido ouvidas duas dezenas de testemunhas abonatórias. Em sua defesa, o já veterano abade referira ao juiz que tinha efectivamente mandado tocar os sinos a re-bate, mas apenas com o «fim de chamar o povo à igreja para o prevenir de que graves acontecimentos se iam suceder e por isso cada um se acautelar em suas casas e se não expõem ao perigo». «Se isto é verdade», pros-seguia o articulista, «não passou duma hipo-crisia, porquanto algumas pessoas foram ins-tigadas para irem a Paredes à posse monár-quica, mesmo conforme apareceram na igreja ao rebate dos sinos – alguns em mangas de camisas e munidos de instrumentos agríco-las» (O Progresso de Paços de Ferreira, edições n.º 490-497).

No dia 6 de Outubro de 1911, o adminis-trador do concelho de Paredes, António Au-gusto Gonçalves de Carvalho, enviava circular aos regedores das freguesias de Castelões de Cepeda, Cete, Parada de Todeia, Sobreira, Recarei, Mouriz, Baltar, Vandoma, Astromil e Gandra, pedindo-lhes que, com «a maior ur-gência e por ordem superior», intimassem os cabos de polícia de cada freguesia a organiza-rem-se por turnos para se «estabelecer uma rigorosa fiscalização nas linhas do caminho--de-ferro e telegráficas». Acrescentava ainda que «qualquer dos cabos que [manifestasse] menos vontade ou desobediência no cumpri-mento destas ordens» deveria ser preso e re-legado à Administração (RCEAC, reg. n.º 539). Houve também quem se voluntariasse de pronto para «defender a República» das ameaças «paiveiras» ou «couceiristas». Um

A REBELIÃO DE 30 DE SETEMBRO (IV)

«A 13 de Outubro seriam detidos dois cidadãos “ilustres” da sociedade paredense: António José de Sousa

Machado, antigo presidente de câmara e antigo administrador do concelho; e o comendador Belmiro

Augusto de Oliveira, também antigo administrador. Eram ambos monárquicos, tendo-lhes sido dada

or-dem de prisão “por se acharem envolvidos no crime de rebelião que teve lugar no dia 30 de Setembro”.»

dos voluntários fora o militar José Ribeiro da Costa Júnior, que comparecera na Adminis-tração para «fazer o quarto da madrugada como simples soldado desde Trigais até Cete» (O Novo Paredense, carta de 10 de Maio de 1925).

Por esta altura, havia já no concelho uma delegação da chamada «polícia cívica». Trata-va-se de uma instituição criada a nível nacio-nal, por decreto de 17 de Outubro de 1910, e que tinha como genérica missão «a defesa das Instituições da República Portuguesa». Tinha elementos nas freguesias de Bitarães, Mouriz, Recarei, Baltar, Rebordosa, Vandoma, Cete e Sobreira. Os seus agentes dispunham de cartões de identidade e usavam distintivos próprios. A força seria extinta em Julho de 1912 (RCEAC, reg. n.º 434).

No dia 8, o administrador oficiava aos pre-sidentes de junta de Castelões de Cepeda e de Baltar, informando-os de que os bens pes-soais dos párocos que tomaram «parte muito activa no movimento revolucionário de 30 de Setembro e que por isso se homiziaram aban-donando a freguesia, [deveriam] ser entre-gues às famílias dos mesmos ou a vizinhos de confiança». O administrador ordenava ainda a que a mesma junta tomasse conta da

residên-cia e do passal (RCEAC, reg. n.º 541).

No dia 10 de Outubro, António Augusto escrevia ao congénere de Vila Real, dizendo que «por se achar envolvido e ter grande res-ponsabilidade nos acontecimentos de 30 de Setembro próximo findo, ausentou-se d’este concelho o oficial de diligências do Juízo de Direito d’esta comarca, António da Costa Pin-to (…) havendo fundadas suspeitas de que esteja escondido nesse concelho». O adminis-trador paredense solicitava, por isso, a busca e captura do referido magistrado. No mesmo ofício, referia que se encontrava também ho-miziado o P.e Francisco da Cunha Lima,

«de-vendo ter aproximadamente 40 anos, tendo um pequeno defeito nos olhos e um pou-co roupou-co, de quem também rogo captura» (RCEAC, reg. n.º 548).

A 13 de Outubro, seriam detidos dois ci-dadãos «ilustres» da sociedade paredense: António José de Sousa Machado, antigo pre-sidente de Câmara e antigo administrador do concelho; e o comendador Belmiro Augusto de Oliveira, também antigo administrador. Eram ambos monárquicos, tendo-lhes sido dada ordem de prisão «por se acharem envol-vidos no crime de rebelião que teve lugar no dia 30 de Setembro» (RCEAC, reg. n.º 559). De

forma cáustica, o jornal maçónico portuense

A Montanha, referia-se ao assunto nos

seguin-tes termos:

«Dois prisioneiros. O Belmiro e o ex--administrador Machado. Com acentuada colaboração no anti-patriótico movimento conspirateiro apareceram em Paredes dois ca-valheiros. Um é o Folhetas, comendador e far-macêutico, de nome Belmiro de Oliveira. Foi galopim progressista de ruins manhas e ao tempo do processo Djalme cúmplice ativo da trama urdida pelos Velosos e Torquatos, ain-da aninhados na polícia do Porto. O outro é o antigo administrador regenerador, Machado, instigante das arruaceiras acometidas aos re-publicanos que àquela vila de Paredes foram em propaganda eleitoral. Tomaram parte nessa jornada, entre outros, os drs. Alfredo de Magalhães e Pereira Osório. Avistamo-los ontem no Aljube, excelentemente instalados e lá soubemos como, ante o juiz instrutor, Bel-miro de Oliveira se apresentou em tamanha maneira confuso e atrapalhado, que o magis-trado houve de adiar o interrogatório. Talvez o homem acredite agora em como aquela mísera D. Teodora do processo Djalme pôde atarantar-se e perder o senso em jeito a não depôr senão disparates… A emanente justiça dos factos…» (A Montanha, 16/10/1911).

Os acontecimentos contra-revolucioná-rios a nível nacional foram de tal forma graves que, para lidar judicialmente com a questão, a Câmara dos Deputados aprovara a criação de uma instância especial e exclusiva: o cha-mado tribunal das Trinas (Santos, 2011:132), que herdaria o nome do convento lisboeta onde se achava sediado. Durante o mês de Outubro, fora ainda criada uma «comissão de investigação» própria na comarca de Pa-redes. Ao órgão nacional, composto por sete magistrados, presidia o juiz Alberto Aureliano da Silveira Costa Santos, estando na comarca de Paredes o seu irmão, Adelino Augusto da Silveira Costa Santos. Foi, pois, perante este órgão de excepção que responderam os vá-rios suspeitos paredenses alegadamente im-plicados na conflagração.

(Continua)

António José de Sousa Machado (esq.) e Belmiro Augusto d’Oliveira (dir.) foram detidos na sequência do 30 de Setembro e destratados publicamente no jornal maçónico A Montanha

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26 de dezembro 2019

ESPAÇO ESCOLA | CULTURA

Paredes

Felgueiras

Lousada

Paços de Ferreira

Penafi el

Agenda Cultural

De 26 de dezembro a 8 de janeiro 2020

Castelo de Paiva

Redação, Administração e Publicidade: Rua da Igreja Velha, 71 - Loja AJ ● 4580-113 PAREDES

Contatos: Tlf. 223 272 917 - Tlm. 930 589 960 ● oparedense@gmail.com ● oparedense.publicidade@gmail.com

Paginação: Aníbal Marques Tiragem: 3000 por edição

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Associado da:

Propriedade: PRD - O Paredense - Comunicação, Unipessoal, Lda. NIF: 513328483

Diretor: Manuel Ferreira Coelho Editor: Manuel Ferreira Coelho

Redação: Helena Nunes, Eduardo Oliveira Costa (CP 1738), Cristina Borges e Aníbal Marques

FICHA TÉCNICA

Dia 27 dezembro

Museu Municipal

21h30

– Concerto de fi m de ano: “Acapella Quartet”

Dia 29 dezembro

Igreja Paroquial de Lagares

15h30

– Concerto de boas festas da Banda de Lagares

Dia 31 dezembro

Praça Escritaria

22h30 e 23h00

– Concerto “Ruizinho do Acordeão” e da banda Santa Maria

Dia 31 dezembro

Praça Escritaria

00h00

– Sessão de fogo de artifício

Dia 27 dezembro

Loja Interativa de Turismo de Paredes

Das 14h30 às 17h00

– “Iniciação em Croché”

Dia 27 dezembro

Igreja Matriz de Paredes

21h00

– Concerto de Natal, pela Escola de Música Solidó

Dia 30 dezembro

Biblioteca Municipal de Paredes

Das 14h30 às 17h00

– Serviço educativo “Natal Mágico”: “Escrever um Conto de Natal”

Dia 31 dezembro

Parque José Guilherme, Paredes

23h00

- Passagem de Ano: concerto de Quim Barreiros e fogo de artifício piromusical; atuação de dj’s com presença de bares

Dia 4 janeiro

Casa da Cultura de Paredes

21h30

– Concerto de Reis “Orquestra Ligeira do Vale do Sousa” e entrega de prémios do concurso “Montras de Natal”

Dia 31 dezembro

Quartel dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva

22h00

– Passagem de ano: baile solidário

Dia 5 janeiro

Largo do Conde

15h00

– III Corrida dos Reis

Dia 31 dezembro

Praça Dr. Machado de Matos

22h30

- Passagem de ano: concerto de Blaya

Dia 3 janeiro

Praça Dr. Machado Matos

20h30

– 4.ª Edição Gala do Desporto

Dia 26 dezembro

Rua do Barreiro

08h30 – 16h30

– XXV Feira do Cavalo

Dia 27 dezembro

Escola Secundária de Lousada

21h30

– Corrida de São Silvestre, com Aurora Cunha

Dia 31 dezembro

Avenida Senhor dos Afl itos

22h00

– Concerto do grupo Farra Minhota

Dia 31 dezembro

Parque Urbano

00h00

– Fogo de artifi cio, seguido do espetáculo FEEL 2020

Dia 5 de janeiro

Parque Urbano Dr. Mário Fonseca

15h30

- Lousada Bebé Natal

Dia 28 dezembro

Tenda de Natal no Parque Urbano

20h30

– Gala de encerramento do Ano Municipal do Am-biente e Cidadania

Dia 5 janeiro

Igreja Matriz de S. Martinho

16h00

– Concerto de Reis – música coral

o seu QUINZENÁRIO de eleição

O

Dia de São Nicolau é comemorado a 6 de dezembro. Este santo fi cou conhecido pela sua generosidade e bondade, ajudando os pobres, especialmente as crianças e jovens. De São Nicolau diz-se ter distribuído sacos de moe-das, roupas e comidas pelas chaminés das casas de famílias mais necessitadas, fi cando assim ligado à distribuição de presentes. A sua bondade foi mais tarde associada à ima-gem do Pai Natal.

Tendo por mote S. Nicolau e as tradi-ções natalícias dos países de expressão francesa e inglesa, as turmas do nono ano realizaram diversas atividades linguísticas e lúdico-culturais alusivas à

comemora-ção da data festiva. Os trabalhos realizados, no âmbito das disciplinas de Francês e In-glês, e com o apoio da docente de Oferta Complementar da Escola Básica, também do Departamento de Línguas, permitiram montar uma exposição nas bibliotecas es-colares da Escola Básica e da Escola Secun-dária. Nesta pequena mostra de trabalhos, intitulada “Mesas de Natal”, são apresenta-dos diversos elementos, nomeadamente: ementas de Natal escritas nas duas línguas; mensagens de Natal; curiosidades e jogos linguísticos, bem como elementos deco-rativos alusivos ao Natal, dos quais se des-tacam: Christmas Crackers e bolas de natal com mensagens em Inglês e em Francês.

Quem precisar de boas sugestões para preparar a ceia natalícia pode, ainda, apro-veitar para visitar a exposição, patente nas bibliotecas de cada uma das escolas, até ao final do 1.º período.

Finalmente, fazendo jus ao dia de S. Ni-colau, no dia seis de dezembro, nas salas de professores das duas escolas, foi recriada, pelos docentes de Português, Francês e In-glês na Escola Secundária, e pelas docentes de Inglês e Francês na Escola Básica, uma verdadeira mesa de Natal com algumas iguarias típicas dos países representados. À mesa não faltaram, também, contos de Na-tal na nossa língua materna, selecionados pelas docentes de Português.

O Natal e o S. Nicolau chegaram em força

ao Agrupamento de Escolas Daniel Faria

ESCOLA BÁSICA ESCOLA SECUNDÁRIA

ESCOLA SECUNDÁRIA

Deixemo-nos, pois,

inspirar pela magia do Natal.

A todos, um Feliz Natal! Joyeux

Referências

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