NATURALIZAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
MÓDULO III
Prof.: MSc. Getulio Ribeiro
Fundamentos Socioculturais e
Diversidades
Histórias da Infância e do
Mundo Adulto
Da Infância à Melhor Idade
História da infância no Ocidente
(
desde a Antiguidade
) não é linear:
não se pode dizer que crianças, na
Idade
Média,
eram
menos
importantes ou mais mal tratadas
do que no século XX;
necessário ponderar: ⌂ período. ⌂
lugar, ⌂ classe social → para
perceber a função e o tratamento
dado à criança;
Crianças e adolescentes como grupos vulneráveis / carentes de direitos especiais:
decorrência → transformações sociais/ políticas, nacionais e internacionais
(1948 -
Declaração Universal dos Direitos
Humanos
; 1959 -Declaração dos Direitos
da
Criança
; 1989 -Convenção
Internacional
sobre
os
Direitos
da
Criança);
1988 - Constituição brasileira instituiu o
Sistema de Garantia dos Direitos da
Brasil:
apesar disto, muitas crianças continuaram exploradas;
Havia, até a década de 90 do século passado →
“7,5 milhões de crianças e
adolescentes -
de dez a dezessete anos
-trabalhando. Três milhões estavam com
menos
de
quatorze
anos.
”
(DIMENSTEIN, p. 122).
1990 – Foi regulamentado o ECA
(
Estatuto
da
Criança
e
do
Adolescente
);
O
ECA
passou
a
garantir
direitos
básicos referentes à
proteção, assistência
material,
moral
e
educacional a todas as
pessoas, até dezoito
anos de idade.
Brasil – ECA → estabelece outra faixa etária -dos doze aos dezoito anos;
Esta fase é vista como um período da vida que representa uma preparação da criança para a fase adulta. Neste sentido, um
momento de
vulnerabilidade que requer cuidados e garantias constitucionais em diversos aspectos.
Título II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Capítulo II
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
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Fase adulta:
na nossa sociedade → considerada a única fase produtiva de fato;
a mais valorizada, em contraposição à fase
idosa
no Brasil → idoso a partir dos 60 anos;
pessoas com mais de 60 anos → em grande
parte, sofrem com preconceitos e abandono dos próprios familiares;
cultura ocidental branca → prevalece a questão financeira - não a moral e ética: idosos ou pessoas na melhor idade são considerados(as) estorvos;
oposto → diversas tribos indígenas - valorizam
os mais velhos, por diversos motivos (sabedoria, memória e identidade de seu povo);
“Nossa cultura valoriza o adulto produtivo.
Desvaloriza todas as outras fases da vida: a
infância, a velhice e a adolescência, tomadas
como fases improdutivas para a sociedade, por
isso desvalorizadas. A visão naturalizadora
reforça estes valores, ao tomar o desenvolvimento como referência”. (BOCK, p. 39)
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muitos idosos são obrigados a se recolherem em uma casa de repouso ou asilo, distantes da família que, freqüentemente, os rejeita;
mesmo quando permanecem, sofrem outros abusos e preconceitos, falta de cuidados, desrespeito pelas limitações da idade e falta de compreensão;
por isto, foi tão necessário o Estatuto do Idoso, instituído em 2003;
Tem, para a sociedade, a mesma força do Estatuto da Criança e do Adolescente;
DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO NAS ESCOLAS
Relatórios internacionais estimam que, em
torno de 10% da população mundial, é
constituída por pessoas com deficiência, a
maioria das quais vive em países,
economicamente, pobres.
No Brasil, o CENSO Demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revela que 14,5% da população brasileira apresenta:
“algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, de ouvir, locomover-se ou com alguma deficiência física ou mental”. (IBGE, Censo, 2000).
As pessoas que nascem com deficiências ou as adquirem ao longo da vida são, continuamente, privadas de oportunidades de convivência com a família e seus pares (colegas, vizinhos, parentes), da vida escolar, do acesso ao trabalho, às atividades de lazer e cultura, entre outros
.
Agora, reflita sobre suaexperiência e responda: ⌂Você já discriminou
alguém com deficiência em sua vida? Por que? O que fez? h tt p :/ /tu ris mofran k. b logs p o t. com
Invisibilidade das Pessoas com Deficiência e discriminação
Reflexão Brasil no dia-a-dia:
convivemos muito pouco com pessoas com deficiência;
elas não estão nas ruas, nos cinemas,
nos
shopping,
nos supermercados, nasescolas e nas universidades;
em muitos casos estão escondidas em suas próprias casas;
conseqüência inevitável → pouco sabemos sobre este grupo social;
Constatação empírica:
pessoas com deficiência estão “invisíveis” na sociedade;
na raiz das atitudes / procedimentos discriminatórios → a invisibilidade nos espaços sociais comuns, a crença em sua incapacidade, associados ao desconhecimento (ignorância geral) sobre seus direitos / direitos humanos;
Você
tem papel chave na implementação de
políticas
públicas
/
ações
para
assegurar os direitos à educação das
pessoas com deficiência;
Isto quer dizer que as escolas e suas
comunidades
devem
mudar
e
se
preparar para entenderem, celebrarem e
trabalharem com a diversidade humana
existente nas suas classes,
a fim de
Convenção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência
(CDPD, ONU, 2008)Respeito pela dignidade inerente e autonomia individuais incluindo a liberdade para fazer as próprias escolhas e independência das pessoas; Não-discriminação;
Participação total, efetiva e inclusão na sociedade;
Respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiências, como parte da diversidade humana e da humanidade;
Acessibilidade;
Igualdade entre mulheres e homens;
Respeito pelas capacidades em desenvolvimento das crianças com deficiência e respeito do direito das crianças com deficiência de preservar suas identidades;
reconhecer a dignidade das pessoas com deficiências;
princípios consolidam uma mudança de paradigma/abordagens dirigidas a este grupo social (não deve mais ser visto
como „objetos‟ de caridade), tratamento
Pessoas com deficiência devem ser vistas / tratadas como „sujeitos de direitos‟ - igual a quaisquer outros indivíduos; h tt p :// o glo b o .glo b o .co m/
Dessa forma, a promoção e defesa
dos direitos das crianças, assim
como as medidas de proteção às
crianças,
jovens
e
adultos
com
deficiência
devem se constituir
meta governamental e estar no
centro da agenda das políticas
públicas
(
federal,
estadual
e
municipal
), dos projetos políticos
pedagógicos das escolas e das
missões
de
organizações
do
terceiro setor.
DIVERSIDADE
RELIGIOSA
A palavra Religião:
compreende um conjunto de crenças,
mitologias, doutrinas ou formas de
pensamento relacionadas com a esfera
do sobrenatural, do divino, do sagrado e do transcendental, além de rituais e códigos morais;
Apesar de suas diferenças, há algo comum a todas as religiões: elas se baseiam na
fé -
palavra que vem do gregopí·stis
, idéia deconfiança, fidúcia, firme
persuasão
, uma convicção em umaverdade, mesmo sem nenhuma evidência física.
ao longo da História a convivência dos seres humanos / grupos sociais das várias sociedades com o Outro → nem sempre foi pacífica;
a intolerância se expressa diante de várias diversidades: de gênero; de etnia; de geração; de orientação sexual; de padrão físico-estético; de religião;
Reflexão:
⌂ A
intolerância
de qualquer natureza,para com o Outro, diferente de nós, gera
a discriminação, o preconceito, o
conflito, a violência e guerra. Divergências religiosas resolvidas, desse modo, são anti-religiosas.
⌂ A
tolerância -
nesse caso religiosa - é agarantia de cada um realizar a sua escolha religiosa. Ou não escolher. É a garantia do direito à diferença. É a possibilidade de um mundo menos conflituoso.
⌂ Historicamente, há religiões que guardam muitas aproximações entre si. O desconhecimento e a própria ignorância, a respeito dessas afinidades é uma das fontes da intolerância. A outra é a arrogância de alguém se considerar dono da verdade divina.
⌂ Por isso, há movimentos pelo diálogo entre diferentes religiões, no sentido de construção da tolerância religiosa. Essa perspectiva se denomina
ecumenismo
.Autoria do vídeo: Getulio Couto Ribeiro
Reutilização e Modificação dos slides da REDHBrasil de Autoria de Rosa Maria Godoy Silveira, Luciana Calissi,
Windyz B. Ferreira, e outros.
http://www.ufal.edu.br/aedhesp
gribeiro477@hotmail.com e gribeiro477@gmail.com