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Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO. Relato Financeiro 2013

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Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO

Relato Financeiro | 2013

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Índice

Relatório de Gestão 3

SUMÁRIO EXECUTIVO ... 4

SÍNTESE DA EVOLUÇÃO DOS MERCADOS ... 6

EVOLUÇÃO DOS ATIVOS EM 2013 ... 12

POLÍTICA DE INVESTIMENTO ... 14

ESTRATÉGIA E ATUAÇÃO EM 2013 ... 16

RISCOS MATERIAIS ... 17

Demonstrações Financeiras 19 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ... 23

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SUMÁRIO EXECUTIVO

A conjuntura macroeconómica em 2013 caracterizou-se por um ligeiro abrandamento da economia mundial, o 3º consecutivo, com o Banco Mundial a estimar uma expansão de apenas 2,4%, depois de uns meros 2,5% em 2012. Algumas das principais economias emergentes (v.g. Índia, Brasil e Rússia) viram ainda associar-se ao fraco desempenho económico elevadas pressões inflacionistas, levando os respetivos bancos centrais a subir taxas (Índia e Brasil) ou a adiar a sua descida. A Zona Euro regressou ao crescimento a partir do 2º trimestre, muito embora, em termos anuais, a estimativa aponte para que a atividade se tenha ainda reduzido 0,4%. Os EUA encerraram o ano com um crescimento médio anual estimado em 1,9%.

No que diz respeito às perspetivas a médio-prazo, registou-se em 2013 uma evolução globalmente positiva, sobretudo por influência da atuação dos bancos centrais e das melhorias ao nível da crise do euro. Nos EUA, as perspetivas melhoraram em parte devido à manutenção dos estímulos da Fed e, por outro lado, devido aos progressos ao nível do consenso no Congresso em relação ao ajustamento orçamental e à gestão da dívida, apesar dos percalços ao longo do ano. Na Zona Euro, as expetativas beneficiaram do regresso ao crescimento no 2º trimestre, das descidas da refi rate pelo BCE em maio e novembro, e da boa evolução da crise do euro. Na China, o abrandamento inesperado da economia na 1ª metade do ano criou pânico entre os investidores, que receavam o fim do ciclo de forte crescimento registado nas últimas décadas. Para além da China, também o Brasil, a Índia e a Rússia se destacaram pela

negativa, refletindo a fraqueza da procura externa, mas também deficiências específicas de cada país.

Em Portugal, o ano ficou marcado novamente pela contenção orçamental mas também pelo regresso ao crescimento do PIB nos 2º e 3º trimestres, pondo fim a uma recessão que durou 10 trimestres. A estimativa para a evolução anual do PIB aponta para uma queda de 1,5%, menos de metade da observada em 2012.

A dívida pública portuguesa, que constitui uma parte substancial da carteira de ativos saiu beneficiada com a melhoria orçamental e com as perspetivas de regresso ao crescimento em 2014. A taxa a 10 anos encerrou o ano com um spread de 420 pb face à dívida alemã, 150 pb abaixo do que se verificava no final do ano anterior.

Os mercados acionistas beneficiaram com a melhoria das perspetivas ao longo do ano e sobretudo com a recuperação económica dos EUA. Assim, os índices norte-americanos sofreram fortes valorizações ao longo do ano, atingindo sucessivos máximos históricos, com o S&P 500 a valorizar-se 29,6% e o NASDAQ 38,32%. Os índices das principais praças europeias também registaram boas valorizações, com o Eurostoxx50 a valorizar 17,95% e o PSI20 a valorizar 15,98%.

Beneficiando da evolução dos mercados e da gestão de ativos prosseguida ao longo do ano, o Fundo de Pensões FUTURO

ACTIVO terminou 2013 com uma rendibilidade, medida pela

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O valor da carteira de ativos do Fundo de Pensões FUTURO

ACTIVO, no final de 2013, ascendia a 1.162.162,96€.

No que se refere ao risco (medido pelo desvio-padrão das rendibilidades semanais), o Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO registou um valor de 3,65% no cômputo global do ano.

Em 2013 a Futuro obteve a certificação GIPS "Global Investment Performance Standards" com o acompanhamento de uma entidade externa, acreditada e independente “Mercer”. Os GIPS Standards são uma metodologia aceite universalmente por todas as empresas da indústria bem como pela generalidade dos clientes, ao nível da avaliação da performance histórica dos seus investimentos.

As normas GIPS são um conjunto de princípios éticos, regras e recomendações na área da gestão de carteiras de investimentos, que fornecem às entidades gestoras orientações sobre como calcular e apresentar os resultados sobre o retorno dos investimentos aos seus clientes, baseado em princípios de rigor e transparência para a divulgação integral de toda a informação relacionada com a forma como investe e valoriza os seus ativos.

RESPONSABILIDADES E FINANCIAMENTO

No final do ano de 2013 o Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO não financiava qualquer Adesão Coletiva

Risco *

úl ti ma s 52 s ema na s 3,65%

úl ti ma s 104 s ema na s 3,55%

úl ti ma s 260 s ema na s 3,82%

* Entendido como a volatilidade calculada através do desvio-padrão das rendibilidades semanais Fundo Pensões

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SÍNTESE DA EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

O ano de 2013 não fugiu à regra que tem marcado o pós-Grande Recessão, sendo marcado por desenvolvimentos importantes: a vários níveis e em várias geografias. Uma diferença notável face aos últimos anos foi que a evolução das perspetivas macroeconómicas beneficiou, desta feita, as economias avançadas – fruto da resiliência demonstrada por essas economias e das políticas seguidas pelas autoridades –, enquanto as economias emergentes, os BRIC em particular, começaram a abrandar, com os investidores a mostrarem receios em relação ao seu potencial e estabilidade. Para a resiliência demonstrada pelas economias avançadas contribuiu decisivamente a acalmia progressiva ao nível da crise do euro, fruto tanto de desenvolvimentos ao nível de cada país, como do comprometimento das autoridades com uma solução para a crise.

Em relação às expectativas face às taxas de juro, os principais bancos centrais continuaram em destaque. A possibilidade de a Fed dar início à retirada dos estímulos à economia tornou-se o tema central, quando a decisão de dez-2012 de tornar a política mais expansionista ainda estava fresca. A Fed acabou por ser mais branda do que os mercados chegaram a esperar, tendo de facto começado a retirar os estímulos apenas na reunião de 18-dez-2013. Igualmente a apoiar a economia esteve a conduta do BCE, que cortou a taxa de referência num total de 0,5 p.p. (divididos entre maio e novembro), para 0,25%, comprometendo-se em manter as taxas reduzidas durante um período prolongado de tempo e abordando a possibilidade de

tomar medidas adicionais (como uma taxa de depósitos negativa), as quais, todavia, não chegou a pôr em prática. Mas o banco central cuja ação teve maiores efeitos foi, sem dúvida, o Banco do Japão (BoJ), que em janeiro assumiu o importante compromisso de pôr termo a duas décadas de deflação, aumentando o seu objetivo de inflação de 1% para 2% e anunciando novos estímulos monetários, e que na reunião de abril veio comprometer-se em aumentar o seu balanço e a base monetária – que passou a ser o grande instrumento da sua política – de uma forma substancial, para estimular a economia. Noutras geografias, refiram-se as subidas da principal taxa de juro na Índia em setembro e outubro, que o banco central (RBI) justificou com o agravamento das pressões inflacionistas e com a determinação da instituição em manter ancoradas as expetativas de inflação, contribuindo para preservar o valor da rupia, cuja depreciação está na origem do recrudescimento da inflação. Também o Banco Central do Brasil, mesmo perante um crescimento aquém do potencial, foi forçado a subir a sua taxa selic para conter as pressões inflacionistas, aumentando-a durante 6 reuniões consecutivas, num ciclo iniciado em abril que totalizou 2,75 p.p., fechando o ano nos 10,0%.

Quanto às perspetivas para a economia global, registou-se uma evolução globalmente positiva, principalmente no que se refere às perspetivas de médio-longo prazo.

Nos EUA, registou-se um crescimento positivo da economia ao longo do ano, com maior acentuação no 2ºS2013, prevendo-se para o

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4ºT2013 um crescimento entre os 2,5% e os 3,5%. Em termos médios anuais, a estimativa de crescimento é de 1,9%, em abrandamento face a 2012 mas bem melhor do que a contração registada na Zona Euro. As perspetivas melhoraram, não só pela manutenção dos estímulos da Fed, como também devido ao consenso no Congresso relativamente ao ajustamento orçamental e à gestão da dívida, após um período conturbado de diferendo que provocou a paralisação parcial do Estado na primeira quinzena de outubro.

Uma das razões para a maior resiliência da economia num contexto internacional adverso prende-se com o recrudescimento da atividade imobiliária, com a subida dos preços das casas a ser determinante para a recuperação da riqueza dos consumidores, apoiada também na valorização das ações; fatores que juntamente com a redução do desemprego e o abrandamento da inflação conduziram a confiança dos consumidores a atingir, entre o 2º e o 3º trimestre, máximos desde finais de 2007.

Na Zona Euro, embora mais lentamente do que o esperado, o PIB confirmou o seu crescimento, auxiliado com a descida da taxa do BCE em mais 25 pb em novembro, passando para o mínimo histórico de 0,25% e com a crise do euro sob controlo. Prevê-se, assim, que o crescimento do 4ºT2013 se situe nos 0,2% e, no total do ano, a economia deverá apresentar um decréscimo de 0,4%. Efetivamente, o ponto positivo de destaque em 2013 foi a evolução positiva da crise do euro, fomentada pelo comprometimento dos países do euro em sustentar a moeda única, com os investidores a afastarem a hipótese de um cenário de saída de alguns países do euro. A carecer ainda de aprovação pelo Parlamento Europeu está a decisão mais importante de 2013, a nível comunitário: a criação do Mecanismo Único de Resolução Bancária, que permitirá concluir a formação de uma União

Bancária, crucial para integrar o sistema bancário europeu e cortar a ligação entre os soberanos e os bancos, que esteve por detrás do impacto sobre o sistema financeiro da crise do euro.

Em Portugal, depois de mais um crescimento do PIB no 3ºT2013, prevê-se para o 4ºT2013 uma ligeira queda penalizada por uma nova vaga de austeridade para 2014 prevista no OE, devendo regressar ao crescimento sustentado apenas a partir da primavera. A taxa de desemprego no mercado nacional manteve a sua trajetória descendente, indo ao encontro da estimativa do Eurostat, tendo registado 15,5% em novembro, corrigindo pela 9ª vez consecutiva máximos do início de 2013 (17,6%). No entanto, devido a uma queda na atividade económica, o desemprego numa base ajustada de sazonalidade ainda poderá voltar a subir, prevendo-se que regresse a uma trajetória descendente mais sustentada a partir da primavera. Relativamente aos restantes países, destacamos o Reino Unido, que depois de ter apresentado uma expansão em cadeia de 0,8% (+1,9% em termos homólogos) no 3ºT2013, se espera apresente um crescimento de 0,8% para o 4ºT2013, com a economia a permanecer impulsionada por todos os principais sectores e com a construção a continuar a assumir a liderança.

Já no Japão, a economia deverá recuperar das perdas de 3 recessões em 5 anos. Depois de no 3ºT2013 o PIB ter crescido em cadeia apenas 0,3%, espera-se que no 4ºT2013 o crescimento (que se estima entre +0,5% e +0,9%) continue a ser apoiado pela recuperação do sector industrial exportador, e pela aceleração da economia mundial.

Os dados relativos aos BRIC revelaram-se pouco animadores com o abrandamento destas economias e com os investidores a mostrarem

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receios em relação ao seu potencial e estabilidade. No Brasil, o PIB acelerou em 2013, mas terá continuado a crescer aquém do potencial, nomeadamente com o comportamento negativo do 3ºT2013 e a revisão do 1ºT2013. Espera- se, por isso, um regresso da economia ao crescimento no 4ºT2013. Desde o início de 2013, a

Rússia tem estado economicamente condicionada sobretudo pelo

investimento privado, penalizado pelos elevados receios dos empresários e pela fuga de capitais do país. No 4ºT2013, o PIB deverá ter crescido 1,4%. Assim, estima-se que em 2013, o PIB tenha um crescimento de 1,5%, em forte abrandamento, esperando-se melhor desempenho em 2014. Manteve-se a aceleração moderada do crescimento económico da Índia iniciada no 3ºT2013, sugerindo, para o 4ºT2013, um acréscimo de 4,9%, com a economia a beneficiar de ligeiras acelerações tanto na indústria, como nos serviços. Embora no trimestre anterior tenham surgido perspetivas mais animadoras, na China a economia deverá ter mantido o ímpeto no 4ºT2013, historicamente muito fraco. Em 2013, a economia terá crescido 7,6%, acabando por ficar sensivelmente estabilizada face ao ano anterior.

MERCADO ACIONISTA

Durante o ano de 2013, registaram-se fortes valorizações dos principais índices acionistas, beneficiando de diversos fatores, sobretudo de melhores perspetivas de crescimento económico no médio-prazo, do arredar de receios quanto à redução dos estímulos monetários nos EUA (na sequência das decisões da Fed no final de 2012 e no último trimestre de 2013), da evolução positiva da crise do euro e da queda de alguns tipos de commodities (metais e agrícolas).

Esta valorização favorável limitou-se às economias avançadas, já que no que toca à China e Índia, se verificaram quedas no primeiro semestre e as fortes valorizações nos dois trimestres seguintes não foram suficientes para assegurar rendibilidades comparáveis com as obtidas nos mercados ocidentais.

No que se refere ao Brasil, após um novo movimento de desvalorização no último trimestre, o mercado terminou com uma rendibilidade negativa de 20,8%.

As subidas na Zona Euro foram especialmente pronunciadas, tanto nos índices dos países core, como nos periféricos, tendo o DAX alemão atingido o valor mais elevado (+25,5%), registando máximos históricos no mês de dezembro. O Eurostoxx 50 valorizou-se 17,95% no ano. Nos EUA, o S&P 500 subiu 29,6% e o NASDAQ 38,32%.

MERCADOS ACIONISTAS -TAXAS DE REFERÊNCIA 2011 2012

1ºT 2ºT 3ºT 4ºT ytd Europa

PSI20 EUR -27,60% 2,93% 2,95% -4,56% 7,14% 10,17% 15,98% Euro Stoxx50 EUR -17,05% 13,79% -0,45% -0,82% 11,16% 7,46% 17,95%

DAX EUR -14,69% 29,06% 2,40% 2,10% 7,98% 11,14% 25,48% Estados Unidos S&P500 USD 0,00% 13,41% 10,03% 2,36% 4,69% 9,92% 29,60% NASDAQ USD 2,70% 16,82% 5,93% 3,23% 10,61% 10,74% 38,32% Ásia NIKKEI225 YEN -17,34% 22,94% 19,27% 10,32% 5,69% 12,70% 56,72% MSCI ex Japan USD -16,78% 19,00% -0,54% -6,34% 5,87% 2,69% 1,28% MSCI China USD -20,34% 18,98% -4,56% -9,04% 11,46% 3,75% 0,39% IFCI India USD -38,04% 23,05% -3,82% -6,93% -6,14% 11,63% -6,22% América Latina | Brasil

MSCI Brazil 10/40 EUR -20,46% -3,13% 2,86% -19,23% 3,27% -7,68% -20,80% 2013

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MERCADO OBRIGACIONISTA DÍVIDA E TAXAS DE REFERÊNCIA

Perante a melhoria do sentimento do mercado, que se refletiu em subidas nos mercados acionistas, as yields a 10 anos da dívida

pública de referência aumentaram também em ambos os lados do

Atlântico, mas com maior expressão nos EUA, refletindo, em parte, as expetativas em relação ao afrouxamento da política expansionista da Fed, com as yields a terminarem o ano sensivelmente em máximos desde jul-2011. No caso da dívida alemã (bunds), a subida das yields deveu-se também à evolução favorável da situação relativamente à dívida dos países periféricos. Assim, as taxas da dívida americana e alemã mantiveram o afastamento dos mínimos históricos atingidos respetivamente em jul-2012 e em mai-2013 (1,39% no caso dos treasuries a 10 anos e 1,16% no caso dos bunds a 10 anos).

Nos prazos mais curtos, registaram-se também subidas, mas que foram bastante menos pronunciadas no caso dos treasuries, com o efeito a ser contrariado pela evolução das expetativas em relação à manutenção das taxas de juro de curto prazo durante praticamente os próximos 2 anos.

No mercado monetário interbancário (MMI), ao longo do ano as taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses ficaram relativamente estabilizadas, depois das fortes quedas registadas em 2012. Mesmo assim, embora muito ligeiras, verificaram-se subidas em 2013, nomeadamente nos prazos mais curtos, apesar dos cortes da refi rate. Destaque para o facto de, apesar dos cortes verificados na refi rate, a Euribor a 3 meses ter voltado a estar acima da taxa de referência.

A evolução das Euribor refletiu subidas nas expetativas de taxas de juro (medidas pelos swaps sobre as taxas EONIA), enquanto o prémio de risco no MMI europeu (medido pelo OIS spread) permaneceu estável ao longo do ano, ficando nos prazos mais curtos sensivelmente em zero.

Por seu lado, as taxas Libor do dólar mantiveram uma tendência descendente que já dura desde o início de 2012, terminando o ano praticamente em mínimos históricos de sempre.

DÍVIDA E TAXAS DE REFERÊNCIA

DÍVIDA PÚBLICA NOS PAÍSES PERIFÉRICOS

Os spreads da dívida pública dos países periféricos face ao Bund continuaram a diminuir em 2013, a um ritmo mais lento do que no ano anterior mas mais sustentado, devido, por um lado, ao comprometimento e flexibilidade de credores oficiais – que culminaram com o acordo para a criação do Mecanismo Único de

30-Set-13 31-Dez-12 Mercado Monetário Refi Rate 0,25 -25 -50 Euribor 3M 0,287 6 10 Euribor 6M 0,389 5 7 Euribor 12M 0,556 2 1 Fed Funds 0,25 0 0 Dívida Pública Bunds 2Y 0,213 5 23 Bunds 10Y 1,929 15 61

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Resolução Bancária – e por outro, aos desenvolvimentos de cada país com os processos de ajustamento orçamental a prosseguirem (embora difíceis) com relativa estabilidade política e com dados económicos a darem conta de início da retoma, com particular incidência no 2ºS2013.

Em Portugal, o ano acabou positivo, acompanhando a tendência de mercado, embora com alguns riscos, nomeadamente políticos, a ditar a menor descida do spread relativo. Este evoluiu de um modo muito positivo até ao final de maio, quando atingiu um mínimo desde fev-2011, período que permitiu ao Governo emitir dívida a 5 anos em janeiro e a 10 anos em maio, chegando a fazer-se esperar um regresso pleno aos mercados antes de setembro. Posteriormente, a crise política a meio do ano viria afetar novamente as yields da dívida nacional, com as taxas a 10 anos a subir acentuadamente até setembro. O spread voltou a descer nos últimos meses do ano, após a divulgação de dados económicos animadores, com o PIB a registar o maior crescimento da região no 2ºT2013.

Nos restantes países, a Itália teve um ano comparativamente difícil devido ao impasse eleitoral que durou cerca de dois meses, fruto das eleições legislativas de fevereiro, levando à constituição de um Governo frágil. Por outro lado, a Espanha e a Irlanda tiveram um excelente ano. A Espanha conseguiu afastar progressivamente um cenário de pedido de resgate, após ter sido o único país cujo spread tinha subido em 2012. Por seu lado, a Irlanda conseguiu passar o ano praticamente sem contratempos, com boas notícias tanto ao nível da execução orçamental, como da economia, tendo acabado por decidir regressar sozinha aos mercados, findo o programa de resgate. Por fim, a Grécia teve um novo ano positivo, beneficiando em grande medida da estabilidade governativa, que permitiu cumprir grosso

modo as exigências da troika. Acresce que a Grécia enfrenta também um financing gap, que para ser resolvido deverá obrigar a um reforço da ajuda externa ou a algum tipo de perdão de dívida.

SPREADS VS BUNDS

DÍVIDA PRIVADA

Os spreads de crédito da dívida privada acompanharam igualmente a melhoria do sentimento do mercado, e especialmente a subida dos títulos acionistas europeus, observando-se movimentos descendentes nos índices de Credit Default Swaps (CDS) e nos índices de dívida privada na Zona Euro no mercado spot. Dentro dos índices de CDS, o índice Itraxx (5 Anos), o índice de referência para a Zona Euro de CDS na classe de Investment Grade – cuja liquidez é muito superior à do mercado spot e, por isso, constitui o benchmark do mercado de crédito – desceu 50 pb, terminando muito perto dos valores que se

30-Set-13 31-Dez-12 10 anos Grécia 649 -106 -410 Irlanda 177 -58 -189 Portugal 420 -70 -150 Espanha 222 -30 -173 Itália 220 -46 -99 Indices de CDS 5Y Itraxx 70,2 -34 -50 Itraxx Financials 87,2 -60 -58 Itraxx Cross Over 286,2 -122 -224

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verificavam em meados de 2008, antes da falência da Lehman Brothers. O sub-índice Itraxx Financials desceu um pouco mais, beneficiando dos passos dados no sentido da regularização do MMI, embora se mantenha num nível superior. Por seu lado, o Itraxx cross-over (5 Anos) – o índice de Speculative Grade, que é mais sensível ao ciclo económico –, registou uma descida bem superior, terminando sensivelmente num mínimo desde 2007.

MERCADO CAMBIAL

No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro subiu 4,9% face ao final de 2012, beneficiando da apreciação da moeda única face ao dólar e, principalmente, ao iene – visto que face à libra terminou praticamente inalterada. Esta movimentação resultou, por um lado, da melhoria do sentimento de mercado e, por outro, de diferentes expetativas em relação às taxas de juro de referência para os 12 meses seguintes, que diminuíram nos EUA e no Japão, mas aumentaram ligeiramente na Zona Euro. A libra, por sua vez, beneficiou também da sua correlação com o sentimento de mercado e dos dados muito positivos conhecidos para a economia britânica. Por seu lado, o dollar índex terminou praticamente inalterado, com o greenback a depreciar face à libra, mas a apreciar face ao iene. O par mais importante, EUR/USD, terminou o ano em 1,38 EUR/USD, sensivelmente em máximos desde out-2011, evidenciando uma valorização de 4,3%. Com esta subida, de acordo com o modelo cambial de médio prazo do Montepio, a cotação EUR/USD encontra-se mais distante (acima) do fair-value.

30-Set-13 31-Dez-12 Mercado Cambial EUR/USD 1,38 1,9% 4,5% EUR/GBP 0,83 -0,5% 2,4% EUR/YEN 145,14 9,2% 27,0% Dollar Index 80,04 -0,2% 0,3%

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EVOLUÇÃO DOS ATIVOS EM 2013

Face à evolução económica e dos mercados acima descrita, e apesar da pequena redução do valor global da carteira no último mês, o ano, de uma forma geral, viria a encerrar com uma situação favorável para o Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO, beneficiado pela valorização das ações europeias e EUA e pelos títulos de dívida.

A alocação da carteira de ativos do Fundo de PensõesFUTURO ACTIVO apresentava-se, no final de 2013, dentro dos limites por

segmentos regulamentados na política de investimento.

No final do ano, na composição da carteira do Fundo de Pensões

FUTURO ACTIVO, a exposição no segmento obrigacionista

representava pouco mais de 67% da carteira.

O segmento acionista representava 32% da carteira global, dos quais 7,38% estavam alocados na componente de Ações Europa,

9,98% na componente de Ações EUA, 5,69% na componente de Ações japonesas e os restantes 9,25% na componente de Ações de Mercados Emergentes. Durante o ano de 2013, a Futuro procurou tirar partido da evolução dos mercados, aumentando progressivamente a exposição acionista na Europa e EUA. A exposição na componente de Ações Europa foi reforçada, visando o acompanhamento da estratégia decidida em Comité de Investimentos de manter uma sobre-exposição. O ano fechou assim com uma exposição acima da registada no final de 2012 e ligeiramente acima do trimestre anterior. No Imobiliário, a exposição manteve-se sem exposição.

COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA 31 DE DEZEMBRO 2013

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EVOLUÇÃO DA ALOCAÇÃO DE ATIVOS VS POLÍTICA DE INVESTIMENTO

Nota: Na classificação dos ativos por classes é considerada a exposição direta e indireta, como forma de identificar a segmentação prevista na política de investimento regulamentada e proceder à análise dos segmentos adequadamente.

Segmentos Limites

Dívi da Públ i ca Euro 54,61% 53,83% 53,48% 52,57% 52,15% Dívida Pública Euro

Corpora te Euro 15,58% 15,47% 15,31% 15,19% 14,98% Corporate Euro

Obrigações 70,19% 69,31% 68,79% 67,76% 67,12% Obrigações 30% - 80%

Ações (Europa ) 6,27% 6,14% 6,28% 6,88% 7,38% Ações (Europa)

Ações (EUA) 7,38% 7,90% 7,52% 9,48% 9,98% Ações (EUA)

Ações (Ja pã o) 5,05% 5,70% 5,58% 5,90% 5,69% Ações (Japão)

Ações (Merc. Emergentes ) 9,77% 9,59% 4,47% 9,49% 9,25% Ações (Merc. Emergentes)

Ações 28,47% 29,33% 23,85% 31,75% 32,30% Ações 10% - 50%

Inves timento Di reto 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Investimento Direto

Inves timento Indi reto 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Investimento Indireto

Imobiliário / F.I.I. 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Imobiliário 0% - 40%

Líquidez 1,33% 1,36% 7,36% 0,48% 0,58% Liquidez 0% - 20%

TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Risco Cambial 0% - 30%

* De acordo com o Regulamento de Gestão do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO

30 jun 13 30 set 13 31 dez 13

31 dez 12 30% - 80% 10%-50% 31 mar 13 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS * 0% - 40% SEGMENTOS

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POLÍTICA DE INVESTIMENTO

A política de investimento do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO está assente em critérios de diversificação de risco e potencial de valorização a médio e longo prazo, baseada em regras e procedimentos que um gestor sensato, prudente e conhecedor aplicaria no sentido de prosseguir uma gestão no exclusivo interesse dos Participantes e Beneficiários do Fundo de Pensões, de evitar um inadequado risco de perda e de obter um rendimento adequado ao risco incorrido.

PRINCÍPIOS E REGRAS PRUDENCIAIS

Para além das restrições impostas pela legislação em vigor, a gestão da carteira tem ainda consideração os seguintes pontos, estabelecidos em contrato de gestão:

a. O quadro da evolução da alocação apresenta a estratégia seguida pelo Fundo de Pensões em matéria de afetação de ativos, incluindo os limites de exposição aos diferentes tipos de aplicações.

b. O limite de investimento em organismos de investimento alternativo de índices, que não façam uso do efeito de alavancagem ou que se enquadrem no âmbito da alínea e) do nº 1 do artigo 50º da Diretiva nº 2009/65/CE de 13 de julho, alterada pelas Diretivas nº 2010/78/EU de 24 de novembro de 2010, pela Diretiva 2011/61/EU de 8 de junho de 2011 e pela Diretiva 2013/14/EU de 21/5/2013, é de 30%.

c. Poderão ser utilizados derivados, operações de reporte e empréstimos de valores, de acordo com a legislação em vigor e de acordo com os limites legais com o objetivo de proceder à cobertura do risco de investimento do Fundo de Pensões e de proceder a uma adequada gestão do seu património.

d. Poderão ser utilizados investimentos de retorno absoluto, como estabilizadores de rendibilidade e outras aplicações que tenham por objetivo proporcionar retornos que não estejam diretamente correlacionados com a evolução dos mercados acionistas e obrigacionistas, num limite máximo de 3% do valor do seu património.

CUMPRIMENTO DA POLÍTICA DE INVESTIMENTO

O permanente controlo da composição da carteira de ativos, mantido ao longo de 2013, teve como principal objetivo assegurar que a exposição da carteira do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO, se mantivesse no rigoroso cumprimento das regras e limites legais de diversificação e dispersão prudenciais, no cumprimento das regras e princípios gerais relativos à política de investimento e composição da carteira de ativos e à avaliação dos ativos que compõem o seu património, estabelecidos pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). Em 31 de dezembro de 2013, os desvios aos limites de diversificação e dispersão prudenciais do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO, encontram-se identificadas no quadro seguinte:

(15)

Designação do Desvio aos Limites Legais

Normativo Legal % sobre Valor do Fundo Justificação do Desvio Medidas / forma de regularização e prevenção para futuras ocorrências O investimento em unidades de participação de um único OIA < = 2% (Valor do Fundo) Norma Regulamentar 9/2007 Artigo 12º. Nº2, alínea c) 9,98% Trata-s e de inves timento num Fundo que replica o índice S&P 500 - VANGUARD S&P 500 ETF - , não fazendo us o do efeito de alavancagem. Situação que s e enquadra com o principio do normativo.

(16)

ESTRATÉGIA E ATUAÇÃO EM 2013

A estratégia da Futuro, durante o ano de 2013, procurou por um lado tirar partido da evolução dos mercados ao longo do ano, aumentando progressivamente a exposição em ações e simultaneamente manteve a duração do segmento de obrigações – taxa fixa curta, face ao risco de taxa de juro.

Na liquidez, que incluí, quando existem, instrumentos representativos de dívida de curto prazo, depósitos bancários e outros instrumentos monetários, certificados de depósito e papel comercial, procurou-se ir reduzindo a exposição face à posição do início do ano.

(17)

RISCOS MATERIAIS

Considerando a política de investimento definida para o Fundo de

Pensões FUTURO ACTIVO, este encontra-se sujeito a diferentes

fatores de risco relacionados quer com o investimento em ações, quer com os títulos de rendimento fixo, incorrendo designadamente no risco de variação do preço desses ativos, risco de crédito do emitente, risco de variação da taxa de juro ou risco de spread, associado à volatilidade dos spreads de crédito. Os ativos denominados em moeda estrangeira incorporam o risco originado pela volatilidade da taxa de câmbio face ao euro (risco cambial). A carteira incorre igualmente em riscos relacionados com exposição geográfica e sectorial.

Não obstante, a Futuro tem considerado não ser necessário recorrer a técnicas de cobertura de risco, designadamente mediante utilização de produtos derivados ou coberturas cambiais, adotando em alternativa uma diversificação de ativos que se considera ser adequada, sem necessidade de incorrer em custos com a utilização dos referidos instrumentos.

Para verificação do nível de risco incorrido, a Futuro utiliza diversas medidas de risco, como sejam, a duration, a monitorização das notações de rating das emissões de dívida em carteira, bem como a metodologia VaR (Value at Risk).

ANÁLISE VAR (VALUE AT RISK)

No final de 2013, o VaR Global a 1 ano do Fundo de Pensões

FUTURO ACTIVO era de 130.734€. Considerando o risco dos

investimentos subjacentes e as respetivas correlações, esta medida permite ter 99,5% de confiança de que a variação do valor do Fundo

de Pensões ao longo de um ano não resultará numa perda superior

àquele montante. Ou seja, existe 0,5% de probabilidade de que o

Fundo de Pensões possa desvalorizar mais do que 11,25% no

período de um ano.

Em relação ao ano transato, verificou-se um aumento do VaR global do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO face ao valor da carteira. O valor aumentou essencialmente devido ao acréscimo da exposição

31-Dez-13 31-Dez-12

Em termos Absolutos (€)

Ma rk-to-Ma rket (Tota l da Ca rtei ra ) 1.162.163 € % 1.119.844 € % VaR Global (1 ano) 130.734 € 11,25% 115.444 € 10,31% Ri s co ta xa de juro 13.322 € 1,15% 18.297 € 1,63% Ri s co va ri a çã o de preços a ções 126.130 € 10,85% 108.926 € 9,73% Ri s co va ri a çã o de preços i mobi l i á ri o - € 0,00% - € 0,00% Ri s co de crédi to (spread) 2.276 € 0,20% 3.052 € 0,27% Ri s co ca mbi a l 58.101 € 5,00% 33.041 € 2,95% Ri s co de concentra çã o 29.005 € 2,50% 30.401 € 2,71%

(18)

da carteira acionista nas componentes Ações Europa e EUA e consequente aumento de risco cambial

DURAÇÃO DA CARTEIRA

No final de 2013, a duration da carteira de obrigações de taxa fixa (exposição direta) representava cerca de 48% da duration do benchmark (índice de referência EFFAS Euro All > 1 ano).

Manteve-se o princípio de ter a duration média da componente de taxa fixa da carteira em cerca de 60% do benchmark. No entanto, o valor foi-se reduzindo face a este nível objetivo, à medida que a maturidade das emissões se foi aproximando do vencimento; tal situação resultou quer da limitação de não aquisição de novas emissões nacionais, quer devido ao baixo nível das yields da dívida core continuar a não se revelar uma alternativa suficientemente atrativa.

A ytm média da carteira de dívida de taxa fixa era de 0,7%, para uma duração modificada média de 2,95 anos e uma maturidade média de 3,2 anos.

À data de 31 de dezembro de 2013, a maturidade média

ponderada das obrigações do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO era de 3,2 anos.

ANÁLISE DA ESTRUTURA POR RATINGS

O perfil de risco de crédito da carteira de obrigações (apenas investimento direto) do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO é permanentemente monitorizado através das notações de rating atribuídas pelas três entidades independentes Standard & Poors, Moody’s e Fitch a todas as emissões de dívida existentes na carteira,

considerando-se o valor mais baixo de entre as três notações atribuídas.

Em 31 de dezembro de 2013, a exposição em ativos de dívida do

Fundo de Pensões representava 26,51% da carteira total e,

correspondiam a títulos com notação investment grade.

(19)

(20)

ATIVO Notas 31-Dez-2013 31-Dez-2012

INVESTIMENTOS

Terrenos e edi fíci os - € - € Ins trumentos de ca pi ta l e uni da des de pa rti ci pa çã o 847.330,26 € 787.200,82 € Títul os de dívi da públ i ca 301.668,05 € 311.255,48 € Outros títul os de dívi da - € - € Emprés ti mos concedi dos - € - € Numerá ri o, depós i tos em i ns ti tui ções de crédi to e a pl i ca ções MMI 6.889,87 € 14.995,02 € Outra s Apl i ca ções - € - €

(*) 1.155.888,18 € 1.113.451,32 € OUTROS ATIVOS

Devedores

Enti da de ges tora - € - € Es ta do e outros entes públ i cos - € - € Depos i tá ri os - € - € As s oci a dos - € - € Pa rti ci pa ntes e benefi ci á ri os - € - € Outra s enti da des 1.443,06 € 1.540,33 €

1.443,06 €

1.540,33 €

Acréscimos e diferimentos 6.448,42 € 6.449,24 €

Total do Ativo 1.163.779,66 € 1.121.440,89 €

PASSIVO 31-Dez-2013 31-Dez-2012

Credores

Enti da de ges tora 393,49 € 379,77 € Es ta do e outros entes públ i cos - € - € Depos i tá ri os 116,21 € 110,51 € As s oci a dos - € - € Pa rti ci pa ntes e benefi ci á ri os - € - € Outra s enti da des 1.107,00 € 1.107,00 €

1.616,70 €

1.597,28 €

Acréscimos e diferimentos - 0,00 € 0,00 €

Total do Passivo 1.616,70 € 1.597,28 €

VALOR DO FUNDO 1.162.162,96 € 1.119.843,61 €

VALOR DA UNIDADE DE PARTICIPAÇÃO 10,7710 € 10,3788 €

(*) Ver Inventá ri o

Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO

(21)

Notas 31-Dez-2013 31-Dez-2012 CONTRIBUIÇÕES

As s oci a dos - € - € Pa rti ci pa ntes - € - € Benefi ci á ri os - € - € Tra ns ferênci a de outros fundos de pens ões / s eguros - € - €

1 - -

PENSÕES, CAPITAIS E PRÉMIOS ÚNICOS VENCIDOS

Prémios de seguro - € - € Pensões pagas Vel hi ce - € - € Inva l i dez - € - € Orfa nda de - € - € Vi uvez - € - € Reforma a nteci pa da e pré-reforma - € - € Reembol s os - € - € Enca rgos i nerentes a o pa ga mento da s pens ões - € - € Tra ns ferênci a pa ra outros fundos de pens ões / s eguros - € - €

2 - -

GANHOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS

Terrenos e edi fíci os - € - € Ins trumentos de ca pi ta l e uni da des de pa rti ci pa çã o 37.733,63 € 30.978,75 € Títul os de dívi da públ i ca - 9.587,43 € 430,94 € Outros títul os de dívi da 4.815,06 € 18.982,96 € Outra s Apl i ca ções - € - €

3 32.961,26 € 50.392,65 €

RENDIMENTOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS

Terrenos e edi fíci os - € - € Ins trumentos de ca pi ta l e uni da des de pa rti ci pa çã o 2.647,07 € 1.035,12 € Títul os de dívi da públ i ca 9.644,85 € 12.840,81 € Outros títul os de dívi da 3.366,95 € 5.130,73 € Emprés ti mos concedi dos - € - € Numerá ri o, depós i tos em i ns ti tui ções de crédi to e a pl i ca ções MMI 41,14 € 59,63 € Outra s Apl i ca ções - € - €

4 15.700,01 € 19.066,29 €

OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 4 - -

OUTRAS DESPESAS 6.341,93 € 6.209,48 €

RESULTADO LÍQUIDO 42.319,35 € 63.249,46 €

Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO

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FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 31-Dez-2013 31-Dez-2012 OPERAÇÕES SOBRE ENTRADAS / SAÍDAS (PATRIMÓNIO DO FUNDO)

RECEBIMENTOS:

Contri bui ções - As s oci a dos - € - € Contri bui ções - Pa rti ci pa ntes - € - € Contri bui ções - Benefi ci á ri os - € - € Tra ns ferênci a s - De fundos de pens ões - € - € Tra ns ferênci a s - De s eguros - € - € Tra ns ferênci a s - De fundos de i nves ti mento PPR/E - € - € PAGAMENTOS:

Pens ões pa ga s - € - € Prémi os úni cos pa ra a qui s i çã o de renda s vi ta l íci a s - € - € Ca pi ta i s venci dos - Remi ções - € - € Ca pi ta i s venci dos - Venci mentos - € - € Tra ns ferênci a s - Pa ra fundos de pens ões - € - € Tra ns ferênci a s - Pa ra s eguros - € - € Tra ns ferênci a s - Pa ra fundos de i nves ti mento PPR/E - € - € Enca rgos i nerentes a o pa ga mento da s pens ões - € - € Subs ídi os por morte - € - € Prémi os de s eguros de ri s co de i nva l i dez ou morte - € - € Indemni za ções res ul ta ntes de s eguros contra ta dos pel o fundo - € - € Pa rti ci pa çã o nos res ul ta dos dos contra tos de s eguro emi ti dos em nome do fundo - € - € Reembol s os fora da s s i tua ções l ega l mente previ s ta s - € - € Devol uçã o por exces s o de fi na nci a mento - € - € Fluxo Líquido das Operações sobre o Património do Fundo - -

OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE RECEBIMENTOS:

Outros rendi mentos e ga nhos - € - € PAGAMENTOS:

Remunera ções - De ges tã o 4.552,87 € 4.361,56 € Remunera ções - De depós i to e gua rda de a ti vos 662,64 € 618,54 € Outra s des pes a s 1.107,00 € 375,15 € Fluxo Líquido das Operações de Gestão Corrente - 6.322,51 € - 5.355,25 €

Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais - 6.322,51 € - 5.355,25 €

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 31-Dez-2013 31-Dez-2012 Operações da Carteira de Títulos

RECEBIMENTOS:

Recebi mentos - Al i ena çã o / reembol s o dos i nves ti mentos 329.692,13 € 781.989,42 € Recebi mentos - Rendi mentos dos i nves ti mentos 15.709,25 € 25.766,31 € PAGAMENTOS:

Pa ga mentos - Aqui s i çã o de i nves ti mentos 347.027,21 € 783.989,76 € Pa ga mentos - Comi s s ões de tra ns a çã o e medi a çã o 156,81 € 0,08 € Pa ga mentos - Outros ga s tos com i nves ti mentos - € 6.849,94 € Fluxo Líquido das Atividades de Investimento - 1.782,64 € 16.915,95 € Variações de caixa e seus equivalentes - 8.105,15 € 11.560,70 € Efeitos de alterações da taxa de câmbio - - Disponibilidades no início do período 14.995,02 € 3.434,32 € Disponibilidades no fim do período 6.889,87 € 14.995,02 €

Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA

(23)

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NOTA INTRODUTÓRIA

O FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO é um fundo de pensões aberto, que permite adesões individuais (com plano de pensões de contribuição definida) e adesões coletivas (com plano de pensões de contribuição definida e/ou de benefício definido). Foi autorizado em 11 de fevereiro de 2010 e a sua comercialização teve início em 24 de março do mesmo ano.

Tem um património autónomo, tendo como objetivo conceder pensões a título de pré-reforma, reforma antecipada, reforma por velhice, invalidez ou sobrevivência.

A sua carteira é constituída por obrigações de taxa fixa e obrigações de taxa indexada, por ações, por fundos de investimento mobiliário e imobiliário e por depósitos em instituições de crédito. O Fundo de

Pensões é gerido pela FUTURO, tendo como principal mandatário a

Montepio Gestão de Activos, SA.

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ESPECIALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO

O Fundo de Pensões tem o registo das receitas e das despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos ou pagos e as

correspondentes receitas ou despesas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

RENDIMENTOS

Os rendimentos respeitantes a rendimentos de títulos são contabilizados no período a que respeitam, exceto no caso de dividendos de ações que são reconhecidos quando recebidos.

CONTRIBUIÇÕES

As contribuições efetuadas para o Fundo de Pensões são reconhecidas quando recebidas.

PENSÕES PAGAS

As pensões são reconhecidas no momento em que são devidas, sendo este momento, em regra, o mesmo em que ocorre o seu pagamento.

VALORIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS O critério de valorização dos ativos é o seguinte:

Instrumentos de Dívida

a. Valores Mobiliários Cotados

Os valores mobiliários admitidos à cotação ou à negociação em mercados regulamentados são valorizados diariamente, com base na última cotação disponível no momento de referência. Caso não exista cotação nesse dia, utiliza-se a última cotação

(24)

de fecho disponível, desde que se tenha verificado nos 15 dias anteriores.

b. Valores Mobiliários não Cotados

Os valores representativos de dívida não cotados, ou cujas cotações não sejam consideradas representativas do seu presumível valor de realização, são valorizados diariamente com base na cotação que no entender da Sociedade Gestora melhor reflita o seu presumível valor de realização. Essa cotação é procurada em sistemas internacionais de informação de cotações tais como a Bloomberg ou outros que sejam considerados credíveis pela Sociedade Gestora.

c. Activos a deter até à Maturidade

Baseia-se no respetivo valor de reembolso e na respetiva taxa efetiva de capitalização (nas situações de manutenção dos títulos até à maturidade).

d. Movimento de Referência

O movimento de referência para as colocações disponibilizadas pelas Bolsas é às 17h00 do dia da valorização.

Instrumentos de Capital

Na valorização dos instrumentos de capital é utilizado o preço de fecho do respetivo mercado ou a cotação disponível à hora de referência.

COMISSÕES

COMISSÕES DE GESTÃO

A comissão de gestão corresponde à remuneração da entidade gestora, cobrada ao FUNDO DE PENSÕES FUTUROACTIVO pela gestão financeira, técnica e administrativa do FUNDO DE PENSÕES. O cálculo da comissão resulta da aplicação da percentagem definida no Contrato de Gestão sobre o valor do FUNDO DE PENSÕES apurado no final de cada trimestre.

COMISSÕES DE BANCO DEPOSITÁRIO

Esta comissão corresponde ao pagamento à Caixa Económica Montepio Geral pelos serviços prestados no âmbito do contrato de mandato e tarifário do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO. O método de cálculo reside na aplicação da percentagem, definida no contrato, sobre o valor médio da carteira de ativos apurado em cada trimestre.

REGIME FISCAL

De acordo com o artigo 16º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os fundos de pensões e equiparáveis são isentos de:

i. IRC relativo aos rendimentos obtidos pelos fundos de pensões e equiparáveis e,

ii. Imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis. De acordo com o Decreto-lei nº 192/2005, os lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiem de isenção total são tributados à

(25)

taxa de 20% se as ações a que correspondem os lucros não tenham permanecido em carteira, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da colocação do dividendo e não venham a ser mantidas durante o tempo necessário para completar esse período.

TRANSAÇÕES COM ASSOCIADO N/A

SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO E CONTROLO INTERNO EXPOSIÇÃO E ORIGEM DOS RISCOS

Fruto da política de investimento adotada, o Fundo de Pensões

FUTURO ACTIVO está exposto a diversos tipos de risco, refletindo o

risco implícito dos ativos que constituem a composição da carteira do

Fundo de Pensões:

Risco de Mercado – reflete diferentes fatores de risco relacionados

com o investimento em ações, onde a variação dos preços dos ativos é normalmente mais acentuada (sensibilidade da carteira a variações no mercado de ações). Igual condição está subjacente ao preço dos imóveis/imobiliário, embora a variação de preços destes não seja tão volátil. A classe de ativos de taxa de juro também é outro dos focos de risco, resultado das flutuações das taxas de juro ou dos spreads de créditos bem como pelo risco de crédito associado ao emitente. O investimento em ativos em moeda estrangeira incorpora o denominado risco cambial, originado pela volatilidade da taxa de câmbio face ao euro. Por fim, o conjunto dos investimentos efetuados

poderá potenciar o risco de concentração aos mais diversos níveis, como por exemplo por contraparte ou por nível de rating.

Risco de Crédito – tal como definido pela Norma Regulamentar

N.º 8/2009-R, do ISP, é o “risco de incumprimento ou de alteração na qualidade creditícia dos emitentes de valores mobiliários aos quais o fundo de pensões está exposto, bem como dos devedores, prestatários, mediadores, participantes e resseguradores que com ele se relacionam”. No âmbito do modelo da European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA), a aplicabilidade deste risco está relacionada com a garantia através de contratos de mitigação de risco (contratos de resseguro-benefícios financiados através de apólices de seguro) e contratos de derivados, situações estas que não se verificam no Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO.

Pelo efeito das alterações aos credit spreads dos instrumentos de dívida, o risco de crédito está implicitamente associado ao risco de spread, já que se trata do prémio de risco adicional que o mercado exige ao emitente face a outro ativo sem risco, para assumir a exposição de crédito, sob o risco do emitente não apresentar capacidade financeira para cumprir com as suas responsabilidades.

Risco de Liquidez – é entendido como a capacidade de tornar

liquida no mercado, a posição detida em ativos, com a maior rapidez e com menor impacto possível, ao nível dos resultados realizados, face ao que seria expectável mantendo as posições em carteira. Consequência da política de investimento adotada existe o risco de haver uma eventual dificuldade na venda de alguns dos ativos do

Fundo de Pensões. A entidade gestora procura gerir da melhor

(26)

OBJETIVOS, POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE RISCO

A integração das políticas e estratégias do sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno passou pela adoção de uma política específica que consiste em manter uma cultura de orientação para o risco com repercussão em toda a estrutura organizacional da Futuro e com especial incidência ao nível das responsabilidades do órgão de administração e dos diretores de topo, estabelecendo os princípios que norteiam a definição das políticas, dos procedimentos e dos respetivos controlos.

Considerando as disposições da política de Investimento do Fundo

de Pensões FUTURO ACTIVO relativas à exposição aos diversos

riscos e às diferentes disposições legais é monitorizado diariamente o controlo desses limites, através da emissão de um relatório “limites legais e investimentos excedidos”. O relatório é então analisado detalhadamente para que se decida se há motivos para atuar face aos limites excedidos.

Posteriormente, a Gestão de Risco monitoriza o efeito das medidas adotadas e o seu impacto na política de investimento. Simultaneamente são também monitorizados os níveis de exposição aos limites legais e prudenciais que regulamentam o Fundo de

Pensões FUTURO ACTIVO.

Para além da verificação do cumprimento da política de investimento e dos limites legais e prudenciais, a Futuro decidiu reforçar o controlo e a monitorização recorrendo a diversas medidas de risco e a um conjunto de procedimentos internos que visam manter a gestão sã e prudente do risco. Assim, é utilizado um modelo de gestão de Risco fundamentado na perspetiva técnica dos estudos QIS4 da EIOPA. O

desenvolvimento de indicadores de tolerância para este modelo permite monitorizar as variações desses indicadores, de acordo com a política de Investimento definida para o Fundo de Pensões.

A monitorização do risco de mercado assenta no cálculo do VaR, com um intervalo de confiança de 99,5% para o horizonte temporal a um ano. Dado o VaR não constituir uma garantia total de que os riscos não excedem a probabilidade usada, são também efetuados Stress Tests, com o objetivo de calcular o impacto de diversos cenários extremos sobre o valor da carteira.

A avaliação do nível de liquidez da componente acionista no mercado é feita através de um liquidity test. Esta análise é feita em número de dias para liquidar, tendo em conta o peso que estes ativos detêm na carteira. Este teste consiste na verificação do grau de liquidez por ativo e também por sector. Complementarmente é feito o cálculo do número médio de dias necessário para liquidar os 10 títulos mais líquidos e qual o peso que esses mesmos ativos têm na carteira. O conjunto destes testes permitem avaliar o grau de liquidez a curto prazo e monitorizar ou atuar perante a possível escassez de liquidez atempadamente.

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE, MÉTODOS E PRESSUPOSTOS USADOS PARA CADA TIPO DE RISCO

Risco de Mercado

Atendendo à variabilidade dos investimentos subjacentes e respetivas correlações, permite ter 99,5% de confiança de que a variação do

Fundo de Pensões ao longo do ano de 2014 não resultará numa

perda superior a 130.734€. a. Risco de taxa de juro

(27)

O Risco de taxa de Juro é medido através da aplicação de choques de subida e descida da taxa de juro ao longo da Estrutura Temporal de Taxa de Juro (ETTJ) e consequente impacto no ativo/passivo do Fundo de Pensões.

A ETTJ é fornecida pelo estudo do EIOPA no QIS4 e corresponde à média das risk free yields curves de cada país da União Europeia (moeda euro) e da risk free yield dos Estados Unidos para o dólar. A aplicação destes choques varia consoante a maturidade dos ativos e a sua duração.

No final do ano, o risco de taxa de juro era de 13.322€/ano, o que atesta a baixa sensibilidade a variações ocorridas.

b. Risco de variação de preços com ações

Relaciona o risco das ações à volatilidade dos mercados. Utilizando índices de referência para verificar a sensibilidade da carteira a variações no mercado, o risco acionista foi associado a dois índices:

i. Global – para investimentos em países desenvolvidos

ii. Outros – mercados emergentes e investimentos alternativos Os fatores de stress a aplicar foram calibrados a partir dos dados históricos do índice MSCI Developed Markets TR, sendo

os cenários de choque a aplicar para cada um dos índices 32% e 45%, respetivamente.

Em dezembro o risco de variação de preços com ações era de 126.130€/ano.

c. Risco de variação de preços com imóveis/imobiliário

O risco imobiliário está relacionado com o nível de volatilidade de preços dos imóveis. A aplicação de choques para os imóveis foi calibrado em 20%, que corresponde ao VaR a 99,5%, ou seja, simula-se o impacto imediato no valor de mercado dos ativos, tendo em conta as exposições diretas e indiretas.

A calibragem de 20% foi determinada pela EIOPA através da análise de dados históricos do preço dos imóveis de 5 países de União Europeia. Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 13 322 € 1.15% 308 114 € 31-Dez-13 18 297 € 1.63% 317 702 € 31-Dez-12 Ris co Taxa de Juro Choque de s ubida e des cida da taxa de juro

variável cons oante a maturidade/duração Análise de Sensibilidade Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 126 130 € 10.85% 375 373 € 31-Dez-13 108 926 € 9.73% 318 859 € 31-Dez-12 Análise de Sensibilidade Ris co de Variação de Preços com Ações

Choque nos preços dos ativos de 32% para

inves timentos em país es des envolvidos e 45% para inves timentos

em mercados emergentes e inves timentos alternativos

(28)

A sensibilidade do fundo à variação de preços com imobiliário corresponde ao VaR de 0€/ano para o período de um ano, pelo facto de não existirem na carteira este tipo de ativos.

d. Risco de Crédito (Spread)

O risco de Spread é explicado pela volatilidade dos spreads de crédito sobre a estrutura de taxa de juro sem risco, o que reflete as mudanças em valor para movimentações da curva de crédito relativamente à taxa de juro sem risco.

A calibragem dos choques foi efetuada com base nos dados históricos de spreads de obrigações de médio prazo, de acordo com a notação da agência Moody’s, no período de 1991-2006 e das séries históricas dos spreads de obrigações de longo prazo, no período de 1950-2006.

Tal como o risco de taxa de juro, a Futuro analisa o Risco de

Spread para dois tipos de obrigações: Taxa fixa e Taxa

Indexada.

Em Dezembro o impacto do risco de spread seria de 2.276€ representando 0,20% do valor do Fundo de Pensões FUTURO

ACTIVO.

e. Risco Cambial

Dado que o valor dos ativos expressos em moeda fora do euro pode alterar face a oscilações cambiais, o cálculo do VaR permite medir a valorização ou a desvalorização das várias moedas de investimento face à moeda de referência. Aplicando choques de valorização e desvalorização cambial (+20% e -20%), será possível calcular o VaR global do risco cambial. A calibragem destes choques foi efetuada com base nas taxas de câmbio de um cabaz composto por 7 moedas diferentes face ao euro. Os dados históricos utilizados foram para o período de 1958-2006 e para as moedas: USD, GBP, ARP, JPY, SEK, CHF e AUD. Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 0 € 0.00% 0 € 31-Dez-13 0 € 0.00% 0 € 31-Dez-12 Análise de Sensibilidade Ris co Imobiliário

Choque de des cida de 20% no valor de mercado dos ativos Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 2 276 € 0.20% 308 114 € 31-Dez-13 3 052 € 0.27% 317 702 € 31-Dez-12 Ris co de Spread Volatilidade dos s preads de crédito s obre a es trutura de taxa de juro s em ris co Análise de

(29)

A perda máxima no horizonte temporal de um ano para a variação cambial em análise era de 58.101€.

f. Risco de Concentração

O cálculo do risco de concentração é feito no âmbito da concentração por contraparte - Grupo Económico, atendendo a fatores como a qualidade creditícia da contraparte e aos limites de concentração por rating.

Os FIM’s, na composição das suas carteiras, também contêm risco de concentração, assim, a análise destes é feita numa perspetiva look-through, desde que a exposição a esses FIM’s individualmente ultrapassar os 3%.

A calibragem do risco de concentração foi efetuada, com o pressuposto de um portfólio de ativos médio de 30% em ações e 70% em obrigações. Nestas 25% serão sem risco (divida soberana com nível de rating AAA) e 75% as restantes. Os 30% em ações replicam a rendibilidade do índice Eurostoxx 50 (série históricas de preços no período de 1993-2006).

A análise de sensibilidade considerando os parâmetros definidos, resulta numa perda de 29.005€, o que representa 2,50% do valor total do Fundo de Pensões.

Risco de Crédito

Em 31 de Dezembro de 2013 a exposição ao segmento obrigacionista era efetuado através de fundos de investimento mobiliários, pelo que não foi possível determinar qual a percentagem de ativos da carteira do Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO com rating igual ou inferior a BB+. Pelo mesmo motivo não foi possível fazer a verificação dos limites da política de investimento e a monitorização dos limites de crédito por contraparte, bem como determinar a notação média de rating da carteira, considerando a escala Standard & Poors.

Risco de Liquidez

Os resultados aos testes realizados demonstram que 99,97% das posições detidas em ações seriam alienadas no período médio de 1 dia sem afetar de forma significativa o valor do Fundo de

Pensões. Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 58 101 € 5.00% 348 604 € 31-Dez-13 33 041 € 2.95% 198 244 € 31-Dez-12 Análise de Sensibilidade Ris co Cambial Choques de valorização e des valorização cambial de 20% Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 29 005 € 2.50% 315 474 € 31-Dez-13 30 401 € 2.71% 323 399 € 31-Dez-12 Choque nos a ti vos tendo

em conta fa tores como a qua l i da de credi tíci a da contra pa rte e os l i mi tes

de concentra çã o por rating Análise de Sensibilidade Ri s co de Concentra -çã o

(30)

O peso total da componente de ações (exposição direta) na carteira do Fundo de Pensões Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO é de 0,64%.

Risco de Liquidez - Ações detidas

1.00 99.97% 1.00 99.98%

% a ções da ca rtei ra tota l 0.64% 0.53%

31-Dez-13 31-Dez-12 Médi a de di a s pa ra l i qui da r pos i çã o Volume (20 dias) 1 7.67 570 156 699 250 1 15.92 1 182 14 719 190 200 1 19.83 1 472 21 519 420 250 1 38.59 2 865 78 556 990 447 1 17.96 1 333 177 081 700 7 596 1 99.97 BP PLC Dias para Liquidar %VM carteira Valor Mercado Posição Ativo REN-REDE ENERGET NOKIA OYJ

Médi a di a s pa ra l i qui da r pos i çã o: BANCO SANTANDER

BANCO COM PORT-R

% de Va l or de Merca do da Ca rtei ra

10 Posições menos líquidas

Volume (20 dias) 1 17.96 1 333 177 081 700 7 596 1 38.59 2 865 78 556 990 447 1 19.83 1 472 21 519 420 250 1 15.92 1 182 14 719 190 200 1 7.67 570 156 699 250 1 99.97 Dias para Liquidar %VM carteira Valor Mercado Posição

10 Posições mais líquidas

BANCO COM PORT-R BANCO SANTANDER

BP PLC NOKIA OYJ REN-REDE ENERGET

Médi a di a s pa ra l i qui da r pos i çã o: % de Va l or de Merca do da Ca rtei ra

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STRESS TESTS

Paralelamente à análise de sensibilidade é calculado o impacto de diversos cenários no valor da carteira para o período temporal de um dia, com os seguintes resultados:

Concentrações de Risco Não Evidentes nos pontos anteriores

Não aplicável.

Alterações face ao Período Anterior

Não houve factos relevantes a assinalar.

Impacto Valor dos ativos em valor para análise Diminuição dos spreads de crédito em 50 bp 10 515 1.00% 1 064 190 Crise Financeira Grega - A Grécia foi uma das economias que

mais se desenvolveu na Zona Euro no perido de 2000-2007. Porém o custo de financiar este desenvolvimento resultou em aumentos alarmantes no défice e no nivel da divida pública face ao PIB.

-5 887 -0.56% 1 047 790

Aumento dos spreads de crédito em 50 bp -10 213 -0.97% 1 043 460 Choque Petrolífero na Líbia - Fevereiro 2011 - Ínicio de Guerra

civil na Líbia em 15 de fevereiro de 2011, provoca aumentos no preço do petróleo.

-10 272 -0.97% 1 043 400 Terramoto no Japão - Março 2011 - No dia 11 de março um

terramoto, com 9,0 de magnitude, ocorreu na costa Japonesa provocando um grande tsunami.

-17 211 -1.63% 1 036 460

Stress Tests - 5 melhores cenários Impacto

em %

Impacto Valor dos ativos em valor para análise Crise da dívida Soberana & Downgrade 2011 - Crise da Divida

Soberana que levo os EUA ao credit downgrade. Este stress test descreve um periodo de 17 dias, com inicio em 22 /07/2011 quando o mercado começou a reagir ao impasse do teto da divida. 08/08/2011 foi o primeiro dia útil após o anuncio do downgrade.

-45 852 -4.35% 1 007 820

Falência da Lehman - Retornos(rendibilidades) históricos durante o mês seguinte à falencia da Lehman Brothers em 2008.

-42 331 -4.02% 1 011 340 Crise Financeira Russa - 2008 - Guerra da Rússia com a Geórgia

e consequente queda brusca do preço do petróleo, fez surgir um receio que houvesse uma recessão económica na região.

-21 843 -2.07% 1 031 830 Terramoto no Japão - Março 2011 - No dia 11 de março um

terramoto, com 9,0 de magnitude, ocorreu na costa Japonesa provocando um grande tsunami.

-17 211 -1.63% 1 036 460 Choque Petrolífero na Líbia - Fevereiro 2011 - Ínicio de Guerra

civil na Líbia em 15 de fevereiro de 2011, provoca aumentos no preço do petróleo.

-10 272 -0.97% 1 043 400

Stress Tests - 5 piores cenários Impacto

Referências

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